Informação útil para todos!
Lucas Abdala Marques
www.revistaeducar.com.br
Edição 85 • Ano 8 • Janeiro 2015 Distribuição gratuita e direcionada Foto: Bambini & Piccolini • Impressão: Impressul
Editorial O que realmente importa? Este ano chega, novinho em folha, feliz e saltitante, oferecendo 365 dias para a reflexão. Tudo aquilo que importa na sua vida é o que deve ser considerado, certo? Mas o que importa para os outros pode fazer parte da sua vida também - já pensou? Há as pessoas que sofrem, as que nada têm, as que procuram somente por um abraço e atenção, ou uma palavra de consolo. Há as que precisam de amor, ou que o dinheiro seja suficiente para as contas do mês, as que lutam pela vida em casa ou no hospital, as que esperam por doação de roupas ou alimentos, as que desejam um brinquedo - novo ou usado, as que estão bem e felizes. Há pessoas de todos os tipos, em todas as partes do mundo, vivendo diversas situações - boas ou ruins. Os pequenos gestos, que incluem o próximo, podem facilmente fazer parte da nossa rotina. Porque há tantas formas possíveis de ajuda...
Fo
É o oxigênio que compartilhamos, a esperança que reforçamos, a gentileza que espalhamos. São os gestos que não desperdiçamos, as distrações que resgatamos e os sinais, às vezes meio incompreensíveis, que transformamos em palavras e atitudes. É simples, não há mistério. Fica o desafio… to
Bam
Cláudia Prates
educar@revistaeducar.com.br Revista Educar
bi n i & Pi c c ol i n i
Feliz 2015!
eDIÇÃO 85 • ANO 8 JANEIRO 2015 EDITORA Cláudia S. Prates JORNALISTA RESPONSÁVEL Lúcio Flávio Filho (MTB 21.441) ARTE Cláudia S. Prates / Rique Dantas COLABORADORES desta edição Auxiliadora Mesquita / Bárbara Maglia Fernanda Moura / Diana Demarchi André Rezende REVISÃO Vânia Dantas Pinto CONTATO COMERCIAL: 48 8845.7346 comercial@revistaeducar.com.br IMPRESSÃO
47 9143.4416 (Fábia) ou 47 9181.4223 (Andrei)
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CAPA O fofíssimo que ilustra nossa capa é o Lucas Abdala Marques (1 ano e 3 meses), filho de Daniela Abdala de Sousa e Tales Marques de Britto. Que delícia ter uma criança com um sorriso tão doce na nossa primeira edição do ano! Fotos: Bambini & Piccolini www.bambiniepiccolini.com.br (48) 9949.9739 (48) 7811.3678
Educar • Janeiro/2015
A Educar recomenda
BRINCANDO COM PALAVRAS é o primeiro aplicativo oficial e gratuito da Palavra Cantada. Além de ver os vídeos favoritos da Palavra Cantada, sua criança também pode se divertir com o JOGO das LETRAS. Para jogar é fácil: é só tocar nas letras e formar as palavras ao som da música preferida. Há uma opção para os bem pequeninos também. Assim, mesmo que não estejam alfabetizados, a diversão está garantida!
Livros EM CIMA DAQUELA SERRA
Textos: Eucanaã Ferraz / Ilustrações: Yara Kono Editora Companhia das Letrinhas / A partir de 2 anos Inspirado em uma conhecida parlenda, Eucanaã Ferraz criou um grande poema repleto de rimas e protagonizado por bichos de todos os tipos. Carioca nascido em 1961, Ferraz tem vários livros de poesia premiados. As ilustrações de Em Cima Daquela Serra, divertidas e com formas geométricas marcadas, são da paulistana Yara Kono, que desde 2001 vive em Lisboa, Portugal.
BRASIL - AVENTURAS ANIMAIS PARA CRIANÇAS
ELOÍSA E OS BICHOS
Com ilustrações da Amazônia, das Cataratas do Iguaçu e do Rio de Janeiro, esse app transforma as crianças em pequenos peritos da vida selvagem, dos animais e das plantas! Ao clicar nos bichos, elas ouvem o som que fazem ou uma explicação sobre cada um. São mais de 30 animais do Brasil, em cenários com fatos interessantes. Narrado em 12 línguas / US$ 2.99.
