REVISTA SALT :: EDIÇÃO #08

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outubro DE 2013 | Nº 08 WWW.REVISTASALT.COM.BR DISTRIBUição GRATUITA

Calçados | Moda | Mercado 1


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índice

Mudanças na economia 04|entrevista - O presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pelizzaro Júnior, avalia a situação econômica do país e comenta sobre o controle de crédito, inadimplência e a desaceleração do mercado.

52|moda

A modelo Ana Luiza Resende, em um cenário

marcado pelo tradicionalismo das antigas fazendas, faz combinar o estilo moderno com a nova coleção da Izalu.

De olho na telinha 08|comportamento - Grande parte do consumo infantil é resultado das campanhas publicitárias veiculadas na TV. Esse estímulo pode garantir boas vendas e alimentar um ciclo de compras cada vez mais dinâmico.

Desperdício x lucratividade 12|gestão

- Melhore os resulta-

dos da sua empresa cortando gastos desnecessários e racionalizando seus recursos.

Crianças do Futuro Inverno 2014

A vez das Ankle Boots

16|moda|iara Rangel -

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Modelagem queridinha das celebridades, as ankle boots, ou seja, botas na altura do tornozelo, são cheias de estilo e versatilidade.

20|Comportamento - A forma das crianças se divertirem modificou com o passar do tempo e, hoje, o mercado está voltado para outra realidade. Confira como a tecnologia e a interatividade em produtos e brinquedos despertam o interesse dos pequenos.


Por uma VIDA mais PLENA 24 a 40|cidadania | moda - A Revista Salt, em parceria com a Acccom, promoveu um editorial de moda infantil com crianças amparadas pela mesma instituição na luta contra o câncer. O lucro do trabalho, apoiado por empresas que também abraçaram a causa, foi integralmente repassado à Acccom. Wilson Martins de Freitas, presidente da entidade, declarou que a iniciativa foi um gesto de humanismo e solidariedade.

Diretora Geral e Comercial - Hellen Viegas Diretor de Arte - Mateus Moreira Jornalista Responsável - Mateus Moreira (MG-09505-JP) Reportagens - Alexandre Dutra (MG-12783-JP) Fotografia (Capa e editorial) - Rafael Dias Maquiagem e Prod. Artística - Isis Rezende Produção de Moda - Elisa Perilo Bahia Colaboradores desta Edição

As + queridas 46|comportamento

As botas Timberland e o retorno do tênis 42|moda|Joyce Amaral - Uma das colunas de Joyce desta edição aborda as clássicas botas Timberland, mostrando como elas transcendem o mundo fashion e penetram na atmosfera pop-cultural. A outra, revela como os tênis saíram das academias e das pistas de corrida e foram parar nos pés das pessoas mais influentes do mundo fashion.

Pesquisa inédita aponta as marcas mais amadas do Brasil e do mundo.

A oitava edição da Revista Salt exibe a nova coleção da Izalu em um ensaio fotográfico que permeia a modernidade dos calçados e a tradição de um cenário bucólico e romântico, marcado pela predominância do vermelho, vinho e dourado. Já o editorial de moda infantil, além de exibir as tendências de calçados para meninos e meninas, reafirma um belo gesto de solidariedade e humanismo por parte das empresas participantes. Os modelos mirins são crianças amparadas pela Acccom (Associação do Com-

Tiragem - 10.000 exemplares Distribuição - Gratuita Circulação - Nacional Redação e Correspondência Av. José João Rodrigues, 1135, Fausto Pinto da Fonseca CEP: 35519-000 Nova Serrana / MG salt@revistasalt.com.br

O mundo de possibilidades das redes sociais 60|mercado - Saiba como a tecnologia invadiu a vida das pessoas e obrigou o varejo a repensar o jeito de vender.

Fale com a Salt salt@revistasalt.com.br Tel.: (37) 3226-4068 Para Anunciar comercial@revistasalt.com.br A revista Salt é uma publicação da Salt Comunicação e Editora Ltda. A revista Salt não se responsabiliza pelas opiniões, artigos e conceitos emitidos nos textos assinados e/ou anúncios, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es).

www.revistasalt.com.br

64|Mapa da moda: TOKIO Caro leitor,

Godo Frêdo, Iara Rangel e Joyce Amaral

66|Humor - As 12 leis da vida dura

bate ao Câncer do Centro-Oeste de Minas). A iniciativa, idealizada pela Revista Salt, em parceria com a entidade, além de servir para elevar a autoestima dos pequenos, veio para auxiliá-la na realização dos trabalhos, uma vez que o lucro será integralmente repassado à instituição. E para comemorar o mês das crianças, além de um editorial mirim, a Salt também aborda a força da TV no consumo infantil, mostrando o quanto são influentes os personagens preferidos da criançada para o mercado. A outra reportagem evidencia os garotos “high techs”, cada vez mais adeptos às tecnologias atuais.

“As + queridas” é outra reportagem que merece destaque. Uma pesquisa inédita revelou as marcas mais amadas pelos brasileiros. O estudo também revela os fatores que mais interferem no apego do consumidor à marca. E como o tema “mercado” é sempre atual e essencial em nossa editoria, a Salt traz, entre outras reportagens, uma entrevista exclusiva com o presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas, Roque Pelizzaro Júnior. BOA LEITURA! Mateus Moreira, Diretor de Redação

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ENTREVISTA | mercado

fotos: acervo cndl

Mudanças na economia Presidente da CNDL faz um panorama do mercado calçadista atual e alerta varejistas Natural de Curitibanos (SC), Roque Pelizzaro Júnior é conhecido por seu dinamismo e comprometimento. Advogado, economista, empresário do ramo varejista e do agronegócio, ele assumiu a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) com o objetivo de dar novos rumos ao movimento lojista buscando apoio e a união de todos. Em entrevista exclusiva, Roque fala sobre a alta do dólar e suas consequências para o mercado, avalia a situação econômica do país e comenta sobre o controle de crédito, inadimplência, cadastro positivo de consumidores e desaceleração do mercado. Revista Salt - Como o senhor avalia o potencial das lojas calçadistas no mercado nacional? Roque Pelizzaro Junior - O setor de vestuário/calçados é de suma importância para o comércio lojista pelo fato de movimentar um volume considerável de engre-

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nagens na cadeia econômica, além de ser uma farta fonte de receita para o comércio de shopping centers, para as lojas de ruas e todo o comércio eletrônico. No entanto, segundo dados oficiais da Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE e de acordo com percepções do dia a dia, o setor calçadista tem apresentado fortes desacelerações em comparação aos anos anteriores. Fatores como a inflação acima da meta, o encarecimento dos juros no Brasil e a alta do dólar têm contribuído para a corrosão do poder de compra do consumidor brasileiro. Logo, o público tende a dar prioridade aos ítens mais básicos e deixa de aquecer o mercado de vestuário/calçados, como vinha acontecendo em anos anteriores. Revista Salt - Como está a inadimplência em 2013 em relação a 2012? Roque - Em 2013, temos observado

uma tendência de desaceleração da inadimplência em relação ao ano passado. Ela continua crescendo, porém cresce em um ritmo menor do que o observado nos anos anteriores, devido à queda do consumo interno no país. A inflação operando acima do centro da meta corrói o poder de compra do brasileiro, fazendo com que ele fique muito mais cauteloso na hora de consumir. Prova disso são os baixos níveis dos indicadores de confiança do consumidor. Dessa forma, ele consome menos e tem uma tendência de se endividar menos, o que acarreta uma tendência de desaceleração da inadimplência. Além disso, os juros em 2013 estão mais altos do que os juros em 2012, o que corrobora para que o consumidor faça menos compromissos a prazo, resultando também na redução da incidência de calotes no comércio.


ENTREVISTA | mercado

Revista Salt - O que a CNDL tem feito para amenizar esses dados? Roque - Uma das maiores apostas da CNDL em relação ao combate da inadimplência está se materializando no cadastro positivo, foco de anos de luta do movimento lojista com o Governo e o Congresso Federal para que fosse aprovado tal como está. Com essa vitória, vem uma nova forma de concessão de crédito. O bom pagador, por apresentar menos risco do que a média de outros pagadores tem o poder de barganhar por condições mais privilegiadas na hora de tomar crédito, tendo acesso a taxas mais baratas e prazos mais alongados para quitar o compromisso. Antigamente, o bom pagador não era beneficiado, mas agora é. Dessa forma, esperamos uma mudança de comportamento nos hábitos financeiros do consumidor brasileiro, em busca de crédito mais barato. Consequentemente, esperamos reduzir a inadimplência a patamares históricos. As ferramentas de crédito estão aí para serem usadas mesmo. Foram disponibilizadas para concretizar sonhos e anseios do consumidor. No entanto, é preciso que sejam usadas com parcimônia e planejamento financeiro para que o consumidor não entre em situação de inadimplência. O recomendado é que o consumidor não ultrapasse 30% do próprio orçamento com prestações. Dessa forma, é possível se precaver caso haja algum imprevisto como a perda de um emprego ou uma doença na família. É interessante também que o consumidor administre bem suas receitas e suas despesas para saber o tamanho do passo que ele pode dar. É necessário acompanhar o que entra e o que sai para ele poder se organizar financeiramente, saber onde pode cortar gastos, o quanto pode poupar e a melhor forma de gastar e fazer compromissos financeiros de um modo geral. Caso a pessoa já esteja em situação de inadimplência, a melhor forma é negociar o valor devido diretamente com o credor.

