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Carta ao Leitor N Palavras

Sua empresa possui clientes ou fãs? Caro leitor, nessa última edição do ano de nossa revista gostaria que pensasse se sua empresa é admirada, elogiada. Se as pessoas que adquirem seus produtos ou serviços o fazem com prazer, indicam novos clientes e comentam as experiências que tiveram, ou apenas compram o que vendem e simplesmente vão embora? Aprendi que as coisas mais importantes de uma empresa, as duas coisas que realmente importam, são: a satisfação dos clientes e a lucratividade que geram. Sem demagogia, empresas vivem de lucro e não de vendas. Quem gosta de “giro” é bailarina e não empresário. É um engano achar que o fato de girar o estoque ou o que produzimos fará a empresa ter sucesso. Lembro do início da atividade da N Produções: trabalhávamos muito e tínhamos alta satisfação dos clientes mas, infelizmente, a empresa não tinha lucro. Demoramos um tempo até entender que lucrar não é errado. O lucro é a possibilidade que a empresa tem de melhorar a vida dos seus colaboradores, de fazer novos investimentos, de inovar na área em que atua, sem falar que paga mais impostos e cria mais empregos. O crescimento traz oportunidades para todos. Ouvindo a entrevista de Jack Welch, CEO da empresa norte-americana GE, maior gestor que o mundo já viu em atuação: “A empresa precisa ser rica para ajudar os outros. O Brasil precisa ser rico para ajudar e manter suas políticas para ajudar os menos favorecidos. Primeiro tem que resolver o seu problema, depois pensar nos problemas dos outros”. Essa é uma boa dica para a gestão empresarial, como também para você, que é colaborador de uma empresa. Aproveitando a nossa matéria de capa, brilhantemente escrita pelo consultor e palestrante Carlos Hilsdorf, comento que desconheço alguma empresa que

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conseguiu ter maior satisfação dos clientes do que a Apple, de Steve Jobs. Faça um teste, chegue perto de algumas pessoas que usam um Mac e fale que outra marca é melhor. Basicamente, você vai ter que correr muito para não ser “apedrejado”. Usuários de Macs simplesmente são fãs incondicionais dos seus produtos. Não os trocam por nada desse mundo. Não são clientes apenas, são defensores apaixonados da marca, fãs de carteirinha. Aplaudo e me inspiro, nossa meta deveria ser essa ao medir o nível de satisfação de nossos clientes. Pergunto: seus clientes defendem sua empresa assim? Quando algum detrator fala mal, eles entram para lhe defender? Pense nisso! E você, caro leitor, como vai a sua marca pessoal? Qual é o nível de satisfação dos colaboradores que trabalham para você, ou com você? Quando alguém fala mal da sua marca, alguém lhe defende? Ou ajudam a destruir a sua imagem? Pense nisso! Da mesma forma que as empresas precisam de fãs, você também precisa deixar uma marca positiva no mercado. Aquele que faz a diferença, que é positivo, que atrai pessoas boas para perto e gera os melhores resultados. Um dia, quem sabe, você possa receber elogios assim: obrigado por estar aqui, ao nosso lado. Você faz nossa empresa e nossa vida serem melhores e é ao lado de pessoas assim que queremos servir aos nossos clientes e fazer a diferença para eles. Feliz Natal e um abençoado 2012 é o que desejamos a você! Um abraço,

José Paulo Furtado Diretor da Revista N Respostas NRespostas

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Leitor leitor@nrespostas.com.br

“Gostaria de parabenizar a revista pelo ótimo texto que Cortella nos oferece. Acolher e, se me permitem, incentivar a discordância é o melhor caminho para a aprendizagem e o crescimento. Não vejo a hora de ter a próxima revista nas mãos.”

Envie seus comentários, sugestões, informações, críticas e perguntas: SHCGN 704/705 Bl. E nº 17 Ed. M.ª Auxiliadora sala 401 CEP 70730-650 Brasília-DF Tel/Fax: 61 3272.1027 e-mail: leitor@nrespostas.com.br

N Respostas é uma publicação da N Produções

Helio de Azevedo Professor de Geografia

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Helio, realmente é um privilégio ter o professor Cortella como um dos colunistas de nossa revista.

Diretor-Executivo: José Paulo Furtado Direção de Arte: Letícia Marchini arte@nrespostas.com.br Editoração: Letícia Marchini

Já lhe adianto, em primeira mão, uma ótima notícia: ele continuará conosco em 2012! Obrigada pelo feedback, é muito importante contar com a participação de nossos leitores. Aproveito a oportunidade para lhe desejar, em nome de toda a equipe N Respostas, um excelente final de ano. Renata Araújo Editora-chefe – N Respostas

Editora-Chefe Renata Araújo redacao@nrespostas.com.br Jornalista responsável: Cid Furtado Filho DRT DF 1297 Revisão: Denise Goulart Fotografia: Telmo Ximenes Reportagem: Renata Araújo Colaboradores desta edição: Carlos Júlio • Carlos Hilsdorf • Pedro Mandelli • Gilberto Cabeggi• Homero Reis • Mario Sergio Cortella • Roberto Shinyashiki • Demetrius Borel Lucindo • Gustavo Cerbasi • Renato Alves Diretora Financeira: Ana Paula Abílio financeiro@nproducoes.com.br Diretor Comercial: José Paulo Furtado josepaulo@nrespostas.com.br

Como anunciar: 61 3272.1027 de 2.ª a 6.ª, das 9 às 18h josepaulo@nrespostas.com.br A N Respostas não se responsabiliza pelas ideias e opiniões emitidas nos artigos assinados. Tiragem: 20.000 exemplares.

Impressão: Gráfica Piloto - Goiânia

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Índice Ano IV • Nº 18 • outubro / novembro 2011

capa 10. Os múltiplos legados de Steve Jobs por Carlos Hilsdorf

colunistas 18. pedro mandelli

Além da hierarquia

25. Demetrius Borel lucindo

N Investimentos

26. Roberto shinyashiki

Dicas de campeão

34. Homero Reis Pergunte ao coach 38. mario sergio cortella Filosofando

Seções 3. N Palavras

7. entrevista Max Gehringer

20. N Flashes

Quem passa pelos eventos da N Produções

24. eTc.

Entretenimento, trabalho, casa

28. eco notícias 30. N Atividades

RESPOSTas 16. Recursos humanos - Carlos Julio

8 dicas para contratar o melhor profissional para sua empresa

22. Finanças pessoais - Gustavo Cerbasi Dívidas? Só se for para enriquecer!

32. Motivação - Gilberto Cabeggi Um plano para fazer acontecer 36. Comportamento - Renato Alves

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O preço da distração

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Entrevista

Max Gehringer Consultor e comentarista exclusivo do programa Fantástico e da Rádio CBN, Max Gehringer esteve em Brasília falando sobre Emprego e Carreira para o público da N Produções. Na ocasião, gentilmente, nos concedeu a entrevista que se segue. por Renata Araújo Você atua em vários segmentos, direcionados para vários conteúdos. Você acha que essa diversificação é a uma tendência? Não, depende muito de quem a pessoa é. Não sei se é melhor ser generalista ou fazer uma coisa só. Eu conheço pessoas que só fazem uma coisa e estão se dando maravilhosamente bem, porque ninguém sabe fazer aquilo melhor do que elas. Essa é uma opção. O que eu estou fazendo, eu fiz durante toda a minha carreira. Eu gosto e me sinto bem. Me adapto muito facilmente. Para mim, a área nunca teve muita importância, porque tudo é gente. Tem gente lá, tem gente aqui. Entendendo de gente, o resto é muito simples. Então, essa escolha vem muito de uma autoavaliação. dezembro 2011\ janeiro 2012

Quando e como você optou por ser generalista? Quando comecei a trabalhar, com 16, 17 anos, na empresa iam formar uma brigada de incêndio, precisavam de um voluntário, já estava eu lá na brigada. Na época, tinha Madureza ginasial, um curso que passava na televisão e as empresas tinham salas de aula, precisavam de monitores. Eu já me candidatava. Eu desenhava, então, final de ano, fazia cartões de Natal para todas as seções da empresa. Acabei sendo conhecido por um bando de coisas que não tinha nada a ver com o que eu fazia. Se eu soubesse o que sei hoje, eu teria feito ainda mais coisas. Porque essa é a minha natureza. Eu optei por ser generalista, nem sei bem porquê. Trabalhei na fábrica, fui para o escritório, fui

para vendas, fui para sistemas, marketing, um negócio maluco. E tudo deu certo, não tenho queixa de nenhuma das áreas pelas quais passei. Como uma pessoa pode ser contratada em uma nova área de atividade, sem experiência comprovada? Nesse caso, quase na totalidade das situações, a oportunidade é dada dentro da própria empresa em que ela já trabalha. Aí, tudo o que já se sabe sobre a pessoa conta. Uma outra empresa não contrataria, não por ser contra, mas porque em um processo de seleção vai aparecer um candidato certo, que tenha a experiência comprovada naquela área há bastante tempo, então não é risco. Trazer alguém de fora, nessas circunstâncias, seria um risco NRespostas

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[Entrevista] maior. Dentro da própria empresa, essa possibilidade, sim, existe. O que você tem a dizer para o profissional na faixa dos 50 anos, que, por algum motivo, perdeu o emprego e precisa se recolocar? Existe uma choradeira danada, dizendo de uma discriminação contra pessoas com mais de 45, 50 anos. As pesquisas não mostram isso. Nunca mostraram. A realidade é que essa é a categoria com índice de desemprego mais baixo, cerca de 6% no máximo. Uma vez escrevi um artigo dizendo “Prepare-se para ser demitido e você não será!” Porque se você se preparar bem, estudar, tiver sempre atualizado, na hora que tiver uma lista, você não vai embora...Quem vai é quem não está preparado e, como não está, aí vai ser difícil conseguir outro emprego. Eu conheço gente de 60 anos que está muito atualizada. Eu trabalhei em um monte de empresas e nunca vi nenhuma descriminar. Há 10 anos eu disse que o melhor exemplo de empregabilidade no Brasil era a Hebe Camargo, e quem estava na moda eram a Tiazinha e a Feiticeira. Isso foi de 1999 para 2000. Eu escrevi: daqui a 10 anos, portanto, no ano passado, se a Hebe quiser mudar de emprego ela vai ter duas ou três propostas e nós não vamos mais nem saber por onde andam a Tiazinha e a Feiticeira. E foi dito e feito. É muito mais fácil dizer: não sou admitido porque já tenho mais de 45 anos, do que dizer que não sou admitido porque faz 20 anos que não estudo nada, não me atualizo, que deixei de conhecer pessoas... O que se pode fazer para orientar os jovens dentro do 8

