Revista ZN 190 - ABRIL/18

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O que te incomoda? Quando do fechamento desta edição, pensei muito sobre o que escrever, até pensei em alguns assuntos, mas tinha um que estava me incomodando há alguns dias... Quando estávamos fazendo a entrevista no Instituto Curumim, fiz uma pergunta e a resposta me deixou bastante preocupado: “Para onde vai o jovem quando completa 18 anos”? Neste momento a entrevistada, Márcia Pessoa, gerente do Instituto, olhou nos meus olhos e disse: “Daqui ele só sai quando vai para um lugar seguro, onde eu sei que ele estará bem assistido”. Pensei: Que bom! Mas continuei... E nos outros abrigos? Bem, pelo que entendi, —mesmo ela dizendo que ainda existem locais, assim como o Curumim, que se preocupam com seus internos, pois criam um vínculo de amor com todos—, pela lei o jovem tem que sair do abrigo e ir para a rua! Sim, isso mesmo, para a rua! Não existe um local de acolhimento para eles quando completam a maioridade. Na verdade, há sim, “a rua”, ou quem sabe não é acolhido por um traficante... Bem, podemos pensar em muitos locais, mas é difícil imaginar um que ele continue seu desenvolvimento e tenha a oportunidade de um futuro melhor. Este foi um dos pontos que me fez refletir sobre nossa política e políticos, pois pelo que constatei, o jovem vai para a rua, então subtende-se que não existe lei que crie um acolhimento até que este jovem esteja em condições de tocar sua vida sozinho. Infelizmente, esse tipo de lei não traz voto. Para não ser injusto, se você faz parte da política e tem algum projeto de lei neste sentido, terei o maior prazer em citá-lo aqui na próxima edição e dizer que você se preocupa com os jovens que estão em abrigos e criou ou apoia alguma lei de fulano de tal que transforme esta realidade. O que te incomoda? Outra coisa que fiquei incomodado é o fato de muitos serem órfãos e irem para o abrigo muito cedo, quando crianças e até bebês que são tirados da família por maus-tratos ou até mesmo por sofrerem violência sexual. Alguns poucos são adotados e, no caso, “ajuda bastante aqueles que nascem com a pele e os olhos claros”. Os negros, que são praticamente 90% das crianças, infelizmente têm pouca chance que serem adotados. Ainda há aqueles que são abandonados pela família por sofrerem de transtornos mentais, esses também vivem até os 18 anos no abrigo, depois... Convido você a ler nossa matéria de Por Dentro e conhecer toda a história do Instituto Curumim, tenho certeza que você, como eu, irá se solidarizar e fazer algo por eles, não somente com doações, mas separar um tempo para levar amor e carinho para aquelas crianças. #VAMOSJUNTOS Fiquem com Deus e até a próxima edição. Edmilson Ribeiro 6 Abril/18

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Diretores Edmilson Nunes Ribeiro edmilson@revistazn.com.br Silvana Nanni silvana@revistazn.com.br Jornalista Responsável Fátima Gonçalves (MTb 15.805) fatima@revistazn.com.br Colunistas Cláudio Souza Behr; Jailson Lima; Léo Urbini; Marcelo Nocelli; Marcelo Segredo; Sandra Kanashima; Walnei Arenque Colaborou nesta edição Michele Marreira Depto. Comercial Karol Alves karol@revistazn.com.br Capa Foto: Sérgio Zalis / TV Globo Impressão Mundial Gráfica Distribuição/Logística Equipe Conexão Produção Gráfica e Editorial Conexão Artes Gráficas CONEXÃO ARTES GRÁFICAS Rua Camilo Peçanha, 140 l V. Dionisia Sede Própria São Paulo l CEP 02670-030 Telefones: 2979-0705 l 2950-5016 l 2283-4166 l 3774-7016

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Ano 20 - Nº 190 Abril 2018 20.000 exemplares

SUMÁRIO

28 Capa Bruna Marquezine: prestar atenção às críticas nos limita e nos distancia de quem realmente somos

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Moda

Outono surpreende e chega carregado de cores

18 Por Dentro Acontece ..................................... 10 Educação .................................... 16 Moda ..........................................17 Por Dentro................................... 18 Animais de Estimação .................. 24 Capa ...........................................28 Decoração ................................... 31 Cultura ........................................40 Gastronomia ................................ 52 Defesa do consumidor ................. 60 Maio Ambiente ............................ 62 Crônica ........................................63 Onde encontrar a ZN.................... 64 Reflexão ......................................65 8 Abril/18

O que faz o Instituto Curumim pelas crianças e adolescentes

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Gastronomia

Alimentação saudável com muito sabor www.universozn.com.br



Divulgação

ACONTECE

1º FIC – Festival Internacional de Circo reúne artistas nacionais e internacionais em São Paulo Arte, cultura, expressão, cores, acrobacias, malabarismos e muita palhaçada invadem São Paulo no mês de abril. O respeitável público da capital vivenciará, entre os dias 11 e 15, o universo e a magia circense do 1º FIC – Festival Internacional de Circo, promovido pela Associação dos Amigos de Memória do Circo com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura. O festival contará com mais de 40 atrações vindas de diversas cidades brasileiras e também de artistas da Bélgica, Espanha, Itália, Argentina, Chile, Equador e Uruguai. Os espetáculos reúnem o encanto e a maestria do Circo mundial, enriquecidos pelo teatro, dança e cinema. Grandes nomes e inspirações estão confirmados, como o artista Tato Villanueva, da Argentina, e o Circo Pitanga, da Bélgica. Grande parte das atividades acontece na Cidade do Circo, um espaço montado no Centro Esportivo Tietê, que contará com três lonas, palco e estrutura para apresentação de números aéreos. Uma praça de alimentação também será montada para receber os presentes com pipocas, algodão doce, cachorro quente e maçã do amor. Também serão oferecidos alimentos veganos e vegetarianos. A abertura traz um atrativo especial: a Mostra Competitiva, onde números circenses disputam prêmios. Foram mais de 600 inscritos e apenas 12 finalistas selecionados para concorrerem a dois prêmios de R$ 5.000,00, que serão entregues para o Melhor Número de Pista e Melhor Número de Aéreo. Também serão premiados com o valor de R$ 1.000,00 os três números que receberem Menções Honrosas. O público também poderá participar como Júri Popular votando nos melhores da Mostra Competitiva. Além da Cidade do Circo, o FIC quebra fronteiras e conquista as ruas de outras regiões de São Paulo, levando aos bairros da periferia divertidos espetáculos. A programação dos palcos volantes pode ser acessada no site www.prefeitura.sp.gov.br/cultura, ou pelas redes sociais https://www.facebook.com/ FIC-Festival-Internacional-de-Circo-da-Cidade-de-São-Paulo-741677622622950 e https://instagram.com/ficfestivaldecircosp. 1º FIC – Festival Internacional de Circo Centro Esportivo Tietê - Av. Santos Dumont, 843 De 11 a 15 de abril Evento gratuito. Acesso livre para a Cidade do Circo. Os ingressos são distribuídos duas antes de cada espetáculo Lotação: Lona Família Orfei – 700 pessoas // Lona Família Seyssel: 375 pessoas // Lona Família Queirolo: 243 pessoas // Palco Família Tangara: 800 pessoas // Palco Dona Carola 700 pessoas A Cidade do Circo tem acessibilidade para cadeirantes e conta com infraestrutura de banheiros, alimentação, segurança e ambulâncias 10 Abril/18

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ACONTECE

Comemoração aos 35 anos de Regência “Coral” No dia 14 de abril a regente Lydia de Godau Pereira comemora 35 anos de atividades. A comemoração será com... música, e não poderia ser diferente. A festa acontece no Polo Eco Cultural Pedra Branca, na Avenida Santa Inês, 3.321 e contará com as apresentações dos grupos musicais Ecoart, Harmonia, Vozes da natureza e Em Cantos, além dos corais convidados Tratos no Tom, de Valter Satomi e Coral Garcia d’Ávila, de André Rodrigues. Às 14h acontecerá a parte artística do evento, no Teatro do Polo e às 15h30, a confraternização dos grupos vocais. Todos estão convidados.

Feira de adoção de cães e gatos

Fotos: Divulgação

O número de pessoas que tem optado por adotar um animal de estimação tem crescido muito na cidade. Essas ações são sempre muito bem-vindas, haja vista o número de animais abandonados e recolhidos por protetores.

O Marcelinho é um deles. Bastante conhecido na zona norte da cidade, ele tem um trabalho consistente nos cuidados com os bichinhos. Todos eles. Além de recolher os animais e levá-los para o sítio em Mairiporã, dar a eles todo o tratamento necessário, prepara-os para a adoção. E, a partir deste mês, haverá evento de adoção todos os sábados na Cobasi – Vila Guilherme, localizada na Rua Maria Prestes Maia, 745, próximo ao Center Norte. Todos os animais são castrados, vermifugados e vacinados. O interessado deve levar RG, CPF e comprovante de endereço. A taxa de adoção é de R$ 80,00. As pessoas podem também contribuir com o trabalho do Marcelinho Protetor doando ração, jornal, produtos de limpeza, caminhas, cobertores, ou seja, tudo o que um animal precisa para seu bem-estar e conforto. Contatos e informações: facebook.com/MarcelinhoProtetor ou www.marcelinhoprotetor.com

Marcelinho com alguns cães no sítio, em Mairiporã

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Abril/18

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Clube Esperia abre inscrições para bolsistas de ballet clássico Desde 2007 o Clube Esperia oferece vagas para bolsistas no Curso de formação em Ballet Clássico. O objetivo do Clube é formar bailarinos e professores, contribuindo para a consolidação de seu futuro profissional. Os alunos que concluem os oito anos de estudo recebem certificado de conclusão. O Clube Esperia orgulha-se de ao longo desses anos ter formado profissionais que hoje atuam no mercado de trabalho como bailarinos e/ou professores. Os interessados em se inscrever como bolsistas devem entrar em contato com o Clube pelo telefone

Divulgação

ACONTECE

(11) 2223-3320 (Departamento Social), de terça a sábado das 11h às 16h. Para a inscrição é preciso ter entre 8 e 18 anos de idade e apresentar comprovante que estuda em

escola pública ou em escola particular como bolsista. As inscrições se encerram em 15 de abril e o Esperia está localizado na Av. Santos Dumont, 1.313, em Santana.

Etec Parque da Juventude inaugura Espaço Memória Carandiru O Centro Paula Souza (CPS) inaugurou, no dia 19 de março, o Espaço Memória Carandiru, localizado dentro da Escola Técnica Estadual (Etec) Parque da Juventude. Construída no local onde funcionava a Casa de Detenção de São Paulo, a Etec conta a partir de agora com um ambiente voltado à memória cultural do antigo maior presídio da América Latina. Organizado por alunos e professores do curso técnico de Museologia, o espaço foi instalado no piso térreo, onde havia a enfermaria da penitenciária, e ainda preserva traços de sua arquitetura. É possível conferir centenas de objetos deixados pelos presos, como portas com pintura artística, utensílios de cozinha, máquina de tatuagem, arti14 Abril/18

gos religiosos e camisas de futebol. A exposição permanente recebeu o nome de Sobre Vivências – Os Últimos Anos do Carandiru e faz parte do acervo disponibilizado pela fotógrafa Maureen Bisilliat, que realizou projetos com a população carcerária entre as décadas de 1980 e 1990. De acordo com a coordenadora do curso de Museologia da Etec, responsável pela organização do espaço, Cecilia Machado, as principais atrações do acervo são as soluções encontradas pelos internos para enfrentar as dificuldades do dia a dia. “Além de remontar o cenário onde viviam os presos, o local apresenta uma série de objetos criados por eles, mostrando a expressão artística e a criatividade dos detentos diante www.universozn.com.br

das limitações prisionais”, explica. Financiado com recursos do Programa de Ação Cultural (Proac), o Espaço Memória Carandiru é resultado de uma parceria entre o Centro Paula Souza, o Museu da Casa Brasileira e a Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. As visitas são gratuitas e mediadas por alunos do curso técnico de Museologia. Interessados devem fazer agendamento prévio pelo e-mail e159patcultural@cps.sp.gov. br. Saiba mais no site etecparquedajuventude.com.br/memoria. Espaço Memória Carandiru Etec Parque da Juventude – Prédio I Av. Cruzeiro do Sul, 2.630 Santana



EDUCAÇÃO Cláudio Souza Behr, Professor de Matemática e Física e Coach educacional claudio.behr@novopatio.com.br