Dados recentes da CNDL e do SPC Brasil mostram que oito em cada dez consumidores inadimplentes conseguem renegociar o valor da dívida, quando encaram o credor para negociar. Ao propor um acordo com a instituição credora, é possível conseguir bons resultados como reduzir o tamanho das prestações, obter juros menores e prazos mais alongados. Se a intenção do consumidor for pagar a vista, é possível até pedir um desconto no valor total da dívida. Revista Salt - Como o controle de crédito serviu para melhorar a situação econômica do nosso país? Roque - O crédito foi a base do desenvolvimento do consumo interno brasileiro e o que nos permitiu manter níveis de crescimento bem razoáveis nos últimos anos. Posso afirmar que a ferramenta que viabilizou tudo isto foi o SPC, Serviço de Proteção ao Crédito, mantido pelas CDLs, Câmara de Dirigentes Lojistas. Revista Salt – Na sua visão, o que essa crise significa e qual sua real proporção? Roque - As estatísticas econômicas oficiais e os índices de confiança do consumidor mostram claramente que o mar não está para peixe. Fatores como a alta do dólar e o soluço inflacionário - que persiste em ficar acima do centro da meta estipulada pelo governo - pesam no aumento dos preços das mercadorias. Isso faz com que o consumidor tenha seu poder de compra reduzido. Sendo assim, o brasileiro tende a ficar mais precavido e a consumir menos. No mesmo caminho, as recentes altas na taxa básica de juros editadas pelo Banco Central fazem com que as vendas a prazo também sintam os impactos negativos. Isso significa dizer que a atual conjuntura econômica é de desaceleração. Ou seja, cresce, mas cresce menos do que poderia crescer e menos do que vinha crescendo nos anos anteriores. No ano passado, por exemplo, tivemos um crescimento do setor em torno de 8,4%,

“O perfil do comerciante que vai sair vencedor desse desafio é aquele que se mantém sintonizado com os novos tempos, ciente da necessidade permanente de se manter atualizado para conseguir driblar a concorrência e o cenário econômico” segundo dados do IBGE. Neste ano, se muito, cresceremos em torno de 4,5%. O Brasil colocou o pé no freio a partir de outubro de 2012. O país, neste ano, não conta mais com o tripé de sustentação que tinha no passado, formado pela alta na geração de emprego, crédito farto e barato e expansão da renda real. Revista Salt - Nesse momento de crise, o que sugere como atitude ou postura para os empresários? Quais as alternativas para driblar essa crise? Roque - É importante ressaltar que o comércio lojista é o segmento que mais rapidamente percebe as transformações da economia e as mudanças nos hábitos das pessoas e da política. No entanto, em contrapartida, é o que mais se vê forçado a se adaptar às novas situações. Sendo assim, o perfil do comerciante que vai sair vencedor desse desafio é aquele que se mantém sintonizado com os novos tempos, ciente da necessidade permanente 

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ENTREVISTA | mercado

de se manter atualizado para conseguir driblar a concorrência e o cenário econômico. As novas gerações, altamente influenciadas pelas redes sociais e pelo comércio virtual, já consomem e, muito em breve, farão parte da grande massa dos consumidores brasileiros. Dessa forma, é preciso inovar, oferecer mais, diversificar o mix de produtos e, principalmente, estar atento às novas formas de pagamento. Revista Salt - Quais as expectativas para o final do ano? Roque - A expectativa da CNDL para o segundo semestre de 2013 é a de que haja uma queda no volume de vendas no comércio e que o setor encerre o ano com um crescimento real de 4,5%, quando no ano passado, o crescimento foi de 8,4%. A atual política de aumento dos juros sem contenção de gastos públicos está levando o país a patamares baixíssimos de crescimento. Minha avaliação é que

“É preciso inovar, oferecer mais, diversificar o mix de produtos e, principalmente, estar atento às novas formas de pagamento”

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fotos: acervo cndl

o controle da inflação precisa ser feito, primeiramente, por meio de arrocho dos gastos públicos e só depois por meio do aumento taxa básica de juros. Neste momento, o governo brasileiro deveria fazer um sacrifício político e enxugar as despesas públicas para controlar a inflação. Aumentar os juros é um remédio que deve ser usado somente em último caso, porque reduz o consumo, diminui os investimentos e piora a situação das famílias endividadas. Revista Salt - Fale um pouco sobre o programa “Cadastro Positivo”. Como ele funciona e quais benefícios ele pode trazer para o lojista? Roque - Até a criação do Cadastro Positivo, o que existia no Brasil era o chamado ‘cadastro negativo’, - utilizado para checar o histórico de inadimplência. O Cadastro Positivo inverte essa realidade para o mercado de crédito. Os dados utilizados pelo SPC passam a informar, também, a pontualidade do consumidor no pagamento de suas contas, listando os bons pagadores e aqueles que cumpriram seus compromissos em dia. A adesão ao cadastro é opcional e gratuita. Além disso, o consumidor pode solicitar a retirada do seu nome a qualquer momento. No modelo anterior, o bom pagador ficava anônimo porque o sistema se limitava ao arquivamento de informações sobre a inadimplência. Nessa nova fase, o consumidor poderá ter no seu cadastro o histórico de pagamentos de todos os negócios realizados a partir da sua adesão. Com o Cadastro Positivo, o Brasil supera uma das principais barreiras que impedia a modernização do seu sistema de crédito. Vale destacar que o Brasil foi o último país do G20 e dos BRICS a aprovar esse cadastro. Em outros países, a implantação do sistema trouxe benefícios significativos para a economia. Nos Estados Unidos, por exemplo, o acesso a financiamentos subiu de 40% para 80% e na Coreia do Sul, a inadimplência das famílias passou de 10%

para apenas 1% após a implantação de um sistema semelhante. Revista Salt - Como você avalia as medidas de estímulo à economia que o Governo Federal vem tomando? Roque - Acredito que muitas delas são importantes e apresentarão resultados. Exemplo disso é a venda de automóveis. Acredito bastante também na redução de tributos sobre materiais de construção. Todavia, precisamos mais. Necessitamos de uma redução mais forte na taxa de juros, da aprovação do Cadastro Positivo e na melhora nas relações de trabalho. Revista Salt – E a Lei Federal que obriga o detalhamento de tributos? Qual sua opinião sobre ela? Roque - A iniciativa de informar à sociedade com transparência é um marco na legislação brasileira e, sobretudo, um direito do consumidor. No entanto, a medida esbarra em problemas operacionais, em especial, para as pequenas e médias empresas. Além disso, a Lei não pode ser uma medida paliativa para adiar uma reforma tributária. Sou favorável à lei de transparência, mas acredito que a medida não pode ser usada como pretexto para postergar uma reforma tributária. O caminho para manter o crescimento na indústria e no varejo é cortar os custos de produção, investir em infraestrutura e, sobretudo, implantar uma boa reforma tributária. Espero que a Lei conscientize a população para pressionar o governo a votar essa reforma. Revista Salt – E qual seria a maior dificuldade para que essa Lei seja aplicada? Roque - O pequeno varejista ainda se depara com dificuldades operacionais para executar a Lei. O grande varejo está acobertado por boas estruturas contábeis, além de possuir sistemas informatizados para facilitar a aplicabilidade da Lei. No entanto, isso não ocorre com o pequeno comerciante.


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comportamento

imagem ilustrativa

De olho na telinha A influĂŞncia da TV no consumo infantil

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comportamento

Muitos dos produtos que consumimos é resultado das campanhas publicitárias veiculadas nos meios de comunicação. Na televisão, por exemplo, esse estímulo pode garantir boas vendas e alimentar um ciclo de compras cada vez mais dinâmico

Também conhecida como babá eletrônica, a TV continua sendo o veículo de comunicação de massa com maior poder de influência no público infantil. Ela se constitui, muitas vezes, como a única fonte de informação para as pessoas, sobretudo das classes C e D, que tem como principal referência aquilo que veem pela telinha. No Brasil, os pequenos passam mais de 5 horas por dia em frente à televisão, segundo dados do Ibope. Praticamente em todos os lares, seja qual for o nível social, o televisor está presente substituindo, muitas vezes, a presença materna. Um estudo realizado pelo canal infantil de TV por assinatura Discovery Kids mostrou que as crianças passam cada vez mais tempo dentro de casa, em frente à televisão. Ainda de acordo com a pesquisa, 57% das crianças possuem TV no quarto. Na hora de selecionar o conteúdo, 64% dos pais afirmam que é a criança quem decide ao que vai assistir e qual canal prefere. Outro dado mostrado na pesquisa foi que 83% dos pais levam as crianças junto quando vão fazer compras, sendo que brinquedos, biscoitos e guloseimas são os produtos que as crianças mais escolhem. Não é muito difícil fazer uma relação entre a quantidade de publicidade a que a criança assiste diariamente e os produtos desejados para seu consumo.

