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soluções para o mundo empresarial Roberto Shinyashiki Segredos do sucesso

Mario Sergio Cortella Felicidade foi-se embora?

Ano VI • Nº 29 • agosto / setembro 2013 • R$ 8,90

Entrevista exclusiva com Carlos Júlio Augusto Cury

A teoria do eu como autor da história

Pedro Mandelli

Chefes despreparados

Seja a pessoa certa agosto / setembro 2013

no lugar certo NRespostas

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IMPERDÍVEL! OPORTUNIDADE ÚNICA! Uma noite para discutir sustentabilidade, com:

Mario Sergio Cortella

Pedro Mandelli

Carlos Julio

TEMA 1: Carreira Sustentável

TEMA 2: Empresa Sustentável

TEMA 3: Economia Sustentável

Mario Sergio Cortella e Pedro Mandelli – Equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Pedro Mandelli e Carlos Julio – Papel do líder na construção de uma organização coerente, consistente e geradora de resultados

Carlos Julio e Mario Sergio Cortella– A construção de uma vida financeira sólida, com fortes raízes e duradoura

TOP 10 Empresarial: 25 de setembro , às 16h30 no Centro de Convenções Ulysses Guimarães Patrocínio

Informações e vendas:

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Apoio

Marketing & Comunicação

& Cursos

ESCOLA DE GESTÃO PDG - Programa de desenvolvimento gerencial

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12/9 A Arte de Liderar: Competências Essenciais do Líder 13/9 Educação para o trabalho NRespostas

Dado Schneider SETEMBRO

SETEMBRO

Mario Sergio Cortella

27/9 Comunicação Eficaz

Pedro Mandelli OUTUBRO

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A melhor formação, com os maiores especialistas do Brasil

28/10 Liderando com pares e chefes 31/10 e 01/11 Construindo equipes de alta performance na Administração Pública www.nrespostas.com.br


Carta ao Leitor N Palavras

Obrigado, Papa Francisco! Caro leitor, católico que sou, acompanhei com muita alegria e atenção a vinda ao Rio de Janeiro do Papa Francisco, para a Jornada Mundial da Juventude, nesse mês de julho/13. Hoje, gostaria de pegar um gancho em sua entrevista, dada a um repórter da Rede Globo e exibida no Fantástico. Questionado se tinha medo de andar pelas ruas sem vidro de proteção em seu papamóvel, ele respondeu: “Eu não poderia vir ver este povo que tem um coração tão grande protegido por uma caixa de vidro. E no automóvel, quando ando pela rua, baixo o vidro para poder estender a mão, saudar as pessoas. Quer dizer, ou tudo ou nada. Ou se faz a viagem como deve ser feita, com comunicação humana, ou não se faz. Comunicação pela metade não faz bem”. Quero pegar um link com essas palavras e trazer a realidade que acredito fazer muito sentido no dia a dia das empresas. Vejo muitos empresários, gestores, colaboradores de empresas se colocarem em uma redoma de vidro, incapazes ou sem nenhuma vontade de se comunicar. Aprendi com o Consultor Pedro Mandelli que liderar é andar pelos corredores da empresa, falar, sentir, se relacionar, ouvir toda a comunicação que transita por lá. À frente da N Produções por esses anos, trazemos conhecimento do mais alto nível disponível no Brasil para Brasília, ofertamos nossos serviços para todas as empresas de nossa cidade, seja ela pequena, média ou grande, pública ou privada. Diariamente, visito as áreas de RH, Marketing e empresários, e sabe o que acontece? Algumas empresas sequer abrem suas portas para nos

twitter.com/jpnproducoes agosto / setembro 2013 josepaulo@nproducoes.com.br

ouvir, outras decidem nos dar a oportunidade de comunicar. Entendem e conhecem nosso trabalho e acabam nos dando o feedback de que o que fazemos é extraordinário. Lembro-me de um cliente agradecendo por e-mail à Lorena (vendedora da N) o fato dela ter sido “chata” e insistido para que ele comprasse a participação da empresa no nosso projeto Top 10 Empresarial. Ele disse: “Hoje eu sei que treinamento é uma prioridade, se não fosse pela Lorena, não saberia”. Não podemos gostar de algo ou alguém que não conhecemos. Para gostarmos, é necessário que, como esse empresário, nos coloquemos humildes e abertos para que a comunicação seja completa. Você já comeu a fruta mangostim? Não é uma delícia? Ah, me desculpe, você tem que provar primeiro, né? Se não conhecer, não provar, não tem como saber! (Passe no Oba Hortifruti, eles sempre têm essa fruta por lá #ficaadica.) Caro leitor, pode acreditar! Os melhores gestores e empresários que conheço são ótimos ouvintes. Eles não sabem de onde ou de quem pode vir uma ideia, informação, conhecimento ou oportunidade que fará a diferença em sua vida ou empresa. Sendo assim, é melhor estar com a porta aberta, sem vidros de proteção, para todos que o procurarem. Obrigado, Papa Francisco, por esse ensinamento! Um abraço,

José Paulo Furtado Diretor da Revista N Respostas

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Leitor leitor@nrespostas.com.br

“Sendo uma grande revista, tendo menos de 50 páginas, a revista N Respostas sem dúvida mostra que é possível criar uma das melhores revistas do mercado empresarial, apresentando apenas conteúdo de extrema relevância e de tamanha qualidade, indo direto ao ponto, o que supera de longe muito das grandes revistas de negócios do país. Parabéns, N Respostas e continue sempre sendo essa grande revista.”

Envie seus comentários, sugestões, informações, críticas e perguntas: SHCGN 704/705, Bl. E, nº 17 Ed. Mª Auxiliadora, sala 401 CEP 70730-650 Brasília-DF Tel./Fax: 61 3272.1027 e-mail: leitor@nrespostas.com.br

Prezada Beta, agradecemos seu interesse e participação em nossa revista. Informamos que todas as edições anteriores da revista N Respostas encontram-se disponíveis no seguinte link: http://issuu.com/revista_nrespostas/docs

Ou, se preferir, basta ler o QR Code abaixo, que o enviará direto à pagina:

Robert Marcus N Respostas é uma publicação da N Produções

Consultor de Marketing robertmarcus.mkt@gmail.com

www.nproducoes.com.br Diretor-Executivo: José Paulo Furtado

“Excelente, excelente!! Publicações enriquecedoras!! Quero receber os exemplares. Qual o procedimento?”

Direção de Arte/Editoração: Letícia Marchini arte@nrespostas.com.br

Beta Marsan

MadMídia betamarsan@madmidia.com.br

Editora-Chefe: Renata Araújo redacao@nrespostas.com.br

Caso esteja interesada em assinar a revista, pedimos a gentileza de entrar em contato pelo telefone (61) 3272-1027 ou pelo email: atendimento@nproducoes.com.br Obrigado pela participação, Equipe N Respostas

Jornalista responsável: Cid Furtado Filho DRT DF 1297 Revisão: Denise Goulart Fotografia: Telmo Ximenes • Ilustrações e fotos: Stock Photos • Imagem da capa: Tiero (Stock Photos) Reportagem: Renata Araújo Colaboradores desta edição: Augusto Cury • Carlos Hilsdorf • Christian Barbosa • Dado Schneider • Eduardo Ferraz • Eugênio Mussak • Homero Reis • Lucas Gonçalves de Araújo • Mario Sergio Cortella • Pedro Mandelli • Roberto Shinyashiki Diretora Financeira: Ana Paula Abílio financeiro@nproducoes.com.br Diretor Comercial: José Paulo Furtado josepaulo@nproducoes.com.br

Como anunciar: 61 3272.1027, de 2ª a 6ª, das 9h às 18h josepaulo@nproducoes.com.br A N Respostas não se responsabiliza pelas ideias e opiniões emitidas nos artigos assinados. Tiragem: 20.000 exemplares.

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Índice Ano VI • Nº 29 • agosto / setembro 2013

capa 12. Seja a pessoa certa no lugar certo

por Eduardo Ferraz

colunistas 18. augusto cury

Inteligência emocional e profissional

22. pedro mandelli

Além da hierarquia

26. Roberto shinyashiki

Dicas de campeão

38. mario sergio cortella Filosofando

Seções

3. N Palavras

Obrigado, Papa Francisco!