Eloísa se muda para uma nova cidade com o pai. Ela vai para a escola enquanto ele sai à procura de emprego. Na escola, Eloísa se sente um bicho estranho - as ilustrações mostram que havia, entre os colegas, gafanhoto, lesma, borboleta... Com ótimos desenhos, o livro revela sentimentos recorrentes em situações de mudança. Lançado na Colômbia em 2009, Eloísa e os bichos está entre os melhores do banco de livros da Venezuela.
Textos: Jairo Buitrago / Ilustrações: Rafael Yockteng Editora Pulo do Gato / A partir de 6 anos
Fotos Divulgação
Apps para crianças
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Tecnologia
brincadeira e aprendizagem, na medida certa
Educar • Janeiro/2015
Entregue um celular de última geração para seu filho ou filha – mesmo que eles ainda sejam bem pequeninos - e em poucos minutos eles já terão descoberto o caminho para vários segredos do aparelho. Tocando a tela com curiosidade e sem medo, vão achar a galeria de fotos, joguinhos divertidos e até como fazer aquela atividade “estranha” do celular, a ligação telefônica!
pode aumentar a agressividade e a inquietação. E se a criança se limitar apenas a esse tipo de brincadeira, estará sendo impedida de se desenvolver em muitos outros aspectos físicos, motores e cognitivos. Brincadeiras ao ar livre e com movimento permitem que os pequenos desenvolvam sua noção de riscos e possibilidades, interagindo com o ambiente real e aprendendo a escolher e se defender.
Essa é uma realidade e não tem por que fugir dela. A criança hoje em dia já nasce cercada por esses aparelhos, que nas mãos de papai e mamãe parecem fazer coisas mágicas. E é claro que os pequenos querem mexer neles também. Além disso, a falta de segurança e de espaço nas cidades tornam os brinquedos eletrônicos uma atividade prática, acessível e segura para a criançada.
Especialistas recomendam que, para uma boa utilização das maravilhas que os brinquedos tecnológicos proporcionam, é só prestar atenção em alguns detalhes. Em primeiro lugar, o tempo de brincar com a tecnologia deve ser regulado pelos pais e não pelas crianças! Entre 3 e 5 anos, recomendase algo em torno de 1 hora. E a partir dos 6 anos, cerca de 2 horas por dia. De preferência intercalados com outra brincadeiras, em sessões de 10 a 20 minutos.
Por outro lado, pais e mães também recebem uma “mãozinha” desses tablets e laptops na hora de cuidar das crianças. Além de aplicativos que ajudam a organizar o dia a dia, dá para registrar as gracinhas dos filhotes e mostrálas para o mundo. E sabe aquele aperto na hora de fazer o jantar? O tablet distrai enquanto você finaliza as coisas. E a consulta que demora ou a fila que não anda? Hora de acionar o celular com o app certo para distrair seu filho e fazer o tempo ir mais depressa. E não há nada de errado nisso, nem para os pais nem para as crianças. Distrair-se com um jogo eletrônico num momento atarefado para os pais ou escolher um app divertido para brincar são opções que podem e devem ser utilizadas. Jogos eletrônicos que estimulam a criança a interagir podem ser tão bons para ela quanto as brincadeiras tradicionais. E deixar que a criança se concentre no tablet num momento necessário para os pais é tão útil quanto chamar uma tia ou a vovó para ajudar! O cuidado necessário é para não tornar o tablet e o laptop os únicos brinquedos pelos quais a criança se interessa ou consegue brincar. A moderação, como em tudo na vida, dá melhores resultados. O excesso de estímulos visuais e sonoros de alguns jogos, combinado ao baixo gasto de energia física,
Outra atitude importante é que os pais estejam sempre por perto, orientando sobre o uso e checando o tipo de aplicativo ou game que a criança escolheu para brincar. Alguns jogos não são apropriados para a idade da criança. Outros podem não estar de acordo com os valores que sua família gostaria que os pequenos aprendessem. Por fim, vale ficar de olho na “cadeia de consumo” que certos jogos e brincadeiras eletrônicas contêm – começar a jogar pode implicar novas “compras” para avançar no jogo. Ou criar um pequeno “fanático” com uma longa lista de produtos de personagens para adquirir... A realidade é que os tablets, laptops e celulares vieram para ficar e para acrescentar, nas nossas vidas e na de nossos filhos. Sabendo usar e descobrindo as melhores opções, garantimos boa diversão e aprendizado para as crianças. E um tempinho a mais para acabar aquele jantar...