Em 2012, na semana que antecedeu o Dia das Crianças, o projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, fez um monitoramento de cinco canais fechados e dois canais abertos para identificar a quantidade de publicidade veiculada durante a programação infantil. Não deu outra: o bombardeio foi enorme! As crianças ficaram sujeitas a mais de 1.000 inserções comerciais em apenas dez horas. Publicidade e vendas Historicamente, o interesse da publicidade e da mídia sobre a criança e o adolescente surge no Brasil entre as décadas de 70 e 80. Com o surgimento desse segmento de público, a publicidade procura usar ações diretas e indiretas para seduzir a criança e torná-la consumidora de bens e serviços. Este fenômeno surge ao mesmo tempo em que a televisão destaca a programação infantil em sua grade. Com isso, a criança deixa de ser interesse exclusivo dos pais e educadores, passando também a ser interesse da mídia, da propaganda e do marketing. Em períodos comemorativos como a Semana da Criança, em outubro, e as festas de final de ano, as publicidades chegam com muita mais força. Os trinta segundos (tempo médio das propagandas na televisão) são suficientes para uma marca influenciar o público infantil e des-

pertar nos baixinhos o desejo de possuir o produto do momento. O mundo das crianças é cheio de fantasias. Elas consomem um comercial com a mesma intensidade de um desenho animado, pois não conseguem distinguir a propaganda do programa a que assistem. O segmento infantil é atrativo para a publicidade também pelo fato de que 80% das crianças detêm o poder de compra dentro de suas casas. Exemplos clássicos tornaram-se conhecidos por alavancar a venda de produtos destinados ao público mirim. A Melissa, por exemplo, só começou a fazer sucesso entre o público infantil, quando o modelo “Melissinha” foi divulgado pela televisão, em 1986. Os modelos infantis sempre vinham acompanhados por algum acessório especial, sendo que o que mais fez sucesso foi o modelo que vinha com uma “pochete”. A regra ainda vale para os dias atuais. O comercial das “Sandálias Moranguinho Frutas”, exibido em 2011, por exemplo, retratava o piquenique realizado por três amigas de aproximadamente sete anos. Brincando sobre um gramado e ao som de uma música cuja letra fazia referência a diversas frutas, o comercial destacava as sandálias e as mochilas de cada uma das meninas. Por fim, a voz de um locutor se sobrepunha à melodia e informava: “Novas sandálias da moranguinho com morangochila”. 

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comportamento

Com os meninos, a situação também se repete: super-heróis ou personagens de desenhos sempre ajudam a alavancar as vendas. Com o tema “A Aventura já começou”, foi veiculado na televisão um comercial para divulgar a linha de sandálias da Grendene que estampava o personagem infantil Ben 10. A campanha destacava a coleção “Ben 10 Força Alienígena”, que trazia calçados inspirados no desenho animado cujo protagonista se transforma em dez alienígenas diferentes. No filme de 30 segundos, um alien tenta invadir o quarto de um menino fingindo ser sua mãe. Ao perceber a presença do extraterrestre, o garoto, junto dos seus amigos, se prepara para combater o monstro utilizando os tênis e sandálias do personagem. Ressalvas É preciso ficar atento a campanhas publicitárias abusivas. São inúmeros os institutos, associações e ongs destinados à proteção da criança e que estão de olho em tudo que é veiculado para os pequenos. É preciso evitar a venda casada e publicidades que estimulem o comportamento adulto nas crianças. O CONAR – Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária – criou em seu código normas que visam à proteção das crianças e adolescentes. Neste código de autorregulamentação publicitária, a seção 11 trata apenas deste público - Crianças e Jovens), onde se prevê, por exemplo, que nenhum anúncio publicitário poderá dirigir apelo imperativo de consumo diretamente a uma criança. Outro item aponta que crianças e adolescentes não podem ser usados como modelos em anúncio de produtos ou serviços que sejam incompatíveis com a sua condição, entre outras regras.

Bob sponja, Ben 10, Turma da Mônica, Max Steel e a Galinha Pintadinha são alguns dos personagens que atualmente mais fazem sucesso nas programações infantil da TV.

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imagens: divulgação


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GESTテグ

imagem ilustrativa

Desperdテュcio x lucratividade Melhore os resultados da sua empresa cortando gastos desnecessテ。rios e racionalizando recursos

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GESTÃO

Não é apenas em casa que planejar o orçamento melhora a vida financeira de toda a família. Reduzir gastos na empresa também é necessário para obter melhores resultados financeiros e fazer o negócio prosperar. Mas, o que fazer para rapidamente mudar a maneira de enxergar os excessos e desperdícios dentro de uma pequena empresa? Há uma série de medidas que podem garantir uma redução de custos em diferentes áreas da sua organização. Não se trata simplesmente de cortar despesas. Trata-se de determinar o que é e o que não é prioritário para o crescimento e fazer isso valer. Sendo assim, não se corta o que vai fazer falta depois. Cortam-se apenas os desperdícios. O consultor do Sebrae-SP, Reinaldo Miguel Messias, aponta que reduzir gastos é fazer mais e melhor com menos sacrifício e esforço. Ele ressalta que isso não significa, nem de longe, reduzir a qualidade. “A redução de gastos pode mesmo favorecer estratégias de preço que melhorem condições de comercialização, como atendimento em domicílio ou descontos atrativos”, disse. Os especialistas em gestão corporativa recomendam observar a autorização de despesas. Quando os valores estão

acima do normal, é hora de fazer cortes. Fique atento a possíveis fontes de desvio interno de verbas e considere também, se desfazer de estoques de produtos com baixa saída ou obsoletos. Outra dica importante é rever as negociações com fornecedores. Se você não obtém bons descontos por comprar quantidade, faça pedidos menores. Para o economista e consultor em gestão, Luis Antônio Oliveira, a redução dos gastos não pode comprometer o que a empresa já é. Ela deve colaborar, inclusive, para novos negócios: “Otimizar despesas e custos não é apenas fazer cortes, mas saber gastar bem. Desperdícios reinam por toda a parte e temos sempre que combatê-los. Uma empresa deve dedicar sua vida, continuamente, à busca de resultados melhores. Tudo tem de ser questionado o tempo todo”, concluiu. Ele ainda alertou que um erro muito comum é as empresas começarem a cortar os gastos de impressão ou de água aleatoriamente. “Quem faz isso já começa por um mau caminho. É preciso identificar os custos que pesam mais e interferir neles para alcançar um resultado mais significativo. Fazer um diagnósti-

Telefone e internet Este é um gasto que pode ter grandes proporções no orçamento, principalmente devido às ligações de celulares. Para evitar um “rombo” na sua despesa mensal, procure planos de operadoras com o melhor custo-benefício. Se você já possui um plano empresarial a saída é negociar com sua operadora uma forma de diminuir seus gastos. Também utilize a internet a seu favor. Mensagens por e-mail e vídeo conferências pelo skype, por exemplo, economizam tempo e dinheiro. Materiais de escritório Canetas, papéis, tintas para impressão e outros materiais de escritório são essenciais nas empresas. Seu custo pode ser relativamente barato, mas mesmo assim, há maneiras de economizar. Um acompanhamento mais de perto, além da conscientização da

co da situação é uma forma de identificar quais operações estão consumindo mais dinheiro” orientou Luis. Racionalizando Cortar despesas não é tão complicado quanto parece. Você poderá deixar de adquirir certos produtos ou serviços que não causem impacto na sua organização. Crianças fazem isto quando deixam de comprar a merenda para juntar dinheiro e resgatar da vitrine aquele par de tênis desejado. Noivos cortam despesas de churrascaria e passeios na proximidade da data do casamento. O importante é saber que despesas podem ser reduzidas ou cortadas sem que se gere outros custos. No dia a dia, elimine duplicações de compras, assinaturas de revistas e jornais não lidos e evite reuniões externas, que sempre acarretam custos de transporte. Passe a xerocar e imprimir na frente e no verso do papel – além de reduzir os custos, você deixará sua empresa mais verde. Confira alguns dos vilões do orçamento da uma empresa e verifique se existe a possibilidade de redução de algum deles em seu comércio.

equipe em evitar desperdícios, pode cortar um gasto significativo ao fim do mês e do ano. Estoque A ideia de ter um estoque sempre cheio pode não ser tão rentável quanto parece. O ditado “é melhor sobrar do que faltar” nesse caso gera mais despesas. Estoque deve estar sempre em atividade, entrando e saindo produtos, pois se ficarem muito tempo parados, perdem seu valor. E pior ainda se o estoque for de alimentos perecíveis, que possuem prazo de validade. Essas informações devem sempre ser consideradas na hora de calcular quanto de cada produto deve ficar nos estoques. Recursos humanos Oriente seus colaboradores quanto aos objetivos almejados pela empresa e o que você espera da 

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GESTÃO

responsabilidade deles. Proporcione capacitação técnica a seus colaboradores e monitore continuamente o desempenho e os resultados. Estabeleça um programa de sugestões para melhorias e valorize a participação de todos. Um ambiente colaborativo proporciona oportunidades para criatividade e melhorias. Treinar e incentivar sua equipe são também formas de gerar economias futuras. Quando seus funcionários não são propriamente qualificados, isto pode ocasionar problemas na produção, mau atendimento ao cliente ou erros nas finanças.

Sua frota de veículos também deve ser avaliada. Compare os gastos e analise oportunidades para terceirização dos serviços de coleta e entrega.

Infraestrutura Não deixe de verificar com um profissional eletricista como está o estado de suas instalações elétricas. Ele pode avaliar e sugerir mudanças e melhorias. Sempre que possível, utilize iluminação e ventilação naturais. Existem opções atrativas e modernas para substituir as lâmpadas incandescentes do ambiente de trabalho e das vitrines.

Estabeleça um plano de marketing e mensure o retorno das vendas gerado por cada canal. Reforçar o marketing é estimular vendas e buscar lucro. O mundo vive tempos de sustentabilidade e responsabilidade social. Não deixe de pensar em todas essas questões.

manutenção Quanto mais caro um equipamento, mais constante deve ser sua manutenção. Um problema nele, pode gerar inúmeros prejuízos para sua empresa, principalmente se for no setor de produção. Esteja atento à situação física das máquinas. Tecnologia O ambiente corporativo também se modernizou e a informatização auxilia muito na gestão. Portanto, informatize seus processos. Cliente, hoje, é muito mais bem informado e antenado na tecnologia. Sendo assim, esteja receptivo e promova sua empresa através de redes sociais. Reconhecer seus clientes nelas pode ser uma interessante forma de marketing. Equipamentos e soluções de produção apresentam sempre mais inovações tecnológicas. Avalie o momento e a possibilidade para investir nelas e no consequente aumento de produtividade.

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Marketing Crie canais de comunicação que possibilitem desenvolver relacionamentos on-line com seu cliente. Avalie sua política de divulgação e lançamentos junto aos clientes. Troque quantidade de gastos por qualidade de custos.


