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eu, um investidor congelado

por Joel Leandro

Imagine que ao ir para o trabalho diariamente você passe em uma banca de jornal e compre um para saber das notícias do dia. Na volta, antes de chegar em casa, você faz uma parada na locadora para ver se chegou o filme mais aguardado: Coração Valente; mas não há fitas disponíveis da produção de Mel Gibson e nem outros lançamentos. Na falta de opção melhor, acaba saindo de lá com Highlander 2. Ao chegar em casa, antes do jantar, ouve duas músicas do CD da Sade. Após o jantar, tira a fita VHS da sacola, mas antes mesmo de inseri-la na entrada retangular do videocassete, é interrompido por um alerta sonoro. Seu pager traz a mensagem de que você terá que entrar, no dia seguinte, duas horas mais cedo no trabalho. Contrariado, mas sem perder o senso de responsabilidade, desiste do filme guerreiro imortal e vai dormir mais cedo. Para os leitores com mais de 30 anos, uma viagem ao passado recente da década de 1990.

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Talvez não tenha percebido, mas você pode também ter parado no tempo quando o assunto é investir o seu dinheiro, tratando-o como se estivesse preso ao passado. Usa walkman, enquanto toda a produção musical da história está em aplicativos como o Spotify. Chega cedinho à banca, quando todas as notícias estão no seu smartphone; deixa o dinheiro na poupança rendendo menos do que a inflação, quando a Bolsa de Valores entrega retorno sete vezes maior. Sim, se você ainda não deixou a poupança em um momento em que a remuneração das cadernetas está no piso his-

tórico, está se comportando como alguém que ficou congelado nos últimos 30 anos. Ou seja, castiga o seu dinheiro com receitas que deram certo no passado, mas que não servem mais neste novo cenário financeiro. A história do mercado brasileiro de ganhos altos em investimentos seguros de renda fixa alimentou uma cultura de resistência à remuneração variável e desinteresse pela educação financeira. Nem dá para condenar, pois qual é a lógica de correr riscos na Bolsa se a poupança assegurava quase 15%, já descontando a inflação. Em 1995, esse era o quadro dos investimentos no Brasil. Porém, a situação se inverteu completamente. No ano passado, quem deixou o dinheiro na poupança perdeu quase 0,5% para a inflação, ao passo que os investidores da Bolsa aumentaram o dinheiro investido em 27%. Então o brasileiro está conseguindo, finalmente, aumentar de verdade a sua renda? Não necessariamente, já que 89% das pessoas que investem no Brasil ainda o fazem aplicando na poupança. Investem como se estivessem lá em 1995. A realidade é que ganhar dinheiro hoje passa por uma mudança de atitude. É preciso conhecer novos instrumentos financeiros. A época em que um dos primeiros presentes de um pai ao filho era uma caderneta de poupança ou plano de previdência privada ficou para trás. Quando o assunto é investimento, o desafio é trilhar caminhos que ainda não lhe foram ensinados. A boa notícia é que, primeiro, eles levam você mais rápido aos seus objetivos financeiros e, segundo, não são tão complicados como muitas pessoas imaginam. Outro aspecto a considerar é que há uma fortuna escondida no seu salário, e que você tem acesso quando quiser, sabia? Melhor ainda: existe um caminho simples para acessá-la, mas pouca gente conhece. Vez por outra recebo mensagens de clientes que reclamam que recebem pouco e fica impossível investir. Nesta hora vejo que essas pessoas desconhecem a fortuna que pode estar ali escondida na sua renda mensal. Essa reclamação acontece pela simples falta de informação e de conhecimento, pois um salário nunca será baixo desde que saiba o caminho para acessar a fortuna que só ele pode oferecer. O que você costuma fazer quando recebe seu salário? Paga conta de luz, água, telefone, cartão de crédito; paga o aluguel, o condomínio, o carnê da loja, o colégio dos seus filhos, e por que não “compra“ mais dinheiro com ele? Com tantas contas no mês que consomem o salário, já imaginou ter uma que fizesse ele aumentar? Chamo isso de investimento. É quando você paga a você mesmo. O segredo do porquê algumas pessoas enriquecem, independe do quanto elas ganham; se R$ 2.000, R$ 5.000 ou R$ 10.000 por mês, mas reside em 3 princípios que praticam:

1. Aprenderam a investir parte da sua renda mensalmente;

2. Usam o dinheiro para fazer mais dinheiro;

3. Vivem abaixo da sua renda mensal, ou seja, gastam menos que ganham.

Todo novo nível de sucesso na vida passa pela mudança do modelo mental, estabelecendo novos paradigmas em relação a situação atual. Com a vida financeira não é diferente, vai exigir um novo você. A questão é se quer mesmo experimentar esta mudança. Acredite, você nunca estará tão pronto(a) para começar quanto agora.

“Para conseguir conhecimento, adicione coisas todos os dias. Para conseguir sabedoria, remova coisas todos os dias.”

– Lao Tzu, Filósofo Chinês

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