REVISTA SALT :: EDIÇÃO #10

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maio DE 2014 | Nº 10 WWW.REVISTASALT.COM.BR DISTRIBUição GRATUITA

Calçados | Moda | Mercado 1


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índice

A potência do calçado brasileiro 06|entrevista - Em entrevista exclusiva o presidente da entidade organizadora das feiras Sicc, Zero Grau e 40 Graus, consideradas as mais expressivas do setor calçadista no país, ao lado de Francal e Couromoda, fala das perspectivas da produção nacional frente ao mercado global.

10|moda

- A modelo Fernanda Monense traz a nova linha da Via Euro

Shoes em um ensaio arrasador na cidade histórica de Tiradentes / MG.

Como vender mais? 10|mercado - Que estratégias devem ser adotadas para manter a lucratividade do negócio, sem baixar os padrões de produtos e serviços oferecidos e conquistar novos clientes?

A força de venda dos grandes shoppings 16|economia - Estes centros comerciais podem ser vistos como uma excelente estratégia para atingir certos perfis de consumidores.

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A arte de liderar e ser liderado 20|comportamento - Pesquisa aponta que 66% das pessoas reagem mal ao receber uma avaliação negativa de um líder. Saiba como colocar a equipe de trabalho a favor de seu líder.

Os “rolezinhos” e o impacto das redes sociais 24|comportamento - Alexandre, bole um texto do tamanho deste para colocar neste espaço.


JOYCE AMARAL Verão 2015: Estampas em alta!

Roubando a cena na Copa do Mundo

28|MODA - Foi-se o tempo que florais ou

30|MODA - Conheça a Nike Flyknit Mer-

motivos praianos eram os únicos a imperar nas vitrines da estação: os clássicos continuam fazendo sucesso mas ganharam releituras em novos tons e padronagens.

curial Superfly IV: a super chuteira que será lançada para a Copa de 2014.

Diretora Geral e Comercial - Hellen Viegas Diretor de Arte - Mateus Moreira Designer Gráfico - Kayta Alves Jornalista Responsável - Mateus Moreira (MG-09505-JP) Reportagens - Alexandre Dutra (MG-12783-JP) Fotografia (Capa e editorial) - Mateus Dias Maquiagem - Ederson Oliveira Produção de Moda - Sinara Cardoso Colaboradores desta Edição Joyce Amaral e Suely França Tiragem - 10.000 exemplares Distribuição - Gratuita Circulação - Nacional Redação e Correspondência Av. José João Rodrigues, 1135, Fausto Pinto da Fonseca

Bom humor é coisa séria

Moda impulsiona crescimento do e-commerce

44|comportamento

A 10ª edição da Revista Salt traz grandes dicas, tanto para vendedores quanto para os lojistas, sobre a importância do conforto dos calçados e os tipos de pisadas existentes. É possível que um calçado seja atrativo, ousado e siga as tendências da moda e ainda assim não deixe de proporcionar conforto para o pé do cliente? E qual modelo não irá prejudicar a postura corporal ou causar dores, calos ou joanetes? Confira tudo isso na reportagem sobre moda que contrapõe estética e conforto. radentes, pelo fotógrafo Mateus Dias, com produ-

Fale com a Salt salt@revistasalt.com.br Tel.: (37) 3226-4068 Para Anunciar

50|mercado - São vários os canais existentes para atrair e fisgar um cliente. O e-commerce é um deles e tem mostrado que veio para ficar, sobretudo quando se trata de moda e vestuário.

da moda: SÃO PAULO

Caro leitor,

salt@revistasalt.com.br

comercial@revistasalt.com.br

Característica já é considerada uma competência de destaque no ambiente corporativo por facilitar as relações e diminuir as resistências.

64|Mapa

CEP: 35519-000 - Nova Serrana / MG

A revista Salt é uma publicação da Salt Comunicação e Editora Ltda. A revista Salt não se responsabiliza pelas opiniões, artigos e conceitos emitidos nos textos assinados e/ou anúncios, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es).

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66|Humor:

Os tipos de MALA que “surgem” no trabalho

ção de Sinara Cardoso e make de Ederson Oliveira. Outro destaque vai para a nova chuteira da Nike que será lançada para a Copa do Mundo: a Nike Flyknit Mercurial Superfly IV. Esta edição também apresenta uma entrevista com Frederico Pletsch Neto. O presidente da Merkator Feiras e Eventos comenta sobre as perspectivas da produção nacional frente ao mercado global e enfatiza a notoriedade do evento que acontece, em maio, na cidade de Gramado. E falando sobre comportamento, a Revista Salt traz dados de uma pesquisa que revelou que 66% das pessoas reagem mal ao receber uma avaliação negativa de um

líder. Confira as implicações que isso pode gerar em sua loja.Já no Mapa do Moda a cidade da vez é a metrópole São Paulo. Você sabia que a capital paulista já foi eleita a sétima cidade mais importante da moda? Tem ainda dados recentes sobre e-commerce: vestuário e acessórios já vendem mais que eletrodomésticos e cosméticos no mercado virtual. E se você quer continuar vendendo muito ou saber como chegar a esse estágio, a dica é ler a reportagem sobre mercado que traz 10 dicas preciosas para você e seus colaboradores. BOA LEITURA! Mateus Moreira, Diretor de Redação

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ENTREVISTA

imagens ilustrativas | arte: revista salt

A potência do calçado brasileiro

O entrevistado desta edição é Frederico Pletsch Neto, presidente da Merkator Feiras e Eventos, empresa responsável pela realização do Salão Internacional do Couro e do Calçado (SICC), uma das maiores feiras do setor no Brasil 8


ENTREVISTA

foto: João Ricardo

O SETOR CALÇADISTA NACIONAL Segundo a Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados), o Brasil ocupa o terceiro lugar entre os maiores produtores mundiais é o oitavo maior exportador. Os dados revelam que em 2011, a produção foi de cerca de 819 milhões de pares de calçados. Deste número, o mercado interno consumiu 706 milhões de pares. A exportação foi de 113 milhões de pares, que representa 13% da produção nacional, destinados a 150 países. A exportação gerou US$ 1,3 bilhão para o mercado.

Em entrevista exclusiva, o presidente da entidade organizadora das feiras SICC, Zero Grau e 40 Graus, consideradas as mais expressivas do setor calçadista no país, ao lado de Francal e Couromoda, fala das perspectivas da produção nacional frente ao mercado global. Ele ainda enfatiza a notoriedade do evento que acontece em maio na cidade de Gramado (RS). Revista Salt - Como o senhor avalia as alterações que ocorreram na comercialização de calçados nas últimas décadas? Frederico Pletsch - Acredito que houve uma mudança significativa com a perda da hegemonia das exportações para os Estados Unidos. Com o advento das exportações na década de 70 ficamos passivos em termos de lançamentos de produtos e de marcas. Éramos compradores e servíamos quase que como um grande atelier para as grandes marcas internacionais. Com a perda significativa deste negócio foi preciso olhar para o mercado nacional e sentir as necessidades deste consumidor. Houve um movimento de lançar moda, oferecer conforto e trazer a qualidade adquirida no exterior para os calçados consumidos no mercado doméstico. A agilidade do empresariado fez a indústria sentir o mínimo possível esta transição.