Estudar: Melhor o imperfeito feito do que o perfeito não feito A fase de adaptação às mudanças escolares não é tarefa simples. Especialmente a passagem do 9º ano do Ensino Fundamental para o 1º ano do Ensino Médio costuma ser uma época bastante conturbada na vida dos estudantes. Aumento no número de disciplinas, maior quantidade de conteúdo, mudança na dinâmica de aulas e provas. Some-se a isso muitas vezes uma mudança de escola – implicando em quebra de vários vínculos, afastamento de antigos amigos e recepção nem sempre calorosa de novos colegas. Acrescente a essa mistura o tempero da variação hormonal da adolescência e dos conflitos próprios dessa fase. Em grande parte das vezes, o produto desse caldeirão pode ser um baixo rendimento escolar do estudante, somado a uma grande desmotivação. O presente texto busca aproximar a lupa para uma dessas questões: como melhorar o rendimento escolar? Bem, não existe uma solução única para essa problemática, mas certamente a resposta passa pela questão do estudo. Estudar: Como? Quando? O que? Com quem? O ponto de partida é criar uma rotina de estudos na vida do estudante. De tal maneira que ele sinta falta disso no dia que não segui-la – como um contumaz corredor quando é impedido de correr. Nessa rotina, estabelecer um roteiro de estudos certamente ajuda a tornar o estudo mais eficaz. Uma sugestão que já 16 Abril/18

É FUNDAMENTAL QUE A ESCOLA DÊ UMA ATENÇÃO SÉRIA À QUESTÃO DO ESTUDO. IMPLEMENTAR QUALQUER NOVA CULTURA EXIGE DEDICAÇÃO E COMPROMETIMENTO DE TODOS OS LADOS ENVOLVIDOS: ALUNOS, FAMÍLIA E ESCOLA.

vi funcionar para inúmeros alunos: Antes da aula, realizar uma pré-leitura dos assuntos que serão abordados pelo professor. Durante a aula: prestar atenção e fazer anotações. Estudos recentes mostram que anotar tem efeitos melhores do que “fotografar” a lousa. Após a aula: revisar as anotações feitas em sala, refazer os exercícios resolvidos em aula (sem olhar a resolução, senão se torna cópia), estudar a teoria e só então fazer a lição de casa. E essa rotina deve ser feita o mais próximo possível da aula – e não da prova – para que haja maior e melhor apropriação de conteúdos. Sei que pode parecer complicado cumprir essa sequência. E muitas vezes realmente o é. Por esse motivo www.universozn.com.br

é fundamental que a escola dê uma atenção séria à questão do estudo. Implementar qualquer nova cultura exige dedicação e comprometimento de todos os lados envolvidos: alunos, família e escola. Havendo problemas em uma dessas três “pernas”, a “mesa” do estudar ficará bamba. A criação de uma rotina de estudos também passa pelo autoconhecimento. Estudo melhor sozinho ou em grupo? Em casa ou na escola? Em que horário? (desde que esse horário não prejudique outras atividades). E o autoconhecimento aumenta muito quando ocorrem dois processos que se complementam: a exposição do estudante (mostrando suas dúvidas e dificuldades, fazendo provas e avaliações, entregando trabalhos e lições de casa pedidas) e o feedback dado pelos professores aos alunos. Esse processo é interativo e à medida que vai se tornando mais intenso, produz cada vez mais efeitos positivos na vida estudantil. Não há caminho fácil para a implementação de uma cultura de estudos. Mas as sementes devem ser plantadas em algum momento. E nesse terreno, onde as verdades absolutas são tão questionadas, uma das poucas coisas que podemos dizer com certeza é: “Quando se trata de estudo, melhor o imperfeito feito do que o perfeito não feito.” Qualquer avanço e conquista – por menor que seja – deve ser valorizado e comemorado.


MODA Sandra Kanashima - Jornalista - sandra@boasdepapo.com.br

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A estação outono/inverno é conhecida por suas cores sóbrias e na maioria das vezes, em tons mais escuros. Mas neste ano os desfiles de moda da Fashion Week surpreenderam ao apresentar coleções carregadas de cores vibrantes, bem ao estilo color blocking, ou em estampas geométricas e retrô. Segundo o Pantone Fashion Color Trend, a tendência para a estação outono/inverno 2018 combina cores clássicas a tons expressivos e coloridos, que vão desde os terrosos até o vermelho, amarelo e laranja, passando pelo azul e o verde. A paleta é ousada e, como visto nos desfiles de moda mais famosos do mundo, as cores mais inesperadas surgiram

A ousadia das cores exige certa cautela na escolha. Ao mesmo tempo em que favorecem, também podem direcionar a atenção para lugares indesejados. Afinal, nosso olhar é atraído pela cor, e consequentemente, para o local onde aquela cor está posicionada. Então, vale lembrar: se a intenção é valorizar alguma área do seu corpo, tente colocar as peças coloridas nesse local. Já para esconder partes indesejadas, use cores sóbrias e discretas; isso desviará os olhares para as partes que lhe interessam, valorizando ainda mais o seu corpo.

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Outro tom quente que marcará presença nesta estação é o amarelo, em tonalidades que vão desde o amarelo canário até o mostarda. Revival dos anos 80, o amarelo aparece em moletons, calças, meias grossas e acessórios. Cai muito bem em morenas; as loiras podem dar preferência ao amarelo queimado, que irá contrastar com a pele e os cabelos claros. Já os tons azulados tornam-se a cor coringa da estação, já que pode ser misturados sem medo com diversos tons de cinza, bege, marrom e verde. Para criar um efeito new wave, o azul vai bem com o vermelho, laranja e amarelo. Tons azulados passam a ideia de frio, por lembrarem muito as cores da natureza durante o inverno.

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das coleções neste ano. A cor quente deste inverno, definitivamente, é o vermelho; mais aberto ou mais escuro, chegando ao vinho, é sucesso garantido. Forte tendência em acessórios, como bijuterias, bolsas e até em botas.

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Outono surpreende e chega carregado de cores

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Fotos: Revista ZN

POR DENTRO

Com a doação dos computadores, numa parceria com o Magazine Luiza, as crianças têm a oportunidade de entrar em contato com a tecnologia

Instituto Curumim, um verdadeiro lar para crianças e adolescentes Por Fátima Gonçalves “Direito a especial proteção para o seu desenvolvimento físico, mental e social”. Esse é o segundo Princípio da Declaração Universal dos Direitos das Crianças e se refere a todas as crianças do mundo, mas esse direito, bem como os outros nove, nem sempre são respeitados. O Instituto Curumim existe justamente para corrigir o que deveria ser básico: o melhor cuidado, em todos os sentidos, para crianças e adolescentes. É uma Organização Social que trabalha com crianças e adolescentes em condição de vulnerabilidade social, para que elas tenham 18 Abril18

cuidado, acolhimento, educação e o desenvolvimento psicossocial, recursos indispensáveis para que elas tenham um pleno crescimento, com criatividade e autonomia. Segundo Márcia de Lourdes G. Pessoa, gerente do Instituto, o espaço existe há cinco anos. “Na verdade ele foi fundado em 2009, mas as atividades iniciaram em 2012”, explica. O Curumim é uma extensão de um Projeto – o PIVI – que encerrou as atividades de abrigo. Com o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente e portarias, as crianças abrigawww.universozn.com.br

das deveriam ser atendidas em espaços menores, uma casa, e ali eram atendidas cerca de 100 crianças. “O juiz da vara da infância explicou o reordenamento, da necessidade de diminuir o número de crianças atendidas para atender o ECA e as portarias. Eu era funcionária do PIVI, trabalhava na parte administrativa, mas atendia as famílias também. Muitas crianças foram transferidas para as suas regiões, porque de acordo com as normas, só poderíamos atender crianças da zona norte”, explica Márcia. Por conta desse reordenamento,


o PIVI cogitou em fechar o abrigo, mas uma colaboradora doou uma casa para que o abrigo continuasse a funcionar. E em 2009 criou-se o Curumim, com outro CNPJ, mas não foi possível a mudança imediata porque havia uma série de adaptações a serem feitas na casa, também de acordo com as normas estabelecidas. Só que em 2011, por uma série de razões, a diretoria do PIVI foi afastada e uma nova diretoria assumiu a instituição. Márcia diz que com essa mudança, foi chamada pelo juiz da vara da infância. “Ele disse que iria autorizar a transferência das crianças para o abrigo, mas precisava que alguém assumisse o Curumim, e sugeriu que eu assumisse, porque segundo ele, as crianças já iriam mudar de casa, e depois de passar por toda essa turbulência vista e sentida pelas crianças e também pelo fato de eu ter vínculo com elas, achou por bem que eu assumisse a diretoria do Curumim. E em 2011 eu entrei para a presidência do Curumim, fui eleita para um mandato tampão e nós mudamos para a casa em novembro de 2012”. Márcia, então coordenadora do Curumim, mudou-se para a casa com 24 crianças e adolescentes. O PIVI era o mantenedor. Algum tempo depois, novamente as crianças correram o risco de ter o abrigo fechado. “Em junho de 2015 o presidente do PIVI me chamou e disse que não ia mais continuar com o abrigo, porque o custo era muito alto, e como eles tinham dívidas, venderiam a casa para quitar essas pendências”, diz a gerente. Diante da iminente possibilidade de não poder continuar o trabalho, foi formada uma comissão administrativa com todos os colaboradores, que decidiram pela luta na continuidade do trabalho. “Eu não queria que o Curumim fechasse, as crianças so-

Com a parceria do Fazendo Histórias, as crianças montam um álbum que contam as suas histórias

freriam muito, sem saber para onde iriam, afinal ali era a referência de lar que elas conheciam. Os custos eram altos, eu não pagava aluguel, mas pagava água luz telefone, salários, alimentação etc. e então eles fizeram um primeiro evento e nós arrecadamos o suficiente para folha de pagamento, contas atrasadas”, explica Márcia. Mas as notícias correm. O trabalho do Curumim era reconhecido e as

informações sobre seu fechamento chamaram a atenção de muita gente. “Nesse mesmo período, eu conheci a Roberta Carbonari, esposa do dr, Paulo Musi, médico esportista. Ela foi nos visitar, conversou comigo e disse que estava disposta a ajudar, e a primeira ajuda foi o compartilhamento de Marcos Mion no Instagram. Por esse intermédio vieram alguns colaboradores”, conta ela. Márcia já havia comunicado o presidente do PIVI que não ia fechar

Célia, a cozinheira, prepara o almoço

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POR DENTRO

A partir desse momento, começou uma correria contra o tempo. Em agosto, Márcia conheceu um corretor que tinha uma casa para alugar, e que hoje é onde funciona o Curumim, mas ele exigia um depósito de 10 mil reais – que ela não tinha. Além de ser difícil, muitas pessoas ainda se recusam a alugar um imóvel para um abrigo. “Eu fui atrás de ajuda. E Deus é tão maravilhoso que coloca as pessoas certas em nossas vidas. Um dia, recebi a ligação de uma moça, funcionária da Prudential do Brasil, uma empresa multinacional, que me disse que a empresa estava com uma ação e queria reformar uma instituição. Contei a ela a situação do Curumim, falei sobre o valor do depósito, e ela me disse que ia conversar com o presidente. No dia seguinte, ela retornou a ligação com a informação de que eles iam fazer uma ação na empresa de arrecadação de dinheiro durante um dia inteiro. Por volta das 11h ela me ligou e pediu para eu dar uma olhada na conta, porque as pessoas estavam contribuindo. E nessa hora já tinha 11 mil reais. Fiquei muito feliz e até o final do dia a ação resultou em um montante de 29 mil reais. Com esse dinheiro foi feita a adaptação da casa, pintura, mudança, conseguimos fazer tudo o que precisávamos”, explica. A mudança para a casa do Imirim aconteceu em 5 de novembro,

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apenas alguns dias depois do acordado com o Ministério Público e o proprietário da antiga casa. E desde novembro de 2016 o Instituto Curumim funciona na casa do Imirim. Mas isso não quer dizer que os problemas estavam solucionados. A primeira parte deles, sim. A luta é diária. Sem subsídio de qualquer espécie, a instituição se mantém com a colaboração de pessoas físicas e jurídicas. “Nós pagamos aluguel e todas as contas, e passamos por muitas dificuldades, eu ainda não consigo caminhar com minhas próprias pernas, porque com tudo o que aconteceu, quando fomos fazer o levantamento de toda a documentação para tentarmos um convênio com a prefeitura, constatamos que os encargos não haviam sido pagos. Eu tinha – e tenho ainda – dívidas de FGTS e INSS, e se eu tenho dívida ativa, não consigo convênio, que é o ideal, porque com nosso trabalho contribuímos com o município, afinal atendemos crianças e adolescentes encaminhadas pela Vara da Infância e Conselho Tutelar, então nada mais justo do que a prefeitura ajude a gente”, pondera. Atualmente moram no Instituto Curumim 14 crianças, de 3 a 17 anos. E a luta atual é conseguir regu-

Quarto dos adolescentes

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larizar a situação legal da instituição para poder pleitear um convênio com a prefeitura. Não ter convênio não significa, no entanto, que a casa não receba visitas de fiscalização para a checagem de todos os itens obrigatórios para a Fotos: Revista ZN

a instituição, mas a casa não lhe pertencia e o proprietário entrou com recurso no Ministério Público para que a casa fosse desocupada. Foi chamada pela promotora e avisada de que o proprietário podia, sim, pedir a casa e ela teria de desocupá-la. “Diante desse fato, eu pedi um prazo até 31 de outubro – estávamos em janeiro. E nós acordamos que em 31 de outubro eu entregaria o imóvel e os funcionários, porque eu tinha quatro funcionários comigo no curumim, inclusive eu mesma”.

