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editorial: o que há de bom

O QUE HÁ DE BOM NA TRAGÉDIA DA PANDEMIA?

A cada momento o contador aumenta o número de casos e de óbitos do coronavírus no Brasil e no mundo. A doença não poupou nenhum continente do planeta. Quem poderia imaginar que passaríamos por isso? Parece história de filme de ficção ou relato do início do século xx. Parece coisa de tempos antigos. A humanidade foi surpreendida por um inimigo invisível capaz de destruir, mas em meio a toda tragédia que estamos vivendo, precisamos perceber o que tudo isso tem a nos ensinar como indivíduos e como sociedade. Creio em Deus e não posso me omitir de apresentar minha percepção bíblico-teológica de que estamos num tempo escatológico, um tempo final, e de que Deus está falando com toda a humanidade. Precisamos decifrar sua mensagem e entender o que Ele quer de nós. Certamente, são palavras de advertência e de alerta, pois estamos construindo um mundo cada vez mais caótico e longe dos propósitos divinos. Neste tempo temos a oportunidade de aprender muitas outras coisas. Aprendemos que não compramos a cura. Não compramos vagas em leito de hospital, não compramos saúde. Aprendemos que somos todos iguais e que iremos para o destino de todos os homens. Aprendemos que a vida realmente é um sopro. Somos como a neblina que logo desaparece. Aprendemos que as pessoas têm mais valor do que imaginávamos. Aprendemos que o abraço e o aperto de mão fazem falta e que somos todos carentes de afeto. Aprendemos que muitas de nossas guerras são absolutamente irrelevantes. Aprendemos que a liberdade de ir e vir é uma conquista que vai muito alem das paginas da Constituição. Aprendemos que nossos grupos de convivência têm um valor muito maior do que seus próprios objetivos. Aprendemos que os bens que acumulamos não podem dar a segurança que desejamos. Aprendemos que podemos e devemos ajudar os que são desfavorecidos pela vida. Aprendemos que temos que fazer mais pelo próximo e compartilhar com as vítimas da injustiça. Aprendemos que a ciência realmente precisa de muito mais que todo conhecimento acadêmico. Aprendemos que a família faz toda diferença, especialmente quando é saudável e cooperativa. Aprendemos que a fé e o valor da igreja, do ajuntamento, extrapola em muito nosso conceito de gregarismo e unidade. Como dependemos uns dos outros! Aprendemos que mesmo diante de tudo isso, muita gente prefere continuar errando. Aprendemos que toda humanidade é muito mais frágil e débil do que imaginávamos. Aprendemos que apesar dos aviões, carros, mansões, grifes e tecnologia, tudo é vaidade. Aprendemos que apesar de tudo, a política suja e os interesses egoístas continuam vivos. Enfim, são muitas lições que este momento está trazendo a todos nós. A mensagem está diante de nós, cabe saber se vamos ouvi-la e deixar que ela nos transforme em pessoas melhores. Precisamos principalmente voltar os olhos para o criador e entender o propósito de nossa existência. Não sei quando tudo isto terá fim. Se o remédio será a cloroquina ou não, se sairemos do distanciamento social no próximo mês, se a vacina ficará pronta daqui a oito meses, enfim, não sei. A única coisa que sabemos é que nada sabemos, que somos muito frágeis e que dependemos do Criador. Está diante de nós uma porta aberta para um novo tempo e para entendermos que a história está sob o controle soberano de Deus

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