Passamos de um país Passivo para um país ativo na comercialização do produto. Esta, para mim, foi a grande mudança que nos beneficiou como empresa promotora. Revista Salt - Em termos de criação e fabricação, como o senhor vê a indústria brasileira frente à produção internacional? Frederico Pletsch - Hoje estamos vendendo produtos de maior valor agregado e enviando nossas marcas para o exterior. Diminuímos a quantidade de calçados, mas conquistamos o respeito e atenção do consumidor internacional, mesmo o de países com uma indústria tradicional. Revista Salt - Na sua opinião, o produto nacional ainda encontra dificuldades diante dos outros países? E quais seriam elas? Frederico Pletsch - Encontramos dificuldades frente a países com condições de oferecer preço mais competitivos que os nossos, mas temos também outros diferenciais importantes. Revista Salt - Quais os diferenciais que o SICC 2014 oferece em relação à edição do ano passado? Frederico Pletsch - O SICC hoje lança para o Brasil e para as Américas as coleções primavera/

verão de calçados e de acessórios. Para nós, esta é a grande atração do evento. Temos trabalhado muito para transformar o calçado na grande estrela do SICC. Mesmo assim, eventos paralelos acontecem na feira, já que hoje somos uma das principais vitrines do setor. Ainda não temos a programação completa, mas assim que tivermos iremos divulgar. Revista Salt - O que impulsionou essa evolução? Frederico Pletsch - Nós acreditamos que todo o nosso crescimento se deve a uma leitura das necessidades do mercado. Em parceria com os sindicatos patronais começamos a ver que havia mudado alguns itens importantes do calendário da indústria de calçados e decidimos implementar outros dados que atendiam os anseios do fabricante e do lojista. Em síntese, foi isto que aconteceu. Hoje somos uma promotora que promove três feiras para o setor calçadista dentro da realidade do mercado nacional. No SICC lançamos a moda primavera/verão, na Zero Grau a moda outono/inverno e na 40 Graus procuramos atender os desejos do varejo do norte e nordeste do país, contemplando as regiões com coleções exclusivas para as populações locais. 

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ENTREVISTA

Revista Salt - Qual foi a média de público em 2013 e qual a expectativa para 2014? Frederico Pletsch - Em nossos últimos eventos de 2013 tivemos cerca de 18 mil visitas no SICC e cerca de 14 mil na Zero Grau. Revista Salt - Porque a escolha de Gramado para sediar o evento? Frederico Pletsch - Sempre trabalhei com o setor calçadista. Fui representante comercial e depois trabalhei por longos anos na Fenac. Quando pensamos em fazer feira sempre desejamos

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foto: divulgação. Extraída do site www. retalhosdomundo

privilegiar o nosso estado que, na verdade, é o berço desta indústria. Então, optamos por uma feria gaúcha e escolhemos Gramado, pois acreditamos que devemos unir turismo aos nossos negócios. Uma feira precisa de atrações paralelas e, nisto, Gramado é a melhor opção, não só na Região Sul, mas em termos de país também. Revista Salt - Quais são os países que mais prestigiam a feira? Frederico Pletsch - Nas últimas edições estivemos bem concentrados nas três Américas e Euro-

pa. Agora estamos convidando importadores de outros países, mas ainda estamos na fase de convites. Revista Salt - Para o Brasil, a América do Sul representa parceira ou concorrência? Frederico Pletsch - Certamente parceria. Geralmente os nossos lançamentos casam perfeitamente com a necessidade imediata de muitos países. Além disto, temos também os traços culturais que são bem significativos e, portanto, nos aproximam e fazem com que os nossos produtos tenham boa aceitação em diversos mercados.

SICC

Gramado

A XXIII Edição do Salão Internacional do Couro e do Calçado, que ocorre este ano, entre os dias 26 e 28 de maio, está definitivamente consolidada no mercado. Em 2013, foram 17 mil m2 de área montada, com 351 expositores que reuniram aproximadamente 1000 marcas. São vários os fatores que contribuem para este sucesso, entre eles está o fato dela ser a primeira feira do calendário nacional a trazer os lançamentos de primavera e verão. As marcas aproveitam a oportunidade para apresentar as ideias, as cores, as propostas, os materiais e tudo mais que movimenta o ciclo fashion da alta estação. É a primeira vitrine a receber as novidades em calçados e acessórios do país. É onde as coleções começam a ganhar as ruas. A expressividade do evento também ganha força graças à localização.

A cidade de Gramado (RS) é um dos principais pontos turísticos do Brasil, por isso, oferece uma estrutura hoteleira e gastronômica de qualidade, além das opções de passeio e entretenimento que atraem pessoas do mundo inteiro. Diferente dos grandes centros, onde a locomoção entre o local do evento e os hotéis enfrentam as dificuldades do trânsito caótico, Gramado se projeta em função do turista, proporcionando agilidade e comodismo em mobilidade. O turismo de negócios tem feito de regiões turísticas do Brasil polos de realização de eventos corporativos. Apenas em 2013, esse tipo de viagem movimentou R$ 36,79 bilhões no país, o que representa um crescimento de 13,8%, em relação a 2012, de acordo com dados da Associação Latino-Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev).


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MERCADO

arte: revista salt

Como vender mais?

Que estratégias devem ser adotadas para manter a lucratividade do negócio, sem baixar os padrões de produtos e serviços oferecidos e conquistar novos clientes? 12


MERCADO

Independentemente do ramo de atuação, toda empresa vive de vendas e essa é uma das principais, se não a principal, área de qualquer organização. A primeira coisa a se fazer é ter certeza que você está vendendo o que o mercado quer comprar. A única forma de garantir isso é conhecendo profundamente as necessidades e desejos dos consumidores, não caindo na tentação fácil de achar que tem conhecimento sobre coisas que ainda não foram pesquisadas. Outro ponto fundamental para manter os negócios é estar atento às indicações do mercado sem esquecer-se do preço e qualidade do produto ou serviço. Pode parecer óbvio, mas o preço é o diferencial no mercado competitivo, e isso é reforçado pelo público, principalmente se for das classes C e D, que priorizam sempre o preço. Boas práticas e estratégias para conquistar e manter clientes tornam-se também ações primordiais para conseguir sucesso no

arte: revista salt

mercado. Nessa busca incessante pela fidelização do cliente, saber como vender diferencia profissionais medianos de grandes vendedores. Tornar um produto ou serviço o objeto de desejo do cliente é o desafio a ser alcançado por quem quer ter destaque e ganhar dinheiro nessa área. Boas vendas Cada venda tem sua característica, mas algumas atitudes durante o processo de negociação são possíveis em qualquer situação. Tratar o cliente com exclusividade, entender sua necessidade e dar a ele toda a atenção antes, durante e depois do fechamento de um negócio fazem parte de uma boa estratégia de negociação. Com um mercado cada vez mais competitivo e empresas oferecendo opções tão parecidas, vai se destacar aquele que entender que o atendimento é o que diferencia uma organização da outra. A forma como recepciona, atende e dá

manutenção a um cliente define se ele será temporário ou alguém fiel não só à empresa, mas também ao profissional que o atendeu. Além do tratamento especial, o bom humor e o entusiasmo são fatores importantes para vender mais e melhor. Mas fique atendo quanto a isso: uma alegria forjada é facilmente descoberta por qualquer pessoa. Expressão facial, gestos e até mesmo o tom da voz demonstram a naturalidade ou não de um profissional. Quem quer trabalhar com o público precisa realmente ter vocação para lidar com ele. Com essa habilidade e as boas práticas colocadas em ação, dificilmente um cliente escolherá pelo concorrente, até mesmo se ele tiver um produto com o preço mais atrativo. A criação de laços de confiança e empatia, atrelados ao bom atendimento e cuidado com as necessidades do cliente garantem fidelização e melhores vendas.

10 dicas para sua loja aumentar as vendas

Ponto comercial A recomendação número um é manter o ponto de venda em um local frequentado pelo público-alvo do negócio. Essa é uma das primeiras coisas a ser pensada pelo empreendedor que deseja atuar no varejo. Com a loja já consolidada, não é recomendado mudar de endereço.

Conhecimento do cliente A pequena empresa tem uma vantagem em relação à grande neste quesito porque geralmente o dono do negócio está atrás do balcão todos

os dias. É preciso tomar cuidado com o crescimento, pois é comum que o empreendedor deixe um pouco de lado a proximidade com os consumidores. O recomendado é manter nos computadores um banco de dados dos clientes. Sabendo o perfil deles com exatidão, comprase melhor dos fornecedores e as chances de venda aumentam.

