N Respostas 09 - abril/maio 2010

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L. Marchini

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Editorial Brasília 50 anos Sei que, nesta data tão especial, todos os veículos de comunicação falaram dos pioneiros, daqueles que sonharam, idealizaram e concretizaram nossa cidade. Nós, da N Respostas, saudamos a todos esses ícones e a todos os moradores que, hoje, tem o dever de serem zeladores dos próximos 50 anos desta capital. Nosso intuito nesta edição é mostrar o potencial econômico de Brasília e a transformação do sonho de JK sob o ponto de vista empresarial. É tão bom saber que Brasília já é celeiro de grandes e consolidadas empresas que se destacam no cenário nacional como referência em vários setores da economia. Esta edição vai destacar grandes oportunidades que o mercado desta capital reserva, dos nossos surpreendentes e expressivos números, como a maior renda per capita do País. Mostrar também um mercado imobiliário pujante e crescente, um polo de informática cada vez mais consolidado, indústria, comércio e serviços assumindo as suas posições para alimentar nossa cidade que não pára de crescer. Contrário a tudo isso fica a indagação: Como es-

taremos daqui a 50 anos? Como será a qualidade de vida em nossa capital? Como será o trânsito? Como será a segurança? Como será a poluição? Espero que todos nós, em conjunto com nossas lideranças, possamos olhar para os próximos 50 anos de nossa cidade com um olhar mais cuidadoso. Que possamos contribuir com atos e não com palavras e discurso, que possamos entregar para as futuras gerações dos filhos de Brasília uma cidade tão linda como a que tivemos o prazer de viver neste cinquentenário, e que o crescimento inexorável seja completado pela palavra sustentável. Que as decisões, do ponto de vista econômico, sejam ecologicamente corretas, economicamente viáveis, socialmente justas e culturalmente aceitas. Enfim, quero desejar feliz aniversário Brasília. Muito obrigado por todos esses anos de qualidade que só você dá a cada um de seus moradores. Parabéns pelos 50 anos! Um abraço,

N Respostas é uma publicação da N Produções

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Envie seus comentários, sugestões, informações, críticas e perguntas: SHCGN 704/705 Bl. E nº 17 Ed. M.ª Auxiliadora sala 401 CEP 70730-650 Brasília-DF Fax: 61 3272.1027 e-mail: leitor@nrespostas.com.br

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Diretor-Executivo: José Paulo Furtado

Revisão: Carmem Menezes

Diretora de Arte: Letícia Marchini arte@nrespostas.com.br

Reportagem: Patrícia Amato Luciana Teixeira

Projeto Gráfico e Editoração: Leticia Marchini

Colaboradores: Oto Morato • Sérgio Dal Sasso • Luiz Marins • Dalmir Sant’Anna • Alessandra Assad • Carlos Hilsdorf • Luís Sérgio Lico • Eduardo Tevah • César Frazão

Editora-Chefe/Jornalista responsável: Patrícia Amato • DRT - 8595 patricia@nrespostas.com.br Fotografia: Telmo Ximenes • Júlio Jatobá (capa) • Letícia Marchini • Luciana Teixeira • Carlos Magno

Diretora Financeira: Ana Paula Abílio financeiro@nproducoes.com.br

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Diretor Comercial: Jefferson Alvares jefferson@nproducoes.com.br Comunicação e Marketing: Luciana Teixeira Como anunciar: 61 3272.1027 de 2.ª a 6.ª das 8 às 18h jefferson@nproducoes.com.br A N Respostas não se responsabiliza pelas ideias e opiniões emitidas nos artigos assinados. Tiragem 20.000 exemplares

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Índice

05. Entrevista

Em entrevista exclusiva à N Respostas, Niemeyer conta como foi o início da construção da Capital Federal e como enxerga Brasília daqui a 10 anos.

08. capa 05

Do sonho à realidade: Brasília 50 anos de desenvolvimento econômico. Matéria especial em comemoração ao cinquentenário da Capital Federal.

15. Liderança - Oto Morato 16. motivação - Dalmir Sant’Anna

Por que os programas de motivação falham em algumas empresas?

18. N Flashes 08

Quem passa pelos eventos da N produções

20. eTc...

entretenimento, casa, trabalho

22. Logística - Luís Sérgio Lico 24. eco notícias 26. marketing - Eduardo Tevah

Como investir na marca da empresa?

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27. Vendas - César Frazão

O que fazer para aumentar as vendas pela internet?

28. Criatividade e inovação Carlos Hilsdorf

30. rh - Luiz Marins

Como faço para ser promovido?

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32. Comunicação - Alessandra Assad 34. Finanças - Sérgio Dal Sasso

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Entrevista

Oscar

Niemeyer Foto: Carlos Magno

Niemeyer é o mais importante criador brasileiro vivo. Suas obras revolucionaram a arquitetura, chegando até onde ninguém tinha chegado antes. O arquiteto formou-se em 1934, pela Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Em 1957, a convite do Presidente Juscelino Kubitschek, foi responsável pelos projetos dos edifícios de Brasília. Niemeyer teve o grande desafio de planejar o Palácio da Alvorada, o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional, a Catedral e os prédios dos Ministérios em pouco tempo. Hoje, aos 102 anos, continua com energia para o trabalho, vai diariamente ao escritório e cuida também da sua revista Nosso Caminho. Em entrevista exclusiva à N Respostas, Oscar Niemeyer conta como foi o início da construção da Capital Federal e como enxerga Brasília daqui a 10 anos. por Patrícia Amato Desde a infância, o senhor já queria ser arquiteto? O começo de tudo foi minha paixão pelo desenho, que se manifestou quando eu era bem menino. Minha mãe guardava os meus desenhos e sempre me incentivava. O senhor sempre se mostrou pessimista. Como justificar esse pessimismo em um abril \ maio 2010

homem bem sucedido? O drama do ser humano – independentemente do fato de este poder alcançar fama e conquistar uma situação financeira confortável – nos leva ao pessimismo. Mas esse pessimismo não significa renunciarmos à luta por um mundo mais justo e solidário.

De onde surgiu o medo de voar de avião? Desde sempre, é coisa minha mesmo. O medo de voar de avião já me deixou em situação embaraçosa, levando-me a cancelar encontros com pessoas importantes que me convocaram, de bem longe, para eu realizar um projeto. Contudo nunca lhes faltou a necessária comNRespostas

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“JK também me dizia que essa iria ser a capital mais bonita do mundo.”

preensão. Certa vez, o Presidente JK precisou levar-me até Brasília na intenção de resolver questões importantes relacionadas à construção da nova capital, e a mim se dirigiu em tom provocativo: “Se você não for comigo neste avião, vou mandar encaná-lo!”. Já viajei muito, mas mesmo assim ainda tenho receio. Mas posso dizer que muitas vezes, quando não estava com vontade de viajar, usei esse medo como justificativa.

arquiteto pelo tema das igrejas e demais edifícios religiosos, sendo eu mesmo um homem que não acredita em Deus.

De todas as coisas que o senhor fez na vida, o que faria de novo?

Esse encontro ocorreu em minha casa das Canoas, conforme relatei em meu livro de memórias. JK me convocou para realizar o seu sonho predileto – construir a nova capital do país, levando assim o progresso ao interior do Brasil. E, com o mesmo entusiasmo com que me procurou para projetar o conjunto da Pampulha, veio até a mim, confiando-me o seu sonho. JK também me dizia que essa iria ser a capital mais bonita do mundo.

Posso dizer que faria quase tudo novamente. Alguns anos atrás o senhor fez uma autobiografia. Já pensa em escrever outra?

Como foi a primeira vez que Juscelino Kubitschek comentou sobre o sonho de construir Brasília?