9. entrevista Carlos Alberto Julio 20. N Flashes

Quem passa pelos eventos da N Produções

24. eTc

Entretenimento, trabalho, casa

32. clube n 35. n investimentos

Uma hora a conta chega e o gigante acorda

RESPOSTas 16. comunicação eficaz – Dado Schneider

The working dead

28. produtividade – Christian Barbosa

Alta produtividade não nasce da noite para o dia

30. pergunte ao coach – Homero Reis

Um novo olhar para as decisões

34. liderança – Eugênio Mussak

A escolha de liderar

36. comportamento – Carlos Hilsdorf

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Mudança: algo que acontecerá através de nós ou apesar de nós! NRespostas

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ENTRADA PRINCIPAL

UM ESPAÇO QUE CABE A GRANDEZA DO SEU EVENTO

RESTAURANTE

Não importa o tamanho do seu evento corporativo. No CET você sempre encontra um espaço para ele. A estrutura é moderna, versátil e totalmente adaptável às mais diversas necessidades de congressos, seminários, simpósios, conferências, encontros, treinamentos ou mesmo reuniões privadas.

O QUE VOCÊ ENCONTRA NO CET › Foyer com 650 m2. Espaço polivalente ideal para exposições, feiras, recepção para premiações, lançamentos de produtos e coquetéis › Auditório com capacidade para 1.000 pessoas, modulável em diversos formatos e tamanhos › Espaço gourmet para almoços, jantares e cafés da manhã › Hospedagem com 60 confortáveis apartamentos › Garagem coberta para 200 veículos

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U M E S PA ÇO

Somos todos nós

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Entrevista

Carlos Alberto Julio Filho de imigrantes portugueses dedicados ao comércio, Carlos Alberto Julio sempre foi um apaixonado pelo mundo do trabalho. Bem criança, atrás do balcão de um bar, no bairro do Sacomã, zona sul da capital paulista, divertia-se ao acompanhar as técnicas do pai, José Julio, para cativar e fidelizar os clientes. Esforçado, estudou até o ginásio em escolas públicas e formou uma ideia muito clara do que desejava: uma condição profissional que lhe permitisse conceder à futura família, em especial aos filhos, a tranquilidade e a segurança que não tivera na adolescência. Sonhava em ser palestrante e decidiu investir em educação tudo que ganhasse com os primeiros empregos. Depois de graduar-se em administração com habilitação em comércio exterior, fez seu mestrado em negócios nos Estados Unidos e especializou-se em Marketing Estratégico na Harvard Business School. Carlos Júlio presidiu a HSM do Brasil, empresa referência na área de seminários internacionais para formação e atualização de lideranças, e a Tecnisa, uma das maiores e mais inovadoras construtoras e incorporadoras do país. Atualmente, é responsável pela coluna Gestão Descomplicada, da Rádio CBN. Capaz de reinventar-se a cada momento, Carlos Alberto Júlio é conferencista carismático e em agosto subirá ao palco da N Produções junto com Mario Sergio Cortella e Pedro Mandelli para mais uma espetacular noite do projeto Top 10. Em entrevista exclusiva à N Respostas, Carlos Julio ensina: devemos criar raízes para garantir no futuro o mesmo bem-estar do presente. por Renata Araújo

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[Entrevista]

tema e assim escrevi A economia do cedro, propondo uma nova economia ou uma nova maneira de se ver os negócios e a criação de valor e bem-estar. Você gosta de usar o exemplo do cedro como analogia para a economia, por quê? Porque é uma metáfora muito forte. O cedro do Líbano demora anos e anos para crescer, isto é, crescer da terra para cima, pois suas raízes crescem muito rapidamente e durante anos. O cedro é sábio, ele sabe que precisa encontrar água, sais minerais e estar bem preso ao solo para depois tornar-se troncoso e resistente ao tempo. Assim sendo, ele leva até 20 anos para virar uma árvore de porte, mas, depois disso, é capaz de viver por 500 anos sem nenhum trato humano. Isso é sustentabilida-

“A empresa sustentavel é aquela que inova, cresce, cuida da sua sucessão, desenvolve talentos e, acima de tudo, está conectada à sua comunidade, à ecologia e à responsabilidade social.” Qual a influência do ex candidato à presidência dos Estados Unidos, Al Gore, em seus projetos? Seu livro e consequente filme, Uma verdade incoveniente, alertando o mundo para o aquecimento global, me impactou sobremaneira e me inspirou a dar uma visão de um brasileiro ao

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de, criar raízes para garantir no futuro o mesmo bem-estar do presente. O que garante a sustentabilidade nas empresas? Conceituando, sustentabilidade é você garantir no futuro o mesmo ciclo de sucesso do presente. A empresa sustentável é aquela que inova, cresce, cuida da sua sucessão, desenvolve talentos e, acima de tudo, está conectada à sua comunidade, à ecologia e à responsabilidade social. O que você considera como um bom negócio? Bom negócio é aquele que lucra e cria valor e bem-estar para seus consumidores, fornecedores e o público em geral. Como criar novos ciclos de prosperidade e sucesso, garantindo oportunidades para as gerações futuras? Uma empresa viva é aquela que se transforma a cada dia numa nova escola. A verdadeira escola da vida é a empresa. É lá que passamos a maior parte dos nossos dias, é lá que nos senti-

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mos úteis, produzimos e temos a possibilidade de nos desafiar a todo momento. Criar novos produtos e serviços que gerem bem-estar e garantam os retornos à empresa é o caminho da sustentabilidade economica das organizações.

Qual o caminho para se atingir a excelência?

Comparar o que fazem os ótimos de diferente dos bons. A Com rígido controle. Estratégia excelência está no gap entre o sem controle é avião desgovernado, não se sabe onde irá aterbom e o ótimo. rissar, se aterrissar!

Por que algumas marcas se tornam obsoletas e acabam desaparecendo?

Qual a diferença entre benchmarking de cliente e benchmarking entre empresas? Benchmarking é a técnica que algumas empresas usam para comparar sua performance, por área, com a melhor empresa em performance naquela área. Já o cliente compara o que quer com o que há de melhor entre todas as empresas que lhe fornecem algum produto ou serviço. Ele não sabe que isso se chama benchmarking, mas é o que ele faz constantemente.

As marcas são entidades vivas. Têm espírito, representam valores e estilos. Quando a sua marca perde sua personalidade, seu posicionamento, sua identidade torna-se obsoleta.

O que se pode fazer para que produtos e serviços se mantenham competitivos? Melhorias contínuas são importantes, mas não bastam. Inovação é o nome do jogo. Nos produtos, nos serviços, na comunicação e nos processos.

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Nas empresas, como se alcança o equilíbrio entre planejamento e execução?

“Bom negócio é aquele que lucra e cria valor e bem-estar para seus consumidores, fornecedores e o público em geral.”

Afinal, é realmente possível aliar sustentabilidade à prosperidade? É só o que queremos. Empresa saudável é empresa feliz, lucrativa e sustentável.

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Capa

Seja a pessoa certa no lugar certo por Eduardo Ferraz*

*Eduardo Ferraz é consultor em Gestão de Pessoas e especialista em treinamentos e consultoria In Company, com aplicações práticas de Neurociência. www.eduardoferraz.com.br 12

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Você já se perguntou se seus ideais se encaixam com a vida que está levando? Está satisfeito com sua carreira, seu emprego ou sua profissão? Tem a sensação de que poderia assumir outras funções, mas não sabe por onde nem como começar? Cheguei à conclusão, depois de mais de vinte anos na minha carreira como consultor de várias empresas, que muita gente está insatisfeita ou frustrada com sua vida profissional por não ter certeza se está no lugar mais adequado e que isso acontece em todos os estágios da carreira. Essa angústia é gerada pelo autoconhecimento limitado, que induz falsas expectativas, decisões equivocadas e, consequentemente, resultados ruins. Pense bem: o que o faz diferente da maioria? Quais são suas características mais marcantes? Quais ferramentas possui para conseguir o que almeja? O que gostaria de mudar?

