REVISTA SALT :: EDIÇÃO #03

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julho DE 2012 | Nº 03 WWW.REVISTASALT.COM.BR DISTRIBUição GRATUITA

verão2013 Calçados | Moda | Mercado 1


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Encantar para competir

índice

imagem ilustrativa

O consumo inconsciente

arquivo de Gilberto strunck

30|comportamento - Veja as atitudes que as empresas podem tomar para agregarem valor aos serviços oferecidos.

08|entrevista - Gilberto Strunck, designer e autor do livro “Compras por Impulso” fala sobre o consumo imediato e como o varejo pode explorá-lo de uma maneira mais eficaz.

Marcas que fazem valer

Empreendedorismo verde 36|

mercaDO - As empresas também podem adotar medidas que, além de fortalecer seu nome, ajudam a presevar o meio ambiente. imagem ilustrativa

16|mercado - Entenda como o apreço pela marca está ligado, principalmente, ao estilo de vida do consumidor.

Primavera / Verão 2013 rafael dias

20|moda | Iara Rangel - Confira os materiais, estampas e demais detalhes de modelagem que serão tendências nas próximas estações.

22|moda 4

As roupas e calçados da modelo Giovanna Furletti revelam uma tendência despojada para o verão 2013


índice

Comunicação na web 42|mercado - Aproveitar a internet para ações de comunicação não demanda altos investimentos, como em outras mídias, e pode atingir um público ainda maior.

As redes sociais

44|mercado - Twitter, Facebook,

Mapa da moda BERLIM 48|Na capital da Alemanha a moda é expressiva há mais de 100 anos. Escolas de moda e grandes feiras fazem de Berlim uma referência multifacetada, ousada, inovadora e atemporal.

A febre dos sneakers

Linked In, entre outras redes sociais são excelentes canais de comunicação entre a empresa e o cliente.

Tiragem - 10.000 exemplares Distribuição - Gratuita Circulação - Nacional Impressão - EGL Editora

Marca e Consumidor

46|mercado - Aproveitar as redes sociais para divulgar promoções podem aumentar as vendas e fortalecer a marca.

Diretora Geral e Comercial Hellen Viegas Diretor de Arte Mateus Moreira Jornalista Responsável Mateus Moreira (MG-09505-JP) Reportagens Alexandre Dutra (MG-12783-JP) Fotografia (Capa e editorial de moda) Rafael Dias Maquiagem Isis Rezende Produção de Moda Loja Meio Expediente - Lagoa da Prata / MG Colaboradores desta edição Godo Frêdo (humor), Iara Rangel e Joyce Amaral

52|moda | Anotações da joyce - Foi-se o tempo em que os tênis de cano alto, eram exclusivos dos skatistas e metaleiros. Com a plataforma imbutida, o snearker é a nova tentação das mulheres.

Como agradar uma mulher 54|godo frêdo | humor - Através de pontuações, saiba como fazer a mulher feliz.

Redação e Correspondência Av. José João Rodrigues, 1135, Fausto Pinto da Fonseca CEP: 35519-000 - Nova serrana / MG salt@revistasalt.com.br Para Anunciar comercial@revistasalt.com.br Tel.: (37) 3228-9514 A revista Salt é uma publicação da Salt Comunicação e Editora Ltda. A revista Salt não se responsabiliza pelas opiniões, artigos e conceitos emitidos nos textos assinados e/ou anúncios, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es).

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caro leitor, A terceira edição da revista Salt traz uma entrevista exclusiva com Gilberto Strunck. Designer, professor e autor de vários livros voltados para publicitários e profissionais do marketing e do varejo, ele mostra o funcionamento das compras por impulso e como o lojista pode explorá-la da melhor forma. Tanto na entrevista como na reportagem seguinte podemos entender o processo de valorização da marca e como algumas empresas fizeram com que ela tornasse

seu maior patrimônio. Hoje, vemos consumidores que defendem a marca preferida como se fosse propriedade deles. Nesses casos, o logotipo passa a ser até um meio de expressão da personalidade. A reportagem “Encantar para Competir” também serve de complemento à entrevista de Strunck. Com dicas para prender a atenção do cliente, somados a iniciativas ecológicas que sua empresa pode tomar (ver “Empreendedorismo Verde”), ela passará a

ser não só uma referência para o consumidor, como também para toda a sociedade. Nas colunas de moda você fica por dentro das tendências de cores, texturas e calçados das próximas estações, com destaque para os sneakers a nova preferência das mulheres. BOA LEITURA! Mateus Moreira, Diretor de Redação

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ENTREVISTA

imagens ilustrativas | fotos: arquivo de gilberto strunck

O consumo inconsciente Entenda como o ato de comprar por impulso se transformou em objeto de estudo do marketing moderno e o motivo da sedução ter passado a ser a arma mais poderosa na máquina de vendas

Despertar o desejo e criar a sensação de necessidade no consumidor em poucos segundos - este é o objetivo das campanhas no varejo para alcançar as compras compras por impulso. Mas para chegar neste ponto, são necessárias estratégias de marketing que estudam o comportamento do consumidor a fim de fisgá-lo pelo inconsciente. Para isso, técnicas de comunicação visual que exploram a criatividade e prendem a atenção surgem como eficazes recursos. Para falar do assunto, ninguém melhor que o designer gráfico e professor, Gilberto Strunck, autor do livro “Compras por Impulso”, lançado no final do ano passado pela editora 2AB. Entre outros cinco títulos acerca dos temas mercado e design, o último lançamento do autor é um verdadeiro guia para aqueles que buscam novas estratégias para vender mais. A obra atinge também profissionais do marketing, design gráfico, comunicação e publicidade. De acordo com Strunck, o Brasil é o país com o maior índice de compras por impulso do mundo. Esta ascensão no

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ranking se deve ao crescimento da demanda, alavancado pelo aumento da renda nas classes C, D e E. Em uma entrevista exclusiva, o designer conta que a fórmula para o êxito nas vendas é compreender o comportamento do consumidor, somados aos atrativos e as razões para se adquirir um produto. A lógica parece simples, no entanto, exige-se um amplo conhecimento de mercado, do produto e do consumidor. Salt - Como você define o perfil do consumidor atual? Gilberto Strunck - Fazer compras tornou-se um hábito que o consumidor passou a exercitar em seu dia. Antigamente, comprava-se somente o necessário. Hoje, com o aumento da renda, o brasileiro, de todas as classes de um modo geral, se viu na condição de gastar com superficialidades. Com isso, prazer e lazer tornaram-se fatores de motivação para o consumo. O consumidor atual é assim: compra impulsionado pela ocasião. O consumo varia inteiramente de acordo com a percepção

daquilo que comprou ao estar em situações diferentes. Às vezes pagamos R$ 2,00 em uma lata de refrigerante em um bar. À noite, em um restaurante pagamos R$ 5,00 pelo mesmo produto e consideramos justo. Salt - “Consumidor gasoso” é uma expressão muito utilizada em suas palestras e entrevistas em outros meios de comunicação. Do que se trata? GS - Este termo surgiu de observações diárias que fiz do comportamento do consumidor. Trata-se daqueles que são como partículas sem volume, sem forma e que se movem aleatoriamente, tal como o gás. Existem tantas opções de compra que deixamos de ser alguém que está em um único local para estar infiltrado em diversos lugares simultaneamente. Hoje é possível comprar pela TV, pelo telefone e pela internet ao mesmo tempo. Mas para atrair este tipo de consumidor é preciso que as marcas ofereçam possibilidades novas e eficazes de interação com seu público. Sendo assim, se faz necessário que as empresas atualizem as tecnologias que permitem esses recursos.


ENTREVISTA

Salt - Fazer compras por impulso é preocupante? GS - Não. Toda pessoa normal compra por impulso. Quando fazemos compras em um supermercado sem levarmos uma lista, por exemplo, a probabilidade de comprar itens que não prevíamos é muito grande. E mesmo com as anotações é comum comprarmos o que não está no papel. O problema é a compulsão. Isso sim é preocupante. No Brasil, estima-se que 10% da movimentação no comércio referem-se às compras por impulso. Isso é um número significativo. Imagina o que representaria a queda dessa porcentagem em nossa economia? Se a população diminuir o ritmo de compras, todos saem perdendo: o varejo, a indústria, os colaboradores e os próprios consumidores. Neste sentido, o consumo é uma coisa boa. Mas a fronteira entre o consumo e o consumismo é algo que devemos conhecer profundamente para evitar exageros e prejuízos. E vale lembrar que esta compra não está ligada ao valor do produto. Eu posso comprar por impulso desde um chiclete a um apartamento.

