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Carta ao Leitor N Palavras
Em primeiro lugar, seja profissional Caro leitor, vou começar com a definição do Wikipédia sobre a palavra “profissional”: aquele que tem conhecimento da sua profissão, especialista. Assim sendo, profissional é aquele que, por deter o conhecimento e sendo especialista, entrega o que se compromete; o profissionalismo é a entrega, a contento, do que foi prometido. Acompanhe comigo esse episódio: uma empresa em plena expansão se depara com o momento de investimento para sustentar seu crescimento. Crescimento físico, um espaço maior para receber novos colaboradores, ambiente melhor, móveis e tudo o que é possível para o conforto da organização. O primeiro passo foi contratar um arquiteto, para poder fazer um layout da nova sede. Nesse momento, é firmado um contrato para que tudo seja feito por ele, desde a contratação dos fornecedores e acompanhamento da obra até o acabamento de todos os detalhes. Para não perder muito tempo, e não quero desanimar os que ainda passarão por esse processo, o resultado final é esse. Nenhum dos fornecedores entregou 100% do que haviam se comprometido, alguns merecem o relato. Por exemplo, o instalador do piso flutuante da nova sede mediu errado o tamanho da sala, e quando a equipe finalizou o trabalho, havia sobrado cerca de 30% do material. Para receber o dinheiro de volta, as sobras deveriam se recolhidas, levadas de volta à loja. Aí sim, poderia ocorrer o ressarcimento dos gastos com a falta de profissionalismo de quem mediu a sala. O pintor foi num dia, pintou metade da sala e simplesmente sumiu por três dias. Depois, por telefone, afirmou que errou na quantidade e não tinha material para continuar o serviço, mas que voltaria depois para finalizar. A empresa se viu obrigada a contratar outro pintor, pois não podia esperar pela boa vontade dele para entregar o que havia combinado. Linhas telefônicas e internet são um caso à parte. Eu
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desconheço que, em qualquer lugar do Brasil, alguma empresa, atendida por qualquer operadora que seja, tenha recebido o serviço dentro do prazo combinado. Neste caso específico, não foi diferente... Com todo esse cenário, o que aconteceu foi que o custo ficou 35% mais caro do que o inicialmente previsto. Onde estava o profissionalismo? E os especialistas encarregados em fazer as coisas acontecerem? O custo da falta do profissionalismo em nosso país é altíssimo! De que adiantam campanhas de marketing e promoções se, na hora “H”, as empresas simplesmente se perdem entre protocolos e desculpas! O primeiro marketing deve ser o profissionalismo; sem isso não se constrói nada, ele é o alicerce das empresas. Nenhuma empresa vai enganar uma vida inteira os seus clientes. Veja no tribunal das redes sociais quantas grandes marcas são manchadas pela total falta de profissionalismo, por não conseguirem entregar simplesmente o que foi combinado. Em algum momento, as empresas vão entender que sobreviverão no mercado apenas as que se especializarem em servir bem. Ser profissional é o início, pois, convenhamos, entregar o que se compromete é o mínimo e não deveria ser visto como diferencial. Desejo a você, caro leitor, que valorize as empresas que possuem profissionalismo e que se empenham em servi-lo como cliente e não como se estivessem simplesmente fazendo um favor para você!
José Paulo Furtado Diretor da Revista N Respostas
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Leitor leitor@nrespostas.com.br
Envie seus comentários, sugestões, informações, críticas e perguntas: SHCGN 704/705 Bl. E nº 17 Ed. M.ª Auxiliadora sala 401 CEP 70730-650 Brasília-DF Tel/Fax: 61 3272.1027 e-mail: leitor@nrespostas.com.br
Recebi a revista NRespostas e curti muito a leitura, colunistas, seções e respostas, vibrei. É uma ferramenta de grande valia.
Os temas são muito atuais e mostram variedades que são muito importantes que se tome conhecimento.
Gostaria de ter acesso à assinatura, para a cada bimestre ser inundado de termas atuais e marcantes.
Obrigado pela atenção dispensada e um grande abraço,
Obrigado.
N Respostas é uma publicação da N Produções
Marcelino Lima
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Recebi as revistas e todos gostaram muito, principalmente dos temas versados.
Diretor-Executivo: José Paulo Furtado Direção de Arte: Letícia Marchini arte@nrespostas.com.br
Muito interessante a forma como a revista é vista no mercado empresarial.
Editoração: Letícia Marchini Editora-Chefe Renata Araújo redacao@nrespostas.com.br
Francisco Campos Olá, recebi a revista e ADOREI! Não pelo meu artigo, claro, mas pelo conjunto. Parabéns a toda a equipe! Um abraço fraterno e ecológico. Vilmar S. D. Berna www.escritorvilmarberna.com.br
Jornalista responsável: Cid Furtado Filho DRT DF 1297 Revisão: Denise Goulart Fotografia: Telmo Ximenes Reportagem: Renata Araújo Colaboradores desta edição: Rino Neubarth • Carlos Hilsdorf • Pedro Mandelli • Vilmar S. D. Berna • Nailor Maques Jr. • Dalmir Sant’Anna • Roberto Melo • Homero Reis • Mario Sergio Cortella • Roberto Shinyashiki Diretora Financeira: Ana Paula Abílio financeiro@nproducoes.com.br Diretor Comercial: José Paulo Furtado josepaulo@nrespostas.com.br
Como anunciar: 61 3272.1027 de 2.ª a 6.ª, das 9 às 18h josepaulo@nrespostas.com.br A N Respostas não se responsabiliza pelas ideias e opiniões emitidas nos artigos assinados. Tiragem: 20.000 exemplares.
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Índice Ano IV • Nº 16 • junho / julho 2011
capa 10. Marketing - conquistando quem interessa
colunistas 18. pedro mandelli
Além da hierarquia
26. Roberto shinyashiki
Dicas de campeão
34. Homero Reis Pergunte ao coach 38. mario sergio cortella Filosofando
Seções 03. N Palavras 07. entrevista Luiza Helena Trajano - “Vem ser feliz!” 20. N Flashes
Quem passa pelos eventos da N Produções
24. eTc.
Entretenimento, trabalho, casa
28. eco notícias 29. N Atividades
RESPOSTas 14. EDUCAÇão executiva - Rino Neubarth
Executivos de sucesso devem aprender a lição do doar
16. Recursos humanos - Carlos Hilsdorf
Empowerment: torne seus colaboradores coautores do seu sucesso
22. sustentabilidade - Vilmar S. Demamam Berna Meio ambiente, sucesso e felicidade
30. comportamento - Nailor Marques Jr.
A vida como ela deveria ser
32. motivação - Dalmir Sant’Anna
Por que desistir de acreditar?