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ara responder a essas perguntas, faz-se necessária uma autoanálise sincera e precisa. Quando investimos em autoconhecimento e entendemos melhor quem somos, fica mais fácil decidir o que devemos fazer e onde queremos chegar. Por isso, antes de mudar qualquer aspecto em sua profissão ou de seguir em uma nova direção, você precisa conhecer realisticamente seus pontos fortes para aproveitá-los ao máximo, mas também precisa ter plena consciência de seus pontos fracos e aceitá-los ou consertá-los. Compreender os dois grandes mecanismos de funcionamento do cérebro – o sistema automático e o sistema analítico – é a chave para termos uma vida mais consciente e produtiva. O sistema automático ou involuntário é exercido pelas partes mais antigas, grandes e volumosas “Quando do cérebro, ou seja, o tronco encefálico, o sisteinvestimos em ma límbico e uma parte do córtex. Ele comanda autoconhecimento nosso funcionamento inconsciente e estima-se e entendemos melhor quem que seja o responsável por 95% de nossas ações. somos, fica mais Portanto, exerce uma influência muito maior do fácil decidir o que que imaginamos em nossas vidas. devemos fazer e O sistema analítico ou voluntário é exercido onde queremos pelo nosso córtex pré-frontal e é responsável chegar.” pela tomada de decisões racionais. Estima-se que tenhamos consciência de apenas 5% de nossas funções cognitivas, ou seja, poucas de nossas ações são efetivamente tomadas de maneira lógica e racional. O psicólogo social Jonathan Heid criou uma metáfora genial ao explicar que os dois sistemas funcionam como um grande elefante com um minúsculo condutor sentado em suas costas. O sistema automático seria um grande e poderoso elefante, que pesa cerca de seis toneladas, age sempre por instinto e de maneira inconsciente. O sistema analítico seria o condutor, um homem frágil, que pesaria, comparativamente, algo como 60 quilos. agosto / setembro 20132013 agosto / setembro

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Capa

O condutor é um analista bem-intencionado, consciente e racional, que tenta desesperadamente assumir o controle do elefante, que, por ser muito mais poderoso, ignora o condutor e faz o que quer, na maior parte do tempo.

diante. É por isso que tentamos mudar maus hábitos e, poucas semanas depois, estamos de volta ao antigo modelo. O condutor planejou uma mudança de rota mais inteligente, mas o elefante insiste em trilhar o caminho que percorre há anos. Vamos a um exemplo. Um amigo resolveu fazer um regime e me disse: “Estou trinta quilos acima do peso ideal e Para resumir: esse excesso me traz dificuldades para dormir, cansaço frequente, insatisfação com a O sistema O sistema aparência, problemas circulatórios, risco de automático analítico diabete, colesterol alto etc. Portanto, semana (elefante): (condutor) que vem começo um regime sério!”. Ele foi é inconsciente; é responsável pelo pensaao médico; contratou um nutricionista para mento consciente; é irracional; preparar sua dieta; inscreveu-se na academia é racional; é instintivo; do bairro (e pagou pelo ano todo); encheu a é intuitivo; é dedutivo; geladeira de frutas, verduras e legumes; doou é rápido; é lento; todos os doces que tinha em casa e marcou não requer esforço; necessita de muito esforço; dia e hora para começar o regime. Quem plafaz muitas coisas ao nejou todo esse programa foi o condutor dele, faz uma coisa de cada vez; mesmo tempo; sinceramente disposto a permanecer por, no cansa-se rapidamente. nunca se cansa. mínimo, um ano na dieta, emagrecer 30 quilos, nunca mais engordar e manter uma vida saudável. O problema é que ele se “esqueceu” Na disputa pelo controle, apesar do esforço do condu- de combinar com o elefante, que, desde a infância, tor, na maioria das vezes, quem decide o que fazer é o sempre adorou comer torresmo, chocolate, feijoairracional elefante, que tem uma opinião preestabele- da, lasanha, bife à milanesa, coxinha, bolo, brigacida sobre quase tudo o que nos acontece no dia a dia. deiro, sorvete e churrasco. É difícil para o sistema analítico vencer o sistema auto- Na primeira semana comendo alface, cenoura, peimático somente com a força de vontade e, na maioria to de frango grelhado, pão integral e um pouquidas vezes, é o elefante quem domina o condutor. É o nho de arroz, o elefante do meu amigo se rebelou, sistema automático quem decide, quase instantanea- surtou, teve uma crise de ansiedade e devorou, no mente, o que é bom ou ruim, bonito ou feio, certo mesmo dia, churrasco, feijoada e três caixas de choou errado, divertido ou chato, interessante ou ente- colates sortidos...

Dez passos para encontrar seu lugar no mercado profissional e conquistar excelentes resultados:

12 345 Conheça sua personalidade

Controle seus filtros

Aproveite seu perfil

Satisfaça suas motivações

Tudo o que você conseguiu até agora e tudo o que ainda espera conseguir é muito influenciado por sua personalidade. Na verdade, ela é seu patrimônio mais importante. Portanto, é fundamental estudá-la a fundo, pois o autoconhecimento lhe dará o poder de decidir o que fazer de sua vida.

Criamos filtros mentais que distorcem nossa visão da realidade para que nos sintamos mais seguros e protegidos. O problema é que eles nos induzem a muitas tomadas de ação equivocadas. Quanto mais você prestar atenção em seus filtros, menos efeitos negativos eles terão.

Como você costuma ser? Mandão ou obediente? Sociável ou tímido? Calmo ou agitado? Rígido ou flexível? Para se posicionar no lugar mais adequado, é fundamental que você conheça seu perfil comportamental e utilize suas características mais marcantes pelo maior tempo possível.

Não force sua natureza! Para ser produtivo, é fundamental que você saiba os fatores que o motivam mais intensamente. Dinheiro, segurança, fama ou autonomia não funcionam igualmente para todos. Satisfazer seus anseios, muitas vezes inconscientes, fará muita diferença.

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Use seus talentos Será essencial que você descubra as atividades em que você se destaca naturalmente. Quanto mais você conseguir usar seus talentos e habilidades, mais fáceis as coisas serão. Por isso, demonstre suas habilidades em todas as situações possíveis, sem se esquecer que elas precisarão ser aprimoradas continuamente.

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O condutor ficou arrasado com o fracasso e o elefante com a barriga cheia e feliz, pois sabe que amanhã a comilança continuará. Meu amigo só se livrou do excesso de peso alguns anos depois, aos poucos, depois de ter entendido como funcionavam seus dois sistemas de ação. Enquanto também não entendermos tais mecanismos, as dietas de emagrecimento acabarão precocemente, as tentativas de largar o cigarro ou outro vício em geral falharão, as aulas de inglês pagas previamente serão abandonadas antes de qualquer resultado aparente e, principalmente, teremos enorme dificuldade em encontrar o lugar mais adequado para nosso estilo único de ser. Quando somos obrigados a mudar muito um aspecto da personalidade, gastamos uma enorme energia, que é consumida rapidamente. Isso ocorre, por exemplo, quando uma pessoa extrovertida, sociável e falante é orientada a permanecer calada por oito horas seguidas em seu ambiente de trabalho. O esforço de permanecer quieta é extenuante e a esgota. O oposto também é verdadeiro: uma pessoa tímida fica exaurida ao ter de agir como relações públicas ao receber visitantes na empresa, mesmo que por poucas horas. Provavelmente, você já sentiu o enorme desgaste que é tentar desempenhar um papel que não tem nada a ver com seu estilo natural de ser. Quando aumentamos o poder de nosso sistema analítico, melhoramos muito a capacidade de tomarmos decisões mais racionais e produtivas. Veja no quadro abaixo um roteiro resumido dos 10 passos para você se posicionar melhor.