“Tanto no Brasil, como em toda parte do mundo, as pessoas ainda querem ter a experiência de ir à loja, conferir o produto e fechar a compra ali, pois o ato de comprar é visto também como uma diversão”

Salt - Há alguma receita que possa ser aplicada? GS - Não há um método específico. Primeiramente é preciso chamar a atenção do cliente, despertar o desejo e justificá-lo com alguma alternativa racional, para transformá-lo em uma necessidade. Cada varejo tem um ciclo próprio de visitação. O ideal é que a cada 20 dias se faça uma nova atração na loja, seja ela uma promoção ou uma decoração temática que destaque algum produto específico ou uma linha. Se a loja não mudar, o cliente vai direto ao ponto e não olha para mais nada, já que ele sabe onde fica cada coisa. Quando o espaço oferece mais atrações o consumidor passa a rodar mais dentro da loja. Salt - Promoções ajudam a promover a compra por impulso? GS - Com certeza. A gente compra o que a gente vê e a promoção cria uma vi-

Gilberto Strunck é um premiado designer, sócio-fundador da agência DIA Comunicação, Professor da EBA/UFRJ e autor de diversos livros, artigos e trabalhos sobre design.

sibilidade maior do produto. Geralmente, ela traz uma oferta de preço, brinde ou sorteio. E esta combinação de visibilidade e ganho estimula a pessoa a comprar. É claro que tem que ser algo dentro do universo de desejos do cliente. Um vegetariano, por exemplo, não se sentiria seduzido a consumir carne. Salt - Preço, características do produto e ocasião. Qual fator mais influencia na compra? GS - Todo conjunto é importante, mas a ocasião é fundamental, pois o preço nada mais é que uma equação de valor. Um copo d’água no deserto valerá muito mais. Ou seja, a percepção do preço depende da situação que existe ou que se cria. Do outro lado do balcão existem pessoas que estão em constante estado de compra. São personagens distintos, com gostos diferentes e que realizam compras em diversas situações, assumindo papéis diferentes: de pai, marido, filho, colega de trabalho ou amigo. Para cada ocasião ele estará disposto a pagar um determinado preço. Na compra por impulso a sedução é essencial. Cabe ao vendedor tornar desejado aquilo que se tem para vender. Salt - E o visual do produto, também tem importância? GS - Com certeza! Ao visualizar uma vitrine atraente o consumidor pode entrar, mesmo sem dinheiro, e adquirir algo com a possibilidade de utilizar um cartão de crédito. Até este momento, as decisões foram tomadas no nível irracional. A razão passa a trabalhar quando o cliente experimenta a roupa, sente o caimento e o tecido. A atenção da pessoa para o produto muitas vezes é dificultada quando este se posiciona em meio a milhares de outros. É preciso desenvolver alguma apresentação, quer seja um cartaz ou destacar o preço, para conseguir alguns segundos de atenção da pessoa e, ao mesmo tempo, oferecer algo que justifique racionalmente a compra. O design do produto também conta. A indús-

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ENTREVISTA

tria criativa promove uma venda além do produto em si. Ela vende, junto com ele, todos os valores que podem ser expressos em seu aspecto visual. O design do produto e de sua identidade visual é fundamental na construção das informações do objeto. É importante que o governo invista nessa indústria criativa, na qual o design faz parte. Atualmente, formam-se no Brasil mais de 8 mil profissionais ligados a essa atividade. Além da qualidade deste ensino ter melhorado significativamente em comparação há 10 anos, nota-se que é um mercado em constante crescimento. Salt - Como o senhor avalia o design brasileiro atual? GS - Hoje, temos designers que se destacam internacionalmente. Os irmãos Campana são exemplo disso. Há pouco tempo, eles assinaram uma coleção da Melissa que foi um sucesso em vendas no Brasil e no exterior. Do ponto de vista da criação, vejo o design brasileiro nive-

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lado com o que de melhor se faz por aí. Mas quando falamos em design como um negócio, ainda é uma atividade que requer maiores investimentos, pois o retorno é comprovadamente satisfatório. Salt - Nos dias de hoje, quais os maiores desafios enfrentados pelas grandes marcas? GS - As grandes empresas costumam promover anualmente estudos que identificam os valores de suas marcas. Há casos em que a marca vale muito mais que o produto. O objetivo é agregar valor a ela para conseguir sua expansão para outros negócios. Hoje, o Nescau, por exemplo, não é apenas achocolatado em pó. Podemos ver o emblema em biscoitos, cereais matinais e barras de chocolate. O grande desafio das marcas é justamente esse: o de expansão. Com uma marca conhecida, isso se torna mais barato e mais produtivo. Mas para tornar a marca conhecida é preciso estabelecer relacionamentos. Criar vínculos com o público a que se destina. Há dez anos, a comunicação entre a marca e o consumidor era unilateral. Apenas a empresa falava o que o pro-

duto oferecia e o consumidor apenas ouvia. Hoje, com o advento da internet, essa relação tornou-se bilateral. O consumidor pode falar com a empresa e isso, além de promover uma aproximação, gerou maior fidelização. Outro grande desafio é aprender a interagir com o consumidor. Para as grandes marcas, essa adaptação é tão difícil quanto necessária. O maior erro que uma marca pode cometer é continuar acreditando na questão do público-alvo. Esse público é genérico e, atualmente, a regra é falar com pessoas específicas. É preciso pensar nessa pessoa como compradora (que tipo de atitude tem quando compra para alguém) e também como consumidor (como age quando compra para si). Temos dentro de nós o desejo latente de experimentar outras coisas. Quem administra a marca deve pensar em como manter esse relacionamento. Salt - A tecnologia também tem auxiliado na compra por impulso ou ela tem afugentado os consumidores? GS - Acho que a tecnologia tem que


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ser usada de uma forma transparente. Se o anúncio oferecer mais do que ele realmente proporciona, pode assustar o comprador. A tecnologia tem que servir de suporte para propiciar o encantamento do consumidor e para fornecer informações completas e de qualidade sobre o produto. Há 30 anos, a comunicação da marca partia de uma agência de publicidade. Hoje, temos tantas ferramentas e linguagens de comunicação diferentes que é difícil encontrar uma única estrutura que domine bem todas elas. Essas mídias mais recentes ainda são complexas de administrar. As pessoas já têm consciência disso e o problema maior está em como fazer a divisão de marketing para cada canal. Salt - O consumidor americano já tinha o hábito de comprar por catálogos. Talvez seja por isso que ele se adaptou melhor às compras online, que também dispensam as lojas físicas. Como o brasileiro se adaptou ao mercado virtual? GS - Primeiro vale considerar que nos Estados Unidos os dados antropométricos sempre foram mais precisos. Lá, as numerações dos calçados e roupas são padronizadas e aqui variavam muito de um fabricante para outro. Por isso o brasileiro não desvinculou tanto das lojas “não virtuais”, onde ele pode conferir os tamanhos. Outro fator é uma logística bem mais eficaz, o que garante uma entrega mais rápida. A economia estável também favoreceu as compras à distância nos EUA, pois o preço não oscilava tanto como aqui. Hoje, temos uma inflação mais controlada e uma melhoria considerável na logística, que viabilizaram a credibilidade dos canais virtuais de compra que, consequentemente, ganharam mais expressão. Salt - Mas o ponto de venda ainda tem sua importância? GS - Total! Tanto no Brasil como em toda parte do mundo as pessoas ainda querem ter a experiência de ir à loja, con-

ferir o produto e fechar a compra ali, pois o ato de comprar é visto também como uma diversão. Os sites, em muitos casos, servem apenas para pesquisas de preços. Na internet, o estímulo é apenas visual e sonoro, enquanto na loja, as experiências sensoriais são completas: pode-se ter contato com o cheiro, o sabor e o tato. E ainda tem a presença do vendedor que deve estar apto para estimular ainda mais as sensações de desejo e necessidade do cliente.