Controle de estoque Vale a pena investir em um sistema de tecnologia da informação, mesmo que simples. Por meio dele será

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MERCADO

possível, por exemplo, saber quais são os produtos mais vendidos e, a partir daí, ajustar melhor o sistema de compras. É preciso ainda um cuidado maior para que não faltem itens. O consumidor que entra na loja e descobre que o produto acabou dificilmente volta ao local.

Promoções Consumidores são sempre atraídos por descontos. No entanto, é preciso que a promoção seja mesmo verdadeira. Algumas empresas, sabendo da atratividade que elas despertam, apenas anunciam a baixa, sem de fato alterar os preços. Às vezes, as promoções não significam necessariamente aumento no faturamento, mas sim crescimento do volume das vendas.

Facilidade de pagamento O estabelecimento que aceita diversas modalidades de pagamento, como cartões de crédito e débito ou cheque, e também possibilita o parcelamento, ganha a preferência do consumidor.

Capacitação do vendedor Nas pequenas empresas, é comum a contratação de parentes e amigos que não têm perfil de vendas. A prática é um erro, pois um profissional do ramo deve ser alguém capacitado para negociar e personalizar o atendimento. Recorrer a candidatos que já tenham experiência no varejo é uma boa saída.

Datas comemorativas Ficar atento à sazonalidade. Garanta que sua empresa esteja preparada para o aumento de venda em datas como Natal e Dia das Mães. Isso significa tanto possuir mais produtos como, se for o caso, contratar colaboradores temporários. Quem não se prepara, perde para a concorrência.

Vitrine Produto que não fica exposto não é vendido. A vitrine, mais do que bem organizada, precisa ser atraente. Isso se consegue com o mix certo de produtos que tenham apelo para o público-alvo em questão. As novidades precisam ser constantes.

Presença na rede Se não for possível vender pela internet, é interessante que a empresa tenha pelo menos um site ou uma página no Facebook. É comum alguns consumidores saírem de casa depois de consultarem a página online das lojas em que desejam comprar. A empresa que não tiver presença na rede acaba perdendo oportunidades.

Pós-venda O pós-venda é a pré-venda da compra seguinte. Os clientes que reclamam do serviço ou do produto requerem atenção dobrada. Tanto para que se possa melhorar o produto em questão, quanto para que a imagem da empresa não fique arranhada.

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arte: revista salt


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ECONOMIA

a força de venda dos grandes

shoppings Centros comerciais podem ser vistos como uma excelente estratĂŠgia para atingir certos perfis de consumidores 18

imagens ilustrativas | arte: revista salt


ECONOMIA

Censo 2013-2014 do segmento Shopping Center no Brasil traz importantes informações sobre faturamento, frequência, localização e estrutura

Com mais 38 novos empreendimentos em operação e uma média de 415 milhões de visitantes mensais, o mercado de shopping center brasileiro registrou, em 2013, alta de 8,6% nas vendas em relação ao ano anterior, segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers – Abrasce. O setor atingiu faturamento de R$ 129,2 bilhões e a expectativa para 2014 é de um aumento de 8,6% nas vendas. “Os shoppings brasileiros atravessaram mais um ano de crescimento acima do comércio varejista e da inflação. Para 2014, a Abrasce acredita na continuidade do cenário favorável para o desenvolvimento do setor, que prevê a inauguração de mais de 40 shoppings até o final do ano, 32 deles em cidades que não são capitais.”, comentou o presidente da associação, Luiz Fernando Veiga. O Natal foi a data comemorativa que, como de praxe, mais contribuiu para o crescimento do setor. No mês das festas, os campeões de vendas foram os setores de alimentação, telefonia, óticas e perfumarias. Todos eles atingiram um crescimento acima de 20%. Em média, as vendas em dezembro cresceram 7,7% em relação ao mesmo período de 2012 - desempenho maior que a do comércio em geral, que apresentou crescimento de 2,7% .

Inaugurações O setor está em plena expansão no país e, em 2013, atingiu um recorde. Ao longo do ano, foram 38 shoppings centers inaugurados. Esse número, somado às expansões pelas quais muitos shoppings estão passando, contribuiu para o bom desempenho do segmento, que além da conveniência, oferece comodidade e segurança aos frequentadores. A região Sudeste foi a que recebeu a maior quantidade de novos empreendimentos (ao todo foram 20) seguida pelas regiões Sul, Nordeste, Centro Oeste e Norte. Este número fica ainda mais expressivo se comparado ao total de novos empreendimentos fora das capitais. Dos 38 shoppings inaugurados, apenas 15 aconteceram nas capitais. Atualmente, existem 495 shoppings de grande porte em operação no Brasil, em 173 cidades. Roraima é o único estado que ainda não possui um shopping. Pela primeira vez na história da indústria, o percentual de shoppings inaugurados fora das capitais é igual ao de shoppings nas capitais. No final de 2013, 50% dos shoppings centers estavam localizados em capitais brasileiras e 50% em outras cidades. 

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ECONOMIA

Público O número de frequentadores também saltou de 398 milhões de visitas por mês para 415 milhões em 2013, o que representa uma alta de 4,2%, comparado ao ano de 2012. Um dado curioso diz respeito à frequência de homens e mulheres que vão a shoppings centers: ela é idêntica. Na prática, isso quer dizer que eles e elas fazem, em média, cerca de quatro visitas mensais ao shopping. Analisando este perfil, foi observado que 41% deles são da classe B. A classe C representa 37% do público e a classe A, 22%. Os números da classe C foram os que mais cresceram, comparativamente com os anos anteriores. No entanto, historicamente, a classe B sempre foi o maior público. O sábado é o dia com maior público, recebendo 24% dos visitantes da semana. A sexta-feira reúne 16% dos frequentadores e o domingo, 14%.

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495 shoppings centers em operação ao final de 2013; 173 cidades com shoppings no Brasil ao final de 2013; 12.940.000 m² de ABL (Área Bruta Locável) no Brasil (aumento de 13,5% em relação ao ano anterior); R$ 129,2 bilhões de faturamento total do Brasil em 2013 (crescimento de 8,6% em relação a 2012); 87% dos shopping centers brasileiros são shopping centers do tipo tradicional e 13% especializados (outlet, lifestyle e temáticos); 50% dos shopping centers estão localizados em capitais brasileiras e 50% em outras cidades; 94% dos shopping centers brasileiros abrem aos domingos; Os shoppings brasileiros receberam cerca de 415 milhões de visitas por mês em 2013, o que representa um aumento de 4,2% em relação ao ano de 2012; Existem 86.271 lojas nos 495 shoppings centers brasileiros; Existem 740.137 vagas de estacionamento em shoppings em todo o território nacional; 2.386 salas de cinema nos centros de compra de todo o Brasil; Estima-se que haja 843.254 empregos diretos nos shopping brasileiros (aumento de 4,8%).