Destinado às pessoas que gostariam de encontrar seu posicionamento profissional ideal, o consultor em gestão de pessoas Eduardo Ferraz lança Seja a pessoa certa no lugar certo, pela Editora Gente. O livro, que chega às livrarias em agosto, apresenta embasamento teórico consistente, casos reais, um roteiro prático, seis testes comportamentais, e um roteiro de 10 passos que ajudarão as pessoas a se conhecerem mais para, então, escolher o lugar, profissão, emprego ou carreira mais compatível com sua personalidade.

Para encerrar, deixo uma história que resume com bom humor o conteúdo deste artigo: O bebê camelo pergunta para sua mãe: — Por que os camelos têm corcovas? — Bem, meu filho, como somos animais do deserto, precisamos das corcovas para armazenar energia. — Certo, e por que nossas pernas são tão longas? — Elas são assim para que mantenhamos nosso corpo mais longe da areia do deserto, que é muito quente. — Entendi! E por que nossos cílios são tão grossos? — Nossos cílios grossos são como uma capa protetora para os olhos, quando atingidos pela areia e pelo vento do deserto! — Ok, mamãe. A corcova é para armazenar energia enquanto cruzamos o deserto, as pernas são para caminhar no deserto e os cílios são para proteger os olhos da areia do deserto. Então, o que estamos fazendo no zoológico? Moral da história:

Talentos, habilidades e experiências só são úteis se você estiver no lugar certo!

Intensifique suas Reduza seus atitudes positivas pontos fracos

Invista no que vale a pena

Faça prática deliberada

Suas atitudes positivas funcionam como o pedal do acelerador para você se posicionar mais rápido onde almeja. O problema é que muita gente parece ter vergonha de mostrar suas qualidades e isso é um grande equívoco. Quando suas atitudes positivas são utilizadas e reconhecidas, sua carreira toma um impulso muito maior.

Estudando como se formou sua personalidade, você verá que existem comportamentos que podem ser alterados e outros quase imutáveis. Entender o que é possível mudar e o que deveria ser aceito será fundamental, pois você poderá usar sua energia para obter o melhor de si, sem desperdiçá-la com o que não vale a pena.

Depois de identificar qual é o seu “lugar certo”, você precisará se esforçar para chegar lá. Para isso, precisará aprimorar-se tecnicamente em sua profissão. Prática deliberada é todo preparo, esforço e treinamento que você faz especificamente para melhorar seu desempenho. Muita prática deliberada significará melhor desempenho. “Toneladas” de prática deliberada resultará na excelência.

Mostre-se

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Pontos fracos só são limitantes se estiverem prejudicando seu desempenho. É essencial identificá-los e ajustá-los para que você não fique estacionado, pois eles funcionam como um freio de mão puxado e, em alguns casos, podem destruir sua carreira. Fique atento para que diminuam a cada dia.

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Agora é hora de mostrar ao mundo quem você é, buscando lugares em que seu estilo seja melhor aproveitado. Se você seguir este roteiro, terá grandes chances de encontrar o posicionamento profissional que mais se aproxima de sua personalidade e que lhe dará chances de ser muito bem-sucedido não só em sua profissão mas também em sua vida. 15


Comunicação eficaz

Responde:

Dado Schneider @dado4314

The working dead “Vivemos num mundo lotado de canais de comunicação e onde transbordam informações a respeito de tudo e de todos, numa velocidade nunca vista.”

Pergunta @leitor_nrespostas Sei que o senhor tem usado a expressão “The Working Dead”, a quem está se referindo quando fala assim? DadoSchneider @dado4314 Como vários artigos que escrevo, este também vem com uma inovação minha: é todo formatado em frases de, no máximo, 140 caracteres. DadoSchneider @dado4314 Esse é o limite de cada mensagem no Twitter (microblog) – e são poucos espaços para formar palavras e conceitos... Mas estamos no século XXI! DadoSchneider @dado4314 Talvez o maior sucesso de público, hoje, sejam as histórias envolvendo zumbis. Há zumbis no cinema, nos games e, principalmente, nas séries de TV. DadoSchneider @dado4314 The Walking Dead (“os mortos-vivos”/tradução livre) é a série mais famosa: transita em diversas plataformas. Mas existem zumbis entre nós. DadoSchneider @dado4314 Vivemos num mundo lotado de canais de comunicação e onde transbordam informações a respeito de tudo e de todos, numa velocidade nunca vista. DadoSchneider @dado4314 Somos novos consumidores, ávidos por informação, com acesso cada vez mais ilimitado a esses novos canais e à opinião de qualquer um. DadoSchneider @dado4314 Somos cidadãos melhor informados sobre tudo e todos e essas realidades já transformaram o dia a dia das empresas: somos novos profissionais. DadoSchneider @dado4314 Existe, porém, um perfil profissional que se diferencia do modelo ideal atual: é aquele tipo que se recusa a aderir à nova tecnologia. É zumbi.

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DadoSchneider @dado4314 O zumbi profissional imprime e-mails para ler no papel, trazidos pela secretária. Quase todos os seus arquivos estão na Área de Trabalho. Lotada. DadoSchneider @dado4314 Não tem Facebook, mas finge conhecê-lo nas reuniões e nos papos em coquetéis. Twitter ele não tem a menor noção do que vem a ser. Zumbi. DadoSchneider @dado4314 Zumbi profissional tem, no máximo, um BlackBerry, mas tudo que consegue utilizar dele é responder a e-mails e acessar a internet.

“Hoje, quem cochila profissionalmente durante um ano não consegue mais acompanhar as novidades. E isso não diz respeito só à tecnologia.”

DadoSchneider @dado4314 Game é algo que um zumbi corporativo jamais joga. E desconhece que esta é a nova fronteira. DadoSchneider @dado4314 O desestímulo a não se inteirar sobre cada novidade tecnológica deve-se, em parte, ao volume absurdo de informações que surgem. DadoSchneider @dado4314 Acompanhar o ritmo das inovações e, principalmente, das novidades introduzidas no ambiente corporativo é algo que assusta a muitos. DadoSchneider @dado4314 Hoje, quem cochila profissionalmente durante um ano não consegue mais acompanhar as novidades. E isso não diz respeito só à tecnologia. DadoSchneider @dado4314 Nas empresas, há muitas práticas novas, métodos novos, métricas novas... Pânico: fica mais fácil não aderir a todos, de vez. Coisa de zumbi. DadoSchneider @dado4314 Até uns 3 ou 4 anos atrás, um zumbi profissional fazia uma piada sobre sua incapacidade de acompanhar as inovações e todos riam. DadoSchneider @dado4314 Hoje, não há mais espaço para piadas sobre a incapacidade de um profissional não conseguir acompanhar minimamente as inovações. DadoSchneider @dado4314 Uma forma simples de se detectar um zumbi corporativo é ver a frequência com que ele fica evocando um passado que não volta mais. DadoSchneider @dado4314 Telex não volta mais. Papel carbono não volta mais. Cardex não volta mais. Nem os zumbis de Thriller, do Michael Jackson, não voltam mais. DadoSchneider @dado4314 Os zumbis profissionais ainda estão entre nós, mas caminham com dificuldade, se arrastando. DadoSchneider @dado4314 Os zumbis corporativos, que não acompanham as mudanças, são The Working Dead. (Resta somente avisá-los de que seu tempo acabou.)

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Dado Schneider é graduado em Comunicação e pós-graduado em Marketing pela UFRGS, Mestre e Doutor em Comunicação pela PUCRS; tem 35 anos de experiência em empresas como CLARO, DM9, RBS,MPM; tem 28 anos de experiência como professor da UFRGS, PUCRS, Univ. Fernando Pessoa (Porto/ Portugal) e ESPM; hoje, é consultor de Comunicação e palestrante nacional.