COMPRAS POR IMpULSO O livro de Gilberto Strunck, “Compras por Impulso”, editora 2AB, explica quais os mecanismos envolvidos no processo deste consumo repentino e inconsciente. As estratégias que as empresas podem adotar para explorar essa modalidade de compra também são destacadas na obra. Recheado de conteúdos e conceitos relacionados ao design no varejo, trade marketing, merchandising e muitos outros temas, Strunck organizou o livro em quatro partes: Conhecer, Planejar, Fazer e a quarta, e última, com uma pitada bastante inusitada de humor denominada: “E… os finalmentes”. A leitura é dinâmica, com dados muito relevantes como a porcentagem de participação que nosso inconsciente tem em nossas decisões no dia a dia; a porcentagem que a comunicação comercial direciona ao sentido da visão e uma comparação entre como o modo de comunicação antigo e o novo, consolidam a originalidade do conteúdo.

Em Curitiba, Gilberto Strunck exibe o livro no lançamento feito pela Livraria Cultura

contatos | gilberto strunck www.diacm.com.br (11) 3065-2999 (São Paulo) diasp@diacm.com.br (21) 3235-8000 (Rio de Janeiro) diarj@diacm.com.br diafortaleza@diacm.com.br

Com 224 páginas e preço sugerido de R$ 65,00, esta é a quinta publicação do autor. As outras quatro obras, consideradas referência em design, são “Identidade Visual, a Direção do Olhar”, “Marca Registrada”, “Viver de Design” e “Como Criar Identidades Visuais para Marcas de Sucesso”.

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OPINIÃO por Gilberto Strunck

O tempo, os homens, o dinheiro e o impulso

O tempo É fascinante observar o fenômeno da sensação de que o tempo está passando mais rápido em nossa sociedade. Num piscar de olhos, o ano está acabando e já começamos a fazer planos para o próximo. Os resultados do terceiro estudo sobre o Comportamento do Consumidor em Super e Hipermercados, realizado pelo Popai Brasil e que acabam de ser divulgados, expressam claramente isto. Basta comparar os números do primeiro estudo, realizado em 1998, com os atuais. Em 1998, o tempo médio de permanência nessas lojas era de 1h e 18 minutos. Agora, a duração é de apenas 34 minutos. Em outras palavras: compramos 129% mais rápido! Naquele ano, tínhamos mais tempo para passear nas lojas, o que considerávamos um programa, pois 71% das pessoas faziam compras acompanhadas. Hoje, 70% vão sozinhas às lojas. A proporção, literalmente, se inverteu. Outro ponto: na primeira pesquisa, 75% dos compradores passavam por todas as seções das lojas. Atualmente, apenas 38% o fazem.

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Os homens Sempre consideramos as mulheres compradoras profissionais, enquanto os homens são “os amadores”, que compram supérfluos e não têm o menor interesse por essa atividade. Mas vejam só que interessante: no período de cerca de uma década, entre uma pesquisa e outra, a presença de homens comprando subiu de 15% para 32%, ou seja, mais do que dobrou! Pode ser até que ainda não saibamos comprar... mas estamos tentando bastante!

O dinheiro Creio que vai ser uma surpresa para você, mas 58% das compras são pagas em dinheiro vivo. Só 18% das pessoas usam cartões de crédito, 15% cartões de débito e 5% cartões de supermercados. Disto, podemos deduzir que existe uma quantidade gigantesca de pessoas no Brasil que não têm acesso a serviços bancários e ainda não tiveram como chegar às facilidades (e às responsabilidades!) que os cartões de crédito nos proporcionam.

O impulso Continuamos comprando muito por impulso. O número exato: 125% itens a mais do que pretendíamos comprar ao entrar nas lojas, sendo que 76% das escolhas das marcas são realizadas dentro do ponto de venda. O interessante é que a quantidade de produtos mais do que dobra, mas o ticket médio não. A intenção de gastar aferida, de R$ 45,60, varia apenas em mais R$ 0,30, quando comparada com o valor efetivamente gasto. Logo, nas lojas as pessoas estão optando por mercadorias mais baratas ou embalagens reduzidas, de forma a que suas compras aumentem em itens, mas permaneçam dentro dos seus orçamentos. Estes são apenas alguns dados de uma pesquisa riquíssima, que traz informações fundamentais para as empresas atuarem melhor nesse modelo de ponto de venda, apresentando sempre novidades que seduzam compradores cada vez mais apressados.

Gilberto Strunck é Sócio-Diretor da DIA Comunicação. Autor de vários livros sobre design, é professor da UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Conselheiro do POPAI Brasil e membro do Bord Internacional desta entidade.


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MERCADo

fotos / imagens: divulgação

Marcas que fazem valer A simpatia pela marca está atrelada à construção de valores e ao estilo de vida motivos de inspiração, não apenas nos segmentos de moda. Quando uma marca alcança esse patamar é necessário ainda mais responsabilidade, afinal seu consumidor quer ser bem tratado e poder interagir. Saber valorizá-lo pode render bons frutos, além de conquistar novos clientes.

SIMBOLOGIA São vários os motivos pelos quais o consumidor elege uma marca como sua preferida. Muitas vezes, ela se torna uma bandeira levantada pelo consumidor, que deixa de ser apenas quem compra e se transforma em fã, amigo, defensor ou embaixador da marca. O estilo das roupas, os preços ou até a decoração da loja fazem com que as pessoas sintam-se atraídas por determinado produto. Em um tempo em que a informação é tão ágil e tudo parece tão efêmero e volátil, perceber que as pessoas ainda buscam uma identidade e procuram traduzir isso na maneira de se vestir e com produtos com os quais se identificam, chama atenção. Ao longo de suas trajetórias, algumas marcas atingiram um nível de relacionamento diferenciado com seus clientes e hoje são

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O objetivo da marca não é vender um produto, mas vender uma idéia, uma história ou um discurso que apela ao coração. Ela é algo maior que o produto, uma vez que é uma promessa de felicidade. É por causa dos signos e símbolos comunicados pela grife que o produto torna-se vendável. A marca tenta nos convencer que ao consumirmos seus produtos podemos ter uma gratificação imediata. É um apelo ao coração e à mente. Se estivermos tristes, em depressão ou entediados basta irmos ao shopping e comprar os produtos que desejamos para recuperar o equilíbrio emocional. “Não há nada mais prazeroso do que comprar o que se tem vontade. Adquirir um produto da nossa marca preferida dá uma sensação de satisfação, até de felicidade”,

revelou o estudante de relações internacionais, Ygor Danilo Lisboa. O argumento do estudante não é apenas uma opinião, é algo que tem explicações científicas. Estudos da neurociência mostraram que o consumo de uma marca estimula o núcleo accumbens, que pertence ao sistema límbico e funciona como o centro do prazer. Suas células nervosas são ativadas por um neurotransmissor, a dopamina, levando à liberação dos chamados opiáceos endógenos produzidos pelo próprio organismo. Estas substâncias estão associadas à sensação de prazer e bem-estar. Dessa forma, o consumo de uma marca, além de suprir um desejo e uma necessidade, causa prazer e torna o indivíduo alegre e feliz.

Marcas e produtos As marcas humanizam os produtos, tornando-os conhecidos e confiáveis até que eles façam parte do nosso eu. Elas atendem nossas necessidades e desejos como se fossem amigos de infância. Algumas pessoas, inclusive, consomem uma marca por toda a vida.


