Informação útil para todos! Maria Clara, 2 meses
Tem hora pra tudo
Infância
Felicidade fora do padrão Consumismo
Escolhas saudáveis e conscientes
revistaeducar.com.br
Edição 86 • Ano 8 • Fevereiro 2015 Distribuição gratuita e direcionada Foto: Vinny Studio • Impressão: Impressul
Editorial As cores da vida
eDIÇÃO 86 • ANO 8 FEVEREIRO 2015 EDITORA Cláudia S. Prates
Por uns instantes, lá no fundinho do meu delírio (ou da minha realidade), achei que tudo fazia sentido – comparei as cores com família, amor, amigos, profissão, objetivos.
COLABORADORES desta edição Auxiliadora Mesquita / Bárbara Maglia Fernanda Moura / Diana Demarchi André Rezende
Cada cor “caiu como uma luva”. Parar e ouvir o filho é a laranja, sinal de “atenção”. Ligar e bater papo com minha mãe combina com violeta. Pensar nas pessoas queridas (as que estão longe ou as que já faleceram), se encaixa na amarela – é pura saudade. Repensar os atos é a vermelha, vem como um “pare e reflita” – principalmente no que diz respeito à educação do meu filho. Sair de casa com a família para curtir a natureza é, evidentemente, verde. A cor anil me traz vontade de aprender cada vez mais – com meus amigos, com a Educar, com a vida. E a azul, minha preferida, finaliza minha reflexão como a cor da felicidade, do querer bem.
CONTATO COMERCIAL: 48 8845.7346 comercial@revistaeducar.com.br
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Um final de tarde, chuva seguida de sol. Sentada à beira-mar, eu curtia minha trilha sonora preferida e viajava no pensamento. Minha ideia, a princípio, era comparar as situações da vida com algumas cores - um arcoíris era o que eu enxergava naquele momento.
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bi n i & Pi c c ol i n i
Cláudia Prates
educar@revistaeducar.com.br Revista Educar
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E você, já parou pra pensar nas cores da sua vida? Como seria o seu arco-íris?
JORNALISTA RESPONSÁVEL Lúcio Flávio Filho (MTB 21.441) ARTE Cláudia S. Prates / Rique Dantas
REVISÃO Vânia Dantas Pinto
IMPRESSÃO
47 9143.4416 (Fábia) ou 47 9181.4223 (Andrei)
www.impressul.com.br
•As opiniões veiculadas nos artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista. Os artigos e os anúncios publicados são de total responsabilidade de seus autores e/ou suas empresas. •Não é permitida a reprodução de qualquer conteúdo desta publicação sem prévia autorização da editora. •A Revista Educar, publicação mensal da Pequeninos Revista Educativa Ltda, tem tiragem de 9.000 exemplares e é distribuída gratuitamente em diversos pontos de Joinville, Florianópolis e São José / SC. •Para assinatura, sugestões, críticas ou elogios, envie e-mail para educar@ revistaeducar.com.br ou entre em contato pelo nosso site www.revistaeducar.com.br.
CAPA Com poses angelicais, Maria Clara Dutra (2 meses), filha de Francieli de Souza Dutra e Candido Norberto de Andrade Dutra, sorriu enquanto dormia, e, sem perceber, nos presenteou com uma das capas mais fofas de toda a nossa história. Fotos: Vinny Studio www.vinnystudio.com.br (47) 9652.8213 / (47) 3207.3701
Educar • Fevereiro/2015
Evento e cinema
Educação Financeira
Tinker Bell
De 09 a 15 de Março de 2015, acontecerá a 2a Semana Nacional de Educação Financeira (ENEF), em conjunto com a Global Money Week, evento global para crianças e adolescentes já existente em mais de 118 países.