Escrevi um livro de memórias, com o título “As curvas do tempo”, publicado em 1998 e inúmeras vezes reimpresso pela editora Revan, do meu querido amigo Renato Guimarães. É possível afirmar que já tenho muitas lembranças e reflexões pessoais em número suficiente para se editar “As novas curvas do tempo”. Mas no momento estou mais interessado em finalizar um livro Qual foi a reação de Juscelino sobre uma espécie de paradoxo que Kubitschek ao ver que o sonho tenho vivido: o meu interesse como de criar Brasília estava se tornando realidade?

“É evidente que tenho muita satisfação em constatar que os meus trabalhos agradaram e provocaram a surpresa que procuro.” 6

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Lembro-me, perfeitamente bem, do dia em que o Presidente Kubitschek observava o progresso das obras de Brasília e, entusiasmado, tomou-me pelo braço e exclamou:

“Niemeyer, que beleza!”. Essa é uma recordação que revelei em meu texto “Brasília – os primeiros tempos”, a ser divulgado no número especial (sobre esta capital) da revista “Nosso Caminho”, que eu e a Vera, minha mulher, editamos há mais de um ano. O senhor costuma visitar suas obras? Hoje bem menos do que no passado. É claro que o meu medo de viajar de avião justifica bastante essa situação. O senhor acha que um dia possa cair no esquecimento? Para ser sincero não tenho essa preocupação.

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Entrevista

“Confio que daqui a 10 anos todos os problemas dessa cidade tenham sido bem superados.” Como o senhor enxerga Brasília daqui a 10 anos? Confio que daqui a 10 anos todos os problemas dessa cidade tenham sido bem superados. O senhor preparou algum projeto especial para o cinquentenário de Brasília?

Carlos Magno

A torre de TV digital que projetei, e, espero, será inaugurada em breve, justamente na data de aniversário da cidade. A torre terá 185 metros de altura, bem maior que a atual.

Brasília cresceu muito rápido. O senhor acredita que é ruim para a cidade esse crescimento acelerado? Com certeza. Infelizmente o crescimento acelerado costuma combinar com a desordem urbana, agravada quando se aprofundam as diferenças sociais, as disparidades entre os setores de uma mesma metrópole.

Como o senhor se sente quando um projeto não é concretizado?

Como o senhor se sente com a chegada dos 50 anos de Brasília? É claro que estaria mais feliz se os problemas sociais atestados nesta cidade tivessem sido erradicados ou, pelo menos, bastante atenuados.

Como o senhor encara o impacto que a sua contribuição causou na arquitetura?

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provocaram a surpresa que procuro. Mas insisto em afirmar que a minha arquitetura não deve ser valorizada como um modelo, como um ideal a ser imitado: isso seria a monotonia, a repetição. A meu ver, cada arquiteto deve ter a sua arquitetura e confiar – sem receio – em sua intuição criadora. Qual a orientação que o senhor passa para a formação de um bom arquiteto? Cultivar a boa leitura – ler sobre obras que não tratem apenas das questões técnicas da arquitetura, mas que possam levar-nos a entender melhor os problemas da vida, deste estranho mundo que um dia iremos transformar. Divulgação

É evidente que isso me deixa triste, mas infelizmente trata-se de situação comum na vida de um arquiteto, sobretudo de um profissional que costuma dar conta de um número expressivo de projetos como eu.

Com uma certa naturalidade. É evidente que tenho muita satisfação em constatar que os meus trabalhos agradaram e

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Foto: Leticia Marchini

Do sonho Ă realidade

BrasĂ­lia

anos

50

de desenvolvimento

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Capa

econômico

por Luciana Teixeira e Patrícia Amato

Cidade sonhada por Dom Bosco. Construída por Juscelino Kubitschek. Erguida pelos braços de milhares de trabalhadores brasileiros. Nas mãos de Lúcio Costa, ganhou asas. Nas de Oscar Niemeyer, curvas e graça. Brasília foi planejada para ser uma cidade administrativa, tendo os serviços como principal atividade. Mas a nova capital cresceu, ganhou vida e foi além. Ao longo de modestos 50 anos de história, Brasília superou as dimensões imaginadas por seus construtores. Hoje, a Capital Federal possui mais de dois milhões de habitantes, o equivalente a 1,35% da população brasileira. Mesmo assim, a cidade ostenta o título de terceira mais rica do país, com um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 99,9 bilhões, equivalente a 3,8% da renda gerada no país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). abril \ maio 2010

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Oscar niemeyer

Além disso, o Distrito Federal possui o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país e exibe o maior PIB per capita. Os R$ 40.696,08 por ano do DF correspondem a quase três vezes a média nacional. São Paulo aparece em segundo lugar com R$ 22.667,00/ano. A região é ainda a primeira colocada no pagamento de imposto per capita. “O brasiliense paga duas vezes e meia mais impostos do que o paulista, segundo colocado no ranking”, afirma o economista José Luiz Pagnussat, Presidente do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (CORECON/DF). Esse cenário econômico positivo favorece o crescimento das empresas. A Aerocargas, transportadora de cargas aéreas “O Distrito e rodoviárias, Federal possui o escolheu Bramaior Índice de para funDesenvolvimento sília dar a matriz. Humano (IDH) “A posição do país e exibe estratégica da o maior PIB per cidade é um capita.” diferencial e o mercado consumidor da região é excelente”, afirma Ricardo Barcelos, diretor de operações e serviços.

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E os resultados vieram. “Só de 2008 para 2009, a Aerocargas cresceu 130%, resultado muito positivo”, comemora. Com apenas três anos no mercado, a empresa já conta com filiais em Goiás, Espírito Santo, Pará e Amazonas, além de centros avançados e parceiros credenciados em todas as regiões do Brasil. E a indústria brasiliense também vai bem. Mostrou, em 2009, boa capacidade de recuperação econômica e fechou o ano com indicadores positivos. Segundo dados da Federação das Indústrias do DF (Fibra) o faturamento industrial cresceu 4%, e o pessoal empregado, 2,3%. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI), volume máximo de produção, ficou estabilizada em torno de 65%, mostrando que o setor tem grandes possibilidades de expandir a produção. As perspectivas da indústria brasiliense para 2010 seguem positivas. A Fibra espera que o faturamento cresça 7,5%, que o pessoal empregado aumente 3,5% e a utilização da capacidade instalada chegue a 70%. Águas Claras e Noroeste impulsionam economia Para o mercado imobiliário do DF, a crise econômica mundial foi apenas uma “marolinha”. Enquanto outras capitais sentiram os efeitos da crise, Brasília se destacou. Em 2009, o mercado da cidade cresceu, ultrapassou o do Rio de Janeiro e tornou-se o 2.º maior do país em faturamento e unidades vendidas. De acordo com dados divulgados pelo Conselho de Corretores de Imóveis do DF (Creci-DF), 14 mil unidades foram vendidas e os lançamentos

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Leticia Marchini

“Segundo o IBGE, o DF ocupa, hoje, a oitava posição na economia brasileira.”

