Informação útil para todos!
Conto
APENAS O LADO BOM EM TUDO
Como ajudar? DIVÓRCIO E CRIANÇAS
Mascote Pipoca
QUERO SER VETERINÁRIA
www.revistaeducar.com.br
Relacionamento
ESCOLA E CASA SÃO LUGARES DIFERENTES
O ato de Educar
TEMPO, DEDICAÇÃO, PACIÊNCIA E MUITO AMOR
Edição 93 • Ano 8 • Setembro 2015 Distribuição gratuita e direcionada Foto: Vinny Studio • Impressão: Impressul
Editorial O caminho deles
EDITORA Cláudia S. Prates JORNALISTA RESPONSÁVEL Lúcio Flávio Filho (MTB 21.441) ARTE Cláudia S. Prates / Rique Dantas COLABORADORES desta edição Auxiliadora Mesquita / Fernanda Moura Paulo de Almeida / André Rezende Priscilla Fagundes REVISÃO Vânia Dantas Pinto CONTATO COMERCIAL: 48 8845.7346 comercial@revistaeducar.com.br IMPRESSÃO 47 9143.4416 (Fábia) ou 47 9181.4223 (Andrei) www.impressul.com.br
•As opiniões veiculadas nos artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista. Os artigos e os anúncios publicados são de total responsabilidade de seus autores e/ou suas empresas. Foto Micaela Torres
O espetáculo que foram assistir no pequeno e antigo teatro da cidade narrava uma história já conhecida por todos, na qual um lobo tenta enganar uma certa menininha, que leva quitutes para sua estimada avó. Pedro, de 6 anos, sentado na plateia e atento às cenas apresentadas, se virou para a mãe e sugeriu que a menina de vestido vermelho prestasse mais atenção à sua volta pra não ser devorada facilmente – e que na sequência ela preparasse uma armadilha para capturar o lobo. A mãe, surpresa com a esperteza do garoto, logo pensou: “que bom que ele pensa assim, terá mais maldade na vida, saberá conduzir as coisas com astúcia.” Logo em seguida ela fitou os olhos na filha mais velha, de 9 anos, que se mostrava meio distraída, e concluiu, também em pensamento: “terei que ficar de olho na Mariana, ela não tem tanta malícia quanto o irmão”. Pedro e Mariana têm o mesmo DNA, o mesmo pai e a mesma mãe, mas são a prova absoluta de que cada pessoa é única e age de forma distinta. Ora, crianças não chegam prontas e muito menos podem ser programadas a partir de um manual qualquer. E não devem receber rótulos por serem “assim ou assado” – cada uma funciona de um jeito e no seu tempo. Uma pode ser cientista hoje e amanhã achar que tem talento para artesã. A outra pode se descobrir atriz agora e querer, no dia seguinte, se tornar uma pediatra e prestar atendimento num vilarejo. Deve-se respeitar as escolhas dos filhos (em qualquer área da vida) e encaminhá-los da melhor forma possível, tentando mostrar o caminho mais certo a percorrer, mas sem impor que seja exatamente da forma como os pais querem, para que não estejam condicionados a um desfecho previsível ou ao receio de trilhar um caminho sem poder seguir a vontade própria. Conceder-lhes a liberdade de que precisam e dar-lhes a oportunidade de descobrirem sua vocação é a mais pura e real forma de amor. Nem sempre será fácil encontrar o equilíbrio nas decisões, mas tudo pode dar certo - o Pedro pode se tornar um advogado respeitado e a Mariana, uma talentosa artista plástica – e ambos vão querer, acima de tudo, encontrar Cláudia Prates educar@revistaeducar. desafios, instigação e vida em cada uma de suas escolhas. claudiaeducar Revista Educar
eDIÇÃO 93 • ANO 8 SETEMBRO 2015
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Educar • Setembro/2015
Variedades
Capa
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Convite
Rosamon Mattos e Nelson Jacques (do grupo Tac Tic Tum) e a Paconino (selo infanto-juvenil da Paco Editorial) convidam para o lançamento do audiolivro TATU DO BEM.
Agradecemos a todos que participaram desse momento especial: ao Museu Nacional de Imigração e Colonização de Joinville, que gentilmente autorizou nosso ensaio fotográfico; ao Vinny Studio; à família da Júlia; e à Turma da Cuca, que cuidou, com carinho, do figurino (coleção primavera-verão já disponível na loja). (47) 9652.8213 Rua Princesa Izabel, 365, Centro, Joinville (47) 3433.9508
O material chega ao mercado como uma nova ferramenta de ajuda no processo de musicalização infantil para crianças de 0 a 5 anos. Tatu do bem nasceu em 2009 a partir de apresentações musicais. A história musicada - que agora sai em livro com CD - já era conhecida das crianças da Ilha, conquistando até mesmo adultos célebres, como o ídolo nacional e tenista Guga Kuerten. Segundo ele, o livro é “uma bela harmonia entre diversão e educação”. O evento acontecerá no dia 12 de setembro, às 15h, na Livraria Saraiva do Shopping Iguatemi (Florianópolis). Entrada gratuita, lotação limitada.
