A imprensa satírica tem 150 anos em Portugal. Existiu com grande pujança, nomeadamente nos períodos mais críticos da vida nacional: fim da Monarquia, I República, PREC… como lugar de crítica dos poderes e catarse social, favorecendo a afirmação de artistas como Bordalo Pinheiro, Leal da Câmara, Stuart de Carvalhais, etc…
Estranhamente, o jornalismo satírico está ausente na actualidade da oferta de Imprensa e em tempos em que outros suportes mediáticos, como a rádio, a televisão e o palco oferecerem sistematicamente vários tipos de humor e sátira, do popular e tradicional ao sofisticado, em espectáculos que conquistam audiências, o que prova haver públicos – inclusive, alguns suplementos de diários e que encontram leitores à míngua de alternativas.
A este vazio no sector da imprensa, um grupo de jornalistas (sem coleira nem trela, mas com açaime, não vá alguém morrer envenenado) pretende responder com um projecto de jornal satírico, em fórmula original.