Quarto das crianças pequenas



POR DENTRO manutenção do abrigo, como extintores de incêndio, vigilância sanitária. Essas ações visam a segurança e o bem-estar das crianças e adolescentes que moram ali. “A própria juíza faz visitas de inspeção duas vezes por ano. A promotora da infância e juventude também faz visitas de inspeções. O Curumim, aos olhos do poder público, em razão de todos esses problemas de documentação, já poderia ter sido fechado. Só que o trabalho que a gente desenvolve é muito significativo, eu tenho evasão zero, as crianças não fogem. O trabalho que a gente desenvolve aqui, os encaminhamentos, as propostas de trabalho diferenciadas, impedem seu fechamento. Nosso trabalho é importante. Esse é o olhar da também da Vara da Infância”, diz Márcia. Para que esse trabalho se desenvolva da melhor maneira, o Curumim conta com uma equipe técnica de assistente social, psicólogo, assistente técnica e gerência, oito educadores, cozinheira, faxineiras, enfermeira. São 17 funcionários CLT e voluntários que dão apoio em tarefas fundamentais. Como a cozinheira que trabalha aos finais de semana na preparação da alimentação das crianças e adolescentes, uma voluntária que cuida da despensa, supervisionando datas de validade dos produtos, organização, limpeza e um voluntário que cuida da manutenção dos computadores. “São voluntários pontuais, mas muito importantes, eu diria fundamentais para que a casa funcione perfeitamente”, explica Márcia. De acordo com a legislação, quando completa 18 anos, o adolescente deve deixar a casa. Mas isso não significa, no entanto, que ele vai ser simplesmente colocado para fora, sem apoio. Não no Curumim. Márcia explica que eles sempre acompanham os jovens. Como exemplo, ela

nos conta de um jovem que deixou a instituição em janeiro deste ano. Ele é especial e só saiu porque a irmã, de 21 anos, assumiu a responsabilidade por ele. E, como ela vive também com muita dificuldade, o Curumim fornece uma cesta básica por mês para ajudar. “A gente tem contato, ajuda quando precisa, mas com o cuidado de não ficar muito próximo, porque eles precisam amadurecer e tomar as próprias decisões. Se somos muito protetores, eles ficam dependentes o resto da vida”, explica Márcia. E nos conta outra história: “Eu tive dois meninos que foram morar juntos, porque um deles tinha uma casa, que recebeu de herança. E eu pedi para eles me chamarem apenas em caso de emergência, ou seja, mostrei que eles podiam contar comigo. Nós fomos lá, fizemos um planejamento, mostramos as prioridades da casa, como pagamento das contas de água, luz, e outras coisas indispensáveis para que eles vivam com tranquilidade. Eles pedem ajuda, sim, quando alguma coisa sai do controle, e nós ajudamos. Até porque somos a referência deles. Somos a família que eles conheceram”. Há também uma adolescente que vai morar num alojamento. Ela é atleta, faz arremesso de peso, está treinando para a próxima olimpíada. Ela tem o apoio da equipe técnica, mas não tem quem se possa assumir a guarda dela. E, como é menor, só sairá do Curumim quando completar a maioridade, até porque, como atleta, ela já conta com alguns patrocínios. Essa jovem teve seu talento notado há tempos e, por conta disso, foi encaminhada para curso profissionalizante aos 14 anos, inglês, porque, como diz Márcia, “ela é uma ótima atleta e não duvidamos de que ela terá uma carreira internacional no esporte”.

Essa preparação para uma vida independente começa quando o jovem tem 16 anos, principalmente na questão da autonomia. “Nós temos boas parcerias, como o Fazendo História. Eu tenho dois projetos do Fazendo História, a construção do álbum e o Grupo Nós, que trabalha com adolescentes em processo de desligamento. Os jovens são acompanhados, aprendem a cozinhar e outras tarefas importantes para o dia a dia e o Grupo Nós nos auxilia na questão de, por exemplo, andar de ônibus. Eles recebem uma bolsa de R$ 200,00 do projeto para aprender a lidar com o dinheiro, que até aquele momento não existia. A construção do álbum é uma forma de registrar a histórias dessas crianças e jovens, desde que chegam à Instituição até seu desligamento. No álbum são registrados todos os fatos importantes da vida: a casa onde moram, os demais membros, os passeios, os aprendizados, enfim, os acontecimentos que possibilitam a construção da história dessas crianças e que eles levam para toda a vida. Como todo abrigo, o objetivo maior é criar as condições para que essas crianças voltem a conviver com as famílias biológicas. Para que isso aconteça, além dos cuidados com as crianças, a assistente social faz um trabalho com as famílias, para tentar resolver o problema que originou o afastamento, para que elas possam voltar ao lar e ter uma vida digna com seus pais, ou na impossibilidade, com tios, avós. Márcia diz que o percentual de crianças que conseguem retornar ao lar biológico é de cerca de 80%, um resultado que faz valer o trabalho.

Instituto Curumim Rua Astúrias, 91A – Imirim Telefone: (11) 2548-0773

Mantenha-se informado do que acontece na zona norte. Acesse: www.universozn.com.br 22 Abril18

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ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

Animais, muito além de companheiros fiéis Por Fátima Gonçalves Quem tem um animal de estimação em casa – e são milhões de pessoas – sabe o quanto de alegria ele traz ao ambiente. Mas não é só isso. Em razão do número de famílias que possuem um ou mais animais de estimação em casa, diversos estudos científicos têm sido realizados e constatados o que na prática já era visível: os animais fazem bem para a saúde das pessoas, em muitos aspectos. Há alguns anos alguns hospitais aderiram ao programa de visita de cães a pessoas internadas de todas as idades, inclusive em UTI. O resultado é que essa humanização do tratamento exerce um resultado positivo na cura do paciente. Os animais têm o poder também de reduzir o estresse. Um estudo realizado pela Universidade Estadual de Nova York, nos Estados Unidos, constatou, em quatro situações diferentes – sozinhas, com seu parceiro, com seu animal e com seu parceiro e o animal, que as pessoas que conviviam apenas com o animal apresentavam maiores níveis de tranquilidade. Diversas pesquisas também demonstraram que as pessoas que têm um animal de estimação são menos propensas a desenvolver depressão, haja vista que a presença de um bichinho reduz a sensação de solidão e ansiedade. A explicação é que quando uma pessoa convive com um animal, mesmo que apenas parte do dia, produz mais hormônios como a ocitocina, a prolactina e a serotonina, que melhoram o humor. E não estamos falando apenas 24 Abril/18

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em pessoas idosas. Os benefícios são constatados desde a primeira infância, inclusive na resistência às alergias. Estudos feitos na Universidade de Wisconsin-Madison demonstraram que as crianças têm 33% menos probabilidade de desenvolver alergias quando convivem com um animal. Ou seja, a convivência propicia o desenvolvimento de um sistema imunológico mais resistente. Muitas pessoas ainda têm receio de colocar um animal dentro de casa, principalmente se for um cão. No entanto, vários estudos dão conta de que os cães não são alheios à presença de uma criança, mais frágil e delicada. São muitos os cachorros que agem como protetores, o que é benéfico tanto para a criança quanto para o cão.

Os benefícios não param por aí. Segundo pesquisas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças e do Instituto Nacional de Saúde, nos Estados Unidos, cuidar de um animal ajuda a reduzir a pressão arterial, o colesterol e o nível de triglicérides, o que, como consequência, protege contra as doenças cardiovasculares. Além de tudo isso, quem tem um cão em casa torna-se menos sedentário com os passeios diários. As caminhadas são boas não só para o mascote, mas para o tutor também. De acordo com outro estudo do Instituto Nacional de Saúde, dos Estados Unidos, os responsáveis pelos passeios são menos propensos à obesidade, quando comparados com pessoas que não têm um

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animal de estimação. Um estudo feito especificamente com gatos pela Universidade de Minnesota constatou que os bichanos podem ser benéficos para prevenir acidente vascular cerebral, infartos e outras doenças cardiovasculares. Minucioso, o estudo acompanhou, durante 20 anos, cerca de 4.500 pessoas. Ao final do estudo, foi constatado que quem não tinha um gatinho em casa apresentou um risco 40% maior de morrer de ataque cardíaco em relação aos que mantinham um gato em casa. O estudo não conseguiu detectar as razões pelas quais os donos dos gatos estavam mais “protegidos” contra doenças cardiovasculares; a hipótese mais aceita é a de que os gatos ajudam os donos a relaxar e a reduzir a ansiedade comum do dia a dia.

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Fotos: Sergio Zalis

CAPA

Bruna Marquezine: A atriz de 22 anos fala dos desafios de sua atual personagem na TV Por Michele Marreira 28 Abril/18

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Aos sete anos estreava na telinha a então atriz mirim Bruna Marquezine, cheia de ternura no programa Gente Inocente, apresentado por Márcio Garcia, em 2002. Com seu jeito delicado, foi conquistando o público em sua primeira novela na Rede Globo, Mulheres Apaixonadas, vivendo a órfã Salete. Na medida em que crescia, os desafios na carreira a acompanhavam. Em 2005, com apenas dez anos, emocionou a todos interpretando a deficiente visual Maria Flor em América. O tempo passou, a menina cresceu e tornou-se uma linda adolescente, ousando mais na sensualidade. Quem não se lembra da espevitada Lurdinha de Salve Jorge? Após se destacar no carnaval carioca no conhecido Baile da Favorita, Bruna voltou a se dedicar ao atual trabalho na trama medieval Deus Salve o Rei, na qual representa a vilã Catarina, uma princesa que de indefesa não tem nada. Confira a entrevista que nossa reportagem fez com a estrela das sete. ZN- Conte-nos um pouco mais sobre o perfil de Catarina, a vilã de Deus Salve o Rei. Bruna- É um modelo de novela dividida entre mocinha e vilã. Porém, ninguém é totalmente bom, nem mau. Ao contrário. Catarina é uma mulher bem ambiciosa, muito decidida. Ela deseja o melhor para o seu reino e obviamente para ela, que acaba tendo algumas atitudes questionáveis. Ela é filha do rei Augusto (Marco Nanini), uma princesa do reino de Artena. Essa é uma novela bem tecnológica, com bastante 3D. ZN- As peças do figurino são muito pesadas? Bruna- O figurino de Catarina é impecável, lindo mesmo. Em relação ao peso, depende, são peças que se transformam muito. A base é super leve; serve como vestido, mas se colocarmos uma capa por cima já vira outra coisa. Não é desconfortável, contribui bastante. De fato são roupas mais encorpadas, mas o que ajuda é a construção do personagem. Quando eu visto o figurino e coloco o cabelo que é enorme, toda postura muda. ZN- Quais foram suas referências na hora de compor essa vilã medieval? Bruna- A gente tenta fazer um trabalho nosso, claro, realizamos pesquisas para entender um pouco mais desse universo. Sou fã viciada em “Games Of Thrones”, utilizei como referência (risos). Mas a direção da novela nos passou filmes como “Robin Hood”, vários materiais. ZN- Como foi essa preparação com os demais atores do elenco? Bruna- Foi uma delícia! Todo o elenco teve um mês de preparação juntos. Foi muito importante para a criação de todos os personagens, conhecer profundamente o universo de uma novela medieval. Não é algo que estamos acostumados, fazer isso de forma crível, cativando o público, foi necessário uma entrega muito grande. ZN- Pela primeira vez você contracena com sua amiga, a atriz Marina Ruy Barbosa. Como está sendo essa aproximação artística? Bruna- Está sendo ótimo trabalhar com ela. É muito doido porque começamos nossas carreiras praticamente na mesma época, e trabalhando na Globo esse tempo todo, porém nunca nos cruzamos em nenhum trabalho, é a primeira vez mesmo. O embate das nossas personagens não é algo estabelecido www.universozn.com.br