Foto Luiz Carlos Romualdo Filho
Um dos fotógrafos de Joinville que mais sabem captar a alegria e as cores de cada estação, em nossa opinião, atende pelo nome de Vinny - por isso o convidamos para assumir a beleza da capa deste mês. E missão dada é missão cumprida: com fotos da fofíssima Júlia, 5 anos, filha de Liani Regina Wust Stein e Geraldo Melo, Vinny fez fotos lindas e inspiradas, bem do jeitinho que a gente desejava.
Educar
Tempo, dedicação, paciência, boa vontade e amor O ato de educar Educar é um ato de amor. É preciso amar para educar, mas não basta só amar. Para educar é necessário ultrapassar as barreiras do amor, do conforto e da proteção. Preparar a criança para a vida real é a educação em seu estado mais puro, é o objetivo final, é a essência das ações que vão se acumulando, durante sua vida, e vão ajudando a criança a desenvolver a sua individualidade. Ser forte ao presenciar um choro e ao sentir um aperto no coração, mas saber que essa pequena frustração vai evitar quedas ou sofrimentos futuros é a mola propulsora dos atos educativos. Educadores precisam pensar a médio e longo prazo. Quem educa não pode esperar resultados imediatos. As crianças demoram
Educar • Setembro/2015
para assimilar e entender as ações educativas. Esse processo exige que elas se transformem, que reinventem suas ideias, que aprendam a se controlar e a agir de acordo com as regras sociais. Não é nada fácil para elas!
boas e nas ruins também. E a partir daí refletir se a educação que está recebendo vai fazer dela um adulto forte, que pode e, provavelmente vai cair, mas que vai conseguir se levantar, se reinventar e se tornar uma pessoa melhor, mais segura e mais feliz.
Refletir o tempo todo, em tudo o que foi feito e falado: as reações observadas, o tempo de assimilação, a maturidade física e emocional, os indícios dos resultados fazem parte desse processo tão complexo e mutante. A reflexão ajuda no aprimoramento e no desenvolvimento de técnicas e de ações mais pertinentes e focadas no problema ou na personalidade da criança em questão. Pensar constantemente sobre o que está sendo ensinado e o que está sendo absorvido ajuda a modificar o que não está dando certo e a manter o que está.
Dar tudo para uma criança para que ela não chore, não se frustre e não se sinta mal não vai ajudá-la nos momentos difíceis da vida. Só vai persuadi-la a pensar que a vida é uma fantasia e que todos devem satisfazer os seus desejos e suas vontades. Se isso fosse possível, tudo bem, mas não é e, mais cedo ou mais tarde, ela vai descobrir que essa fantasia era uma ilusão que lhe foi ensinada como verdade absoluta e que, de agora em diante, terá que aprender o que é viver de verdade, pra valer.
Investir na vida de uma criança não significa só pagar boas escolas, comprar roupas, brinquedos ou livros. Investir requer tempo, dedicação, paciência e muita boa vontade. Muitas vezes, a criança vai precisar de atenção e de intervenções educativas nos momentos em que a paciência está no limite, que o cansaço está apertando ou que outros problemas o consomem. Nem sempre a criança pode estar no foco da situação e é nesses momentos que a educação se torna mais desafiadora e difícil. Doar tempo e calma se torna bem complicado quando outros assuntos da vida estão exigindo atenção. E é nessas horas que, acreditar e confiar no que foi feito até então, é a melhor maneira de acalmar o coração. Afinal, educação perfeita não existe, todos erram mesmo amando muito. O importante é fazer o melhor que pode e sempre pensar na vida da criança. Pensar em tudo o que ela pode ter que enfrentar, nas coisas
Fernanda M. de Moura Pedagoga e responsável pela Escola Infantil Espaço Crescer (Florianópolis). contato@espacocrescerfloripa.com.br
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Educar • Setembro/2015
Variedades
Livros
Editora Girassol
Depois do grande sucesso dos DVDs musicais “Bita e os Animais” e “Bita e as Brincadeiras”, ambos premiados com DVD de Ouro, o estúdio Mr. Plot investe agora em uma produção que aborda os diferentes momentos da rotina infantil. “Neste novo DVD, procuramos tratar o cotidiano infantil com leveza e diversão, mas sempre trazendo conceitos educativos, que contribuem para o convívio nas famílias. Estamos muito satisfeitos com o resultado.”, explica Chaps Melo, cantor e compositor do Mundo Bita. O DVD Bita e o Nosso Dia, com distribuição Sony Music, está em prévenda na loja virtual www.lojinhadobita. com.br, e chega às lojas de todo o Brasil no dia 10 de setembro, com preço sugerido de R$ 19,90.
Como desenhar princesas Este livro mistura duas coisas que as meninas adoram: as princesas e a hora de desenhar, basta seguir o passo a passo para criar no seu próprio quadro o desenho correspondente.
Com o uso de texturas que imitam as peles dos animais e o som que eles fazem, esta coleção foi criada para desenvolver a consciência sensorial dos pequenos e introduzir suas primeiras palavras. Neste título, os animais da fazenda são introduzidos no universo da criança. E para facilitar a leitura, os textos são escritos em letra bastão.
101 coisas para você fazer antes de crescer Como criar um super-herói, fazer uma cabana radical, fazer a melhor pizza de todas, enviar uma mensagem numa garrafa e outras atividades estão presentes neste livro criativo e divertido. Ideal para a meninada exercitar a leitura, a imaginação e a criatividade.