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moda por iara rangel

Inverno 2014 A HORA E A VEZ DAS ANKLE BOOTS Modelagem queridinha das celebridades, as ankle boots, ou seja, botas na altura do tornozelo, são cheias de estilo e versatilidade. A modelagem apareceu por diversas vezes nas coleções internacionais do Inverno 2014 e em várias construções diferentes. Confira na matéria, os principais destaques para esse calçado da estação. As ankle boots (em inglês, “ankle” significa tornozelo), foram febre nas coleções de Inverno, em 2009, e continuaram salpicando as coleções até hoje. No Inverno 2014, as coleções internacionais voltaram a ser destaque e se afirmaram como principal modelagem da estação no quesito botas. São

três os principais cortes no cano das ankle boots e, como o próprio nome já diz, todos estão relacionados à altura do tornozelo. O primeiro recorte é o mais baixo, passando pelo contorno abaixo do tornozelo, como se fosse um sapato bem fechado. Já o segundo recorte, o mais

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Nas modelagens das ankle boots, algumas construções se destacaram nas coleções internacionais. O Bico Fino, que voltou à moda há duas estações nas modelagens de scarpins e sapatilhas, também se afirma nas botas nessa estação. A maioria das construções com bico fino são somadas ao salto fino e alto.

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famoso, passa pela linha exata do tornozelo, em um ângulo mais reto, formando o começo do cano da bota. Por fim, o terceiro pode ultrapassar alguns poucos centímetros do tornozelo. Todas as modelagens com esses cortes são chamados de ankle boots, recebendo variações de design.

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moda

fotos: divulgação

As ankle boots com bico redondo também estão em evidência. Muitas das modelagens com este tipo de forma possuem um acréscimo da meia pata, que, geralmente, é embutido dentro da modelagem. A meia pata permite o aumento do salto alto, sem que, consequentemente, se aumente o desconforto causado pela inclinação do pé.

Outro destaque para as construções das ankle boots é a utilização de saltos grossos. Com altura mediana e baixa, eles aparecem bem largos, como “saltos blocos”. Já os mais altos são do tipo “salto estaca”.

Por fim, as anabelas também foram muito evidenciadas nas construções das ankle boots e utilizadas com diferenciados tipos de formas.

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No design da modelagem dois são os principais destaques, sendo o primeiro a grande utilização das amarrações. Um modelo de grande relevância nas modelagens com amarrações são os que se parecem com os sapatos estilo Oxford, com recorte abaixo do tornozelo, somado ao bico redondo mais salto alto.

moda

Já o segundo destaque na modelagem são os elásticos na lateral do modelo, que relembram as antigas botinas de fazendeiros, podendo ser encontrados com ou sem salto.

Iara Rangel é Designer de Calçados e Analista de Tendências. Atua no Planejamento e Desenvolvimento de Coleções para o Polo Calçadista de Nova Serrana e região e escreve sobre tendências para calçados para o site www.trendsforshoes.com.br. Contato: contato@trendsforshoes.com.br

Continue acompanhando matérias sobre Tendências do Inverno 2014 no www.trendsforshoes.com.br. Tendências em Materiais :: Tendências em Modelagem :: Tendências em Construções :: Cartela de cores ilustrada :: Cobertura dos desfiles nacionais e internacionais e das principais feiras do setor. Muita inspiração e o principal: CONTEÚDO TOTALMENTE GRATUITO! ACESSE JÁ! 20


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imagem ilustrativa

Tecnologia e interatividade em produtos e brinquedos despertam o interesse das crianรงas 22


comportamento

Segundo dados do IBGE, a população do Brasil cresceu 42% desde 1980. No mesmo período, o crescimento infantil foi de apenas 8%. Entre os motivos para essa queda nas taxas de natalidade estão as mudanças ocorridas na sociedade brasileira nos últimos anos. A principal dela diz respeito à evolução comportamental feminina e a presença ativa das mulheres no mercado de trabalho. Se na década de 1950 as mães tinham em média 6,2 filhos, em 2000, essa média caiu para apenas 2,3 filhos. No último censo de 2011, esse índice chegou a 1,86. Paralelamente a essa queda na taxa de natalidade, temos outro dado inverso: a importância e o papel dos filhos dentro da família têm aumentado. Com voz ativa e mais bem informado, o público infantil consegue influenciar cada vez mais dentro de casa. As crianças de hoje influenciam, opinam e impõem suas ideias, porém continuam sendo crianças, cujo desejo maior sempre foi a diversão. A forma de se divertir também se modificou com o passar do tempo e, hoje, o mercado está voltado para outra realidade. Empresas e comerciantes precisam estar atentos a essa mudança comportamental. Em lares brasileiros em que existe a presença de crianças na família, a diversão digital já é fato presente. Uma pesquisa realizada pela AVG em 10 países, com 2.200 mães de crianças de 2 a 5 anos de idade, mostrou que as crianças de hoje tendem a desenvolver habilidades digitais mais cedo. As brincadeiras tradicionais foram perdendo espaço para o mundo tecnológico. O nível de conexão urbana à internet, nos domicílios brasileiros situados nos grandes centros, saltou de 13%, em 2005, para 31%, em 2010, e para 43%, em 2011, segundo a pesquisa Gerações Interativas Brasil – Crianças e Jovens diante das telas. É importante perceber que a memória da infância desta geração digital, em relação aos seus primeiros brinquedos, poderá ser um tablet ou um smartphone. Por isso é importante estar atento e renovar seus conceitos para entender quem são estas crianças e quem serão no futuro. Modernidade A tecnologia inova e atinge novos setores da sociedade. Sua principal característica é a evolução que causa em um determinado setor. Os brinquedos infantis foram influenciados por essas tendências tecnológicas e, hoje, apresentam uma estrutura impressionante. Os jogos deixaram de assumir um formato simplificado e convencional para ganhar versões virtuais. Esse conteúdo sugere muito mais adrenalina e ainda desenvolve diversas habilidades. A criançada também aprecia os robôs educativos e todos os utilitários que combinam interatividade com transmissão de conhecimento, sem deixar de dar prioridade para a diversão. Empresas antenadas com essa evolução comportamental, já perceberam um novo nicho de mercado e a oportunidade de alavancar as vendas. Produtos que mesclam tecnologia com diversão já estão nas prateleiras das lojas e conquistam cada vez mais o público infantil. Grande parte desses brinquedos ou produtos foi reformulada e adaptada para a contemporaneidade. Confira ao lado os últimos lançamentos direcionados para esse público mirim. 

fotos: divulgação

A Barbie Digital Makeover Mirror é uma novidade compatível com iPad e iPad mini. O brinquedo desenvolvido usa um aplicativo com a tecnologia de realidade aumentada e permite passar batom, sombra e blush de forma virtual. Ainda, é possível compartilhar as várias opções de maquiagem feitas no facebook. Também de olho nessa nova tendência, o Mc Donald’s lançou outro mascote. Diferente da turma do Ronald MC Donald’s, o boneco criado é em 3D e foi batizado de “Happy”. O personagem ampliará a experiência do McLanche Feliz e incentivará o consumo de frutas e legumes entre as crianças. Usando a tecnologia de impressão 3D para criar bonecas personalizadas das crianças que visitam os parques de Orlando, o D-Tech Me Princess, criado pela Disney, usa um processo de escaneamento facial que dura cerca de 10 minutos e, em seguida, cria a modelagem 3D que pode ser aplicada ao corpo de uma personagem à escolha da criança. Já para o público masculino, a proposta da Disney foi criar a imagem tridimensional do visitante moldada numa estatueta, como um soldado da tropa de elite do Império Galático graças a uma avançada tecnologia de escaneamento facial 3D.

O jogo de desenhos, mímicas e adivinhações, que foi originalmente lançado em 1989, acaba de ganhar uma versão virtual batizada de Imagem & Ação Friends. Ele agora pode ser acessado pelo Facebook, Android ou iOS integrando jogadores de todas as idades.

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comportamento

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Foco no lúdico e na diversão As crianças possuem comportamento e hábitos específicos. É preciso ter foco em cada faixa etária e mudar o ângulo para enxergar o mundo com uma nova visão e, então, entender o universo infantil. Os conceitos de criança e, até mesmo, de infância parecem muito simples e naturais, mas na verdade são mais complexos do que imaginamos. A criança não é um adulto em miniatura. É importante entender como elas vivem e pensam.

A opção pelo lúdico é uma das maneiras que as empresas estão encontrando para agregar valor aos produtos e se diferenciar de outras marcas. No caso de roupas ou calçados, é preciso pensar que eles vão além da proteção ou do adorno e podem se tornar também uma diversão. É fundamental que as peças proporcionem conforto e apresentem algo a mais para os pequenos.

A marca Rabispixa também investiu na ludicidade para conquistar pais e filhos. As peças possuem estampas interativas, inspiradas em fábulas e cantigas.

Mais que um moletom ou uma camiseta, estas peças de Stella McCartney são fantasias, brinquedos e acessórios de faz de conta.

A marca holandesa Snurk criou uma linha de edredons divertidos que leva um pouco de fantasia para o quarto das crianças. Não deu outra: sucesso de vendas.

A Monkies trouxe uma proposta semelhante para tênis. Estimulando a criatividade, as próprias crianças podem colorir e desenhar nos calçados. A ideia é um estímulo à criação livre e à imaginação.

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Projetando sua linha de calçados para a moda verão 2012, a marca Bibi apresentou aos consumidores o tênis infantil Apolo X 581. Trata-se de um calçado infantil que com design high tech, inspirado na vestimenta dos grandes super-heróis.