36. mundo digital - Roberto Melo
Três passos para entrar no mundo digital
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Entrevista
Luiza Helena Trajano Ela cresceu junto com os negócios da família, aos quais se dedica desde os doze anos de idade, época em que trabalhava como balconista, durante as férias escolares, na antiga “A Cristaleira” – loja de móveis de sua tia. Hoje, sob sua responsabilidade, o Magazine Luiza disputa a liderança nacional do mercado varejista. Sua rede de lojas tem como grande diferencial o tratamento amigável dispensado aos clientes e é considerada modelo de gestão humanista. Uma das mais respeitadas e queridas empresárias do Brasil, Luiza Helena Trajano fala com o coração e convida:
“Vem ser feliz!” “Faça para os outros o que gostaria que fizessem para você”. Este é um lema na sua empresa. Como você aprendeu a dar importância a este ensinamento? São valores que sempre estiveram muito presentes na nossa família e que meus tios Luiza Trajano Donato e Pelegrino José Donato, fundadores da rede, também levaram para o ambiente profissional. Quando falamos de pessoas em junho\ julho 2011
primeiro lugar, temos que ficar atentos 24 horas por dia. Um exemplo deste lema é que na recepção do nosso escritório ninguém aguarda mais do que 5 minutos para ser atendido, desde fornecedores, presidentes, até o mais simples entregador, pois elas também são divulgadoras da nossa empresa. Luiza, você começou a trabalhar ainda bastante
por Renata Araújo
jovem. Ao mesmo tempo em que crescia profissionalmente, casou-se e criou filhos. Em algum momento você chegou a pensar que carreira e vida doméstica fossem sucessos incompatíveis? As mulheres têm algumas características um pouco diferente das dos homens, pois fomos criadas fazendo várias coisas ao mesmo tempo. Eu sou de uma família na qual a NRespostas
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[Entrevista]
mulher sempre trabalhou, mas sempre fiz questão de manter uma rotina normal com minha família, como tempo para as minhas leituras, assistir a programas de TV, ter meus momentos de lazer, levar meus filhos à escola. É tudo uma questão de organização e de criar uma rotina que possibilite conciliar as duas coisas Inovação é um ponto de destaque em seus negócios. Vocês têm algum programa que incentive a criatividade de seus colaboradores? O Magazine Luiza diferencia-se das grandes empresas, em especial do segmento de varejo, principalmente por sua cultura empreendedora, seu “jeito Luiza de ser”. Como principais características desta cultura destacam-se o pioneirismo, a inovação, a velocidade no fazer acontecer e o foco no cliente. São dezenas de procedimentos, recursos, produtos, mecanismos e práticas desenvolvidos dentro da empresa, e todos foram criados de forma autêntica para valorizar e estimular as pessoas a buscarem seu autodesenvolvimento e ampliarem a consciência de seu papel na empresa, que tem como um de seus diferenciais a busca pela inovação constantemente. Não existe nenhuma grande dificuldade quando a pessoa procura estimular a criatividade e buscar novas ideias o tempo todo. E sempre digo à minha equipe para sair do quadrado, da caixa. Acredito que isso é válido para qualquer um que queira fazer a 8
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público da N Produções em 2008, você contou que existem mães, filhos(as) e netos(as) trabalhando em lojas do Magazine Luiza. Que vantagens e dificuldades essa situação específica traz para a gestão da empresa? As pessoas gostam tanto de trabalhar no Magazine “Na recepção do nosso Luiza que querem levar escritório ninguém aguarda seus filhos e netos para mais do que 5 minutos para lá. Não vemos nenhum ser atendido.” problema, pelo contrário, isso integra cada vez mais diferença e esteja disposto a crescer a família. Temos apenas no seu trabalho e mostrar resulta- uma regra que não permite a sudos. A informação também é funda- bordinação de familiares. mental para estimular novas ideias. No meio empresarial, durante Fomentamos essa cultura dentro do negociações ou importantes Magazine Luiza, inclusive por meio tomadas de decisão, você já se de bolsas de estudos, programas de sentiu descriminada pelo fato treinamento, cursos no Portal do de ser mulher? Costumo falar que o preconceito Saber, entre outros. está mais em nossas mentes do que Existe alguma característica na mente das outras pessoas. Nunem sua gestão que você acredite ser um diferencial no ca me senti discriminada porque sucesso do Magazine Luiza? nunca me permiti ter esse tipo de No ambiente corporativo, algumas sentimento. As mulheres, ao longo qualidades mais típicas nas mulhe- dos anos, conquistaram seu espaço res, como flexibilidade, intuição e no mercado e, hoje, temos grandes interação, costumam fazer a dife- líderes mulheres em todos os segrença. Acredito que uma empre- mentos. Graças a essa evolução, a sa deve tratar o funcionário com sociedade tornou-se menos consero coração, mas deixá-lo também vadora, e características como senparticipar dela com a cabeça e per- sibilidade, intuição e espírito de sermitir que se beneficie no próprio vir, tão comuns entre as mulheres, bolso. É preciso manter as pessoas passaram a ser atributos indispensámotivadas, fazê-las se sentir parte veis para o sucesso nos negócios. imprescindível da empresa, como Não é de hoje que as mulheres têm numa família. ganhado espaço no mercado de trabalho. Em uma palestra que você Dentro das organizações, assim proferiu em Brasília, para o www.nrespostas.com.br
como em qualquer lugar, é importante ter um equilíbrio entre as forças feminina e masculina. A imagem do Magazine Luiza é fortemente ligada à preocupação com a responsabilidade social. Atualmente, quais têm sido as ações mais importantes, sob este foco? O Magazine Luiza investe muito na ampliação da consciência do ser humano sobre seus papéis pessoais, profissionais e de cidadania. A área de Gestão de Pessoas mantém um atendimento interno que leva em consideração as dimensões física, emocional, intelectual e social de cada indivíduo. Na empresa, as pessoas e o bem-estar delas são prioridades, por isso, elaborou um questionário e convidou a todos a responderem um mapeamento de risco. Com base nas respostas dos próprios colaboradores, traçou-se um diagnóstico da situação geral da saúde da equipe. Em 2009, o Núcleo Social formou um Comitê de Qualidade de Vida, com representantes de várias áreas da empresa. Esse comitê conta com oito frentes de trabalho, e cada uma cuida de um aspecto da saúde. Para implantação destas ações, formatou-se o Projeto Cuidar com o intuito de ajudar todos os colaboradores a adotarem atitudes cada vez mais saudáveis e, com isso, contribuírem para melhorar o ambiente e o planeta. Uma das ações do projeto foi o curso “Bem-estar – Atitudes para junho\ julho 2011
uma vida sem stress”, que foi disponibilizado no Portal Luiza. Todas as propostas do Projeto Cuidar foram desenvolvidas com foco no benefício dos colaboradores. O Magazine Luiza acredita e fomenta a ideia de que cuidando do nosso ambiente, de nós mesmos e do outro, estamos adotando uma atitude saudável e melhorando o mundo à nossa volta. O Magazine Luiza oferece diversos benefícios aos seus colaboradores, porém, dois deles têm um significado especial, principalmente pelo retorno que trazem àqueles que o recebem. São eles o Cheque-mãe (um benefício estendido para todas as mães com filhos de
“Na empresa, as pessoas e o bem-estar delas são prioridades.” até 10 anos e 11 meses de idade) e o Cheque Educação Especial (cujo objetivo é auxiliar o funcionário nos cuidados com os filhos por-
tadores de necessidades especiais, buscando contribuir para a qualidade de vida deles e sua inclusão na sociedade). O Magazine Luiza é associado ao Instituto Ethos de Responsabilidade Social há alguns anos. Além de manter e propagar a conduta ética e transparente em todos os seus relacionamentos, a prioridade dos investimentos sociais da empresa é para os benefícios diferenciados aos próprios colaboradores, especialmente nas áreas de educação, saúde e cuidados com os filhos. Além destes investimentos, a empresa apoia, em cada uma de suas unidades, campanhas locais, integrando e valorizando as ações da comunidade à qual está inserida. Em Franca, a empresa apoia as ONGs Franca Viva, especialmente o projeto de formação de crianças e adolescentes em informática; a Secos e Não Molhados, que distribui fraldas descartáveis para idosos; e o Instituto Pró-Criança, que ajuda a combater o trabalho infantil nas indústrias de calçados. A empresa apoia também o Hospital do Câncer, realizando constantes mobilizações entre seus colaboradores, que, voluntariamente, participam na aquisição de rifas e camisetas, cujos recursos arrecadados são direcionados à manutenção do próprio hospital. No Escritório de Negócios foi adotado o uso de papel 100% reciclado a partir de embalagens ambientalmente corretas. NRespostas
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Capa
Marketing
não erre o alvo na hora de conquistar quem interessa por Renata Araújo
Provocar encantamento e conquista há muito deixou de ser trabalho apenas para o cupido. Atrair simpatia e merecer fidelidade são missões que extrapolaram os limites da esfera dos relacionamentos amorosos e invadiram também o ambiente corporativo. Empresas investem cada vez mais em ações que ajudam a cativar seu público-alvo.
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Publicidade posiciona a marca; dá conceito e va- promocionais do que a publicidade “tradicional”. lores a ela. Propagandas agregam valores intangí- A demanda consciente é uma realidade. Consumir veis. Ações promocionais fecham o ciclo da venda. de modo consciente implica ter no ato de consumo Evitam, por exemplo, que a pessoa vá a um ponto um instrumento de bem-estar; fazer escolhas busde venda atraída por uma marca e saia de lá tendo cando diminuir os impactos negativos em si próprios, comprado o produto concorrente. “Há quinze anos na sociedade, na natureza e na economia. Implica o marketing promocional era apenas uma promes- uma prática permanente de cidadania e extrapola o sa, mas a tendência é destinar uma verba cada vez atendimento a necessidades individuais. Ao comprar maior para as atividades promocionais”, afirma Sil- produtos de uma empresa que utiliza mão de obra vana Torres, uma das fundadoras da agência Mark escrava, o consumidor alimenta a continuidade dessa Up Motivation People, de São Paulo, em entrevista prática. Assim sendo, manter-se bem informado é à Radio CBN. Uma pesquisa realizada pelo Ibope fundamental. O poder de transformação social está Inteligência e ATP/GMP (2009), com executivos de nas mãos dos consumidores e cabe a eles escolher empresas de vários segmentos e regiões brasileiras, como fornecedoras empresas éticas, que respeitam das áreas de marketing, trademarketing, comunica- os direitos humanos e os limites naturais do planeta. ção, publicidade, promoções, vendas Outro viés do consumo consciente é e eventos, aponta que apenas 40% das “As empresas a diminuição da fidelidade às marcas. empresas pesquisadas investem mais Para João de Simoni, especialista e necessitam em publicidade do que em outras ações trabalhar no pioneiro em promoção de vendas no de marketing; 14% das empresas reBrasil e membro da Academia Brasisentido de construir a partem sua verba igualmente e 46% já leira de Marketing, observa-se atualtêm maiores cifras destinadas a ações admirabilidade mente “uma alta infidelidade a marcas
da sua marca.”