A partir dos 5 anos
A partir dos 5 anos
Na fazenda
Fotos Divulgação
A partir dos 5 anos
Mundo Bita e o nosso dia
A partir dos 2 anos
Divulgação
Dvd
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O dia do bebê Com este estojo com quatro livrinhos, as crianças vão nomear e apontar figuras, o que é uma ótima forma de desenvolver habilidades pré-leitura. E ele ainda é escrito em letra bastão para facilitar a identificação das letras e das palavras.
Conto
Ilustração freepik.com
apenas o lado bom em tudo Contam as lendas que o primeiro buda nasceu na realeza, que chegou a casar-se, mas, que fora privado, até a fase adulta, de ter acesso à dor e ao sofrimento. Como era previsto, em dado momento, o casulo existencial se quebrou e Siddhartha Guatama conheceu todas as falhas terrenas de supetão. Ao caminhar pelo vilarejo viu um idoso, sentiu odores, escutou o choro de uma criança doente, gente passando fome e, no meio de uma grande balbúrdia, se admirou com a paz e introspecção de um monge. Nasceu ali a semente do Budismo, um caminho para a iluminação. Dizem, também, que Manoel, até os 12 anos, não encontrara vida mansa, mas, também, não tivera grandes desafios. Era acordar, vestir as sandálias e, após café rápido, perambular pelas calçadas. Da escola se lembraria mais do portão - uma fronteira invisível e pela qual raramente passava - do que do pátio ou seus professores. Professor de verdade era a vida, vestia o uniforme como peça de marketing, fazia assim um trabalho de sensibilização da clientela. Ficava a postos no ponto final da praça e, principalmente em dias chuvosos, se oferecia como carregador de malas. O alvo principal eram os padres que aportavam no sertão para cumprir missões humanitárias. “Benção, seu Padre. Deixa que levo sua mala”. “Deus te abençoe meu filho.” E ficava a imagem de moleque estudioso, vide uniforme, e trabalhador. Mas, a vida ressoa com acordes de uma música da qual não conhecemos a próxima estrofe. Seu pai morreu e, sem provedor na casa, com a mãe cansada, treze irmãos, uma irmã e meia-dúzia de galinhas, perdeu sustentação. Restou fugir de si mesmo e perambular 2.363 km até seu Eldorado particular. O sucesso talvez esteja em incomodar o conforto. Cidade grande, acreditem!
Educar • Setembro/2015
Nunca houve, em seu coração, uma só sombra de dúvida quanto a sua improvável viabilidade naquela selva de prédios. Era analfabeto, matuto, ignorante, não iria dar certo. E daí? Sempre deu de ombros para a lógica, seus resultados nunca foram óbvios. Era a definição perfeita do otimismo. Conseguiu um emprego informal, passou para motorista de caminhão, deu entrada num velho carro de praça. Virou taxista e passou a acumular dinheiro. Aliás, para ele o trabalho nunca importou e sempre o viu como caminho necessário para o objetivo maior: ganhar dinheiro. Dinheiro era sua vida, era como um prêmio, alegria, satisfação e orgulho. Como diria: “se dinheiro fosse estrume, preferiria viver fedendo”. Conquistou o coração de uma jovem esposa que fora buscar próximo as suas raízes. “Mulher boa, só no sertão”. Balizou família, amigos, emprego e todo o resto na cultura da compensação financeira. Trabalhava incríveis 16 horas por dia, sem folgas, para garantir o luxo de todos a sua volta, construiu uma casa inimaginável num condomínio, com direito a árvore no quintal e tudo mais com que sonhara, deu boas escolas para o casal de filhos e, novamente, a vida entoou uma canção desafinada quando sua esposa perfeita foi embora com o porteiro do lindo condomínio. Chorar, reclamar, amargurar-se? Impossível. Nada disso conhecia. Vendeu a casa, dividiu o dinheiro e passou a sair com quantas mulheres lhe foi possível. Lúcia, Marta, Sônia, algumas que não reconhecia mais por nome e fora colocando alcunhas para diferenciálas: Crente, Magrinha, Piscadinha, Catástrofe. Quanta ambiguidade, era a síntese perfeita de algo preparado para dar errado. Pecador, ganancioso, preconceituoso. Mas, parecia feito de teflon, nada de ruim grudava nele e, por outro lado, era tão espirituoso, engraçado,
otimista e perspicaz que o único sentimento que ficava vivo perto dele era a saudade quando partia. Por ser otimista inveterado, desapegou-se do dinheiro antes do dinheiro se esvair por completo. Morreu quando se ouviram os primeiros acordes de um carnaval qualquer. Falido, mas certo de sua recuperação rápida e triunfante. Ninguém quer a morte, mas, ele escolheu a sua e a queria rápida e surpreendente. Causador de saudades até o último instante e descobridor, como Buda, de que a iluminação se encontra no meio do caminho. Talvez fosse como uma inocente criança enclausurada num castelo chamado otimismo, onde não há que se achar pecado na ganância quando não se sabe ao certo o que é pecado, assim como não há que se achar sofrimento quando se vive, apenas, olhando o lado bom em tudo.