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excesso de possibilidades na hora de escolher o curso ou a carreira? Devemos orientá-lo a ler bastante; a procurar algum tipo de estatística do MEC, do IBGE... Ele deve optar por um curso que facilite a entrada no mercado de trabalho. Administração, engenharia e informática. São os três cursos que garantem que o índice percentual de jovens que se formam e conseguem emprego na área seja alto. Os mais saturados são Comunicação Social (jornalismo), Psicologia e Direito, ainda com um agravante: quem quiser seguir em Direito, depois de se formar, tem que passar no exame da OAB, que está aprovando 10, 12%, só. É uma loucura você fazer um curso e depois ter 80 e tantos por cento de chance de não fazer aquilo porque não passou no exame da Ordem... Também tem que se orientar sobre o curso técnico. Hoje, as empresas declaram que têm vagas, mas não encontram profissionais. E tem gente formada, com pós-graduação, MBA, intercâmbio, que não consegue emprego. Esses empregos são para técnicos, que é o que nós não estamos formando. Então, fazer curso técnico é uma grande vanta-

“Fazer curso técnico é uma grande vantagem.”

gem. Não é perder tempo, é ganhar tempo na carreira, ao contrário do que parece. O curso técnico garante mais ou menos 90% de empregabilidade. Normalmente, o jovem se emprega antes de terminar o curso e entra na empresa. Dentro da empresa, ele pode começar a prestar atenção em áreas diferentes, conversar com quem trabalha nelas e escolher a área que interessa para ele. Dessa forma, ele pode fazer uma escolha melhor. E com que idade se deve procurar o primeiro emprego? Eu sempre recomendo que o jovem comece a trabalhar cedo, com 17, 18 anos. Quando ele tem 21, 22, já tem uma certa experiência, conhece o sistema. Sabe o que é lidar com um chefe, o que é lidar com um colega invejoso, ou seja o que for, né? Conhece tudo que existe dentro de uma empresa. Não se deve esperar para entrar no mercado de trabalho com 24, 25 anos, quando já passou aquela fase em que o jovem aceita que todo mundo critique. Aí, ele entra e já escuta meia dúzia de coisas que nunca escutou na vida. Fica deprimido, uma série de coisas. Por isso, é bom começar a trabalhar o quanto antes. Pode até ser numa ONG, mas o importante é começar. Em relação à hierarquia nas empresas, você acha que existe um perfil mais eficaz, um modelo ideal de liderança? É melhor um líder mais aberto ou um chefe que se impõe? Não, eu não acredito em modelo ideal, isso depende muito. Qual é a cultura dessa empresa? A cultura dentro da empresa é determinada pelo comportamento do dono ou do presidente. Numa empresa, quanto mais as pessoas se parecem com a primeira pessoa, mais chances elas www.nrespostas.com.br


têm de ser promovidas. Então, se o sistema hierárquico é, por exemplo: o chefe fala o mínimo possível. Ele prefere se comunicar por escrito, para deixar tudo registrado. Muito raramente ele recebe uma pessoa para ficar ouvindo história. Ele comunica todo mundo ao mesmo tempo quando tem que dar uma determinação. O que acontece se alguém com espírito de liderança mais aberto entrar nessa empresa? Ele vai ser excluído pelo grupo claramente. Os outros chefes vão ser contra ele. A mesma coisa acontece numa empresa que tem estilo aberto, jovial e simpático e entra um líder que fala pouco, que pouco sai da sala, que determina normas, que faz questão do cumprimento de horário. Então, é ao contrário. Ele vai ser posto para fora pelos outros, vai ser acusado de dinossauro. Pensei que você fosse dizer que dependia do setor, da função específica... Não, o estilo de liderança depende da cultura e toda cultura é determinada de cima para baixo. A cultura é sempre dada pelo exemplo e assimilada pela observação. Sempre. Eu trabalho numa área e observo quem foi promovido ali nos últimos 2 anos. Os caras se parecem, eles se vestem igual, andam igual. Se eu não me parecer com eles eu não vou ser promovido. É muito importante entender que a empresa não se adapta ao funcionário. O funcionário é quem se adapta à empresa. Você acredita numa mudança com a mesma direção? Que uma empresa que já existe ali há 20 anos e aí alguém chega e fala que não está bem... Já vi consultorias implantarem relatórios... Mas nunca vi o centro do dezembro 2011\ janeiro 2012

poder da empresa mudar, nunca vi mudar o procedimento. Pode ser que um sujeito tenha aí um ataque cardíaco, toca na mão de Deus e resolva mudar, mas aí, é mais fácil o camarada vender a empresa, pegar o dinheiro e aproveitar os anos que restam, do que mudar a cultura da empresa. Qual é a chave para acertar na hora da contratação? A cultura. No meu tempo de Elma Chips, a gente tinha um logotipo que é um sorriso. Eu tinha um logotipo na parede atrás de mesa. Quando um candidato entrava na minha sala sério, eu falava: você tem ideia por que temos essa logo? Então, faz o seguinte: volta lá fora, fecha a porta, bate de novo e entra. O cara entrava com um sorriso. Então, eu mostrei para ele que se ele quiser ser sisudo, ele não vai trabalhar aqui. Eu sempre fazia muita pergunta orientada para ver emoções, sentimentos. Fazia 3 ou 4 perguntas de praxe, porque o pessoal dos recursos humanos gostava que fizesse. Mas essa era uma empresa que gostava que as pessoas botassem para fora o que estavam sentindo. As que não gostam, não podem contratar pessoas que gostam de rir, de contar piada, que gostam de ficar andando. É errado contratar alguém apenas por você acreditar no perfil e no potencial dela? Não sei se é certo ou errado, mas na prática isso não ocorre. Nem a pessoa entusiasmada, que tem vontade mas não tem estudo necessário, pré-requisito para o cargo; nem o jovem que estudou demais e nunca trabalhou. Na hora da contratação, o que a empresa quer? Ela quer equilíbrio: escolaridade mínima necessária e um pouco de experiência. Então, às

“O estilo de liderança depende da cultura.” vezes, a pessoa que tem muito estudo e nenhuma prática acaba perdendo uma vaga para quem tem um equilíbrio melhor. Quais são suas expectativas para 2012? Vai ser um ano muito bom! A não ser que exista alguma turbulência externa que afete muito a economia brasileira; a não ser que a Grécia quebre, dê um efeito dominó, quebre a Europa... Aí, paciência. Se acontecer, será uma catástrofe econômica no mundo, outra depressão de 29 e ninguém escapa... Mas eu não acho que isso vá acontecer, eu acho que 2012 vai ser um ano muito bom. Que conselhos você deixa como mensagem final? Além de tudo o que nós falamos até agora... Outra coisa que todo mundo pode fazer é ser curioso. O curioso faz mais perguntas e aprende mais. Quem faz muita pergunta, normalmente, sabe dar boas respostas. Quem chega em cima é tremendamente curioso, nada passa perto dele sem ele ver o que é aquilo. Ter foco é necessário. Foco todo mundo tem que ter. Não desistir, todo mundo pode. Persistência é uma boa. Deu errado?! Vou fazer de novo! Não vou desistir! E o mais importante: prepare-se para ser demitido e você não será. NRespostas

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Capa

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Os múltiplos legados

de Steve Jobs

Para muitos, é difícil separar um homem de seu legado, especialmente quando o legado faz do homem um mito, uma lenda que “transcende” sua realidade cotidiana. No entanto, a única maneira de conhecermos verdadeiramente o legado e o homem consiste em observar simultaneamente, mas com lentes independentes, o homem, suas realizações e as interconexões entre a personalidade, caráter, temperamento e sua obra. Evidente que levar isso às minúcias exigiria um livro, além e diferente dos já publicados, incluindo “Steve Jobs – A Biografia”, de autoria de Walter Isaacson, editado no Brasil pela Companhia das Letras. por Carlos Hilsdorf Múltiplos legados A palavra “job”, em inglês, tem entre suas múltiplas traduções: obra, negócio, assunto, trabalho e empreendimento lucrativo. Coloque-a no plural e você começa a visualizar os múltiplos legados de Steve Jobs – um profissional da Era da Convergência. A Era da Convergência, da qual Jobs é um ícone inequívoco, caracteriza-se pela multifuncionalidade, interdisciplinaridade, multidisciplinaridade e multiexpertise. Trata-se de uma era onde os modelos de negócios precisam ser mais abrangentes, inclusivos e inteligentes, abrangendo tanto os aspectos tangíveis quanto intangíveis, e, principalmente, oferecendo produtos e serviços que o cliente sequer pensou ainda em demandar! Steve Jobs foi visionário ao aproveitar algumas soluções já existentes, tecnologias emergentes, um novo momento da internet no dezembro 2011\ janeiro 2012

mundo e focar em vender computadores criados para as pessoas e não para as empresas! Sua caminhada, examinada de maneira criteriosa, ou seja, além do mito, nos deixa múltiplos legados em diferentes áreas do conhecimento e dos relacionamentos humanos e empresariais. É importante reconhecer que legado não significa apenas as contribuições que admiramos, mas aquelas com as quais podemos aprender e modificar o mundo. O Dicionário Houaiss define “legado” como uma palavra derivada do latim legatum – doação que é discriminada em testamento. Com o passar do tempo, em língua portuguesa, a palavra legado começou a ser utilizada como “aquilo que fica” da vida de uma pessoa e, não raro, as pessoas utilizam a expressão apenas no sentido das “virtudes”, esquecendo-se que os erros também nos trazem o legado do conhecimento e da sabedoria que deles advêm, afinal, testamentos deixam bens e dívidas... NRespostas

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Capa

“Legado não significa apenas as contribuições que admiramos, mas aquelas com as quais podemos aprender e modificar o mundo.”