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de cara. Acontecerá no meio da história e não é comum, será bem interessante. ZN- Por falar em Marina, seu look usado na cerimônia religiosa da atriz dividiu opiniões nas redes sociais. A crítica se deu por conta da jaqueta de couro, utilizada numa festa de casamento. O que você achou dessas opiniões? Bruna- Pra ser bem sincera, eu não acompanho esse tipo de repercussão, praticamente nada, estou falando isso de coração aberto. Digo isso porque eu já passei por uma fase em que me importava muito com essas coisas. Hoje não ligo mesmo! Às vezes, fico sabendo por uma pessoa ou outra... Eu não me visto para agradar as pessoas. Eu estava me sentindo super bem! Existe alguma regra de que não se pode usar jaqueta de couro em casamento? Por que a gente não pode simplesmente vestir o que desejamos? Por que em um casamento precisa ir necessariamente de longo? Por que precisar prender o cabelo? Eu não entendo. A gente precisa se sentir confortável e feliz, era dessa forma que eu estava me sentindo: bonita. Amo jaqueta de couro. Esse é 30 Abril/18

Raquel Cunha/TV Globo

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um tipo de peça que usaria com tudo. Estou numa fase que estou experimentando coisas novas, buscando um autoconhecimento, entre outras coisas através do meu estilo, que para mim é uma forma de arte e expressão. E quanto mais a gente presta atenção na opinião dos outros, mais nos limitamos e nos distanciamos de quem realmente somos. Ouvir muitas críticas se torna um tipo de auto boicote e nos afastamos de nós mesmos. Eu não entendo essas pessoas que gostam de criticar quem você é e sua forma de expressão. ZN- Verdade que você está viciada em usar óculos escuros, inclusive à noite? Bruna- Eu sempre achava muito louco ver essas estrelas de Hollywood usando óculos de sol à noite (risos). Até o dia que eu usei a primeira vez e achei tão divertido! Estou numa fase que estou viciada sim em óculos escuros, tanto para usar de dia ou à noite. ZN- Sua silhueta está em dia. Você segue praticando Muay Thai? É o que tem definido o seu corpo? Bruna- Eu pratico metade treino www.universozn.com.br

funcional e a outra parte Muay Thai, com o Chico Salgado. Eu amo esse esporte. Porque normalmente quando a gente faz um exercício, ficamos focados no agachamento ou levantamento de peso. Acho chato. Na luta, surge sempre uma coisa nova, consigo me concentrar e focar naquela uma hora de duração. Claro que há dias que preciso escutar meu corpo e não treinar. Isso acontece quando viajo, fico muito tempo sem me exercitar ou me alimento muito mal, aí parece que tudo piora. ZN- Você segue alguma dieta específica? Bruna- Eu tento manter o equilíbrio. Há pouco tempo fiz uma visita à minha nutricionista. Iniciamos uma dieta, um detox pós-férias, estava bem relax. Eu queria perder um pouco de peso, mas algo tranquilo, pensando sempre numa alimentação saudável. ZN- E o que te tira da dieta? Bruna- Eu amo comer de tudo, ou melhor, menos carne. Eu não consigo estar na companhia dos meus amigos e me privar de um vinho ou de uma pizza. Nessas horas não consigo pedir uma salada com salmão grelhado (risos).



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Por onde começar Muitas pessoas têm dúvidas na hora de iniciar uma reforma e ficam perdidas por onde começar. Por essa dúvida ser muito comum, vou dar um passo a passo simplificado para você, leitor, entender alguns processos. As etapas de execução de um projeto de reforma estão muito amarrados um no outro e é absolutamente comum um determinado prestador de serviço fazer seu trabalho em vários momentos diferentes da obra. Para um projeto completo, onde existe mudança de pontos elétricos, luminotécnico, hidráulica, quebra ou construção de alvenaria, revestimento, gesso e pintura é importante quem estiver no comando, saber em qual momento cada profissional deve entrar e quando deve aguardar o término de outro trabalho, para retomar e finalizar. Em todo e qualquer caso, iniciamos pela proteção dos ambientes e materiais que não serão mexidos! Isso é muito importante e fundamental para que o resultado final fique impecável e não haja um investimento desnecessário em materiais que

deveriam originalmente estar em ordem. É importante também, caso a reforma seja em um ambiente já ocupado, que todo e qualquer objeto pessoal, mobiliário etc. sejam protegidos e se possível, fora do ambiente onde ocorrerão os trabalhos. Nos casos onde não é possível tirar um determinado elemento, o mesmo deve estar muito bem embalado e protegido para não pegar pó, riscos, quebras e manchas. Após essa etapa, pode iniciar a quebra juntamente com a elétrica e hidráulica. Caso os trabalhos ocorram apenas em um ambiente onde todos esses profissionais irão trabalhar e o mesmo não comportar tantas pessoas juntas, o aconselhável é esperar mesmo; agora, se estivermos falando de um espaço onde tem sala, quartos, cozinha, varanda e banheiros a serem mexidos, é possível colocar esses profissionais ao mesmo tempo juntos, cada um em um ambiente. O eletricista inicia pela distribuição da iluminação e assim que ele termina, o gesseiro pode rebaixar o teto. Quando o trabalho de gesso encerra,

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o eletricista pode voltar apenas para abrir os pontos onde estão localizadas cada luminária embutida. O próximo passo são emassar, lixar e dar duas demãos de tinta no teto rebaixado e só após essa etapa, o eletricista pode voltar instalando a iluminação. Depois de tudo instalado e funcionando, pode dar a última demão de tinta no teto. Outro exemplo de etapa que está amarrada a quatro profissionais ao mesmo tempo, são revestimentos nas paredes. Para esses casos, iniciamos com o eletricista, passando a fiação de iluminação no teto e na parede quando houver. Após essa etapa, quem entra é o pedreiro instalando o revestimento. Na sequência, quem inicia o trabalho é o gesseiro, fechando o teto e depois disso se repete conforme já comentado acima, eletricista abre os furos, pintor emassa, lixa e pinta, eletricista volta instalando tudo e pintor volta novamente para finalizar a pintura com o teto já prontinho. As etapas de uma obra são muito complexas. Cada uma deve ser acompanhada de perto, de preferência por um profissional capacitado que sabe analisar se o que está sendo executado é exatamente o correto. Por isso, opte sempre por contratar um profissional da área, para que você possa ficar tranquilo e ter a certeza de que após o término da sua reforma, não precisará quebrar tudo novamente para localizar um serviço mal feito ou mal-acabado!

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A escolha correta de mobiliário para cada layout Assunto quase nunca abordado é como escolher o layout e o mobiliário adequado para cada ambiente, privilegiando o aproveitamento do espaço, mas sem atrapalhar a circulação. Em salas, vamos dar alguns exemplos e orientações para escolher modelos de sofás e mesas de centro. Há que se definir a finalidade do sofá pois, se for para sala de tv, ele pode ser mais profundo, pode ter formato em L ou até vir acompanhado de uma chaise longue retrátil, o que favorece o descanso, o conforto e garante mais ergonomia. Se for um sofá para receber visitas, modelos menos profundos e até mais baixos favorecem uma ambientação mais bem pensada, com ambiente para conversa e que facilite o acesso à mesa de centro. Por falar em mesa de centro, sabemos que elas são queridinhas dos clientes, pois é onde podem ser servidos aperitivos para os amigos em dias de festa e onde também podem ficar os adornos mais interessantes. Porém, as vezes elas atrapalham um pouco a circulação, principalmente pelo fato de ficarem bem no meio do ambiente. Por isso, muita cautela na escolha: mesas quadradas e retan-

gulares ocupam muito espaço! Neste caso, mesas redondas componíveis e que se sobrepõem são boas aliadas e uma escolha mais inteligente. Se não tem espaço para uma mesa de centro pois pretende usar um sofá com chaise longue, aposte em um sofá regular e use um puff para fazer as vezes da chaise. Desta maneira, a peça funcionará até mesmo como mesa de centro com a ajuda de uma badeja! Ok, Living resolvido e escolhas feitas? A mesma linha de pensamento se aplica para o ambiente de jantar! A circulação ao redor da mesa deve ser de aproximadamente 80cm. Isso garante espaço suficiente para entrar e sair da mesa sem incomodar os demais e também para a passagem de uma pessoa atrás de quem estiver sentado. Não tem essa distância ao redor de todos os lados da mesa? Experimente encostá-la na parede e trabalhar com espelho. A mesa, além de não atrapalhar a circulação, ganhará mais profundidade. Pense também que tampos em vidro, por terem mais transparência, também ajudam na questão da amplitude pois não oferecem barreira visual. Mesas redondas e sem quinas também diminuem um pouco a impressão de espaço pequeno.

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CULTURA Teatro O quarto dos sonhos

Conhecido como o Rei da Vela, o inescrupuloso empresário Abelardo I aproveita-se da crise econômica no país para emprestar dinheiro para a população faminta com juros altíssimos. Ele se casou com Heloísa de Lesbos, filha de latifundiários falidos do café, só para se aproveitar do nome da família quatrocentona. Submisso ao capital estrangeiro, Abelardo I topa qualquer negócio com os americanos para aumentar seu lucro, mas ele será engolido pelo próprio sistema que ajudou a criar e substituído pelo seu capacho empregado Abelardo II. Com Parlapatões. Elenco: Hugo Possolo, Camila Turim, Alexandre Bamba, Nando Bolognesi, Fernanda Maia, Tadeu Pinheiro, Fernando, Fecchio, Conrado Sardinha, Fernanda Zaborowsky, Renata Versolato, Daniel Lotoy. Músicos: Abner Paul, Léo Versolato, Daniel Warschauer e Evandro Ferreira. Sesc Santana. Teatro. Ingressos: de R$ 9,00 a R$ 30,00. Classificação etária: 14 anos. De 13.04 a 06.05. Sextas e sábados, às 21h (exceto 21.04, que será às 18h), e domingos, às 18h. O espetáculo do dia 29.04 contará com serviço de audiodescrição e libras.

A Cia. Perdidos em Cena apresenta o novo espetáculo “Quarto dos Sonhos”, em que a menina Juliana, que mora com sua tia Anastácia, sonha em construir uma grande fábrica de brinquedos. Na semana do seu aniversário, Juliana é castigada e trancada no seu quarto por uma bruxa má. Para fugir dali e poder realizar seus sonhos, Juliana precisará contar com a ajuda de uma turma pra lá de atrapalhada, numa viagem emocionante, em um mundo de magia e fantasia. Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha. Grátis. Classificação etária: 10 anos. Dia 18.4, das 15h às 17h.

André Stéfano

O rei da vela

O Resto é Silêncio Manuel, um jovem surdo apaixonado pelos fogos de artifício passa a ouvir e aguarda ansiosamente a virada do ano. Até lá tenta distinguir o que vale e o que não vale a pena ouvir. Casa de Cultura Freguesia do Ó – Salvador Ligabue. Livre. Grátis. Dia 22.04, às 20h.

Outros Eus O Marinheiro é uma obra minimalista, provocatória e de vanguarda. Ela permite conhecer de onde vem a inspiração de Fernando Pessoa, que com 24 anos, escreveu a peça em dois dias. Revela-nos a sua intuição, a sua visão daquilo que viria a ser a sua vida de artista, de tormento e de sofrimento. Casa de Cultura Brasilândia. Livre. Grátis. Dia 20.04, às 18h. 40 Abril/18

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Acervo Sesc

Música Coletivo Lado B – Canções que eu ainda não ouvi O show “Canções que eu ainda não ouvi” utiliza elementos que vão de ritmos populares a improvisações jazzísticas, promovendo um bonito resgate da música brasileira em composições de Moacir Santos, Guinga e Egberto Gismonti, além de músicas autorais. A formação atual mistura os timbres de violão e guitarra com um trombone baixo e uma voz feminina. Os arranjos passeiam entre as influências de seus integrantes, que vêm da música instrumental, erudita e canção, e resultam em uma sonoridade especial e inusitada. Com Guilherme Braz Prado (violão e guitarra), Leo Ramos (Trombone baixo) e Maria Rosa (voz). Sesc Santana. Deck do Jardim. Livre. Grátis. Dia 14.04, às 19h.

Affah Rocha Affah Rocha, conhecido também como Rapzilla, prepara seu segundo trabalho, entre shows e projetos que fomentam a cultura Hip Hop em São Paulo, sempre buscando mostrar, por meio da arte, que o amor e a união são as chaves para mudar a realidade em que vivemos. Casa de Cultura Tremembé. Livre. Grátis. Dia 20.04, às 18h.