André Rezende Administrador de Empresas, Auditor da Secretaria de Estado da Fazenda e pai do Arthur e Lucas.
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Para o bem de todos
Divórcio e
crianças:
como ajudar? Acontece: o amor acaba, as afinidades se perdem, a vontade de ficar junto não é mais suficiente. Ao contrário dos velhos tempos, em que relacionamentos acabados se perpetuavam até o túmulo, hoje é possível a separação e a construção de uma nova etapa na vida de cada um. Mas, e as crianças, onde ficam nessa história? Todo divórcio é um. Cada pessoa tem sua maneira de encarar as mudanças e cada separação acontece dentro de circunstâncias únicas. Mas um ponto precisa ficar sempre claro: as crianças não fazem “parte” do divórcio. Serão afetadas por ele, é claro, mas filhos serão sempre filhos, e pai e mãe jamais perderão esse “cargo”.
Educar • Setembro/2015 11
Muitas mudanças Para as crianças, mudanças na família têm grande impacto. Do ponto de vista prático, muda o cotidiano, muitas vezes a própria casa ou a escola. Também mudam os hábitos que a presença de marido e mulher criam na rotina. Essas mudanças podem trazer angústia e temor nos pequenos. Afinal, crianças sabem que precisam de papai e mamãe e se uma dessas partes não está mais presente, é comum que surjam apreensão e dúvidas. Resta a nós, adultos, diminuir as dores dessa aflição. Para as crianças de até 4 ou 5 anos, sua grande tristeza é que papai ou mamãe não estão por perto. Sua aflição pode acabar em choro, querendo quem já não está mais ali, ou birras nos momentos de entregar a criança para o outro. Entre os 6 e os 12 anos, as crianças podem sentir medo de serem abandonadas. E algumas podem até sentir raiva ou vergonha pelo que estão passando, culpando um dos pais. Já a partir da adolescência, podem tornar-se mais rebeldes ou, ao contrário, mais reclusos e desanimados.
O que fazer?
Por último, mas não menos importante, é fundamental não exigir “lealdades” ou competir por afeto. As crianças já se sentem suficientemente divididas. Desqualificar o(a) ex-parceiro(a) ou exigir exclusividade são uma verdadeira tortura para os filhos, de qualquer idade!
Perdas e Ganhos É preciso passar pelo luto da perda e deixar que as crianças também vivam esse luto – a família que não existe mais como existia, o quarto e os objetos, as manhãs e as atividades compartilhadas, o futuro imaginado. Mesmo no melhor dos cenários, é duro perder tanta coisa! Se for preciso, vale procurar ajuda: terapia para as emoções, parentes para dividir as tarefas, amigos para começar uma nova vida. E depois do luto, seguir em frente, tentando ao máximo combinar com o ex o melhor para as crianças. O mais importante é garantir que os filhos saibam o quanto são amados. Afinal, aquela família vai existir para sempre, apenas com um novo desenho. Que ele seja bonito e colorido. Que ele seja verdadeiro. E que ele seja cheio de amor!
Em primeiro lugar, reconhecer que o sofrimento que o adulto está sentindo também atinge a criança, que tem sentimentos e pensamentos legítimos sobre o assunto. Culpa, medo de abandono, tristeza pela perda... é preciso paciência e muita escuta para acolher e permitir que os filhos se expressem. Conversar com carinho e atenção já é parte da solução. Ao mesmo tempo, é preciso cuidar para que, na confusão dos seus próprios sentimentos e na dificuldade de adaptação à nova vida, os adultos não acabem por colocar nos pequenos responsabilidades que não pertencem a eles. “Substituir” o cônjuge ausente não é tarefa para filhos!
Auxiliadora Mesquita Pedagoga
Interação entre pais e filhos
Educar • Setembro/2015 13
Tema desta edição:
A mascotinha da Revista Educar
Quero ser Veterinário! Conteúdo Auxiliadora Mesquita Arte Rique Dantas / Cláudia Prates
Os números não mentem: amamos animais de estimação! No Brasil já são mais de 28 milhões de cães, 12 milhões de gatos e 4 milhões de outros bichinhos: peixes, pássaros, hamsters e outros. Para um dono responsável, ter um bicho é cuidar bem dele, dando alimento, água, abrigo e carinho. E também tomando cuidados como vacinar, castrar e tratar quando necessário. Para isso, a gente conta com um profissional indispensável, o médico veterinário. Por estar tão perto da gente, acabamos nos esquecendo de que o veterinário também é imprescindível para resolver outros problemas: na indústria e no processamento de qualquer produto de origem animal, na criação de grandes animais no agronegócio, no controle das zoonozes e outras questões de saúde pública. E até no tratamento e cuidado dos bichos do mato, pois a medicina veterinária também está apta a tratar de animais silvestres e até selvagens! Para as crianças que gostam de bichinhos, cuidar deles e tratá-los pode ser uma ideia fascinante. Então vai ser bom saber que para ser um veterinário é preciso gostar dos animais e ter muito estudo, dedicação e controle emocional. Mas vale a pena! Pipoca já descobriu tudo e conta pra gente nas próximas páginas.