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Capa
e a pontos de venda”. Segundo ele, o consumidor não aceita maus tratamentos de lojistas. Quando vai a um determinado lugar e não é bem atendido, ele se vinga não voltando mais. Diante deste cenário, as empresas necessitam trabalhar no sentido de construir a admirabilidade da sua marca. Dai a crescente importância do marketing de relacionamento, do marketing promocional e das ações decorrentes de suas técnicas e ferramentas. Em 2003, a Associação de Marketing Promocional – Brasil (AMPRO) apresentou ao mercado o conceito de marketing promocional adotado pela entidade: “Atividade do marketing aplicada a produtos, serviços ou marcas, visando alcançar os objetivos estratégicos de construção de marca, vendas e fidelização por meio da interação junto ao seu público-alvo”. Consiste em atividades identificadas, principalmente, mas não apenas, como ações em pontos de venda e promoções com premiação, também conhecidos como merchandising. Os supermercados são locais onde muito se evidencia este tipo de movimento. João de Simoni diz, ao repórter Heródoto Barbeiro, no Programa Mundo Corporativo, que cinco segundos é a média de tempo que o consumidor tem para decidir qual das marcas ele vai comprar. “Nesse momento, nesses cinco segundos, ele é submetido a um impasse de julgamento. Ele não sabe se fica com o produto A ou com o produto B, porque tanto um quanto o outro tiveram campanhas publicitárias de construções de imagem”. Esse impasse poderá ser resolvido se em um deles houver um simples brinde acoplado. “Ele poderá optar pelo produto B por entender que, mesmo que ele venha a cometer um
determinado produto”. Esse pequeno brinde pode ser um diferencial competitivo, desde que as imagens de marca dos dois sejam vistas por ele como semelhantes. Caso contrário, o cliente vai dar preferência para aquele no qual ele mais acredita, independentemente do brinde que está sendo ofertado pelo concorrente. Para Jaqueline Azevedo, sócia e diretora da Sisters Promoções & Eventos, que há três anos atua em Brasília e Goiânia, “as ações de divulgação de empreendimentos imobiliários são as que, proporcionalmente, mais têm movimentado as agências de promoção”. Panfletagem com material de melhor qualidade, em shoppings e outros ambientes frequentados pela classe A; festas de lançamento de stands de vendas, em unidades decoradas, executadas por moças bem produzidas, com boa escolaridade e bem preparadas para fornecer informações são hoje as maiores demandas”. Jaqueline diz ainda que “são crescentes as demandas relacionadas ao marketing esportivo, e a patrocínos, já impulsionadas pela realização das Olimpíadas e Copa do Mundo no Brasil”. Para ela, “é nítido o aumento dos recursos destinados ao marketing promocional neste primeiro semestre de 2011, em relação ao segundo semestre de 2010 e, mais ainda, aos anos anteriores”. “O cliente vai Associadas às atividades de retaguarda do dar preferência marketing promocional, as empresas cada para aquele no vez mais lançam mão das ferramentas do qual ele mais marketing de relacionamento. É preciso acredita.” conquistar a fidelidade do cliente. É preciso mostrar a ele a importância da sua permaerro de julga- nência na carteira da empresa. É preciso torná-lo mento, ele esta- um aliado. É necessário um forte trabalho no senrá tendo alguma tido de ganhar sua simpatia e confiaça. Feito isso, vantagem, op- ele começa a indicar sua empresa para os amigos. tando por aquele Não se preocupa tanto com os preços. Não se im-
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“Ele gosta de ser seu cliente. Ele foi flechado pelo seu cupido.”
porta tanto em pedir descontos, pois sabe do valor agregado, da qualidade e da confiabilidade do que está adquirindo ou indicando. Ele gosta de ser seu cliente. Ele foi flechado pelo seu cupido. Eventos como o Café & Contatos, promovido pela N Produções, são exemplos desse tipo de ação. Convidar alguns poucos clientes – ativos, inativos ou potenciais – para um bate-papo descontraído, servindo um café da manhã em ambiente aconchegante no qual há, adicionalmente, troca de conhecimentos e oportunidade para novos negócios entre os convidados é, sem dúvida, uma iniciativa bem-sucedida. Extrapola a função de aquecer o relacionamento com os próprios clientes, permitindo aproximação dos convidados entre si. As noites de conhecimento mensalmente oferecidas pela N Produções são consideradas, pelos parceiros de seu projeto de educação corporativa, como uma poderosa ferramenta de marketing de relacionamento. Petrobras, TAM e Fundação Universa são algumas das empresas que direcionam parte dos ingressos adiquiridos para estes treinamentos a colaboradores e parte a clientes e fornecedores, posicionando-se, junto a esses e ao público presente, como corporações preocupadas com o desenvolvimento e o crescimento de seus stakeholders. Dentro dessa ideia de marketing de relacionamento e da conquista da fidelidade do consumidor, o empresário e consultor Carlos Alberto Julio considera que as organizações devem se atentar para o que ele
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chama de “High Tech, High Tou- comunicação eletrônicos baseados ch”, equilibrando tecnologia com em tecnologia digital, como a interrelações humanas. Deve-se utilizar net, o celular, a TV digital, talvez recursos modernos de gerencia- sejam, hoje, a maior vitrine de algumento, como o CRM (Costumer mas empresas. Possibilitam acesso Relationship Management), a par- direto às pessoas. Para trabalhar o tir de um comportamento mais marketing eletrônico, é necessácaloroso da equipe que lida direta- rio estar ciente dos prós e contras. mente com a clientela. Elogios e críticas se espalham com Exemplificando, relata que a cons- velocidade assustadora. Comentátrutora e incorporadora paulista rios geram seguidores no Twitter, Tecnisa se relacionava com os clien- amigos no Facebook, visualizações tes basicamente através de boletos de fotos no Flickr, perguntas no Forbancários. Em um movimento de mspring, check-ins no Foursquare e aproximação, estabeleceram-se 19 vídeos exibidos no YouTube, o que pontos de contato com o cliente ao proporciona mensagens retransmilongo dos meses que separam a com- tidas. Essas ferramentas são poderopra do imóvel e a entrega das chaves. sas aliadas na construção, consolidaEstes contatos seriam feitos através ção ou destruição de marcas. Não as do envio de caixas, como presen- menospreze. tes. A primeira delas contém duas As ferramentas da publicidade, da taças, uma garrafa de champagne e promoção de vendas, do marketing um cartão assinado pelo funcionário de relacionamento, das mídias digiresponsável, apresentando-se e ofe- tais, dentre tantas outras, estão aí recendo um brinde ao para alavancar seus negócasal. Na segunda caixa, “Em tempos cios. Profissionalize e cade cliente pacite todos dentro dele. vai uma bela pasta personalizada e um cartão consciente, Prepare-se para crescer! é preciso ser Esteja pronto para cressugerindo que a mesma uma empresa seja utilizada para orga- sustentável.” cer! Em tempos de cliennizar toda a documente consciente, é preciso tação referente ao imóvel recém-ad- ser uma empresa sustentável, sem quirido. Até que na última caixa vai limitar-se ao ecologicamente correa tão esperada chave. Ele conclui: “as to. Lembre-se do economicamente pessoas querem se sentir tocadas”! viável, socialmente justo e culturalMas alerta: “nada disso resolve se mente diverso. houver problema na entrega do produto”. Construir a admirabilidade de uma marca requer envolvimento e nada é mais envolvente do que a mídia digital. Os meios de veiculação/ NRespostas
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? Educação Executiva
Responde:
Rino Neubarth
Diretor Universa Escola de Gestão
Pergunta: Monique Cunha Arquiteta
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É possível multiplicar o sucesso profissional?
Executivos de sucesso devem aprender a lição do DOAR Podemos ver constantemente executivos bra- É comum que as business schools do mundo sileiros assumindo posições de liderança nas recebam doações de ex-alunos que se revermais diversas áreas de negócios pelo mundo. tem em bolsas de estudo para milhares de Isso reforça a tradição de que somos, acima de jovens executivos que não poderiam pagar tudo, flexíveis e de fácil adaptação ao ambien- pelos MBAs, e em pesquisas variadas, que gete de negócio local. ram para o doador abatimentos fiscais. Para Para multiplicar executivos de sucesso exemplificar, a Wharton, escola de negócios “Para e forjar novos executivos qualificados da Pensilvânia, realiza a campanha mais ammultiplicar no mercado, faltam-nos algumas tra- biciosa da sua história e espera arrecadar até executivos dições culturais presentes em outras junho de 2012, algo em torno de U$ 3,5 bide sucesso e nações, como contribuir para a forma- lhões em doações de ex-alunos. forjar novos ção de novos profissionais. Tratando a Nossos investimentos em pesquisa continuam executivos qualificados exceção como foco, o ex-ministro Del- muito abaixo do necessário. A participação e no mercado, fin Neto vai doar o seu acervo literário o envolvimento de profissionais de sucesso, faltam-nos de mais de 250.000 exemplares para a aliados à gratidão e à influência das instituialgumas instituição educacional da qual fez par- ções de ensino, podem e devem ser incentitradições te, um exemplo a ser seguido, mas que vados como possíveis motores para alavanculturais não reflete a realidade de nossas insti- car nossas pesquisas. Alardear que estamos presentes em tuições e de nossos executivos. sofrendo com a baixa capacidade de mão de
outras nações.” 14
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obra e com a falta de profissionais qualificados reflete não só as falhas de nosso sistema educacional em todos os níveis, como o nosso desinteresse em fomentar e até buscar informações do grau de pesquisa desenvolvida em nossas instituições de ensino. Temos muitos talentos e ótimas ideias, porém, só isso não basta. Devemos ter investimento contínuo, direcionado, e não podemos achar que o governo deve ser o único a fomentar a educação e o desenvolvimento sem assumir a nossa parcela de participação e responsabilidade.
“Devemos ter investimento contínuo, direcionado, e não podemos achar que o governo deve ser o único a fomentar a educação.”
Pequenas atitudes farão muita diferença no futuro dos jovens que precisam de formação qualificada, fruto de pesquisas de todos os níveis que refletirão positivamente para o futuro do nosso país. Apoiando nossas instituições, como as escolas de negócio que atuam com um modelo de ensino inovador e destacam-se ao ponto de obter reconhecimento nos principais rankings mundiais, estamos gerando a energia certa para um futuro com mais informação e desenvolvimento para todos.
