Na foto, Maikon e Emmanuel
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Shaun the Sheep Entrevista exclusiva com o inglês Richard Goleszowski, criador de uma das melhores animações do mundo
Nutrição O que oferecer às crianças no restaurante?
Edição 56 Ano 5 Agosto 2012 | Distribuição gratuita e direcionada Fotografia: Vinny Studio | Impressão: Impressul Indústria Gráfica Ltda
Editorial
Xô, baixo astral!
EDIÇÃO 56 ANO 5 AGOSTO 2012 EDITORA Cláudia S. Prates
Ouvi de um locutor de rádio, dias atrás, que a vida traz mais coisas ruins do que boas, e que a gente tem que se acostumar com isso. Não sei se concordo muito com o que ele disse, mas acredito, sim, que todo mundo passa ou vai passar por momentos ruins. O que me assusta, no entanto, é ver pessoas se lamentando o tempo todo, e muitas vezes sem razão. Porque reclamação demais irrita. Trabalho com muita dedicação em cada edição da Educar e tento ter um cuidado extra no que diz respeito ao seu conteúdo. O material precisa ser, antes de tudo, leve, alto astral. E que os textos, as imagens, e até os anúncios, levem a todos, energia posiƟva, coisas boas. Porque não faria senƟdo levar negaƟvismo, a vida já se encarrega de trazer problemas, muitas vezes inevitáveis. Nem sempre acordamos de bom humor, nem sempre conseguimos sorrir o tempo todo, mas precisamos sorrir muito mais do que chorar. E precisamos passar isso adiante, porque ser negaƟvo afasta amigos, família, colegas. Sem alegria, Cláudia Prates nada faz senƟdo, tudo fica compli- educar@revistaeducar.com.br cado. E complicação demais não faz Cláudia Prates bem pra ninguém, e ninguém quer (Educar) isso, certo? ■
JORNALISTA RESPONSÁVEL Lúcio Flávio Filho (MTB 21.441) ARTE Cláudia S. Prates / Rique Dantas COLABORADORES Auxiliadora Mesquita Gabriela Queiroz FáƟma Mesquita Aline Magagnin REVISÃO Vânia Dantas Pinto CONTATO COMERCIAL 48 8845.7346 comercial@revistaeducar.com.br IMPRESSÃO
47 9143.4416 (Fábia) ou 47 9181.4223 (Andrei) www.impressul.com.br As opiniões veiculadas nos arƟgos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista. Os arƟgos e os anúncios publicados são de total responsabilidade de seus autores e/ou suas empresas. Não é permiƟda a reprodução de qualquer conteúdo desta publicação sem prévia autorização da editora. A Revista Educar, publicação mensal da Pequeninos Revista EducaƟva Ltda, tem Ɵragem atual de 9.000 exemplares e é distribuída gratuitamente em diversos pontos de Joinville, Florianópolis e São José. Para assinatura, sugestões, críƟcas ou elogios, envie e-mail para educar@revistaeducar.com.br ou entre em contato pelo nosso site www.revistaeducar.com.br.
NOSSA CAPA Para comemorar o DIA DOS PAIS,
convidamos Maikon e Emmanuel (4 anos) para ilustrar a capa deste mês. A mamãe Fernanda ficou de fora das fotos, mas se manteve atenta ao ensaio, feito com carinho pelo Vinny Studio (047 9652.8213 / 3207.3701 www.vinnystudio.com.br).
Um FELIZ DIA a todos os papais!
Homenagem aos papais da minha família
Clodoaldo e Bruno
Meu pai Luiz, Bruno e eu
Lucá e Luiza
Revista Educar Informação útil para todos
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PARA REFLETIR
EU E AQUELE PARAFUSO
aquele dia eu não estava muito benta não. A paciência estava mais curta que saia de periguete e tudo que eu queria era fazer nada. Mas como a vida tem estes testes diários, aquele era um dia em que era proibido ficar de papo pro ar, curƟndo o que quer que esƟvesse ali me amarrotando a alma. Muito pelo contrário: era preciso pagar contas, escrever textos já meio que atrasados, terminar pequenas traduções e ainda montar um móvel. Mandei um olhar comprido pra raa caixa do móvel e outro do mesmo tataamanho pro computador e acabei opp ptando, sei lá porque cargas d’água, pela laa montagem daquele quebra-cabeça de peças de madeira gigantes. E foi assim que me sentei na varanda, no chão, ao lado de um monte de pacoƟnhos e parafusos e instruções e comecei a tentar desvendar aquele mistério. Só que a coisa não era complicada. Com um Ɵquinho assim de leitura e pensação, ã eu fui f i me adiantando na obra. O banco de dois lugares, com encosto e tudo, já estava dando as caras ali mesmo, nas minhas mãos, mesmo com a minha má vontade toda. Então, a brisa, o solzinho morno de uma manhã de primavera, uma caneca com café ali no canƟnho… estava tudo certo. Menos o meu humor. Eu conƟnuava azeda e impaciente. Havia dormido pouco. Estava sem saco pra vida. E aí, de repente, veio um parafuso me aporrinhar no profundo. Ele foi endurecendo o jogo. Me torturando. Não queria entrar. Não se movia. Empacado. Chato. Cabeça dura total. E eu forcei. Uivei. Xinguei. Parei um segundo. Contei até 10. Tornei a agarrá-lo pelo pescoço e nada. Era ele e eu. Mano a mano. A minha turrice e a dele. A minha má vontade e a dele. Empate. Agonia. Pressão. Quem vale mais? Quem dá mais? Quem aguenta mais? Fiquei pensando nos duelos bestas todos que a gente encara na vida. Desde as brincadeiras de quem ri primeiro, quem pisca primeiro, da vaca amarela que quebra o silêncio e perde o jogo. Fiquei matutando sobre o fato de não querer guerra na minha vida. Nada de batalhas. Porque duelo, heroísmo, matar e vencer é coisa bonita em