Tinker Bell e o Monstro da Terra do Nunca
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Na Grande Florianópolis, a Semana Global de Educação Financeira acontecerá na mesma data e é promovida como ação de Responsabilidade Social das empresas M&M Contabilidade, Consultoria e Coaching e PCV Dinheiro, ambas atuantes na área de Educação Financeira. Fique atento! Será um ciclo de palestras em diversas escolas da região, com o tema: “Cinco passos para um futuro próspero Educação Financeira para pais que deixam heranças”. Fotos Divulgação
A missão desse projeto é despertar nos indivíduos uma nova postura mental e comportamental em relação a dinheiro e finanças. Participe você também! A fada Fawn tem bom coração e se recusa, sempre, a ver maldade nas pessoas. Mas quando ela se torna amiga de um gigantesco monstro, faz com que Tinker Bell e suas amigas temam pela segurança de todas as moradoras da cidade. Por isso, elas decidem combater o vilão antes que seja tarde.
Informações: (48) 3225-7054
Previsão de estreia nos cinemas: 12 de fevereiro
Rotina
Tem hora para tudo A importância da rotina na vida da criança Criar uma rotina no dia a dia dos pequenos é fundamental para que eles se sintam seguros e tranquilos. Com isso, além de desenvolverem sua noção de tempo e de organização, também aprendem a lidar com as novidades e as escolhas. Cada família tem seu jeito de criar os filhos, mas a rotina ao lidar com as crianças precisa fazer parte de todas elas. A repetição gera segurança, permitindo que os pequenos elaborem mentalmente seu dia a dia. E cria “espaços” para tudo de que eles precisam para crescer se sentindo bem: sono, comida, banho, carinho, conversa, brinquedos. Para os pais, a repetição dos cuidados de maneira organizada os torna mais eficientes nessas tarefas, o que gera mais tranquilidade, mais satisfação e menos angústia sobre o seu papel de mãe e pai. Além disso, traz um benefício extra para os adultos: conciliar as necessidades da criança com suas necessidades pessoais. Criar uma rotina não é tão complicado quanto parece, já que bebês e crianças têm necessidades bem claras. O básico sempre precisa de hora certa: comer, dormir, brincar, tomar banho e higiene. Para cada uma dessas atividades, é bom inventar pequenos rituais que informem à criança o que
está chegando e a prepare para deixar de fazer o que estiver fazendo. Assim, tomar um banho relaxante e ouvir uma história do papai pode fazer a transição para o sono. Guardar o brinquedo ou assistir mais 5 minutos de TV lembra que é hora da lição de casa. Lavar as mãos e ajudar a colocar seu prato na mesa podem dizer que é hora de comer. E escolher uma peça de roupa ou um sabonete na gaveta podem avisar que a hora do banho chegou. Cada família vai inventando do seu jeito – o importante é que pequenos e grandes saibam que há um momento para tudo e que, na maioria dos dias, podemos contar com esses acontecimentos certeiros para diminuir nossa angústia do desconhecido. Para as crianças, tudo é um enorme e poderosamente desconhecido e, quanto mais ela souber o que está vindo por aí, menos ansiedade terá para lidar com seu dia a dia, inclusive com as novidades.
Educar • Fevereiro/2015
E as novidades virão! As quebras na rotina irão acontecer, pois ninguém tem controle sobre a vida. E os pequenos vão ter que aprender a lidar com essa realidade também. Chega o dia em que a criança dormirá na casa da vovó. Ou vai ter “aquele” dia em que o almoço atrasará. E tantas outras novidades, alegres ou nem tanto, podem acontecer. Nessas horas, vale ter algum truque na manga (algo que lembre a rotina ao pequenino). Também é preciso uma boa conversa para explicar os motivos da mudança e muita paciência, é claro. De volta a rotina normal, é bom lembrar que ela também se modifica à medida que a criança cresce. As necessidades se transformam: surge a hora para estudar, para ajudar em casa ou para alguma atividade extra – esporte ou língua estrangeira, por exemplo. Acrescentar isso fica mais fácil quando a criança já está com seu cotidiano mais estruturado. É só se lembrar
de não sobrecarregá-las. Afinal, se é preciso hora para tudo, é preciso hora para não fazer “nada” também! O mais importante é que Dona Rotina não fique brava com a chegada da Surpresa – e que Surpresa descubra como Dona Rotina facilita a vida de todo mundo. Estrutura e flexibilidade fazem uma combinação imbatível. Tornam a vida dos pais mais tranquila e produtiva e ensinam à criança como se tornar responsável por seu dia a dia - escolhendo caminhos e enfrentando desafios, com bom senso, atenta ao que é fundamental e com aquele jogo de cintura.