MERCADo

É a partir da marca que o indivíduo procura adquirir certo status social. Por esta razão, as marcas são, antes de tudo, signos que devem ser interpretados. Elas são referências e símbolos que emitimos aos outros. As marcas criam significados e procuram representar quem somos. Mais importante que os produtos são os valores que as marcas veiculam. A marca carrega os valores e a identidade da empresa e serão estes valores e identidade que o consumidor almejará ter. Quem compra um MAC não busca apenas um computador. O mesmo ocorre com a Harley-Davidson, que é bem mais que uma motocicleta. O fato é: o consumidor procura o valor agregado do produto e não o produto em si. Compradores do MAC buscam qualidade, design, status, assim como os da Harley-Davison procuram estilo, liberdade, prazer. Fazer com que as pessoas se identifiquem com o produto de forma que não apenas o reconheçam, mas defendam com todas as suas forças, é o principal desafio da gestão de identidade de uma marca. Com o advento da internet e a tecnologia de comunicação digital dentro das redes sociais, os fãs têm um papel vital na potencialização desse saudável relacionamento. Marcas fortes como Coca-Cola, Nike e Chanel, estabeleceram-se como identidades globais graças a direcionamentos bem definidos de seu posicionamento perante as exigências mercadológicas. Nessas marcas, o que se percebe é um engajamento para o estreitamento da relação. Seja em grandes ou pequenas ações, todas valorizam o trato com seus clientes, fãs ou não. E para fidelizar o cliente e torná-lo um defensor da sua grife, vale tudo: desde enviar presentes de aniversários a promover encontros, exposições, concursos ou sorteios de produtos para eles.

Gerenciamento Gerenciar uma marca não é apenas gerir a apresentação visual de uma empresa, mas também direcionar de forma adequada

recursos visuais, verbais e sensoriais de toda instituição e em múltiplos aspectos. A sensação do público diante da imagem da organização através de um produto, atendimento ou mesmo diante de uma campanha publicitária deve ser homogênea. O maior pecado que uma empresa pode cometer com seu mercado consumidor é vender uma imagem que não remete à realidade. De nada adianta, por exemplo, a imagem de uma instituição organizada se o cliente, na hora da verdade, percebe que era apenas um jogo publicitário e sai insatisfeito. “Gerenciar identidades é gerir sensações que a imagem da empresa prega e que obrigatoriamente deve cumprir em todos os momentos e em todos os níveis. A sociedade está afoita por novidades. Os produtos já são muito similares. O que irá diferenciar a marca A e B são os aspectos sensoriais e os apelos simbólicos que ela irá provocar nos consumidores”, apontou o especialista em comportamento do consumidor, Rafael Bretas. O professor de marketing e autor da pesquisa intitulada Exploring Identity Salience and Purchase Intent (Explorando a Identidade e o Poder de Compra), Americus Reed, observa que uma estratégia de marketing bem-sucedida voltada para a identidade, como a da Nike, consiste em três vínculos fundamentais, que incluem o consumidor, a identidade e a marca. “Se esses vínculos forem construídos, então eles criam conexões autoconceituais que podem gerar resultados de marketing vantajosos para as empresas que forem habilidosas o suficiente para incorporar a identidade em sua estratégia”, diz. Em sua pesquisa, Reed analisa detalhadamente a questão da identidade da marca, examinando os acionadores que

As marcas em destaque estão entre as 10 melhores, de acordo com o ranking da Interbrand. A lista é elaborada com base em uma metodologia que analisa três aspectos principais: desempenho financeiro: desempenho financeiro dos produtos ou serviços da marca, papel dela no processo de decisão de compra e sua força para continuar garantindo receita para a empresa.

levam os consumidores a se identificarem com um produto, marca ou logomarca e se tornarem fiéis a eles. A identificação social com família, grupos religiosos, ocupação ou gênero parece ter uma forte influência nos padrões de compra dos consumidores e, consequentemente, também nos esforços de marketing dos anunciantes. O trabalho afirma que por meio da “formação da preferência simbólica” (isto é, fazer com que os consumidores gostem da oferta de um produto porque ele é atraente ao estilo de vida que têm ou querem ter) as empresas podem criar uma propaganda mais eficaz e persuasiva. Essa proximidade entre consumidor e produto está relacionada a qualquer segmento, seja uma roupa, um carro ou um refrigerante. Isso irá ocorrer com maior frequência quando a marca conseguir estabelecer pontos de contato com o cliente. É preciso satisfazer o consumidor constantemente para que eles desenvolvam um afeto pela marca. O bom trabalho de marketing maximiza a percepção de satisfação com a marca de tal forma que o consumidor passa a nutrir um carinho especial por ela. É preciso valorizar esse contato porque adquirir um determinado produto ultrapassa a simples experiência de compra e venda. 

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MERCADo

formação de estilos

“Just Do It”. Essas três palavras curtas conseguem transmitir uma mensagem poderosa da Nike. Por meio da repetição de imagens memoráveis, como a de jogadores de basquete ensopados de suor, corredores ofegantes e outras imagens do gênero, as campanhas publicitárias da empresa de artigos esportivos e tênis tornaram-se sinônimo de identidade atlética. O fato da logomarca da Nike ser fortemente vista como um símbolo de pessoa atlética, tornou-a um “sinal de identidade” desse estilo de vida.

A marca Harley-Davidson é reverenciada como um ícone americano símbolo do espírito de liberdade. A marca não depende de publicidade ou de outras técnicas tradicionais de marketing como necessitam as empresas automotivas. A maioria das concessionárias vende um meio de transporte, a Harley Davidson vende um estilo de vida.

Para alguns, Steve Jobs é um homem bem sucedido e bastante criativo, o que já lhe rende grande dose de respeito. Entretanto, para alguns fãs, Jobs ganha uma aura iluminada, assumindo uma posição divina que, até hoje, só foi ocupada por Jesus Cristo, Buda e figuras religiosas milenares.

Existem meninas tão apaixonadas por Melissas a ponto de escreverem blogs específicos sobre o assunto e manterem álbuns no Flickr apenas para postar fotos de seus sapatinhos tão amados. É todo um universo girando ao redor da marca (quase uma sociedade secreta). Isso já evidencia que ela é mais do que uma marca, é um estilo de vida!

Uma das marcas mais antigas, mas que apesar disso continua “saudável e refrescante” como há 100 anos, é a Coca-Cola. Os slogans do refrigerante sempre valorizam a fruição e receptividade do prazer. Dessa forma, quando a empresa cria slogans como “Sempre Coca-Cola”, “Viva o lado Coca-Cola da vida”, “Sua felicidade transforma”, “Gostoso é viver”, ela associa o refrigerante ao lado prazeroso da vida.

Considerada uma das forças do movimento feminista do começo do século passado, Mademoiselle Coco Chanel criou uma moda atemporal e elegante, ostentada até os dias de hoje, fazendo de sua marca um sinônimo de elegância e conforto.

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MODA

fotos: divulgação

por iara rangel

ESTUDO DAS TENDÊNCIAS

Primavera - Verão 2013 O verão 2013 é baseado em dois estilos bem distintos de mulheres, sendo a primeira guiada pela forte tendência “Étnica Chic”, com recortes assimétricos, bordados coloridos, amarrações na canela, saltos de madeira, cortiça e corda. A outra mulher da estação segue pelo caminho “Lady Like” dos bicos finos, pedrarias, tiras delicadas e rasteiras com saltinhos. As inspirações e tendências são tantas que podem acabar se misturando. Afinal, porque não uma scarpin de salto fino bordada com miçangas coloridas? Ela pode unir duas mulheres em uma só! O importante nas tendências é saber identificar qual delas é tangível ao público-alvo da empresa, seja ela uma fábrica ou uma loja. Algumas tendências são muito efêmeras e nem sempre conseguem acompanhar o tempo que o produto fica em um catálogo ou vitrine. Mesmo assim, são elas que impulsionam os negócios, fazendo o comércio girar. Assim o importante é estar sempre ligado no que está por vir para não errar! Acompanhe então, de forma detalhada, o estudo das tendências primavera Verão 2013:

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TIRAS

RECORTES

As tiras voltaram para deixar os pés mais delicados e elegantes. Abandonada em coleções passadas as tiras retornam com força total, sejam elas usadas em pouca ou grande quantidade, preenchendo todo o pé. Destaque para cabedais com tiras metalizadas de vários tons e tiras multicores.

Bem divididos em duas categorias, os recortes aparecem bem fortes no estilo étnico, com sobreposições triangulares e ovais, ou em curvas que se assemelham à natureza, como pétalas de flores e arabescos.

AMARRAÇÕES Influência da forte tendência étnica, os modelos de amarrar na canela são característicos da estação. As amarrações podem passar por todo o pé ou só mesmo na parte traseira, finalizando na canela.