Ivan Vilela O concerto apresenta composições e arranjos feitos pelo violeiro e pesquisador Ivan Vilela, que se utiliza de elementos das culturas populares brasileiras mesclando-as com sonoridades da música clássica e da música popular. Ivan Vilela transita por diferentes paisagens sonoras, explora texturas e contrapontos, mesclando sutilezas melódicas, onde o tonal e o polimodal se fundem num misto de cruzamentos rítmicos. Além de músicas consagradas dos últimos álbuns, como Solidão, Armorial e Paisagens, Ivan apresenta novas composições, assim como arranjos para músicas do cancioneiro brasileiro, como “Viola Quebrada”. Sesc Santana. Deck do Jardim. Livre. Grátis. Dia 28.04, às 19h. Adriano Rosa

O quinteto formado por Marco André dos Santos, Alexandre Bocallari, Paula Pires, Clarissa Opallo e Rafael Nascimento, foi criado com o objetivo de disseminar o repertório de música para quinteto de sopros. O grupo surgiu de encontros informais entre amigos que atuam juntos no Theatro São Pedro. Todos os membros do grupo já haviam tocado juntos, e depois de anos estudando no exterior retornam ao Brasil com o anseio de criar um grupo pelo qual poderiam contar e compartilhar suas experiências. No programa Liduíno Pitombeira, Rodrigo Domingos, Julio Medaglia e Ronaldo Miranda. Paróquia de Sant’Ana, ao lado da estação Santana do Metrô. Livre. Grátis. Dia 29.04, às 16h.

Lucas Mercadante

Quinteto Novos Ventos

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CULTURA

Aline Castro

Música

Tão são quanto Francisco Formada em meados de 2016, a Tão são quanto Francisco é a reunião dos músicos e compositores atuantes no cenário musical paulistano: Gabriel Peri, Renão e Renato Pascoal. Elencando e questionando o cotidiano por meio de uma musicalidade com profundas influências de movimentos populares de contracultura: sacro e profano, psicodélico – tropicalista do mangue e do bit, o grupo busca realizar neste ano seus primeiros registros musicais em estúdio. Fábrica de Cultura Jaçanã. Livre. Grátis. Dia 21.04, das 16h às 18h.

Guilherme Roseno e Banda: Show Primeiras Páginas Acompanhado de sua banda, o cantor e compositor pernambucano Guilherme Roseno apresenta um espetáculo no qual mistura música autoral, poesia e canções de grandes artistas da MPB. De maneira intimista, o artista propõe ao público um contato mais próximo com a música 42 Abril/18

Ana Cañas e Chico Chico Ana Cañas, considerada uma das cantoras mais interessantes da atualidade, possui uma voz potente e afinada e é conhecida por suas interpretações viscerais, carregadas de emoção. Seu disco, “Tô Na Vida”, foi considerado pela crítica especializada o melhor de sua carreira e concorreu ao prêmio da APCA no ano de seu lançamento (2015), apresentando uma verve mais rockeira da cantora. Chico Chico, nascido e criado no Rio de Janeiro, aos 20 e poucos anos já tem muita história pra contar, e cantar. Filho de Cássia Eller, integrou as bandas Zarapatéu e Uzoto. Após a dissolução dos grupos, passou a investir num projeto pessoal com estilo mais particular e ainda assim abrangente. Com repertório basicamente autoral, passeia pelo Morro de São Carlos com Luiz Melodia e encontra Crosby, Stills and Nash pra uma jam session imaginária na Califórnia. Sesc Santana. Teatro. Grátis. Dia 19.04, às 20h.

popular brasileira, trazendo no repertório influências do Pop-Rock, Bossa-nova, MPB e da música nordestina. Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha. Grátis. Classificação etária: 15 anos. Dia 28.4, das 15h às 17h.

Markinhos Moura canta Adoniran Figura icônica da música popular do Brasil dos anos 80, Markinhos Moura apresenta show dedicado ao poeta de São Paulo, Adoniran Barbosa. No roteiro, os grandes sucessos do compositor, como Trem das 11, Saudosa maloca, Samba do Arnesto, Tiro ao álvaro e As “Mariposa”. Casa de Cultura Freguesia do Ó. Livre. Grátis. Dia 15.04, às 19h. Casa de Cultura Vila Guilherme. Livre. Grátis. Dia 28,04, às 19h.

Samba da Tia Preta O Samba da Tia Preta é uma reunião de amigos dos bairros Jova Rural, Vila Nova Galvão, Jardim Hebrom e Jardim Filhos da Terra, www.universozn.com.br

próximos da Fábrica, com a intenção de levar algum tipo de lazer para os moradores dos bairros distantes dos grandes centros culturais da capital de São Paulo. O principal foco deste projeto social é a música e o gênero musical é o samba de raiz, mas também há espaço para os demais gêneros. Essa festa acontece sempre no último domingo do mês e é organizada por garotos da própria comunidade. Fábrica de Cultura Jaçanã. Livre. Grátis. Dia 29.04, das 17h às 21h.

Lucas Caru O artista revelação Lucas Caru apresenta seu repertório recheado de grandes sucessos tais como Natiruts, Onze:20, O Rappa, Planta e Raiz, sucessos próprios e inéditos, dos quais se destacam “Olhos verdes” e “Luta por um sonho”. Também compõe seu setlist grandes Hits internacionais como Bob Marley e versões no formato Pop Reggae de John Legend, entre outros, em que mixa Hip Hop e Pop romântico. Casa de Cultura Brasilândia. Livre. Grátis. Dia 15.04, às 17h.



CULTURA Circo Circo Delírio – Le Pétit Pout Pourri Espetáculo da Companhia Circo Delírio que apresenta números que incluem comédia física, participação do público, gags cômicas e destrezas elevadas criando uma atmosfera mágica e construindo junto com o público este original espetáculo circense! Um show de variedades circenses composto por diferentes artistas que se revezam entre o palco e a banda, construindo cenas que cativam a família inteira. Casa de Cultura Freguesia do Ó. Livre. Grátis. Dia 19.04, às 20h. Biblioteca Jayme Cortez. Livre. Grátis. Dia 20.04, às 11h.

Exposição

Duplos – Intervenção Duplos é uma investigação que conjuga dança e música em um ambiente de improvisação. Também é um espaço onde artistas que se interessam pela pesquisa são convidados para compor uma sessão pública de improvisação. Neste encontro, músico e bailarino se desafiam juntos no tempo/espaço a partir da troca e do diálogo estabelecido neste ambiente desconhecido e inusitado. Sesc Santana. Área de Convivência. Livre. Grátis. Até 23.05. Quarta a sexta, das 17h às 20h.

Amanda Prado

Dança

Carne Urbana O trabalho busca refletir sobre a fisicalidade dos corpos urbanos e as transformações do corpo, revelando percepções ora silenciadas internamente, ora escancaradas no bando, e que emanam nesta exposição de carnes. Centro Cultural Juventude Ruth Cardoso. Livre. Grátis. Dia 21.04, às 18h.

Mané Boneco Esse é o mais recente espetáculo de intervenção urbana do grupo Zumb. boys, inspirado no boneco brasileiro “Mané gostoso” que fez e faz parte da infância de muitas pessoas. Facilmente encontrado nas feiras nordestinas, feito de madeira com pernas e braços articulados, movimentados por cordões. Para construção de “Mané Boneco” uma das propostas é que seja gostoso de assistir, da mesma maneira que nos divertimos ao brincar, livres de julgamentos externos, aberto, viver o encontro. Casa de Cultura Tremembé. Livre. Grátis. Dia 29.04, às 18h.

Tentação de ser muito feliz O Terceira Categoria apresenta seu processo criativo em um baile-espetáculo aberto ao público. O projeto intitulado “Tentação de ser muito feliz” é um trabalho cênico utilizando como ponto de partida o forró pé de serra e todo seu contexto cultural. O baile-espetáculo acontece durante forró [festa] embalado pelo Quarteto na Imenda, surpreendendo e interagindo com o público. Casa de Cultura Tremembé. Livre. Grátis. Dia 13.04, às 19h. Casa de Cultura Vila Guilherme. Livre. Grátis. Dia 14.04, às 18h. 44 Abril/18

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Mulheres Possíveis – Intervenção Um mural de silhuetas preenchidas com narrativas poéticas pessoais sobre ser mulher e estar em situação de cárcere. Através de laboratórios sob enfoque dos eixos corpo gênero e encarceramento, realizados por artistas dos coletivos Dodecafônico e Rubro Obsceno, reeducandas da Penitenciária Feminina da Capital criaram as imagens e narrativas poéticas que ocupam a fachada do Sesc Santana. Com os Coletivos Dodecafônico e Rubro Obsceno. As oficinas na PFC foram realizadas por integrantes de ambos coletivos e a criação artística ficou a cargo de Vânia Medeiros, do Coletivo Dodecafônico. Fachada do Sesc Santana. Livre. Grátis. Até 01.07. Todos os dias, 24h.


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CULTURA Exposição Série Paulistana

Com Elisa Riemer (artista gráfica e colagista), Karine Guerra (artista plástica) e Maria Zeferina (designer de moda). O mural aborda os códigos de conduta impostos aos corpos femininos a partir das narrativas de três artistas que tem como pesquisa poética as imagens de mulheres, seus desejos e escolhas. Muro da Rua Viri, ao lado do Sesc Santana. Livre. Grátis. Até 24.06. Todos os dias, 24h.

O cotidiano de personagens anônimos da cidade de São Paulo, em 1980, por vezes extraviados e inviabilizados pelos preconceitos e contradições socioculturais, retratados por Alex Flemming. Resultado de suas experiências em ateliê, quando estudante, esses experimentos o levou a ser um dos primeiros artistas brasileiros a produzir fotogravuras, utilizando uma técnica que une princípios e procedimentos da fotografia e da gravura na produção de imagens impressas. Sesc Santana. Diversos Espaços da Unidade. Livre. Grátis. Até 01.07. Terça a sexta, das 9h às 21h. Sábados e domingos, das 10h às 18h.

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A Liberdade é Inegociável – Intervenção

Alistamento Resultado da pesquisa do artista Éder Oliveira sobre o “homem amazônico”, sua identidade cultural e as motivações dos jovens paraenses em seguir a carreira militar, o conjunto de obras, retratos a óleo, intervenções urbanas e vídeo-arte, foi construído a partir de procedimentos de aproximação do “objeto” relacionados aos campos das ciências sociais, em particular da antropologia, como entrevistas e registros fotográficos, realizados com alistados dos quartéis militares e Forças Armadas de Belém. Sesc Santana. Área de Convivência. Livre. Grátis. Até 01.07. Terça a sexta, das 10h às 21h30; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h.

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CULTURA - INFANTIL Teatro

Contação de história João Caldas

Totó, o tocador de tambor Antônio é um menino de brilho nos olhos como qualquer outro. Um dia ele ouve o toque de um tambor numa Festa do Boi. Seu coração começa a bater no mesmo compasso. Pé com pé. Passo com passo. Ele resolve então sair em busca do seu próprio tambor. De encontro em encontro, de troca em troca, no caminho em direção ao mercado, o menino Antônio se transforma em Totó, o tocador de tambor. Com AIVU. Atrizes-criadoras: Josefa Rouse e Renata Vendramin. Texto: livre adaptação do conto popular de origem indiana “O tocador de tambor”, recontado por Shenaaz Nanji, no livro “Contos Indianos”, editado pela editora Ciranda Cultural. Sesc Santana. Deck de entrada. Livre. Grátis. Dia 14.04, às 14h.

O espetáculo conta história de um imperador que escolhe seu sucessor através das plantas que ele tanto cultiva e aprecia. A história é contada de forma simples e despojada por duas atrizes palhaças, Paola Musatti e Vera Abbud. O cenário é vivo, composto por vários tipos de ervas aromáticas e medicinais, e convida o público para uma viagem sensorial entre aromas e texturas. Com Cia. Pelo Cano. Concepção: Vera Abbud. Elenco: Paola Musatti e Vera Abbud. Cenário: Cia Pelo Cano. Figurino: Daniela Garcia. Iluminação: Lica Barros. Produção Executiva: Laila Rebelo - Leelas Produções Artística e Cia. Pelo Cano. Sesc Santana. Teatro. Ingressos: de R$ 5,00 a R$ 17,00. Grátis para crianças até 12 anos. De 08.04 a 10.06 – exceto 03.06. Domingos, às 14h. O espetáculo do dia 29.04 contará com serviço de audiodescrição e libras.

Tally Campos

O jardim do imperador

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Pinocchio Gepetto é um velho carpinteiro que não tem família. Ele passa o tempo livre construindo bonecos de madeira. Ele construiu um boneco muito bonito e o chamou de Pinocchio. Mas Gepeto se sentia muito só. A fada azul, com pena dele, transformou Pinocchio em uma criança. Gepeto o matriculou numa escola. Pinocchio foi para a escola, mas na porta encontrou dois homens que o convidaram e mais algumas crianças para irem à Terra dos Prazeres. Ao chegar, as orelhas de Pinocchio começaram a se transformar em orelhas de burro, então foi procurar a fada azul, mas ao contar uma mentira, seu nariz começou a crescer. Assim Pinocchio aprendeu a lição e não falou mais mentiras e a fada o transformou em uma pessoa de verdade. Casa de Cultura Brasilândia. Livre. Grátis. Dia 27, às 13h. www.universozn.com.br

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CULTURA - INFANTIL Contação de história Mazé! De onde vem? Quem é?