liv vro e filme, né? Mas eu não quero lutar, livro não nã ão quero perder nem ganhar. Não quero disputar d isp nada. Nem com prego, parafuso, nem n em com gente. Só quero mesmo é fazer a minha vida (e a de quem esƟver por perto) leve, feliz, tranquila. E falo isso sem querer também ser uma desistente profissional. Que eu u iinsisto, viu, persisto mesmo – ou não tteria 8 livros publicados :). Mas, graçças aos céus e ao meu próprio esforço, ttambém sei entregar os pontos. Sei reconhecer h quando d aquilo ali não é pra mim, não é o meu momento, não faz parte da minha história do agora. Mais tarde, quem sabe, pode ser. Então, sei lá, vai ver nem desisto. Só adio assim por um tempo indefinido. E depois, mais tarde, quem sabe, cutuco a besta de novo. Vejo se é chegado o instante de fazer aquilo acontecer. Então, eu largo o parafuso lá. Sem me dar por vencida. Apenas pra adiar um segundo. Ir fazer outras coisas necessárias. E, de tardinha, já com as contas pagas, as traduções feitas, textos e deadlines resolvidos, eu volto, chave de fenda em punho, pra terminar minha parada. E enquanto assovio mansinho, aperto o parafuso que falta. Mais um. E outro. E agora o úlƟmo. E aí, suspiro uma coisa de alívio, coloco o banco em posição adequada, sento ali no conforto, deixo o sol da tardinha vir lamber minha cara e fico de bem comigo, porque não venci nem ganhei. Apenas respeitei meu ritmo. ■ Fátima Mesquita escritora, autora dos livros A INCRÍVEL FÁBRICA DE COCÔ, XIXI E PUM; ALMANAQUE DAS BARATAS, MINHOCAS E BICHOS NOJENTOS; PIRATAS - OS PERSONAGENS MAIS TERRÍVEIS DA HISTÓRIA; EM BUSCA DA MELECA PERDIDA, entre outros. Para mais informações: www.pandabooks.com.br
MODA INFANTIL
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Inventando modinha Para mocinhas!
Agosto é mês de comemorar o dia deles! Qual papai não vai gostar de ver seus pequenos com peças coordenadas com as suas? Comum nas camisetas polo pai e filho, agora é possível também ver as meninas com vesƟdo com a mesma estampa da camiseta do papai. Não é o máximo? Certeza que o papai vai ficar orgulhoso!
Quando eu ainda Ɵnha um bebê de colo e via imagens da pequena Suri Cruise passeando com os pais sempre acompanhada de suas bolsinhas, me perguntava: mas bolsa, se é uma criança? Paguei minha língua! Minha pequena acabou b de d completar 4 anos e já tem várias no closet. Ela adora, e sempre leva os brinquedinhos para a casa da vovó, carƟnhas e até figurinhas para trocar com as amigas. Como ainda acho cedo para isso, gosto de escolher formatos que remetem ao universo lúdico dela, como este modelo em formato de coração. Não é uma graça?
Hit do momento: PapeƟère
Se brilha, eles amam! Ma r is o
Como os pequenos gostam desses tênis que piscam, não é mesmo? A cada estação, são várias marcas que apostam nesse detalhe que faz toda a diferença e diverte as crianças. Então ã vejam ão este lançamento para os meninos, já do d verão ã 2013: 2013 uma espécie de sapatênis pra lá de moderno e descolado. Eles vão amar! l
Quando o assunto é lembrancinha de aniversário, nascimento, ou qualquer outra data especial, criaƟvidade é o que não falta. Tenho visto que o mercado traz coisas novas a cada dia, e a tendência da papelaria personalizada não vai embora tão cedo. Uma novidade que vem agradando muito às mamães que querem algo especial e úƟl são os bloquinhos chamados “papeƟère”: com o tema da festa, e lindamente embalados, ficam no escritório de casa ou do trabalho por muito tempo, o que nos faz eternizar e lembrar sempre da data especial.
Marisol
Igual ao papai!
Petit Box
Milon
Dedeka
O que está rolando por aí...
Aline Magagnin é mãe, advogada e responsável pelo site Mami Canguru, que aborda assuntos infantis: moda, brinquedos, festas e novidades em geral.
EVENTOS ADULTO E INFANTIL
Revista Educar Informação útil para todos
MILTON NASCIMENTO Chamado de “bruxo” por uma jornalista devido ao transe que causou numa plateia de cinco mil pessoas em sua apresentação durante o FesƟval de Jazz de Montreal, em 2011, Milton chega a Floripa com seu show inƟtulado “50 anos de carreira”. Nem precisa dizer que é imperdível, não é? Dia 25 de agosto às 21 horas no Centro de Cultura e Eventos da UFSC - Florianópolis. Informações: 48 4062 0065 Venda antecipada: site e quiosque BlueƟcket Shopping Beiramar, LIVROS E LIVROS (UFSC) e Prata e Pratos (3234-0828 SC 401, km 9, 9300 (no trevo de Sto. Antonio de Lisboa).
Realização: www.orthproducoes.com
OS O TRÊS PORQUINHOS E O LOBO MAU A história dos três porquinhos que, perseguidos pelo lobo mau, tentam se proteger em suas casinhas, chega para alegrar a criançada de Florianópolis. O primeiro porquinho fez sua casinha de palhas, o segundo construiu sua casinha de gravetos secos e o terceiro construiu a sua de... Ah, deixe para descobrir essa parte no teatro! Dias 1 e 2 de setembro (sábado às 16h e domingo às 10h30 e também às 16h), no TAC, Florianópolis. Informações: 48 9982 3685 (Adriano) Realização: Valdir Dutra
Venda antecipada: Discolândia (Centro) 3225-8425 e Musikcolor (Supermercado Giassi) 3035-2550
AMIZADE
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Viva o Clube da Luluzinha (e da Bia, da Marcela, da Sofia, da Carol, da Gabi...)