Do cerrado para o mundo Brasília soube retribuir àqueles que ousaram fazer do sonho de Dom Bosco e de Juscelino Kubitschek o próprio sonho. Em meio aos trabalhadores brasileiros que depositavam suas esperanças em cada tijolo assentado, um carpinteiro espanhol também acreditava na cidade e na oportunidade de crescimento econômico. German Díaz chegou ao Brasil em 1957. Desembarcou no Porto de Santos e um ano depois chegou ao canteiro de obras da nova Capital Federal. Foi empreiteiro na construção da Esplanada dos Ministérios e do Palácio do Planalto e, em 1960, abriu uma fábrica de móveis que daria início à German Interiores. Passadas cinco décadas, José Luiz Díaz Fernandes, filho do carpinteiro espanhol, garante que o pioneirismo do pai não foi em vão. A German cresceu junto com a cidade e ganhou o mundo. abril \ maio 2010

Até 2009 foi a maior empresa brasiliense exportadora do setor. Os móveis produzidos no Distrito Federal decoram hoje hotéis em Dubai, nos Emirados Árabes, e são vendidos por um escritório nos Estados Unidos. “Agora queremos investir mais em Brasília, porque o mercado é muito promissor”, afirma Fernandes. Para isso, será criada a German Systems que irá comercializar armários modulados. “Pretendemos, assim, ocupar mais um espaço”, completa. A Rossi Eletromecânica também cresceu junto com a cidade. No final de 1970, o serralheiro Gilberto Rossi recebeu a encomenda de um sistema para portão eletrônico. Por não entender nada do assunto, Rossi estudou, aprendeu, conseguiu entregar a encomenda e não parou mais. O começo não foi fácil, mas a história da empresa não teria sido a mesma em outra cidade. “A população de Brasília nos recebeu de braços abertos, por isso enfrentamos as dificuldades do mercado”, afirma Júnior Rossi, diretor comercial da empresa. “Não teria sido tão especial se não fosse pelo voto de confiança da população”, completa. Hoje, a Rossi é um dos maiores produtores de sistemas de portões eletrônicos da América Latina e o quinto maior exportador do Distrito Federal. Os produtos são enviados para Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Panamá, Costa Rica e para algumas partes da África. “Exportamos 30% da nossa produção e criamos cinco mil empregos diretos e indiretos”, completa Júnior. Para ele, o ano do cinquentenário da cidade e os anos seguintes podem ser muito promissores. “Acreditamos na expansão do mercado de Brasília, porque casas, apartamentos e empresas são cons-

Oscar niemeyer

movimentaram R$ 4,3 bilhões no ano. O posto de maior mercado imobiliário do Brasil é ocupado por São Paulo, que completou 456 anos em janeiro. Brasília é jovem e tem muito a crescer. Aqui está localizado o maior canteiro de obras do país. Águas Claras ainda está em construção. O Noroeste, mais novo bairro da capital, será construído entre o final da Asa Norte e a Água Mineral. O projeto prevê a criação de 20 quadras residenciais que abrigarão um total de 220 prédios, distribuídos nos 825 hectares destinados ao bairro. O setor contará, ainda, com 198 prédios comerciais, construídos dentro de cinco quadras. Estima-se que cerca de 40 mil pessoas habitem o local. Além disso, o Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal (PDOT) prevê a construção do bairro Park Sul, próximo ao Park Shopping e ao Carrefour, do Jardins Mangueiral, bairro planejado para 8 mil moradias nas proximidades do Jardim Botânico e de São Sebastião, entre outras obras.

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Castro Mello Arquitetos

truídos todos os dias”, afirma. Não apenas médias e grandes empresas conseguiram sobreviver no mercado brasiliense. As pequenas também conquistaram espaço. É o caso da Cia do Lacre, associação de artesãs que usam lacre de latinhas para produzir roupas, acessórios e objetos de decoração. Fundada em 1997, a Cia do Lacre comercializa os produtos em vários estados do Brasil. Em 2004, a associação começou a exportar. “Nossos produtos são comercializados nos Estados Unidos e na Europa. Temos representantes em São Francisco, Dallas e Paris”, comemora Chica Rosa, fundadora da entidade. No ano passado a Cia do Lacre exportou mais de R$ 120 mil. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Distrito Federal exportou, em 2009, 130 milhões de dólares. Este ano promete ser ainda melhor. Em janeiro de “No futuro, 2010, as exportações a Capital apresentaram alta de Federal será 15,95% se comparadas referência ao mesmo período de para 2009. Os países que produtos mais importaram prode elevado dutos do DF foram Vepadrão de nezuela (39,19%), Porqualidade, tugal (12,18%), Rússia em especial (7,42%) e Kuwait nas áreas da saúde e (6,70%).

educação”. 12

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Projeto desenvolvido pela Castro Mello Arquitetos para a adequação do estádio Mané Garrincha à Copa 2014

Futuro É possível que daqui a 20 anos Brasília fique igual à cidade de São Paulo, com grandes problemas em razão do crescimento desordenado. Mas, também vem muita coisa boa por aí. A economia deverá crescer em ritmo superior ao das demais unidades da federação, e a cidade consolidará vocações naturais, entre elas de centro administrativo nacional, de polo irradiador de desenvolvimento para o Planalto Central, centro turístico, referência para os países latino-americanos, além de manter o crescimento acelerado da maioria dos segmentos da sua indústria, do comércio e da agropecuária. “No futuro, a Capital Federal será referência para produtos de elevado padrão de qualidade, em especial nas áreas da saúde e educação”, comenta o economista Pagnussat. Segundo o IBGE, o DF ocupa, hoje, a oitava posição na economia brasileira, mas avança rapidamente para o sexto lugar. “Está quase ultrapassando Santa Catarina e Bahia, podendo alcançá-las em menos de cinco anos e, ainda, com possibilidades de chegar à quarta posição nas próximas décadas”, conclui Pagnussat.

Copa do Mundo impulsionará crescimento Brasília não tem time na primeira divisão do campeonato brasileiro, mas terá a honra de sediar jogos da Copa do Mundo de 2014. O estádio Mané Garrincha, construído em 1974, será o anfitrião. Mas antes deverá passar por uma reforma. A capacidade de público será ampliada de 45 mil para 70 mil pessoas. O estádio ganhará, ainda, uma cobertura e um setor de lojas. O transporte público do DF também sofrerá mudanças. A grande novidade é o VLT, um tipo de metrô leve, que já está em fase de construção. O projeto, que faz parte do programa Brasília Integrada, está orçado em R$ 1,5 bilhão e ligará o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek à zona sul, norte e central. A cidade será a primeira da América Latina a oferecer essa tecnologia. Além da melhoria do trânsito na capital, o VLT ajudará a revitalizar o comércio da W3 sul. Outro setor que se beneficiará com a Copa do Mundo é o hoteleiro. Hoje, Brasília possui aproximadamente 48 hotéis e flats. São mais de oito mil quartos e cerca de 20 mil leitos. A previsão é de que essa oferta aumente pelo menos 20% até 2014.

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? Responde: Oto Morato Diretor de Desenvolvimento Fundação Universa

Pergunta: Paula Becker Soll Estudante

! Quais são as características essenciais a um líder e qual deve ser a postura dele com relação ao futuro?

Liderança: Atitude e Realização “A falta de clareza na comunicação dos direcionamentos da empresa compromete os resultados e pode causar danos irreparáveis.”

Oto Morato é Diretor de Desenvolvimento da Fundação UNIVERSA e Coordenador dos programas MBA – Executivo em Gestão Financeira e MBA – Controladoria e Finanças, da pós-graduação da UNIVERSA Escola de Gestão.