Auxiliadora Mesquita Pedagoga
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Felicidade
Fora do padrão Infância leve, brincadeiras, parcerias, sonhos a serem realizados, autoconhecimento, projetos de vida... São inúmeros os momentos em que a felicidade pode estar presente – e é a gente que escolhe se deve ou não mantê-la viva. Ser feliz é um conceito bem subjetivo, mas sua essência pressupõe que a realidade vivida deve estar em sintonia com o que se pensa, se sonha e se quer. Uma pessoa nunca vai ser feliz morando em uma cidade pequena e pacata se o que gosta mesmo é de sair, conhecer e descobrir lugares novos. Cada um tem seus sonhos e objetivos e, assim, o conceito de felicidade varia. O que é bom para um pode não o ser para outro. Conhecer a si e saber identificar o que traz felicidade é um processo que começa na infância. No fundo, todos sabem o que querem. No entanto, conseguir externar esses ideais e
Educar • Fevereiro/2015
adaptá-los à realidade é um exercício que pode levar bastante tempo. Muitas vezes, é preciso tentar, não gostar, começar de novo, para chegar a uma conclusão. O problema é que muitos começam esse exercício já adultos e, então, fica mais difícil modificar escolhas feitas até então. Por isso, ensinar as crianças a se conhecer é uma forma de ensiná-las a conquistar sua felicidade de maneira mais rápida e completa. Ouvir o que a criança tem a dizer e respeitar suas opiniões a ajuda a dar valor aos seus sentimentos e ideias. Valorizando seus pensamentos, fica mais fácil para ela aprender a ouvir seus anseios e vontades e, consequentemente, entender o que quer da vida. Por outro lado, fazer comparações com outras crianças, além de deixá-la insegura, pode fazer com que pense que, para ser aceita ou para se sentir boa o suficiente, deve ser igual aos outros, quando, na realidade, é importante que ela consiga gostar - e aceitar - do seu jeito de ser, suas particularidades e seus desejos. Ser diferente, sair do lugar comum e não se contentar em seguir um estilo de vida imposto pela família ou pela sociedade não é um ato de rebeldia e sim de interiorização e conhecimento próprio. Gostar de si, do seu trabalho, de quem escolheu para conviver diariamente é o que vai tornar um sonho em realidade. Isso
não quer dizer que a vida vai se transformar em um “mar de rosas”, sem problemas e sem obstáculos. Mas, quando se vive uma realidade em harmonia com o que se deseja, as dificuldades se tornam mais amenas e menos pesadas. Construir uma vida e dar pequenos passos diariamente em direção ao que se sonha é um exercício de autoconhecimento. Oferecer condições para que as crianças cresçam e se desenvolvam de forma espontânea, sem um molde préestabelecido, é uma forma de lhes dar liberdade de escolha e, mais do que isso, é uma forma de demonstrar amor e confiança. Fernanda M. de Moura Pedagoga e responsável pela Escola Infantil Espaço Crescer (Florianópolis). contato@espacocrescerfloripa.com.br
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Educar • Fevereiro/2015
Variedades
Do forno
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Por Auxiliadora Mesquita
Brincar, guardar, sentar
Foto Akihiro Ito
Arquitetos e designers japoneses estão sempre tentando aproveitar ao máximo os pequenos espaços disponíveis para as famílias por lá. Num quarto de criança, uma casinha de boneca, uma cadeira e um pequeno baú para guardar brinquedos poderiam atravancar o quarto das crianças. A solução? Fazer tudo isso num móvel só! The Dollhouse Chair (a “cadeira-casinha-de-boneca”) foi criada pelo Torafu, escritório de arquitetura de Tóquio. À primeira vista, parece apenas uma cadeirinha. Mas com pequeno movimento, você descobre prateleiras para guardar brinquedos – incluindo as bonecas e miniaturas que serão usadas para brincar na casinha de bonecas que a cadeira também se transforma. Criatividade e praticidade a serviço da alegria das crianças.
o certo ao fazer (tal coisa). Então, a criança deve se comprometer a não repetir aquilo novamente: de agora em diante, eu vou fazer (assim). E para terminar, perguntar se a outra pessoa pode desculpá-la. Parece muito para você? Pois Emmy garante que o efeito é certeiro – até para ela mesma, que agora tenta sempre se desculpar assim, inclusive com as crianças!