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uma tarde qualquer de sábado, anos 80, cinco ou seis adolescentes estão na casa de uma delas. A conversa é sobre nada, mas flui em meio a risadas. De repente, alguém tem a brilhante ideia – “vamos fazer pão de queijo?”. Todo mundo pra cozinha, mais conversa, mais risada. Pão de queijo comido, hora da turma toda sair direto para a casa de outra delas - “que tal agora fazer um brigadeiro?” Mais tarde, essa turma se arrumou toda e foi dançar e se diverƟr. Mas onde acabaram a noite? Espalhadas em colchões num mesmo quarto, com aquela conversa que não acaba e... risadas! Se você é mulher e está me lendo agora, é quase impossível que não tenha Ɵdo uma experiência parecida. Você está rindo nesse exato momento porque está se lembrando de seu próprio Clube da Luluzinha - alguma loucura que fizeram juntas, aquela “bomba” calórica que cozinharam juntas ou aquele uele dia em que uma quase “morreu” de tanto anto chorar! Ah, esses garotos... Cara leitora, prepare-se, a história se repete. Sua filha vai começar a ter aquela “turma” inseparável, com direito a horas no telefone (e MSN, celular, etc). Estudos cienơficos ainda não conseguiram afirmarr com toda certeza se somos mesmos os tão diferentes dos meninos em nossas ossas amizades. Mas alguns resultados apontam que as meninas desenvolvem a linguagem mais cedo e melhor que os meninos. Elas também valorizam mais serem aceitas por um grupo e agir cooperaƟvamente dentro dele. O Clube da Luluzinha é também uma rede poderosa de apoio para as descobertas e as perdas, as alegrias e as tristezas do coƟdiano. É nele que conƟnuamos construindo nossa idenƟdade complexa de mulher, com as
qualidades e defeitos, o lado anjinho do bem e o lado invejosa descontrolada. Porque mulher (e menina, e moça) nunca é uma, somos sempre várias. Uma coleg colega de serviço me contou que para come-morar os 7 anos da filha, fez um alcome-m moço mais caprichado para depois da aula. As convidadas? “Friends foreau vver!”, assim mesmo, em inglês e com ponto de exclamação. Depois do alp moço, Friends Forever se trancaram na sala, som na maior altura, janela ffechada para não incomodar os vizinhos. Lá pelas tantas, minha colega n abriu a porta da sala para ver se estava abr tudo bem. Contou, chocada, que a sala estar a uns 50oC e não cheirava muidevia es (moças não exalam rosas o tempo todo, to bem (moça pessoal!). Mas de chocada ela rapidamente passou a encantada e, amorosamente, fechou a porta de volta. Ela sabe que dificilmente a vida vai nos deixar ser “friends forever” das mesmas pessoas. Mas aquela lembrança, aquela sim, seria para sempre mesmo... ■ Auxiliadora Mesquita, pedagoga
COMPORTAMENTO
Revista Educar Informação útil para todos
Um viva a você que, além de pai, assume papel de mãe Novos contextos familiares criam a figura do “pãe” na educação da garotada Gabriela Queiroz
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Atualmente, os homens têm assumido ou subsƟtuído o papel materno na ausência İsica ou emocional de uma figura feminina no convívio e no processo educacional das crianças. Errado ou certo? Pouco importa, se eles têm êxito em ensinar e transmiƟr valores construƟvos e posiƟvos que irão contribuir para formar a personalidade e o caráter da garotada, como integridade, honesƟdade e lealdade. Nos anos 50, o pai era o provedor, pouco afeƟvo. Nas décadas de 70 e 80, os homens começaram a expressar afeƟvidade com os filhos e, por causa do amor incondicional que Ɵnham, se tornaram pais permissivos. Nos anos 90 e 2000, como a maioria das mães trabalha, passou a exisƟr uma demanda da parƟcipação do pai no cuidado dos filhos. É a nova forma de exercer a paternidade, segundo terapeutas da família. Nesse contexto, vale a máxima de que “não basta ser pai, tem de parƟcipar” que, ao contrário do que muitos pensam, não está ultrapassada. Especialmente nos úlƟmos anos a figura paterna tem se revelado materna. Seja por uma fatalidade ou pelo rompimento do relacionamento do casal. O pai separado ou viúvo precisa desenvolver aspectos de cuidador, como conferir se o filho lavou a orelha direito e se a casa está funcionando, em ordem. O novo cenário pode ser um choque. Afinal, de uma hora para outra assumir os papéis de pai e mãe e senƟr os problemas que a companheira enfrentava diariamente é complicado. Além de encarar o batente e cumprir com os compromissos do trabalho, aƟvidades simples dos pimpolhos são verdadeiros desafios diários. Café da manhã juntos, revisão de roupas, material
Istockphoto
eparar-se com um pai que desempenha funções ditas, há até alguns anos, “de mães” deixou de ser incomum. Basta olhar para o lado e observar crianças sendo levadas à escola por homens ou, ainda, dentro de casa, reparar em quem troca as fraldas, prepara a comida, gerencia as tarefas do colégio, verifica se a roupa do pimpolho está em ordem e, até mesmo, administra a própria agenda, a da casa, do trabalho e do filho. Esse é o novo conceito da figura do pai, que merece uma homenagem especial neste mês.
escolar, dever de casa, supermercado, faxina, alimentação. Essas são só algumas tarefas pelas quais os homens tornaram-se responsáveis ao assumir a tutela dos filhos. Renomados empresários precisam adaptar a roƟna atribulada dos negócios aos horários da criançada. É uma fase em que valorizam outras coisas, como criar uma convivência dentro de casa, que não exisƟa porque a mãe dava conta. Os homens decidiram arregaçar as mangas para cuidar dos filhos. A tarefa campeã no quesito dificuldade é, sem dúvidas, a troca de fraldas. Dessa maneira, os pães (pai + mãe) devem ser reconhecidos. Afinal, ter talento para combinar roupinhas, manter o cabelo de sua filha arrumadinho ou ainda conseguir deixar a chuquinha para cima é, indiscuƟvelmente, digno de valorização, para eles que têm uma maneira principalmente práƟca e racional de executar aƟvidades. ■
APRENDIZADO
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Revista Educar - Agosto 2012 9
Escola é tão bom assim? uitas famílias, que têm a opção de cuidar dos filhos em casa, ficam na dúvida se devem ou não colocá-los na escola. Por um lado, sentem o coração parƟr só de pensar em delegar os cuidados dos pequenos. Por outro, acham que é importante a convivência com outras crianças para sua formação.