Rino Neubarth é diretor da Universa Escola de Gestão. www.universa.org.br
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? Recursos Humanos
Responde:
Carlos Hilsdorf
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Pergunta: Wellington Silva Administrador de Empresas
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Simpatizo bastante com o tipo de gestão que possibilita a participação ativa dos colaboradores nas tomadas de decisão da empresa. O empowerment realmente funciona?
Empowerment: torne seus colaboradores coautores do seu sucesso
P
or empowerment, podemos entender, de maneira simplificada, a delegação de poder aos nossos colaboradores. Com esta atitude, a empresa descentraliza suas decisões e estabelece um estilo de gestão extremamente mais participativa, dando maior autonomia a seus colaboradores. As vantagens são maior motivação, maior satisfação das pessoas, maior agilidade e flexibilidade, portanto, maior potencial “As vantagens são de competitividade. maior motivação, A prática do empowerment é maior satisfação fundamental para libertar a emdas pessoas, do vício da centralização maior agilidade presa a torna lenta e burocrática! e flexibilidade, que Empowerment corresponde a portanto, maior potencial de uma relação que envolve poder competitividade.” e responsabilidade como duas 16
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faces de uma mesma moeda. Para desenvolvê-lo não basta transferir verbalmente poder às pessoas; elas precisam ter reais condições de agir no pleno exercício da sua responsabilidade, desenvolvendo o que chamamos de “ownership”, ou seja, agirem como intraempreendedores e como se fossem “proprietárias” do negócio, pensando como empresários. Para isso, é necessário: 1.Um profundo compartilhamento das informações com todos os envolvidos. A informação é o objeto que destrói a incerteza. Ela é fundamental para a correta tomada de decisões. 2.A abertura para uma real autonomia, dando às pessoas não somente as informações, mas o apoio e a liberdade necessários para agirem. É preciso confiar nestes pro-
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fissionais e incentivá-los a liderar os processos em que estão envolvidos, e sob os quais assumiram responsabilidades. Uma cultura punitiva impede a autonomia; erros devem ser corrigidos, não punidos. 3.A redução dos níveis hierárquicos e da burocracia que tornam as empresas lentas e rígidas. A prática de empowerment aumenta exponencialmente as condições para que todos possam atingir alta performance e buscar continuamente a excelência. Esta prática desperta o que há de melhor nas pessoas e estimula o aparecimento e a formação de novos líderes. Na ausência de empowerment, o comprometimento “Em muitas nunca será máximo, as empresas, a equipes jamais atingiimplantação do rão alta performance e empowerment é a liderança jamais será prejudicada por efetiva. empresários, Em muitas empresas, a gerentes implantação do empoe gestores werment é prejudicada temerosos de por empresários, gerenperderem sua tes e gestores temerosos importância, status e poder.” de perderem sua importância, status e poder. Isso é uma grave miopia porque as equipes e líderes continuarão necessitando de uma administração competente e atuante. A adoção do empowerment demonstra um amadurecimento da cultura organizacional, independentemente do tamanho da empresa. Ele favorece a autorrealização das pessoas e é um dos grandes atrativos para reter os melhores talentos, já que estes não desejam trabalhar em empresas nas quais não possam atuar com autonomia e possibilidades de construir uma carreira de sucesso! Empresas que pretendem aprender e agir mais rápido que seus concorrentes precisam aprender a delegar autonomia a seus talentos. A centralização é um risco muito elevado à sustentabilidade dos negócios. Sucesso é um esporte coletivo. Ninguém quer fazer parte de um time no qual não se junho\ julho 2011
pode jogar, mostrar seu valor e fazer a diferença. Um dos maiores erros em organizações consiste em tolher a autonomia das pessoas. É preciso acreditar em nossos talentos e deixá-los sentir a motivação e o prazer de ajudarem a construir o sucesso dos negócios. Empresas que delegam autonomia a seus colaboradores fazem com que eles se sintam coautores do sucesso, elevam sua autoestima e, com ela, a lucratividade dos negócios. Mantenha sua empresa aprendendo constantemente, dedique-se a treinamento e capacitação constantes. O medo de investir nas pessoas alegando que elas possam deixar o negócio deve ser superado pela certeza de que se não as “Empresas que delegam capacitarmos e elas continuautonomia a seus arem trabalhando conosco, colaboradores o custo será incrivelmente fazem com que eles maior! Quem não investe em se sintam coautores seu negócio e em seus cola- do sucesso, elevam boradores investe na concor- sua autoestima rência... e, com ela, a Acredite nas pessoas, invista lucratividade dos nas pessoas, elas são o seu ne- negócios.” gócio, o restante é só cenário!
Carlos Hilsdorf é economista, pós-graduado em marketing pela FGV, consultor e pesquisador do comportamento humano. Considerado um dos melhores palestrantes do Brasil na atualidade. Palestrante do Congresso Mundial de Administração (Alemanha) e do Fórum Internacional de Administração (México). Autor do best seller “Atitudes vencedoras”, apontado como uma das 5 melhores obras do gênero, e do sucesso “51 atitudes essenciais para vencer na vida e na carreira”. Referência nacional em desenvolvimento humano. www.carloshilsdorf.com.br • TWITTER: www.twitter.com/carloshilsdorf
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Pedro Mandelli
Além da hierarquia
Descobri! Tudo depende de mim?! Um belo dia, estava sentado com um velho conhecido e ele me contava como era bom e confortável pertencer a uma empresa; ele dizia: ela cuida da gente, tem programas de benefícios muito bons, tem festas de final de ano até com presentes para os filhos, tem cooperativa de crédito, cooperativa de consumo, assistente social e clube com campeonatos internos e atividades sociais. Enfim, ele se sentia seguro em pertencer a algo que nunca o trairia. Bons tempos!! Foi traído!! A empresa foi vendida, depois foi fusionada com outras duas, tercerizaram até o clube, acredita? O que sobrou? Sobrou ele, com seus sonhos e sua biografia de mono. Biografia de mono? O que vem a ser? “O mundo Mono empresa, mono cultudos monos ra, mono profissão, mono lindeixou de guagem, mono tudo. E o pior: funcionar.” o mundo dos monos deixou de funcionar e começou a ser deixado em segundo (terceiro) plano. 18
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Do dia para a noite, viramos para o mundo dos multi onde monos não têm espaço. Mas como virar multi? Foi um ato de coragem, e digo que foi porque já passou, já foi, já era. Eu virei multi, você virou multi por falta de opção, a empresa não lhe aceitou mais e vamos e venhamos nem os amigos porque todos viraram multi. Dias atrás estava eu discutindo, do alto de um púlpito em uma escola, num encontro de pais e professores, que a grande maioria da sala era mono, tinha saudades disso e procurava fazer de seus filhos multi. Todos se questionando sobre os caminhos. Esta transformação silenciosa pegou todo mundo sem exceção, desde a tradicional carreira é problema seu, até carreira é problema meu mesmo e ninguém deve se meter com isso.
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“Esteja preparado, oportunidades existem e não são poucas.”
Aliás, ninguém quer mesmo saber disso: as empresas já vêm dizendo faz tempo que você é quem cuida de suas oportunidades; esteja preparado, oportunidades existem e não são poucas; o governo, ah o governo, este não diz nada, mas também não cuida de ninguém de forma decente; só sobrou você mesmo. Portanto, cuide de seu patrimônio pessoal, sua rede de relacionamentos e seu conhecimento diferenciado aplicado (verdadeiro capital intelectual) de forma obstinada e passe por cima de tudo que tentar lhe manter um mono por algum tempo. Todo tempo perdido mono vai ser
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pago com oportunidades ocupadas pelos multi! Boa sorte!!
Pedro Mandelli, é consultor na área de mudança organizacional, sócio-diretor da Mandelli Consultores Associados, é professor da Fundação Dom Cabral e autor do livro “Muito além da hierarquia”. Leia mais sobre o assunto em: Muito além da hierarquia Pedro Mandelli Editora Gente - 2001
Em um cenário cada vez mais diversificado, o gestor precisa ter em sua equipe pessoas que sejam autônomas. E façam acontecer. Para isso, é preciso que cada gestor faça um autodiagnóstico gerencial e transforme-se em um profissional além da hierarquia. Esse conceito, criado pelo renomado professor e consultor Pedro Mandelli, vai ajudá-lo a assumir o perfil de um gestor que valoriza as pessoas e os processos de desenvolvimento próprio e de seus subordinados, tendo como objetivo capacitar a equipe para que todos cresçam profissionalmente e entreguem os resultados. Nesta edição, revista e ampliada, além de pontos-chave da gestão de pessoas, como o entendimento da relação líder-liderado e o respeito ao alinhamento de comportamento em um time, o autor aborda, em um novo capítulo, todos os aspectos da criação de um ambiente de alta performance para toda a organização. Com a aplicação desses conceitos, sem dúvida você tem tudo para se tornar um líder muito além da hierarquia.
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N Flashes
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1. Daniel Godri interage com o público de mais de 2 mil pessoas. 2
2. Coffee break La Boulangerie: a qualidade La Boulangerie enriquecendo ainda mais os eventos N Produções em Brasília. 3. Daniel Godri falando sobre a busca da excelência. 4. Carlos Julio fala para o público do Top 10 Empresarial sobre a magia dos grandes negociadores. 5. Auditório master lotado para assistir ao Prof. Heinz e Daniel Godri. 6. Equipe de promotoras da Sisters com os palestrantes da noite. 7. Carlos Alberto Julio fala sobre o perfil comportamental dos clientes. 8. Alexandre Prates fala do profissional do futuro. 9. Equipe da Art line sempre presente nos eventos da N Produções. 10. Prof. Heinz fala sobre motivação no Top 10 Empresarial.