MODA

PLÁSTICO Aposta de várias grifes clássicas como Louis Vuitton, Sérgio Rossi, Manolo Blahnik e Dolce e Gabanna, o plástico está bem trabalhado junto ao couro, ou apenas em tiras recortadas do própio material. Por essa tendência não ter um grande apelo comercial, a identificação com o públicoalvo de sua coleção é essencial.

FLORAL

TRANSPARÊNCIA

Falar de floral no verão é quase uma redundância. Sempre presente, a característica da vez é a personalização. Com a facilidade das estampas digitais, cada vez mais acessíveis, o interessante é desenvolver sua própria padronagem de acordo com o público-alvo da sua marca. Além disso, a aplicação de recortes de flores em tecido, como enfeites nos cabedais, garante um charme a mais.

Para as não adeptas ao plástico e às tiras, outra maneira de deixar os pés à mostra são as transparências. Materiais como rendas, telinhas e tules são usados para manter o “falso” efeito de pés decotados.

ESTAMPA DE COBRA Carimbada em três estações consecutivas, a estampa de cobra é um clássico que aos poucos substitui a forte tendência das onças . O destaque das cobras no verão é que, além de suas cores tradicionais nos tons de marrom, preto e cinza, elas vêm multicoloridas em uma só pele, deixando o sapato colorido com a utilização de um mesmo material.

APLICAÇÕES DE CRAVOS, TACHAS E HOTFIX Com a ajuda da tecnologia, a aplicação de cravos e hotfix deixam os sapatos com cara de feito a mão. A delicadeza e precisão da colagem ou aplicação dos enfeites agregam valor em qualquer tipo de modelagem . Essas aplicações também estão sendo usadas em fachetes de anabelas e saltos.

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MODA

PEDRARIAS O strass vem em todos os tamanhos, formatos e cores, desde o delicado até caixas com pedras grandes. Aposte em modelos em que a pedraria se destaca do cabedal.

BORDADOS Divididos em dois estilos, os bordados seguem uma linha mais chique com tons metalizados, paetês e miçangas finas ou podem seguir a tendência étnica, com miçangas coloridas, formando desenhos estilizados.

CORTIÇA E CORDA Estes materiais são as melhores pedidas para os fachetes da estação. No caso da corda, uma inovação é usá-la tingida ao invés da cor natural tradicional. Já para a cortiça, a estampa da vez é mais aberta e com leves riscos, substituindo a cortiça de rolha das estações passadas. O interessante é conjugar esses dois materiais, não só nos fachetes, mas também na palmilha e no cabedal.

Iara Rangel é designer de calçados e atua no desenvolvimento e planejamento das coleções de fábricas em Nova Serrana e região. Contato: iara_rangel@yahoo.com.br

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verãohomeStyle

Giovanna Furletti Rafael dias Isis Rezende balaio de gato - belo horizonte/mg thaís araújo Rua Aristides Ferreira do Amaral, 143, Jardim Padre Libério - Nova Serrana/MG (37) 3225-9800 - flyon@flyon.com.br / www.flyon.com.br

diversas marcas - Loja meio expediente - lagoa da prata / mg 26


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Calçado: Thaís Araújo

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Calçado: Thaís Araújo

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Calçado: Thaís Araújo

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Calçado: Thaís Araújo

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comportamento

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fotos: divulgação | imagens ilustrativas


comportamento

Serviços que agregam valores e agradam os clientes

de clientes, pois permite que você interaja com eles um maior número de vezes, oferecendo suporte, soluções adicionais e validando aspectos fundamentais da sua proposta de valor. Este processo estreita o vínculo e incrementa a relação de confiança entre o cliente e sua empresa. Acredite, a maioria dos clientes sente-se abandonada após a compra”.

Planejamento

As empresas já aprenderam a terceirizar o que não é o foco do seu negócio, a vender produtos com qualidade, a criar serviços especializados e a trabalhar de maneira orientada a processos. Mas em meio a tudo isso, parece que muitas esqueceram o mais importante: atender às expectativas dos seus clientes. A lista de situações adversas que podem ocorrer quando contratamos um serviço é enorme. E com os consumidores cada vez mais exigentes e conscientes dos seus direitos, a tendência é que essa lista continue a crescer. As empresas prestadoras de serviço precisam estar preparadas para lidar com isso.

No varejo, bom atendimento, preço competitivo e produtos de qualidade não são mais suficientes para atrair e encantar os clientes. Há outros elementos que agregam valor à loja, tais como conforto, localização ou serviços de relacionamento. Possuir uma área, dentro do layout da loja, onde o cliente possa sentar-se, folhear uma revista, tomar um café e, simplesmente, descansar ou esperar por alguém que está fazendo uma escolha, pode ser um serviço relevante. Um embrulho para presente, um petisco, arredondar centavos no caixa, chamar o cliente pelo nome, estacionamento grátis, cartão fidelidade, brindes e cortesias, são exemplos que podem ser agregados ao ponto de venda para proporcionar uma experiência de compra agradável e inesquecível ao consumidor. Quem nunca entrou numa farmácia para comprar um remédio e saiu de lá com uma revista, um brinquedo para o bichinho de estimação e a recarga do celular efetivada? O consumidor quer ter a sua vida facilitada e isso significa, além de disponibilizar o que ele quer, surpreendê-lo. O autor do best seller “Atitudes Vencedoras”, Carlos Hilsdorf, acredita que atender às expectativas dos clientes através de um serviço apropriado e cativante é capaz de incrementar a lucratividade das relações comerciais. “Mesmo que um produto seja líder de mercado, não pode e não deve estar desamparado de uma excelente estratégia de serviços associados. Esta estratégia incrementa a fidelização

Um dos fatores benéficos do planejamento é que ele consegue dinamizar as ações e os serviços que poderão ser oferecidos ao longo do ano. Uma boa dica é utilizar o calendário das faces do varejo, que tem como base as datas comemorativas. Essas datas podem guiar o comerciante e suas ações podem ser direcionadas. Aquele presente que não foi vendido no Dia das Mães pode ser reformulado e virar um belo kit de Dia dos Namorados. A consultoria prestada pelos atendentes também pode ser um grande atrativo para os clientes e um fator decisivo no momento da compra. Para isso, é necessário investir em capacitação. Quando um vendedor está capacitado para ser um consultor, ele irá fazer uma série de perguntas para entender o contexto do cliente e ajudá-lo. Com o surgimento do comércio eletrônico, o atendimento consultivo tornou-se o principal diferencial do varejo. De acordo com o especialista em varejo, Rafael Bretas, as lojas físicas possuem três grandes vantagens se comparadas aos sites e portais de compras: poder manusear os produtos, comprá-los na hora e consultoria dos atendentes. No entanto, Bretas explica que manusear os produtos e comprá-los na hora, qualquer loja física irá disponibilizar. Com isso, o atendimento consultivo é o que irá diferenciar um ponto de venda dos demais. “São os atendentes e os serviços oferecidos os grandes diferenciais”, conclui. 

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comportamento

e vi t e A rotineira pergunta: “posso ajudar?”, quando alguém se aproxima das vitrines ou entra na loja O cliente prefere se sentir livre para escolher o vendedor, que deve, no entanto, estar atento e solícito. A resposta para essa pergunta, invariavelmente, será: “Não, estou só olhando!”.

Grupinhos de vendedores no fundo da loja O cliente certamente se sentirá um intruso ou aquele que chega para incomodar.

A frase: “se não gostar, pode trocar” na conclusão da venda O que é dito para um cliente deve vir sempre de maneira positiva. Se for um presente, por exemplo, melhor dizer algo como: “tenho certeza de que a pessoa vai gostar, mas se quiser outro tamanho ou modelo, basta retornar à loja”.

Oferecer produtos adicionais sem retirá-los das prateleiras Os produtos devem ser manuseados à vontade pelo cliente. Lembre-se que itens como cheiro, tato, apelo visual podem ser decisivos no momento da compra.

Mentir sobre o produto ou serviço A transparência nas vendas garante credibilidade e gera confiança nos consumidores.