Interação entre pais e filhos
“Pipoca Veterinária”
Interação entre pais e filhos
Educar • Setembro/2015 15
Você sabia? • O veterinário ou veterinária é o médico dos animais, cuidando quando eles ficam doentes, fazendo cirurgias quando é preciso e ensinando aos donos a melhor forma de tratar os bichos. • Os veterinários cuidam dos nossos bichos de estimação: cães, gatos, peixes, coelhos, hamsters e passarinhos. Eles também tratam dos bichos da fazenda: porcos, galinhas, bois, ovelhas, cabras e cavalos. E eles ainda ajudam os bichos que vivem nas matas e florestas a terem saúde também! • Os veterinários e as veterinárias também fazem um trabalho importante cuidando da saúde
JOGO NA INTERNET: Quer brincar de Elsa Veterinária? Na página http://meusjogosdemeninas.uol.com.br/jogo/elsa-veterinaria.html dá para tratar muitas doenças dos animaizinhos que vão ao Hospital da Elsa. O coelho, o cão e o gato vão gostar de seus cuidados!
Resposta: 1-a pedra do canto esquerdo mudou de cor; 2-o esquilo mudou de galho; 3-o leão ficou triste; 4-a nossa mascote Pipoca mudou de posição; 5-a árvore do centro sumiu; 6-o rabinho do elefante mudou de cor; 7-a bochecha do urso não está rosa.
Animais e floresta: freepik.com
Encontre as 7 diferenças
das pessoas. Sim, das pessoas! É que eles vigiam se a comida de origem animal que a gente come está do jeito bom, que não nos faz mal. E também tomam conta para que doenças transmitidas por animais não se tornem um problema para nós. • Você já pensou em ser um veterinário ou uma veterinária? Que legal! É preciso gostar de animais e de estudar muito. Também é bom ser uma pessoa que não se assuste facilmente e que tenha paciência e vontade de resolver problemas e ajudar. Que tal?
aprendem aqui, eles levam para toda a vida. Conheça hoje mesmo a escola Maple Bear Florianópolis. Rua Antônio Gomes, 55 - Balneário Estreito 48 3012-1255 | 48 3091-1435 florianopolis@maplebear.com.br www.maplebear.com.br/florianopolis
Matrículas abertas. Agende uma visita! The best of Canadian education for a global future
Festa
Educar • Setembro/2015 17
festa. Faça um check list – por meio dele você vai ter a certeza de não se esquecer de nenhum detalhe importante e poderá visualizar cada etapa e a data em que a festa pode ser realizada. Caso você não tenha experiência com esse tipo de evento, tente contratar uma pessoa que o(a) auxilie na organização e execução dos serviços.
COMEMORAR PARA QUE O MOMENTO SEJA PERFEITO
Seja qual for o motivo, quando as pessoas decidem comemorar é porque estão felizes com algum acontecimento marcante de suas vidas e querem compartilhar isso com pessoas queridas, para que juntos possam eternizar o momento. Trabalho diariamente com comemorações de todos os tipos, portanto, tenho experiência para opinar e afirmar, sem sombra de dúvida, que esse momento precisa ser mágico, bem feito, para que possa se tornar eterno. Compartilho algumas dicas com você, leitor(a), para que seu evento seja perfeito em todos os sentidos. A organização de uma festa Ao organizar um evento, é preciso estar atento(a) a diversos quesitos para que tudo corra conforme o planejado e para que todos possam curtir a festa com alegria e disposição – um erro pode colocar tudo a perder. Inicie seu trabalho bem antecipadamente à data da
A data e a escolha do local da festa Tente visitar o local para certificar-se da estrutura disponível e das condições de conservação do espaço, como: pintura, mobiliário, objetos, etc. Fale pessoalmente com as pessoas que trabalham no local para sentir o grau de profissionalismo, comprometimento e segurança da empresa. Pedir orçamento por e-mail é prático, mas fazer uma visita ao local é extremamente importante – conhecer a empresa e ficar por dentro de seus diferenciais fazem com que a sua decisão seja a mais adequada. Além disso, atente muito bem para a escolha dos profissionais, tanto os prestadores de serviços como os fornecedores de produtos. De preferência, peça indicação para amigos e outras pessoas com experiência em eventos - assim fica mais fácil escolher com mais assertividade. Caso não consiga indicação, pesquise e entre em contato com profissionais da área, mas peça uma amostra do produto a ser contratado. Seguindo essas dicas e planejando tudo com cuidado, sua festa será, certamente, inesquecível. E não é assim que deve ser?
Priscilla Fagundes
Gerente de Marketing e Vendas Clube do Confete Festas e Eventos Floripa (48) 3238-4661/8865-3539
www.clubedoconfete.com.br
Notícias e curiosidades
Por Auxiliadora Mesquita
Gravidez no celular Muita gente, hoje em dia, faz de tudo utilizando o seu celular. E a cada ano, novos apps e usos vão sendo adicionados ao aparelho. Em breve, talvez as mulheres possam até descobrir se estão grávidas! Como isso seria possível? Pesquisadores alemães desenvolveram um protótipo de sensor para smartphone capaz de analisar fluidos corporais e detectar diabetes ou gravidez, por exemplo. Com cara de ficção científica, o protótipo está sendo testado pela equipe do Centro de Tecnologia Óptica da Universidade de Hanover, na Alemanha. Um equipamento sensor e um app específico são capazes de testar urina, sangue, suor ou saliva e detectar substâncias que indicam infecções ou alterações metabólicas, incluindo a gravidez.