RAIO X DO SETOR

Levantamento Os dados ao lado fazem parte do mais recente censo realizado pela Associação Brasileira de Shopping Centers, em parceria com a GEU (Gismarket Estudos de Mercado). O estudo revelou ainda que a indústria de shopping centers não para de crescer. Considerado o maior raio-X do setor, o censo 2013-2014 traz importantes informações sobre o segmento no Brasil, englobando aspectos como faturamento, frequência, localização e estrutura. Para a produção da pesquisa foram convidados 537 shoppings de todo o Brasil, entre inaugurados e a inaugurar. Os shoppings no Sudeste foram os que contribuíram com o maior faturamento do setor: R$ 75,908 bilhões. O segundo melhor desempenho foi o da região Sul, com R$ 18,927 bilhões, seguido pela região Nordeste (R$ 18,884 bilhões), Centro-Oeste (R$ 10,356 bilhões) e Norte (R$ 5,147 bilhões). Outro destaque foi o número de empregos diretos gerados. Foram totalizados 38.571 novos postos de trabalho no setor, em 2013. Atualmente, estima-se que haja 843.254 empregos diretos nos shoppings brasileiros, o que corresponde a um aumento de 4,8% em relação a 2012.

fonte: Abrasce | arte: revista salt


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comportamento

A arte de liderar e ser liderado Pesquisa aponta que 66% das pessoas reagem mal ao receber uma avaliação negativa de um líder Algumas pessoas têm extrema dificuldade em aceitar opiniões desfavoráveis sobre o seu trabalho. São pessoas que têm dificuldades em ser lideradas por outras pessoas. Algumas, devido a uma excessiva sensibilidade. Outras, devido a complexos de superioridade ou inferioridade. Embora possa ser difícil receber uma ordem para alguns, por outro lado existe quem tem dificuldade em comandar ou o faz de maneira equivocada. É o que garante a psicóloga Ana Paula Damázio. “É preciso saber liderar e ser liderado. Uma pessoa que ocupa um cargo de comando tem que saber dar ordens sem ferir a autoestima do outro. O objetivo deve ser sempre motivar o outro a trabalhar mais e melhor, além de ter a sensi-

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bilidade de perceber o ponto forte de cada um”, explicou a psicóloga. Muitas vezes as vozes de comando não fazem seu papel com excelência e acabam desconstruindo ao invés de construir. Ana Paula aconselha que para essas ocasiões é preciso ter equilíbrio para poder valorizar as aptidões de cada um. Quando não aceitamos um líder, estamos perdendo uma oportunidade de desenvolver a nossa capacidade em determinada tarefa. Dados Um estudo conduzido pela equipe do instituto canadense PsychTests com três mil pessoas, mostrou que estamos despreparados para lidar com as

críticas que recebemos no dia a dia dos líderes. Um dos dados mais reveladores é o de que 66% dos participantes admitiram remoer o “feedback negativo” sem necessariamente mudar de comportamento ou conversar com quem lhe fez uma crítica. A pesquisa ainda apontou que 14% acham que quem critica o faz por inveja ou raiva. Já aqueles que acham que os comentários são feitos com o intuito de lesar e não ajudar representam 29%. Trinta e quatro por cento perdem a motivação para trabalhar quando são avaliados desfavoravelmente e 41% já entraram em grandes discussões após serem censurados pelo menos uma vez. No ambiente de trabalho ou em casa, as reações a uma crítica invariavelmente envolvem sen-


comportamento

timentos pouco nobres, afinal poucos conseguem ver o lado bom dessa valiosa ferramenta social. A aversão a uma avaliação desfavorável é tamanha que, nas empresas, por exemplo, ela ganhou alguns eufemismos como “feedback negativo” ou “oportunidade de autoconhecimento”.

Ana Paula aponta que um dos grandes problemas da crítica do líder é que, frequentemente, quem está na posição de fazê-la comete grandes erros: “No ambiente corporativo, chefes costumam abusar do poder a eles atribuído, além de misturar diferenças pessoais com profissionais.

Já no ambiente familiar, frustrações acumuladas se manifestam por meio de críticas excessivamente duras e muitas vezes desnecessárias. Porém, como não podemos mudar os outros, temos que mudar a nós mesmos para aprender a tirar o que há de bom nisso”, ponderou.

Preparando líderes eficazes Por Suely França Moreira Um dos temas mais discutidos na esfera das organizações é a necessidade de líderes que impulsionem o desenvolvimento das empresas. Em um ambiente marcado pela integração entre as pessoas, cabe a ele transferir o conhecimento aos seguidores e buscar inovações para o sucesso da corporação. Peter Drucker, um dos grandes gurus da administração, defende que a existência de seguidores é o que legitima o líder. Para ele, o mais eficaz não é aquele amado e admirado (isso deve ser uma consequência) mas sim, alguém cujos seguidores fazem as coisas certas. “Popularidade não é liderança. Resultados sim”, e estes, só são expressivos quando há um engajamento voluntário dos membros da equipe e, para isso, cabe também ao líder convencê-los e incentivá-los. O comportamento do líder é o que determina o êxito ou o fracasso do trabalho da equipe. A boa liderança tem o poder de estimular seu pessoal para entregar melhores resultados. Uma liderança que não prima pela motivação se depara frequentemente com faltas, atrasos e declínio nos resultados. O bom líder precisa compreender a si mesmo, a equipe e o clima organizacional a fim de estudar a disposição de seu grupo e como se portar em cada situação. Por muitos anos o sucesso empresarial

era medido através dos recursos materiais que a instituição possuía. No entanto, com amadurecimento das teorias administrativas, percebeu-se que o responsável pelo desenvolvimento de todos os processos de uma empresa era o homem e não a máquina. De nada vale toda tecnologia processual, belas instalações e outros recursos se não houver pessoas envolvidas para dar vida a tudo isto. O ser humano é a peça primordial da engrenagem administrativa e operacional. A partir desta constatação o pensamento organizacional mudou o foco da valorização do TER para o SER. O gerente, inserido nesta nova concepção mercadológica, abdica do posto de chefe, que impunha regras e dava ordens aos subordinados e assume o papel de líder, passando a participar junto com os membros das atividades, despertando neles o desejo de fazer a corporação crescer. O líder se tornou o ponto chave para o sucesso da organização, pois é responsável por encontrar oportunidades, desenvolver pessoas e inspirá-las. Ao investirem em seus líderes, através de treinamentos de capacitação técnica e promovendo o desenvolvimento humano, as empresas tornam-se cada vez mais competitivas. Para se tornar um líder eficaz é preciso basicamente: • Ser inconformado com sua performance, buscando se aprimorar constantemente.

• Buscar uma melhor percepção de si e um melhor entendimento do outro, dando feedback com frequência, delegando com respeito e mantendo a ética. • Ter boa comunicação deixando claro o que está pensando. • Ter boa capacidade de ouvir. Olhar para a pessoa enquanto ela fala é um gesto de atenção e respeito. • Se responsabilizar pela capacitação de sua equipe. • Proporcionar ambiência: unir o ambiente físico e psicológico, propiciando a harmonia no local. Se a liderança for munida de confiança, influência e autoridade ela adquire solidez. À medida que os seguidores notam que seu líder se sacrifica por todos, ele assegura sua autoridade e este sacrifício só é possível se houver amor ao ofício. Para liderarmos pessoas, precisamos ter afeto por elas. Neste caso, amor e liderança assumem características semelhantes, devido à doação ao próximo. Em síntese, líder é aquele que cria condições motivadoras, um ambiente saudável, estimulante e harmônico para que a equipe tenha um crescimento significativo. Suely é psicóloga especializada em coach de carreira e formação de lideranças. Contato: suelyarh@yahoo.com.br 

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comportamento

OS Nove tipos de líder

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Conector

Estimulador

Professor

Indivíduo com habilidades para enxergar a teia de relações pessoais e em se conectar com outras pessoas. Para ele, colaboradores com diferentes pontos fortes devem se unir para as realizações.

É um líder que eleva a energia no ambiente, faz com que as pessoas se apeguem e as coisas aconteçam. Outros colaboradores entram em ação porque desejam segui-lo.

É aquele que descobre o potencial de cada pessoa. Seu poder vem com a descoberta de como explorar os pontos fortes de cada um. Ele gosta de aprender a partir de tudo que faz.

Provedor

Pioneiro

Criador

Está sempre querendo saber como apoiar a equipe e valorizar os colaboradores. É confiável e defende as outras pessoas.

Gosta de projetos novos e é motivado por novas experiências. Não tem medo do fracasso e gosta de ousar.

Antes de pedir ajuda, esse líder tem ideias. Gosta de ter um tempo sozinho para pensar. Orgulha-se de suas ideias e não gosta de surpresas.

Assessor

Equalizador

Influenciador

É aquele líder a quem as pessoas recorrem quando desejam um conselho sobre determinado tópico. Como um perito, está sempre em busca de aperfeiçoamento.