O Mistério amarelo da noite

Mazé mora numa cidade grande, num prédio grande, no oitavo andar de um apartamento pequeno. E ela tem uma avó, que mora numa cidade pequena, num bairro tranquilo, numa casa simples com um pé de “mixirica” no quintal. A Mazé é menina perguntadeira. Ela gosta de saber a origem das coisas e o significado das palavras. Mas ela nunca tinha perguntado a origem do seu próprio nome e tampouco sabia o queria dizer a palavra morte. Até que ela descobre que os nomes guardam muitas histórias e que a morte faz parte da experiência da vida... Com AIVU. Atrizes-criadoras: Josefa Rouse e Renata Vendramin. Texto: Janaína Silva. Sesc Santana. Deck de entrada. Livre. Grátis. Dia 21.04, às 14h.

Fabio Lisboa, autor do livro “O mistério amarelo da noite”, conta a sua história, instiga seus ouvintes a usarem a imaginação e vencerem seus medos. O livro conta a história de um menino que está voltando sozinho para casa e, de repente, fica tudo escuro. Começa a correria, uma perseguição maluca que o leva o até o Beco Escuro. Escuridão, ruídos estranhos, medos reais e imaginários e pra salvar o dia. Este encontro com o inclui história da tradição oral, bate-papo e atividade de criação lúdica. Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha. Grátis. Faixa etária: de 06 a 11 anos. 50 vagas. Dia 12.04, às 15h.

Nuang: caminhos da liberdade Nuang, caminhos da liberdade, é composta por duas histórias: O mito da criação do mundo, um conto africano que fala sobre a criação do universo e, Nuang – Caminhos da liberdade: A história dos Uthando. A partir de uma de suas representantes, a menina Nuang, guerreira e sábia, fará de tudo para reaver sua liberdade e a de seu povo. Uma história contada e escrita por Janine Rodrigues. Fábrica de Cultura Jaçanã. Grátis. Classificação etária: 06 anos. 40 vagas. Dia 24.04, às 15h. Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha. Grátis. Classificação etária: a partir de 06 anos. 40 vagas. Dia 19.04, às 15h.

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Procurando Dory Um ano após ajudar o peixe-palhaço Marlin a reencontrar seu filho Nemo, Dory tem um insight e lembra-se de sua própria família. Com saudades, ela decide fazer de tudo para reencontrá-los e na desenfreada busca esbarra com amigos do passado e vai parar nas perigosas mãos de humanos. Sesc Santana. Teatro. Livre. Grátis. Dia 28.04, às 14h.

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Flora brasileira: Conhecer para preservar – Nova Odessa (SP) Dia 09.06. Situado na região de Nova Odessa, interior do estado de São Paulo, o Jardim Botânico Plantarum é um centro de referência em pesquisa e conservação da flora brasileira. O passeio pelo parque inclui visita monitorada pelo idealizador do local, o engenheiro agrônomo e botânico brasileiro Harri Lorenzi, autor de livros e referência internacional em botânica. Inscrições na Central de Atendimento do Sesc Santana. Saída, às 7h30 do Sesc Santana.

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Santos: Cultura e vida pesqueira – Santos (SP)

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Dia 30.06. A atividade pesqueira é uma das principais fontes de renda em diversos países. Este roteiro possibilita a vivência e experiência dessa atividade, onde os participantes conhecerão uma Comunidade de Pesca Tradicional, o Museu de Pesca e o tradicional Mercado do Peixe, local onde moradores e turistas adquirem seus pescados e frutos do mar. Inscrição na Central de Informações do Sesc Santana. Saída, às 8h do Sesc Santana.

Casa de Cultura Vila Guilherme Praça Oscar Silva, 111 Vila Guilherme Telefone: (11) 2909-0065 Casa de Cultura Brasilândia Pça Benedicta Cavalheiro, s/nº Brasilândia Telefone: (11) 3922-9123 Casa de Cultura Tremembé R. Maria Amália Lopes de Azevedo, 190 - Tremembé Telefone: (11) 2991-4291 Centro Cultural Juventude Ruth Cardoso Av. Deputado Emílio Carlos, 3.641 Vila Nova Cachoeirinha Telefone: (11) 3343-8999

Rota dos imigrantes – Joinville (SC) De 22 a 27.05. Conhecida como Cidade dos Príncipes, Joinville reúne a beleza natural da Serra do Mar, paisagens rurais encantadoras e charme cultural. Seu paisagismo urbano é marcado pela multiplicidade de cores que as flores emprestam à cidade inteira. Visita à comunidade de imigrantes da Estrada Bonita (localizada na zona rural) e à cidade de São Francisco do Sul, incluindo passeio de embarcação. Inclui meia pensão, hospedagem no Hotel Alven Palace e ingressos. Inscrições e reservas na Central de Atendimento do Sesc Santana. Saída, às 7h do Sesc Santana e 8h do Sesc Pinheiros. 50

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Alimentação saudável com muito sabor Produção e fotos: Secretaria de Agricultura e Abastecimento É cada vez maior o número de pessoas que estão se preocupando com a qualidade da alimentação. E não estamos falando só das pessoas idosas, ao contrário, as mães buscam orientações com pediatras sobre a melhor nutrição dos seus filhos, oferecendo alimentos coloridos, com legumes, verduras, frutas, sucos naturais. Uma alimentação de melhor qualidade, com pouca carne vermelha, que reconhecidamente, é um dos vilões da saúde cardiovascular; pouco ou nenhum refrigerante, assim como os salgadinhos industrializados garante, no mínimo, uma distância bem grande dos consultórios médicos e hospitais apenas com a prevenção de doenças. Sabendo disso, e visando também uma redução nas intermináveis filas nos postos de saúde e hospitais públicos, o governo do estado, por meio do Centro de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável – CESANS, da Secretaria de Agricultura elaborou um livro de receitas saudáveis, incentivando assim a redução do consumo de produtos industrializados e em orientações para a escolha de alimentos que contribuam para a promoção da saúde. Nesta edição, publicamos algumas receitas para você fazer em casa e perceber que a alimentação saudável é bem saborosa.

Ingredientes • 4 filés de tilápia (440g) • 1 limão grande (125g) • 1/2 colher (chá) de gengibre ralado (5g) • 1 tomate grande (200g) • 1/2 pimentão vermelho (135g) • 1/4 de cebola roxa pequena (25g) • 4 colheres (sopa) de aveia em flocos (40g) • 1 colher (sopa) de azeite (15ml) • 1 colher (chá) de sal (6g) Modo de preparo Corte a tilápia em cubos. Lave e esprema o limão. Tempere a tilápia com o suco de limão, o gengibre ralado e reserve. Lave e retire as sementes do tomate e da metade do pimentão. Descasque e lave a cebola. Em um processador, triture o tomate, o pimentão e a cebola e reserve. Escorra os cubos de tilápia temperados, coloque-os no processador e triture, dando leves pulsadas. Em um recipiente, misture o peixe triturado, a cebola, o pimentão e o tomate processados. Acrescente a aveia, o azeite e o sal e misture bem. Em uma peneira, esprema a mistura, para tirar o excesso de água. Divida em 8 partes iguais e modele os hambúrgueres. Coloque-os em uma forma untada com azeite e leve para assar por 25 minutos em forno a 210°C.

52 Abril/18

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GASTRONOMIA

Ingredientes • 3/4 de xícara (chá) de grão-de-bico (135g) • 1litro de água • 1 cebola média (150g) • 1 dente de alho médio (4g) • 2 ramos de hortelã (2g) • 1 clara de ovo (40g) • 4 fatias de pão integral (100g) • 1 colher (chá) de azeite (5ml) • 1 colher (chá) de sal (6g) • 7 colheres (sopa) de gergelim branco (85g) • Óleo para untar Modo de preparo Deixe o grão-de-bico de molho em água, suficiente para cobrir, de um dia para o outro. Escorra, lave novamente os grãos e coloque-os em uma panela de pressão com a água. Após pegar pressão, cozinhe por 20 minutos. Despreze a água, passe os grãos em água fria para esfriar e retire as cascas. Lave e descasque a cebola e o alho. Lave e desgalhe o ramo de hortelã. Separe a clara da gema. Em um processador bata o grão-de-bico, o alho, a cebola, as folhas de hortelã, a clara, as fatias de pão, o azeite e o sal. Com o auxílio de uma colher, faça bolinhas e passe-as no gergelim. Coloque-as em uma assadeira untada com óleo e leve ao forno médio (180°C) por 40 minutos ou até dourarem.

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GASTRONOMIA Ingredientes • 1 xícara (chá) de lentilha (190g) • 2,2 litros de água • 1 e 1/2 xícara (chá) de trigo para kibe (215g) • 1/2 xícara (chá) de aveia em flocos (50g) • 7 ramos de hortelã (14g) • 1 limão grande (125g) • 1/2 cebola pequena (50g) • 2 dentes de alho pequenos (4g) • 2 ramos de salsinha (12g) • 1 ramo de cebolinha (12g) • 3 colheres (chá) de sal (18g) • 3 colheres (sopa) de azeite de oliva (45ml) • Azeite para untar Modo de preparo Deixe a lentilha de remolho em água, suficiente para cobrir, de um dia para o outro. Escorra, lave os grãos e coloque-os na panela de pressão com 5 xícaras (chá) de água, e cozinhe por 15 minutos, após abrir pressão, ou até que a lentilha fique macia. Escorra bem, transfira a lentilha para um recipiente e reserve. Em uma vasilha pequena, hidrate o trigo em 3 xícaras (chá) de água, por 15 minutos, depois escorra bem em peneira e reserve. Em outra vasilha, hidrate a aveia em 1/2 xícara (chá) de água por 10 minutos, depois escorra em peneira e reserve. Desgalhe, lave e pique a hortelã e reserve. Lave, esprema o limão e reserve o suco. Lave, descasque e pique muito bem a cebola. Lave, descasque e esprema os dentes de alho. Lave e pique a salsinha e a cebolinha. Em um recipiente, coloque a lentilha cozida, o trigo e a aveia previamente hidratados, a cebola, o alho, o sal, o suco de limão, o azeite, a hortelã, a salsinha e a cebolinha e misture bem. Em uma forma retangular (25x30cm), devidamente untada com azeite, coloque a massa e, com o auxílio de uma colher, nivele bem o kibe. Em seguida, leve ao forno preaquecido a 180°C, por 45 minutos, ou até que o kibe esteja dourado. *Dica: Utilize o líquido leitoso, retirado após a hidratação da aveia, no preparo de vitaminas e sucos.

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GASTRONOMIA

Salada Ingredientes • 2 xícaras (chá) de rúcula (45g) • 1 ramo de manjericão fresco (4g) • 1/2 abacate médio (330g) • 6 nozinhos de muçarela de búfala (60g) Modo de Preparo Lave e higienize a rúcula e o manjericão. Desgalhe o manjericão e reserve. Lave, descasque e fatie o abacate em meias luas. Corte os nozinhos de muçarela de búfala em lâminas e reserve. Molho Ingredientes • 1/2 maçã média (120g) • 1 limão pequeno (80g) • 2 colheres (sopa) de azeite (30ml) • 1 colher (sopa) de mel (25g) • 1/2 colher (chá) de sal (3g) Modo de Preparo Lave, descasque e higienize a maçã. Lave, esprema o limão e reserve seu suco. Bata a maçã com o suco de limão no processador. Em um recipiente, misture o suco de maçã e limão, o azeite, o mel e o sal e reserve. Montagem Em uma travessa, coloque as folhas de rúcula cobrindo todo o fundo da travessa, salpique as fatias de muçarela de búfala, regue com metade do molho. Coloque as fatias de abacate, cobrindo toda a superfície, jogue o restante do molho, salpique com as folhas de manjericão e sirva.