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Augusto Cury

Inteligência emocional e profissional

A teoria do eu como autor da história Meus livros são de divulgação científica, democratização do conhecimento. Há uma teoria por trás das ferramentas que exponho, chamada de Inteligência Multifocal, que estuda o funcionamento da mente, a formação do Eu como gestor psíquico, os papéis da memória e o processo de construção de pensamentos e a formação de pensadores. O Eu representa a vontade consciente, a autodeterminação, a capacidade de “Por que escolha e, consequentemente, o dibrilhamos reito do teatro psíquico. no mundo Humildemente, digo que essa teode fora, ria, além de ser usada em dissertamas ções de mestrado e teses de doutosomos tão ramento, é objeto de pós-graduação opacos no mundo lato sensu e de master internacional. interior?” Alegro-me com esse interesse, pois normalmente uma teoria só é estudada após a morte do seu autor. Felizmente, ainda não morri. Quanto mais analiso a mente humana, mais percebo minha pequenez e sinto-me um eterno aprendiz. Estou convicto de que a espécie humana não honrou a arte de

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pensar, a sua essência, embora seja provavelmente a única pensante. Ricos e miseráveis, intelectuais e iletrados, psiquiatras e pacientes podem ter diferenças culturais, bem como formas distintas de organizar as ideias, mas nos bastidores da mente são mais iguais do que imaginam. Tanto um mendigo como uma celebridade do cinema ou da política têm a mesma complexidade em seu psiquismo. A teoria da Inteligência Multifocal incorpora várias outras teorias. Entre elas, a teoria do Eu como autor da história e das Janelas da Memória. Essas duas teorias declaram solenemente que nenhuma mudança psíquica sustentável ocorre rapidamente. Exigem-se autoconhecimento, educação, treinamento, utilização de ferramentas e, em especial, compreensão básica do mais complexo dos universos, a mente humana. Toda mulher gostaria de remover a impaciência, a ansiedade, as fobias, o humor depressivo e a timidez de seu psiquismo. Mas a vontade consciente de mudança ou superação de um conflito, por mais forte e poderosa, não é eficiente. www.nrespostas.com.br


“Depois de mapear as relações, o Eu deve saber quais são suas metas e quais as escolhas que deve fazer para executá-las.”

Não basta o Eu querer reorganizar sua personalidade, reça, essa é minha crítica à é preciso utilizar estratégias. O Eu deve ser equipado, educação mundial: estamos em especial, para ser o Autor da sua história. Por que no tempo da pedra em relabrilhamos no mundo de fora, mas somos tão opacos no ção às funções básicas do Eu. mundo interior? Por que guerras, homicídios, discri- Não se educa o Eu como gesminações, transtornos psíquicos, conflitos sociais fa- tor psíquico, por isso ele acazem a pauta de nossa história? Por que pais sonham em ba manipulado pelos nossos conflitos e pelo sistema dar a melhor educação para os filhos, mas nem sempre social. Parece que somos livres, mas no fundo somos têm êxito? Por que casais apaixonados que prometem prisioneiros. Depois de mapear as relações, o Eu deve saber quais juras de amor podem acabar inimigos? Há muitas causas para explicar as mazelas humanas. são suas metas e quais as escolhas que deve fazer Elas passam pelos fatores sociais, econômicos, educa- para executá-las. cionais, genéticos, mas também pelos fenômenos que estão na base do funcionamento de nosAugusto Cury é médico, psiquiatra e escritor. É pesquisador na área de qualidade sas mentes, em especial pelas falhas do Eu como de vida e desenvolvimento da inteligência, abordando a natureza, a construção e a dinâmica da emoção e dos pensamentos. Sua teoria é usada como referência em gestor psíquico e pelas dificuldades de reconsteses de mestrado e doutorado. Atualmente, é publicado em mais de 50 países. truir as janelas da memória. Para desenvolver Conheça o novo best seller de Augusto Cury: estratégias, o Eu precisa explorar e conhecer o O código da Inteligência seu próprio mundo. Ele precisa saber onde está Augusto Cury Editora Ediouro e aonde quer chegar. Depois disso, precisa estabelecer metas e em seguida fazer escolhas e, consequentemente, saber que todas as escolhas Neste livro, o Dr. Augusto Cury descreve de maneira instigante os códigos da inteligência. Esses códigos também envolvem perdas. são capazes de estimular tanto jovens como adultos a libertar a criatividade, expandir a arte de pensar, deEm que situação está sua relação com seu parsenvolver saúde psíquica e a excelência profissional. ceiro e filhos? Aonde você quer chegar? O que O autor também descreve as armadilhas da mente em que facilmente caímos e que podem bloquear a inteliprecisa ser conquistado e o que precisa ser regência. Sabemos muito pouco sobre o que é inteligênciclado? Mapear nossas relações é uma função cia, como lapidá-la, expandi-la e irrigá-la. Com a leitura de O código da inteligência, nossos olhos serão abertos para uma abordagem inovadora sobre a inteligência. vital do Eu, mas poucas pessoas sabem que têm Alunos, profissionais, pais, professores e médicos ficarão surpresos com esta fasum Eu e muito menos que esse Eu deve estar cinante obra do Dr. Augusto Cury. As cortinas do teatro psíquico se abrirão. no controle da sua mente. Por incrível que paagosto / setembro 2013

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N Flashes

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6 2 1. Professor Rivadávia Drummond falando sobre Gestão do Conhecimento no Top 10 Empresarial de junho. 2. Nailor Marques Jr.: conteúdo, descontração e muita diversão. 3. No estande do Projeto N Social, representantes das instituições: Ápice Down, ABRACE e Creche São José Operário. 4. Programa Tendências e Negócios entrevista Prof. Rivadávia. 5. Mais de mil pessoas visitam estandes e apoiadores e patrocinadores durante coffee break. 3

6. Público acompanha atentamente às apresentações de mais uma noite de conhecimento. 7. Painel da campanha Eu Amo Segunda-feira, participação ativa do público. 8. Grupo de alunos do curso Gestão de Conflitos, com Eduardo Ferraz. 9. N Escola de Gestão, turma Gestão de Pessoas com Foco em Resultados. 10. Eduardo Ferraz ensina como evitar e solucionar conflitos.

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Fotos: Top 10 – Telmo Ximenes / Cursos – Fidélis Oliveira

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O que eles dizem da N Produções:

Rivadávia Drummond

Professor - Reitor UniBH

Laboratório Sabin

Marly Vidal

Dr. Renato Barra

“A N Produções e a N Respostas há muito compreenderam que executivos e gestores reconhecem que não há nada mais prático do que uma boa teoria. Destarte, não medem esforços em amarrar a tríade fundamental do mundo organizacional: SABER, FAZER e SER. A contribuição no saber vem dos conceitos, teorias e estilos de pensamento; o fazer implica envolver as pessoas no mundo da execução e do “fazimento”; o ser permite que os participantes questionem seus valores, identidade e visão de mundo. Eis a completude do aprendizado!”

“A vantagem da N Produções é que ela traz profissionais renomados para falar de uma diversidade de temas, VENDAS, GESTÃO DE PESSOAS, CLIENTES, ESTRATÉGIA, o que contempla o desenvolvimento de profissionais de áreas diferentes e fortalecendo sempre a visão diversificada e macro do negócio.”

“A revista N Respostas é útil não só para os gestores mais experientes, como também para os novos empreendedores. Os temas são muito interessantes, escritos por articulistas conceituados. É uma leitura fácil, direta e muito enriquecedora. Só temos a agradecer e parabenizar a linha editorial.”

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IMEB

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Pedro Mandelli

Além da hierarquia

Chefes

despreparados!