Ele sente que todo universo precisa ser alinhado. Esforça-se para equilibrar tudo e espera muito de todos. Se alguém deixar de fazer o trabalho, ele questionará isso.

Faz com que as pessoas ajam com base no que recomenda. Seu objetivo é sempre convencer por meio de persuasão ou charme. É impaciente e ouve apenas o que deseja.


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arte: revista salt

Os “rolezinhos� e o impacto das redes sociais

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Se você acompanhou os noticiários e as redes sociais nos últimos três meses, certamente se deparou com relatos e opiniões sobre os chamados “rolezinhos”. Os encontros de jovens da periferia de São Paulo em shoppings centers ganharam grande destaque na imprensa e, através das redes sociais, ganhou força e repercussão em todo o país. Em sua essência, os rolezinhos nada mais são do que encontros de pessoas, em sua grande maioria os jovens, com o objetivo de dar um “rolê”, ou seja: passear, fazer novas amizades ou paquerar. Na verdade, esse tipo de evento não é exatamente uma novidade. O que eles trazem de novo é a forma com que são organizados no ambiente virtual. Tais eventos são fruto de uma cultura que há algum tempo faz parte da vida do brasileiro: as redes sociais. O poder dessas plataformas tem mostrado que, mais do que um local de discussão, elas servem para reunir pessoas com gostos afins, promover interação presencial entre usuários, fomentar protestos e viralizar conteúdos. Os rolezinhos também mostraram para todos que o futuro (não tão distante assim) está nas redes de relacionamentos online. Imagine um lojista no ano de 1984 querendo que 5 mil pessoas conheçam o novo modelo de calçado lançado. Se ele não for dono de um jornal, rádio ou rede de televisão, as tecnologias de comunicação à sua disposição seriam cartazes, folderes, displays, anúncios pagos e, claro, o bom e velho boca a boca. Seria necessária uma boa verba, o envolvimento de muitas pessoas e uma boa dose de esforço e paciência para que o produto dele tivesse o alcance desejado. De volta para 2014, cumprir essa mesma tarefa envolve bem menos dificuldades. Você poderá fazer tudo se tiver três coisas: acesso à internet, um página no Facebook e criatividade para atingir seu público. Quem acompanha as notícias tem procurado entender os complexos fatores sociais, culturais e comportamentais por trás dessa grande rede. É de comum acordo que o fenômeno das redes sociais conseguiu se manifestar, em grande medida, pela acessibilidade e pelo poder de mobilização entre as pessoas gerado por essas mídias. Ao mesmo tempo em que facilita a organização de encontros e a divulgação de serviços ou

produtos, a tecnologia também dá chance para que as empresas possam ter um canal direto com seu público e descubram a opinião deles, formando assim, um importante. Possibilidades e oportunidades Em dezembro do ano passado, o Twitter reformulou seu serviço de mensagens diretas, permitindo o envio de fotos de forma privada. Dois dias depois, o Instagram lançou uma nova funcionalidade que permite o compartilhamento de imagens e vídeos de forma pessoal e exclusiva. Enquanto isso, o WhatsApp anunciou que possui 400 milhões de usuários ativos – muito mais do que os 150 milhões do Twitter. O mercado como um todo parece compreender que interações mais pessoais, restritas a poucos usuários, são necessárias mesmo em um universo que sempre teve como emblema o compartilhamento público de informações. Não que as redes para contatos individuais dominarão o mercado e matarão outras propostas. Mas com o amadurecimento do mercado, a consolidação de soluções cada vez mais individualizadas ganhará mais espaço. Será ao longo desse processo que alguns padecerão e outros seguirão competitivos. Para as próximas gerações, conversar, trocar vídeos e enviar fotos, e até marcar “rolezinhos” ou outros eventos, serão atividades realizadas não em uma única plataforma universal e totalizante, como

quer o Facebook, mas em diferentes mídias, cada uma delas adaptada a uma determinada finalidade. Está claro que a Internet a as redes sociais estão reconfigurando os relacionamentos e os aspectos culturais. Criamos vínculos com pessoas sem limitações geográficas. Não estamos mais limitados a um círculo social restrito a um bairro ou cidade. Vemos muitas vezes a substituição das relações baseadas em presença física por presença social. Podemos expor nossas ideias e opiniões por meio de um tweet para centenas de pessoas que nem conhecemos. Compartilhamos com desconhecidos nossas experiências pessoais através de fotos no Flickr ou vídeos no YouTube. Hoje, no Brasil, esta geração de internautas de seis a quatorze anos já somam quase cinco milhões e representam 12% da população online. Para eles, o mundo digital é normal e não há diferença entre um iPhone e uma maçã...ambos fazem parte de seu cotidiano. Uma recente pesquisa da Viacom mostra que 64% dos internautas entre oito e 14 anos já fazem fotos e vídeos e os postam na Internet. Para eles isso é absolutamente natural. Mas toda e qualquer mudança cultural implica em definição de novas estratégias e adaptação de plano gestor para empresas de qualquer porte. As redes sociais estão acelerando essas mudanças e mostrando que terá cada vez mais chance no mercado, o empresário que estiver atento a tudo isso.

Jovens da classe C movimentam quase R$ 130 bilhões por ano Os encontros e as reações a eles ganharam diferentes interpretações. Alguns acreditam que o movimento é um pretexto para jovens da periferia fazerem baderna e confusão, gerando prejuízos financeiros e de imagem para os centros comerciais. Outros apontam os rolezinhos como um reflexo da falta de espaços públicos e de convivência segura para os jovens, que

veem no shopping uma das poucas opções de entretenimento e lazer. A discussão é grande e também se relaciona com a democratização do consumo. Os espaços tradicionais de compra, que antes eram exclusivos de uma classe mais favorecida economicamente, agora são cada vez mais ocupados por classes emergentes. É a inserção social pelo consumo. 

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Essa situação reflete a ascensão de consumo que a classe C teve nos últimos dez anos - chamada de “nova classe C”. A nomenclatura teve seu início com a pesquisa intitulada “Nova classe média”, realizada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e divulgada na Edição 07 da Revista Salt. Essa “nova classe média”, ou “nova classe C”, tem uma renda entre R$1.064,00 e R$ 4.561,00 e representa 52,67% da população - o equivalente a quase 98 milhões de pessoas. Houve também aumento do salário mínimo, a diminuição do desemprego, o aumento da linha de crédito (parcelamento pelo cartão) e a diminuição de impostos de algumas mercadorias pelo governo. Outras características desse grupo são a facilidade do acesso à internet e aumento da possibilidade de frequentar uma universidade. Como resultado, os filhos da chamada “nova classe média brasileira” agora têm acesso a produtos que antes não podiam comprar e valorizam produtos mais sofisticados. Pesquisa O Instituto Data Popular, que traçou um retrato dos jovens que participam dos rolezinhos. O estudo “O rolezinho e os jovens da classe média”, foi divulgado no dia 17 de fevereiro e apontou que os jovens da nova classe média brasileira, a chamada classe C, têm um poder de consumo de R$ 129,9 bilhões. Esse valor representa mais que a soma dos jovens das classes alta e baixa juntos, que possuem, respectivamente, R$ 80 bi e R$ 19,9 bilhões. Quanto ao perfil dos consumidores que frequentam shoppings brasileiros ele pode ser dividido em 22% de classe A, 41% da B e 37% da C. Segundo o último censo da Abrasce (Associação Brasileira de Shoppings Centers), os jovens da classe C são maioria dos consumidores nesses estabelecimentos. De acordo com o presidente do Instituto Data Popular, Renato Meirelles, os participantes que integram o movimento dos “rolezinhos” se reú-