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Várias teorias tentam explicar a liderança em função de características da personalidade, da posição, da influência exercida ou do poder. Como consequência, uma série de qualidades emana dessas teorias e passa a ser paradigma tido como essencial ao líder: visionário, empreendedor, ético, adaptativo, motivador, comprometido, capaz, resistente, persistente, carismático, exemplar; alguém, enfim, com poderes muito mais perceptíveis nos super-heróis que nos seres humanos. Peter Drucker afirma que podem existir líderes natos, mas eles são raros demais para que dependamos deles. Alvin Tofler pensa que “nossa responsabilidade moral não é parar o futuro, mas moldá-lo (...), conduzir de forma humana o nosso destino e aliviar o trauma das transições”. Refletir sobre isso ajuda a entender melhor o papel de um líder moderno: fazer o futuro acontecer. Bons resultados já não são suficientes. É preciso garantir o desenvolvimento sustentável para os próximos anos. Além disso, a estratégia também tem um papel decisivo. É com a sua efetiva execução que se agrega o valor necessário para a diferenciação. Para o estrategista Narayan Pant, a estratégia tem de responder a duas perguntas: “Onde você vai competir?” e “Como você vai ganhar?”. Na chamada era do conhecimento, as

pessoas são os maiores ativos das empresas. Por isso, entender a importância e o papel das pessoas nos processos é fundamental. O processo de tomada de decisão, por sua vez, exige capacidade de entender corretamente o problema e, mais importante, resolvê-lo; de assumir responsabilidades; de reconhecer os erros e de errar cedo, barato e constantemente. A comunicação também é imprescindível. A falta de clareza na comunicação dos direcionamentos da empresa compromete os resultados e pode causar danos irreparáveis. Cada ponto abordado não pode ser visto isoladamente. Todos esses pontos formam um sistema interligado e interdependente, em que a soma do todo (os resultados alcançados) é maior que a soma das partes (resultados isolados). Além disso, é importante entender que o futuro não vem de uma vez só. As vitórias de amanhã dependem do trabalho de hoje. Ter visão de futuro, executar a estratégia de maneira eficaz, apresentar produtos e serviços diferenciados, contar com pessoas qualificadas e comprometidas e com sistema de comunicação eficiente, tudo sistemicamente integrado com o ambiente interno e externo, garante ao líder a condução da empresa rumo ao desenvolvimento e crescimento sustentável e duradouro. NRespostas

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? Responde:

Dalmir Sant’Anna www.dalmir.com.br

Pergunta: Anna Karollina Andrade Farmacêutica Laboratórios Pharmascience

!

Por que os programas de motivação falham em algumas empresas?

Programa de motivação:

ferramenta estratégica

para um bom negócio

N

“Um profissional que não é capaz de acreditar no programa de motivação da empresa não decola na carreira e, como resultado, não demonstra paixão pelo que faz.” 16

o livro “Os 30 + da Motivação” (ThreeC Comunicação), enfatizo que manter a motivação, exige ser diferente de pessoas que pensam, falam, atuam e trabalham de maneira negativa. Há profissionais e organizações que mais parecem estar parados no tempo, estagnados pela ausência de desenvolvimento e capacitação. Como valorizar o capital humano para tornar um programa de motivação mais eficaz? Será necessário esforço para romper a atmosfera do pessimismo e criar envolvimento entre aquilo que os colaboradores realizam e o que desejam fazer. Um profissional que não é capaz de acreditar no programa de motivação da empresa não decola na carreira e, como resultado, não demonstra paixão pelo que faz. Mesmo que receba acima do salário que o mercado oferece, continuamente está descontente com algo, acredita que tudo o que sabe é suficien-

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te e sempre reclama de aprender. Para algumas pessoas, o treinamento é aceito como tortura e, de maneira enérgica, afirmam que um evento de qualificação não passa de desperdício de tempo e de dinheiro. Passam a ser indivíduos que não percebem que a oportunidade de aprender permite aprimorar as habilidades profissionais, resolver problemas de comunicação, expandir o leque de negociação, administrar conflitos e fortalecer a relação humana. Pessoas que afirmam não necessitar de t rei na mento nor ma l mente não realizam nenhuma alteração no próprio currículo há mais de dois anos e continuamente reclamam que o mercado www.nrespostas.com.br


de trabalho não oferece oportuni- ocupação e a dades. São pessoas que, ao receber paixão que um convite para um treinamento, essa lideranpalestra, curso, ou ainda, para uma ça demonsreunião de feedback, balançam a ca- tra aos seus beça demonstrando indignação e liderados, aversão ao tempo que será utilizado no procom essa atividade. cesso de Com ajuda dos estudos e das pes- aprendizaquisas que realizo na área de gestão gem orgacom pessoas, percebo que o treina- nizacional. mento eficaz, consegue gerar uma Q u a n d o mudança de comportamento, atuar um funna parte racional emocional e for- c i o n á r i o talecer a certeza de retorno do in- não recebe vestimento realizado. Um progra- c ap a c it a ma de motivação é uma ferramenta ção, acaba estratégica para um bom negócio, r e m a n d o pois, além de valorizar as pessoas, contra a contribui para que as habilidades missão, a visejam desenvolvidas. Proporciona são, os valores orientação aos gestores, para aper- e a própria meta feiçoar a eficácia de desempenho, de venda. Você cocontribuir com melhores resultados nhece alguma pessoa financeiros, orientar para superar que trabalha em vendas desafios e colaborar no relaciona- dessa maneira? Lembre-se mento entre as pessoas. Interessan- de que, na prática, um profissional te destacar que alguns programas que não recebe treinamento e não de motivação, não alcançam esses participa de um processo de qualifiresultados, pois não são capazes cação acaba atendendo mal, somende prender a atenção, te encontra desculpas de gerar motivação e e está constantemente “Quando um não permitem ao pardesmotivado. funcionário ticipante aplicar em Um programa de monão recebe sua vida pessoal e proprecisa ofecapacitação, tivação fissional o conteúdo recer recompensas acaba remando positivas pelas realiapresentado. contra a Existem líderes e em- missão, a visão, zações, pelos avanços presários que não trei- os valores e a obtidos e despertar nam seus liderados e própria meta de nas pessoas o “querer justificam que, depois fazer”. Relacione essas venda.” de algum tempo, este recompensas, além de funcionário pedirá a questões financeiras. demissão e passará a trabalhar no Ofereça a oportunidade de valoriconcorrente. Quando ouço afir- zação e expansão de conhecimenmações como essas, faço reflexões tos, por meio de cursos e palestras. e imagino como deve ser o clima Mas é importante observar que, organizacional e a motivação dessa para conquistar um programa de organização. Penso onde está a pre- motivação mais eficaz, será necesabril \ maio 2010

sário monitorar os resultados e, fortalecer a necessidade de não aplicar uma visão em competir. Ao contrário, é preciso estimular uma visão pelo esforço cooperativo. Programas de motivação não conseguem resultados produtivos, quando não fornecem ferramentas para as pessoas identificarem como orientar determinadas mudanças. Cada treinamento precisa ser um momento de reflexão, para inspirar e contribuir com mudanças positivas no trabalho desenvolvido.

Dalmir Sant’Anna é Palestrante comportamental, Mestrando em Administração de Empresas, Pós-graduado em Gestão de Pessoas, Bacharel em Comunicação Social e Mágico profissional. Autor do livro “Menos pode ser Mais” (3ª edição). www.dalmir.com.br

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N Flashes 4

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01. Equipe da Wizard 02. César Frazão interagindo com o público 03. Carlos Hilsdorf utilizando a mágica para levar conhecimento ao público 04. “O Varejo que Funciona”, com Eduardo Tevah, despertou o interesse do público 05. Equipe da EBM 06. Auditório lotado no Centro de Convenções 07. Os funcionários do Grupo Santa Helena 08. Eduardo Ferraz fala sobre vendas e negociação 09. Entrega de lembranças do evento 10. Gustavo Cerbasi ensinando como lidar com as finanças 3

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Luciana Teixeira

O que eles dizem da N Produções:

Roberto Coutinho

Rafael Lopes

Waldez Ludwig Psicólogo e consultor em gestão empresarial

Diretor-Executivo da Pix Solutions

Consultor de Vendas da Runway

“As palestras da N Produções são de muita qualidade, com muito conteúdo, além de que sempre trazem a Brasília os palestrantes mais renomados do país.”

“Estamos com a N Produções há cinco anos e essa parceria traz muitos benefícios a nossa empresa como fixação da marca nos eventos.”

“Já assisti várias palestras pela N Produções e todas foram muito boas me ajudando sempre a conhecer melhor os clientes.”