Assim, os legados de Steve Jobs possuem fatos e aspectos positivos que podemos reeditar para a nossa realidade e, também, fatos e aspectos negativos, bastante comuns ao estilo de personalidade e temperamento que possuía (segundo os relatos daqueles que conviveram com ele com grande proximidade), que podem e devem nos orientar para não repetirmos os mesmos equívocos. O sucesso nos negócios não é sinônimo de equilíbrio e harmonia nos demais aspectos da vida. Seus legados podem ser divididos em, pelo menos, quatro grandes áreas: 1.Arte e Tecnologia 2.Administração e Negócios 3.Liderança 4.Apresentação de Produtos (keynote) e Marketing

Arte e Tecnologia: Steve Jobs era obcecado (esta palavra o define bem) por unir arte e tecnologia. Era um apaixonado por

Steve Jobs em 12 atos:

01 Nasce Steven Paul Jobs, em São Francisco, Califórnia, em 24 de fevereiro de 1955. O nome Jobs viria dos pais adotivos (Paul e Clara Hagopian Jobs), uma vez que o bebê fora deixado para adoção por seus pais biológicos (Joanne Simpson e o imigrante sírio Abdulfattah John Jandali). 12

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Entre 1974 e 1975 iniciou a parceria com Steve Wozniak (personalidade que deve ser estudada por quem deseja entender em profundidade o sucesso da Apple e influências sobre a carreira de Jobs). Ambos se conheceram no Homebrew Aos 17 anos ingresComputer Club, em sou na universidade Palo Alto, um grupo Reed College, em local de hobistas Portland, Oregon, de eletrônica. curso que abandoWozniak também naria em caráter havia abandonado definitivo seis a universidade da meses depois. NRespostas Califórnia em 1975.

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design, queria que seus produtos fossem esteticamente encantadores, refinados – fato que perseguiu e conquistou em todos os seus lançamentos do Imac em diante. E este foi um dos múltiplos fatores de sucesso da Apple, que em perfeito sincronismo com a era da convergência transformou computadores, telefones e tablets em objetos de desejo estético, verdadeiras joias do consumo! Administração e Negócios: Steve era ambicioso, pensava grande – o que compensava e complementava os aspectos mais low profile da personalidade e do temperamento de Wozniak. A Apple desafiou a soberania da IBM e Steve foi um dos poucos executivos que teve o prazer de retornar como CEO a uma empresa criada por ele e da qual foi demitido no processo interno de luta pelo poder. E, lembremos, voltou vendendo à Apple a empresa que fundou ao sair da companhia e trazendo na bagagem as bases do sistema operacional que viria a ser a pla-

04 Jobs e Wozniak, observando as tendências e preferências de consumidores cuja paixão compartilhavam, perceberam que o computador verdadeiramente pessoal (montado e barato) estava a caminho… Venderam alguns bens pessoais (a calculadora científica da HP de Woz e a mini-van Volkswagen de Jobs), obtiveram US$1.300,00 (mil e trezentos dólares) e começaram seu projeto na garagem de Jobs.

06 Em 1985, os produtos Apple III e Lisa não decolaram e em 6 de fevereiro de 1985, Wozniak, por divergência de objetivos pessoais, desligou-se definitivamente da Apple. Steve Jobs foi Em 1 de abril de forçado pelo conse1976, os dois Steves lho administrativo a fundavam a Apple abandonar a Apple Inc. , cujos produtos e fundou a NeXT, inovadores (Apple outra empresa de I e II) os tornaram computadores, cujos milionários. Já em computadores não 1982, Steve Jobs, fizeram sucesso, então com 27 anos mas o sistema opede idade, foi o mais racional NeXTstep, jovem a aparecer de interface gráfica na capa da revista de incrível beleza e Fortune 500, fato facilidade de utilizararíssimo antes da ção chamou a atenera pontocom. www.nrespostas.com.br ção do mercado.

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taforma e um dos múltiplos segredos de sucesso da Apple até hoje. Neste mesmo período, Steve reinventou e valorizou a Pixar, comprando-a da Lucas Filmes e vendendo-a posteriormente à sua parceira Disney, da qual, como vimos, tornou-se o maior acionista físico. É inegável que encontramos em ambas as situações um tino empresarial de primeira linha, associado à sua obsessão pelos detalhes, comum às pessoas geniais que conseguem realizar caminhos autodidatas e não precisam se submeter a rígidas estruturas hierárquicas.

como a de Jobs, hipótese muito provável para aqueles que se derem ao trabalho de mergulhar de maneira criteriosa em sua biografia. Ainda assim, o anseio de milhares e milhares de talentos brilhantes consistia em trabalhar ou continuar trabalhando com ele, o que, por definição, confirma um princípio fundamental da liderança segundo o qual os liderados sabem que o líder (independentemente de seu estilo de personalidade e temperamento) conduzirá cada um a superar seus limites, buscando esgotar todas as possibilidades de superação. Foi graças a este estilo infernal de liderança e, possivelLiderança: mente, ao TOC que muitos dos produtos mais geniais Podemos dizer que Steve Jobs era um líder do tipo da Apple saíram da prancheta de liderados esgotados infernal, daqueles que rompem com o paradigma de pela pressão... que o único tipo de liderança que funciona é a do líder afável. Todos os relatos demonstram que era dificíli- Apresentação de Produ“Steve Jobs era mo trabalhar com ele, não apenas por sua paixão pe- tos (keynote) e Markeum líder do tipo los detalhes, mas por sua postura muitas vezes arro- ting: infernal, daqueles gante e até humilhante para com seus liderados. Era Steve foi um extraordinário que rompem com uma pessoa pouco flexível, fato comum às pessoas homem de marketing (talvez o paradigma de com transtorno obsessivo compulsivo, cujo conjunto até mesmo a informação de que o único tipo de liderança que de particularidades definiria bem uma personalidade que a sua biografia não devia

funciona é a do líder afável.”

07 Em 1986, Jobs compra da Lucas Film o estúdio de computação gráfica Pixar por 10 milhões de dólares. Estabelecendo uma parceria estratégica com a Disney, deu-se início a uma série de fantásticos sucessos: Toy Story, Procurando Nemo, Ratatouille, Up, Altas Aventuras, entre outros. Com a posterior venda da Em 1996/1997, Pixar para o Grupo Steve Jobs vendeu de Comunicação a NeXT Computers e Entretenimento para a Apple e Disney (janeiro de volta a ser o CEO da 2006), Steve Jobs companhia. A Apple passou a ser o maior estava interessada acionista individual no sistema operada Disney, ocupando cional NeXTstep, posto no conselho que viria a ser a diretivo. base2012 do Mac OS. dezembro 2011\ janeiro

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11 Em 24 de agosto de 2011, Jobs renunciou à presidência da Apple e recomendou Tim Cook como seu sucessor. Em 2001 foi lançaNesta década fando o Ipod, reprotástica da história dutor de mídia da Apple e de sua (no início, música) própria carreira digital integrado a como ícone de uma uma loja virtual de revolução tecnovenda de conteúdo. lógica e de suas Modelos futurelações com novos ros ofereceriam negócios, Steve disponibilidade consagrou-se por para vídeos, jogos suas emblemáticas e aplicativos, até e esperadas palesculminar em 2007 tras (keynotes) nas com o lançamento Macworlds, eventos do primeiro Iphoem que eram lançane, smartphone da das as novidades da Apple, e em 2010 Apple. o Ipad. NRespostas

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09 Em 2000, a Apple introduziu os Imacs que, já baseados no sistema Mac OS, revolucionavam com design muito inovador e material translúcido, colocando fim ao bege da era PC.

12 Steve Jobs morre aos 56 anos, em 5 de outubro de 2011, devido a um câncer pancreático que “enfrentava” desde 2004. Neste momento, a Apple se encontrava como a oitava empresa de capital aberto mais lucrativa das Américas, tendo chegado, no primeiro trimestre de 2010, a bater a Microsoft em lucratividade, pela primeira vez em vinte anos de comparações. 13


omitir nenhum fato e de que ele não iria sequer ler e revisar os originais se deva a esta característica, mas isto é, no momento, apenas uma hipótese). O maior brilhantismo de um grande homem de marketing trabalhando em causa de marca própria é tornar-se maior que a própria marca, um Como reflexão final, Steve Jobs por Steve Jobs ícone referência de um segmento, assim como (cinco frases que sugerem sua maneira de ver também aconteceu com Walt Disney. Neste queo mundo e os negócios): sito, Jobs seguramente ultrapassou em milhares de anos-luz a Bill Gates. O carisma de Jobs, sua “Tudo fica cada vez mais simples. Esse é um dos trajetória, produtos e apresentações tornarammeus mantras – foco e simplicidade!” -no uma espécie de pop star dos negócios! “Acredito que parte do que tornou o Mac ótimo foi Jobs foi um excelente palestrante, sabia utilizar que as pessoas que trabalharam nele eram músicom precisão suas forças em apresentações concos, poetas, artistas, zoólogos e historiadores que, cisas, objetivas, assertivas e tremendamente impor acaso, eram os melhores cientistas de compupactantes. Estas apresentações, especialmente tação do mundo!” as que fazia na Macworld, eram esperadas o ano “Meu trabalho não é ser fácil com as pessoas. Meu todo por um público ansioso por vê-lo ao vivo, trabalho é torná-las melhores.” mesmo enquanto doente. O aplicativo Keynote, da Apple, foi desenvolvido especialmente para as “Quando voltei para cá, em 1997, eu estava procurando mais espaço e encontrei um arquivo de apresentações de Jobs, só depois, com o sucesso velhos Macs e outras coisas. Despachei tudo para destas apresentações, foi disponibilizado ao granStanford. Quem olhar para trás em negócios está de público. Claro que o segredo de Jobs não era o perdido. Você tem de olhar para a frente!” Keynote, mas a maneira como utilizava os slides, as animações eram apenas um detalhe. Na ver“Não temos chances de fazer muitas coisas, e todos devem ser realmente excelentes. Porque essa dade, Jobs era um gigané a nossa vida. A vida é breve e morremos, sabe? te ao vender ideias que E todos escolhemos fazer isso com a própria vida. conceitos para “Jobs era um vendiam Portanto, é melhor ser muito bom. É melhor valer a pena!” gigante ao depois vender produtos. vender ideias Este era o seu segredo: que vendiam ideias que vendiam conconceitos para ceitos para depois vender Valeu a pena, Steve. Fica aqui o respeito e homenagem depois vender produtos! da revista N Respostas, minha e de todos os que proprodutos.” Como este artigo é uma varam o gosto inigualável da maçã. breve reflexão sobre o conjunto da obra e do autor Steve Jobs, pararemos por aqui. Se você quer compreender melhor quem foi, como foi e o que há de expertise disponível no estilo Jobs, recomendo que Carlos Hilsdorf é economista, pós-graduado em Marketing pela FGV, consultor e pesquisador do comportamenmergulhe em profundidade na bibliografia disponíto humano. Considerado um dos melhores palestrantes vel e não se esqueça de estudar com o mesmo endo Brasil na atualidade. Palestrante dos Congressos Mundiais de Administração da Alemanha e Itália. Autor tusiasmo a trajetória de Steve Wozniak, porque há do best seller Atitudes Vencedoras, apontado como uma das 5 melhores obras do gênero, e do sucesso 51 Atitudes muito a aprender com ele e muito a compreender Essenciais para Vencer na Vida e na Carreira. Referência nacional em desenvolvimento humano. Site: www.carsobre o estilo Jobs a partir da trajetória de Wozniak loshilsdorf.com.br – Twitter: @carloshilsdorf – antes, durante e depois da Apple! 14