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arte: revista salt

nem nos shoppings que já estão acostumados a frequentar. Segundo ele, barrar este público é um erro, já que se trata de dizer para uma importante parcela de consumidores que eles não são bemvindos. Ele ainda ressaltou que boa parte desses jovens está usando roupas de marca que compraram no próprio shopping. O mesmo levantamento apontou que o Brasil tem atualmente 30,7 milhões de jovens com idades entre 16 e 24 anos. Destes, 16,6 milhões foram ao shopping pelo menos uma vez no último mês. A média mensal é de 3,3 vezes. Os jovens da classe C representam cerca de 9 milhões neste número. Para a realização da pesquisa, foram entrevistados 1,5 mil jovens entre 16 e 24 anos entre os dias 20 de novembro e 3 de dezembro. Também foi avaliada a perspectiva de consumo nos

próximos meses desse segmento da sociedade. O levantamento revelou que 15% dos jovens da classe média (2,8 milhões) têm intenção de comprar um notebook, enquanto que 11% (2,1 milhões) desejam adquirir um smartphone, e outros 11%, um tablet. Hoje, mais da metade (55%) dão mais valor a marcas e qualidade quando vão às compras do que em anos anteriores. Em entrevista para um jornal carioca, Meirelles declarou que os rolezinhos sempre ocorreram com pessoas de todas as idades e classes. Segundo ele, o jovem da nova classe média vai aos centros de consumo porque é um consumidor ávido por produtos de marcas. Só que com as redes sociais, o movimento ganhou destaque. Mas continua sendo um público consumidor forte.


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VERテグ 2015: ESTAMPAs em alta! 30


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Estampa é a “cara” do verão, mas faz tempo que florais ou motivos praianos eram os únicos a imperar nas vitrines da estação. Os clássicos continuam fazendo sucesso mas ganharam releituras em novos tons e padronagens. O verão pede descontração e muito colorido. Para 2015, as promessas são são as estampas bem diversificadas que trazem flores, figuras, tie-dye, animal print, grafismos, listras e poá. Confira uma seleção com as melhores peças. Joyce Amaral é estilista com MBA em Gestão de Projetos, especialização em Negócios de Moda na Tiê Representações. joyce.desenvolvimentos@ hotmail.com

ÉTNICAS Uma mistura de elementos africanos, incas e astecas dá um clima novo à moda folk. Elas foram tendência nos anos 70 e hoje estão mais refinadas e muito mais fashion. Além de formas geométricas serem a característica principal, predominam as cores vibrantes. Com estilo um pouco informal, a estampa é perfeita para peças mais rústicas.

FLORAL DARK Um jardim sóbrio é a aposta paras as estampas florais com tons escuros e pegada abstrata. Este tipo de estampa dá uma folga para os florais românticos já que a delicadeza, nesse visual, é deixada um pouco de lado. No entanto, ela também remete à natureza.

BARROCA A essência é vintage, antiga... Arabescos, flores e desenhos barrocos são o ápice do romantismo. Estampas que lembram tapetes e rococós possuem tons exatos para esse tipo de estampa. Eles têm um estilo bastante rebuscado que dá um toque luxuoso. Tons dourados são predominantes nessas estampas deixando as peças mais sofisticadas.

GEOMéTRICA As estampas geométricas vem sempre carregadas de inspiração étnicas. Com referências africanas a asiáticas, há também uma pegada de gráficos criando estampas com visual de nômades urbanos. O ideal é mesclar peças lisas com estampas fortes para criar um visual hi-low.

Animal print E nunca saem de moda a boa e velha estampa de bicho: cobra, onça, zebra, tigre e girafas. Todas elas dão um ar de sensualidade quando incorporadas nos calçados. Elas caíram no gosto da mulherada antenada. Essas estampas de animais dominarão as passarelas dos desfiles do Verão 2015, porém com uma cara renovada. Coloridas e alegres, os desenhos podem ocupar peças inteiras ou apenas detalhes. Às vezes elas vêm misturadas a outras estampas como as étnicas. Mas o tradicional preto e branco e os tons terrosos são os tiros certeiros.

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roubando a cena na copa

A NIKE FLYKNIT MERCURIAL SUPERFLY IV teve sua pré-venda no site da Nike e terá seu lançamento nas lojas físicas a partir do dia 12 de junho. O preço sugerido de venda é de R$ 1.299,90.

Conheça a Nike Flyknit Mercurial Superfly IV: a super chuteira que será lançada para a Copa de 2014 A Nike acaba de lançar mais uma chuteira de malha tricotada da geração Mercurial. Bem parecida com a Magista, essa nova Mercurial também tem seu cabedal feito de malha tricotada, a mesma tecnologia Flyknit e um cano alto “high top Dynamic Fit”. Este cano muda completamente o design tradicional da Mercurial, desenvolvido para proporcionar um calce perfeito criando a sensação de que a chuteira é uma extensão do pé. Para continuar a linha de chuteiras que

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consolidou esse segmento, a Nike levou quatro anos de estudos para desenvolver a tecnologia presente neste modelo. Inspirada nos jogadores mais velozes do mundo, essa chuteira foi criada para aumentar a velocidade do atleta. Deixando de lado o uso do material sintético usado em 1998 pelas primeiras Mercurial, o cabedal é todo produzido com a trama de 3 tipos de cabos ligados à sola aprimora o toque do jogador com a bola. Esses cabos conectados imitam um tendão no

calcanhar e atuam como um estilingue que projeta o atleta para frente. As travas possuem formatos de dente que aumentam, de forma revolucionária, a velocidade de arranque dos jogadores. Isso faz com que a estabilidade aumente. Já a tração entre os dedos proporciona um maior controle e propulsão de 10% a mais a cada passe. Os cravos são mais circulares e facilitam as jogadas de giros no gramado. Mais uma placa de carbono flexível foi adicionada à sola que transmite mais força e agilidade nos toques.


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Fotos: Mateus Dias Modelo: Fernanda Monense Produção de Moda: Sinara Cardoso Beauty: Ederson Oliveira Local: Tirandentes / MG

R. Padre Libério, 1835, Jd. Padre Libério Nova Serrana/MG - CEP: 35.519-000 (37) 3226.3016 vendas@bmark.com.br www.viaeurocalcados.com.br facebook.com.br/via.euro

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Bom humor ĂŠ coisa sĂŠria

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Característica já é considerada uma competência de destaque no ambiente corporativo por facilitar as relações e diminuir as resistências Pode soar estranho, mas o humor interfere diretamente nos negócios. Em um ambiente de trabalho quem é que gosta de dividir espaço e tarefas com pessoas que vivem de cara fechada? Na busca por um ambiente de trabalho mais harmônicos, as empresas estão, cada vez mais, procurando contratar profissionais capacitados e de bem com a vida É cientificamente comprovado que o bom humor traz benefícios, não só para as relações cotidianas, como também nas relações interpessoais do ambiente empresarial. Um simples sorriso pode estimular a produção de endorfina no cérebro - substância natural que gera sensação de bem-estar e prazer. Tratase de um neuro-hormônio produzido pelo próprio organismo na glândula hipófise. Essa alteração física que acontece em nosso corpo também propicia maior fluência de ideias e é capaz de aumentar a produtividade no trabalho, já que diminui a fadiga e o estresse. Os líderes que possuem a qualidade do bom humor conseguem manter um ambiente profissional mais descontraído. Eles tendem a fortalecem sua imagem perante a equipe e exercem uma liderança mais eficaz. O bom humor também pode ser usado para resolver e diminuir conflitos existentes em uma empresa e manter os funcionários motivados. Essa característica também ajuda a

manter uma equipe mais unida, estimula a criatividade e faz com que o profissional tenha mais disposição para encarar os desafios do dia a dia. Em contrapartida, o mau humor prejudica a saúde e também o desenvolvimento do trabalho. Cara feia, irritabilidade e impaciência podem dificultar negociações, atrapalhar a concentração, além de limitar a criatividade e a perspectiva de soluções e melhorias. Outro agravante causado é o estresse, que acaba atingindo e contagiando outras pessoas. Para a psicóloga e terapeuta ocupacional, Juliana Prins de Almeida, fica muito melhor cumprir as tarefas do dia a dia quando o clima está tranquilo: “É importante espalhar a cultura do bom humor para todos dentro da empresa. Não adianta os funcionários estarem bem humorados se o presidente, por exemplo, não está. Os funcionários ficarão tensos, com medo de errar e também de se aproximar”. Ela também ressaltou que é preciso saber dosar o bom humor e não re-