Filas e Demora no atendimento A rapidez no atendimento e na solução dos problemas evita o acúmulo de pessoas nas filas e isso faz com que o cliente não tenha preguiça de comparecer à loja.

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mercado

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imagens ilustrativas


mercado

No novo capitalismo, todo mundo sai lucrando: empresas, consumidores e, principalmente, o planeta

A divulgação de notícias relacionadas ao aquecimento global, desmatamento e crimes ambientais pela mídia, tem criado uma consciência ecológica cada vez maior nos consumidores. Assim, é de se esperar que os consumidores prefiram os produtos e serviços das empresas ambientalmente responsáveis. São tantas possibilidades de crescimento através do empreendedorismo verde, que esta prática sustentável já é comparada ao boom da internet, quando empresas como Yahoo! e Google começavam a ganhar dinheiro da noite para o dia. Uma sondagem feita em todo o Brasil, pelo Sebrae Nacional, no ano passado, com mais de 3 mil empresários (de micro e pequeno porte), avaliou o nível da percepção sobre os temas Sustentabilidade e Meio Ambiente. O levantamento constatou que em 68% dos depoimentos, foram identificadas algumas ações sustentáveis como controle de energia, gasto de papel e coleta seletiva. “Desenvolver a sustentabilidade empresarial pressupõe que a empresa seja rentável, gere resultados econômicos e contribua para o desenvolvimento da sociedade”, diz Anízio Dutra Viana, gerente de acesso à Inovação e à Sustentabilidade do Sebrae-MG.

Para ele, a inserção de práticas sustentáveis nos negócios é fator determinante de competitividade, uma vez que as exigências do mercado estão mais rígidas e os consumidores mais exigentes. A decisão de mudança passa pelo processo de reconhecimento interno, por empresários e funcionários, deixando evidente que a adoção da prática da sustentabilidade oferece diferentes vantagens, inclusive a de ganhos financeiros.

Lucrando com a sustentabilidade A responsabilidade ambiental, além de trazer benefícios tributários como já ocorre com os produtos da linha branca com

menor consumo de energia e com os veículos bicombustíveis, que contam com a isenção/redução do IPI, também trazem vantagens em relação aos consumidores. Para o negócio dar certo, empreendedorismo e preocupação com o ambiente devem andar de mãos dadas. “Tornar-se verde não é apenas ajudar o planeta, mas ajudar todas as pessoas com quem dividimos o planeta”, afirmou Glenn Croston, autor do livro Starting Green - From Business Plan to Profits (“Começando verde - do plano de negócios aos lucros”). Produtos e serviços que colaborem para que cada pessoa diminua seu impacto na natureza são cada vez mais necessários e estão se tornando, por sorte, cada vez mais comuns. Afinal, com eles, todos ganham: os consumidores, os empreendedores e o mundo em que vivemos. Desta forma, vale a pena para as empresas, inclusive as micro e pequenas, adotar práticas e procedimentos ambientalmente responsáveis, pois agindo dessa forma elas terão não apenas vantagens tributárias, mas o que é mais importante: conquistarão os consumidores preocupados com este tema. 

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mercado

O Guia EXAME Sustentabilidade é a mais conceituada publicação do país em responsabilidade social corporativa e, anualmente, divulga a relação das empresas com as melhores práticas de sustentabilidade. Em 2011, a Unilever Brasil foi eleita a empresa-modelo pela publicação devido a dois pontos fortes. No uso de recursos naturais, o destaque apontado foi relacionado ao programa para monitorar o consumo de água, papel, energia elétrica e combustíveis fósseis das operações, além das metas para continuar a redução. Em Gestão e Sustentabilidade, a Unilever destacou-se por possuir um comitê de sustentabilidade que se reporta ao conselho de administração e possui uma diretoria para tratar do tema. O Guia já está em sua 13ª edição e qualquer empresa pode participar, seja ela privada ou pública, de capital aberto ou fechado, grande, média ou pequena. A organização que desejar participar, basta preencher o questionário disponível no site exame.abril.com.br. Outras empresas também são exemplos de sustentabilidade e ganham visibilidade por estarem atentas ao empreendedorismo verde. Confira abaixo as ações de cada uma delas:

Accor - No primeiro dia de trabalho, os funcionários aprendem que ações relacionadas à sustentabilidade precisam ser incorporadas ao dia a dia de suas atividades.

Acesita - A empresa investe em programa júnior para estudantes do ensino médio. O desafio é melhorar a qualificação de sua própria mão de obra.

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Natura -

Pioneira em sustentabilidade no Brasil, a empresa possui um dos programas de neutralização de carbono mais eficazes.

Philips - Para ganhar mercado, a subsidiária brasileira aposta em equipamentos que consomem menos energia.

Promon - A empresa dissemina o conceito de “edifício verde” e exige que seus fornecedores também adotem práticas sustentáveis nos negócios.

Arcelor - Investe 270 milhões de reais em programas de gestão ambiental e reduz o uso de insumos não renováveis na produção de aço.

Amanco - Reduzir o consumo de água e de outros insumos é uma obrigação que afeta diretamente o bolso de seus executivos.

Elektro - Com o projeto Energia Comunitária, a empresa colabora para a reurba-

nização de áreas pobres e melhora a qualidade de vida de milhares de pessoas nas cidades onde atua.

IBM - Incentiva o uso da capacidade ociosa de computadores em pesquisas voltadas para a saúde e o meio ambiente.

Suzano - Ao adotar o conceito de sustentabilidade, a Suzano conseguiu expandir a produção e valorizar suas ações na Bovespa. Para dizer ao mundo inteiro que uma empresa é, de fato, sustentável, antes de propagandas ou qualquer outra coisa, é necessário que o conceito esteja incorporado aos processos internos e, principalmente, que esteja inserido aos valores corporativos. A organização torna-se sustentável não pelo que fala, mas pelo que faz. Dever de casa pronto, aí sim, pode se pensar em ferramentas e mecanismos que possibilitem lucro, ainda mais agora que a sustentabilidade está na crista da onda.


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mercado

imagens ilustrativas

comunicação na web: economia e eficiência Ações de comunicação na internet não demandem investimentos tão altos quanto outras mídias e podem atingir um público ainda maior

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mercado

A comunicação na web conquista cada vez mais espaço e vem crescendo de forma estrondosa. As agências estão apostando em ferramentas oferecidas pela internet capazes de ampliar a interação entre marca e consumidor. Porém, o contato entre esses dois polos vai além de um simples “curtir” ou “retweet”. Um dos fatores que contribuiu para o crescimento de investimentos realizados na internet são as formas de medir os resultados. Com sistemas de cadastros de usuários, análise de banco de dados e relatórios on-line fica mais fácil gerenciar dados e traçar o perfil do consumidor para definir estratégias futuras. As ações de comunicação na internet buscam estreitar a relação emotiva entre marca e consumidor, sendo uma via de mão dupla. Ao mesmo tempo em que a empresa quer um retorno rápido, o cliente participa de forma ativa do processo de comunicação, se tornando mais crítico em relação ao produto ofertado. As estratégias são diversas, porém é preciso ficar atento, porque uma boa estratégia pode fazer um site alcançar milhares de visitas enquanto uma não muito boa pode fazer com que o cliente fique insatisfeito.

Em muitas ações, as empresas focam obter acessos o que nem sempre dá o resultado esperado, pois o público e o foco não estão bem definidos.

Dados Um total de 79% dos internautas brasileiros realiza buscas na internet a partir de ações de Marketing e Publicidade offline. A informação é do estudo do Google e da iProspect Brasil, que verificaram o comportamento de pesquisa dos consumidores na web. O levantamento ouviu duas mil pessoas entre 14 e 45 anos, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba, Brasília, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, São José dos Campos e São José do Rio Preto. Segundo o estudo, 85% dos entrevistados realizam buscas na internet diariamente. O impacto das ações offline influencia mais os consumidores do que o boca a boca/indicação (53%), anúncios em TV (51%) e em revistas e jornais (35%). Entre as informações mais procuradas estão descontos especiais (40%) e sites de produtos ou serviços (33%). Quase metade dos internautas (47%) procura pelo nome do produto ou serviço oferecido, 30%, sobre a empresa e 7% buscam o

slogan do anúncio. Em 75% dos casos, os sites de buscas atendem às necessidades dos consumidores. Os resultados do estudo permitem que as companhias conheçam melhor o perfil do internauta brasileiro e elaborem estratégias mais assertivas, que integrem ações online e offline.