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Recursos Humanos

? Responde:

Carlos Julio

twitter: @profcarlosjulio

Pergunta: Cesar Smith Empresário

!

Considerando a mudança veloz nos mercados e nos processos de trabalho, o que garante que um novo colaborador vai atender às demandas da companhia em um ano, em um mês ou em uma semana?

8 dicas para contratar

o melhor profissional para sua empresa Os profissionais de recrutamento e recursos humanos precisam hoje copiar a conduta dos jogadores de xadrez. Precisam pensar quatro, cinco, “O que está talvez dez jogadas adiante. Isso em curso, quer dizer que não podem apeportanto, nas contratar pessoas para o que é uma a empresa “é”, mas para o que metamorfose “virá a ser”. na ideia Há uma década, escrevi meu prido fazer. meiro livro: Reinventando Você. As novas Ali, eu já mostrava que as emprofissões presas estavam se reinventando e estão sendo que, desse modo, os profissionais redesenhadas também teriam de se reinventar. pelo vento das Confira aqui os 8 fatores mais mudanças.” importantes analisados por bons headhunters na hora de contratar um profissional: 16

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1. Ideia de sustentabilidade e responsabilidade; 2. Conexão dinâmica com as equipes de trabalho e com o mercado; 3. Versatilidade e disposição para inovar; 4. Empenho para aprender com as novas experiências; 5. Capacidade de intraempreender; 6. Visão holística de processos, do planejamento ao pós-venda; 7. Abordagem humanista da ação produtiva; 8. Os melhores profissionais da área precisam falar inglês, ter conhecimento de processos de gestão e comunicação empresarial, saber trabalhar em equipe e, sobretudo, entender de pessoas. www.nrespostas.com.br


“Se o mundo está mudando velozmente, é fundamental modificar o jeito de recrutar e selecionar pessoas. Hoje, vale tanto o ‘know-how’ quanto o ‘imagine-how’.”

O que está em curso, portanto, é uma metamorfose na ideia do fazer. As novas profissões estão sendo redesenhadas pelo vento das mudanças. Um bom caso é o da Tecnologia da Informação (TI). Já não basta ser um bom técnico. Eu pergunto: de que adianta um ótimo especialista que não sabe adequar o produto de seu esforço às necessidades específicas do negócio? Convém destacar que toda informação deve, em algum momento, transformar-se em ferramenta para as pessoas envolvidas na produção de bens ou na prestação de serviços. O novo profissional de TI deve, portanto, trabalhar na geração de conexões inteligentes e duradouras. Apresento outro exemplo notável. Até recentemente, falava-se em gestor ambiental e em profissional de turismo. Nos dias atuais, muitas agências buscam pessoas com um mix dessas habilidades. O gestor de turismo ambiental tem um extraordinário desafio pela frente. É sua incumbência derrubar o mito de que as joias da natureza devem ser reservadas aos eleitos da ciência e aos militantes do preservacionismo. Dessa forma, ele projeta atividades que aproximam as pessoas comuns das melhores paisagens, cuidando para produzir o menor impacto possível e para gerar nos visitantes uma consciência ecológ ica mais evoluída. Afinal, as pessoas cuidam daquilo que apreciam, das coisas que assumem simbologias próprias em suas experiências. Esse novo profissional utiliza-se de uma abordagem holística e participativa para despertar o interesse das pessoas pelo meio ambiente. dezembro 2011\ janeiro 2012

Com certeza, esse é o caminho para a construção de uma postura coletiva responsável e também para a obtenção de fundos a serem investidos nos projetos de preservação. Na minha palestra que chamo de Economia do Cedro (e também é título de meu mais recente livro), as profissões podem até manter suas denominações originais, mas é certo que os profissionais terão de reinventar seus procedimentos e condutas. Se o mundo está mudando velozmente, é fundamental modificar o jeito de recrutar e selecionar pessoas. Hoje, vale tanto o “know-how” quanto o “imagine-how”. No caso dos novos profissionais, portanto, o conceito de “valor” está solidamente associado à disposição para aprender cooperativamente, ao talento para desenvolver atividades transdisciplinares e, obviamente, ao empenho no processo de reinvenção permanente. Se algum recrutador ainda não sabe disso, reinvente-se com urgência.

Carlos Júlio é professor, palestrante, empresário e escritor. Siga @ profcarlosjulio no Twitter e seja fã no Facebook.

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Pedro Mandelli

Além da hierarquia

25anos Q

uando eu tinha 20 anos, julgava que a correnteza era contra a minha jangada, nada acontecia a meu favor; vejo o mesmo fenômeno se repetir com minhas filhas. Sempre que posso costumo dizer a todos que 25 anos é uma vida, não precisa querer tudo no primeiro ano; o tempo traz a lucidez e consequentemente a paciência de construir aos poucos o caminho para poder passar por ele mesmo e evoluir. Esse caminho a ser construído refere-se a cinco camadas de alicerce, ou seja: Conteúdo: não acredito francamente que alguém consiga fazer “cara de conte“A chave é údo” e ir muito longe. Saber muito é imconstruir portante, mas o mais importante é que competência as pessoas saibam que você sabe; a chave reconhecida.” é construir competência reconhecida. Contexto: entender o contexto do país, dos negócios, de sua profissão, saber 18

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definir uma forma de ser pró-ativo no ambiente e não conviver com o negativo das questões. Método: cada problema, cada tarefa deve ser equacionada por um método de encaminhamento. Procure colocar etapas na sua cabeça e não só objetivos. Palco: dominar conteúdo, ser pró-ativo no contexto e pensar em etapas parece suficiente, mas não é. Ser independente e saber articular relacionamentos na empresa e fora dela é essencial; mas, cuidado: articular significa ajudar as pessoas para obter o retorno e não o inverso. Não se esqueça: o seu crescimento é diretamente proporcional ao volume de pessoas que você ajuda a crescer. Vontade: todos os alicerces são fortes mas essa é a cola, vontade de perseverar nos itens citados em pelo menos cinco, seis, sete anos para perceber a diferença. Aceitar que a continuidade e a consistência de ação e discurso criam o

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“Dominar conteúdo, ser pró-ativo no contexto e pensar em etapas parece suficiente, mas não é.”

espaço para que o raio de sol o atinja. Essas cinco camadas parecem, do meu ponto de vista, um ótimo alicerce, mas não se perturbe com outras pessoas que não têm nada disso mas têm sorte; ora, há pessoas que nascem viradas para a lua e, se esse não for o seu caso, deixe-as quietas, não as inveje e não as siga. Diz um conto que um náufrago, ao nadar vários dias, foi parar numa praia, exausto dormiu. No dia seguinte, ao procurar comida, faminto, viu um jabuti na forquilha de um galho de árvore e pensou: “jabuti não sobe em galho de árvore, coitado, vou tirá-lo de lá”. Subiu na árvore e, ao pegar o jabuti com muita pena, recebeu uma flechada nas costas e morreu; moral do conto (autor desconhecido): se na sua organização existem jabutis, não mexa neles, alguém os colocou lá, deixe-os quietos, siga seu rumo. Uma última lição que aprendi: se eu soubesse disso tudo 25 anos atrás, o meu sucesso atual não seria tão

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gostoso, tão saboreado; a determinação de conquistar o espaço é mais eficaz do que conhecer o caminho previamente.

Pedro Mandelli é consultor na área de mudança organizacional, sócio-diretor da Mandelli Consultores Associados, é professor da Fundação Dom Cabral e autor do livro “Muito além da hierarquia”. Leia mais sobre o assunto em: Muito além da hierarquia Pedro Mandelli Editora Gente - 2001

Em um cenário cada vez mais diversificado, o gestor precisa ter em sua equipe pessoas que sejam autônomas. E façam acontecer. Para isso, é preciso que cada gestor faça um autodiagnóstico gerencial e transforme-se em um profissional além da hierarquia. Esse conceito, criado pelo renomado professor e consultor Pedro Mandelli, vai ajudá-lo a assumir o perfil de um gestor que valoriza as pessoas e os processos de desenvolvimento próprio e de seus subordinados, tendo como objetivo capacitar a equipe para que todos cresçam profissionalmente e entreguem os resultados. Nesta edição, revista e ampliada, além de pontos-chave da gestão de pessoas, como o entendimento da relação líder-liderado e o respeito ao alinhamento de comportamento em um time, o autor aborda, em um novo capítulo, todos os aspectos da criação de um ambiente de alta performance para toda a organização. Com a aplicação desses conceitos, sem dúvida você tem tudo para se tornar um líder muito além da hierarquia.