Organizado, criança à bordo! Quem anda para cima e para baixo de carro com crianças sabe que precisa estar preparada para várias surpresas e muitas necessidades no caminho. Uma boa sugestão é manter tudo separadinho e fácil de alcançar no cesto ou na caixa dentro do carro. A lista do que é fundamental vai de cada família, mas certos itens podem ser uma “mão na roda” quando se está em trânsito. Necessaires transparentes de tamanhos diversos e mantidas juntas facilitam na hora de achar o que você precisa. Sugestões de coisas para ter sempre à mão? Lanches saudáveis e que não se estraguem no carro, livros de atividades e de colorir, com lápis e canetinhas hidrográficas. Tablet e as músicas preferidas dos pequenos. Lenços umedecidos, caixinha de primeiros socorros, repelentes de insetos e filtro solar, álcool gel para as mãos. Será que falta alguma coisa?
Todo mundo já ouviu aquele pedido de desculpas infantil que é apenas para cumprir uma obrigação e ficar livre do sermão do papai ou da mamãe. A blogueira americana Emmy Mom (www.emmymom2.com) sugere ensinar às crianças um pedido de desculpas em 4 “etapas”, que asseguram que a criança compreende por que está pedindo desculpas, afinal de contas. É bem simples. Primeiro, dizer as conhecidas palavras: me desculpe. Aí vem o reconhecimento do erro: eu não fiz
Foto iheartorganizing.blogspot.com.br
Pedindo desculpas de verdade
Educar • Fevereiro/2015
A Educar recomenda
Eventos Iguatemi Fotos Divulgaçã o Igu
Apps atemi
Neste verão, o Shopping Iguatemi Florianópolis resgata brincadeiras antigas, aquelas que marcaram as gerações dos anos 80 e 90. O evento ERA UMA VEZ fez com que a Praça de Eventos do shopping se transformasse em uma praça cenográfica - brincadeiras como: Jogos de Botão, Oficinas de Bonecas de Papel ou Pipas, 5 Marias, Roda Pião, Io-iô, Bolinha de Gude, Bambolê, entre outras, acontecem simultaneamente fazendo a festa de pais e filhos. De 13/01 a 02/03, das 14h às 21h (segunda a sábado) e das 14h às 20h (domingos e feriados). Consulte valores no local.
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Todo domingo é Dia de Teatro no Iguatemi. As apresentações, sempre gratuitas, continuam acontecendo às 11h30, em uma das salas do Cinesystem. Um evento para toda a família!
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Plush Hospital (a partir de 2 anos, grátis) Neste app, os bichinhos são consertados passo a passo, de maneira divertida, gradual e simples. Alguns bichos estão na versão gratuita, mas é possível comprar outros. Toca Lab (a partir de 3 anos, US$ 2,99) Com funcionamento simples e intuitivo, o Toca Lab oferece um laboratório que transforma um elemento em outro, seja pelo aquecimento, resfriamento, centrifugação, corrente elétrica e adição de outros compostos.
Livro
Tesouro de Criança (3-5 anos) Editora Girassol Com conteúdo dividido em seções que refletem a vida das crianças de hoje, este livro, desenvolvido especialmente para pais e educadores, é uma excelente ferramenta de trabalho e de estímulo ao processo de ensino-aprendizagem.
