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MundO. Praga é eleita a cidade mais bonita do mundo

A mAis bonitA de todAs

Praga recebeu o título Pela timeout e desbancou cidades como nova York e Paris

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Capital da República Tcheca, Praga foi eleita a cidade mais bonita do mundo pela tradicional publicação Time Out, que tem sede em Londres e Nova York. A cidade superou as finalistas Nova York, Paris e Chicago no ranking divulgado neste ano. Mais de 27 mil pessoas de todo o mundo participaram da votação e desses, segundo a publicação, 83% elegeram Praga entre as demais concorrentes.

Motivos não faltam. Ao subir na ponte Carlos, sobre o Rio Moldava, e passar algum tempo ali em companhia das 30 estátuas barrocas, que representam santos e patronos, é possível sentir que, além de linda, Praga está rodeada de lendas e histórias. Há quem até a considere a “Paris do Leste”, deixando-se levar pela estrutura em torno do rio, prédios clássicos em volta, pontes em sequência e, olhando para o alto, o Castelo de Praga, que guarda nas suas dependências

a Catedral de São Vito, gótica, com belos vitrais e, entre eles, uma rosácea, como a da Notre Dame da Paris francesa. Outros a chamam de A Cidade das Cem Torres ou a Cidade Dourada e o melhor jeito de descobrir porque é subir a colina do castelo e conferir com os próprios olhos.

Talvez o que mais encante em Praga, em comparação a outros destinos turísticos, seja justamente o fato de ela não ser tão conhecida pelo Ocidente, principalmente pelo período em que esteve atrás da Cortina de Ferro. A capital da Boêmia já integrou o império Austro Húngaro e, depois da Primeira Guerra Mundial, o bloco soviético. Foi palco da Primavera de Praga, em 1968, movimento de oposição à URSS, reprimida pelos exércitos soviéticos, como narrado em A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera. Em

1989, foi a vez da Revolução de Veludo, quando saiu do bloco soviético e, em 1993, tornou-se a capital da República Tcheca, depois da divisão pacífica da Tchecoslováquia.

Praga é um mosaico de estilos e escolas arquitetônicas, que foram deixando suas marcas, como o Românico, o Gótico, o Renascentista, o Barroco, o Rococó, o Clássico e o Imperial, o Historicista, o Renascimento Mourisco, o ArtNoveau, o Cubismo e o Rondocubismo, o Funcionalista e o Comunista, e criando uma franca convivência entre o relógio astrológico e a casa que dança, a ponte e o castelo, a terra e o rio. Vale se perder por lá e descobrir sozinho a beleza da cidade-mãe de Franz Kafka.

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