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N Flashes

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1. Cerca de 1.400 pessoas comparecem a mais uma noite de conhecimentos Top 10 Empresarial. 2

2. Gustavo Cerbasi fala sobre finanças pessoais. 3. Paulo Storani conta sua experiência como integrante do BOPE. 4. Ação proposta pela Sisters Promoções e Eventos atrai o público para o stand da Romancini Treinamento & Desenvolvimento durante o coffee break. 5. Storani impressiona a todos com suas orientações de como liderar uma Tropa de Elite nos negócios. 6. Stand da Petrobras realiza ação e sorteia troca de óleo ao final do evento. 7. Interação com a fanpage da NProduções durante o evento, valendo revista N Respostas e ingresso para TOP 10 com João Dória Jr. 8. Vá e vença!! Este é o lema da Tropa de Elite. 9. As sócias Carolina Romancini e Thais Melo, com o robô contratado pela Romancini especialmente para o evento. 10. Gustavo Cerbasi verá seu best seller “Casais inteligentes enriquecem juntos” transformado em filme em 2012.

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Fotos: Telmo Ximenes

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O que eles dizem da N Produções:

Mario Sergio Cortella

Adrianne Marques Brito Rocha

Giselly Costa

Filósofo e Educador

Analista de Capacitação Empresarial SEBRAE - DF

Administração – Rede Gasol de Combustíveis

“Agregar pessoas é agregar valor às pessoas! Parece óbvio como teoria, mas na prática muitos abandonam este princípio. Não é caso da N Produções, pois esta, ao nos agregar, nos eleva”. dezembro 2011\ janeiro 2012

“É com muito prazer que repre“O Top 10 empresarial tem o sento o Sebrae/DF nessa feliz efeito de sensibilizar e a revisparceria com a N Produções. ta N Respostas tem o efeito de Parabéns à N Produções pela informar. Parabéns a todos da competência e profissionalismo N Produções que contribuem demonstrados a cada evento. O com conteúdos e ferramentas Sebrae no Distrito Federal cresce para melhorarmos nosso temcom essa parceria e os nossos po e sermos mais produtivos empresários agradecem.” NRespostas dentro e fora da empresa.” 21


Finanças Pessoais

? Responde:

Gustavo Cerbasi twitter: @gcerbasi

Pergunta: Bruna Dutra Turismóloga

!

Ouvi dizer que há uma diferença entre dívida boa e dívida ruim. É verdade que algumas dívidas podem ser boas para mim?

Dívidas?

Só se for para enriquecer! Nem toda dívida é ruim. Mas, antes que você se a prazo ou financie quando seu dinheiro estiver orgulhe de ter a sua, saiba que raros são aqueles rendendo em uma aplicação juros maiores que os que realmente sabem usar o dinheiro do banco do financiamento. Isso é raro de acontecer. Não para prosperar. Empréstimos, financiamentos e invista em aplicações financeiras se estiver devencompras a prazo somente são úteis quando nos do; elimine primeiro as dívidas para depois cotornamos mais ricos com eles. meçar seu plano de investimentos. Essa riqueza não é necessariamenÉ hipocrisia crer que enriquecemos te medida em reais. Com o uso do enquanto ganhamos 0,6% de juros “Troque as crédito, podemos, por exemplo, no investimento e perdemos 3% no dívidas que comprar um computador que nos financiamento, por exemplo. você tem por ajude nos estudos, montar um negóPara quem já está endividado, é prealternativas cio virtual que nos traga uma renda mais baratas.” ciso um plano de eliminação de suas complementar, ou fazer um curso dívidas, composto de três passos: que aumente nossas possibilidades de 1. Urgência: coloque em prática os subir na carreira. outros dois passos o quanto antes! Mesmo assim, somente aqueles que possuem um Quanto mais demorar, mais juros pagará. disciplinado controle de suas finanças saberão 2. Substituição de dívidas: troque as dívidas se estão ficando ou não mais ricos ao trabalhar que você tem por alternativas mais baratas. Quicom dinheiro alugado dos outros. Curiosamente, te as dívidas no cartão, na financeira e no cheque quanto mais controlamos nossas finanças, menor a especial (juros maiores que 8% ao mês), tomantendência de contrairmos dívidas. do empréstimos diretamente com seu gerente no A regra do sucesso é simples: somente compre banco (juros da ordem de 4% ao mês) ou, melhor 22

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ainda, antecipando o recebimento do décimo-terceiro ou do imposto de renda (juros entre 3 e 4% ao mês). Uma boa alternativa para substituição de dívidas é o refinanciamento do automóvel. Quem já tem um carro quitado pode vendê-lo à vista, pagar as dívidas atuais com o dinheiro recebido e comprar um novo automóvel financiado, preferencialmente com valor igual ou inferior ao do automóvel que possuía. Os juros do financiamento de automóveis são da ordem de 2% ao mês. 3. Eliminação das dívidas: depois de substituir as dívidas anteriores pela alternativa mais barata, proponha-se a uma dieta rigorosa. Não de alimentos, mas de dinheiro. Planeje-se para tentar pagar as dívidas no menor prazo possível, fazendo para isso restrições no orçamento que desagradarão a toda a família. Corte gastos com lazer, roupas, alimentos mais caros e economize energia, água e telefone. Faça isso da forma mais intensa possível e no menor espaço de tempo necessário, acumulando recursos para pagar a dí-

“Planeje-se para tentar pagar as dívidas no menor prazo possível.”

vida ou grande parte dela. Esta dieta rigorosa só funciona durante um curto período de tempo, jamais por um período de vários meses. Todo sofrimento é válido e bem aceito quando tem data para acabar e os objetivos são bastante interessantes. E perceba: o sofrimento imposto para a correção do problema só ocorre porque em algum momento no passado optamos por luxos que nossa renda não comportava. A velha regra sobre juros continua válida: faça-os trabalhar para você, a fim de não precisar continuar trabalhando para pagá-los. Essa lei faz todo sentido no país que tem e terá, por um bom tempo, as taxas de juros reais mais altas do mundo.

Gustavo Cerbasi (www.maisdinheiro.com.br) é consultor financeiro e autor dos livros Casais Inteligentes Enriquecem Juntos (Ed. Gente) e Como Organizar sua Vida Financeira (Ed. Campus). No Twitter @gcerbasi.

Sucesso é ser uma obra prima

Curso de Coaching Teoria e Prática O Curso de Coaching: Teoria e Prática desenvolve habilidades de liderança e comunicação, aprimorando competências na busca de resultados mais efetivos. O curso conta com seminários, sessões de coaching individuais e coletivas, oficinas, leituras, tarefas e grupos de estudos e trabalho. Ouse e venha viver essa experiência. O Curso de Coaching: Teoria e Prática dezembro 2011\ janeiro 2012 irá desenvolver uma obra prima: Você!

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Etc [Entretenimento, trabalho, casa]

por Renata Araújo

Relógio diferente. Se ver as horas nesses olhos (sim, isso é um relógio!) é algo um pouco complicado, você pode marcar o tempo de acordo com as expressões: olhos para baixo de sono é o aviso da hora de acordar; para cima é a fome da hora do almoço e apontando para a porta ao lado é sinal de que está na hora de ir embora do trabalho. Para ter um horário mais específico, é só lembrar que o olho da esquerda marca as horas; e o da direita, os minutos. Assinado pelo designer Mike Mak, o relógio é feito de plástico, funciona com duas pilhas AA e custa R$ 99,90 na Kinkyland.

Carteira criativa. Por incrível que pareça, isso não é um envelope: é uma carteira. Uma das mais famosas carteiras dessa linha, a Airmail Mighty Wallet possui o design supercriativo de um envelope de viagens internacionais.

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Ideias para o verão. Quer refrescar a cabeça no verão? Estes ventiladores diferentes funcionam via USB. Você pode encontrá-los na loja Uatt em 3 formatos divertidos: o Ventilaflor (R$ 98,75) tem as pétalas feitas de material macio e está disponível nas cores laranja, rosa e roxo; o Gelato em forma de sorvete custa R$ 16 e o Retrô clássico vale R$ 82 e tem opções em branco, pink e azul. Confira no site da Uatt.

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N Investimentos Demetrius Borel Lucindo

N Investimentos A N Investimentos prepara, para o primeiro trimestre do próximo ano, uma parceria de destaque no cenário financeiro, onde irá se associar a uma das mais destacadas ASSET do mercado nacional. Poderemos oferecer aos nossos associados toda e total assessoria relacionada ao mercado financeiro, para que você possa fazer o dinheiro trabalhar a seu favor e não contra você. Renda fixa, renda variável, debêntures, tesouro direto, ações, empréstimos, financiamentos, enfim, tudo que você precisa saber para minimizar custos e maximizar seus lucros financeiros, afinal, o dinheiro tem que trabalhar para você e não você trabalhar para o dinheiro. Contaremos com a assessoria do economista e administrador financeiro, Demetrius Borel Lucindo, profissional de mercado desde 1986, quando começou sua carreira, destacando-se em várias instituições financeiras. Aproveitamos e fizemos algumas perguntas básicas ao Demetrius:

2. Por que as pessoas aplicam tão mal o seu excedente?

Puro desconhecimento. Por exemplo, tenho me deparado com pessoas que aplicam em Fundos DI com taxa de administração de 4% a.a. (ao ano), o que é um absurdo, pois considerando uma taxa básica de 11%, descontando o imposto cobrado, e essa abusiva taxa, sobram menos de 5%, o que é bem pior que a caderneta de poupança. Sem considerarmos os riscos envolvidos. 3. Por que as pessoas têm medo da Bolsa e normalmente perdem ao optar pelas ações?