Auxiliadora Mesquita Pedagoga
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Comportamento
“Em qual mentira eu vou acreditar?”
“
Mentir é uma das muitas alternativas que as crianças usam quando estão testando os limites das pessoas ao seu redor. É muito provável que, durante o amadurecimento de uma criança, uma hora ou outra, a mentira entre em cena e cause espanto nos adultos. Tentar mentir por medo das consequências que a verdade poderia causar, ou por uma simples confusão da realidade é um comportamento esperado das crianças. Mas que fique bem claro: tentar algumas vezes não significa poder mentir constantemente.
”
As razões que levam uma criança a mentir podem justificar esse ato. No entanto, o que a leva a continuar nessa prática é o sucesso que consegue em suas tentativas. Se ela conseguir usar a mentira e nada lhe acontecer, provavelmente vai entender que essa é uma maneira admissível e corriqueira de conviver com os outros. Quando surpreender uma criança mentindo, antes de repreendê-la, procure descobrir o motivo pelo qual a fez mentir. Depois de entender suas razões, explique que a mentira não é aceitável, pois, além de mostrar falta de confiabilidade, pode trazer consequências negativas para quem mente e para os outros também. Se mesmo assim a criança continuar a mentir, é importante que o adulto demonstre, com suas atitudes, que ela está perdendo algo com este comportamento.
Educar • Janeiro/2015
Dar consequências, tais como pedir desculpas a quem prejudicou com sua mentira, assumir a autoria de seus atos ou perder a confiança e, dessa forma, perder certas liberdades ou regalias de seus pais, também pode funcionar para que a criança perceba que mentir tem consequências ruins. Por exemplo, a criança diz ao pai que quer sair com seus amigos e que vai ter um adulto presente, sabendo que o seu pai só a deixaria sair se houvesse um adulto responsável e, depois, seu pai descobre que ela mentiu sobre a presença do adulto, uma boa saída seria não deixá-la sair sozinha por um tempo. Ou se a criança quebrar um objeto da casa e disser que foi o irmão menor quem o quebrou, perde o direito de brincar e precisa pedir desculpas ao mano. O importante é não deixar passar. Dar o exemplo e não mentir também contribui e muito para que a criança entenda que não é bom mentir. As crianças imitam os adultos e se forem repreendidas por mentir e observarem os seus pais fazendo o mesmo, o que vão pensar? No mínimo vão ficar bem confusas, mas é bem provável que aprendam com os adultos a mentir com mais persuasão. Refletir sobre quais valores morais estão sendo passados às crianças é importante no processo educacional. E é no dia a dia, nas pequenas atitudes que elas observam,
imitam e internalizam os conceitos éticos que vão, um dia, guiar sua vida adulta. Por isso, é importante que a criança cresça aprendendo o que é certo e errado. E mais do que isso, que essa diferença entre a honestidade e a mentira possa ser construída de forma bem clara em sua mente e em seus atos.
Fernanda M. de Moura Pedagoga e responsável pela Escola Infantil Espaço Crescer (Florianópolis). contato@espacocrescerfloripa.com.br
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Expectativa
Um laço
O verão ainda não dá nem sinal de acabar e as férias escolares já começam a ficar para trás. Um ano novo letivo está quase virando a esquina carregando muita novidade em sua mochila. Independentemente de estarmos falando da grande estreia no mundo escolar, em um reinício numa nova escola, ou se apenas se tratar de uma retomada em terreno conhecido, um novo ano é sempre como uma renovação de votos matrimoniais. A cada ano que inicia, a família renova o seu “sim” no casamento com a escola. O laço de uma família com a instituição escolar é, em muitos aspectos, similar ao matrimônio. Tudo começa com um namorico – e nesta fase é normal que a família estude outras possibilidades, conheça outros espaços... Depois o namoro firma e começam as visitas, entrevistas com a direção, e aí o relacionamento vai tomando corpo. A matrícula é como um noivado onde as duas partes se comprometem, baseadas naquilo que já conhecem uma da outra; com uma união recheada de promessas e fantasias. O primeiro dia de aula é o dia do grande “sim”! É aí que o compromisso se dá e começa o trabalho em parceria em nome de um objetivo em comum.