Características As ações de comunicação na internet se caracterizam, principalmente, pelo efeito rápido, através da criação de campanhas promocionais que permitem a divulgação dos produtos e serviços da empresa para um público-alvo segmentado. Essa segmentação permite passar para uma segunda fase - a personalização. Nela, é possível programar a comunicação cliente a cliente e a oferta de produtos e serviços dirigidos especificamente para cada cliente potencial em particular. As campanhas de comunicação na internet permitem conhecer e analisar os resultados com uma precisão surpreendente, mediante a quantificação de visitantes, respostas e a execução de técnicas de inteligência de negócios (Bussiness Intelligency). Outro item que merece destaque é a interatividade. A própria mídia torna o usuário um participante interativo, aumentando notavelmente seu interesse em relação a outros tipos de comunicação ou publicidade. A rápida interação entre os próprios internautas mediante a utilização de redes sociais e outras tecnologias disponíveis na internet permite um notável incremento nos níveis de divulgação que sua empresa pode obter, às vezes por um custo insignificante. O efeito viral é o que todas as empresas desejam: surpreender, ser pioneira e causar impacto. 

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mercado

As redes sociais no mundo corporativo Por que investir no marketing na Internet? Explosivo

aumento do número de usuários da internet em todas as camadas e perfis sociais.

Substituição

de outras formas de divulgação dos seus produtos (catálogos, guias, revistas técnicas), pela divulgação através da web, que proporciona mais eficiência e economia.

Imagine pessoas do mundo inteiro recomendando seus produtos. As mídias sociais estão aí para provar que isso é mesmo possível. Ao tratar de mídias e redes sociais, presume-se que pessoas estejam conectadas entre si, que barreiras foram transpostas e que os laços estreitaram. Suas ideias se propagam através de aceitações ou, no pior dos casos, rejeições mútuas. A mensagem é transmitida e passada adiante, chegando a um número impressionante de usuários. No entanto, é preciso atentar para possíveis problemas. Cuidado para não ser invasivo. Deve-se ter cautela

na hora de difundir sua mensagem e deixá-la fluir naturalmente sem correr o risco de prejudicar sua marca ou nome. Com muita criatividade e consciência, qualquer empresa pode divulgar seus serviços para um bom número de pessoas na web. Afinal de contas, a internet está aí para oferecer ferramentas de publicidade que cabem no bolso. Uma pesquisa publicada pelo Instituto Brasileiro de Inteligência de mercado (Ibramec) revelou que mais de 65% das empresas já utilizam as redes sociais como ferramenta de comunicação com clientes e prospects.

Notável

aumento das compras e negócios realizados pela internet.

Novas

modalidades de negócios tais como lojas e leilões virtuais.

Abertura de novos canais de comunicação com seus clientes.

Vantagens

competitivas: um pequeno empreendimento pode obter rapidamente uma presença na internet, comparável, e às vezes superior, a de um concorrentes de grande porte.

Explosivo crescimento das chamadas mídias sociais (Twitter, Facebook, Orkut e Youtube), que criam um efeito viral. Em questão de horas, é possível executar uma campanha promocional ou de descontos com uma penetração impensável até há poucos anos.

Globalização

do seu empreendimento seja ele de pequeno, médio, ou grande porte.

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Twitter, facebook e youtube são os preferidos

84%

Twitter

62%

Youtube

61%

facebook

45%

orkut

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linkedin

40%

blog

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flickr

8%

myspace

4%

ning


mercado

presença nas redes sociais O Instituto Brasileiro de Inteligência de Mercado (Ibramec) realizou uma pesquisa sobre a presença e uso das redes sociais com 251 empresas de médio e grande porte e constatou: 65% destas empresas já utilizam as redes sociais como ferramenta de comunicação com clientes e prospects. A onda do momento é o Twitter, que segundo Richard Lowenthal, diretor executivo do Ibramec, demanda menos esforço de atualização.

42%

Twitter

21%

blog

11%

facebook

8%

linkedin

9%

orkut

8%

Youtube

2%

flickr

1%

NIng

as oito mais relevantes

FONTE: IBRAMEC

Mesmo com uma alta adesão no mundo corporativo, as redes sociais ainda são vistas como um canal complementar de comunicação muito importante, mas não fundamental. Isso

porque a utilização destas ferramentas ainda está em fase de testes e as empresas buscam entender como isso realmente pode agregar valor ao seu negócio. 

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mercado

marca e consumidor Ações de comunicação na web incrementam a relação entre o produto e seu comprador As redes sociais fazem parte da tão falada Web 2.0 (segunda geração da World Wide Web) - tendência que reforça o conceito de troca de informações e colaboração dos internautas com sites e serviços virtuais. O “2.0” indica uma nova versão da internet, um novo capítulo, novos rumos para a grande rede. O objetivo é fornecer aos navegantes mais criatividade, compartilhamento de informação e, mais que tudo, colaboração entre eles, fazendo com que esses navegantes tomem parte nesta revolução. Com base nestes conceitos, explodiram serviços de relacionamentos sociais, páginas repletas de vídeos, wikis, blogs e outros serviços com um traço em comum: a participação efetiva do usuário nos dois sentidos do tráfego de informação: recebe-se conteúdo dinâmico e fornece-se o mesmo tipo de informação com a mesma facilidade. O mais interessante disto tudo é que não se trata de uma revolução tecnológica ou atualização brusca. É simplesmente uma mudança na maneira de promover conteúdo dinâmico através da internet. Ter um perfil no Twitter, Facebook, Orkut ou LinkedIn deixou de ser apenas passatempo e conquistou um novo público. Hoje, empresários, candidatos, empresas, meios de comunicação, usam esses canais como uma ferramenta para informarem e serem informados. A nova comunicação pede ações criativas e interativas. Ações do tipo: retuite esta mensagem e concorra a um sorteio de determinado produto ou siga o @algumacoisa e participe da promoção, fa-

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zem parte do dia a dia de todos nós que passamos horas na internet. Mas será que o seu seguidor está realmente interessado em participar desse tipo de ação? Já parou para pensar que ele está esperando muito mais do que sorteios online de produtos simples, que ele mesmo poderia adquirir por livre e espontânea vontade ou você simplesmente poderia dar ao invés de contar com a sorte dele? Simples sorteios e promoções já aconteciam em outras mídias há anos. Quem nunca mandou uma cartinha pelos correios para concorrer a prêmios? Não basta apenas mudar o veículo e o tipo de carta. É preciso algo inovador. Sortear par de ingressos ou chaveirinhos não é uma forma de interação original. Até porque se uma marca distribuir gratuitamente esses chaveiros para mil clientes ela terá mil pessoas fazendo propaganda involuntária da sua marca e não somente uma pessoa que pela sorte ganhou o sorteio na internet.


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MAPA DA MODA

A cidade é a capital de um país onde a moda é expressiva há mais de 100 anos. Escolas de moda e grandes feiras fazem de Berlim, uma referência multifacetada, ousada, inovadora e atemporal

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imagem ilustrativa | fotos: divulgação


MAPA DA MODA

Mais de 40 escolas de moda e feiras como a Mercedes-Benz FaschionWeek, a Bread & Butter, no Aeroporto de Tempelhof, em Berlim ou novos concorrentes internacionais como createurope mostram como a Alemanha – e especialmente Berlim – já se estabeleceu no cenário da moda mundial. Comprove você mesmo em sua próxima viagem que o estilista Karl Lagerfeld tinha razão quando dizia: “Não é possível escapar da moda. Pois mesmo quando a moda cai de moda, isso já é moda de novo”.