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entretenimento

etc...

casa trabalho

por Patrícia Amato

IPod de dormir. Se você adora os gadgets, vai adorar também este conjunto de roupa de cama que é a réplica de um iPod Touch. Custa 49 dólares.

Lanterna de pescoço. Trata-se da “HUGlight”, uma espécie de lanterna com dois pontos de luz, um em cada extremidade, totalmente flexível. São quatro potentes LEDs que podem ser acesos individualmente, funcionam com duas pilhas palito e garantem 40 horas de luz. A estrutura de arame é coberta por uma macia camada de espuma e sua utilização é muito variada. À venda no site da Amazon, custa 14,99 dólares.

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Porta-retrato com scanner. Mais uma novidade no ar! Este porta-retrato já vem com scanner integrado e é bem fácil de usar. Basta colocar uma fotografia impressa em papel e apertar o botão. Em alguns segundos a imagem estará digitalizada em 300 dpi, salva na memória interna de 1 GB e pronta para ficar “emoldurada” no porta-retrato. Possui tela LCD de 8 polegadas, toca MP3, passa vídeos, mostra a hora e ainda tem muitas outras funções. E, além disso, você ainda pode aproveitar para converter as fotos antigas para arquivos digitais.

Pen Drive em forma de robô. A empresa Active Crystals criou os robôs USB, que compõem pequenos gadgets que aliam o design e a tecnologia Philips com acabamentos de cristais. O pen drive possui 2 GB de capacidade e interface USB 2.0, bem como dois pequenos LEDs indicadores de funcionamento nas orelhas dos robôs.

Mesa de parede. Uma mesa perfeita para apartamentos pequenos e quartos de hotel. Existem muitos modelos tradicionais que você já deve ter visto por aí, mas essa é bem moderna, cheia de estilo e funcionalidade. Existem dois tipos, uma que serve de espelho e a outra, de painel fotográfico. A mesa fica presa na parede e basta puxá-la para que vire uma prática mesinha. Ela mede 130 x 85 x 78 cm e pesa cerca de 20 kg. É feita em madeira e aço inox. www.nrespostas.com.br


L. Marchini

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? Responde:

Luís Sérgio Lico

www.consultivelabs.com.br

Pergunta: Lauro Minervino Gerente de contas Banco Itaú

! Qual a importância da logística na vida da empresa?

O Fator Logístico “A logística apresentase hoje como uma formidável ferramenta para a criação de vantagens competitivas nas organizações.”

Ninguém consegue viver sem produtos, insumos e suprimentos e, por isso, dizemos que, quando falta ou atrasa algo, foi um problema logístico. Este conceito está no dia a dia das pessoas e empresas. Porém, se quisermos dar uma panorâmica sobre sua importância, antes é preciso fazer uma distinção entre logística e transporte. A primeira é o sistema, o segundo é um dos mecanismos de sua efetivação. O transporte é o mais importante dos processos logísticos, que, por movimentar materialmente produtos de um ponto a outro, acaba sendo seu lado mais visível, pois concretiza (ou não) a entrega das mercadorias. Assim, se a pizza chegar fria, pode ter sido apenas um problema de transporte. Agora, se não houver o cálculo do roteiro, abastecimento, gestão de frota e o planejamento da distribuição, aí sim, podemos falar em erro logístico. A logística é a área da gestão responsável por prover recursos, equipamentos e informações para a execução de todas as atividades de uma empresa. Por definição, é a parte estratégica do gerenciamento de toda a cadeia de abastecimento, também o

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planejamento e controle de roteiros, mão de obra, armazenagem e seus fluxos. Isso, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes em tempo determinado, incluindo o tráfego no sentido inverso. Não é pouco. Aliás, arriscaríamos dizer que sobre ela se assentam as bases produtivas da economia, que não podem prescindir desse ordenamento modal. Sua existência é vital para qualquer coisa que se pense, pois tudo precisa ser deslocado e transformado, para poder ser consumido. A logística apresenta-se hoje como uma formidável ferramenta para a criação de vantagens competitivas nas organizações, considerando a tendência mundial de comoditização. Os ambientes globalizados precisam de trocas eficientes e eficazes de produtos e mercadorias, que circulem por canais internacionais, locais e regionais bem alinhados. Hoje, vive-se um momento de grande pressão por desenvolvimento e integração. Esse cenário é caracterizado, por um lado, pela busca de competitividade, tecnologia, nichos, ofertas e entregas adequadas às expectativas dos clientes. De outro, pela necessidade de se encontrarem diferenciais que não estejam diretamente ligados à produção ou aquisição e facilitem o escoamento. No caso, um entrave tipicamente brasileiro a esse pensamento sistêmico, foi o sucateamento das ferrovias, que fragilizou www.nrespostas.com.br


quência direta da visão integrada e sistêmica de todos os processos, pois a ausência do conceito faz que cada área ou departamento pense e trabalhe de forma isolada e estanque. Isso gera conflitos internos pelo poder e faz com que os maiores concorrentes de uma empresa estejam dentro dela própria. Outro ponto positivo originado pela logística é a cultura de avaliações por meio de indicadores, que são ferramentas gerenciais essenciais para o aumento da sinergia entre fornecedor, empresa, colaboradores e consumidores, por meio do compartilhamento de informações relevantes para o nível de serviço desejado. Cada vez mais, as empresas estão entendendo que rece-

ber e entregar no prazo pretendido é tão importante quanto produzir e vender. Como estratégia empresarial, atua diretamente sobre pontos-nevrálgicos do desempenho empresarial, tais como rentabilidade, imagem, tempo e custo. Dessa forma, compreender a importância do sistema logístico significa olhar para o que queremos.

Luís Sérgio Lico é Palestrante e Conselheiro Organizacional. Mestre em Filosofia e Especialista em Gestão do Comportamento. Autor dos Livros: O Profissional Invisível e Fator Humano. www.consultivelabs.com.br

L. Marchini

a distribuição nacional, que, embora euforicamente suprida pelo setor rodoviário, ao longo do tempo, fez surgir o anátema da proliferação das praças de pedágio e diferenças fiscais, encarecendo muito o custo final dos produtos transportados. A procura agora é por soluções. Nesse quadro, a logística é assunto tão importante que, se as organizações passam a enxergá-la como prioridade em suas estratégias, conseguem como resultado a superação das expectativas, e consequentemente melhor posicionamento no merc a do. Os benefícios são a conse-

“Cada vez mais as empresas estão entendendo que receber e entregar no prazo pretendido são tão importantes quanto produzir e vender.”

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Eco notícias

por Patrícia Amato

Computador Ecológico. Está aí um computador que é ecologicamente correto. Agride menos o meio ambiente porque consome apenas de 20 a 25 watts de energia. Bem menos do que um desktop normal. Além de tudo esse computador é compacto: mede apenas 15 x 15 x 5 cm. Teclado que funciona com energia solar. Já está no Brasil o teclado SlimStar 820 fabricado pela Genius Kye Systems. O equipamento sem fio usa a energia solar para funcionar e ajuda a preservar o meio ambiente com a economia de energia elétrica. Esse teclado possui bateria que armazena rapidamente a energia necessária para seu uso, além de 17 teclas rápidas para acesso à Internet. O SlimStar 820 Solargizer vem em um kit que inclui um mouse a laser, também sem fio, com alcance de 10 metros de distância. O teclado custa R$ 450.

Caderno de bolso. Totalmente ecológicos, os cadernos de bolso Moleco são produzidos a partir de papel reciclado pósconsumo ou restos de papel produzidos pelo processo de fabricação de papéis. Podem ser encontrados nas cores azul, rosa, reciclado natural, branco, amarelo e laranja. As estampas são lindas e o elástico também apresenta variedade de cores.