No entanto, no casamento com a escola, como deveria ser no casamento propriamente dito, o “sim” deve ser renovado todos os dias! Todos os dias, ao deixar seu pequeno na escola, você - amigo leitor - deve se perguntar se continua apaixonado. Se a parceria com a instituição continua satisfazendo as necessidades de sua família e se aquelas qualidades que o levaram a decidir pela união realmente existiam e se ainda estão presentes.
Um passo a frente As crianças crescem e as coisas mudam! Muitas vezes, o que era essencial vira supérfluo; e o que era acessório, ganha importância. Não deixe de reavaliar se a escolha feita no passado ainda vale. Se aquilo que motivou a escolha ainda é essencial. Identificar que a escola não atende mais as suas necessidades não é nenhum demérito para a instituição.
As opções Há – ainda bem – muitos tipos de escolas! Há excelentes escolas irremediavelmente diferentes de outras fantásticas escolas. E por isso, talvez, aquela escola supimpa do filho da vizinha não corresponda às expectativas e nem responda as necessidades de seu filho. Por isso, da mesma maneira que
Educar • Janeiro/2015
necessário entre família e escola você não deixaria a vizinha escolher seu cônjuge – ou assim o esperamos – não delegue a ninguém a escolha da escola. Escute as experiências de outras famílias, visite, pergunte, investigue. Mas tome sua decisão baseada em sua família e no que vocês pensam sobre a educação.
A hora da decisão Uma vez decidido, capriche! A escola – e seu filho – precisam de você e de sua colaboração. Conheça as regras e rotinas e esforce-se para respeitá-las. Afinal, elas são
pensadas para garantir ao seu “pitoquinho” um ambiente harmônico e saudável. Se não concordar com elas, converse. Aliás, converse, sempre! A chave para um relacionamento saudável - seja com o cônjuge, a vizinha ou a escola – é sempre muito diálogo! Parla!!
Bárbara Farias Maglia
Psicóloga (CRP 12/06523) Crianças, Adolescentes e Apoio Parental - (48) 9687-1400 psi.barbaramaglia@gmail.com
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Interação entre pais e filhos
Educar • Janeiro/2015
A mascotinha da Revista Educar
Tema desta edição: Conteúdo Auxiliadora Mesquita Arte Rique Dantas / Cláudia Prates
A criança e a natureza É um sinal dos nossos tempos que a gente tenha que se lembrar da natureza – logo nós, que somos natureza também! Mas em nosso dia a dia, principalmente na cidade grande, o mundo natural está à nossa volta e nós o vemos, mas sem enxergar. E o ouvimos, mas sem escutar. Acabamos por achar que não fazemos parte dele. Mas somos a natureza e a natureza somos nós. A ciência mostra a cada nova descoberta como somos todos “parentes”, em algum grau. E demonstra de forma contundente que, como uma grande família, dependemos uns dos outros, o tempo todo. A criança tem uma curiosidade enorme por tudo que a cerca e o mundo dos seres vivos e dos fenômenos naturais atrai e intriga. Muitas vezes, por medo diante do imprevisível que a natureza sempre oferece, papais e mamães acabam tolhendo esse contato e esse aprendizado. Mas, se feito com cuidado e atenção, a criança pode descobrir o planeta fascinante e único em que nasceu. Desde um simples vaso de planta em casa, passando por um bichinho de estimação ou os insetos que visitam nossa janela até chegar aos rios, mares, montanhas e todas as mudanças de luz, vento, chuva e vida que nos cerca – a criança pode experimentar e descobrir, sentindo-se parte e aprendendo a cuidar. E para começar, basta a Mamãe ou o Papai chamar. A Pipoca pode ajudar, vamos lá?