Mesmo motivo: puro desconhecimento. As pessoas compram porque ouviram o amigo falar que ganhou uma grana, esquecem das perguntas mais simples: está caro ou barato? Qual é a expectativa de retornos em dividendos (dinheiro pago em espécie, que é uma parte do lucro da companhia)? Qual o custo de oportunidade? 1.Por que as pessoas têm problemas financeiros? Nas nossas próximas edições vamos abordar esses Todo e qualquer agente econômico, pessoa física e outros temas fascinantes do mercado financeiro. ou jurídica, tem que gastar menos do que arrecada. Vocês poderão participar ativamente enviando suas No começo, isso pode ser difícil, mas lhe trará uma dúvidas ao nosso mais novo consultor financeiro. enorme recompensa no futuro próximo. dezembro 2011\ janeiro 2012

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Roberto Shinyashiki

Dicas de campeão

Garanta

sua vaga

no pódio

“Estamos próximos da virada de mais um ano. E 2012 promete oferecer muitas oportunidades. O sucesso vai surgir para muitos e um deles pode ser você.”

“Torne-se um especialista em resolver problemas para sua empresa, para sua equipe e em especial para seus clientes.”

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O sucesso chega, mas não para os profissionais comuns. Ele vem para aqueles que buscam resultados acima dos conseguidos pela grande maioria das pessoas. Mas se você ainda se considera um profissional comum, lembre-se de que se tornar um campeão é algo que pode ser conseguido desde que você decida buscar essa meta. E trabalhe do modo a chegar lá, isto é, tenha objetivos, trabalhe por eles e esteja disposto a superar as dificuldades que vão surgir pelo caminho. Vou dar-lhe algumas dicas do que você pode fazer para tornar-se um campeão e conquistar o sucesso no próximo ano:

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Resolva problemas

Torne-se um especialista em resolver problemas para sua empresa, para sua equipe e em especial para seus clientes. Aprenda a dizer “Problemas? Oba!” cada vez que surgir uma situação difícil que exija que alguém tome as rédeas e traga soluções e resultados. Seja você esse profissional que trará o diferencial de satisfação para seus clientes, sua empresa e sua equipe. Seja ágil

Num mundo dinâmico como o de hoje, você precisa preparar-se para decidir rápido e implantar suas decisões ainda mais rapidamente. O sucesso virá para

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aqueles que tiverem a capacidade de dar respostas velozes às oportunidades. É preciso agir e fazer sua equipe trabalhar rapidamente. O sucesso virá para quem souber agir e entregar os resultados antes que a concorrência. Amplie seus conhecimentos

Um profissional muito especialista tende a ter uma atuação restrita e perder muitas oportunidades. Hoje, o mercado exige que você tenha conhecimentos mais amplos e que possa atuar em diversas frentes de trabalho. Busque estar atento ao que o mercado necessita e prepare-se para atender a essa demanda. Quanto mais você conhecer dos negócios da sua empresa e das necessidades “Cultive uma dos seus clientes, maiores sevisão de suas chances de resolver 360 graus rão e enxergue os problemas que surgirem.

muito além do que a maioria dos profissionais.”

Amplie sua visão

Uma visão mais ampla, sob os diversos enfoques da sua profissão e do mercado, vai lhe dar mais agilidade e maior probabilidade de acertos em suas decisões. Informe-se, mantenha-se em contato com as fontes confiáveis que falam sobre o seu negócio e preste atenção ao mundo ao seu redor e, principalmente, a tudo o que afeta a sua profissão. Exercite a sua visão de futuro, procurando antecipar-se aos acontecimentos. Cultive uma visão de 360 graus e enxergue muito além do que a maioria dos profissionais. Aprimore a sua capacidade de liderar equipes

A sua capacidade de realização depende muito da capacidade de realização de sua equipe. Portanto, desenvolva características de liderança, aprimore o seu jeito de liderar. Invista forte em aumentar a sua capacidade e a de sua equipe para transformar oportunidades

dezembro 2011\ janeiro 2012

em resultados. As melhores conquistas virão quando você e sua equipe estiverem trabalhando em sintonia, em busca das mesmas metas. É preciso ter sempre em mente que em uma equipe afinada “o resultado final é sempre maior do que a soma dos resultados individuais.”

“Como líder, é fundamental que você entenda de gente para estimular sua equipe a dar o melhor de si e conseguir os melhores resultados.”

Busque entender de gente

O grande diferencial de qualquer empresa está nas pessoas que trabalham nela. Como líder, é fundamental que você entenda de gente para estimular sua equipe a dar o melhor de si e conseguir os melhores resultados. Seja sempre um líder especial, que reconhece a grandeza que existe em cada membro de sua equipe. Prepare-se para garantir o seu lugar no pódio. 2012 vai estar cheio de oportunidades! Um grande abraço, Roberto Shinyashiki

Roberto Shinyashiki é doutor em Administração de Empresas pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP). www.shinyashiki.com.br Leia mais sobre o assunto em: Problemas? Oba! Roberto Shinyashiki Editora Gente

Para ter sucesso atualmente, a lição mais importante é entender que os problemas que as pessoas nos trazem podem ser os melhores presentes que acontecem em nossas vidas. Eu sei que isso pode parecer estranho, pois as pessoas em geral pensam que quando alguém nos traz uma dificuldade está trazendo mais trabalho, preocupação e estresse. Mas o que eu quero que você entenda é que um problema é uma grande oportunidade de crescer, tanto pessoal quanto profissionalmente. Resolver um problema que aparece é aproveitar a chance de mostrar sua competência no trabalho, seu valor como profissional e também de ganhar mais dinheiro. Por isso, quando trazem problemas para a gente resolver, temos que comemorar... Problemas? Oba!

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Eco [notícias]

por Renata Araújo

Os dez mandamentos do Amigo do Planeta *Fonte: Portal do Meio Ambiente, Vilmar Berna

1. Só jogue lixo no lugar certo. A cidade, a escola, a casa mais limpa não é a que mais se varre, é a que menos se suja! Um Amigo do Planeta só joga seu lixo nos locais apropriados, ou guarda no bolso e traz para colocar na lixeira ou reciclagem da própria casa. 2. Poupe água e energia. Os rios e mananciais estão sendo agredidos pela poluição e pelo desmatamento, o que torna a água potável cada vez menos disponível, e eleva seu custo de tratamento. A energia, para ser gerada, precisa afogar rios e terras férteis, deslocar populações ou usar recursos não renováveis como petróleo e carvão. 3. Não desperdice. Escolha consumir o necessário. Resista a modismos que nos obrigam a trocar de carro, roupa, bens. Além de gastar dinheiro desnecessariamente, desperdiçamos recursos naturais e poluímos o planeta. Diga não a produtos supérfluos, ou feitos para

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durar pouco; que gastem muita menos da natureza. energia ou água ou que contaminem 8. Conheça e conviva com a o meio ambiente. natureza. Mantenha o contato 4. Cuide dos animais e plan- com a natureza. Faça passeios na flotas. Seja responsável com os ani- resta, tome banho de cachoeira, vá à mais e as plantas. Não deixe que praia, contemple o pôr do sol, a lua sofram desnecessariamente, cuide cheia. Coloque os pés no chão. Culpara que tenham água, alimento, tive uma horta, um jardim. Estude conforto. Recuse a se divertir em e leia mais sobre a natureza. Quanrodeios e circos com a dor e o sofri- to mais você souber, melhor poderá mento dos animais. agir em sua defesa. 5. Cuide das árvores. Ajude a 9. A natureza não vota e nem defender as árvores e florestas exis- se defende. Faça você por ela! tentes. Denuncie as agressões. Plan- Mesmo sozinho você pode denunte novas árvores e cuide delas. Re- ciar as agressões ambientais. Escrecuse comprar madeiras e móveis que va às autoridades, ao SAC – Serviço não comprovem a origem ecologica- de Atendimento ao Consumidor de mente correta e legal. Utilize os dois empresas, à imprensa. Participe de lados da folha de papel e encaminhe campanhas pela internet ou pessoo papel para reciclagem. almente. Na hora de votar, escolha 6. Não polua. Use o menos possí- representantes comprometidos com vel o automóvel, ele provoca polui- a causa ambiental e acompanhe o ção do ar, gasta combustível, agrava mandato. o efeito estufa, engarrafa o trânsito. 10. Crie um clube de amigos Reveja seu comportamento, suas do planeta na escola, ou asatitudes em casa, no trabalho, na sociação! A escola ou associação comunidade e mude o que estiver de moradores pode oferecer aos provocando poluição ou degradação alunos e cidadãos a possibilidade de ambiental. Não espere que alguém atuarem de forma organizada, assufaça isso por você. mindo ações concretas para melho7. Coleta seletiva de lixo. O ria ambiental, como plantar e cuidar que chamamos de lixo são maté- das novas árvores, fazer coletas de ria-prima e recursos naturais mis- sementes e produzir novas mudas, turados e fora do lugar. A recicla- denunciar agressões ambientais, ajugem devolve estes recursos para dar a implantar a coleta seletiva de fabricar novos produtos, retirando lixo na escola etc. www.nrespostas.com.br


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N Atividades

por Renata Araújo

Almoço com

Max Gehringer, Cláudio Diogo e Martha Gabriel Em almoço oferecido pela N Produções a alguns de seus clientes VIPs, seu diretor-executivo, José Paulo Furtado, recebeu os palestrantes convidados para o Top 10 Empresarial de setembro, na sede da Fundação Universa. Nessa versão do evento, que já desperta forte interesse e disputa por suas poucas vagas, os presentes tiveram oportunidade de visitar as belas instalações dessa moderna escola de negócios e de ouvir uma breve apresentação sobre os projetos que a N Produções vem desenvolvendo em 2011 e as perspectivas do que será oferecido ao público

brasiliense no próximo ano. Também puderam desfrutar da companhia dos grandes especialistas na área de vendas, comunicação digital e carreira, além de ouvir uma breve prévia do que Claudio Diogo, Martha Gabriel e Max Gehringer apresentariam logo mais, à noite. Foram distribuídos livros e autógrafos. Banco do Brasil, Petrobras, Sebrae, Laboratório Sabin, Centro Brasileiro da Visão, Grupo Rosário Distrital, Diletto Café são apenas algumas das empresas que representaram os setores público e privado do empresariado local. Estes encontros, que vêm sendo realizados com frequência, têm sido excelentes ferra-

Max Gehringer, Martha Gabriel e Claudio Diogo

Max Gehringer convida os presentes para o almoço

José Paulo Furtado fala sobre os projetos da N Produções para 2012

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Fotos: Telmo Ximenes

mentas de aproximação entre a N Produções e seus clientes. Promovem também aproximação entre todas as empresas presentes, gerando novos negócios e parcerias. Mais ainda, são momentos de rica troca de experiência e conhecimento, assim como todas as demais atividades promovidas pela N Produções, que há sete anos se preocupa em promover educação, conteúdo e resultados para o ambiente corporativo de Brasília e Goiânia.