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Interação entre pais e filhos
Educar • Fevereiro/2015
A mascotinha da Revista Educar
Tema desta edição: Conteúdo Auxiliadora Mesquita Arte Rique Dantas / Cláudia Prates
A criança e os esportes Atividade física faz muito bem para o corpo e para a mente. E começando cedo aumentam as chances de que essa prática permaneça na vida adulta, contribuindo para a saúde de seus filhos em qualquer idade. Dados do Ministério da Saúde apontam que uma em cada três crianças brasileiras está obesa, com todos os problemas que isso pode trazer para o crescimento e bem estar dos pequenos. Para diminuir esse quadro, qualquer prática física está valendo: brincar com bola, correr e saltar. Jogar frescobol, caminhar no parque ou passear de bicicleta. Tudo isso diverte e põe o corpo para funcionar. Se os pais já gostam, ótimo. Para os que não têm esse hábito, pode ser uma boa “desculpa” acompanhar os filhos numa atividade física, com benefícios para todos. Mas podemos ir além com as crianças: seguindo o interesse ou a curiosidade dos pequenos, podemos apresentá-los às práticas esportivas com regras, regulamentadas por órgãos oficiais e com objetivo de competição. Sabendo escolher e respeitando a vontade e os limites da criança, o esporte competitivo pode ser um grande aprendizado. Além do desenvolvimento físico, ele ajuda na concentração, na disciplina, no pensamento estratégico e no trabalho em equipe, mesmo para os esportes individuais. Escolher e praticar um esporte pode ser um ganho para toda a vida. Mas para isso dar certo, é preciso sempre levar em conta a vontade dos pequenos e não sobrecarregá-los. Afinal, esporte é saúde – e saúde da criança é, antes de tudo, levar uma vida de criança! Ponto para todo mundo.
Interação entre pais e filhos
Pipoca em... “É campeã!”
Educar • Fevereiro/2015
Você sabia? • Fazer atividades físicas é muito importante para crescer com saúde e descobrir tudo que seu corpo consegue fazer. Brincar, correr e pular é gostoso e faz a gente entender como nosso corpo funciona. Andar de bicicleta, balançar ou jogar bola também diverte e ensina coisas novas. • O esporte também é um tipo de atividade física, mas com regras que a gente precisa seguir. Esportistas são pessoas que praticam esporte competindo com outras e disputando medalhas, troféus ou dinheiro. • Para praticar um esporte é preciso gostar dele. Se a pessoa gosta e consegue praticar bem, ela começa a treinar, repetindo muitas vezes tudo que aprendeu para fazer cada vez melhor. Depois de treinar bastante, o esportista dispu-
Achei pra você Manual do Pequeno Atleta, de Rosane Araújo
Editora Casa da Palavra Nesse livro, um grupo de crianças que frequenta uma quadra descobre como foi a infância de atletas famosos, como os nadadores César Cielo e Gustavo Borges, o jogador de basquete Oscar e o tenista Guga. Também tem nomes importantes do judô, handebol, atletismo, ginástica artís-
ta campeonatos e mostra o que já sabe fazer. Assim, podemos descobrir quem está melhor naquele momento. Quem for o melhor será o time ou o esportista campeão. • Existem vários tipos de esportes. Alguns são praticados com mais de um jogador formando um time: o futebol, o vôlei, o handebol e o basquete, por exemplo. Em outros, a pessoa faz tudo sozinha, como na ginástica olímpica, no tênis, no judô e no surfe. Mas é preciso esperar a idade certa para começar a treinar. Quem sabe você um dia vai descobrir que gosta muito de um esporte – aí é só pedir ao papai e a mamãe e começar a praticar! tica, vôlei e taekwondo. E até o Zico, ex jogador campeão de futebol. Todos contam como descobriram o esporte e como é a vida de um atleta até se tornar um campeão.
Coleção Dedinhos: Tom, o Atleta
Editora CMS – Essa coleção (que também traz os títulos Tina, a patinadora, Poli a cavaleira e Lucas, o artilheiro) mostra a prática de um esporte de maneira simples e divertida – dois pequenos orifícios no livro permitem que a criança coloque seus dedinhos e brinque de fazer o que os pequenos esportistas estão fazendo na história.