Interação entre pais e filhos
Pipoca em... “O segredo da borboleta”
Educar • Janeiro/2015
Você sabia? •Você sabe o que é natureza? Natureza é tudo que não foi inventado pelos seres humanos. As plantas e os animais fazem parte da natureza. As pedras e as montanhas, os rios, os mares e os lagos. As nuvens e o sol, o vento e a chuva também fazem parte do mundo natural. E, adivinhe só: nós também fazemos parte da natureza. •Brincar de conhecer a natureza é muito divertido! Se você andar com os pés descalços na grama, na terra e na areia vai descobrir como é gostoso – e em cada um é diferente. Quando você ajudar a mamãe a molhar as plantas, vai ver que elas crescem e ficam cada vez mais bonitas. E se você tem medo de algum bicho, peça ao papai para lhe contar mais sobre ele – você vai aprender que cada animal no nosso planeta é importante, cada um do seu jeito.
Achei pra você Ensinando as crianças a amar a natureza (de Vania Dohme) Ed. Informal – Esse livro é perfeito para os pais que querem fazer coisas diferentes com seus filhos na natureza. Ele vem recheado de histórias e atividades. A proposta é engajar as crianças na preservação do meio ambiente a partir de descobertas instigantes, ativando a fantasia e a curiosidade.
•Você pode também chamar seus colegas para observar muitas outras coisas na natureza. Que tal olhar as nuvens passando - umas depressa e outras bem devagar. Por que será? E quando a chuva está caindo, você já ouviu o som com atenção para descobrir se a chuva é forte ou fraquinha? E por falar em chuva, de onde vem aquela água toda? E o sol, para onde ele vai quando chega a noite? •Perguntar e descobrir coisas sobre a natureza à nossa volta e sobre o nosso corpo é divertido e ajuda a gente a cuidar melhor - da gente e do nosso planeta. Afinal, somos todos parte da natureza. Vá até a janela agora e dê uma olhada: o que você está vendo que é da maravilhosa natureza?
Meu 1º Larousse Nosso Planeta (Ed.
Larousse) – O livro traz um mundo de respostas para perguntas que podem intrigar crianças e adultos: como foi formado o nosso planeta? Por que o sol é importante? E por que existem montanhas, florestas, rios e oceanos? Tudo isso com ilustrações divertidas e texto acessível.
Variedades
Educar • Janeiro/2015 15
Do forno Não está na cara, mas será que está no nome? Um programa educacional americano fornece aos estudantes adesivos de recompensa por bom comportamento. No final do ano passado, o programa compilou uma lista de nomes dos mais bem comportados – e uma outra daqueles nomes que menos conseguem receber os tais stickers. A chamada “Lista de Papai Noel” foi feita apenas como uma brincadeira, assegurou Neil Hodges, o diretor do programa. O Sr. Hodges confessou, bem humorado, que o nome não é garantia de nada. Com certeza existem Amys e Jacobs – os nomes campeões entre os bonzinhos – capazes de bagunça e traquinagem. E devem existir Josephs e Ellas bem santinhos, apesar de esses nomes estarem no topo da lista dos mais bagunceiros. E no Brasil, que nomes seriam os mais comuns entre os travessos? E os quietinhos, que nomes terão?
Lançamento imperdível do verão: foguetinhos! Brincadeira boa para um fim de tarde de verão: lançamento de foguetes coloridos e divertidos. É bem fácil de fazer, seguindo as dicas da mamãe blogueira do Curious Kangaroo – basta colorir alguns retângulos de papel, enrolar, colar, fechar e … soprar para o espaço sideral! Você e sua criança vão precisar de tiras de papel sulfite comum, canetinhas hidrográficas, fita adesiva transparente, cola em bastão e canudinhos para bebidas, melhor se for do tipo mais grosso. Faça as tiras de papel (8cm x 14 cm é um bom tamanho, mas vale experimentar). Peça à criança que as enfeite usando a criatividade. Enrole como um cilindro e cole a lateral no sentido do comprimento. Feche completamente uma das pontas com fita adesiva. Na outra abertura, insira sua “base de lançamento”, o canudinho. Agora é só soprar e ver o foguete colorido voar!
Infelizmente, é verdade: uma esfregadinha na roupa não tira as bactérias que grudam nos alimentos quando eles caem no chão. E, a não ser que o piso esteja meticulosamente desinfetado e isolado, as danadinhas vão ser transferidas para a comida e vão direto para dentro do corpo se o alimento for ingerido. Por isso, ainda está valendo o velho ditado de nossos pais: caiu no chão, ou lave ou jogue fora. Como não dá para lavar a maioria dos alimentos, o lixo é a melhor saída. Em tempo: soprar piora as coisas, levando ainda mais microorganismos para o alimento. Ensine aos pequenos, desde sempre.