Fatalmente, os chefes não têm tido muitas respostas quando são questionados a se posicionarem sobre “como” gerenciam sua equipe, como se relacionam com seus pares e superiores. Alguns até chegam a tentar se desvencilhar da pergunta. Fato concreto é que estamos diante de um despreparo histórico sobre a forma de lidar com as pessoas devido a:

Quando a pergunta é: quais as suas ferramentas para gerir pessoas? As respostas são velhas. Pior ainda, as ferramentas estão disponíveis, mas a maioria insiste em tomar ações e decisões como sempre o fez. A justificativa até que é fácil de ser entendida. Vamos pensar em conjunto: desde bebê a pessoa aprende a lidar com as outras pessoas. Quando estão com fome, choram, quando querem a presença de outros, choram, e assim por diante. Depois, vêm escolas 1. O ambiente mudou novamente; conseguimos ver e ler e relacionamentos com outras características isso através dos dados de nossa economia – que ora é a afetuosas e a pessoa novamente sofre. Passa por mais promissora do mundo e na hora seguinte apresenta grandes dificuldades para se sobrepor; ilusões e desilusões e aprende, chegando, dessa forma, à idade tenra dos seus 28 a 30 anos com 2. As pessoas mudaram novamente; ficaram mais exiexatos 28 a 30 anos de experiência em como ligentes, mais contestadoras, exigindo mais qualidade de tudo e de todos; dar com o chamado comportamento humano. Obviamente, alguns cursos formais sobre 3. O ambiente organizacional mudou novamente; ficou como se relacionar com outras pessoas, gesmais exposto, mais transparente para os acionistas e/ou para o público em geral, que, aliás, vem criando até aversão tão de performance e outros de igual teor a certos produtos, atendimento e qualidade de serviços; podem ter sido frequentados durante o começo da vida profissional, mas o próprio par4. As estruturas organizacionais vêm se reduzindo em níveis, com consequente aumento de responsabilidade ticipante não colocou o valor devido naquele e autoridade; instante, já que não sentia real necessidade daquele aprendizado. 5. Governos vêm tendo problemas para justificar os rumos que dão a “seus” países. São questionados e até Ainda piorando a situação, esse jovem pode destituídos, como podemos observar pelo mundo afora. ter tido sucesso usando o seu jeito de ser (aprendido desde o berço), pois o ambiente e Dada esta simples leitura do ambiente em mudança, é os relacionamentos o ajudaram. impossível que o gestor de pessoas não tenha alterado E agora? Já mais calejado, mais antenado, tem difisua forma de pensar e agir na sua área de atuação. culdades para lidar com: 22

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“Não se conforme com o que você já sabe sobre isso, você aprendeu no ontem sobre como lidar com as situações de ontem.”

1. Equipes que têm mais peso e valor do que tinham tempos atrás; 2. Chefes, na maioria das vezes, tão ou mais despreparados que ele; 3. Pares que já não disputam mais poder e sim emprego.

Ele se vê sozinho, sem perspectivas e lidando com complexidades de difícil solução se for buscá-las na sua história, sem planejamento de sua própria vida de curto prazo e sentindo revezes na qualidade de vida. Precisa de um novo recomeço ou vai experimentar o peso do declínio da vida profissional, com certeza!! Entender que gerente não é mais um cargo, mas sim uma profissão, já é um bom início. Se considerar dessa forma, como em toda profissão, você precisa ser o melhor nela e, para atingir este estágio, precisa estudar e praticar conceitos, técnicas, táticas e até alguns truques (novos). Como em toda profissão, você precisa ser o melhor. Estudar não é dar uma lidinha em algum pseudo livro de gestão de pessoas, estudar é ir aos fundamentos e descobrir como lidar de uma maneira nova e autêntica com as pessoas (novas, de qualquer idade) que lhe cercam. É buscar as metodologias que lhe

garantem esse caminho – você leu certo, eu disse metodologia, sério mesmo, existem metodologias para isso. Não se conforme com o que você já sabe sobre isso, você aprendeu no ontem sobre como lidar com as situações de ontem e precisa saber lidar com as situações de amanhã, com pessoas novas, organizações novas e, infelizmente, com chefes antigos!!!! É a vida!! Como dizia minha mãe!

Pedro Mandelli é consultor na área de mudança organizacional, sócio-diretor da Mandelli Consultores Associados, é professor da Fundação Dom Cabral e autor do livro Muito além da hierarquia.

Leia mais sobre o assunto em: Vida e Carreira – Um equilíbrio possível? Pedro Mandelli e Mario Sergio Cortella Editora Gente – 2001

Nesta obra, os autores buscam desvendar como conciliar de maneira satisfatória a vida pessoal e familiar com uma carreira bem-sucedida. Cortella e Mandelli defendem que não se trata de utopia, ao mesmo tempo que buscam ressaltar que vida pessoal e profissional são elementos que compõem o cotidiano. O livro oferece respostas para diversas questões: ‘como lidar com os problemas no trabalho sem ser atropelado pelo estresse?’ e ‘como responder ao alto nível de demanda familiar se há sempre trabalho acumulado à nossa espera?’. Além disso, diversos temas passam em revista – a trajetória profissional e a construção da carreira; as conexões entre estabilidade e segurança; valores e felicidade; a contribuição da tecnologia, entre outros.

Muito Mais que uM clube de eMpresários, uMa oportunidade de cresciMento. Participando do Clube N você tem acesso a uma rede de empresas de alto desempenho, com o mesmo objetivo: Trocar experiências e promover as melhores práticas de gestão, além de bate-papo com consultores, autores de livros e personalidades da área de gestão empresarial. Associe-se e comece a produzir maiores resultados. agosto / setembro 2013

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Etc

[Entretenimento, trabalho, casa]

por Renata Araújo

Give peace a chance! Dê uma chance à paz John Lennon Two, one two three four Ev’rybody’s talking about Bagism, Shagism, Dragism, Madism, Ragism, Tagism This-ism, that-ism, is-m, is-m, is-m. All we are saying is give peace a chance All we are saying is give peace a chance C’mon Ev’rybody’s talking about Ministers, Sinisters, Banisters and canisters Bishops and Fishops and Rabbis and Pop eyes, And bye bye, bye byes. All we are saying is give peace a chance All we are saying is give peace a chance

Vamos lá Todos estão falando sobre Ministro, sinistros, corrimãos e recipientes, bispos, peixes bispos, coelhos, olhos abertos, e bye bye, bye byes. Tudo o que estamos dizendo é dê uma chance à paz Tudo o que estamos dizendo é dê uma chance à paz

Let me tell you now Ev’rybody’s talking about Revolution, evolution, masturbation, flagellation, regulation, integrations, meditations, United Nations, Congratulations. All we are saying is give peace a chance All we are saying is give peace a chance

Deixe eu te dizer agora Todos estão falando sobre revolução, evolução, masturbação, flagelação, regulação, integrações, mediações, Nações Unidas, Parabéns. Tudo o que estamos dizendo é dê uma chance à paz Tudo o que estamos dizendo é dê uma chance à paz

Ev’rybody’s talking about John and Yoko, Timmy Leary, Rosemary, Tommy Smothers, Bobby Dylan, Tommy Cooper, Derek Taylor, Norman Mailer, Alan Ginsberg, Hare Krishna, Hare, Hare Krishna All we are saying is give peace a chance All we are saying is give peace a chance

Todos estão falando sobre John e Yoko, Timmy Leary, Rosemary, Tommy Smothers, Bob Dylan, Tommy Cooper, Derek Taylor, Norman Mailer, Alan Ginsberg, Hare Krishna Hare Hare Krishna Tudo o que estamos dizendo é dê uma chance à paz Tudo o que estamos dizendo é dê uma chance à paz

Dicas do Prof. Renato Alves 24

Dois, um, dois, três, quatro todos estão falando sobre Bagismo, Shaguismo, Draguismo, Madismo, Ragismo, Tagismo esse ismo, aquele ismo, ismo, ismo Tudo o que estamos dizendo é dê uma chance à paz Tudo o que estamos dizendo é dê uma chance à paz

“Se você é um profissional e vive uma rotina estressante, saiba que esse estilo de vida é prejudicial à memória, e por isso deve-se fazer muita prevenção. Evite contrair dívidas, entrar no cheque especial, assumir tarefas e compromissos que imagina que não conseguirá cumprir, pois isso pode aliviar, e muito, a pressão em seu consciente e, consequentemente, em sua memória. Manter relacionamentos abertos, sinceros, éticos e saudáveis, evitando acumular frustrações e mentiras, evita a limitação de seus atos junto a outras pessoas.”

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Roberto Shinyashiki

Dicas de campeão

Segredos do sucesso “Existe final neles.”