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Fotos: Telmo Ximenes
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Foto: Divulgação
O que eles dizem da N Produções:
Renato Alves
Andreia Azevedo
Sandra Jardim da Silva
Mnemonista
Sisters Promoções e Eventos
Dir. Administrativa / Financeira AS SUL Alarmes e Acessórios
“A N Produções tem mostrado, a cada evento, que mais do que organização de cursos e palestras, o seu foco é o conhecimento, a evolução da alma humana e a valorização dos amigos.” junho\ julho 2011
“Para meus colaboradores, gera e recicla conhecimento, acompanho a evolução dos resultados mês a mês. Como apoiadora, utilizamos os eventos para relacionamento e novos negócios. Em quase um ano de parceria, conquistamos e fidelizamos seis novos clientes. O trabalho da N Produções é exemplo de um investimento com foco no resultado a curto e longo prazo.”
“Só tenho a agradecer a toda equipe da N Produções pelo excelente trabalho e profissionalismo tanto da revista quanto dos cursos e palestras que agregam ainda mais valor ao capital intelectual de nossa empresa.”
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? Sustentabilidade
Responde:
Vilmar S. D. Bernaf vilmar@rebia.org.br
Pergunta: Cejane Faleiro Fisioterapeuta
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É possível mensurar sucesso profissional, sem nos limitarmos à análise dos ganhos econômicos?
Meio ambiente, sucesso e felicidade
O
que é sucesso para nós? Que critérios usamos para julgar se uma pessoa é bem ou malsucedida? As nações usam o PIB (produto interno bruto), que mede tudo o que foi comprado e vendido num dado período, então, o que não tiver preço, o que não puder ser objeto de compra e venda, não fará diferença na soma total, logo, ainda que se reconheça valor, não terá importância. Importante é o que tem preço e, por isso, o PIB é insensível. “O trabalho E no nível pessoal, como medimos o suhumano, por cesso? Uma pessoa sem dinheiro, sem exemplo, posses, que trabalha o dia inteiro, paga para produzir aluguel, que vive endividada, cheia de coisas, tem prestações, pode ser considerada uma preço. Já pessoa de sucesso? Nos critérios atuais, o trabalho não. E se ela, assim mesmo, for uma doméstico, pessoa feliz, respeitada e reconhecida para manter a em sua comunidade, amada por sua facasa e cuidar mília, e que desenvolve habilidades culdos filhos, turais, artísticas?
não tem preço.”
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Assim, passa a ter valor o que tem preço e pode ser negociado no mercado. O trabalho humano, por exemplo, para produzir coisas, tem preço. Já o trabalho doméstico, para manter a casa e cuidar dos filhos, não tem preço, então não é tão valorizado quanto o trabalho para produzir coisas. A saúde tem valor mas não tem preço. Já a doença tem preço, pois para nos tratar precisamos comprar remédios, pagar consultas e tratamentos etc. A felicidade tem valor, mas como não tem preço, não é importante como critério para se julgar o sucesso de alguém. Existem até piadinhas do tipo: ‘se dinheiro não traz felicidade, doe para mim o seu dinheiro e seja feliz’, e ‘o dinheiro não traz felicidade. Manda buscar.’ Uma floresta em pé tem valor, mas só tem preço quando suas árvores são derrubadas e transformadas em tábuas, móveis ou cede o espaço para o plantio de outras espécies com preço. Os serviços que a floresta em pé nos
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“As pessoas sentem-se autorizadas a irem além da destruição ambiental para atender suas necessidades de consumo.”
truição ambiental para atender suas necessidaoferece gratuitamente tem des de consumo. Quevalor, mas não tem preço, rem é mais! Querem como transformar carbono poder acumular o que em oxigênio, fixar o solo e mais for possível, para impedir sua erosão ou seu atender outras necessideslizamento, regular o midades, a de reconhecicroclima e o regime de chumento social e poder. vas, permitir que as águas Passam a consumir os da chuva penetrem nos marecursos do planeta não nanciais podendo abastecer poços porque precisam, mas porque e nascentes em vez de irem correnquerem, podem, merecem! “Precisamos O resultado disso é que nem bem do para o mar para virar água salgaurgentemente conseguimos suprir as necessidades da. Então, entre ter uma floresta em de outro pé que tem valor e ter uma floresta básicas de bilhões de seres humanos indicador de derrubada que tem preço, não haverá que passam fome e cuja sobrevivência medição de dúvidas, no atual modelo de medição a cada dia é um milagre, e já estamos sucesso, que de sucesso, em se derrubar a floresta. além da capacidade de regevalorize o ganho avançando Assim, neste modelo, não tem cabineração da natureza em cerca de 30%. econômico, mas mento a ideia de abrir mão da exploque também Precisamos urgentemente de um ouração da natureza, pois seria o mesmo tro indicador de medição de sucesso, valorize a que abrir mão de ter sucesso. saúde, a paz que valorize o ganho econômico, mas E, ainda, o que pode uns pobres bade espírito, a que também valorize a saúde, a paz de gres, micos, cobras e pererecas diante qualidade de espírito, a qualidade de vida, o tempo do direito quase sagrado de ser bem suvida.” de vida dedicado ao domínio de uma cedido? Preservação da natureza passa arte, à cultura, ao lazer, ao turismo, ao a ser conversa de perdedores, de gente trabalho voluntário pelo bem comum. vendida aos interesses econômicos dos estrangeiros Se o critério de sucesso continuar sendo o econômique, por sua vez, já se encarregaram de destruir toda co, não só a natureza terá de ceder mais e mais como a sua natureza e por isso mesmo são admirados pela as pessoas terão de dedicar cada vez mais horas do riqueza que conseguiram! Ao exigirem que países seu tempo ao trabalho para produzirem coisas que pobres e em desenvolvimento não destruam suas comprarão depois endividando-se em prestações a naturezas, estão pretendendo condenar esses povos perder de vista, e a sociedade nunca terá tido tantas a serem eternos fracassados, e têm contado com os pessoas infelizes, frustradas, entediadas. ambientalistas desses países como seus porta-vozes!! Será isso mesmo que queremos para nossas vidas e Uma natureza arrasada é indicadora de que ali tem para as vidas de nossos filhos e netos? gente trabalhadora e de sucesso! Logo, não tem cabimento estabelecer limites para este sucesso impedindo que pessoas tão trabalhadoras e nacionalistas Vilmar Sidnei Demamam Berna é escritor e jornalista, fundador da Rede deixem de avançar mais e mais sobre a natureza!! Brasileira de Informação Ambiental – REBIA e é vencedor dos prêmios Global As pessoas sentem-se autorizadas a irem além da des- 500 da ONU para o Meio Ambiente (1999) e Prêmio Verde das Américas (2003). junho\ julho 2011
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Etc [Entretenimento, trabalho, casa]
Vintage. A agência paulistana de publicidade Moma criou anúncios vintage do Facebook, Twitter e Youtube para promover o evento MaxiMidia, que aconteceu no ano passado, mas tem gente usando os pôsteres para decorar o escritório. Luvas. Para aqueles que não conseguem se desconectar da “net” nem por um minuto, luvas de forno em formato de cursor de computador.
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Decoração criativa. Seu filho cresceu e não usa mais os joguinhos de tabuleiro que ele tanto gostava? Esvazie o armário e decore o quarto. Essa pode ser uma boa maneira de guardá-los de recordação!!
por Renata Araújo
Rádio AM/FM. Eles estão de volta! As miniaturas do rádio inspiradas na Era de Ouro da radiodifusão internacional e nacional vão fazer a cabeça dos amantes e admiradores do design que marcou época.
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Roberto Shinyashiki
Dicas de campeão
Construa sua própria estrada “Seja na sua vida profissional ou no seu dia a dia pessoal, fazer sempre o mesmo é arriscar-se a chegar a lugar nenhum.”
A pior derrota é aquela de quem não se arriscou, de quem não se dispôs a inovar, a abrir novos horizontes. Continuar fazendo o que sempre se fez é o caminho certo para uma vida de frustrações. Viver repetindo soluções do passado é uma estranha forma de destruir a sua vida. A vida fica sem encanto quando “A vida fica sem as pessoas continuam a fazer o encanto quando que sempre fizeram pelo simples as pessoas fato de que foi desse jeito que continuam a aprenderam. fazer o que Se você sempre encontrou o que sempre fizeram quer num mesmo lugar, se alpelo simples fato de que foi guém mudar esse lugar você vai desse jeito que ter muita dificuldade em achar o aprenderam.” que procura.