lacioná-lo diretamente com a falta de seriedade: “É possível ser sério e responsável nos negócios e, ainda assim, fazer brincadeiras. Basta saber identificar a hora certa para cada coisa, pois nem tudo deve ser tratado com risadas. O humor tem que ser dosado para não extrapolar os limites e a pessoa tornar-se desagradável. Brincadeiras preconceituosas ou ofensivas e piadinhas em excesso, não são sinônimos de bom humor”, ponderou. Dia a dia Na rotina diária das pessoas, é difícil manter o bom humor, já que existe a necessidade de ter que enfrentar o trânsito para fazer visitas, participar de reuniões desgastantes, ter que mostrar resultados positivos devido a grande concorrência do mercado ou cobrança por horários e metas a serem cumpridas. São muitos os fatores estressantes que tiram o bom humor das pessoas. Em função disso, torna-se cada vez mais necessário, manter o autocontrole emocional e melhorar a autoestima para obter bons resultados e aperfeiçoar o rendimento profissional. As conversas sobre o desempenho de empresários procuram descrever um conjunto ideal de competências, aquelas que garantiriam alta produtividade. As mais conhecidas são foco no resultado, capacidade de execução, capacidade analítica e competência de estabelecer e sustentar relações e alianças. O humor é uma demonstração clara de inteligência emocional e uma competência que se destaca nas relações profissionais por facilitar 

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as relações, abrir as portas e diminuir as resistências. Mas é possível pensá-lo como uma habilidade aprimorável por meio da prática? Para Juliana, essa virtude pode ser desenvolvida ao longo da vida de um indivíduo. “Desde criança a pessoa tem maior interesse ou é estimulada a avaliar o contexto, contar histórias e a reproduzir situações. O desenvolvimento de um olhar crítico começa na tenra infância. O bom humor é antes de tudo um sinal de que a pessoa está balanceada, que seus sentimentos e opiniões estão equilibrados. A pessoa alto-astral pensa com o cérebro e sente com o coração. O senso de humor tem de ser estimulado, porque ele requer uma abertura para olhar o mundo por vários ângulos. A pessoa precisará manter uma mente aberta e ativa. Exercitar a prática de sorrir é um ótimo começo”, aconselhou a profissional. O poder do sorriso Quando se passa uma mensagem com humor e simpatia, ela é recebida mais

amistosamente e consegue desviar a atenção de um conflito existente. Ela tem o poder de mudar uma interpretação que poderia ser negativa. Muitas vezes, desistimos de nossos objetivos por considerarmos só as dificuldades encontradas, mas se olharmos com bons olhos e, positivamente, o que parece ser algo muito difícil pode ser tido como um novo desafio. Por vezes, um comentário inteligente, assim como uma boa piada, cai como uma luva em determinados momentos. Mas a regra para melhorar o desempenho no trabalho (e por que não na vida pessoal também?), é encarar as atribuições de maneira mais leve e com

mais humor. Desta forma quem ganha é você mesmo e as pessoas ao seu redor. E como diria William Makepeace Thackeray: “O bom humor é um dos melhores artigos de vestuário que se deve usar em sociedade”.

Dicas para estimular o bom humor Afaste-se dos chatos Quem está em uma fase vulnerável deve passar longe dos fofoqueiros, dos que vivem reclamando e de quem adora julgar os outros. Permaneça aqui e agora O futuro é um projeto e o passado já se foi. O momento presente é tudo o que temos e deve ser o principal foco da vida. Se a nossa energia estiver focada em outro tempo, há grande possibilidade de perdermos as chances que se apresentam. Desconfie de seus dramas Não se leve tão a sério. Às vezes, rir de si mesmo é o melhor remédio. Limpe a área Não varra a sujeira para debaixo do tapete. Engolir a raiva e as mágoas é pior. Um dia elas acabam reaparecendo de alguma forma e em um momen-

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to impróprio. Um diálogo franco e tranquilo pode ser um ótimo remédio. Redija cartas Escreva suas mensagens de mágoa, indignação ou cobrança - o que quer que seja, mas não as envie. Guarde-as por alguns dias e depois as releia e decida se o destinatário merece ou não recebê-las. Dê um tempo Se o trabalho ou alguém está deixando você aborrecido, saia de cena. Siga sua rotina, porém não se exponha. Cante Não importa onde (em grupo, sozinho ou debaixo do chuveiro) cantar ajuda a liberar emoções. Além disso, é um ótimo exercício respiratório e de relaxamento da musculatura corporal e da mandíbula.

Faça coisas prazerosas É importante realizar diariamente coisas simples que deem prazer, de preferência em benefício próprio. Faça exercícios Escolha uma modalidade de exercícios, como dançar, nadar, correr ou caminhar. Os exercícios praticados regularmente estimulam a produção de endorfina, substância responsável pela sensação de bem-estar e por outros benefícios para o corpo. Permita-se mimos Uma sessão de cinema só com os amigos, um café num lugar agradável, um domingo em que você acorda bem mais tarde ou uma sessão de massagem relaxante. O importante é que esses mimos tenham o efeito de te dar satisfação. Fonte: Portal Mais Equilíbrio


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Moda impulsiona crescimento do e-commerce Vestuário e acessórios vendem mais que eletrodomésticos e cosméticos no mercado virtual

São vários os canais existentes para atrair e fisgar um cliente. O e-commerce é um deles e tem mostrado que veio para ficar, sobretudo quando se trata de moda e vestuário. Um estudo global sobre tendências de compras sugere que as vendas no e-commerce no mundo estão sendo impulsionadas pela demanda dos consumidores por roupas e acessórios, com 34% dos brasileiros comprando online e 65,6% recomendando itens a amigos e família através das mídias sociais. No Brasil, a principal razão para comprar online é a comodidade e a variedade de opções de produtos disponíveis. Em todos os países pesquisados a principal razão para comprar itens nas lojas físicas é a capacidade de verificar os itens mais profundamente. O segmento de moda e acessórios já é o campeão de vendas, respondendo por 13,7% de todo o e-commerce do país. O setor deixa para trás antigos líderes de venda na internet, como os eletrodomésticos e cosméticos/saúde, responsáveis por 12,3% e 12,2% das transações, respectivamente.

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MERCADO

A pesquisa “E-commerce Index”, realizada em 2013 pela Rakuten Brasil destacou claramente que o setor de moda está bem à frente da curva quando se trata de engajar a comunidade de compra online. Isso não é pouca coisa para um setor onde a importância do ‘servir’ poderia ser um obstáculo natural para vendas online. Os varejistas de moda tornaram-se excelentes contadores de história online, criando lojas virtuais altamente interativas e visuais em combinação com as mídias sociais para incentivar conversas com os clientes, estabelecendo um exemplo que outros setores fariam bem em acompanhar. Este cenário positivo para a moda brasileira veio com a adaptação do mercado à exigência do consumidor, lançando mão de novas ferramentas como provadores virtuais que funcionam pela webcam e plataformas para montar looks. Para a iniciativa dar certo alguns cuidados devem ser tomados, sobretudo com o design de sua loja virtual. O layout deve ser limpo, sem excesso de informações para deixar os clientes à vontade. Isso permitirá que eles passem mais tempo no site. Uma navegação intuitiva e organizada, através de menus e categorias, tem muito mais chance de aumentar as vendas. Outra dica é destacar as áreas de login, carrinho de compras, campo de busca e contato. Esses recursos não podem gerar dúvidas no consumidor. Mercado mundial Outra pesquisa feita pela GSI Commerce mostrou que 64% dos consumidores consultam lojas virtuais antes de lojas físicas. A Europa lidera a tendência de compra on line de roupas e acessórios em todo o mundo. O social shopping e o mobile shopping estão criando uma nova dinâmica para as compras online. Em muitos países, compradores estão rotineiramente compartilhando produtos que gostam em redes sociais como o Pinterest, Facebook e Twitter. As compras através de dispositivos móveis têm expectativa de atingir $119 bilhões em vendas no mundo todo até 2015. Os dispositivos móveis são agora o principal canal de compras online para 9,2% de pessoas no Brasil. Essa tendência está sendo liderada por consumidores na Tailândia e nos EUA, onde são o principal dispositivo para compra online de 19% dos consumidores em ambos os países.