É uma decisão diİcil. Confiar em pessoas que não se conhece e lhes entregar o que tem de mais precioso não é fácil. No entanto, a escola pode proporcionar diversas vantagens às crianças.
diverƟdo! Por mais brincalhão que seja o adulto, nunca vai conseguir se igualar a uma criança.
Uma delas é a socialização. Conviver com iguais dá a oportunidade aos pequenos de viver situações que nunca viveriam em casa rodeados de adultos. E essa relação entre as crianças permite que se crie um ambiente de aprendizagem de emoções e senƟmentos. Na primeira infância, os pequenos ainda não têm consciência e controle do que sentem, ainda não entendem o que se passa dentro deles. Explicar racionalmente o que se passa com eles não adianta nesta idade, eles precisam viver para compreender. Por isso, conviver em grupo é importante.
Mas, e a separação? Não é ruim para as crianças se separarem tão cedo Istockphoto de suas casas e famílias? Muito pelo contrário. Primeiro, a família vai conƟnuar convivendo com a criança, não é uma separação definiƟva. A diferença é que a criança terá um espaço e momento só seu. Um espaço para expor seu jeiƟnho, suas qualidades e dificuldades; para aprender, ensinar e superar desafios fora de casa, com outras pessoas.
Dar oportunidade para uma criança desejar o brinquedo do amigo, senƟr ciúmes, carinho, alegria, fazem parte dessa convivência. E é a parƟr dessas situações que os adultos conseguem ajudá-las a nomear seus senƟmentos para começarem a compreendê-los e a dominá-los. Esse processo é longo e requer muitas tentaƟvas, erros e acertos. Mas é um encanto ver a felicidade que demonstram ao estarem juntos dos colegas descobrindo as delícias e desprazeres da convivência!
As crianças começam a aprender sobre a arte de se relacionar desde bebês. É nesta fase que elas estão totalmente abertas para observar, imitar e experimentar. Portanto, interagir num ambiente diferente oferece novas possibilidades para crescer e se desenvolver com segurança e independência. ■ Fernanda M. de Moura
Outra vantagem da escola é a diversão. Nada como brincar com alguém parecido, que tem as mesmas necessidades e desejos. Brincar com papai, mamãe, vovó é legal, mas com um amigo que está descobrindo as mesmas coisas é bem mais
é pedagoga e responsável pelo Espaço Crescer (Florianópolis), que agora é também escola infantil. shantalafloripa@gmail.com
NUTRIÇÃO
Revista Educar Informação útil para todos
Crianças no restaurante: e agora?
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uitos pais têm dúvidas do que oferecer às crianças quando vão a restaurantes. É comum que o escolhido seja o “prato kids”. Porém, no intuito de agradar a garotada, os pratos, geralmente, são consƟtuídos de frituras, molhos, preparados de carne, como hambúrguer ou nuggets. Além disso, poucas vezes os pratos têm acompanhamentos de saladas e legumes, alimentos indispensáveis para o desenvolvimento e crescimento infanƟl.
O ideal seria que o cardápio kids fosse saudável sem deixar de atrair este consumidor. Alguns restaurantes já possuem essa proposta, mas ainda são a minoria. Assim, resolvemos dar algumas dicas para você que tem dúvida do que oferecer ao seu filho em três diferentes situações:
Feijoada O feijão é um alimento rico em nutrientes, como proteína, ferro, potássio, zinco e vitaminas do complexo B. Porém, na feijoada são acrescentados outros ingredientes que a tornam mais gordurosa dificultando a digestão, podendo deixar a criança irritada e sonolenta. A melhor opção é evitar as carnes gordas e consumir o feijão acompanhado de arroz e couve. A laranja também deve ser servida, pois facilita o processo de digestão e auxilia na absorção do ferro. Além disso, a laranja está entre as frutas preferidas das crianças. Aproveite!
SXC
Comida japonesa A cu culinária japonesa traz opções que geralmente atraem as crianças! Os sushis e m os sashimis podem ser oferecidos deso de que você conheça a procedência dos d peixes, evitando o risco de desencadear p uma toxinfecção alimentar. Sabemos que um o atum e o salmão possuem a gordura boa para a saúde, no entanto a digestão b pode ser mais diİcil para os pequenos, p por isso prefira os peixes brancos que são p mais magros e mais leves. Evite oferecer m o molho shoyo devido à alta concentraçção de sódio. Outra sugestão é o Tepan Yaki, mistura de legumes e carne grelhados YYaki ki que é uma u acompanhados de arroz.
Peixes e frutos de mar São alimentos ricos em proteínas e gorduras benéficas à saúde, além de serem fontes de zinco e ômega 3, importantes nessa fase de desenvolvimento. Geralmente os pratos principais e acompanhamentos mais aceitos pelas crianças são fritos ou à milanesa, justamente os que têm maior quanƟdade de gordura e sódio. O mais indicado é oferecer preparações ensopadas, cozidas, grelhadas e assadas. Mas atenção: não ofereça a batata frita como acompanhamento de um peixe grelhado, pois o conjunto da refeição é que irá dizer se ela é ou não saudável. Assim, é importante que a educação nutricional comece desde cedo e em casa por meio da formação de hábitos saudáveis e escolhas alimentares inteligentes, para que nos momentos mais descontraídos seu filho Manoela Menegazzo (CRN 10 1410) e seja a estrela do Daniela Muniz (CRN 10 1595) restaurante. ■ são nutricionistas e proprietárias da DOCE VIDA - ASSESSORIA EM NUTRIÇÃO
LEITURA ADULTA E INFANTIL
A CASA QUE AMEI
Revista Educar - Agosto 2012 11
A CASA DOS ESPÍRITOS
A casa que amei (TaƟana Rosnay) Ed. ObjeƟva – Na Paris do século 19, a reforma urbanísƟca do centro da cidade vai demolindo centenas de casas e com elas histórias de gerações. Uma viúva resiste, e a tal ponto que se refugia no porão de sua casa para se esconder. De lá, em meio à solidão, começa a escrever cartas para o falecido marido e nessas cartas, com relatos cada vez mais comoventes, um grande segredo d d do passado d será revelado.