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Por isso é importante buscar sempre novos caminhos e novas soluções, novas possibilidades e alternativas. Mas, será que você ainda continua repetindo a sua vida dia após dia, quer dizer, vivendo cada dia como um videotape dos anteriores? Talvez no passado, em momentos de abandono, você tenha decidido não esperar nada de ninguém. Mas agora, rodeado de tanta gente que o ama, bem que poderia buscar o afeto dessas pessoas. Talvez você tenha se apaixonado e se frustrado dolorosamente e, então, criou a convicção de que as pessoas não prestam. Mas agora bem que poderia dar uma chance para aqueles que gostariam muito de caminhar ao seu lado. Talvez, por ter pais autoritários, sua opção tenha sido agir como se não fosse capaz de de-
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cidir nada sobre sua vida. Mas agora, com sua inteligência e “Para você, seu conhecimento, bem que é mais poderia confiar mais em sua importante capacidade de tomar deciser feliz ou sões. ter uma boa Talvez você tenha sido deexplicação mitido de uma empresa por para a sua infelicidade?” um erro banal e viva sempre com medo de errar de novo e perder o emprego. Mas agora que você tem mais experiência profissional, que conbem que poderia arriscar um pouco mais e se tinua fazendestacar em seu departamento. do sempre igual A pergunta que fica é: será que você está disposto e repetindo os mesmos a fazer diferente? erros de antes? As pessoas têm o péssimo hábito de procurar jus- É importante se habituar a buscar novas formas tificar suas ações, ou a falta delas. Dessa maneira, de agir, em vez de investir tempo e energia em explicar o motivo por que a vida não dá certo se lamentações e explicações de sua infelicidade. torna mais importante do que tentar ser feliz. Agora, se você ainda prefere o sofrimento coÉ o caso, por exemplo, de algumas mulheres so- nhecido à possibilidade da plenitude desconhelitárias que, em vez de buscar as razões do insu- cida, só posso lhe dizer uma coisa: acorde para a cesso de seus relacionamentos, acham mais fácil vida e vá ser feliz. Acorde para a vida e vá ter o explicar que desistiram de amar porque os ho- sucesso que você merece! mens não querem compromisso. Ou ainda, o caso do homem estressado que não Um grande abraço, conhece a paz de espírito e começa a elaborar ótimas explicações para justificar seu estilo de Roberto Shinyashiki vida neurótico, sem ao menos perceber que nenhuma dessas explicações lhe trará a paz de que tanto precisa. Roberto Shinyashiki é doutor em Administração de Empresas pela FaculdaAs pessoas que buscam de de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP). www.shinyashiki.com.br justificar a infelicidade em que vivem, ou a sua Leia mais sobre o assunto em: “Acorde para falta de sucesso, não a vida e vá ter Tudo ou Nada Roberto Shinyashiki encontram forças para o sucesso que Editora Gente mudar de rumo, não você merece!.” procuram ajuda, não Será que nossos desejos mais ousados são realmente impossívão atrás de soluções veis de alcançar? Você tem certeza de que já tentou todos os caminhos para sua para seus problemas. realização? Agora responda com muito carinho: para você, é Qual foi a última vez que você se permitiu tomar as rédeas da sua vida? Nas páginas deste livro, você vai aprender a identificar os momentos em que é nemais importante ser feliz ou ter uma boa explicessário realizar uma ruptura na sua maneira de pensar e agir. Momentos decisivos de escolhas que afetarão sua vida para sempre, sem volta. Momentos cruciais que cação para a sua infelicidade? É mais importante trazem a chance de construir de verdade sua própria história. Na realização de suas metas ou na tomada de difíceis decisões, o caminho que você ter sucesso ou ter justificativas para os seus fraescolhe determinará quem é e onde quer chegar. cassos? Baseado em um acontecimento real de sua vida, Roberto Shinyashiki mostra que, num fato cotidiano que poderia passar despercebido, podemos entender como é Será que você continua escravo do passado? Será importante tomar as decisões corretas. Para ele, há momentos em que precisamos realizar uma ruptura na nossa maneira de pensar e agir, do contrário, corremos o risco de perder as oportunidades da vida.
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Eco [notícias]
por Renata Araújo
Os 12 princípios do consumo consciente O Instituto Akatu, procurando orientar consumidores, publicou uma cartilha contendo os 12 princípios do consumo consciente. Veja abaixo:
1. Planeje suas compras. Compre menos e melhor; 2. Avalie os impactos de seu consumo no meio ambiente e na sociedade; 3. Consuma só o necessário. Reflita sobre suas reais necessidades e tente viver com menos; 4. Reutilize produtos. Não compre outra vez o que você pode consertar e transformar; 5. Separe seu lixo. Reciclar ajuda a economizar recursos naturais e a gerar empregos; 6. Use crédito com responsabilidade. Pense bem se você poderá pagar as prestações; 7. Informe-se e valorize as práticas de responsabilidade social das empresas;
8. Não compre produtos piratas. Assim você contribui para gerar empregos e combater o crime organizado; 9. Contribua para a melhoria dos produtos e serviços. Envie às empresas sugestões e críticas construtivas; 10. Divulgue o consumo consciente. Levante essa bandeira para amigos e familiares; 11. Cobre dos políticos. Exija ações que viabilizem a prática do consumo consciente; 12. Reflita sobre seus valores. Avalie os princípios que guiam suas escolhas e hábitos de consumo. (Fonte: Instituto Akatu)
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N Atividades
por Bernardo Brandão / fotos: Rômulo Delalíbera
Projeto
Café & Contatos amplia rede de relacionamentos
dos empresários de Brasília A receita é simples e está fazendo grande sucesso entre os executivos do DF. A N Produções convida 40 empresários das mais variadas áreas para café da manhã, a partir das 8h, no restaurante Oliver. Todos entregam 40 cartões para a organização e se apresentam ao microfone. Por duas horas, um palestrante de renome nacional é a atração principal: se senta ao centro de uma roda e responde perguntas à queima-roupa, falando de suas experiências profissionais e cases bem-sucedidos. Ao final, todos recebem um conjunto de cartões de visita com contatos de todos os presentes e ficam liberados para conversar entre si, inclusive com o palestrante, e iniciar negociações.
O evento do mês de abril ocorreu no dia 29, que teve como convidado o empresário e consultor Carlos Júlio, ex-presidente de empresas como Tecnisa, HSM Managment e Polaroid. Ele falou das tendências do mercado imobiliário brasileiro e do cenário econômico internacional. A quarta edição de 2011 recebeu diretores de recursos humanos, no dia 26 de maio, para ouvir José Ricardo Amaro, diretor de Recursos Humanos e Gestão de Talentos do Grupo ABC, o 19º maior grupo de comunicação do mundo, segundo ranking divulgado pela revista americana Advertising Age. Entre as agências de publicidade integrantes do grupo estão DM9DDB, Africa, MPM e Loducca.
Carlos Júlio fala sobre gestão empresarial no Café & Contatos
José Ricardo Amaro, diretor de RH e Gestão de Talentos do grupo ABC de Comunicação Carlos Júlio
Marcos Tadeu Siqueira, assessor da presidência da CNI, faz pergunta para Carlos Júlio
Ieda Maria Silva, diretora executiva da Ticket, José Ricardo Amaro e Adolfo Diniz, diretor executivo da CTIS
Espaço para perguntas e respostas no Café & Contatos com José Ricardo Amaro
? Comportamento
Responde:
Nailor Marques Jr. www.nailor.com.br
Pergunta: Marcos de Araujo Estudante de Engenharia Mecatrônica
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Estou na universidade e vou começar um estágio. Como devo me posicionar frente à vida profissional?
A vida como ela deveria ser Ah, a vida boa! A vida não é boa porque temos dinheiro, bens e conseguimos coisas. É boa porque fazemos o que é certo, amamos os que conhecemos e os que nunca vimos, respeitamos nossos parceiros, reconhecemos o valor dos velhos e a possibilidade inesgotável de futuro nas crianças. Ah, a vida justa! A vida não é justa porque “Exercer a o Estado prende e pune os criminosos, verdadeira mas porque cada cidadão comum liderança faz o que deve ser feito. Não na vida é arranca flores dos jardins servir de públicos; não joga papel exemplo no chão; não desrespeiaos que ta as boas regras de estão ao conduta, diz bom nosso dia, obrigado, por redor.” favor e com licença; não para sobre a faixa de pedestres; não avança o sinal vermelho nem do tráfego, nem da delicadeza tão em falta nos dias de hoje. Ah, a vida saudável! A vida não é saudável apenas porque praticamos exercícios físicos, mas, sobretudo, porque queremos bem a tudo e a todos e sabemos que a vida só é 30
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possível quando numa comunidade todos respeitam as diferenças e as potencialidades de cada um. É saudável pelo anseio de cada um de nós em querer o melhor para si, sem desejar ou fazer o pior para os outros. Sozinhos nós vamos mais rápido, mas bem acompanhados vamos mais longe e é essa a missão da vida. Ah, a vida com liderança! Liderar não quer dizer dar ordens inúteis a mortos-vivos, nem ocupar posições de chefia em corporações grandes ou pequenas. Exercer a verdadeira liderança na vida é servir de exemplo aos que estão ao nosso redor. É ser bom para inspirar bondade, ser justo para provocar justiça, ser paciente para gerar a paz e o entendimento, ser responsável para tranquilizar as pessoas que se relacionam conosco, para que todos tenham certeza de que o que precisa ser feito será feito da melhor maneira que sabemos. www.nrespostas.com.br
Ah, a vida com esperança! Ter esperança não é simplesmente desejar que as coisas aconteçam e ficar em casa dormindo aguardando acontecer. A esperança é um lugar escondido no coração de cada um de nós, lugar que precisa ser descoberto e alcançado. A esperança precisa ser praticada. O desejo não é nada sem as ações que o concretizam. Que todos nós possamos ter um sonho no coração e a disposição diária de trabalhar por ele da forma mais honesta possível. Ah, a vida com compromisso! Ter compromissos não quer dizer possuir uma agenda cheia, nem fingir que somos indispensáveis. Compromissar-se quer dizer acender a qualidade da vida nas menores ações que praticamos. É não deixar “Que todos que nos esperem, é trabalhar para que nós possamos amigos, parentes, parceiros, clienter um sonho tes recebam aquilo que prometemos no coração e entregar. Ter compromisso é educar a disposição cada célula do nosso corpo para ações diária de na direção certa, é pensar que todos trabalhar por os dias temos um transplante de coraele da forma ção para fazer e se não fizermos tudo
mais honesta possível.”