Curious Kangaroo
Comida do chão? Não, não!
Para refletir
Juan Quanto tempo dura o eterno? Às vezes, apenas um segundo. O sol já alto num dia claro de primavera favorecia a natural interação entre as pessoas. Entre “bons dias” afáveis, olhou por cima de um muro colorido que achava tratarse de uma escola regular. Mesmo estando o muro no itinerário cotidiano entre casa e trabalho, nunca havia destinado mais que alguns segundos de atenção ao imóvel, mas, agora, ao olhar para dentro, percebera uma figura singular que prenderia perpetuamente sua atenção. Corpo pequeno, cabelo de anjo, sentado sobre um tapete colorido para receber as benesses do rei sol, um menino acolhido de passado não revelado - talvez proibido - e de futuro incerto.
Educar • Janeiro/2015 17
Decidiu-se por voltar lá com calma e tempo no sábado. Não sabia o que levar e, por não o saber, não levou nada nas mãos, mas, muito no coração. Ao entrar no pátio da instituição, percebeu o menino no mesmo canto do primeiro olhar, aproximou-se sorrateiro para não assustar, agachouse, estendeu os braços e recebeu braços estendidos como resposta. Pegou o pequeno Juan no colo e fez carinho, só isso, não fez perguntas, falou pouco, sentiu muito. Ao receber o alerta de que a visita deveria terminar, pôs Juan sobre a esteira novamente, fitou-o de frente, nos olhos, relembrando o diálogo da obra Alice no país das maravilhas: “quanto tempo dura o eterno?”. Para Juan, apenas aquele segundo contido num breve olhar. Levantou-se, andou até o portão, olhou para trás e, ao longe, viu novamente Juan que, ainda mudo pela idade, se pudesse dizer algo, naquele momento, talvez recitasse Mário Quintana como suas primeiras palavras: “se tiver que me esquecer, me esqueça, mas bem devagarinho”. Um, dois, três, quinze anos... o tempo é capaz de passar em rasgos de olhar mesmo para quem os viveu sob as amarras das privações. A nuca do bom homem talvez tenha sido a última boa lembrança de uma infância entrecortada por violência, transferência para lares provisórios, fins de semana com proponentes a pais que, ao longo da maratona da vida desistiam ou se interessavam por outra criança, quem sabe
um mais novinho. Fato é que Juan foi ficando e convivendo com um insólito parceiro ao longo da vida, o não. Muitos esperam que a bem-aventurança apareça montada num unicórnio branco. Outros, porém, são forjados como uma katana e encontram, justamente nas adversidades, o combustível mental para superar suas dificuldades, mesmo que as barreiras pareçam intransponíveis. Juan conseguiu seu primeiro emprego aos 16, deixou o abrigo aos 18, casou-se aos 20, ganhou o primeiro filho aos 21, o segundo aos 23, aos 25 se formou, aos 27 passou num concurso público, aos 29 adotou o primeiro menor e hoje, aos 58, vive feliz rodeado por 12 menores que resgatou. Talvez não importe mesmo quantos “nãos” levemos ao longo da vida, mas, sim, o que seremos capazes de fazer no futuro a partir deles. Ano novo? Reúna suas forças e lembre-se: quanto tempo dura o eterno? Às vezes, apenas um segundo.