Claudio Diogo à vontade entre os convidados

Max Gehringer e representantes da Petrobras

Martha Gabriel autografa seus livros

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Motivação

? Responde:

Gilberto Cabeggi

Twitter: @gilbertocabeggi

Pergunta: Flávia Bittar Médica

!

É muito comum as pessoas decidirem sobre alguma mudança em suas vidas, porém desistirem no meio do caminho, não realizando os seus objetivos. O que falta para que essas pessoas tenham sucesso?

Um plano para

fazer acontecer

T

udo o que você sonha realizar dará mais certo se tiver um plano para seguir. Não dá para andar no escuro o tempo todo e, de repente, querer bater naquela porta certa e chegar àquele lugar que você deseja ir. Tanto na vida pessoal como na profissional, o mais provável quando você não tem um plano é chegar a lugares errados ou, mesmo que chegue aos lugares certos, gastar muito mais energia do que seria necessário. E levar muito mais tempo do que deveria. Isso quando não desiste no meio do caminho. Então, se você decidiu mesmo mudar algo em sua vida, é fundamental que tenha um “Se você bom plano:

decidiu mesmo mudar algo em sua vida, é fundamental que tenha um bom plano.” 32

1. Tenha claro o seu objetivo final.

Você precisa saber para onde vai e o que quer da vida. Tem um pensamento que diz “para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve”. Mas esse não é o seu caso. Não lhe interessa NRespostas

qualquer caminho, porque o que você quer é o sucesso! Então defina com clareza o seu objetivo final. 2. Construa um plano de transição.

Algumas mudanças vão ser mais simples e outras, mais complicadas. Mas uma coisa é certa: mudanças sempre exigem mais do que você está acostumado a dar enquanto permanece acomodado na vida. Decidir mudar é um passo importante. Colocar-se em ação é fundamental para fazer valer o que você já decidiu. Mas nunca é fácil fazer essas mudanças na sua vida. A fase de transição, entre a vida que você leva hoje e a vida que sonha para você, é sempre muito difícil. Ter um plano de transição significa cuidar do lado prático da sua vida, de modo a viabilizar os seus projetos com o mínimo de atropelos possível. 3. Mantenha uma rede de proteção.

Durante a mudança para a sua nova vida vai ter momentos em que pessoas vão criticá-lo, e elas podem ser muito duras. Outras vezes, a falta de recursos www.nrespostas.com.br


para seguir em frente pode se tornar difícil de suportar. À medida que avança, você vai enfrentar muitos problemas, vai se decepcionar com os seus resultados, que nem sempre serão de acordo com o que você imaginava, vai gastar quase toda a sua energia e perder o entusiasmo. Nesses momentos, você vai precisar contar com uma rede de proteção para ajudá-lo a se manter no rumo que você traçou. Você vai precisar montar essa rede de proteção. Ela deverá ser constituída por um mentor e por amigos verdadeiros que irão apoiá-lo nas horas mais difíceis, nos momentos de maior desafio e de maior dúvida. 4. Parta para o tudo ou nada.

Quando você percebe que sua vida precisa de uma mudança, está na hora de avaliar o que você anda fa-

zendo e o que o levou até onde está. Porque o seu próximo passo precisará ser diferente, e possivelmente mais forte e decisivo, se você quiser um resultado melhor para a sua vida daí para diante. Se você já fez de tudo o que era possível para resolver essa situação, sem sucesso, e já não suporta mais viver dessa forma, então só há uma solução: parta para o tudo ou nada. Se a sua vida não está levando você para um caminho de felicidade, é hora de mudar. E muitas vezes mudar radicalmente. É tudo ou nada. 5. Não desista no meio do caminho.

É preciso concentrar-se naquilo que você quer para a sua vida, no seu sonho de felicidade e realização, e não nas dificuldades do seu dia a dia. Não perca o foco, não largue a mudança pela metade, não desista antes de chegar ao seu objetivo.

Em 2011 nós inovamos

seu modo de ver.

Em 2012 inovaremos

outros sentidos.

“Não perca o foco, não largue a mudança pela metade, não desista antes de chegar ao seu objetivo.”

É preciso construir as bases para uma vida mais feliz e mais promissora. E para fazer delas uma realidade inegável e inquestionável na sua vida, é necessário focar na recompensa e não no preço a pagar. Avance sempre, tendo em mente que as dificuldades são passageiras e tendo a fé e a determinação como companheiras de viagem. Acredite que sempre vale a pena buscar os seus sonhos e se dar a chance de recomeçar. Antes tarde do que nunca!

Gilberto Cabeggi é escritor, assessor editorial e de comunicação escrita e ghost writer, com especialização em comportamento humano. É autor dos livros “Todo dia é dia de ser feliz” e “Antes tarde do que nunca”.

SISTERS,

a

agencia

que dá importância à percepção dos sentidos de seus clientes. Afinal, a medida que adquirimos novas

informações,

mudamos nossa visão do mundo.

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Pergunte ao coach Homero Reis

Envie sua pergunta para o coach Homero Reis. Participe pelo e-mail: leitor@nrespostas.com.br

Qual é o código de valor e conduta do coach?

Aprender a ser “Não tente ser igual a ninguém e não obrigue ninguém a ser igual a você.”

Embora seja coach, nunca tinha pensado em sistematizar meu “código de valor e conduta”. Então, comecei a pensar naquilo que creio e no modo como trabalho. Não tenho a pretensão de fazer um documento referencial. Entendo que estas coisas são dinâmicas, no tempo e no espaço. Por isso, vão, aqui e agora, onze ideias – afinal, não são mandamentos – sobre ser coach. 1. Nada será proibido, nada será obrigado; tudo será permitido. As regras só funcionam se a gente as entende. Proibir por proibir torna-nos demasiadamente mecânicos. A vida não obedece o dualismo maniqueísta do certo-errado; bom-mau. Tudo tem um outro lado. Ser coach é ser capaz de entender o porquê das coisas, para fazer escolhas conscientes e responsáveis. Isto nos remete a uma competência muito útil: indagar para aprender. 2. Tudo é lícito, mas nem tudo convém. O universo é feito de uma infinidade de coisas. Coisas que nem se sabe que existem, e coisas que

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existem mas que não lhe são adequadas. Faça escolhas conscientes e entenda que nossa visão é sempre parcial. O seu julgamento é apenas um deles; logo, pode lhe ser conveniente, mas não é uma regra que vale para todos. 3. Tudo é lícito, mas não seja dominado por nada. Embora tudo lhe seja lícito, é a liberdade que rege a vida. Somos seres fundamentalmente livres. Tudo o que nos domina tira de nós um pouco de nossa essência. Portanto, cuide para que sua vida seja constituída de opções e não pela falta delas. 4. A vida não é predeterminada. Limites fazem parte. Conviva com eles, mas entenda que boa parte do que somos, é fruto de nossas escolhas. Cada escolha tem as respectivas consequências. Portanto, deixe de falar em sorte, azar etc. e assuma a responsabilidade pelas escolhas que fez e faz. Se for oportuno, peça ajuda, mas não transfira a responsabilidade das escolhas que fez. 5. Todo ser é, por natureza, legítimo, livre, autônomo e diferente. Não tente ser igual a ninguém e não obrigue ninguém a ser igual a você. Você é o que é, e é belo por isso. A beleza está em ser www.nrespostas.com.br


único, com todas as possibilidades e limitações que isto traz. Faça concessões legítimas e tenha flexibilidade; mas não alegue ter sido obrigado a nada. 6. Viva a partir da aprendizagem. Viver é aprender sempre; por isso existem problemas. Eles foram criados para desenvolver nossa capacidade de solucioná-los. Se aprender a vê-los como espaços de aprendizagem, vai descobrir que cada dia nos superamos. Tudo o que temos agora, em algum momento, foi impossível ou proibido. No entanto, alguém quebrou a regra e fez diferente. A novidade é transgressora. Você pode querer, ou não, correr este risco.

“A vida é feita de escolhas, mas não há a necessidade de estabelecer um duelo entre razão e emoção.”

úteis quando atuam juntas. Essa ideia de que somos seres racionais é falsa e já cumpriu seu papel. Usamos nossa razão para dar sentido às nossas emoções. No entanto, quantas vezes você viveu o conflito de ter que escolher entre as duas? A vida é feita de escolhas, mas não há a necessida7. A culpa não é a melhor companhia. Viver de de estabelecer um duelo entre razão e emosob a sombra da culpa é construir um camição. O sucesso está, justamente, em aprender a nho para a depressão e demais doenças da tornar emoções fundamentais em aliadas. alma. Seja honesto consigo e faça o melhor que puder. Não tente agradar a todos, nem fa- 11. Competência se faz com inspiração e téczer tudo. Esta é a fonte da culpa. Saber dizer nica. As grandes obras de arte foram feitas por pessoas que eram possuídas por grandes sonhos NÃO é um bom negócio. e que esmeravam-se em torná-los realidade. A 8. Entenda que o tempo é agora e que as coisas inspiração solitária só nos faz sonhadores; a só acontecem se você agir. Não se prenda ao técnica apurada nos faz construtores; mas, é na passado, nem viva no futuro. O passado é uma combinação delas que surge a criação que exreferência e o futuro, uma expectativa. É agora pressa nossa identidade. Por isso, tenha sonhos, que você vai fazer a diferença. Quem quer que mas esmere-se no conhecimento técnico. as coisas aconteçam age! Quem se autoengana começa o regime na segunda-feira; vai ler aque- Termino este texto com minha utopia existenle livro amanhã etc. Agora é a hora de fazer por cial. É algo que escrevi para mim mesmo. Espero que gostem: você aquilo que só você pode. 9. Nada é tão belo quanto a pluralidade. Aprenda a conviver e a relacionar-se. A sustentabilidade da vida se dá pela diferença. Vê-la como possibilidade, e não como ameaça, faz toda a diferença. Tudo tem seu espaço e sua função. Sua forma de entender o universo e sua mecânica é apenas uma possibilidade. Não é a única, nem a melhor. Todos temos nossas filosofias de vida. O gostoso é ser capaz de conviver pelo simples prazer de usufruir das possiblidades entre diferenças. Você não conhece tudo o que existe, nem todas as razões; portanto, não julgue. 10. Razão e emoção nos constituem e só são dezembro 2011\ janeiro 2012

Enquanto ilumina, gasta-se a ofertar-se. Desapega-se ao ponto de não mais ser em si para vir a ser além. Consome-se até não mais estar. Nisso que faz, ensina, tão plena e espontaneamente, que não se percebe desapegar-se, inclusive de si. Até que se torna espectro, viajando por todos os espaços a iluminar. Deixa de ser substantivo concreto para ser efemeridade...