junho\ julho 2011
“Ter compromisso
no tempo e do jeito certo, nos- é educar cada célula do nosso so paciente não sobreviverá. Ah, a vida com atitude! Ter corpo para ações atitude não é sair fazendo na direção certa.” qualquer coisa o tempo todo para parecermos ocupados e importantes. É, antes de tudo, fazer as coisas que precisam ser feitas, no momento e na direção em que precisam ser feitas. Não é apenas ter a faca e o queijo na mão, mas é preciso ter a fome da boa conduta. Ah, a vida com beleza! A beleza não está na maquiagem, na cirurgia plástica, no vestido novo, na joia cara. A beleza está nos pequenos gestos que têm a sua origem no coração, está na simplicidade do nascer do Sol que é de graça e está disponível para ricos e pobres, ainda que não demos a ele o seu valor vital, está na capacidade de cada um de descobrir o amor. E, acima de tudo, de saber que o amor não tem nação, ele é só uma criança levada que se esconde em qualquer coração. Nailor Marques Jr, é professor, palestrante, coaching, autor, entre outros, de “Sucesso com inteligência” e “Liderar e vender”. www.nailor.com.br
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Motivação
? Responde:
Dalmir Sant’Anna www.dalmir.com.br
Pergunta: Paula Cavalcante Administradora de Empresas
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Preciso aprender a conviver melhor com os erros, tanto os meus como os dos outros... O que devo fazer?
Por que desistir de acreditar?
A cantora Adriana Calcanhoto interpreta uma linda composição de Edu Lobo e Chico Buarque chamada “Ciranda da bailarina”. Você já ouviu essa canção? Depois de ouvir a música inúmeras vezes, passei a refletir no quanto as pessoas são diferentes e algumas abandonam a ação de confiar em si. Negam tentar algo novo, porque o medo de falhar estará refletindo em fracasso. Nos tópicos a seguir, observe como não desistir de acreditar em você. Perceba que são poucas as coisas que se aprende na vida, sem que se erre pelo menos uma vez. Superar a zona de conforto – Quando uma pessoa não quer fazer uma atividade, “Superar a zona qualquer desculpa serve. O detade conforto é lhe é que as repetitivas justificativas uma importante têm um modo estranho de se transação para formar em realidade. São pessoas compreender a que observam seu reflexo no espediferença entre lho logo cedo e, ao contrário de um falhar e ser um sorriso feliz, em comemorar mais
fracasso.”
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“O que parece o fim pode ser o começo de uma grande transformação na sua vida.”
um dia saudável de vida, despejam uma tormenta de energia negativa com reclamações, desavenças e descontentamentos. O que seria de uma bailarina se as dores musculares justificassem parar de dançar? Superar a zona de conforto é uma importante ação para compreender a diferença entre falhar e ser um fracasso. Admita que talvez você não tenha feito o melhor possível e, para sentir o gostinho de uma vitória, será necessário aplicar um esforço a mais. Alterar o estereótipo de perfeição – Há, no sistema nervoso humano, uma substância conhecida como Neuropeptídeo (NPY), que faz a comunicação entre os neurônios e afetam a maneira como observamos as reações ao nosso redor. Quanto menor a quantidade da substância NPY, mais pessimista se torna o ser humano. A bailarina na canção é um estereótipo de perfeição, sem www.nrespostas.com.br
problemas, dores, tristezas e cicatrizes no coração. Mas quem não os tem? Na vida, algumas pessoas aprendem a mudar pela dor e outras por amor. Não se negue a oportunidade de compreender suas fraquezas e procure perceber: o que parece o fim pode ser o começo de uma grande transformação na sua vida. Não deixe a cortina do palco da vida fechar – A capacidade de acreditar é abalada com expressões do tipo: “Você não vai conseguir! Outras pessoas já tentaram e não conseguiram! Desista, isso não vai dar certo!” Há obstáculos que depois de superados tornam-se verdadeiras lições de aprendizagem e estímulos que influenciam nosso comportamento, a maneira de viver e contribuem para uma nova direção. O momento mágico da bailarina é quando a cortina do palco abre e ela demonstra toda competência, brilho e encanto. Não permita cair em armadilhas geradas pelo pessimismo e mau humor. Não deixe a cortina do palco da sua vida ser fechada para as oportunidades que estão à sua volta. Ninguém, mais do que você, possui a capacidade encantadora de mudar.
junho\ julho 2011
“Algumas pessoas
A letra da música “Ciranda da direcionam seus bailarina” diz: “Sala sem mobí- olhares para os lia, goteira na vasilha, proble- erros, outros para ma na família, quem não tem, a possibilidade procurando bem, todo mundo de melhorar tem”. Incertezas, receios, adver- continuamente.” sidades e desconfianças fazem parte do ser humano. O interessante é perceber que algumas pessoas direcionam seus olhares para os erros, outros para a possibilidade de melhorar continuamente. Não permita que as pessoas à sua volta tenham a capacidade de destruir sua autoestima e paralisar sua vontade de acreditar na força de superação. Você pode e merece ser feliz. Lembre-se que, na vida, não há aviso prévio como no ambiente profissional e o momento de acreditar mais em você não é amanhã, mas já!
Dalmir Sant’Anna é palestrante comportamental, mestrando em Administração de Empresas, pós-graduado em Gestão de Pessoas, bacharel em Comunicação Social e mágico profissional. Autor do livro “Menos pode ser mais” e do DVD com o tema “Comprometimento como fator de diferenciação”. Visite o site: www.dalmir.com.br
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Envie sua pergunta para o coach Homero Reis. Participe pelo e-mail: leitor@nrespostas.com.br
Homero Reis
Pergunte ao coach
Qual a melhor maneira de liderar pessoas de idades e talentos diferentes para que trabalhem em prol dos mesmos objetivos?
As novas gerações
O tempo passa e as gerações também. Isso me encanta, além de despertar minha curiosidade sobre como as mudanças geracionais ocorrem. Atualmente, se diz que o ambiente corporativo é composto por quatro gerações distintas. Primeiramente, há a geração TRADICIONAL (até 1945). É a geração que enfrentou a Segunda Guerra Mundial, passou pela Grande Depressão e viu os países atrasados serem forçados a reconstruir o mundo numa desesperada luta pela sobrevivência. Tal geração é caracterizada pela praticidade. Seus membros permanecem muito tempo na mesma empresa, são dedicados, gostam de hierarquias, sacrificam-se para alcançar seus objetivos e valorizam a estabilidade. Em sequência apareceu a geração BABY-BOOMERS (1946 a 1964). Os Baby-Boomers são os filhos do pós-guerra. Romperam pa“Atualmente, drões e lutaram pela paz. Construíram se diz que novas bases relacionais e novas formas o ambiente sociais. Não conheceram o mundo corporativo é destruído, nem a escassez extrema. composto por Mais otimistas, puderam pensar quatro gerações em valores pessoais e na boa distintas.” educação dos filhos. Têm relações de amor e ódio com os superiores, são focados e preferem agir em consenso com os outros. 34
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Na sucessão da geração Baby Boomers vem a GERAÇÃO X (1965 a 1977), também conhecida como “os filhos dos hippies”. Nesse período, as condições materiais do planeta permitiram pensar em qualidade de vida, liberdade no trabalho e nas relações. Com o desenvolvimento das tecnologias de comunicação puderam tentar equilibrar vida pessoal e trabalho. Enfrentaram crises violentas, como a do desemprego na década de 80, mas também se tornaram céticos e superprotetores. As empresas necessitam muito dos profissionais da Geração X – pessoas de trinta a quarenta anos de idade – que devem exercer cargos de liderança nas corporações nas próximas duas décadas. Essa geração é o grupo mais conservador da força de trabalho. Na vida pessoal, não é particularmente fã de regras, mas acha que, no trabalho, elas devem ser cumpridas – e se ressentem quando outros não fazem o mesmo. A partir de 1978, surge a GERAÇÃO Y. Com o mundo relativamente estável, cresceram em uma década de
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valorização intensa da infância, com internet, computador e educação mais sofisticada que as gerações anteriores. Ganharam autoestima e não se sujeitam a atividades que não fazem sentido em longo prazo. Sabem trabalhar em rede, lidam com autoridades como se elas fossem colegas de turma e são multitarefa. Vivemos um momento histórico único, no qual as quatro (talvez cinco) gerações (Tradicionais, Baby-Boomers, X, Y e “Z”) convivem juntas nas organizações. O fato é que, independentemente da idade, pessoas mais jovens têm chefiado pessoas mais velhas e vice-versa, lembrando que aspectos como cultura, aspirações e modelos mentais seguem em sentidos diferentes. Cada geração possui suas características, muitas vezes influenciadas por acontecimentos mundiais ou locais que marcaram suas vidas. As gerações mais experientes possuem conhecimento, e as mais novas, o instrumental, como o uso da tecnologia para ganho de competitividade. Muitas vezes, gerações multifuncionais, como a Y, têm facilidade com as novas tecnologias e, com isso, lidam com a informação de forma mais ágil. Buscar o equilíbrio em junho\ julho 2011
prol de um foco comum é o gran- “Cada geração de diferencial. A liderança efetiva possui suas deve ser capaz de criar sentido características, para que as pessoas possam se en- muitas vezes gajar no trabalho. É preciso com- influenciadas por preender toda essa mistura como acontecimentos forma de construir efetividade. In- mundiais ou locais que marcaram tervenções mais assertivas a fim de suas vidas.” garantir um futuro melhor arquitetado a partir do que cada geração tem de melhor é a estratégia mais adequada. Respeito, tolerância e transparência nas relações são o caminho das pedras na sustentabilidade corporativa. Reflitam em paz! Homero Reis
Homero Reis é bacharel em Administração de Empresas, mestre em Educação, psicanalista clínico, coach master e coach ontológico empresarial e membro da International Coaching Federation. www.homeroreis.com
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? Mundo Digital
Responde:
Roberto Melo Jornalista
Pergunta: Marcelo Aranha Empresário
!