Para entender as características dos campeões, trabalho. Será que ele sabe dirigir uma carreta? podemos usar a metáfora de um motorista de Se não tiver competência, vai acabar batendo o caminhão e ficando no meio do caminho. caminhão tendo de entregar uma carga. Um objetivo claro é como um endereço bem de- E você? Como você está em relação à sua profisfinido que facilita a vida do motorista para levar são? Tem objetivos bem definidos? Tem um cao produto a seu destino. O motorista que não minho para chegar lá? Está comprometido para tem um destino definido acaba gastando energia fazer o que for preciso para obter sucesso em desnecessariamente, e muitas vezes ele para no seu projeto? Tem competência para transformar seus sonhos em resultados? meio do caminho. Bem, o seu motorista tem o endereço correto, Pare por alguns minutos e reflita sobre essas ideias. Veja o que precisa ser agora ele precisa ter um plano feito para que seus esforços se para chegar lá. Motoristas que transformem em resultados. ignoram o caminho também Sempre podemos evoluir e dão voltas desnecessárias e gas“Veja o que criar os recursos necessários tam tempo sem saber como reprecisa ser feito para para termos sucesso. alizar sua meta. que seus Quando analiso a trajetória dos Digamos que o nosso motorista esforços se campeões em qualquer área de conhece a meta, sabe o camitransformem profissão, percebo que existe nho. Agora, ele precisa gostar em resultados. algo maior na maneira como de trabalhar, senão não vai se Sempre eles veem a organização de seu comprometer com a tarefa. podemos trabalho. Finalmente, ele tem o endereevoluir e criar Alguns são extrovertidos, como ço, sabe como chegar lá, quer os recursos necessários o Fernando Scherer, da natafazer isso, mas precisa também para termos ção, ou o Ronaldinho Gaúcho. de competência para realizar o

sucesso.”

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“O objetivo profissional mostra o que a pessoa quer da vida; a estratégia mostra como; o trabalho consistente é o porquê.”

alegria da Hebe Camargo comandando seu programa anos a fio. Eu me lembro de uma vez em que eu estava em seu programa e um grupo de fãs queria forçar o cordão de isolamento para beijá-la. Ela foi até lá e pediu que os seguranças deixassem o pessoal passar. Beijou todo mundo e quando terminou o intervalo voltou correndo para o grupo de entrevistados, comentando: tem coisa melhor do que beijo de fã? Outros são calados, como o Scheidt, do iatismo, ou Ver a Hebe trabalhar era uma lição de vida... o Rivaldo, do futebol. Alguns estimulam a gestão Outra maneira de entender essas características é participativa, outros são centralizadores, querem pensar que o objetivo profissional mostra o que a pessaber de todos os detalhes. Alguns gostam de apa- soa quer da vida; a estratégia mostra como; o trabalho recer na imprensa e outros se escondem do públi- consistente é o porquê; trabalhar é a forma de realizar co. Se pensarmos dessa maneira, poderemos ima- sua missão de vida; e a competência superior são as habilidades necessárias para realizar seus objetivos. ginar que eles não têm nada em comum. Observando tantas pessoas na realização de seus so- E você? Como você lida com a sua vida profissional? nhos, deu para perceber que os campeões têm em Você cultiva essas características? comum essas quatro características de que falamos. Esses são seus verdadeiros segredos do sucesso. Um belo exemplo de uma pessoa com objetivos Roberto Shinyashiki Psiquiatra e escritor, é empresário, palestrante, Doutor em Administração de Empresas pela Faculdade de Economia, Administração e definidos é Carlos Nuzman, presidente do Comitê Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) e autor de vários livros. Olímpico Brasileiro, com quem tive a honra de trawww.shinyashiki.com.br balhar. Ele decidiu que quer ver o Brasil uma potênConheça o novo best seller de Roberto Shinyashiki: cia olímpica e só vai morrer quando esse sonho se Os segredos das apresentações poderosas tornar realidade. Cada um de seus dias é dedicado a Roberto Shinyashiki Editora Gente pensar uma maneira de melhorar o esporte nacional. Juscelino Kubitschek de Oliveira, o grande presiInfelizmente, muitos profissionais competentes dente do Brasil, tinha um foco inabalável: indusfracassam por não saberem se comunicar de modo convincente. Talvez, neste momento, você esteja trializar nosso país. E essa meta tinha uma estratépreocupado com as apresentações que tem de fazer gia bem clara, da qual fazia parte levar a capital do em seu trabalho, ou esteja chateado porque teve um desempenho sofrível em uma oportunidade imporBrasil para o centro do país. Ele, então, com muito tantíssima para sua carreira. sacrifício, criou Brasília. Neste livro, Roberto Shinyashiki, com sua experiência de mais de 30 anos como palestrante profissional, vai ensinar todos os segredos para organiÉ uma dádiva quando você encontra uma pessoa zar e fazer apresentações de impacto. Para ser bem-sucedido, não basta falar bonito, é preciso arrebatar as pessoas que o ouvem para a ação que com prazer de trabalhar. Era muito lindo ver a você quer que elas façam.

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Produtividade

Responde:

Christian Barbosa

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O que faz uma equipe ter alta produtividade?

Alta produtividade não nasce da noite para o dia “Você pode ter os melhores processos, metas, sistemas, mas são as pessoas que fazem a diferença.”

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Equipes são a unidade essencial de qualquer empresa, pessoas que trabalham juntas por um objetivo comum. O problema é que nem sempre as equipes conseguem “performar” da melhor forma e isso causa uma série de problemas aos líderes e falhas na execução da empresa. Nos últimos meses, estou tendo a oportunidade de acompanhar diversas equipes, mapeando seus gaps e sucessos na execução e, se eu pudesse mapear alguns fatores que fazem a equipe ter uma alta produtividade, eles seriam:

sa saber nem resolver tudo, ele precisa dar espaço para a equipe e com isso utilizar o potencial do grupo. Foco nas pessoas e não no resultado – Nada

contra gestão por objetivos ou similares, mas as equipes dão certo pelas pessoas que as compõem. Você pode ter os melhores processos, metas, sistemas, mas são as pessoas que fazem a diferença. Quando a equipe tem pessoas valorizadas, vistas com seus problemas e competências, e que têm chances para o aumento de seu equilíbrio pessoal e relacionamentos Os líderes fazem a diferença – Se puder importantes, a coisa flui diferente. comparar uma “equipe ruim” e uma “equipe fantástica”, o líder é a primeira ponta. Líde- A comunicação é aberta – Esse é um dos res negligentes não fazem a coisa acontecer, pontos mais difíceis e também mais intelíderes urgentes matam a produtividade da ressantes das equipes de alta produtividade. equipe. Líderes egocêntricos matam o pro- Quando a comunicação é aberta, direta, hopósito do time. Por outro lado, líderes que nesta e objetiva, a coisa funciona. Equipes suportam, dão empowerment, estabelecem onde a comunicação tem barreiras, onde modelos de comunicação, definem priorida- tudo se resolve por e-mail ou com reuniões, des claras e dão o poder de decisão ao time onde falar com o líder exige um “protocolo”, fazem a coisa acontecer. O líder não preci- a produtividade fica truncada. NRespostas

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Elas gerenciam o tempo – Quanto mais efetivas

individualmente as pessoas são, mais a equipe aumenta sua performance. Se uma pessoa não consegue lidar com seus e-mails, não sabe planejar, não consegue priorizar, não consegue se organizar etc., ela acaba comprometendo a performance de todos. Gerenciar tempo é uma competência individual que no grupo traz resultados incríveis.

Elas erram – Equipes maduras e de alta produtividade erram e a cada erro alguém se prontifica a mapear, identificar as origens e a solucionar o erro. Todo mundo erra, processos podem estar errados, sistemas podem ter erros. O erro é muito bem-vindo nessas equipes, com a diferença de que ele servirá para ajudar a equipe a ajustar a rota, evitar que novas urgências apareçam e servirá como exemplo de melhores práticas. A negligência ou aceitação do erro é que faz o erro ser um “erro”. Nenhuma equipe possui alta produtividade cons-

“Nenhuma equipe possui alta produtividade constantemente, existem flutuações e lacunas em alguns momentos. Isso é normal.”

tantemente, existem flutuações e lacunas em alguns momentos. Isso é normal. O que faz a diferença no resultado é a maturidade do grupo, a capacidade de saber o que é importante, de se comunicar de forma adequada, de utilizar o tempo da forma correta e de lidar com seus problemas. Essas características não nascem da noite para o dia, elas são construídas ao longo do tempo, com muita persistência, treinamento e ferramentas. Qualquer equipe pode se transformar em uma equipe de alta produtividade, basta que os líderes tenham interesse e que a empresa dê espaço nesse sentido.