Já a mochila de Pixel Art tem base de silicone amarela que possibilita o encaixe de pecinhas coloridas no estilo Lego.


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cidadania

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Por uma vida mais plena Revista Salt promove editorial de moda infantil com crianças amparadas pela Acccom na luta contra o câncer. O lucro do trabalho, apoiado por empresas que também abraçaram a causa, foi integralmente repassado à entidade “Uma inovadora iniciativa de humanismo e solidariedade”, assim definiu o presidente da Associação do Combate ao Câncer do Centro-Oeste de Minas, Wilson Martins de Freitas, sobre a produção de um ensaio fotográfico com as crianças em tratamento. Segundo ele, o projeto não é louvável apenas por angariar fundos para a realização dos trabalhos da Acccom, mas também por trazer alegria e elevar a autoestima dos pequenos que, “desde cedo já demonstram uma incrível força de vontade em viver”. As marcas que patrocinaram o editorial de moda infantil são todos de Nova Serrana e não esconderam o know-how em produzir calçados infantis de qualidade e em sintonia com a moda. A diretora comercial da revista, Hellen Viegas, se diz satisfeita com a receptividade dos fabricantes em apoiar a promoção: “A maioria dos empresários convidados não hesitou em patrocinar o ensaio. Foi grati-

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ficante vê-los sensibilizados com a causa. Para nós, da Revista Salt, repassar os lucros dessa campanha para Acccom é uma forma de nos firmarmos no mercado como uma empresa que também desempenha um papel social”. A gerente de comunicação da instituição, Consuelo Reis Fonseca, considera também o fato de ser uma campanha inovadora: “É a primeira vez que as crianças amparadas pela Acccom são chamadas para um ensaio fotográfico em uma revista de moda. Toda ação que promova a alegria delas tem uma ótima aceitação dos profissionais da Associação e dos familiares. As crianças adoraram a ideia de se verem bonitas e vistosas”. Consuelo acrescenta que a ideia se torna ainda mais interessante devido à maioria dos “modelos mirins” pertencerem a famílias carentes, já que um ensaio fotográfico de qualidade ainda é uma regalia restrita às classes mais altas.

Fundada em março de 1995, a Associação do Combate ao Câncer do Centro -Oeste de Minas é uma entidade sem fins lucrativos ou políticos que veio para atender aqueles que lutam contra a doença, mas não dispõem de recursos suficientes para o tratamento. Entre crianças, adultos e idosos, a Acccom atende, hoje, uma população estimada em 1,3 milhão pessoas, em cerca de 86 cidades de Minas Gerais. Para isso, ela conta com uma Casa de Apoio com 80 leitos, Centro Assistencial e Centro e Reabilitação Oral, que prestam serviços de suporte ao tratamento oncológico, com atendimento de psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, nutricionistas e dentistas. O Hospital do Câncer é referência no estado, oferecendo mais de 200 mil atendimentos por ano através do SUS. Para custear a manutenção dos locais de apoio, compra de medicamentos e serviços de prevenção, reabilitação, alimentação, transportes e exames, a entidade conta com o apoio de doações da própria população e de empresas solidárias à causa.


cidadania

“É a primeira vez que as crianças amparadas pela Acccom são chamadas para um ensaio fotográfico em uma revista de moda. Toda ação que promova a alegria delas tem uma ótima aceitação dos profissionais da Associação e dos familiares. As crianças adoraram a ideia de se verem bonitas e vistosas”. Consuelo Reis Fonseca Diretora de comunicação da ACCCOM

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As profissionais que organizaram e produziram o editorial de moda infantil com as crianças da ACCCOM. Da esquerda para direita: Elisa Amaral (produção de moda), Hellen Viegas e Rogelma Santos (Revista Salt) e Ísis Rezende (produção artística). Abaixo, Cosuelo Reis, gerente de comunicação da ACCCOM

A acccom e a REVISTA SALT agradecem às empresas que investiram e apoiaram o editorial de moda infantil com as crianças em tratamento. Empresas comprometidas com o social nos fazem acreditar ainda mais em um mundo melhor!

Kids

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BABYLU - R. Joรฃo Martins do Esp. Santo, 284, Gumercinda Martins - N. Serrana / MG - Tel.: (37) 3226.1764 - www.babylu.com.br

Vestuรกrio: BUGGBABY (37) 3261.2794

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Zotto - R. Genésio Militão dos Reis, Park D. Gumercinda, 572 - Nova Serrana / MG - Tel.: (37) 3226.9600 - comercial@zotto.com.br

Vestuário: BUGGBABY (37) 3261.2794

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Ju Aninha - R. Nova Serrana, 168, Centro - Perdigรฃo/MG - (37) 3287.1702 - calcadosjuaninha@hotmail.com

Vestuรกrio: BUGGBABY (37) 3261.2794

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Vestuรกrio: BUGGBABY (37) 3261.2794 31


KRISLE - R. Joรฃo Ferreira dos Santos, 495, Park D. Gumercinda Martins - N. Serrana/MG - Tel.: (37) 3225.3891 - helida@krisle.com.br

Vestuรกrio: BUGGBABY (37) 3261.2794

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Vestuรกrio: BUGGBABY (37) 3261.2794

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WINIPEG - Rua Vereador Leonel Lino, 1215, Jd. Padre Lauro - Nova Serrana/MG - Tel.: (37) 3226.6119 - winipeg@winipeg.com.br

Vestuรกrio: BUGGBABY (37) 3261.2794

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NESKINHO - Av. José Batista Filho, 2721, Jerferson Batista de Freitas Nova Serrana/MG – Tel.: (37) 3225.4086 - sergiokouper@uol.com.br

Vestuário: BUGGBABY (37) 3261.2794

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Vestuรกrio: BUGGBABY (37) 3261.2794

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s d i K LOOK KIDS - Av. Nossa Senhora da Saúde, 590, Bela Vista - Perdigão/MG – Tel.: (37) 3287.1960 - calcadosmariacandia@gmail.com

Vestuário: BUGGBABY (37) 3261.2794

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REPLAY - AV. Luiz Sulino, 336, Planalto - Perdigรฃo/MG Tel.: (37) 3287.0279 tenisreplay@terra.com.br

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RUBRO - R. Ant么nio Martins Filho, 160, Park D. Gumercinda Martins - N. Serrana/MG - Tel.: (37) 3226.1205 - rubro@digimaster.com.br

Vestu谩rio: BUGGBABY (37) 3261.2794

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moda

fotos: divulgação

por joyce amaral

Grande parte das pessoas concorda que as melhores botas do mundo são as Timberland. Elas são clássicas, transcendem o mundo fashion e penetram na atmosfera pop-cultural. Faz sucesso entre descolados a operários, passando por rappers e realeza pop. O passado da Timberland é longo e o romance com a marca é, cada vez mais, duradouro. Os modelos foram criados nos anos 70 para serem usadas por lenhadores que necessitavam de calçados impermeáveis e que mantinham seus pés aquecidos em baixas temperaturas.

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A ascensão da marca aconteceu na década de 90, quando os cantores de hip hop dos EUA começaram a usar Timberland no seu dia a dia. Hoje é o calçado escolhido por Rihanna , Jay-Z, Kanye West e membros da família Kardashian. Beyoncé postou em seu Instagram a foto de um trio de Timberland usadas por ela, seu marido Jay-Z e sua bebê Blue Ivy. O gosto da família de Beyoncé pelas botas vem de longo tempo e eles sempre são vistos usando as peças em diversas ocasiões. No clipe Bonnie & Clyde o casal aparece usando suas Timberlands. Klhoé Kardashian declarou em seu site que ama seu par de botas e que sempre deixa seu visual moderno. Grande parte da família Kardashian são adeptos das Timberlands. Rita Ora é outra que não tira dos pés seu exemplar. Ela usa o calçado com vestidos

bem femininos até com roupas bem despojadas estilo boyish. “É uma bota sem frescuras e muito versátil. Pode ser usada de madeireiros a executivos. É tão popular porque ela não se conforma com um determinado gênero. Combina com qualquer tipo de roupa e ajuda a criar um bom look.”, disse Elgar Johnson, editor de moda da revista britânica iD.

Recentemente, as botas Timberlands fizeram parte dos desfiles de moda de Londres, escolhida por ser uma peça icônica de design. A comunidade pop fez com que ela tornasse parte essencial do seu guarda-roupa. Essa bota entra no hall dos clássicos Converse Chuck Taylor, Nike Dunk e as Clarks Desert Boots.