Inventare
Educar • Fevereiro/2015 15
rch Fotos: Diana Dema
Vi tantas inspirações maravilhosas de parede e porta de lousa na internet que criei coragem de reproduzir aqui em casa. O investimento foi baixo, a aplicação foi fácil e a remoção, um dia, também será moleza. Deu um ar todo alegre para o ambiente, cara de casa com crianças cheias de vida. Bernardo já montou uma pequena escolinha e prendeu significativos minutos da atenção de sua aluninha até que, pra ela, comer um pedaço de giz pareceu mais interessante. Também já fizemos uma parede de joguinhos, fora toda a arte abstrata que já passou por ali. E já falei para vocês do prazer de apagar tudo? Eu sempre achei muito gostoso na época de escola, ir apagando camadas por camadas, bem devagar, como se não houvesse amanhã. Uma sensação de poder, de que nada tivesse muita importância. Parece que Bernardo puxou isso de mim. A sujeira de pó faz parte do pacote e não me importo de limpar após as brincadeiras. Esses dois bonitões fazem tudo valer a pena e são a melhor decoração que eu posso ter na minha casa! Gostou da ideia? Então anote aí o passo a passo: 1-Meça o tamanho da parede (ou porta) que vai ser decorada com o papel contact, lembrando que a superfície precisa ser bem lisa. 2-Compre o papel contact preto fosco na papelaria de sua preferência. 3-Aplique o papel contact de cima pra baixo, descolando aos poucos, pra não deixar bolhas. Há vídeos no youtube que ensinam a fazê-lo Diana Demarchi gosta da casa com de forma prática. cheiro de bolo, a mesa cheia de crianças e a vida cheia de risadas. Ela é mãe do 4-Compre giz de quadro negro. Para apagar, nós usamos Bernardo, da Natália e escreve no blog esponja de lavar louça, que ficou reservada somente para essa www.inventare.com.br as aventuras, alegrias e os perrengues da maternidade. brincadeira.
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Lousa de papel contact preto
Conto de pai
“Sonhar não custa nada, e o meu sonho é tão real, mergulhei nessa magia, era tudo que eu queria para esse carnaval”. A música ecoava ao longe e os versos bailavam pelos labirintos da mente de Urbano. Como poderíamos descrever um homem correto, honesto, tão puro que sua tranquilidade muitas vezes era confundida com inocência exagerada ou uma anomalia mental de grau leve? Descreveríamos apresentando o Urbano. Estudara física quântica quando jovem e, agora, aos 35, lecionava trigonometria numa escola do Catete. Tão certinho e previsível que ele mesmo, o próprio Urbano, não seria capaz de recordar sua aparência sem gravata. “É sinal de respeito”, respondia quando questionado. Um de seus alunos conseguiu, como resultado de uma aposta entre os formandos de 1991, carregar, sob escolta, o Professor Urbano ao baile de carnaval do GRES Bafo da Onça. Bebera muito mais do que o de costume das últimas décadas quando observou a linda loira flanando pelo salão, quando se virou e inclinou-se em direção ao balcão. A mulher, já ao seu lado, cochichou num sotaque cheio de erres: “precisamos sair daqui rápido”. Arrastando-o pelo braço, saíram aos encontrões, esbarrando e derrubando outros foliões até desembocarem abruptamente numa viela lateral escura e vazia. “Nosso contato chegará em 5 minutos, precisamos ouvir as instruções e partir imediatamente”, confidenciou a loira misteriosa. Percebendo que se metera numa grande roubada, achou ouvir tiros e disparou em desabalada correria para os fundos da viela. Teve a impressão de ser seguido de perto, cães latiam, começou a chover, numa cena clássica que vira em muitos filmes de perseguição. Chegou ao final da viela e deparou-se com um gradil. Ao pular, viu um velho que praticamente convocou-o a entrar numa taberna abandonada. “Aquela loira é uma agente russa perigosa, você não pode confiar em ninguém, fuja!”. Correu em direção à porta, foi impedido por dois homens que o seguraram e o empurraram para dentro de um carro
Educar • Fevereiro/2015 17
escuro. No automóvel, um Senhor de bigodes negros e pontiagudos interrogou-o: “onde está sua comparsa?”. “Não sei”, balbuciou com palavras embargadas pelo medo e pelo álcool. “Coloquem-no no porta-malas”, sentenciou. Do outro lado da cidade, os alunos e irmãos Augusto e André, praticamente em casa, se entreolharam após acordar no coletivo: “você viu o Professor Urbano indo embora?”, ao que o outro respondeu: “a última vez que
o vi, estava correndo feito louco dentro do salão” e se deixaram rir pelo inusitado da situação cômica ocorrer justamente com aquele homem. Uma doce e feminina voz, harmonizada com o arrastar de uma vassoura, completava: “deixe a sua mente vagar, não custa nada sonhar”. Um raio forte e penetrante de sol irrompeu por entre suas pálpebras, era um “olá” da mãe de todas as quartas-feiras, a de cinzas. “Meu Deus, bebi demais”. Levantou-se da sarjeta, arrumou a camisa puxando-a para baixo e ao conferir os bolsos achou um cartão com a seguinte frase em russo: указав свой последний улыбку seguido da tradução em inglês “providing your last smile”. Sorriu recolocando o cartão no bolso da camisa amassada. Sem saber ao certo o quê era real - e quem saberia num Carnaval? - , caminhou por entre bambas até recolocar sua fantasia de professor.