André Rezende Administrador de Empresas, Auditor da Secretaria de Estado da Fazenda e pai do Arthur e Lucas
Internet
Seu bebê já está nas redes sociais? Cuidado, ele vai crescer! Por Auxiliadora Mesquita Pedagoga
Educar • Janeiro/2015 19
Nos dias de hoje, estamos tão habituados com nossa vida nas redes sociais que dificilmente paramos para pensar antes de postar uma foto, compartilhar um frase ou emitir nossa opinião. Estamos todos conectados! Mas o fato é que ainda estamos aprendendo a usar essas ferramentas com mais discernimento. Um caso em particular deve ser foco da atenção de papais e mamães: a conta criada para o próprio filho e que, enquanto o pequeno cresce, é de autoria dos pais. Mas por que a postagem de papais orgulhosos e mamães carinhosas em nome do próprio filho merece nosso cuidado especial? Simplesmente porque seu pequeno vai crescer! Pais e mães se derretem de orgulho pela cria, ainda bem. E querem mais é mostrar para o mundo inteiro a criança linda, fofa, inteligente, criativa, educada, simpática e talentosa que, não por acaso, é filha ou filho deles. E aí também não tem nada de mais. É puro amor! O problema é que, ao mesmo tempo em que as redes sociais e a internet são um meio de comunicação rápido e prático, também são potencialmente inseguros. E imprevisíveis. Sabe aquele “Álbum do Bebê” de outros tempos, com detalhes do primeiro banho, a primeira papinha e um pedacinho do cabelo que foi cortado pela primeira vez? Não existe mais. No lugar dele, temos as notícias sobre nossos pimpolhos, em tempo real e fotografadas exaustivamente. A intenção é a melhor possível: além de compartilhar nossa felicidade, podemos atingir familiares e amigos que estão longe e ainda manter um livro de recordações muito mais organizado e que não ocupa espaço nem poeira. Tudo guardado e facilmente acessível na nossa “nuvem”. Mas por que então os cuidados? Por um lado, estamos tão familiarizados com a internet e as redes sociais que nos esquecemos de que as fotos que postamos lá são eternas. E, para todos os efeitos práticos, públicas. Isso quer dizer que, mesmo quando deletamos uma foto, ela pode já ter sido copiada no período em que ficou postada. E mesmo com configurações de segurança, redes sociais são hackeadas e
estão sujeitas a xeretas (ou coisa pior). Na real, qualquer pessoa pode acabar acessando o que você postou. Por isso, o primeiro cuidado é com o que você publica sobre seus filhos. Especialistas recomendam começar pela tal configuração de privacidade – não é infalível, mas dificulta o acesso de desconhecidos. O segundo passo é não postar seus pequenos sem roupa ou em momentos íntimos, de higiene por exemplo. Fotos que identificam escolas, clubes e outros lugares da rotina da criança também devem ser evitadas, incluindo as que mostram uniformes, fachadas ou logotipos desses lugares. Outra dica é sempre postar fotos de baixa resolução, menos interessantes para quem quer copiar e manipular para outros fins. E nunca poste nome completo, data de aniversário e hora de nascimento de bebês e crianças – isso é informação pessoal e intransferível dos pequenos! O segundo gesto de cuidado é quando você tem uma foto “fofa, fofa, fofa!” – de hoje, quando seu gatinho ou gatinha tem 4 anos ou 8 anos. Os pais desses novos tempos precisam dar a devida atenção ao que estão postando pois, daqui a 5 ou 10 anos, a criança pode não achar nada engraçado quando seus amiguinhos virem a tal “fofura” e começarem a zombar. Já que os pais fazem tanta coisa pelos filhos pensando no “futuro” deles, aqui também é preciso avaliar o que mostrar. Afinal, não se trata do velho álbum na gaveta, que aos 14 ele só iria mostrar se quisesse... Frescura? Exagero? Paranoia? Nada disso. Curtir as vantagens tecnológicas de nosso tempo faz mais bem do que mal. E mostrar para o mundo que seu filho e/ou sua filha são maravilhosos é uma delícia sem igual. Mas bom senso e canja de galinha não fazem mal a ninguém. Por isso não custa nada eliminar o “automatismo” da publicação imediata de tudo o que acontece com a criançada. E fazer um exame de consciência rápido antes de postar: você mostraria essa foto a um estranho na rua? E arriscaria deixar que ele se virasse para sua criança e fizesse um comentário?
Variedades
Por Auxiliadora Mesquita
Sono seguro
Anda, neném
Fazer o bebê dormir nem sempre é fácil, mas providenciar um sono seguro é possível com alguns cuidados básicos. Para começar, os berços devem seguir as normas padrões de segurança – verifique na internet a norma ABNT NBR 15860. E dentro do bercinho deve haver uma superfície macia, mas firme, para o bebê dormir de costas. Nada de encher o berço com bichinhos de pelúcia, travesseiros, protetores de grade e outros acessórios. Apesar de lindos, eles podem ser perigosos para os pequeninos. E uma outra dica: dormir na cama dos adultos é perigoso para os bebês, mas dormir no mesmo quarto é seguro e pode ser bem prático para algumas mamães e papais. Bons sonhos para os pequeninos!