O SONHO DE VITÓRIO (Veridiana Scarpelli) Editora Cosac&Naify. Nesse livro só de imagens, as crianças podem sonhar com o porquinho Vitório os sonhos mais malucos. Isso mesmo: Vitório é um porquinho pra lá de sonhador e que nos leva junto quando ele voa com sua capa de d super-herói h ói ou quando sonha que é um lindo coelhinho da Páscoa!
A casa dos espíritos (Isabel Allende) Ed. Bertrand do Brasil – Clássico da literatura laƟno-americana, a chilena Isabel Allende descreve nesse livro, de maneira rica e poéƟca, a história da numerosa e turbulenta família Trueba. Discípula direta dos grandes mestres do realismo fantásƟco, a escritora cria momentos de pura magia.
O ARTISTA QUE PINTOU UM CAVALO AZUL (Eric Carle) Editora Callis. Os arƟstas (e as crianças!) pintam as coisas com as cores do coração ou da imaginação. Nada como um livro para nos lembrar da importância de se libertar dos padrões e usar a criaƟvidade. Por Auxiliadora Mesquita
INFÂNCIA
Gabriela Queiroz
Cinema com muuuuita pipoca! OUTBACK - Uma galera animal Johnny é um raro coala branco que está acostumado à sua vida de mordomias como atração turísƟca no circo. Mas a roƟna do bicho vira de cabeça pra baixo quando ele acaba trocando a calma e tranquilidade pela vida selvagem do deserto. Nessa empreitada, Johnny conta com a ajuda atrapalhada de um macaco chamado Higgens e um demônio da Tasmânia Ta de nome Hamish para tornar-se um verdadeiro herói e derrotar um malvado (e enorme!) crocodilo que ameaça os animais da região. Este trio vai viver uma aventura que é o bicho!
31 minutos - O filme Juanín é o produtor do famoso noƟciário de TV 31 Minutos, e o úlƟmo de sua espécie. Mal sabe ele que sua raridade desperta o interesse de Cachirula, uma malvada colecionadora de animais em exƟnção que precisa dele para completar sua exóƟca coleção. Com a ajuda de Tio Careca, ela inicia uma caçada pelo úlƟ úlƟmo mo membro dos juanines... juanines Juanín é raptado e a equipe do programa 31 Minutos iniciará uma busca alucinada pelo seu amigo, sem saber que enfrentarão um exército para resgatar Juanín.
Estreia: 1ª quinzena de Agosto
INTERAÇÃO ENTRE PAIS E FILHOS
Tema desta edição: Conteúdo Auxiliadora Mesquita Arte Cláudia Prates
Revista Educar - Agosto 2012 13
Fazendo arte
Não sabemos bem porquê, mas fazemos arte desde que surgimos sobre a face da Terra. As pinturas nas cavernas pré-históricas provam que muito cedo percebemos o poder da arte. Ritual mágico ou meio de comunicação, estamos sempre representando a nós mesmos e ao nosso mundo, expressando senƟmentos e ideias com pinturas, desenhos, esculturas e tantas outras formas quanto a nossa imaginação permiƟr.
Mesmo objetos do coƟdiano são muitas vezes modificados pela nossa simples vontade de narrar e transformar. E esse gesto está presente na criança muito cedo. Por isso, mamães e papais devem, sempre que possível, apresentar a seus filhos a arte que outras pessoas fazem. E nunca perder a oportunidade de esƟmular os pequenos a se expressarem através dos materiais mais variados. Aproveitem que essa é também uma oportunidade única de brincar juntos e se conhecerem melhor!
Revista Educar Informação útil para todos
Pipoca em A CAIXA MÁGICA
HISTÓRIA INFANTIL
CURIOSIDADES E SUGESTÕES
Revista Educar - Agosto 2012 15
Emoção em forma de arte filmes. O teatro, a dança e a música também são formas de arte. E muitas dessas maneiras de fazer arte existem desde muito tempo atrás.
As pessoas fazem arte para contar a outras pessoas uma ideia, uma história ou um senƟmento que elas têm. E quando a gente vê uma obra de arte e entende o que a outra pessoa estava querendo dizer, senƟmos uma emoção muito especial. É por isso que arte pode nos deixar alegres ou tristes e até pensando sobre muitas coisas.
A arte existe em todos os lugares onde existem pessoas. Em cada lugar ela pode ser feita de uma maneira diferente – músicas e danças diferentes, maneiras de desenhar e pintar que são especiais de cada povo. Mas nunca exisƟu nem um povo que não fizesse arte!
Podemos fazer arte pintando, desenhando, fazendo esculturas ou fotografando. Também fazemos arte escrevendo histórias ou fazendo
Achei pra você! Livros
O Livro Gigante de Arte para Crianças (Ed. Girassol) – nesse livro podem ser encontrados passo a passo para fazer arte de muitos lugares do mundo. Que tal um amuleto egípcio ou uma bonita máscara de carnaval? Diversão garanƟda com muita criaƟvidade. Iniciação à arte para crianças pequenas (Ed. ArtMed) – Esse livro é indicado para fazer arte com crianças de até 2 anos. Sim, os pequeninos também podem se diverƟr com ideias diferentes! E os pais terão dicas preciosas para organizar esses momentos da melhor maneira possível.
Internet Hoje já é possível fazer visitas virtuais a vários e importantes museus de arte pelo mundo afora. Você e seus filhos podem conhecer obras importantes com apenas alguns cliques no computador. Se você tem restrições a que eles vejam algum Ɵpo de cena ou tema, visite os museus virtuais antes e conheça as obras para depois apresentá-las às crianças. Bons endereços são: www.googleartproject.com/pt-br/, projeto gigante do Google com muitas obras importantes, e www.eravirtual.org/pt/, que apresenta uma lista com vários museus brasileiros com visitas virtuais.
Museu Ver pela internet é bacana, mas nada como estar frente a frente com uma pintura real para senƟr a mágica do gesto, das cores e dos detalhes. Por isso, habituar-se a dar uma olhadinha nos museus de nossa cidade sempre vale a pena. Que tal conhecer o MASC, o Museu de Arte de Santa Catarina? O horário de visitação é de terça a domingo, das 10h às 21h15min e ele fica na Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5.600 – Agronômica, em Florianópolis.