André Rezende Administrador de Empresas, Auditor da Secretaria de Estado da Fazenda e pai do Arthur e Lucas
TV
TV, MODO DE USAR Por Auxiliadora Mesquita Pedagoga
Educar • Fevereiro/2015 19
A televisão faz parte da vida de adultos e crianças. Mas vale combinar com sua criança como essa caixa mágica pode ser utilizada da melhor maneira possível. Nossas dicas ajudam a tornar o uso da TV mais positivo e saudável para toda a família. Difícil achar uma casa brasileira em que não exista pelo menos um aparelho de TV. Pesquisas indicam que a criança brasileira passa em média 5 horas por dia assistindo à TV, com algo em torno de 40 mil propagandas por ano. A TV é uma maravilha tecnológica que nos oferece divertimento fácil e informação prática e descomplicada. Mas será que é uma boa ideia apenas ligar a TV e deixar a criança por lá? Esqueça a culpa ou a demonização do aparelhinho. Todo mundo pode precisar da ajuda da TV para distrair a criança em algum momento mais atarefado em casa. E pesquisas feitas pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo mostram que há menos passividade ao assistir TV do que se imagina. As crianças prestam atenção quando lhes convém e se deixar de interessar, a TV fica só como pano de fundo. Mas qualquer coisa sem moderação pode trazer prejuízos. A Associação Médica Americana recomenda que crianças de até 2 anos não assistam a nenhuma TV. A opção ideal seriam vídeos e DVDs escolhidos pelos pais, adequados à idade e que trazem a vantagem da repetição, coisa que os pequenos adoram. A partir dos 2 anos de idade, os pediatras recomendam um limite de 2 horas diárias frente à TV. A razão para isso é mais simples do que teorias complicadas de danos emocionais ou intelectuais. Afinal, cada hora passada em frente à TV significa uma hora longe de alguma outra atividade. Ao passar tanto tempo “estacionada” em frente ao aparelho, a criança pode desenvolver desde problemas de saúde, como obesidade, até dificuldades de atenção, organização e desenvolvimento motor. Sem falar no prejuízo para as interações sociais com a família e outras crianças. Por isso, a recomendação dos especialistas (e do bom senso) é organizar a rotina da criança com a TV – escolhendo os programas, os horários e a duração dessa brincadeira.
Escolhendo os programas
Sempre dê preferência a programas que estimulem algum tipo de interação. Programa com música, para a criança cantar e dançar junto, é uma ótima opção. Programas que estimulem a criança a se mexer ou mexer com as mãos, criando coisas, também são uma boa pedida. E histórias, é claro! Tente escolher desenhos lúdicos, com boas ideias e valores em que você acredita. Não é preciso eliminar conflitos e nem mesmo o “bang-bang-pow” totalmente, pois esses momentos tensos podem ajudar as crianças a elaborar seus próprios sentimentos mais obscuros e complicados. Só fique atento/a para os limites dessa violência na fantasia.
É hora de desligar
Aqui é preciso ser firme – TV não combina com refeições nem tarefas escolares. E assistir programas à noite prejudica uma ida tranquila para a cama e uma boa noite de sono. Chegou um coleguinha em casa para brincar? Hora de deixar a TV pra lá e inventar outras coisas divertidas para fazer!