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DEFESA DO CONSUMIDOR Marcelo Segredo - Consultor Financeiro - www.marcelosegredo.com.br

Ele está de volta: “Minha casa minha vida”. Cuidado, seu prejuízo pode ser grande Está de volta o “Minha Casa Minha Vida”, e aqueles que ainda não têm o seu teto, mais uma vez se aventuram financiando imóveis com juros caríssimos. De cada 10 imóveis financiados, sete mutuários não conseguem chegar ao final e acabam perdendo o bem em leilões da CEF. Você pode e deve sim realizar o sonho da casa própria, mas não entrando em furadas. Você precisar se preparar, planejar-se bem financeiramente para isso. O financiamento imobiliário é de longo prazo, 360, 420 meses, e com a economia instável do país, assumir um financiamento de longo prazo sem estar devidamente preparado para isso é loucura. O projeto “Minha Casa Minha Vida” foi a oitava maravilha do mundo; facilidades para quem tem baixa renda, juros subsidiados pelo governo, tudo lindo e maravilhoso certo? Errado. Primeiro, não existem juros menores, ao contrário. Para se conseguir um financiamento, a Caixa Econômica faz uma série de exigências abusivas, dentre elas, a abertura de uma conta corrente com limite de cheque especial, cartão de crédito, previdência privada, seguro de vida, seguro residencial, seguro prestamista, avaliação de perito (uma grande enrolação), e caso você se recuse a contratar esses serviços o financiamento não é aprovado. Num único contrato, a CEF comete dois crimes de consumo de uma só vez, o da coação e o da venda casada. E se você somar todas as taxas e tarifas que irão te cobrar mensalmente em todos esses produtos, verificará que na verdade não existem juros menores. 60 Abril/18

Ao entrar num financiamento, a família acaba comprometendo 30% de seu salário para o pagamento da prestação mensal. O Banco calcula prestação do imóvel de forma errada: ele soma o salário bruto do casal, e sobre ele aplica os 30% para chegar ao valor da prestação mensal. O erro consiste exatamente aí. Primeiro porque ao salário bruto estão somados os benefícios (cesta básica, vale transporte, vale alimentação, horas extras, adicional noturno, auxílio periculosidade, auxílio insalubridade etc.). Segundo porque dele é descontado o Imposto de Renda, o qual pode variar de 7,5% a 27,5%. Os benefícios e horas extras que compõem o salário bruto são variáveis, pois basta um afastamento para que o trabalhador deixe de recebê-los, ou seja, mais uma vez a prestação do imóvel estará corroendo mais do que 30% da renda e consequentemente comprometendo a subsistência da família. Veja este exemplo: Suponha que seu salário base seja de R$ 4.100,00, e sobre ele ainda sejam computados os benefícios totalizando R$ 5.000,00. Só de Imposto de renda e INSS serão descontados aproximadamente R$ 1.187,31. Veja que só com esses dois descontos seus vencimentos já caíram para R$ 3.812,69. Como a prestação do financiamento do imóvel foi calculada sobre o salário bruto (R$ 5.000,00), ela será de R$ 1.500,00 mensais, e não de R$ 1.143,81(R$ 3.812,69), ou seja, a prestação cobrada pelo banco estará R$ 356,19 acima do permitido. No caso de desemprego e a consequente dificuldade em continuar pagando as prestações, você pode utilizar o seguro prestamista, o qual www.universozn.com.br

tem a função de cobrir o pagamento de até três prestações. Nessa situação é direito seu ingressar com a ação revisional do financiamento, na qual deverá ser demonstrado ao juiz, através de uma perícia financeira devidamente assinada por perito credenciado, que a prestação do financiamento está incompatível com a atual renda do mutuário, sendo, portanto necessário fazer a adequação do mesmo para que este possa dar continuidade ao pagamento do contrato. Os contratos de imóvel são baseados na margem máxima de 30% da renda do casal. Logo, se um deles ficar desempregado, ocorreu uma redução da renda e consequentemente o banco deveria ajustar a prestação do imóvel na margem de 30% dessa nova realidade econômica, coisa que a instituição não faz, ao contrário, dificulta até mesmo utilização do seguro prestamista que é um direito seu, e ainda levam o seu imóvel a leilão. Esse tipo de adequação deveria ser feitas pela CEF de forma automática, porém eles se recusam, e o mutuário é obrigado a recorrer ao judiciário para não perder seu imóvel. A Associação Brasileira do Consumidor vem adotando essa tese na defesa de mutuários que estão passando por esse tipo de problema já há algum tempo, e agora conseguiu mais uma vez emplacar resultados na defesa dos mutuários. O segredo desses bons resultados se baseia no trabalho conjunto de nossos peritos matemáticos e advogados especializados em direito bancários. Essa nova decisão do TJSP traz luz para aqueles que estão prestes a perder sua moradia para o famigerado e inflexível sistema bancário.


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Dia Mundial da Água e a sujeira sob o tapete Recentemente foi comemorado o dia Mundial da Água (22 de março), e neste momento em que se discute as mais diversas formas de utilização desse bem, faço um recorte diferente sobre o tema e uma sugestão de campanha popular: Não à cobrança do esgoto que não é tratado. Explico: uma conta de água é dividida em duas partes: a parte que entra e a que sai. Dessa forma, de uma conta de R$ 100,00, R$ 50,00 corresponde à água que entra (que passa no hidrômetro) e R$ 50,00 pela água que sai na forma de esgoto, ou seja, R$ 50,00 para cada uma das etapas. Na verdade, o consumidor está pagando por um serviço e recebendo apenas metade do prometido, visto que 52% do esgoto de São Paulo não são tratados. Desde 2002, quando a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) autorizou o governo de São Paulo a colocar ações da empresa na bolsa de Nova York, o estado possui apenas 50,3% do capital societário da empresa, e outros 49,7 pertencem aos investidores, que colocam seus recursos financeiros para obterem lucros. Neste início de 2018, a mesma ALESP autorizou a criação de uma Holding privada que vai controlar 80% do capital da empresa, ou seja, manda quem controla o capital, e o governo do estado reduz para 20% sua capacidade de decisão sobre a empresa. Resultado: saneamento 62 Abril/18

básico enquanto política pública foi definitivamente para o ralo. Enquanto nossos reais vão para Nova York, nosso esgoto continua indo para o Tietê. Pagamos pelo que deixam de fazer e pelo desastre que estão nos proporcionando. Sim, porque esse governo de São Paulo gasta bilhões de reais para despoluir um rio que vai continuar a receber nosso esgoto. Ah, sem nos esquecer de que os recursos que o governo diz investir nessa manobra saem dos impostos que pagamos. Com essa nova autorização, dada pelos deputados de São Paulo para que o controle da SABESP passe para a iniciativa privada, tanto a produção e distribuição de água quanto o tratamento do esgoto, passam para o domínio da holding de empresas www.universozn.com.br

que vão controlar a SABESP. Bem, penso que alguma instituição de defesa do consumidor pode entrar com uma representação contra a cobrança indevida pela etapa relativa ao esgoto. Quem sabe, se algum representante do Ministério Público Estadual ou mesmo do Federal, que tanto tem feito nesses últimos anos para que a sociedade possa desfrutar de relações de transparência entre público e privado, que pelo menos exija que conste na conta de cobrança o local onde está sendo tratado o esgoto recolhido, e que de preferencia a informação seja expressão da verdade. Nossa água não pode ser tratada como sujeira sob o tapete, nem a relação de produção e consumo estabelecida nesse negócio deve ser vista sob olhares de leniência por parte das autoridades competentes.


CRÔNICA Marcelo Nocelli, escritor e editor - mnocelli@uol.com.br

A analista Lembro-me que antigamente, quando se falava em psicanalista ou análise, associávamos esta possibilidade apenas aos ricos, aos que tinham condições de pagar por esta “extravagância”. Frescura. Pobre se cura dos problemas da mente trabalhando, sem tempo para pensar na própria existência; uma boa faxina ocupa a mente, cansa o corpo e no fim do dia já fez você esquecer todos os seus problemas. Ainda assim, nos tempos em que eu era criança, talvez uma criança imperativa (naquela época ainda não haviam nomeado esta condição), quem sabe um menino mais “levado”, ou mesmo inquieto, minha mãe achou por bem me levar ao médico: “o menino fala e anda o tempo todo e não consegue ficar parado por mais de dez segundos. Os únicos momentos de alguma tranquilidade são quando ele está com um gibi nas mãos, ou rabiscando algum papel, ou vendo desenhos na tevê, mesmo assim, não chega a ficar vinte minutos na mesma atividade. O médico sugeriu alguns exames, entre eles um eletroencefalograma, que não apontou nenhuma anomalia. (Eu contava dez anos, na época). Diante dos resultados, o médico sugeriu que minha mãe me levasse a um psicanalista. E apesar desses murmúrios na família, de que análise era coisa para rico, minha mãe resolveu seguir as orientações médicas. Chegamos ao consultório, na Av. Paulista, no fim de uma tarde chuvosa de inverno. Na porta, a última no fim do corredor de um prédio comercial, apenas uma placa: entre sem bater. Não havia ninguém na sala de espera. Sentamos, eu ao lado da minha mãe. Ela folheando umas revistas, eu apreensivo, numa mistura de medo e curiosidade. Depois de uns cinco minutos, um adoles-

cente sai pela porta, sorridente, se despedindo da médica. Uma jovem senhora, bela, alta, chique, de mãos delicadas e unhas não tão compridas, com esmalte claro, cabelos negros presos num coque, saia abaixo dos joelhos, camisa com um decote discreto e uma sandália de salto, com os dedos dos pés perfeitos e unhas pintados na mesma cor das mãos. Era a mulher mais bonita e elegante que eu já havia visto. Ainda que naquela época eu não soubesse ao certo o que queria dizer “elegante”. Quando passamos pela porta, que a doutora fechou atrás de mim, deixando minha mãe na recepção, eu vi duas salas; numa delas havia um divã com uma poltrona ao lado e uma pequena mesa de escritório. Na outra, um pouco maior, diversos brinquedos, cadernos, lápis de cor e desenhos para colorir espalhados pelo chão. A doutora perguntou se eu gostaria de brincar com algo. Olhei para o divã e respondi que preferia deitar ali e falar dos meus problemas, como eu via nos filmes. Ela gesticulou apontando o divã e disse para eu ficar à vontade. Deitei e desandei a falar coisas sem sentido, bobagens das mais variadas, exibindo toda a minha infantilidade natural da idade. Depois comecei a rir sem parar, gargalhar e, por fim, fiquei envergonhado, me perguntando se realmente não estava mesmo louco. Aí fiquei com medo. Pedi desculpas à doutora, mas ela não disse nada. Apenas olhava. Então resolvi falar das coisas que me incomodavam, das angústias que sentia. Falei dos medos. Do ciúme que sentia da minha mãe, e do medo do abandono. Da necessidade de chamar atenção. Fui falando meio sem querer. Depois a timidez e a vergonha me dominaram e não tive coragem de falar mais nada. www.universozn.com.br

Ela encerrou a sessão e marcou um retorno para a semana seguinte. Na segunda visita eu disse que gostaria muito de contar para ela algumas coisas que não tinha coragem de falar com ninguém, mas tinha vergonha. Ela então sugeriu que eu escrevesse. Tentei escrever, mas sem muito sucesso. Apenas algumas linhas que não expressavam o que realmente gostaria de dizer. Perguntei se poderia escrever em casa e trazer na próxima consulta. Ela concordou. E assim foi, durante seis meses eu escrevia em casa e no consultório nós conversávamos a respeito do que eu havia escrito. Seis meses, com um encontro por semana, foi o tempo que a doutora achou conveniente para me dar alta. Eu mesmo me sentia bem melhor, mais calmo. O tratamento me curou. Escrever virou um ótimo remédio. Lembro-me que no último dia entreguei a última carta, mas pedi a ela que lesse somente depois que eu tivesse saído. A carta era uma declaração de amor e, entre outras coisas, dizia que ela era a mulher mais linda que eu já havia conhecido. Terminava a carta dizendo que a amava e que, vez ou outra, em casa, era nela que eu pensava. Depois disso não tive mais notícias da doutora. Nunca consegui esquecer aquele rosto lindo e sério, tirando e recolocando os óculos. Os olhos escuros, complacentes. O movimento das mãos. Os dedos dos pés, que ela mexia de um jeito único, dentro das sandálias e para onde eu olhava, sempre que baixava a cabeça, imaginando que, a qualquer momento, tiraria as sandálias para pisar descalça naquele tapete felpudo. Isso nunca aconteceu. A não ser em meus pensamentos e, bem mais tarde, num conto de ficção que escrevi. Escrever ainda me cura.