moda

fotos: divulgação

por joyce amaral

Antes eram conhecidos somente para uso esportivo. Eles saíram das academias e pistas de corridas para modernizar o look do dia a dia. Hoje, os tênis fazem parte do guarda-roupa dos mais antenados, tendo sido vistos em todos dos sites de street style gringo. Nas últimas semanas de moda da Itália e França eles estavam nos pés das pessoas mais influentes do mundo fashion. Das passarelas para o mundo real foi muito rápido. Além de invadirem as passarelas, estão nas ruas e nos mercados de luxo. Os tênis foram colocados ao lado de produtos clássicos de marcas como Chanel, Lanvin, Miu Mil e Hermès. Em parceria com Adidas, Stella McCartney vem há muitos anos criando tênis inovadores e com materiais tecnológicos. Modelos retrô foram relançados e novos modelos super modernos lançados a cada dia. O tênis vem retomando seu espaço perdido para os calçados casuais. Impossível não notar o editorial da Vogue Espanha com a top Daria Werbowy usando um Reebok Vintage. Em julho deste ano, o site da Vogue Itália disponibilizou uma matéria com fotos de street style com o título Nikemania. Hoje, qualquer celebridade tem o seu favorito. Lily Allen adora fazer shows com modernos tênis. Rihanna usa os seus durante o dia a dia. Jessica Biel usa para eventos casuais. E Jessica Alba para ir à praia. No final dos anos 80, Melanie Griffth fez sucesso como uma personagem que era uma secretária competente, famosa por suas camisas sociais e terninhos usados com tênis. Por volta de 1990, era típico andar pelas ruas de Nova York e ver suas executivas vestidas com suas roupas clássicas e com um par de tênis nos pés. Hoje, criar um look com tênis esportivos é super fashion. Os aficionados em tênis não são atraídos apenas pelo design. O conforto é a razão principal pelo compra. E as opções são muitas. Eles podem ter cores brilhantes e futuristas ou tons pastéis e metálicos. Podem ser de couro, lona, nylon ou camurça. Estampados com florais e animal print também têm seu lugar. Não há restrições de materiais e limite para combinações de cores. O que é certeiro é a sola mais lisa e o cabedal limpo, com poucas peças. A ideia é o minimalismo. O legal é fazer mesmo um contraste entre roupas que normalmente seriam usadas com calçados casuais. Nestes casos, colocar um tênis esportivo, ajuda a modernizar o visual. Os tênis esportivos ficam ótimos com peças de alfaiataria, calça ou o paletó. Shorts e saias curtas são uma boa pedida. Camisas e vestidos também aceitam muito bem um belo par de tênis. Calças de veludo e de cor cáqui ficam perfeitos com tênis retrô. Jaquetas jeans antigas também criam um visual muito legal com eles. Vale lembrar que o espelho é a melhor resposta quando se pretende ousar um pouco no look.

Joyce Amaral é estilista com MBA em Gestão de Projetos, especialização em Negócios de Moda e atua como designer de calçados na Tiê Representações. joyce.desenvolvimentos@hotmail.com

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eventos

por dentro das feiras Confira a data das maiores feiras de moda do Brasil

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SETEMBRO - 2013

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Outubro / 2013 15 a 18 de outubro de 2013

Rio-à-Porter Rio de Janeiro/RJ

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6ª Edição Feira Moda Calçados, Vestuários e Acessórios

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Center Convention de Uberlândia/MG

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Expominas - Belo Horizonte/MG

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28 de outubro a 1º de novembro de 2013

São Paulo Fashion Week São Paulo/SP

Novembro / 2013 5 a 7 de novembro de 2013

SC Trade Show - 17º Rodada de Negócios de Santa Catarina Balneário Camboriu/SC 10 a 12 de novembro de 2013

SP Trend Ribeirão Preto/SP 18 a 20 de novembro de 2013

Zero Grau Gramado/RS

Janeiro / 2014 13 a 16 de janeiro de 2014

Couromoda Anhembi - São Paulo/SP

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NOVEMBRO - 2013

Março / 2014 11 a 13 de março de 2014

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Serra Park - Gramado/RS

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26 a 28 de maio de 2014

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15 a 18 de julho 2014

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Anhembi - São Paulo/SP 29 a 31 de Julho de 2014

7ª Edição Feira Moda Calçados, Vestuários e Acessórios Center Convention Uberlândia/MG

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JULHO - 2014

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comportamento

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As queridas Pesquisa inédita aponta as marcas mais amadas do Brasil e do mundo

A influência das grandes marcas sobre os consumidores desperta a atenção de qualquer empreendedor que está começando seu próprio negócio. Não foi por sorte que algumas delas tornaram-se as mais queridas do público, a ponto de conquistarem verdadeiros fãs em diversas localidades. Lojistas iniciantes podem (e devem) se inspirar nessas marcas e observar como elas se posicionam no mercado atual da moda 48


comportamento

Ser bem atendido ao entrar em contato com uma empresa, se encantar com uma decoração nova ou se impressionar com a qualidade dos produtos vendidos são determinantes para que uma marca se torne a preferida de um determinado cliente. Tal fato ficou comprovado no estudo inédito denominado “Marcas mais Amadas do Brasil”, realizado em março desse ano pela agência de conhecimento aplicado Officina Sophia, a pedido da revista Consumidor Moderno. A pesquisa, de base científica, incluiu diversas variáveis que ajudaram a identificar o “amor” por uma marca. Além de definir as 20 marcas mais amadas no Brasil, o estudo traz, ainda, rankings divididos por setores. São as mais bem avaliadas em cada categoria de produtos e serviços. A Havaianas foi o grande destaque ocupando a primeira colocação no ranking. A marca, brasileiríssima, alcançou 117 pontos, dentre os 200 possíveis na escala adotada pelo instituto. Em segunda e terceira colocação despontaram MAC e O Boticário, respectivamente. Marcas tradicionais de outros setores também estão no ranking, como é o caso de Nestlé e Rolex. Para o especialista internacional em relações de consumo e varejo, Roberto Meir, uma das conclusões que se pode chegar com esse estudo é que o consumidor valoriza, atualmente, o potencial de experiência cultural que uma marca pode proporcionar. Isso significa que ele pode amar uma marca mesmo sem consumir

fotos: divulgação

seus produtos. A Rolex, que despontou em 5º lugar na pesquisa é um exemplo disso: o consumidor deseja a marca e sonha com o status que usar um relógio desses pode ter na sociedade. Roberto ainda comentou que são essas fantasias e aspirações que justificam o fato de muitas marcas bastante consumidas não figurarem entre as mais amadas. De acordo com o responsável pelo levantamento e presidente da Officina Sophia, Paulo Secches, diferentemente do que ocorre com humanos, na relação com as marcas há pouco romance. “É uma lógica diferente. Estamos falando de um amor utilitário, por interesse. Se a marca não oferecer produto ou serviço de qualidade, o amor deixa de existir”, afirmou. Mais do que criar um ranking das marcas mais amadas pelos consumidores, a Officina Sophia buscou desenvolver uma metodologia que diagnosticasse o amor por elas e contribuísse para subsidiar a gestão da marca. Uma das preocupações foi neutralizar o nível de conhecimento desses nomes, para que o ranking das mais amadas não refletisse a visibilidade das marcas e virasse um ranking de Top of Mind. Há quem questione se é possível chamar essa relação estabelecida com a marca de amor, mas há diversos casos que comprovam que sim. Existem consumidores verdadeiramente apaixonados por determinada marca. Eles compram suvenires, guardam pôsteres, embalagens, chegando até a tatuar a logo no

próprio corpo. Essa relação ultrapassa o limite do simples consumo. Pesquisa O estudo foi feito com homens e mulheres, entre 18 a 59 anos, das classes ABC e desvendou os segredos do bom relacionamento das marcas com o consumidor. O resultado teve como base 1.475 entrevistas que foram distribuídas entre as principais regiões do Brasil. Foram selecionadas 27 categorias de produtos e serviços para avaliação em uma escala de 0 a 10, de acordo com o amor de quem as conhecia. Quanto mais próximo de 10, maior seria o sentimento, considerando as notas de 0 a 7 como “não amada”; 8 a 9, “amada”; e 10, “muito amada”. Na pesquisa, 48 atributos foram analisados. Além da qualidade, estiveram presentes aspectos como lançamento frequente de novidades; capacidade de expressar quem é o consumidor para o grupo de convivência e para outras pessoas; capacidade de fazer o consumidor sentir-se bem; capacidade de superar expectativas e presença ativa nas redes sociais. Resultado Segundo o estudo realizado, a marca mais amada dos brasileiros foi a das sandálias Havaianas, produzidas pela Alpargatas. E ao se analisar toda a trajetória da marca, percebe-se que encantar o público exigiu grandes investimentos em inovação. Desde o lançamento do primeiro modelo das Havaianas, em 1962, muitas correções estratégicas foram feitas. No início, não havia tantas opções de cores e era um 

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comportamento

tipo de calçado bastante popular. Era comum ver as pessoas calçando os chinelos clássicos com solados brancos e tiras azuis. Em 1990, no entanto, houve um reposicionamento de marca, com o objetivo de captar novos públicos. Foram criados novos modelos, mais originais, despojados e coloridos. Ainda assim, o modelo clássico manteve adeptos fiéis. A surpreendente virada veio quando a Havaianas virou sinônimo de glamour. Nas

revistas de moda e celebridades, modelos e artistas desfilavam nas páginas com as brasileiríssimas sandálias nos pés. E a marca virou a menina dos olhos da Alpargatas. Famosos viraram garotos-propaganda e isso fez com que a marca caísse no gosto do público. “Ao longo do tempo, as Havaianas foram construindo uma relação de alegria e afetividade com as pessoas. Se você olhar toda a atividade de comunicação

dela e mesmo o produto, há uma percepção de qualidade. É uma relação muito positiva”, confirmou Paulo Secches. A marca vencedora investe alto, atualmente, em duas frentes: inovações nas coleções e na comunicação com os diversos pontos de contato com o cliente. Já são 281 lojas no Brasil e mais de 101 espalhadas pelo mundo. A companhia exporta as sandálias para 86 países e, hoje, já se tornou o principal suvenir do Brasil.

As dimensões do amor pela marca A associação direta de uma marca à personalidade do cliente e à qualidade do produto são condições preliminares para o consumidor amá-la. Comprometimento com o desenvolvimento do Brasil, atuação em mídias sociais, respeito ao funcionário e confiabilidade também representam preferências exclusivas do público nacional. Estudos publicados pela Associação Americana de Marketing, aliados a entrevistas com dez grupos nas capitais de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Recife ajudaram a Officina Sophia a identificar os principais fatores para o sentimento de amor à marca surgir. Confira os itens abaixo:

1. Qualidade A marca representa excelência em produtos e lançamento de novidades. Isso também é considerado uma pré-condição. O consumidor não ama um serviço/produto que não tem qualidade.

2. Identidade projetada Para o consumidor, carregar o emblema das empresas demonstra personalidade e gera sensação de pertencimento a um grupo.