Por que as crianças põem a língua para fora? Sabe aquela hora em que as crianças põem a língua para fora para demonstrar sua raiva ou desprezo? Essa não tem mistério: usado como sinal de desdém ou de recusa, se parece com o reflexo do nojo e usá-la como xingamento é aprendido culturalmente. Mas e aquela língua para fora, apertada entre os lábios, quando as crianças se concentram em fazer algo difícil? Pesquisadores na Universidade de Westminster, na Inglaterra, se surpreenderam ao analisar vídeos de crianças de 4 anos quando perceberam que as tarefas nas quais apertar a língua mais acontecia eram aquelas ligadas à comunicação e à interação. A expectativa era de que atividades de coordenação motora, que envolviam agilidade ou precisão, fizessem os pequenos colocar mais a língua para fora. Mas parece que a tal linguinha está relacionada aos nossos gestos de linguagem mais básicos. Os pesquisadores acreditam que, com o tempo, paramos de fazê-lo pois não é bem visto socialmente.
Fotos www.magicmaman.com
Do forno
Educar • Setembro/2015 19
Foto www.spoon-tamago.com
As brincadeiras do papai costumam deixar a mamãe de cabelo em pé: jogar para o alto, rodar e outras “maluquices” podem até apavorar as mães, mas fazem muito bem para os pequenos. Desafios físicos como esses ajudam a desenvolver o corpo, a inteligência e a interação, em meninos e meninas. Pensando nisso, Atsushi Shiraishi, um estudante da Universidade de Arte de Tama, no Japão, desenvolveu um colete para os pais que é um verdadeiro playground. Chamado Athletitti – uma brincadeira com as palavras “atleta” em inglês e “papai” em japonês – a boa forma dos papais vai ter que estar em dia para aguentar essa academia para os pequenos!
Direto para o cérebro do bebê
istockphoto
Papai é meu brinquedo!
Uma pesquisa feita pelo Los Angeles Saban Research Institute avaliou o efeito da exposição fetal aos hidrocarbonetos polícliclos aromáticos (HPAs) no cérebro e nas funções cerebrais de crianças. Os HPAs são poluentes atmosféricos originados de queima de combustíveis como petróleo e seus derivados, mas também de carvão, madeira e está até na fumaça do cigarro. A pesquisa analisou exames retroativos de 40 crianças que viveram toda sua vida em cidades, do período fetal até completarem 7 ou 9 anos. A descoberta? O HPA reduziu a substância branca do cérebro das crianças expostas a ele desde a gravidez. E essa redução foi associada a desempenho mais fraco em testes de inteligência e problemas como hiperatividade e déficit de atenção. Outros estudos precisam confirmar os resultados dessa pesquisa.
Educação
Escola e casa são lugares diferentes Por Auxiliadora Mesquita, Pedagoga
É normal surgirem atritos entre pais e professores ou com a direção da escola. Até certo ponto isso é saudável, pois pode indicar tanto para uns quanto para outros quais mudanças podem ser feitas. Mas muitas vezes as reclamações partem de um ponto de incompreensão do funcionamento da escola, principalmente quanto à disciplina, horários e participação em atividades, cumprindo tarefas. As reclamações dos pais podem até ser justas, mas é preciso ter em mente que casa e escola têm propósitos e funcionamento diferentes. Regras que funcionam no ambiente doméstico e na relação entre pais e filhos podem não ser as mais adequadas para um ambiente coletivo, com muitas pessoas envolvidas. Cada um desses ambientes tem sua própria dinâmica.
Educar • Setembro/2015 21
Agindo com um, agindo com 20. Ou 30, 40,... O castigo, ou consequência, é um desses pontos de atrito. Existem pais que reclamam e exigem reparação quando uma professora ou a direção da escola pune a criança. Não estamos falando de palmatória, xingamentos ou punição física ou verbal! Também não vamos entrar no mérito dos tipos de castigo que são mais eficientes para cada faixa etária ou quais as regras escolares que são justas ou pertinentes. Mas os ambientes são diferentes, certo? Então é importante lembrar que, muitas vezes, aquilo que poderia ter apenas um chamado mais firme em casa, na escola precisa de uma atitude mais enérgica. Por exemplo, retirar de “cena” a criança que agride ou se recusa a obedecer. Afinal, ela está com mais 20 crianças, que têm direito a um ambiente seguro e tranquilo para aprender - e é urgente que se acalme. Essa criança merece ser ajudada? Sim. É preciso descobrir o que está causando tal comportamento? Claro. Mas também é necessário parar aquele comportamento na hora. Do mesmo modo, a criança que se recusa a fazer uma tarefa precisa de ajuda. Mas precisa entender de modo claro que não pode simplesmente “não fazer”.
Mi casa é.... minha casa mesmo! A ideia da escola como uma extensão do lar não faz sentido. Escola é onde pessoas diferentes vão ter acesso a um mundo diverso do que têm em casa. Mas esse mundo é um mundo “em comum”. E se hoje a maioria das escolas sabe que a diversidade é fundamental, permanece o fato de que é um ambiente coletivo, que pertence a todos que estão ali. A diferença em como as coisas são manejadas em casa e na escola dificilmente vai atrapalhar o desenvolvimento da criança. Ao contrário, descobrir novas regras e aprender a segui-las vai ajudar seu filho ou filha a entender que é necessário uma forma de conviver e respeitar ficando juntos. Afinal, isso é socializar: aprender a viver em comunicação com pessoas diferentes e a regular nosso comportamento nessa comunidade.