Aspirador que consome menos energia elétrica. Sustentabilidade é a palavra de ordem do novo aspirador da Electrolux. O Ultra Silencer Green, produzido com plástico reciclável, emite um nível baixíssimo de ruído, economiza um quarto do consumo de energia elétrica e tem poder de limpeza 39% maior em comparação com um modelo convencional. Outra novidade é que o aparelho possui o bocal Dust Magnet, de alto desempenho, rodas macias que não riscam o piso, tubo prolongador para alcançar cantos difíceis e filtro lavável H12, que purifica o ar liberado pelo aspirador. Custa R$ 1 mil e pode ser encontrado no site www.electrolux.com.br.

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A sua solução em Transportes

Uma empresa de soluções inteligentes em transportes, atuando no mercado de cargas e encomendas expressas dos segmentos aéreo e rodoviário.

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? Responde:

Eduardo Tevah

www.eduardotevah.com.br

Pergunta: Nilva Mendes

Consultora de vendas Loja Polyflex

! Como investir na marca da empresa?

A Frustração das Marcas “O grande desafio de todas as organizações será aliar marcas fortes com serviços de excelência.”

Eduardo Tevah é consultor e empresário. É bacharel em administração de empresas pela UFRGS com especialização em gestão de pessoas e vicepresidente do Grupo Tevah. www.eduardotevah.com.br

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No mundo corporativo, poucas coisas são buscadas com tanto afinco como transformar o nome de uma empresa em uma marca forte e representativa na mente do consumidor. Contudo, muitas pessoas parecem ainda acreditar que seja possível fazer isso apenas com estratégias publicitárias, esquecendo que mais importante do que tudo que se vê nos veículos de mídia é aquilo que vivenciamos quando vamos ao mercado tentar consumir o que nos foi vendido. Eu realmente acredito que o momento mais importante de uma empresa é quando o consumidor está em contato direto com ela, pois até então tudo não passava de uma expectativa que poderia ser frustrada ou não. Creio que muitos de nós empresários deveríamos ter a humildade de aprender um pouco mais sobre valorizar as experiências do consumidor. Vamos a alguns exemplos práticos que vivi nos últimos meses. • Fui até uma marca de operadora de telefonia celular e o que recebo na porta? Uma senha de atendimento. Isso mesmo: você acredita que em 2010 o consumidor ainda aceite senha de atendimento? Coloquem mais funcionários, mas eu não tenho tempo de ficar 20 minutos para ser atendido. • Em uma companhia aérea, tentei obter informações sobre utilização de milhagens. Depois de ser desviados por malditas URAS (disque 1 se você quer isso, disque 2 se você quer aquilo) por 5 vezes, entra uma gravação e diz: nosso tempo de espera para atendimento é de 11 minutos. Você não leu errado: 11 minutos, não devia nem ter gravação com esse tempo porque ele é imoral. NRespostas

• Em uma rede de supermercados, depois de mais de 30 minutos de compras, chego ao check-out e o que encontro? Filas nos caixas. São mais de 15 minutos de espera. A funcionária do caixa está mal-humorada e não existe empacotador, ou o cliente embala ou a caixa embala, retardando mais o atendimento. Em outra rede de vestuário, escolho os produtos que quero comprar, mas quando vou pagar são mais de 30 clientes em filas de indigentes. Uma senhora da melhor idade larga tudo ao ver isso e vai embora. Eu sigo o exemplo dela. Se você leitor estivesse escrevendo este artigo, tenho certeza de que teria exemplos muito parecidos com esses. São empresas que entendem o desafio de comunicação da marca junto ao grande público, têm empresas de comunicação (agências de propaganda, assessoria de imprensa) extremamente competentes, mas se perdem porque não investem profundamente em treinamento das pessoas que atendem a seus clientes nem colocam uma estrutura interna que facilite a experiência de compra dos clientes. Acredito que eles devem ver isso como despesa e não como investimento. Assim, criam grande expectativa para que consumamos seus produtos e serviços, mas só o que conseguem é gerar uma tremenda frustração na hora da verdade. São grandes marcas com serviços medíocres. Eu não tenho a mínima dúvida de que o grande desafio de todas as organizações será aliar marcas fortes com serviços de excelência. Essa será uma combinação infalível das empresas triunfadoras. www.nrespostas.com.br


Sete técnicas para aumentar suas

“vendas online” por César Frazão

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ão há como negar que cada vez mais as empresas estão utilizando a Internet para “vendas online”, e, com esse crescimento, cresce também a concorrência e as dificuldades de obter um pedido. Por isso, saí a campo e, após uma série de conversas com pessoas que compram e com empresas que vendem pela Internet, além de especialistas em tecnologia, descobri e classifiquei sete ações essenciais para quem deseja vender ou iniciar vendas “online”.

dúvidas: existem clientes que, mesmo comprando pela Internet, querem falar com alguém da empresa. Para testar a simplicidade, peça a uma criança para simular um pedido: se ela conseguir, o site está simples.

vezes mais, uma porque ele não funcionará e outra porque terá de refazê-lo. 7.º Implante um contato ou fale conosco que funcione:

Pelo amor de Deus! Isso não é uma dica, é uma súplica. Atenda a seus 4.º Transmita credibilidade: Infelizmente, existem muitos “pica- clientes, não minta, responda a seus retas” que vendem e não entregam, e-mails, faça-os sentirem que há concomprometendo assim a imagem das sideração, pois 68% dos clientes par“vendas online”. Para se diferenciar tem para o concorrente pelo descaso. dessa turma, coloque em lugar bem vi- Há alguns dias, enviei uma mensagem sível depoimentos de clientes satisfeitos para o “fale conosco” de uma grande em comprar com a sua empresa, que companhia de celulares e até hoje espodem ser escaneados ou gravados; pero a resposta e tenho certeza de que selos e certificações também ajudam a não sou o único. 1.º Ressalte os benefícios, e não aumentar a credibilidade. Lembre-se: Como você vê não existe grande seas características: Os clientes não compram os produ- preço é importante, mas credibilidade gredo ou fórmula mágica para aumentar as vendas com uso do comércio tos: compram o que os produtos fa- é muito mais. eletrônico, no entanto adote essas sete zem por eles. Por isso, cuidado para dicas e dê um “show em vendas online”! não descrever somente os aspectos 5.º Facilite a compra: técnicos, porque, se o cliente não Dê opções de pagamentos como: Frazão é palestrante e escritor especializado imaginar a vantagem nisso, ele não cartões de crédito, impressão de César em técnicas de vendas e motivação de vendedores compra. boleto bancário, depósitos, trans- www.cesarfrazao.com.br ferências ou débitos em conta, en2.º Ofereça primeiro os produtos fim, ofereça o maior leque possível. de maior valor: Uma vez que o cliente já acolheu as Essa técnica serve para criar um re- ações acima, não o perca no feferencial alto. Quando se faz uma chamento! “primeira oferta” arrojada, a segunda parece bem mais barata. 6.º Invista em tecnologia de 3.º Seja simples e de fácil acesso:

O site deve ser de fácil navegação e com caminhos claros e rápidos. Caso o cliente tenha dúvida sobre onde clicar, ele desiste e vai comprar em outro lugar. Coloque também um contato telefônico para esclarecer as abril \ maio 2010

ponta e em especialistas no assunto:

Hoje, com o conhecimento da informática difundido entre as empresas, é comum vê-los querendo economizar na criação do comércio eletrônico, fazendo um serviço caseiro. Quem monta um “e-commerce” preocupado com o custo gasta duas NRespostas

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? Responde:

Carlos Hilsdorf

www.carloshilsdorf.com.br

Pergunta: Anthony Ferreira Analista Comercial Jr. Unimek Produtos Hospitalares

!

É possível conciliar a “lógica quadrada dos manuais de gestão” com os desafios de criatividade e inovação do universo organizacional?