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3. Identidade aspiracional Utilizar um produto ou serviço carimbado pela companhia ajuda o cliente a sentir-se uma pessoa diferente.

4. Disposição de investir recursos O amante da marca dedica tempo para entender as funcionalidades e usufruir os recursos dos produtos.

5. Recompensas da vida O cliente acredita que ter um item da marca dá um sentido especial à existência.

6. Desejo A grife desperta, no consumidor, a vontade de possuí-la com paixão.

7. Interações passadas O consumidor envolveu-se anteriormente com a marca (por SAC, pesquisas, redes sociais, eventos, etc.).

8. Apego emocional A marca funciona como uma amiga.

9. Feita para ele A marca atende perfeitamente às necessidades e vontades do cliente, superando suas expectativas.

10. Afeto positivo O cliente é apaixonado pela marca e a define como divertida, agradável e ética. Isso o deixa feliz.

11. Relacionamento a longo prazo O usuário acredita que a marca fará parte de sua vida por muito tempo.

12. A angústia da separação O consumidor parece não conseguir viver sem os produtos ou serviços oferecidos pela marca preferida.

13. Presença nas redes sociais Está presente na internet 2.0 e permite ao usuário interagir com mais esta ferramenta de comunicação.


comportamento

14. Pensamentos frequentes

As marcas mais amadas do Brasil

O cliente conversa sobre a marca e pensa nela constantemente.

RANKING 1º

Pontuação por segmento* pONTOS

hAVAIANAS

117

15. Certeza e confiança

MAC

115

O consumidor tem convicção no que sente em relação à marca.

O BOTICÁRIO

114

NESTLÉ

105

ROLEX

102

NATURA

101

COCA-COLA

97

VICTOR HUGO

96

GUARANÁ ANTÁRTICA

95

10º

FERRARI

88

11º

PRADA

86

12º

NIKE

86

13º

SADIA

84

14º

SAMSUNG

80

15º

LOUIS VUITTON

78

16º

BULOVA

75

17º

TAG HEUER

74

JOHN JOHN

70

19º

PAYOT

70

20º

LEVI’S

69

16. Dimensão humana A marca respeita funcionários e clientes.

17. Meio ambiente e desenvolvimento A marca é engajada com a natureza, a sociedade, a cultura e a economia.

18. Lealdade, recomendação, resistência O cliente não substitui a marca por outra em hipótese alguma. Ele defende, compra sempre e indica! É consequência do seu amor por ela.

18º

Fonte: Officina Sophia

acervo besni

Sandálias/Chinelos Havaianas

117

Ipanema

36

Rider

23

Dupé

-44

Crocs

-49

Calçados Femininos Christian Louboutin

69

Vizzano

65

Via Uno

65

Santa Lolla

63

Via Marte

57

Bolsas Victor Hugo

96

Prada

86

Louis Vuitton

78

Marc Jacobs

53

Gucci

52

Moda Feminina Le Lis Blanc

64

M. Officer

50

Calvin Klein

48

Zara

43

Dolce & Gabbana

37

Moda Masculina A Rede de Lojas Besni está entre as cinco mais bem avaliadas pelos brasileiros, na categoria Rede de Roupas

Giorgio Armani

42

Hugo Boss

29

Lacoste

19

Calvin Klein

14

M.Officer

11

Rede de Roupas Renner

9

Riachuelo

7

C&A

7

Marisa

-5

Besni

-9

Jeans

* As 27 categorias avaliadas pelo estudo estavam segmentadas por áreas temáticas que iam desde artigos esportivos, postos de combustível, redes de hotéis e telefonia celular. Ao lado, selecionamos algumas delas para exemplificar o resultado da pesquisa.

John John

70

Levi´s

69

Calvin Klein

59

Wrangler

46

M. Officer

42 Fonte: Officina Sophia

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mercado

imagem ilustrativa

O mundo de possibilidades das

redes sociais

A tecnologia invadiu a vida das pessoas e obrigou o varejo a repensar o jeito de vender 62


mercado

Uma mudança de comportamento do público está em curso no varejo nos últimos cinco anos. O crescimento do comércio virtual, a explosão das redes sociais e a disseminação dos smartphones colocaram as lojas, literalmente, nas mãos do cliente. Em menos de um minuto é possível comparar preços e pesquisar a opinião de outras pessoas sobre a qualidade de determinado produto ou serviço. Esse novo consumidor, denominado showroomer, já visita a loja munido de celular e está sempre conectado. E nesse cenário, as redes sociais ganham força e mostram que chegaram para ficar. As empresas mostram ter grande interesse em utilizar essas redes na relação com clientes – sejam físicos ou jurídicos. No entanto, essa plataforma ainda é usada principalmente como um meio de propaganda, sendo que apenas uma minoria se vale das redes sociais para ações de pósvenda ou como sistema de atendimento aos clientes. Dados O Brasil ultrapassou a Índia e é hoje o segundo país com maior número de usuários no Facebook (cerca de 46 milhões). Fica atrás apenas do disparado líder, Estados

imagem ilustrativa

Unidos, com 157 milhões de perfis ativos. No Twitter, a situação brasileira é semelhante: ultrapassamos o Japão e, desde fevereiro, somos vice no número de usuários: 33 milhões na rede do microblog. Independentemente da área de atuação, o posicionamento em plataformas como essas, tornou-se quase obrigatório. Atualmente, 88% das empresas nacionais têm canais de atendimento em mídias sociais, segundo pesquisa da agência Burson-Masteller. Em média, cada brasileiro destina 5 horas do seu dia à internet. As compras online e o e-commerce movimentaram, em 2011, R$ 18 milhões – número ainda distante do comércio virtual americano, que faturou R$ 18 bilhões no mesmo período. Uma pesquisa realizada pelo Altimer Group e Wetpaint para a revista Business Week com as 100 empresas mais valiosas ao redor do globo mostrou que os empreendimentos que investiram em mídias sociais apresentaram melhores resultados e receitas. Em média, empresas que investiram na rede cresceram 18% em um ano, enquanto aquelas que investiram pouco tiveram queda de 6%, em média, nas receitas finais do mesmo período.

É claro que todas as empresas querem estar na rede e alcançar cada vez mais seu público potencial. O que elas não sabem, na maioria das vezes, é como fazer isso. Oportunidades Nas mídias convencionais tais como televisão, rádio, revistas ou jornais, as empresas tinham total controle sobre o que era divulgado sobre elas. Hoje, qualquer fan page no Facebook pode se tornar uma porta de comentários nem sempre favoráveis. Este é um dos receios de muitos lojistas, afinal eles não querem se tornar vulneráveis. Marcas pequenas e grandes se mostram relutantes quanto ao uso correto das mídias sociais e assim não se permitem aprender a lidar, de maneira democrática e transparente, com seu público-alvo e, principalmente, com seus consumidores mais ativos. Muito além de divulgar seus produtos, as empresas devem considerar que as redes sociais são ambientes que oferecem informações generosas sobre seus consumidores. Quem compreender o poder e a dimensão dessas mídias certamente encontrará um mundo de possibilidades que muitos ainda não conseguem vislumbrar. 

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mercado

imagem ilustrativa

A diretora da YellowA,agência especializada em mídias sociais, Acácia Lima, relata a expressividade da rede: “No Brasil, lemos 90% das notícias nas redes sociais, e interagimos, aproximadamente, entre 5% a 10% das vezes. Se a média de cada perfil no Facebook é de 300 amigos e se considerarmos uma fan page com 5 mil fãs, estamos falando num alcance potencial de 1,5 milhão de pessoas com uma única notícia. Fazendo as contas, é fácil concluir que uma boa repercussão na rede

de Mark Zuckerberg certamente renderá boas vendas, bom marketing e bom relacionamento”, apontou. Para o especialista em tecnologia de informação, Luís Fuzaro, as redes sociais podem ser fortes aliadas também para o pequeno empresário. Segundo ele, o empreendedor de pequeno porte que investe nesse tipo de tecnologia, pode ter expansão do mercado, melhor relacionamento com os clientes e fornecedores, redução de custos e fomentar

novas parcerias. Uma marca que investe em tecnologia, mão de obra especializada, pesquisa de mercado e matéria-prima de boa qualidade deve investir também na interatividade. Diante disso, fica evidente a necessidade de um bom planejamento nas redes sociais, bem como um monitoramento eficaz, capaz de transformar possíveis crises em fidelização e simples comentários em portas para melhorias de produtos e desenvolvimento de novas ideias.

Ganhe credibilidade em ambientes digitais resposta clara, divulgada publicamente, mostra para toda a audiência que as reclamações estão sendo tratadas com a atenção que merecem.

Responda com agilidade Ofereça uma resposta imediata para o consumidor e sua audiência. Seja rápido na resolução do problema, pois isso evita que a situação tome proporções maiores do que deveria.

Não esconda os erros A transparência é o melhor caminho. Uma

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Dosagem de conteúdo

Manter-se fiel ao propósito original do seu estabelecimento comercial é o que traz relevância para o público-alvo. Evite o compartilhamento de assuntos polêmicos e fora da sua esfera de atuação.

Falta de posts pode indicar que sua empresa tem pouco conteúdo ou pouca coisa para ser mostrada. Da mesma forma, conteúdo excessivo é prejudicial. Programe suas publicações com intervalos regulares para não sobrecarregar ou desestimular seus seguidores.

Integre ações on e off

Estimule a participação

As ações on e off precisam ser integradas e com objetivos comuns, sempre relacionados aos objetivos globais e estratégicos da organização.

Para aumentar a participação de quem acompanha seu perfil, faça enquetes e pesquisas rápidas de opinião. Ofereça para seguidores influentes a chance de testar algum produto ou serviço novo, para que depois divulguem entre amigos o que acharam.