Lugar comum e incomum Talvez a pergunta mais importante que os pais tenham que se fazer antes de contestar o modo de agir de um professor ou uma regra da escola seja: casa e escola são o mesmo lugar? E o que a escola pode acrescentar ao meu filho ou filha? Mostrar que o mundo é maior que nós mesmos e maior que nossa casa é um dos grandes méritos da escola. Se a escola faz isso de modo perfeito? Não. A escola é tão boa quanto nós, nossas ideias e desejos. Descubra a escola que tem as ideias e desejos mais próximos dos seus. E depois, deixe que sua criança aprenda a crescer nesse lugar tão diferente. Um lugar em comum – e incomum – para cada um.
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Eventos
Teatro
Iguatemi Florianópolis
Show
Mostra de Música Infantil Sons em todos os tempos
Confira a agenda de setembro de Todo domingo é Dia de Teatro: 06 - Bailinho dos Mafagados / Mafagados 13 - Romeu e Julieta / Elephants 20 - Hoje tem palhaçada / Circus Fever 27 - Pinóquio / Cia Fio Mágico Local: Cinesystem Evento gratuito para toda a família O Iguatemi receberá, também no mês de setembro, a Feira do Livro – Book Lovers.
Com direção dos músicos Nelson Jacques e Rosamon Mattos, do grupo infantil TAC TIC TUM, a mostra musical levará ao palco do Teatro da Ubro novos e promissores talentos. Dias 26 e 27 de setembro (sábado e domingo), às 16h e às 18h, no Teatro da Ubro (Escadaria da Rua Pedro Soares, 15, Centro, Florianópolis). Ingressos antecipados a partir de 15 de setembro: R$ 20,00 para qualquer um (Loja Parlenda: Madre Benvenuta, 1428, bairro Santa Mônica). Ingressos no dia (na bilheteria do Teatro): R$ 40,00 adulto | R$ 20,00 criança.
Fotos Mariana Boro
O espetáculo Som em Todos os Tempos, que faz parte do projeto Mostra Musical Infantil, tem o objetivo de ressaltar uma grande diversidade de ritmos e estilos, totalmente interpretados e executados por crianças e adolescentes.
Educar • Setembro/2015 23
Inventare
Cores e movimento
A diversão é garantida quando a criançada é motivada a participar não só da brincadeira, mas da produção do brinquedo. E quando essa brincadeira envolve pinturas, recortes e muita bagunça, o processo fica ainda mais empolgante. Neste mês vamos compartilhar a produção de um brinquedo supersimples e que pode ser confeccionado rapidamente com materiais que certamente todo mundo tem em casa. Anote aí: Pedaços de papelão + folha de papel sulfite + tiras de elástico + canetinhas coloridas ou tinta guache.
Fotos acervo pessoal
Para construir o brinquedo, siga os passos a seguir: ● Com o auxílio de um CD, faça dois círculos em uma folha de papel sulfite e um círculo com o mesmo tamanho no papelão. ● Recorte e cole os círculos de papel sulfite nos dois lados do círculo de papelão. ● Deixe que as crianças usem a criatividade – usando canetinhas ou tinta, elas podem fazer com que os lados do círculo fiquem bem coloridos. ● Faça dois furos no centro do círculo e transpasse uma tira de elástico com aproximadamente 60 centímetros, uma ponta em cada buraco. ● Amarre as duas pontas da tira de elástico e o brinquedo está prontíssimo! ● Agora ajude-os a girar o círculo torcendo a tira de elástico, depois basta soltar esticando o elástico para ver os efeitos coloridos do círculo! Aproveite essa atividade e incentive os pequenos à criatividade e, aos mais pequenos ainda, o exercício das cores. Boa diversão! Paulo de Almeida é pai e esposo apaixonado que adora participar das brincadeiras, e acredita na família como melhor lugar do mundo pra se viver. www.inventare.com.br
Variedades
Oficina de Interpretação com Mario Frias
André Schiliró
Florianópolis e Joinville estão entre as cidades catarinenses escolhidas para receber o projeto Oficina de interpretação para TV, que tem como idealizador o ator Mario Frias. O objetivo da oficina, segundo Mario, é levar conhecimento técnico e específico do meio televisivo aos interessados na profissão de ator. Com 20 anos de profissão, atuação em diversas novelas e parte do núcleo do sucesso Malhação Sonhos (Rede Globo), Mario espera que a realização da oficina contribua para a formação e conscientização de profissionais aptos a atuarem em televisão e ofereça um amplo panorama do mercado de trabalho, buscando revelar talentos de Santa Catarina. Jovens ávidos em conhecer o meio televisivo e em busca do ingresso na carreira de ator são o público-alvo do projeto, com duração de 10 horas (divididas em 2 dias), conduzido pelo ator, que estará presente durante toda a execução da Oficina e também durante uma confraternização a seu término. O local, a data e as informações sobre inscrições para a Oficina serão divulgados em breve. Interessados em participar podem nos enviar um e-mail (educar@revistaeducar.com.br) e reservar sua vaga, já que o número de participantes será limitado.