FOTOS / LIVROS
Revista Educar - Agosto 2012 17
Nossa Cara Especial DIA DOS PAIS
Mais fotos na página 23
Arthur e André
Sandro e Maria Rita
Jean e Matheus
Arthur e Marcelo
Luiz Carlos, Eloisa e Emanuel
Melissa, Fernando e Leonardo
Jefferson e Ana Luiza
Emerson e Pedro Henrique
Quem nunca quis dormir na cama dos pais? Esse dia chegou para Gabi. Ela pede ao seu pai, que começa a criar obstáculos para ela desisƟr da ideia. Mas Gabi é insistente e arruma uma boa resposta para cada empecilho. Esta diverƟda história mostra que dizer a verdade pode ser o melhor anơdoto para uma ideia fixa.
Um dia, Lili viu algo maravilhoso em seu jardim. Ele Ɵnha quatro patas, um rabo e o nariz úmido. Lili sempre quis ter um... Au-au! Mas este não é um au-au convencional, ele tem vários hábitos estranhos.
Uma torta p para mamãe!
Oi,, Au-Au!
Conversa para pai dormir
Lançamentos Brinque-book
Coelhinho está morrendo de saudades de sua mamãe e quer fazer uma grande surpresa para ela, que está voltando de uma longa viagem. Obra que aborda como trabalhar a saudade de um filho enquanto espera por sua mãe.
ENTREVISTA
Revista Educar Informação útil para todos
Com a mão na massa Richard “Golly” Goleszowski, o criador de Shaun the Sheep, conversa com a Educar Texto: Auxiliadora Mesquita / Entrevista: Cláudia Prates / Fotos: Richard Goleszowski
E
le é um dos mais premiados criadores de desenhos animados do mundo e seu humor inconfundível torna as histórias que ele inventa uma alegria para milhões de crianças e adultos no mundo inteiro. Ele é Richard “Golly” Goleszowski, um simpáƟco senhor nascido no sudeste da Inglaterra, que estudou artes numa escola tradicional e se tornou um bem sucedido animador, quase que por acaso. Quase que por acaso, se o acaso exisƟsse. Mas já devia estar escrito em alguma caixa de massa de modelar. Após se formar em Artes, “Golly”, como é conhecido, foi trabalhar fazendo cenários e acessórios para o hoje famoso Estúdio Aardman de desenhos animados. Como ele disse certa vez, ele esperava ficar por lá só até arranjar um emprego “de verdade”. O resultado dessa espera se transformou em 30 anos de parceria, seja como empregado ou freelancer. Richard Goleszowski é o responsável por vários sucessos da animação. Foi ele, por exemplo, quem criou e dirigiu um premiadíssimo clip
de música do cantor inglês Peter Gabriel. Também tem o dedo criaƟvo de Golly na “massinha animada” de filmes como Rex the Runt, Robbie the Reindeer, Creature Comforts e, é claro, Shaun the Sheep. Shaun the Sheep foi criada e dirigida por Richard e foi a primeira série de TV para crianças do Estúdio Aardman. Hoje já é vista em mais de 150 países pelo mundo. O sucesso, no entanto, não mudou o jeito de ser de Golly. Ser bem sucedido trouxe algumas vantagens. Fama? Dinheiro? Nada disso. Ele adorou foi dar “Feliz Aniversário” para a filha, ao vivo, pela TV, ao receber um prêmio. Acompanhe a entrevista exclusiva que ele deu para a Cláudia Prates, editora da EDUCAR. Você disse uma vez, durante uma entrevista, que você começou a trabalhar com animação enquanto esperava por um “trabalho de verdade”. Quando você descobriu que a animação era o seu “trabalho de verdade”? Foi um processo gradual. Quando comecei, essa indústria
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parecia bem pequena, com poucos cursos dedicados à animação. Nos úlƟmos dois anos, a Aardman (empresa de filme de animação que também produziu Wallace and Gromit) cresceu e se tornou um negócio sério, respeitado. Uma evolução para uma empresa que era antes tão pequena. Como é criar e dirigir os episódios de Shaun the Sheep? Eu planejei o show criando um local de trabalho hierárquico. O fazendeiro é o patrão (apesar de ele saber muito pouco ou nada). O cão pastor Blitzer é o “gerente” (e ele fica dividido entre sua lealdade ao fazendeiro e manter as ovelhas felizes). Os Flock (o rebanho) são os trabalhadores e Shaun é a líder desse grupo. Ovelhas são conhecidas por serem pacíficas, quietas. Como surgiu a ideia de criar uma ovelha tão líder e criaƟva? Eu me inspirei no desenho de Gary Larson (www.thefarside.com) no qual animais se comportavam de maneira diferente quando humanos não estavam por perto. O que você quer que as crianças aprendam quando assistem ao seu show? Não é animação educacional, então não há nada específico. Eu espero que elas apreciem o ritmo desse desenho. Espero que elas se idenƟfiquem, reconheçam partes delas mesmas, reconheçam seus irmãos e pais nos personagens de Shaun the Sheep. Os episódios são sempre bem humorados. Como pai, você acha que bom humor é importante? Sim, apesar de achar que sou uma espécie de “fazendeiro rabugento” em casa.
Durante uma das várias premiações das quais você parƟcipou (e foi premiado), você teve a chance de desejar “feliz aniversário” para a sua filha enquanto o evento estava sendo transmiƟdo pela TV. Eu me lembro, era o primeiro aniversário dela. Esta é uma das vantagens de ser um profissional bem sucedido. Há desvantagens? Constantemente recebo rolos de filmes e pedidos de trabalhos. Você é pai de duas crianças. Isso influencia a forma como você cria o show? Meus filhos têm 11 e 13 anos, mas nós começamos o show quando eles Ɵnham a idade do núcleo do grupo. Uma coisa que devemos fazer é nunca bancarmos “superiores” quando falamos com as crianças. Nós fazemos os episódios de Shaun para nos fazer rir, com a intenção de não ser muito adultos. SlapsƟck (comédia cinematográfica do Ɵpo “pastelão”) é apreciado por grupos de qualquer faixa etária, então não é problema pra mim escrever desta forma. Nós gostamos de ser travessos. Num dos episódios você vê o bumbum do fazendeiro. Há muitos pares de calças e pilhas de cocô de ovelha pela fazenda, e pum. Acho que somos ainda infanƟs e talvez seja por isso que isso tudo funciona e faz sucesso. ■
No Brasil, a animação Shaun the Sheep é transmiƟda pelo canal Cultura. E na internet, basta digitar o nome no youtube para ter acesso a muitos episódios.