Seja relevante

Estar presente em uma rede social e saber fazer uso dessa ferramenta pode gerar ao lojista uma economia com a conta do telefone, crescimento do relacionamento direto com SAC 2.0, fortalecimento da relação do usuário com a marca, indicações, recomendações e elogios ou economia em pesquisas de opinião. Siga as dicas abaixo e garanta o sucesso de sua empresa na rede.

da audiência permitirá que você se antecipe frente a reações negativas iminentes.

Monitore o conteúdo Retuítes, compartilhamentos, comentários e curtidas tornam-se estatísticas para medir o engajamento da sua audiência.

Identifique as fraquezas Antes de criar perfis e fan pages em redes sociais, faça um estudo sobre as comunidades impactadas positiva e negativamente pelo seu negócio. O monitoramento prévio

Compre visibilidade Para quem já conquistou uma boa reputação nas redes, soluções pagas de publicidade são uma boa maneira de ampliar o alcance da audiência. Já existem ferramentas que se adaptam aos orçamentos de pequenas e médias empresas.


mercado

fotos: divulgação

Mantenha-se antenado! Um estudo sobre perfis de usuários do Facebook realizado pela agência Gauge revelou qual é o conteúdo certo para os diferentes perfis encontrados na rede social. Confira algumas das conclusões do levantamento:

Conteúdo Informativo

Mais voltado para jovens de 25 a 35 anos. Abordam assuntos que não precisam estar ligados à marca de maneira direta. No entanto, os temas publicados devem captar diferentes características do universo no qual a empresa está inserida. As postagens precisam agregar valor ao cotidiano do usuário.

Conteúdo Divertido

Voltado ao público de 18 a 28 anos. O gênero humorístico pode utilizar situações cotidianas ou acontecimentos passados. Porém, é preciso abordar temas coerentes com a faixa etária do público-alvo para ativar a lembrança dos usuários.

Conteúdo Humor Liberal

Concentra-se em jovens com idade entre 18 a 23 anos, que têm como principal característica a falta de critério ao curtir uma página. Este humor é mais escrachado e pode usar diferentes situações que não estejam relacionadas à marca, seus produtos ou universo. Ou seja, qualquer assunto pode virar uma piada.

Conteúdo Institucional

Explorado por usuários de 26 anos ou mais. O principal tema é a organização da empresa. Três assuntos são essenciais: História da Marca, Reputação e Imagem, e Conteúdo Administrativo. A primeira delas funciona de forma nostálgica e leva informações aos internautas para que eles se sintam mais próximos da companhia. Já o conteúdo de reputação e imagem deve agregar valor à companhia, com postagens de assuntos relacionados a sustentabilidade ou responsabilidade socioempresarial, por exemplo. Por fim, o Conteúdo Administrativo informa sobre mudanças ou novidades da empresa que proporcionarão algum tipo de benefício ou retorno para o consumidor.

Conteúdo Promocional

Os internautas de 26 anos ou mais são os que mais se identificam com os temas de produtos, promoções, sorteios ou novas campanhas. Representam 80% do público que curte uma página para participar de promoções ou ter acesso às novidades sobre produtos que o beneficiem de alguma forma. A pesquisa alerta para o excesso deste tipo de conteúdo. O abuso de promoções e sorteios pode atrair o “curtidor interesseiro” e não o fiel.

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mapa da moda

fotos: divulgação

A antiga terra dos samurais e ninjas é uma ótima opção de destino para quem deseja se aventurar em uma cultura tão oposta à nossa. Depois de uma estagnação econômica de 10 anos, a cidade finalmente voltou a crescer

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mapa da moda

fotos: divulgação

Tóquio continua sendo a combinação perfeita do Japão tradicional e do que há de mais moderno disponível no mundo. Na cidade, a eficiência dos serviços urbanos e a segurança surpreendem até o mais viajado turista. As opções de compras são variadas e tentadoras, oscilando entre o impecavelmente chique, o sedutoramente bem desenhado, o docemente fofo e o insanamente tecnológico. Ou seja, foi com essa mistura que o Japão conquistou o mundo e continua chamando a atenção de consumidores em todo planeta. Na terra dos produtos eletrônicos, o que não falta são lojas especializadas neste item, principalmente no bairro de Akihabara. Boa parte do melhor em eletrônicos e fotografia fica restrita ao mercado interno, então essa é chance para conhecer o que há de novo no mercado. O melhor é que você consegue comprar desde os últimos lançamentos até outlets de produtos usados (que para nós são novidades). Também vale a pena explorar lojas casuais que vem ganhando o mundo, como Uniqlo e Muji, grandes lojas de departamento – Isetan, Takashimaya, Mitsukoshi e Daimaru, entre outras – e visitar uma das ruas mais charmosas da Ásia, Omotesando, repleta de lojas de grife, restaurantes e a Kiddyland, especializada em brinquedos.

Tradicionais aparelhos de chá, quimonos, leques, papelaria, materiais de desenho, pintura e brinquedos de personagens como Pokemon, Hello Kitty, Doraemon e do Studio Ghibli são opções de suvenir bastante populares.

Harajuku É um dos bairros mais populares de Tokyo por ser ponto de encontro de jovens com seus estilos exóticos. Várias tribos se misturam colorindo a rua mais famosa chamada de Takeshita Dori. São diversos estilos e cada tribo tem a sua ideologia e suas características, que são reveladas pelas roupas, acessórios e expressões corporais. A região ficou famosa por, muitas vezes, estar ligada ao “Costume Play” ou apenas cosplay (usar trajes característicos de personagens de jogos, desenhos ou ícones da televisão).

Omotesando Bem próximo a Harajuku, está Omotesando com suas grifes famosas de marcas internacionais. Muitas vezes comparada a Champs-Élysées, de Paris, é uma das principais ruas comerciais de Tóquio. Ao longo dela, grifes famosas fazem a alegria das madames.

Ginza

Shibuya

Ginza é um dos mais espetaculares locais para se fazer compras. O luxo é palpável no ambiente e é diretamente proporcional ao número de zeros das etiquetas de preços. Se você quiser encontrar os produtos das melhores marcas (ou pelo menos os mais caros), este é o lugar. Mas para as pessoas com um pequeno bolso, é um bairro muito agradável para passear, enquanto aprecia a vista dos arranha-céus. Nem todas as lojas são de produtos relacionados à moda e existe a opção de visitar a Galeria de Nissan, o edifício da Sony (que tem até um pequeno teatro) ou a Apple Store.

É um dos distritos mais conhecidos de Tóquio pelo seu ruído, ritmo e movimento. Está cheio de gente jovem que vai até lá comprar a sua roupa e sair à noite. Um local que não pode faltar na sua agenda. Você certamente se impressionará com o tumulto de pessoas, os milhares de cartazes com infinitas cores e o barulho da publicidade, pessoas e carros.

Roppongi Hills Lugar ideal para amantes da boa cozinha e vida noturna. Roppongi Hills é considerado um dos lugares mais espetaculares de Tóquio. A região possui 109 mil metros quadrados de apartamentos, escritórios, restaurantes, museus e lojas. É considerada uma micro-cidade. Andar lá pode ser um pouco caótico, por isso há mapas bastante explicativos da área.

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GODO FRÊDO www.godofredo.com.br - acesse a página no facebook

as 12 leis universais

da “vida

dura”

1 - LEIS BÁSICAS DA CIÊNCIA MODERNA • Se mexer, pertence à Biologia. • Se feder, pertence à Química. • Se não funciona, pertence à Física. • Se ninguém entende, é Matemática. • Se não faz sentido, é Psicologia. 2 - LEI DA PROCURA INDIRETA • O modo mais rápido de encontrar uma coisa é procurar por outra. Sempre encontramos aquilo que não estávamos procurando. 3 - LEI DA TELEFONIA • Quando te ligam: se você tem caneta, não tem papel. Se tiver papel, não tem caneta. Se tiver ambos, ninguém liga. • Quando você liga para números errados de telefone, eles nunca estão ocupados. • Parágrafo único: Todo corpo mergulhado numa banheira ou debaixo do chuveiro faz tocar o telefone. 4 - LEI DAS UNIDADES DE MEDIDA • Se estiver escrito “Tamanho Único”, é porque não serve em ninguém, muito menos em você. 5 - LEI DA RELATIVIDADE DOCUMENTADA • Nada é tão fácil quanto parece, nem tão difícil quanto a explicação do manual. 6 - LEI DA ATRAÇÃO DE PARTÍCULAS • Toda partícula que voa encontra um olho aberto. 68

7 - LEI DO ESPARADRAPO • Existem dois tipos de esparadrapo: o que não gruda e o que não sai. 8 - LEI DA GRAVIDADE DOS FATOS • Se você consegue manter a tranquilidade enquanto à sua volta todos estão surtando, provavelmente você não entendeu a gravidade da situação. 9 - LEI DOS CURSOS E PROVAS • 80% da prova final será baseada na única aula a que você não compareceu e os outros 20% será baseada no único livro que você não leu. 10- LEI DA QUEDA LIVRE • Qualquer esforço para agarrar um objeto em queda provoca mais destruição do que se o deixássemos cair naturalmente. • A probabilidade de o pão cair com o lado da manteiga virado para baixo é proporcional ao valor do carpete. 11 - LEI DAS FILAS E DOS ENGARRAFAMENTOS • A fila do lado sempre anda mais rápido que a sua. • Parágrafo único: Não adianta mudar de fila. A outra é sempre mais rápida. 12 - LEI DA VIDA • Uma pessoa saudável é aquela que não foi suficientemente examinada. • Tudo que é bom é ilegal, imoral, engorda ou engravida.


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