Criado pela brasileira Cristiane Kawakami, o Anda Neném (www. andanenem.com.br) é um macacãozinho terapêutico que pode ajudar crianças especiais a treinar sua marcha entre 1 e 3 anos de idade. Recomendado para crianças prematuras ou com paralisia cerebral, ele também pode ajudar bebês com síndrome de Down, mielomeningocele e hipotonias ou distrofias musculares – só é preciso que o bebê já tenha tonicidade e força para ficar em pé. A roupinha é utilizada sempre com a supervisão de um adulto, que não precisa se curvar para amparar a criança. Sentindo-se segura e mais confiante, o pequeno aumenta o impulso natural e desenvolve o equilíbrio e a marcha. Os resultados também se mostraram positivos com crianças autistas.
Divulgação
Teatro para qualquer hora
O! D A T TES
Que tal dar um tempinho no sol de verão e curtir uns momentos de diversão e arte com as crianças? Teatro é sempre uma boa opção, com fantasia e interação na medida certa. E para a experiência ser bacana é bom se preparar. Procure saber se o tema e a duração da peça são adequados para a concentração e o interesse de sua criança. E informe-se sobre as peças em cartaz: vale assistir ao espetáculo do personagem famoso da TV, mas uma atração original pode ampliar o horizonte dos pequeninos. Aproveite para conversar com ele sobre como funciona aquele ambiente: as luzes vão se apagar para a gente enxergar melhor a história, e o silêncio é importante para podermos ouvir o que está acontecendo. Conhecer os atores no final da peça enriquece a experiência e encanta as crianças. Bateu o medo ou o cansaço? Não desanime! Aceite o ritmo de seu filho e tente de novo, outro dia.
andanenem.com.br
Do forno
Inventare
Educar • Janeiro/2015 21
rch Fotos: Diana Dema
i
Í mã personalizado é mais divertido!
Com filhos pequenos em casa é quase impossível não acompanhar as tendências do cinema de animação - e quase sempre os filmes são vistos e revistos dezenas de vezes. Aqui em casa, assim como em muitas outras, o que está em alta e não sai do aparelho é Frozen - Uma Aventura Congelante. Tentamos sempre buscar atividades que envolvam as crianças e que permitam que eles explorem a criatividade e possam se “desconectar” de computadores, televisão e outros dispositivos por algum tempo. E quando a atividade mistura trabalho manual e os personagens da vez, é sucesso garantido. Então, resolvemos fazer um quebra-cabeça imantado do Olaf pra brincar na geladeira ou em outras superfícies metálicas. Topa a brincadeira? Você vai precisar de uma folha imantada (que pode ser encontrada em papelaria), canetinhas (alaranjada, preta e marrom, no caso do Olaf)
e uma tesoura. Busque na internet uma imagem que queira reproduzir e copie para a folha imantada. Caso ache complicado copiar, imprima em folha sulfite normal e passe para a folha imantada usando papel carbono (vendido também em papelaria). Depois disso, deixe que as crianças pintem, sem se importar com perfeição ou com detalhes – porque a gente sabe que cada criança desenha e colore de um jeito próprio. Depois de pronto, recorte em tamanhos diversos, - considerando o grau de dificuldade conforme a idade da(s) sua(s) criança(s) - e está pronta a diversão! Diana Demarchi gosta da casa com cheiro de bolo, a mesa cheia de crianças e a vida cheia de risadas. Ela escreve no blog www.inventare.com.br as aventuras, alegrias e perrengues da maternidade.
Galeria ARA NOSSA C
Envie foto(s) de sua crianรงa para nossacara@revistaeducar.com.br com nome completo e idade, cidade e nomes dos pais.
Ana Julia
Vitor Hugo
Sophie
Sophia
Angelina
Felipe
Maria Alice
Pedro Henrique
Alice e Pietra
Sara e Sofia
Luisa Maria, Sebastiรกn e Rafael
Nicolรกs