COMPRAS Pra quem busca designers e fashionistas locais, a designer Karen Hofstetter, indica em seu guia (Guia de Berlin), um passeio em Mitte. Desça na estação U8 ROSENTHALER PLATZ e siga a pé pela Rosenthaler Str. Para os interessados em móveis e decoração, vale uma espiada na Objets Trouvés, com peças vintage francesas. Passando pela Poti Poti, que sempre supreende com bons achados de sapatos ou acessórios, siga um pouco à frente, ao brechó Waahnsinn Belim, que reúne muitos metros quadrados de objetos de decoração, acessórios e roupas da época da DDR. Lojas internacionais como All Saints, Mango, H&M, American Apparel, Fred Perry, Weekend, entre outras também estão por ali. Na Weinmeisterstrabe você encontra a recém inaugurada Urban Outfitters queridinha de todos os descolados. E se estiver ali, não deixe de dar uma passadinha na COS - a loja premium e minimalista do mesmo grupo da H&M. Os curiosos e com estilo retrô não podem perder a Made in Belim: a “Meca” pra quem é chegado em um brechó. Para quem procura marcas de grife, recomenda-se a Kurfürstenstrabe, com suas grandes lojas de departamento: Peek&Cloppenburg e KaDeWe. No entanto o ambiente não é visto como o mais

aconchegante, pois o movimento lá é sempre intenso. A Friedrichstrabe também é uma opção para encontrar as maiores lojas da Zara, H&M, Galeria Lafayette e Quartier 206.

Os amantes de livros podem abrir a carteira feliz na loja da Editora Taschen, com preços muito amigáveis em títulos especiais e uma seção eterna em promoção.

points na web POTI POTI www.potipoti.com

WAAHNSINN BERLIN www.waahnsinn-berlin.de

ALL SAINTS www.allsaints.com

H&M www.hm.com

FRED PERRY www.fredperry.com

URBAN OUTFITTERS www.urbanoutfitters.com

COS www.cosstores.com

MADE IN BERLIN www.kleidermarkt.de

KADEWE www.kadewe.de

PEEK&CLOPPENBURG

berlim População: 3,47 milhões

www.peek-cloppenburg.de

Área (em km²): 891,82

GALERIA LAFAYETTE QUARTIER 206

Densidade demográfica (habitantes por km²): 3.893

www.galerieslafayette.de www.quartier206.com

Principais atividades econômicas: serviços, finanças e turismo.

TASCHEN STORE

Temperatura média anual: 9,5 °C Clima: temperado mesotérmico

www.taschen.com

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moda

fotos: divulgação

por Joyce amaral

s

O pioneiro

Esdra, Qix e Ellu

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falados Os sneakers são calçados mais incipale usados nos últimos tempos, pr embutimente os que tem a plataforma escendo da. O reino dos sneakers vem cr Na a uma velocidade inacreditável. alto, década de 90, os “tênis de cano s metaeram usados por skatistas e pelo nguém leiros. Até pouco tempo atrás ni kers, dava muita atenção para os snea inho no mas agora, virou o sapato querid guarda-roupa das famosas!

A febre dos sneakers Tudo começou quando a designer francesa Isabel Marant lançou um modelo totalmente inovador, com shape inusitado, e o diferencial: uma plataforma embutida, que fica disfarçada por causa do cano alto. O formato pode até parecer o mesmo, mas o salto embutido nos possibilita ganhar alguns centímetros a mais. Essa nova proposta de tênis foge completamente do estilo fitness, mas não abre mão de ser elegante.

Agora diversas outras marcas internacionais como Giuseppe Zanotti, Adidas Y-3, Marc by Marc Jacobs, Elena Iachi, Aldo, Jeffrey Campbell perceberam rapidamente o sucesso deste produto, inspiraram-se no modelo Isabel Marant e trataram de criar os seus próprios modelos. Porém hoje, eles aparecem reinventados como é o caso das marcas See by Chloé e Ash.

Marcas internacionais diversas


moda por joyce amaral

Nossos brasileirinhos

Marcas nacionais diversas

Ousados mas com moderação...

Esdra

No Brasil, foi lançado pela marca Esdra, em seguida pela Juliana Jabour, Schutz e Arezzo. s Essas lojas estão recheadas de listas de nome esperando pelos produtos que nem bem chegam ao comércio e já se esgotam. Uma enquete realizada por um blog de moda, feita com 667 pessoas, apontou que 51,87% delas usariam os calçados, 17,54% estavam na dúvida e 30,58% falaram que não. A marca Via Uno, Lilly’s Closet,Capodarte, aposta também nesse modelo que traz conforto e praticidade. Vários modelos foram apresentados na 21ª

Para as mais tradicionais que não querem ousar muito, a opção são os modelos de sola baixa, mas aproveitando os detalhes dos sneakers de salto embutido. Podemos aproveitar os metais, enfeites, materiais, cartela de cores. O bom é brincar e aproveitar as tendências lançadas pelas grandes marcas e criar o modelo para seu público-alvo.

Modelos trad

edição do Salão Internacional do Couro e do Calçado (SICC), em Gramado, no Rio Grande do Sul. Será que essa onda de sneakers pega no Brasil? “No início os lojistas não estavam apos que tando muito no modelo, mas depois viram cada vez mais as consumidoras estão pedindo esse tipo de sapato nas lojas”, explica Flávia Pires, gerente de marketing da Via Uno. Democráticos, eles combinam com todos os estilos, ficam bem com jeans e também com saias, shorts e vestidos. Apostem nessa tendência descolada e cheia de personalidade. Os tênis prometem ser o queridinho da temporada.

icionais

Joyce Amaral

é estilista com especialização em negócios de moda e atua como designer de calçados na Tiê Representações.

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GODO FRÊDO www.godofredo.com.br - acesse a página no facebook

Se você é casado ou pretende entrar para o time, é preciso saber que o segredo de tudo, ou quase tudo, está em fazer a sua mulher feliz. Para ajudá-lo foi criado esse sistema de pontos. Faça algo que ela gosta e você ganha pontos, do contrário, eles são subtraídos.

Grandes questões Ela pergunta ‘Eu estou gorda?’

(-1)

Você mentiu e disse que seria um

Você deixa a tampa da privada

filme francês de amor

levantada

(-135)

Você troca o papel higiênico que

(você perde um ponto de qualquer jeito!)

Você pensa antes de responder

(-10)

Você diz que gosta dela mesmo que ela esteja gorda

acabou

O aniversÁrio dela Você a leva para jantar fora

(-35)

Você diz que não

(-280)

não é o restaurante de sempre É um boteco

Você passa a festa ao lado dela Você vai beber com os amigos

(0)

(-2)

(0)

Você a leva para jantar fora e É o restaurante de sempre

VIDA Social

(+5)

(-3)

(-4)

Shirley é alta e magra Shirley o conhece

(-16)

(-180)

(-50)

Para ver o filme romântico que ela tanto queria ver

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Você ouve com expressão atenta

(0)

(+5)

(+10)

Ela percebe que você está dormindo de olhos abertos

(-320)

Para ver um filme que ela gosta e

Tarefas simples

você odeia

Você faz a cama

(-2) (+5)

(+8) (-15)

(0)

Você levanta de noite, mas o barulho não foi nada

(0)

Você levanta de noite e o barulho era de um rato

(+5)

Você mata o rato

(+10)

Não era propriamente um rato, era o hamster de estimação

(-40)

Passeios com amigos

(+1)

Você a leva para ver um filme que

Você faz a cama, mas esquece de

você gosta

trocar as fronhas

(-2)

você usa o outro banheiro

um barulho estranho

Comunicação

(+4)

(+6)

Quando acaba o lenço de papel

Você levanta de noite, pois ela ouviu

sem olhar pra TV

(+2)

(-1)

Mas retorna com cerveja

Você ouve por mais que 30 minutos

Você a leva para o cinema

o lenço de papel

Na chuva

sando a final do campeonato e o

Você ouve por 30 minutos

Uma noite fora

O papel higiênico acabou e você usa

papel higiênico que acabou

É um boteco e na TV está passeu time está ganhando

(0)

Você vai ao mercado e compra o

(-20)

Entre os amigos está uma mulher chamada Shirley

(-5)

(0)

Você sai com um amigo O amigo é solteiro

(-5)

(-14) (-27)

O filme se chama ‘O massacre da

Você faz a cama, mas esquece de

É cheio de namoradas

serra elétrica III’

trocar as fronhas e o lençol

O amigo dirige um conversível

(-13)

(-1)

(-80)


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