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ONDE ENCONTRAR ••• SANTANA Panificadora e Conf. Condessa - Rua Cons. Saraiva, 696 - Tel. 2959-3747 Brasília Small Town Flat - Rua Dr. Olavo Egídio, 420 - Tel. 2281-3355 Banca São Camilo - Rua Vol. da Pátria, 3749 - Tel. 2972-0762 Grão Expresso – (24hs) - Rua Vol. da Pátria, 3558 - Tel. 2978-4420 MS Boulanger Pães, Doc. e Conv. - Rua Pedro Doll, 451 - Tel. 2959-4948 Francisca Júlia Pães e Doces - Rua Francisca Júlia, 428 - Tel. 2950-5102 Carmel By-The-Sea - Rua Voluntários da Pátria, 972 - Tel. 2221-2800 La Brunet Pães, Doces Empório - Rua Pedro Doll, 115 - Tel. 2977-6777 Revistaria Oficina Cultural - Rua Augusto Tolle, 1029 - Tel.: 2950-2982 Banca Trevo - Rua Leite de Moraes, 42 - Tel. 2973-8373 Casa das Cópias - Rua Gabriel Piza, 339 - Tel. 3569-4049 Copiadora Zona Norte - Rua Vol. da Pátria, 1615 - Tel. 2221-6044 Banca Get - Rua Vol. da Pátria, 4573 Banca Santa Terezinha - Rua Cons. Moreira de Barros, 930 Empada Brasil Petrópolis - Rua Dr. Cesar, 243 - Tel. 2977-6896 Gran Royalle Casa de Pães e Piz. - Av. Braz Leme, 2.335 - Tel. 2959-519 5 à Sec – Santana - Av. Braz Leme, 2032 - Tel. 2950-4166 KROKE Salgados - Rua Damiana da Cunha, 411 - Tel. 2283-1561 Banca Império - Rua Aluísio Azevedo, 16 - Tel. 2281-7578 Banca Copacabana - Rua Copacabana, 13 - Tel. 2959-3619 APCD - Rua Vol. da Pátria, 547 - Tel. 2223-2320 Hotel Brasília Small Town - Rua Olavo Egidio, 411 Quinta do Grão Cafeteria - Rua Vol. da Pátria, 1284 - lj. 4 - Tel. 2532-4854 Banca Salete - Rua Alfredo Pujol, alt. nº 149 - Tel. 3463-3970 ••• ÁGUA FRIA Banca Leal - Rua Aureliano Leal, 11 - Tel. 2977-9486 Ponto Quente Padaria - Av. Água Fria, 1520 - Tel. 2994-2974 Esfiharia Yereván - Rua Capitão Alberto M. Jr, 26 - Tel. 2283-2147 Leal News Revistaria - Rua Aureliano Leal, 462 - Tel. 3375-6510 Killu’s Grill Restaurante - Rua Cristóvão Vaz, 43 - Tel. 2973-1058 Banca do Anibal - Rua Ismael Néri, 810 - Tel. 2262-6707 Óticas Cantareira - Rua Mtro. João G. Araujo, 85 - Tel. 3530-0100 ••• JARDIM FRANÇA Confeitaria Paris - Rua Vaz Muniz, 776 - Tel. 2203-1755 Padaria Mercúrio - Rua Altinópolis, 289 - Tel. 2973-7171 Banca Altinópolis - Rua Altinópolis, 45 - Tel. 2950-6126 ••• JARDIM SÃO PAULO Banca Fênix - Rua Gaspar Soares, 26 - Tel. 2950-6030 La Verte Pães e Doces - Av. Nova Cantareira, 320 - Tel. 2977-4466 5 à Sec – Posto Jd.S.Paulo - Av. N.Cantareira, 428 - Lj. 5 - Tel. 3467-9753 Estado-Luso Pães e Doces - Av. Águas de S. Pedro, 298 - Tel. 2977-2491 Lar do Queijo - Av. Águas de São Pedro, 284 - Tel. 2959-0487 North Beer - Av. Luiz D. Villares, 1543 - Tel. 2950-0304 Sabor Natural - Av. Leôncio Magalhães, 1297 - Tel. 2978-7369 ••• PARADA INGLESA O Costellone Churrascaria - Av. Luiz D. Villares, 542 - Tel. 2979-4024 Banca da Ilha – (24hs) - Av. Luiz Dumont Villares, 770 - Tel. 2979-7868 Banca Duduca – (24hs) - Av. Ataliba Leonel, fte. 2292 - Tel. 2978-8931 Bondbico Galeteria - Av. Gal. Ataliba Leonel, 2493 - Tel. 2579-2875 Auto Posto Marv - Av. Gal. Ataliba Leonel, 2451 - Tel. 2950-0374 ••• MANDAQUI Algarve Pães e Doces - Rua Salvador Tolezano, 823 - Tel. 2231-7104 Banca Vitória Régia - Rua Salvador Tolezano, 820 - Tel. 2231-6839 Pastelaria Victória Brasileira - Av. Santa Inês, 806 - Tel. 2991-4390

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5 à Sec – Mandaqui - Av. Santa Inês, 916 - Tel. 4306-2878 Flor do Mandaqui Pães e Doces - Av. Zumkeller, 140 - Tel. 2231-4020 Pães e Doces Dona Ruth - Rua Av. Zunkeller, 507 - Tel. 2208-0920 Banca do Luís - Av. Eng. C. Álvares, 4935 - Tel. 3791-1933 Panetteria ZN - Av. Eng. C. Álvares, 4740 - Tel. 2236-6000 ••• IMIRIM Panificadora Docinho - Rua Francisca Biriba, 743 - Tel. 2236-3814 Banca Consolata - Av. Imirim, 1463 - Tel. 2255-0435 ••• LAUZANE PAULISTA D’Art Pães e Doces - Av. do Guacá, 718 - Tel. 2976-8579 Mister Pão - Av. Guacá, 435 - Tel. 2255-7278 5 à Sec – Lauzane Paulista - Av. Cons. M. Barros, 1969 - Tel. 2208-3725 ••• CASA VERDE A Lareira – (24hs) - Av. Deputado E. Carlos, 718 - Tel. 3858-1281 Banca Faria 1 - Av. Casa Verde, 1.330 - Tel. 3955-0417 Banca Reims - Rua Dr. Ribas Botelho, 70 Padaria Favos de Mél - Rua Reims, 594 Auto Posto Um de Nossa Sra. de Fátima - Av. Casa Verde, 2111 ••• TREMEMBÉ Revistaria Rec. da Cultura - Av. Luiz C. G.Laet, 100 - lj.3 - Tel. 2994-3166 Banca Jair - Pça Mariquinha Sciascia, 17 Revistaria Tremembé - Av. Maria A. L. Azevedo, 28 - Tel. 2261-2300 Revistaria Novo Milênio - Rua Mamud Rahd, 973 - Tel. 2996-1070 Banca Omini - Av. Maria A. L. Azevedo, 749 - Tel. 2204-6459 Banca da Vila - Av. Sen. José E. Moraes, 776 - Tel. 2952-8244 Banca Arco Íris - Rua Com. Armando Pereira - Tel. 2953-7163 Parque Lions - Rua Alcindo B. de Assis, 500 - Tel. 2203-5837 ••• TUCURUVI 5 à Sec - Av. Nova Cantareira, 3265 A - Tel. 2261-5781 Arcos da Cantareira Chur. e Piz. - Av. N. Cantareira, 3297 - Tel. 2204-0963 Banca Nova Cantareira - Av. Nova Cantareira, 4700 - Tel. 2262-8086 Banca Barro Branco - Av. Nova Cantareira, 3255 - Tel. 2991-2429 Banca Presidente - Av. Nova Cantareira, 2419 - Tel. 2204-2813 Raviolitália Rotisserie - Av. Nova Cantareira, 1182 - Tel. 2976-3249 Banca Castelo - Av. Tucuruvi, 55 - Tel. 98179-7589 Banca Mazzei - Av. Mazzei, 307 - Tel. 2261-1869 Restaurante Recanto Zona Norte - Av. Mazzei, 563 - Tel. 3729-0540 ••• VILA MARIA Banca Conceição - Av. Conceição, 1267 - Tel. 2901-7516 Queluz Pães & Cia - Rua Curuçá, 1342 - Tel. 2954-3121 Banca Pelegrino - Praça Santo Eduardo, 33 - Tel. 2636-8540 Banca Santo Eduardo - Praça Santo Eduardo, 212 - Tel. 2955-5847 Donavilla Restaurante e Pizzaria - Av. Cerejeiras, 41 - Tel. 2954-8841 Panificadora Nova S. Antônio - Praça Cosmorama, 2 - Tel. 2954-3090 ••• VILA GUILHERME Banca Gea - lado B. Itaú - Rua Maria Cândida, 1083 - Tel. 3483-4162 Banca 3 Mosqueteiros - Rua Chico Pontes, 529 - Tel. 2909-2691 Banca da Nanda - Rua Maria Cândida, 1419 - Tel. 2619-3121 ••• JARDIM TREMEMBÉ Banca Osvaldo B. Santos - Rua Manuel Gaya, 1232 - Tel. 3452-4934 ••• SERRA DA CANTAREIRA O Velhão - Estrada de Sta. Inês, 3000 - Tel. 4485-1964 Empório São Benedito - Av. José Gianesella, 1500 - Tel. 4485-4857

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REFLEXÃO Jailson Lima, Pastor da Igreja Presbiteriana Atalaia - jailsonlima77@gmail.com

O que é a verdade? Certa vez, o governador de uma província romana encerrou um breve diálogo com um prisioneiro condenado à morte perguntando-lhe: “O que é a verdade?” e, em seguida, se retirou de sua presença. Para além de toda a querela que a pergunta em si já provoca, chama a atenção o fato de que o governador não esperava uma resposta, uma vez que não deu a seu interlocutor a chance de respondê-lo. Na verdade, a “pergunta” se tratava de uma afirmativa. Estava ali alguém que não acreditava na verdade, ou, como se costuma dizer hoje, em uma verdade. A afirmativa disfarçada de pergunta buscava reivindicar como verdade absoluta o fato de que não existe verdade absoluta, mas que toda verdade é relativa. Confuso, não acha? Para falar a verdade, este artifício é mesmo contraditório e falacioso! O episódio mencionado acima ocorreu há cerca de dois mil anos, mas continua sendo uma marca de nossos tempos. Noutra ocasião, agonizei ao ouvir a resposta de um jovem universitário a uma enquete. A pergunta era “a verdade é relativa ou absoluta?”. O jovem entrevistado respondeu que a verdade era relativa. Então, o entrevistador perguntou se sua resposta era uma verdade absoluta, ao que o jovem respondeu: “É absoluta para mim!”. Não sei quanto a você que lê este artigo, mas não consigo ver maior coerência na expressão “absoluta para mim” do que em expressões do tipo “solteiro casado” e “quadrado redondo de três lados”. Por que será que isso acontece?

É obra do acaso ou é algo planejado e construído? Deixo para o leitor a possibilidade de dedicar seu tempo na tentativa de oferecer respostas a essas perguntas. De minha parte, estou optando por considerar o seguinte: o problema está aí, é real e temos que lidar com ele, em casa, na criação de nossos filhos, no desenvolvimento de nosso trabalho e projetos diversos, em nossos relacionamentos interpessoais, em nossa religiosidade etc. A nova pergunta que proponho é: vamos mesmo orientar todas as áreas da nossa vida baseados na premissa (absolutista, diga-se de passagem) de que não existe verdade absoluta, apenas verdades subjetivas? Até quando essa premissa se sustentará? Note. Se não existe essa coisa de verdade, mas apenas verdades, então a verdade de um estuprador de criancinhas (ou seja, a verdade segundo a qual não há nada de intrinsecamente mal em estuprar criancinhas) é tão válida quanto a verdade de quem afirma indignado que tal ato é uma atrocidade. Se não existe verdade, não existe conhecimento verdadeiro sobre nada, nem mesmo possibilidade de afirmarmos o que é certo ou errado. O poeta e dramaturgo Ariano Suassuna resumiu a questão do seguinte modo: “Um marco de minha vida foi a leitura de uma frase de ‘Os Irmãos Karamazov’: ‘Se Deus não existe, tudo é permitido’. Sartre tirou essa dúvida, porque a frase é duvidosa. Ele disse: ‘Deus não existe, portanto tudo é permitido’. Eu tirei a conclusão contrária, eu digo que nem tudo é permitido e portanto www.universozn.com.br

Deus existe. Ou a norma moral tem um fundamento absoluto, ou ficaria ao sabor da opinião individual de todo mundo, inclusive de estupradores e assassinos”. Certamente, você não gostaria de viver “ao sabor da opinião individual de estupradores e assassinos” sobre o que é a verdade e, consequentemente, sobre o que é certo ou errado, não é? Imagino que não. Você se lembra da conversa entre o governador romano e seu prisioneiro? Aquele governador estava diante de um dilema moral. Ele não sabia o que fazer com aquele prisioneiro, pois não via nele crime algum. Diante do dilema moral entre o que é certo e errado, aquele homem apelou para o relativismo: “o que é a verdade?”. Ele simplesmente insinuou que, por não podermos afirmar o que é a verdade, ele não estava obrigado a agir de forma certa ou errada e entregou para a morte um prisioneiro que ele sabia ser inocente. Este fato está registrado no Evangelho de João (capítulo 18 e início do capítulo 19). O governador é Pilatos e o prisioneiro é Jesus, que lhe havia dito: “para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz”. Existe sim a verdade. Ela é estabelecida por aquele que disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (João 14.6). Até quando vamos apelar para o relativismo diante da verdade e do dilema moral imposto pela seguinte questão: “o que faremos diante daquele que é a própria verdade?” Pense nisso.

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