Vamos brincar de outra coisa
A recomendação de no máximo 2 horas por dia deve ser distribuída, conforme a idade, em intervalos de 20 a 30 minutos por vez. Uma dica é avisar à criança, alguns minutos antes, de que o programa vai acabar e que então ela vai brincar ou fazer outra coisa. Uma última dica para uma boa relação entre TV e criança é: sua presença! Sempre que puder, assista TV com sua criança e converse sobre o que aparece na telinha. Isso a ajuda a separar o joio do trigo, questionando e entendendo melhor o funcionamento da própria TV e de quem a faz. E você ainda ganha um show à parte: descobrir muita coisa nova sobre o que sua criança pensa e sente. Essa sim, é uma programação imperdível!
Consumismo
Escolhas saudáveis e conscientes: para o corpo, o bolso e a mente
Fevereiro chegou e, com ele, um novo ano letivo. Se ainda não o fez, você deve estar às voltas com a lista de material de seu pimpolho, circulando por papelarias, livrarias e lojas de mochilas e acessórios.
Educar • Fevereiro/2015 21
A reflexão de hoje inclui uma brincadeira, topa? Desafio você a dar cabo da lista de material escolar sem incluir na cestinha nenhum item decorado com personagem de desenhos animados, histórias em quadrinhos ou games. Talvez você nunca tenha voltado sua atenção a isso, mas, se topar a brincadeira, verá que é quase impossível! Vamos além? Vá ao supermercado fazer as comprinhas para a merenda escolar. Inspecione a cestinha... Quantos personagens de publicidade estão lá? Eles estão nas embalagens de suco, bolacha, pão, iogurte, guloseimas em geral e – pasmem – até nas frutas in natura! Agora um pulinho no guarda-roupa do pequeno. Quantas peças de roupa não têm nenhum personagem e/ou logomarca estampados? Ao olhar assim, categorizado e quantificado, o que você achou? A porcentagem é próxima do que você acreditava que seria? Confesso que, aqui em casa, fiquei surpresa... Meu pequeno estampa muito mais marcas do que eu imaginava... Agora vamos à reflexão: a que papel estamos sujeitando nossos filhos – e a nós mesmos – ao consumir e estampar, deliberadamente, tantas marcas? É inevitável, pelo menos para mim, pensar em um outdoor ambulante! Aí você me diz: “Ah, mas não precisa desse radicalismo! As crianças gostam, se apegam aos personagens e aos produtos. E além do mais, como descobrimos na brincadeira, nem há assim tantas opções fora deste padrão!” Você está coberto(a) de razão, querido(a) leitor(a)!
A reflexão, aqui, não acompanha radicalismo. As crianças gostam daquilo que conhecem. E, se essas imagens e marcas fazem parte de seu dia a dia, é natural que elas se vinculem a elas. No entanto, nós, os adultos, temos o dever de ensinálas a olhar essa questão com senso crítico. Não há problema em usar a camiseta do personagem X ou Y, eventualmente. Mas se seu pequeno decide que quer virar multiplicador da marca, alerta vermelho! Vale uma conversa, simples e direta, sobre como essas marcas criam produtos e promoções justamente para que as crianças consumam mais e que isso não é nada legal. E, além disso, ative seu alerta amarelo. Reflita quantas vezes você mesmo decidiu – sem pedido, choro, nem vela – pelo produto com o personagem estampado. Faça escolhas mais conscientes. Escolha as maçãs mais saudáveis e suculentas ao invés da embalagem com aquele personagem simpático. Dê uma olhada na tabela nutricional do suco ao invés de escolher a caixinha mais bem decorada. E, deixe eu lhe contar, eu juro que é verdade: não há nada de errado com uma mochila sem estampa comercial! Seu filho vai sobreviver – muito bem, aliás, e pode até lançar moda – e seu bolso vai agradecer! Vamos lá? É a nossa campanha 2015 por uma leve “desoutdoorização” - inventar palavras também vale, viu? da criançada! Bárbara Farias Maglia
Psicóloga (CRP 12/06523) Crianças, Adolescentes e Apoio Parental - (48) 9687-1400 psi.barbaramaglia@gmail.com
Galeria ARA NOSSA C
Envie foto(s) de sua crianรงa para nossacara@revistaeducar.com.br com nome completo e idade, cidade e nomes dos pais.
Luiza
Gabriela
Arthur
Davi Gabriel
Nicole e Piettro
Gabriella e Lucas
Maria Luiza
Arthur