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mapa da moda

arte: revista salt

Além das duas edições anuais da SPFW, São Paulo é palco para vários outros eventos da indústria da moda, como a Couromoda (Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos e Artefatos de Couro), a São Paulo Prêt-à-Porter (Feira Internacional de Moda, Confecções e Acessórios), o Encontro da Moda (Feira de Pedidos de Moda) e a Francal (Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios). O calendário atrai o público do segmento e seduz turistas de várias localidades. Tudo isso movimenta ainda mais o mercado, a economia e reforça a importância mundial de São Paulo para o setor da moda. 54


mapa da moda

A capital paulista foi eleita a sétima cidade mais importante da moda, em 2012, pelo Global Language Monitor - empresa norte-americana que analisa tendências com base nas mídias sociais. A cidade foi considerada ainda a mais fashion da América Latina. Todo esse mercado do mundo da moda atraiu para São Paulo diversas grifes internacionais, como as AW Store, Bottega Veneta e Coach, que têm a única sede brasileira dentro do shopping JK Iguatemi, inaugurado há menos de 3 anos. Outras grifes já fazem parte do tradicional roteiro de compras em São Paulo, como Blow Up, Tommy Hilfiger e Guess, localizadas na Rua Oscar Freire (considerada uma das mais luxuosas do mundo), além das lojas da Cartier, Chocolat Du Jour, e Gucci, do shopping Cidade Jardim. O crescimento desse setor tem impulsionado, inclusive, um aumento na procura pelos cursos especializados no assunto. Eles são capazes de atrair moradores de fora de São Paulo que chegam à cidade atrás das escolas mais renomadas do país. São mais de dez instituições que oferecem cursos superiores e de pós-graduação, e outras dezenas que oferecem cursos livres neste segmento.

Multicultural A maior cidade do país é também a que tem mais opções de entretenimento. São Paulo é um lugar diferente de qualquer outro do Brasil e ganhou o título da cidade 24h, ou seja, ela não para nunca! Seja qual for a hora, sempre é possível encontrar o que se fazer. São inúmeros bares, restaurantes, teatros, museus, shoppings e parques, para não deixar ninguém sem opções de lazer, seja qual for o gosto: uma caminhada pela movimentada e multicultural Avenida Paulista, pelo tranquilo e arborizado parque do Ibirapuera, uma noite nos bares da Vila Madalena, uma tarde visitando as obras de arte no Museu do Ipiranga, MASP, MAM ou na OCA. Em São Paulo tudo acontece, em todos os momentos e lugares.

Onde ficar Muitos turistas têm receio de andar de metrô em uma cidade que não conhece, mas o metrô de São Paulo realmente funciona. Chega a ser tranquilo se você evitar os horários de picos. Se preferir andar de táxi, prepare o bolso e a paciência com o trânsito. São Paulo possui cerca de 420 hotéis e 45 mil apartamentos disponíveis. Isso quer dizer que tem

hotel para qualquer tipo de turista. Mesmo assim, a grande maioria dos hotéis segue um estilo mais “business”, ou seja, um hotel preparado para hospedar pessoas que viajam a negócios. Se hospedar perto da Av. Paulista é uma das melhores opções. A região é movimentada durante o dia e a noite e está perto de várias estações de metrô. Além disso, a maioria dos melhores restaurantes de São Paulo fica na região ou bem próximo.

Onde ir A região dos Jardins fica localizada no coração de São Paulo e proporciona uma experiência completa para quem passeia por suas ruas. Conhecida pela qualidade dos serviços oferecidos, o local reúne lojas, restaurantes, bares e hotéis. Suas quadras arborizadas são um convite irrecusável para circular pela região. Durante o dia a diversidade gastronômica seduz e à noite, bares e baladas reúnem gente interessante. É um local onde todos podem experimentar seu estilo próprio, afinal lá moda e lifestyle estão interligados. É ainda nos Jardins que fica a famosa Rua Oscar Freire - eleita a oitava mais elegante do mundo e centro de tendências e referência em comércio a céu aberto. Caminhar por essa rua é como assistir a um desfile. Se está na moda, está lá. Para quem curte um brechó de luxo, que vende peças semi-novas de marcas como Valentino, Dior, Prada, Pucci, Marc Jacobs, MiuMiu, Raya de Goeye, Isabela Capetto, e por ai vai, é obrigatório conhecer a Re Portela Depot. Se você nunca conheceu uma loja dessas, prepare-se: os preços não são como dos brechós comuns. E se está fora do seu orçamento, visite como forma de conhecimento. Quando for ao bairro Moema, visite a Casa Eurico. Essa dica é para quem calça sapatos de numeração grande, seja homem ou mulher. A loja é especializada em tamanhos maiores e tem muita variedade. Se você procura por um jeans e está de passagem pelo bairro Pinheiros, a dica é ir na The Jeans Boutique. A loja apresenta várias marcas como Animale, Cavalera, Carmin, 7 for AllMankind, John John, entre outras. O atendimento é muito bom e sempre tem promoções. A partir da compra de um determinado valor, você ganha um vale compras que poderá usar na hora ou em até 30 dias, ou dar de presente.

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humor

Os tipos de MALA que “surgem” no trabalho

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Arrogante

Blasé

Folgado

Mal-humorado

Tecnicamente é ótimo no que faz (e é somente por isso que está lá), mas por esta razão, se sente no direito de tratar os colegas com ar de superioridade. O risco: em algum momento aparece alguém tão bom quanto, porém fácil de lidar. Aí ele perde o poder e o emprego.

Vive com o fone no ouvido, indiferente ao mundo à sua volta. Quem se isola demais acaba incomodando tanto quanto quem se mete onde não é chamado. Com o passar do tempo a pessoa passa a ser desconsiderada pelos colegas e some de vez.

Do tipo que entra na sala do chefe sem ser chamado e começa a falar sem pedir licença. Entender a relação hierárquica com os superiores é uma dificuldade comum entre os jovens (e às vezes também dos próprios chefes, que nem sempre sabem se impor).

Há uma linha tênue entre ter o espírito crítico e ser rabugento. Ranzinzas são comuns entre profissionais com menos de 30 anos, no geral são criados sem pressão – já desafiam os professores na escola. Ansiosos por uma promoção rápida, eles acabam errando no tom.

Intrometido

Tagarela

Barraqueiro

Fofoqueiro

Aquele que fica de olho comprido na tela do computador do vizinho e pergunta com quem o colega estava falando ao telefone. Tem gente que não se importa em dividir os detalhes da vida, mas outros preferem a privacidade. É importante entender qual é o limite e respeitá-lo.

Narra para todos os amigos os e-mails que recebe e conta com detalhes (e em voz alta) o que fez no fim de semana. Resultado: não deixa ninguém se concentrar. Por maior que seja sua liberdade, não se pode transformar o ambiente de trabalho em uma mesa de bar.

Por mais que uma empresa seja flexível e aberta em suas discussões ela nunca vai tolerar profissionais encrenqueiros. Armar um barraco nunca é a melhor alternativa para resolver divergências. Trabalhar o autocontrole é essencial.

Está sempre pronto para atualizar a todos dos últimos acontecimento na vida dos colegas. Fofoca pode ser até natural dentro da empresa (ela pode ser vista como um “esporte corporativo” dos mais antigos), mas quem sempre espalha notícias vira alvo de desconfiança.


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