DILEMA
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Estou numa sinuca de bico! E agora? Pais ficam sem palavras com as perguntas difíceis feitas pela criançada Gabriela Queiroz
D “
eus existe?”, “Onde mora a fadinha do dente?”, “O que o Papai Noel faz até chegar o Natal?” e “De onde eu vim?”. Se você já ouviu uma dessas perguntas, seja muito benvindo ao mundo dos dilemas das crianças. Como fez para respondê-las? Provavelmente, você ficou desconcertado.
Mesmo que as dúvidas sejam simples de serem sanadas, isso implica em cogitar a possibilidade, praƟcamente remota, de quebrar um mito, uma história, uma fantasia de seu filho. E isso ninguém quer. Afinal, o mundo da infância é gostoso porque nessa fase ainda é possível usar a imaginação sem freios. Como se não bastasse, além das pergunƟnhas diİceis, a garotada é fora de série quando o negócio é o faz de conta. Quietas, no seu canto enquanto brincam, elas observam tudo e todos e, quando menos os pais ou educadores esperam, soltam uma das suas. E você foi pego de surpresa mais uma vez! Ora fazendo coisa ensinada como errada, ora pronunciando um sonoro palavrão. “Mãe, você disse que isso é feio. Por que você falou?!”. Sair dessa saia justa é uma tarefa diİcil, mas não impossível. Para isso, nada melhor do que seguir na linha fantasiosa do seu pimpolho e explicar a ele de modo lúdico o significado do que você disse. Lembre-se: ele não entende o que você falou, apenas ouviu. Portanto, nem pense em falar mil palavras, gaguejar, se explicar demais. Senão, você se complicará de vez. Recorra à linguagem deles para que possam entender sem dificuldades. Fugir das respostas pode ser uma boa
estratégia para você, mas seu filho conƟnuará na dúvida. E pior: poderá perder a segurança e confiança que sente em você. Quando estão mais crescidinhos, por exemplo, vão perguntar de onde vêm os bebês. E a história da cegonha deve ficar no fim da lista. Combinado? Em vez de ajudar, pode prejudicar. Antes de dar qualquer resposta, é preciso formulá-la bem, de modo que você, pai, mãe ou educador, sinta-se seguro do que vai dizer. Caso contrário, a criança vai perceber que algo está errado. Vai notar uma incerteza. Como a fase da curiosidade, dos infinitos por quês, está só começando, é fundamental estar preparado para todo o Ɵpo de pergunta. Jamais pense em desconversar, desviar o assunto, tentando distrair a criança com brinquedos, doces, possíveis compromissos seus, porque ela com certeza perguntará novamente. Dizer que tal assunto é coisa de adulto e que um dia ela irá entender é outra alternaƟva para sair de uma situação embaraçosa. A opção da menƟra é abominável. Se não Ɵver outra escolha, omita – essa é uma dica valiosa. Separar a fantasia da realidade é um processo comum do desenvolvimento de crianças a parƟr dos seis anos. Por isso, antes que essa fase de vida do seu pimpolho chegue, procure orientar-se com profissionais especializados em educação infanƟl. ■
DIVERSOS
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COMUNICA! Bem estar Os casos de maus tratos que envolvem crianças têm ganhado cada vez mais espaço nos noƟciários nacionais e internacionais. É uma situação lamentável que precisa acabar. O nascimento de um bebê, planejado ou não, precisa ser encarado com responsabilidade. Agressões (İsicas ou verbais) em momento algum são jusƟficáveis como uma alternaƟva de punir um filho por qualquer mau comportamento. Zele pelo bem estar İsico e moral do seu pequeno. Converse com ele, dê carinho e atenção. Essa receita é infalível para ele ser feliz.
Privacidade Hoje, a web é uma importante ferramenta que auxilia as pessoas a ficarem informadas sobre o coƟdiano de amigos e familiares. Tornou-se uma aliada, inclusive, nas relações entre pais e filhos que não moram juntos. Por outro lado, faz com que a inƟmidade dos usuários fique exposta a diversos olhares. Por isso, é importante estar atento aos contatos que seu filho mantém no ambiente virtual. Publicar fotos ou divulgar detalhes do dia a dia nas redes sociais pode gerar problemas à segurança e integridade do seu pequeno.
Distração Sair para resolver um problema ou simplesmente ir comprar pão deixou de ser uma aƟvidade simples para quem fica com o filho enquanto o companheiro ou a companheira trabalha. Para a criança, além de não ser simples, é insegura. Na correria, pais e mães levam o pimpolho junto, colocam-no no carro e resolvem o que precisam. Quando percebem, notam que esqueceram a criança no veículo. Um lapso desses pode ser fatal!
Educação Alguns princípios e bons modos, infelizmente, deixaram de ser usados, mas sempre pre re é tempo de mudar. Bom dia, oi, como vai?, com licença, obrigada e por favor não estão fora de moda não! Essas palavrinhas, de significados simples ess e nada diİceis de serem pronunciaciadas, são o reflexo da educação. o.. E o processo começa cedinho, quando uando somos pequeninos. Em qualquer situação é preciso ensinar, esƟmular e explicar a importância de usá-las para a garotada. Afinal, genƟleza gera genƟleza!