Tenho uma pequena empresa de prestação de serviços. Gostaria de saber como utilizar as mídias digitais para alavancar meu negócio. Por onde devo começar?
Três passos para entrar no mundo digital No mundo de hoje, quem está fora da internet simplesmente não existe. Isso vale para qualquer ramo de negócio e para empresas de todos os tamanhos. Na verdade, vale até para profissionais liberais e outros especialistas que ganham como autônomos. Mas, como começar? Aqui vão três passos essenciais para quem quer inserir seu negócio no mundo digital. Primeiro passo: faça um site vendedor Na web, não existe mais diferença entre informar, fazer propaganda e vender. Um site é um bom site quando realiza essas três funções com competência. Afinal, o momento em que o seu cliente visita seu site deve ser encarado como uma grande oportunidade. Por isso, o site deve ser simples na navegação e deve sempre conduzir o internauta para uma página onde ele possa fazer um pedido. Isso pode ser feito de uma forma “No mundo de mais elegante ou mais direta, dehoje, quem está pendendo do “estilo” da sua cofora da internet municação. O que não pode é deisimplesmente xar de haver essa página de venda.
não existe. ”
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Portanto, na hora de contratar uma empresa para fazer seu site, veja em seu portfólio se há sites realmente vendedores. Se forem apenas bonitos, procure outro fornecedor. Segundo passo: divulgue seu site As duas principais formas de divulgar seu site para seus clientes são as newsletters e as redes sociais. As newsletters, enviadas por email para seus contatos, devem conter notícias ou informações realmente relevantes para os clientes. Os mecanismos antispam estão cada vez mais rigorosos. Se sua comunicação é só de venda, aumentam as chances de sua mensagem ser enviada para a lixeira antes mesmo de alguém abri-la. O mais importante é evitar comprar listas de email de origem duvidosa. O melhor lugar para obter emails é no seu site, pois aí você tem certeza de que são pessoas realmente interessadas no ser-
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viço que você presta. sistemas de busca. Assim, quando O mesmo vale para as redes sociais: alguém procurar pelo serviço que ao atuar no Facebook ou no Twitter, você presta, encontrará com mais publique informações interessantes. facilidade o seu site e a sua marca. Só assim você vai atrair seguidores Terceiro passo: converse com de verdade, que potencialmente vão seus clientes comprar seus serviços. É sempre Diferentemente dos outros meios bom lembrar que a qualidade dos de comunicação, a web é uma via seus contatos vale muito mais do de duas mãos. Ou seja, sempre que que a quantidade. De que adianta ter você entra num site, espera que conmilhares de seguidores se nenhum siga entrar em contato direto com o deles comprar seu produto? dono daquela marca. Por isso, é funAlém dessa divulgação ativa, é im- damental que seu site tenha canais portantíssimo que seu site seja cons- de comunicação abertos. Pode ser truído com o que chamamos SEO um blog no qual os clientes postam (sigla em inglês para Otimização comentários ou um para Mecanismos de email de “Fale conosco” “Na web, não Busca). Significa que o existe mais que realmente funciowebmaster deve usar diferença entre ne. Cada vez que você técnicas que tornem informar, fazer não responde a uma seu site mais visível propaganda e pergunta ou dúvida de vender.” um cliente, sua marca para o Google e outros
“Cada vez que você não responde a uma pergunta ou dúvida de um cliente, sua marca é que será retirada da conversa... E da memória de seu cliente!”
é que será retirada da conversa... E da memória de seu cliente! Não se esqueça de que pessoas gostam de falar com pessoas, não com máquinas. Portanto, seja pessoal ao conversar com os clientes. Isso pode representar um grande diferencial em relação a seus concorrentes. Agora, mãos à obra! Entre no mundo digital e alavanque seu negócio com as maravilhas da comunicação online.
Roberto Melo é jornalista e consultor em comunicação digital em São Paulo. Atua na web desde 1996, construindo sites que atingiram mais de um milhão de internautas e que já lhe valeram dois prêmios iBest, entre outros.
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PANFLETO | CARTÃO | CARTAZ | PASTA | TIMBRADO ENVELOPE | BANNER | RECEITUÁRIO | REVISTA CERTIFICADO junho\ julho 2011 | PORTIFÓLIO | CALENDÁRIO | FOLDER CRIATIVIDADE, COMPROMISSO, PREÇO E AGILIDADE.
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Mario Sergio Cortella
Filosofando
Enxergar
de outros modos...
C
erta vez, no Centro Cultural São Paulo, na capital paulista, dei uma palestra sobre Dignidade Humana para a Associação dos Amigos da Biblioteca Braile. Havia 400 cegos na plateia. Sim, cegos, pois eles não gostam de ser chamados de deficientes visuais, como fazia eu no início da fala, até que, em dado momento, um deles, com muita educação, disse que eles não eram deficientes visuais, e sim cegos. Mudei na hora e passei a chamá-los do modo que lhes agradava. Derrubei a barreira e ergui a ponte. Esse, no entanto, estava longe de ser o principal aprendizado do dia. Houve outros, um deles óbvio mas muito útil: o de que há muitas maneiras de enxergar a mesma coisa. O segundo: como palestrante diante de uma plateia de cegos, eu, sem perceber, estava sendo condescendente. Em vez de acolhê-los, tinha um pouco de piedade; um erro crucial, uma vez que os diminuía como pessoas. Eu tomava mais cuidado com a fala, pronunciava de modo mais enfático e pausado, parecia que eu temia que eles não pu“Não eram dessem me entender. Mas não eram eles que eles que não sabiam ouvir. Eu é que não sabia falar com não sabiam eles. ouvir. Eu Em certo momento, perguntei se eles se lemé que de uma cena do filme ET, dirigido por não sabia bravam falar!” Steven Spielberg (e lançado em 1982), aquela em que o dedo do garoto encontra o dedo do ET, do mesmo modo que o dedo de Deus encontra o dedo de Adão na pintura que Miche38
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langelo fez no teto da Capela Sistina. “Não, professor”, me disse uma das pessoas da plateia, “nós não podemos nos lembrar, pois nunca vimos a cena”. Pedi desculpas e o mesmo homem me disse: “Professor, não peça desculpas. Explique-nos a cena. Nós não enxergamos mas temos imaginação” – um jeito elegante de dizer “Professor, não vemos mas não somos tontos”. Mesmo assim, eu ainda cometia deslizes de linguagem. Dizia coisas como “Vejam bem...”. E eles riam. Não um riso nervoso ou encabulado, e sim um riso piedoso – com piedade de mim –, como se quisessem dizer “Ah, pobre moço, ah se ele soubesse o que eu sei”. Mario Sergio Cortella, filósofo e doutor em Educação pela PUC-SP, na qual é professor-titular da Pós-Graduação em Educação (Currículo) e professor-convidado da Fundação Dom Cabral. Foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo (1991-1992) e é autor, entre outros livros, de “A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos” (Cortez); “Nos labirintos da moral”, com Yves de La Taille (Papirus); “Não espere pelo epitáfio: provocações filosóficas” (Vozes); “Não nascemos prontos!” (Vozes); “Sobre a esperança: um diálogo, com Frei Betto” (Papirus), “O que é a pergunta”, com Silmara Casadei (Cortez), entre outros. Leia mais sobre o assunto em: O que a vida me ensinou: viver em paz, para morrer em paz! - M. S. Cortella São Paulo: Saraiva, 2010.
“Editado pela Saraiva e pela Versar, “O que a vida me ensinou” é uma coleção diferente, que mistura pequenas biografias com grandes lições de vida. Seu objetivo é revelar as principais experiências, os episódios mais marcantes, os maiores desafios, os valores e os princípios que nortearam a vida de profissionais de destaque em suas áreas. Mais do que uma série de livros de memórias ou de orientações, esta é uma coleção de reflexões, inspirações e referências. Neste volume, Sergio Cortella aborda questões como: qual é a sua verdade? Qual é a sua essência? O que permanecerá de você no mundo? Se você não existisse, que falta faria? O autor conta suas experiências, seus medos e os obstáculos que teve que percorrer para chegar ao topo.”
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