Fotos Divulgação
Box Baby O Box Joanninha, que consiste em caixas temáticas contendo todo o material necessário para crianças de 3 a 8 anos criarem as suas próprias brincadeiras, acaba de lançar o Box Baby, um produto que tem como proposta estimular a criatividade e os sentidos dos bebês, além de promover a interatividade e o fortalecimento do relacionamento com os pais, uma vez que elas vão precisar de ajuda para executar as brincadeiras. O Box Baby é composto por três temas, dispostos em três caixas diferentes. O Box “Cores” contém duas brincadeiras: tapete com cores e classificação das cores; o Box “Sons” conta com três brincadeiras: maracas com colher, chocalho para pé e tambor; por sua vez, o Box “Sensorial” traz duas brincadeiras: placas sensoriais e garrafas sensoriais. O Box Baby e o Box Joanninha podem ser adquiridos por meio de assinatura (mensal, trimestral, semestral ou anual) pelo site www. boxjoanninha.com.br.
Educar • Setembro/2015 25
Comportamento
Socorro, há um pequeno tirano em minha casa! Por Auxiliadora Mesquita, pedagoga
istockphoto
Tirano é aquele cujo poder não tem limites. Isso vale para o ditador que resolve que só ele manda num país, mas vale também para aquele pequeno “mandãozinho” que você tem em casa. Para o pequeno tirano, tamanho definitivamente não é documento: ele exige que seus desejos sejam atendidos, suas vontades sejam feitas e seus “ataques” prontamente solucionados. Quem já não viveu na pele a incrível capacidade das crianças de teimarem em suas opiniões e vontades? E quem já não se sentiu sem forças para negociar com calma, deixando pra lá ou até mesmo recorrendo à ajuda de uma palmada? Estabelecer limites é fundamental para a saúde física, mental e emocional de uma criança. E absolutamente imprescindível para sua socialização. Afinal de contas, os limites quase sempre se referem a ter “consideração”: por si mesmo, pelos pais, pelos colegas e irmãos, pelas pessoas em geral. Não estamos sozinhos no mundo e o mundo não está ao nosso dispor. E é ainda quando criança que se aprende a lidar com esse tipo de coisa e a negociar com o mundo. Existem inúmeras maneiras de estabelecer limites para os filhos e os pais têm que achar seus métodos, levando em conta a personalidade de suas crianças e o seu próprio modo de ser. Um bom começo é tentar seguir o que o psicólogo americano T. Graves chamou,
há alguns anos, de “Os 6 Cs”. Não são complicados, e depois de um tempo fazendo, ficam quase automáticos. 1 - Clareza e concisão: pergunte-se o que você quer que a criança faça. Comunique-se direto ao ponto, afirmando qual é a sua expectativa, curta e positivamente. Não complique, não explique demais, não peça muitas coisas ao mesmo tempo. Seja direta(o). 2 - Consistência: Não adianta dizer uma coisa num dia (ou num momento) e no outro dia ou duas horas mais tarde deixar passar porque está cansada(o) ou muito ocupada(o). A criança percebe rapidamente esses “furos” nas suas exigências. E resolve testar sempre. Afinal, quem sabe você não está distraída(o)... O resultado: uma luta eterna. A consistência no seu comportamento vai aumentar as chances de que a criança seja consistente no comportamento dela. Aliás, isso serve para papai e mamãe também: se mamãe deixa e papai não, ou vice-versa, você pode imaginar o que o seu “espertinho” vai pensar, certo? 3 - Coração: tenha coração, claro! As crianças estão aprendendo, e aprender é difícil. Elas não acertam sempre, não acertam logo, não acertam tudo. Mostre que você sabe que aprender é difícil, mas que você acredita que eles podem aprender. Jamais esqueça de expressar seu amor, incondicionalmente. 4 - Calma: perder a calma é a maneira mais rápida de perder o controle da situação. Se sentir que está extremamente nervosa(o) com algum comportamento do seu filho, o melhor é criar uma saída rápida, se recompor e voltar para dizer as coisas com firmeza, mas sem as emoções descontroladas. Eu sei... é mais fácil falar do que fazer... Mas, já diziam os antigos: a raiva é péssima conselheira (e é uma educadora pior ainda!). 5 - Criatividade: se um tipo de abordagem não está funcionando com sua criança, tente alguma coisa nova. Se uma estratégia parece funcionar com um de seus filhos, mas nunca com outro, mude a estratégia. 6 - Cortesia: respeito e dignidade são direitos, e valem para vocês, pai e mãe, e para quem é miúdo também. Use você também as “palavrinhas mágicas”: as crianças aprendem o que elas ouvem e veem. E lembre-se: rotina, elogios e oferecer escolhas só ajudam!
Galeria Nossa Cara
Educar • Setembro/2015 27
Stefany
Júlia
Antoni
Gabriel
Lucas
Gabriel
Tiago
Maria Helena
Jeniffer
Samira
Pedro e Lucas
João Eduardo
Envie foto(s) de sua criança para nossacara@revistaeducar.com.br com nome completo e idade, cidade e nomes dos pais.