O segredo é “conciliar” “A intensa comunicação de que muitas vezes as pessoas precisam para trabalhar de maneira eficaz está se tornando mais barata e melhor o tempo todo.”

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No mundo dos negócios, quando fazemos uma pergunta, desejamos respostas rápidas e eficazes? A resposta é sim! É plenamente possível unir teoria e prática no que ambas têm de melhor para enfrentarmos de maneira coerente e assertiva o dia a dia dos negócios. O segredo está justamente em “conciliar”. Conciliar é uma palavra de origem latina derivada de concilio e significa unir, tornar coeso, uno. A dificuldade que muitas pessoas sentem vem do fato de estarem mais apegadas à teoria ou à prática, esquecendo de fazer a conciliação delas. Esqueça essas expressões de cunho popular, como “na prática a teoria é outra”; isso não serve para quem está no mundo dos negócios, tampouco serve “na teoria a prática é outra”. Teoria e prática são dois aspectos da mesma realidade. A boa teoria é aquela que explica e dá condições para o bom exercício da prática! Os modelos teóricos servem para aju-

NRespostas

dar a compreender e lidar com a realidade. O grande equívoco é querer forçar uma realidade diferente daquela que deu origem ao modelo a caber dentro dele. Modelos e teorias não são a realidade; são aproximações da realidade; eles existem para tornar uma realidade tão ampla e tão complexa, mais fácil de ser compreendida. Os manuais de gestão acabam sendo lógicos e um pouco engessados por tentarem ser didáticos. Explicar, tornar acessível, implica sempre alguma generalização e simplificação – o que em última instância significa que algumas coisas ficarão de fora. São exatamente essas coisas que ficam de fora que dão a impressão de que a teoria estava errada. Não se trata disso – a teoria, o manual, direciona você para caminhos, mas não pode caminhar por você. Da mesma maneira que um mapa é diferente de um território, e conhecer o mapa e o território não se compara a www.nrespostas.com.br


percorrer o território, assim se completam teoria e prática. O manual dá as coordenadas, mostra possíveis caminhos para realidades já estudadas, mas a realidade é dinâmica, a realidade do manual não é, nem pode ser, exatamente a sua. Da mesma forma que um GPS manda você virar à direita em uma contramão, porque desconhece mudanças de última hora na engenharia de trânsito, o manual ignora as particularidades que você encontrará ao colocar o modelo e a teoria em prática! Manuais de gestão vão fornecer ferramentas para você analisar e tratar a realidade; vão colaborar com a formação do seu senso crítico em gestão, mas não vão jamais ensinar você a administrar. É o confronto efetivo com o cotidiano dos negócios, com seus obstáculos e desafios que permitirá colocar partes que os manuais ensinam em prática, adaptar outras e criar tantas quantas forem necessárias. Em última instância, isso é empreender! O exercício da criatividade na busca por soluções eficazes para velhos e novos problemas e de inovar agregando hoje mais valor que ontem e, amanhã, mais que hoje – estas são as características de um bom profissional de gestão. Em todas as áreas do Conhecimento, os bons profissionais interagem com seus manuais, com seus clássicos, enfim com todo o alicerce sob o qual se constrói o conhecimento relevante de sua arte e ciência e, depois de conhecê-los e dominálos, desafiam-nos e os redefinem criando “um novo estado da arte”. Primeiro aprendemos o idioma, depois nos arriscamos nos caminhos da literatura; primeiro aprendemos pintura clássica, depois nos lançamos à vanguarda. Não teríamos Michelangelo, Einstein, Drucker ou Picasso (apenas para citar alguns) se eles não tivessem dominado seus “manuais” e depois aplicado sua criativiabril \ maio 2010

dade, ousadia e capacidade de inovação para redefinir suas áreas de atuação. Em escala, este também é o nosso desafio! Fechando esta reflexão, empresto as palavras de Paulo Freire, que, com brilhantismo, propunha: “A teoria sem a prática é utopia, a prática sem a teoria é rotina. A teoria sem a prática é estéril e mero jogo intelectual, mas a prática sem a teoria é cega e ingênua. A teoria sem a prática é ideologia; a prática sem a teoria é empirismo cego. A teoria sem a prática vira “verbalismo”, assim como a prática sem teoria vira ativismo. No entanto, quando se une a prática com a teoria tem-se a práxis, a ação criadora e modificadora da realidade.” Nosso desafio é elaborar e viver a práxis que por definição cria e modifica a realidade. Somos agentes da conciliação entre a produção de conhecimento e sua aplicabilidade imediata e concreta ante os desafios cotidianos. Nessa matéria somos todos alunos e professores uns dos outros. Escrevemos manuais com o objetivo que sejam esquecidos assim que compreendidos, e deles fique apenas a essência, a nossa capacidade de agir transformando a realidade à nossa volta.

“Organizações inteligentes não fazem só coisas boas, mas o fazem com velocidade.”

Carlos Hilsdorf é economista, pós-graduado em marketing pela FGV, autor e consultor de empresas. www.carloshilsdorf.com.br

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? Responde:

Luiz Marins www.anthropos.com.br

Pergunta: Márcio Henrique Xerocopista Loreno Informática

! Como faço para ser promovido?

Você só será promovido

se alguém promover você

“Se você é um funcionário que trabalha internamente, quem poderá fazer sua ‘promoção’ são seus colegas de trabalho.”

Luiz Marins é Antropólogo, formado em História, Direito, Ciência Política, Negociação, Planejamento e Marketing, Antropologia Econômica e Macroeconomia. www.anthropos.com.br

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Um produto está em “promoção” quando ele é destacado dos demais e com ele faço alguma coisa “diferente” para vendê-lo. Entre os inúmeros produtos que tenho, escolho um deles para fazer uma “promoção”. Aí, então, destaco suas qualidades, seus atributos e busco vendê-lo ao maior número de possíveis clientes. Da mesma forma é com você. Você só será promovido se alguém fizer sua “promoção”, ou seja, falar bem de você, mostrar seus atributos. E, para que alguém possa fazer a sua “promoção”, você precisa ser um bom “produto”, isto é, vendável. Assim, se você é um funcionário que trabalha internamente, quem poderá fazer sua “promoção” são seus colegas de trabalho. Eles é que deverão falar bem de você, “promover” você de tal forma que essa “promoção” acabe chegando aos ouvidos de seu chefe que assinará o seu aumento de salário ou a sua mudança de função, consumando a sua promoção. Se você é um vendedor ou tem qualquer outra função externa, você só será promovido ou promovida se seus clientes o(a) promoverem, isto é, falarem bem de você e fizerem a sua “promoção”. Assim, é preciso que fique bem claro que você só será promovido se alguém promover você. E só promoverão você se você se promover primeiro, isto é, se você conseNRespostas

guir ser um “produto” que atraia a atenção do seu “mercado”. E qual é o “mercado” de um funcionário interno? São os seus colegas de trabalho, seus chefes, enfim, seus clientes internos. Assim como para um funcionário que trabalha externamente, seu mercado serão seus clientes externos, seus contatos, etc. E para ser um “produto” que chame a atenção do seu mercado, você terá de “surpreender” e “encantar” esse seu mercado, fazendo mais do que ele esperava que você fizesse. Você terá de ser capaz de dar ao seu mercado o que chamo de “momentos mágicos”, isto é, o que as pessoas não esperam de você. Só assim as pessoas falarão de você. Só assim as pessoas “promoverão” você. Se você não fizer nada diferente, não chamar a atenção, não surpreender, ninguém falará de você, ou seja, ninguém fará sua “promoção” e você ficará no esquecimento junto com os milhares de produtos esquecidos em uma prateleira de supermercado. É por isso que eu respondi que somente seria promovido se alguém o promovesse. A maioria das pessoas nunca é promovida porque ninguém as “promove”, isto é, ninguém fala delas, ninguém as “vende”, ninguém as destaca das demais. Ficando na vala comum de todos, sem ser promovido por alguém, você jamais será “promovido”. Pense nisso. Sucesso! www.nrespostas.com.br


abril \ maio 2010

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? Responde:

Alessandra Assad

alessandra@alessandraassad.com.br

Pergunta: Paulo Lima Assessor de Imprensa Agência Athena

!