Homero Reis é bacharel em Administração de Empresas, mestre em Educação, psicanalista clínico, coach master e coach ontológico empresarial e membro da International Coaching Federation. www.homeroreis.com

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Comportamento

? Responde:

Renato Alves

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Pergunta: Thiago Rodrigues Contador

!

Tenho sofrido muitos prejuízos relacionados aos meus esquecimentos e simplesmente não vejo como me livrar deles. Será que posso ter esperança?

O preço

da distração

Respondo com meu próprio exemplo. Aos noites e madrugadas inteiras recuperando o 25 anos, eu trabalhava como gerente de in- trabalho perdido. Fui prova viva de que um formática de uma pequena editora de listas esquecimento poderia arruinar uma empresa. telefônicas. Eu era o encarregado de fazer Depois disso, só me restou pedir demissão. diariamente a copia de segurança dos arqui- Toda distração, de alguma forma, nos expõe vos dos milhares de anúncios e assinantes à lei da causalidade, isto é, se para toda causa inseridos manualmente na lista durante o existe um efeito, para toda distração haverá período de venda das publicidades. O crono- uma consequência! Se fôssemos estimar em grama estava em dia e a lista seria um su- valores todo o dinheiro gasto com distracesso, não fosse por um pequeno detalhe: eu ções sofridas anualmente por governos bume esqueci de fazer a cópia de segurança dos rocráticos e desorganizados, empresas sem arquivos da lista. O computador central foi métodos operacionais eficientes e cidadãos infectado por um vírus que destruiu seu HD distraídos, a cifra certamente seria suficiente e todos os arquivos que havíamos preparado para alimentar todos os famintos do mundo, ao longo do ano. Meu pequeno construir fontes de energia lapso fez com que eu arrastaslimpa para abastecer grandes “Para toda se uma equipe inteira ao trabacidades ou alfabetizar todos os distração lho sob pressão, passando dias, humanos. haverá uma

consequência!”

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Como estimei isso? Simples: um dia, tive a disciplina de fazer uma planilha e anotar tudo o que via e ouvia sobre distrações e esquecimentos. Dos mais absurdos, como a pessoa que esqueceu um fogão dentro do metrô; a mulher que esqueceu seu vestido de noiva no ônibus; o corretor que se esqueceu de renovar o seguro do carro de um cliente que acabara de sofrer um acidente ou o médico que se distraí e esquece o bisturi no corpo do paciente. Em meu livro Os 10 Hábitos da Memorização, propus uma análise do preço da falta de foco. Calculando o valor de pequenos lapsos como uma luz acesa, uma televisão ligada ou o combustível gasto para retornar e buscar algo esquecido foi provável estimar que um cidadão esquecido sofra prejuízo anual em torno de 2 mil reais. Acredite: tem gente gastando bem mais do que isso! Uma pessoa me contou que esqueceu o seu tablet no bolsão da poltrona do avião: 2 mil reais num único esquecimento. A garota da casa lotérica se esqueceu de registrar o bolão da mega-sena: 53 milhões de reais. Até o lastimável ocorrido na empresa em que eu trabalhava, eu nunca havia pensado na hipótese de sofrer algum tipo de problema sério por déficit de atenção. Mas aquele episódio me marcou tão profundamente que mudou a forma como eu tratava a minha mente. Eu comecei a vigiá-la de perto, a prestar atenção, a persegui-la como um amante ciumento. A questão era: quanto mais eu prestava atenção em meus lapsos, mais eu me distraía! Algo que em princípio parecia com a lei da atração, na verdade era fisiológico, pensar de modo negativo em relação à minha mente

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“A crença de

que eu sofria naturalmente influenciava mide algum tipo nha percepção e minha capacide problema dade de memorização. A crença de memória de que eu sofria de algum tipo de produziu problema de memória produziu resultados resultados desastrosos. desastrosos.” Até que certo dia surgiu uma luz no fim do túnel. Um amigo me ofereceu de presente um livro sobre técnicas de concentração. Livro simples, escrito por um guru indiano, mas com ideias lúcidas que mudaram radicalmente minha percepção sobre foco, memória e concentração. Aprender a olhar para dentro, a policiar os pensamentos, a respirar corretamente ajudaram a acalmar a minha mente, mas não fiquei apenas nisso. Entrei numa rotina de estudo interdisciplinar que envolvia práticas de yoga, teorias da neurociência, discussões da filosofia da mente, neurolinguística e até mesmo computação. Eu estudava e praticava exaustivamente todos os modelos de exercícios para concentração. Fui aprimorando e desenvolvendo minhas próprias técnicas e felizmente hoje domino plenamente a arte de como dirigir o foco da minha atenção. Os resultados foram tão impressionantes que me permitiram uma grande virada. Dali em diante eu nunca mais sofreria com distrações, riscaria da minha vida definitivamente o verbo esquecer, e me tornaria, em abril de 2006, o homem com a melhor memória do Brasil. O que não é nada mal para um ex-esquecido. Então... Você também pode!

Renato Alves é escritor e preparador mnemônico. www.renatoalves.com.br

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Mario Sergio Cortella

Filosofando

Erotizar

a ecologia

A

lgumas concepções orientais milenares pregam o desapego ao mundo. Mas, para proteger algo ou alguém, é preciso ter apego. Como proteger e cuidar sem apego? É essa uma das razões por que as pessoas em geral e a maioria dos jovens em particular ainda não se envolvem com temas fundamentais como a ecologia, não se preocupam em zelar pela natureza para garantir um mundo sustentável. Para jovens, o erotismo permeia tudo e esse tema, a ecologia, não foi erotizado. As campanhas publicitárias conseguem erotizar um jeans de tal forma que ele pode ser vendido pelo preço de uma TV de 42 polegadas. Conseguem erotizar um par de tênis e vendê-lo pelo preço de dois pneus de carro. Conseguem, em resumo, transformar objeto em desejo. As pessoas precisam do que desejam. O tema da sustentabilidade, no entanto, raramente foi erotizado. A maioria das campanhas se apoia na tese de que devemos nos desapegar para proteger “A maioria das o planeta. Mas, insisto, o que nos faz campanhas se zelar, proteger, cuidar é o apego, e apoia na tese de não o desapego. É porque me apego que devemos àquilo que gosto, que usufruo, que nos desapegar desfruto que quero cuidar da minha para proteger saúde. É porque me apego a alguém o planeta. que quero cuidar dessa relação, para Mas, insisto, que ela não se esgarce. É porque me o que nos faz zelar, proteger, apego, por exemplo, à beleza da natucuidar é o reza que quero protegê-la. apego, e não o A falta de erotização das campanhas

desapego.”

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em prol da natureza resulta que, para um jovem, a única coisa que se entende é que ele precisa abrir mão de alguma coisa para manter o planeta. E abrir mão significa gerar desinteresse. Assim, é preciso erotizar a responsabilidade socioambiental, transformá-la em desejo de cuidar da vida em suas múltiplas faces, para que se possa ter apego ao rio, à sociedade humana, de forma que o rio não fique poluído e a sociedade não se frature numa comunidade de vítimas. Para piorar, em ecologia trabalha-se a ideia de que “vai acontecer”, em vez de “está acontecendo”. Com esse discurso, é praticamente impossível fazer com que alguém com 20 anos de idade se preocupe com algo que pode acontecer daqui a 50 anos.

Mario Sergio Cortella, filósofo e doutor em Educação pela PUC-SP, na qual é professor-titular da pós-graduação em Educação (Currículo) e professor-convidado da Fundação Dom Cabral. Foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo (1991-1992) e é autor, entre outros livros, de “A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos” (Cortez); “Nos labirintos da moral”, com Yves de La Taille (Papirus); “Não espere pelo epitáfio: provocações filosóficas” (Vozes); “Não nascemos prontos!” (Vozes); “Sobre a esperança: um diálogo”, com Frei Betto (Papirus), “O que é a pergunta”, com Silmara Casadei (Cortez), entre outros. Leia mais sobre o assunto em: O que a vida me ensinou: viver em paz, para morrer em paz! - M. S. Cortella São Paulo: Saraiva, 2010.

“Editado pela Saraiva e pela Versar, “O que a vida me ensinou” é uma coleção diferente, que mistura pequenas biografias com grandes lições de vida. Seu objetivo é revelar as principais experiências, os episódios mais marcantes, os maiores desafios, os valores e os princípios que nortearam a vida de profissionais de destaque em suas áreas. Mais do que uma série de livros de memórias ou de orientações, esta é uma coleção de reflexões, inspirações e referências. Neste volume, Sergio Cortella aborda questões como: qual é a sua verdade? Qual é a sua essência? O que permanecerá de você no mundo? Se você não existisse, que falta faria? O autor conta suas experiências, seus medos e os obstáculos que teve que percorrer para chegar ao topo.”

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