Opinião Se você tem dúvidas ou sugestões sobre a comunicação no processo educacional com seu filho ou aluno, parƟcipe da Comunica! Entre em contato comigo (gabrielaqueiroz.jornalista@ gmail.com). Sua parƟcipação é sempre benvinda! ■
Gabriela Queiroz, jornalista
EVENTO
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Turma da Mônica em
Divulgação
UM PLANO PARA SALVAR O PLANETA
Ci Crianças e adultos d lt de d todas t d as idades id d poderão d ã conferir f i a incrível aventura da Turma da Mônica: Um Plano para Salvar o Planeta. Com criação e produção dos Estúdios Mauricio de Sousa, tudo começa quando Franjinha inventa uma poção para deixar tudo o que está sujo, limpo e perfumado. Mas, pra variar, Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali aparecem no seu laboratório e criam uma enorme confusão. Enquanto tenta arrumar a bagunça, a Turminha descobre que a tal poção superlimpante do Franjinha pode cair como uma luva nos planos de Dorinha, que quer salvar o planeta, que anda cada vez mais poluído.
Até o Chico Bento aparece para parƟcipar e pedir ajuda para salvar o ribeirão que passa perƟnho de sua casa, mas que está muito poluído e sem vida. Mas... será que a fórmula do Franjinha vai mesmo resolver todos esses problemas do planeta ou a turminha precisará encontrar outra maneira de salvar a natureza e todos os seres vivos do mundo? UM PLANO PARA SALVAR O PLANETA transmite uma valiosa lição de cidadania e respeito por todos os seres vivos do planeta. Inclusive o próprio homem! Um espetáculo musical inteligente, diverƟdo e interaƟvo. Produzido com todo o cuidado e carinho que Mauricio de Sousa imprime a todas as suas criações e que vai contagiar a todos. Dias 8 e 9 de setembro - sábado 17h e domingo 18h no Teatro Gov. Pedro Ivo, Florianópolis. Info: 48 3206 5559 / 3206 5550 / 7811 3810 Realização: Meneghim Promoções
VARIEDADES
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DO FORNO... Auxiliadora Mesquitaa
TacTicTum bem podiam am ser as baƟda das do nosso o coração, mas é o nome do d grupo de música infanƟl de Florianópolis que aagrada a graúdos e miúdos. Com criaƟm vvidade, bom humor e ritmo, o TacTicTum encanta quando toca e para as crianças. E pa quando as ensina tamqua bém! Isso mesmo: além de apresentações em eventos, apresen eles mantê mantêm cursos de musicalização para bebês (e crianças), dados com o mesmo carinho e colorido de suas apresentações.
O guia já lançado é sobre Roma, mas já existem planos para guiar as crianças por São Francisco, Paris e Nova York. Como não existe o de Joinville e o de Floripa, fica a sugestão: que tal fazer com seus filhos um “Guia de Joinville (ou de Florianópolis) para as crianças”? Primos distantes iriam adorar a ideia, que também serve como uma óƟma lembrança da visita.
E por falar em viagens...
Música, além de bálsamo para a alma e alegria para o corpo, também ajuda comprovadamente no desenvolvimento mental da criança. Então, não perca tempo – entre em contato com o TacTicTum pelos telefones 048 33655606 ou 048 8423-5519. Ou visite a turma no Reverbera, na rua Clodorico Moreira, 43, Santa Mônica (ao lado do Shopping Iguatemi).
Viagem miudinha Uma ideia simpáƟca para quem viaja com crianças: ZigZag City Guides, um guia de viagens especialmente voltado
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Mariana Boro
Nas batidas do coração
p a gente miúda, para ccom dicas de passseios dispostas em ccartões deliciosamente ilustrados. m Cada cartão traz C fatos sobre o lugar ffa visitado e aƟvidades interaƟ interaƟvas para a criançada. A caixinha ainda vem com um çada u mapa dobrável com orientações sobre os principais pontos turísƟcos da cidade em foco.
Ninguém precisa ir muito longe para descobrir coisas novas e lindas. Muitas vezes, perto de nós existe diversão para uma manhã tranquila ou uma tarde preguiçosa: é a praça! Grande ou pequena, a pracinha tem sempre
VARIEDADES atraƟvos imperdíveis para as crianças. A combinação de área aberta, árvores e a companhia da mamãe e do papai fazem desse lugar tão comum um espaço mágico para os pequeninos. Brincar, correr, andar de bicicleta são aƟvidades tradicionais. Observar flores e folhas (e até desenhá-las) pode tornar o passeio diferente. Um lanchinho numa sacola térmica garante o picnic. Simples, econômico e diverƟdo. Melhor, impossível!
Meninas prendadas
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as amigas, tudo fica ainda melhor!
Birras em público Quem nunca passou por isso que aƟre a primeira pedra. Quase sempre resultado do cansaço ou algum desconforto, de repente até a mais fofinha das criaturas se transforma num pequeno monstro incontrolável. E com os olhares todos se voltando para a cena, fica ainda mais diİcil para os pais exercitarem a paciência. Mas vale a pena tentar essas dicas: 1- Respire fundo. Sério! Lembre-se de que todos passam por isso. 2- Pegue sua criança e vá com ela a um lugar mais calmo, sem a agitação das pessoas em volta.
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3- Console, acalme e distraia, do mesmo modo que você faria em casa. Mas não ceda ao pedido: a birra pode se tornar a “moeda” constante para a criança alcançar o que quer.
Mas até as mamães e vovós podem se entusiasmar com a ideia e separar uma horinha para comparƟlhar esses segredos com suas crianças. Pequenos projetos feitos de uma só vez fazem a criança feliz, e um lanche depois da aula deixa tudo mais gostoso. Se as aulas forem com
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Em outros tempos, costurar era um conhecimento passado de mãe para filha. Hoje já existem ateliês de costura que funcionam como escola, numa proposta de unir o aprendizado e a brincadeira. Na Love Blankie, em São Paulo, as aulas são semanais e crianças a parƟr de 5 anos podem ser matriculadas.
GALERIA
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Arthur e Márcio
André e Augusto
Fábio e Cecília
Edson e Derick
Gabriela e Jackson
Giulia Anne e Vítor
Helena, Jackson e Pedro
Kazuo e Liana
Maria Clara e Rafael
Maria Teresa e Júlio
Manuela e David
Letícia e Ricardo
Romualdo e Ramon
Marcelo e Renan
Amanda, Ricardo e Isabela
Theo com papai Fábio e vovô Ademir
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