As empresas utilizam de modo adequado as ferramentas de comunicação para reforçar sua imagem junto ao público interno?

Comunicação inteligente

para empresas inteligentes

“A intensa comunicação de que muitas vezes as pessoas precisam para trabalhar de maneira eficaz está se tornando mais barata e melhor o tempo todo.”

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“A tecnologia de informação está fazendo que os custos de comunicação diminuam”. A afirmação de Thomas W. Malone, professor de Management da Sloan School of Management, do MIT, e diretor-fundador do Centro de Inteligência Coletiva do MIT, leva-nos ao fato de que estamos vivendo as fases iniciais de um aumento da liberdade humana nas empresas, que talvez hoje seja tão importante, quanto o surgimento das democracias foi para o Estado um dia. Isso está acontecendo porque, pela primeira vez na história, podemos aproveitar os benefícios econômicos das grandes organizações sem abrir mão dos benefícios das empresas pequenas para as pessoas, como: liber-

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dade, criatividade, motivação e flexibilidade. Mas, e qual o papel da comunicação interna para consolidar processos de gestão e reforçar a imagem da empresa junto ao público interno? Para Malone, a intensa comunicação de que muitas vezes as pessoas precisam para trabalhar de maneira eficaz está se tornando mais barata e melhor o tempo todo. Com a pesquisa de opinião de baixo custo, feita pela web, e outras técnicas de pesquisa de mercado, as empresas podem saber rotineiramente a opinião de funcionários, clientes e outras partes interessadas, sobre todo o tipo de questão. Ele defende que, se a utilizarmos de forma consciente e adequada, o processo flexível e descentralizado da tomada de decisão em mercados, talvez seja uma forma muito melhor de atingirmos muitos objetivos não econômicos do que geralmente imaginamos. E essa mudança tornou-se possível graças às novas tecnologias, que proporcionam que inúmeras pessoas tenham informações suficientes para tomar mais decisões por si mesmas, formando a chamada inteligência coletiva, que leva ao conceito de organização inteligente. Ainda segundo o professor, este tipo de inteligência jamais existiu antes no planeta. www.nrespostas.com.br


“Organizações inteligentes não fazem só coisas boas, mas o fazem com velocidade.”

Para ele, organizações inteligentes não fazem só coisas boas, mas o fazem com velocidade. Ele é categórico ao afirmar que uma medida de inteligência é a rapidez. Mas, com que rapidez as organizações conseguem agir? Malone ressaltou que, se queremos entender em que ponto estamos e como ter benefícios com essas vantagens, precisamos pensar no que os seres humanos querem. E aqui, temos um ponto fundamental: é impossível entender o que os seres humanos querem se não fizermos bom uso da comunicação. Malone defende que, para ser um gerente eficaz no mundo em que estamos entrando, você não pode se prender a uma mentalidade centralizada. Precisa ser capaz de se mover com flexibilidade. Precisamos mudar a nossa forma de pensar, deixando de comandar e controlar para coordenar e cultivar. Quando você coordena, organiza o trabalho de modo que coisas

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boas aconteçam, esteja você no controle ou não, já que a c o or de n a ç ã o enfoca as atividades que precisam ser realizadas e as relações entre elas. Em vez de simplesmente dizer às pessoas o que devem fazer, os gerentes cultivarão cada vez mais suas organizações e as pessoas dentro delas. Malone explica que, para cultivar algo com sucesso, é necessário entender e respeitar suas tendências naturais, ao mesmo tempo em que tenta lhe dar um formato que você valorize. Em vez de tentar impor a sua vontade ao sistema, você tenta chegar a um equilíbrio entre quanto controle deve exercer e o quanto deve abrir mão dele. Talvez a melhor maneira de comunicar essa decisão seja deixando as pessoas perceberem que podem falar, fazer e serem ouvidas. Pense nisso!

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Alessandra Assad é diretora da AssimAssad Desenvolvimento Humano. Formada em Jornalismo, pós-graduada em Comunicação Audiovisual e MBA em Direção Estratégica. É professora na FGV Managenent, palestrante e colunista de vários meios de comunicação. É autora do livro “Atreva-se a Mudar! – Como praticar a melhor gestão de pessoas e processos.” www.alessandraassad.com.br

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? Responde:

Sérgio dal Sasso www.sergiodalsasso.com.br

Pergunta: Giselle da Costa Vargas Coordenadora de Seguridade Fundação Sistel de Seguridade Social

! Qual a melhor forma de administrar as finanças de uma empresa?

É preciso fazer uma equação saudável das finanças Conhecimento do passado para se ter visão do presente e do futuro e mais uma boa pitada de gente competente são os ingredientes fundamentais, para que, quando integrados, possam formar uma equação saudável das finanças de uma organização. O que temos como fato real na condução de uma organização é que quando do seu fechamento pelos resultados operacionais (diário, semanal, mensal), podemos estar produzindo um relatório lindinho de números ou um material efetivamente aguardado por todos pela disposição e geração de análises, que propiciem na prática rápidos alinhamentos nos processos e seus reflexos de melhorias. Ao contrário do que muita gente pensa, finanças não são obra do departamento financeiro que, nesse caso, é apenas o responsável pela consolidação das informações e, por ser financeiro, normalmente não tem autonomia para tomar decisões sem que seja autorizado para tal. Na verdade, a qualidade de uma gestão financeira é resultado da integração e do comprometimento dos grupos selecionados para gerir as responsabilidades depar“Ao contrário do tamentais da organização (centros de que muita gente responsabilidades). pensa, finanças Uma política eficiente de caixa (entranão são obra do das e saídas monetárias) exige um pleno departamento conhecimento econômico da organizafinanceiro que, ção, e isso por todos serem responsáveis nesse caso, é apenas o por ela, pois os valores que contabiliresponsável pela zam os resultados são repatriados dos consolidação das ganhos e gastos (vendas, tributos, cusinformações.” tos e despesas) para as contas dos itens 34

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a serem recebidos ou pagos, em que o fluxo dos direitos e obrigações só pode ser alterado com a capacidade negociativa dos talentos e um modelo de gestão favorável à formação de organizações objetivas, sintonizadas e saudáveis. Um movimento financeiro ordenado significa dizer que cada número tem um endereço certo (de ação e reação) entre sua origem e participação equilibrada no movimento da empresa. Ficamos sempre pela qualidade gerencial para que haja entendimento comum em relação à interpretação e responsabilidades quando da agilidade das mudanças. Temos de pensar no que significa de fato ter as finanças sobre controle. Em primeiro lugar, uma estrutura humana treinada no se relacionar, no nunca se individualizar, depois deter um sistema de informação, que de fato tenha transparência e seja de fácil entendimento a todos, e, por fim, que a somatória desses talentos possa produzir em sincronia os efeitos necessários às evoluções. Afinal, o que definimos como “dindim saudável” é o que sobra entre o vender e o custar. Daí vem aquela história de cada canto de uma organização deve ter uma visão clara da sua importância e ser avaliada por tal, pois um dia a mais em um prazo de compra é tão salutar como um dia a menos na venda, ou por uma mudança no processo que agregue qualidade e dinâmica de produção ao que fazemos. Sérgio Dal Sasso é palestrante, consultor em gestão de negócios e escritor – Palestras em administração, empreendedorismo, vendas e educação profissional) .

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