Christian Barbosa é conferencista, empreendedor e sócio da Triad Consulting – empresa global de treinamento, consultoria e produtos especializada em produtividade – e master practitioner em Programação Neurolinguística. www.christianbarbosa.com.br

Se você não conhece a gente, Sorte Sua. talvez SeuS concorrenteS também não. Quem já montou uma empresa sabe muito bem que no começo é assim mesmo, pouca gente conhece o seu trabalho. mas essa é a oportunidade de sair na frente da concorrência e, com criatividade, conquistar seu público.

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Pergunte ao Coach

Responde:

Homero Reis

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Quando preciso tomar uma decisão realmente importante, por vezes, tenho vontade de não precisar fazê-lo. O senhor pode me dar alguma dica de como enfrentar esses momentos?

Um novo olhar para as

decisões

“Ingenuidade é pensar que, com o tempo, teremos acesso a uma decisão perfeita. Decidir e sustentar a decisão são a chave do futuro.”

As decisões são essenciais para todos nós. Decidimos a todo o tempo, conscientes ou não disso. Na verdade, as decisões constroem os futuros que iremos percorrer. Toda decisão tem em si o germe da dinâmica da vida. Sem nenhuma pretensão de encontrar a verdade final sobre este tema, quero compartilhar com você o meu modo de ver. Para mim, uma decisão existencial segue uma sequência de cinco etapas. Senão vejamos:

Etapa 1: O chamado.

Ocorre quando a transparência da vida é interrompida. Esse momento é mais visível quando estamos diante das grandes encruzilhadas da vida, no entanto, nos micromomentos da vida também temos que fazer escolhas. E essas são percebidas quando o que temos, que em algum momento foi muito 30

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bom, já não nos serve mais. Etapa 2: A eminência.

Começamos a perceber as forças internas que nos pressionam em diferentes direções. Esse confronto nos leva a postergar as decisões, a procrastinar as escolhas e, se não ficarmos atentos, geram imobilismo na vida. Devido às múltiplas opções, queremos encontrar a “decisão certa” e, assim, não fazemos nenhuma escolha. Temos que compreender que não existem “decisões certas”; existem escolhas com as quais nos comprometemos. O que está em jogo, nessa etapa, é a capacidade de discernir o grau de compromisso com a mudança e com o que ela requer de nós. O momento da eminência é o momento em que nos damos conta de que as decisões têm diferentes níveis de complexidade, mas que diante de qualquer uma, temos que fazer escolhas. www.nrespostas.com.br


Etapa 3: O ato de decidir.

Etapa 5: A ação e a contemplação.

É o momento da jogada estratégica, do xeque-mate, do “agora é pra valer”, com todas as implicações emocionais envolvidas. Ninguém decide a partir do sentimento de que o resultado da decisão será pior do que o que temos no presente. Nossas decisões partem sempre do pressuposto de que o futuro será melhor. Ingenuidade é pensar que, com o tempo, teremos acesso a uma decisão perfeita. Decidir e sustentar a decisão são a chave do futuro. O momento crucial de uma decisão requer escutar o futuro; daí a prototipação.

Nessa última etapa, recuperamos a transparência da vida com o valor agregado da experiência e da aprendizagem obtidas por termos vivido cada etapa da escolha. Tem gente que nunca toma decisões, vive postergando as escolhas, até que a vida e as oportunidades passam. O que “Tem gente sobra disso são ansiedades, que nunca ressentimentos e resignações. toma Esse novo olhar para as dedecisões, vive postergando as cisões requer retomarmos escolhas, até a responsabilidade sobre a que a vida e as vida, entendendo que jamais oportunidades seremos capazes de ter, ou de passam.” ser tudo; mas podemos ter uma boa combinação de possibilidades. Esse olhar restaura nossa saúde emocional e nos coloca de frente às inúmeras possibilidades de futuros. Meu compartilhamento, neste texto, é desafiá-lo a se conectar verdadeiramente com as escolhas que você tem feito, como as tem feito e quais os resultados tem obtido. Aí está o princípio da aprendizagem, da mudança, do crescimento e da maturidade. Fazer isso é recuperar os movimentos naturais da vida e aceitar as boas surpresas decorrentes de nossas decisões.

Etapa 4: A prototipação.

É o momento em que podemos olhar para a escolha que fizemos e como foi fazer tal escolha. Nesse trajeto aparecem diferentes sensações e diferentes emoções: dúvidas, medo, culpa, arrependimento, tristeza; ou ainda, alívio, orgulho, confiança, otimismo etc. Na prototipação, é possível nos darmos conta de que as coisas não são como esperávamos e, nesse caso, podemos ter o desejo de abandonar o caminho escolhido para voltar atrás. Mas, o que temos que perceber é que a decisão já foi tomada, o salto já se deu. Essa experiência já faz parte de nossa história. Não há como voltar atrás, a não ser por um outro processo de escolha. No entanto, o que se requer nessa etapa é a capacidade de Reflitam em paz! abandonar o que já não nos é mais adequado e Homero Reis aceitar a chegada do futuro que escolhemos. Se não gostei, a vida não pode voltar atrás, o que Homero Reis é bacharel em Administração de Empresas, mestre em psicanalista clínico, coach master e coach ontológico empreposso fazer é abrir novas possibilidades de esco- Educação, sarial e membro da International Coaching Federation. lha e decisão, aprendendo com o ciclo anterior. www.homeroreis.com agosto / setembro 2013

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Os meses de junho e julho foram marca- pelo clube de empresários da N Produções. dos por dois especiais eventos do Clube N: um A Rodada de Negócios apresentou formato Café & Contatos e uma Rodada de Negócios.

inovador e dinâmico de networking. Mesas

Durante requintado café da manhã, o profes- redondas, dispostas em uma confortável sala, sor Rivadávia Drummond, indicado para o proporcionaram ambiente propício a uma diprêmio “Best Business Professor of the Year”, nâmica em que todos os presentes puderam promovido pelo jornal The Economist, falou a apresentar suas empresas e conhecer as deassociados e a um seleto grupo de convidados mais. Em seguida, um momento de confratersobre os novos rumos da educação executiva. nização. Durante delicioso lanche, os particiInteragiu com os presentes, esclarecendo con- pantes puderam se aproximar de quem mais ceitos e respondendo a perguntas. Foi mais uma lhes despertou interesse, dando continuidade manhã de muito aprendizado proporcionada ao papo e agendando reuniões posteriores.

Esta e outras obras em exposição permanente. BACALHAU AO ZÉ DO PIPO Especialidade da casa. Servida aos sábados e domingos no prato ou buffet.

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Novos rumos da educação executiva no Brasil e rodada de negócios

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Fotos: N Produções

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Liderança

Responde:

Eugênio Mussak

contato@sapienssolucoes.com.br

Como saberei se estou preparado para assumir um cargo de liderança?

A escolha de liderar

- Excuse me. Meat, fish or pasta? Por um instante fui retirado da leitura do livro pela pergunta da aeromoça americana, que estava apressada em servir o almoço e queria saber se eu preferia carne, peixe ou massa. Fiz a minha escolha, para logo depois ouvir: - And for starter, soup or salad? Puxa, será que ela não ia parar de me fazer escolher? Ainda ia perguntar, claro, se eu preferia sobremesa, frutas ou queijos; se ia tomar vinho; se seria branco ou tinto; se a água seria com gás ou sem gás. Quando desisti de ler porque havia perdido a concentração, liguei a TV e tive que fazer vários comandos até chegar aos filmes, para então me dar conta de que tinha que optar entre drama, aventura, comédia, clássicos e sei lá mais o que, para então chegar a um imensa lista de filmes disponíveis. Tudo bem, pois a variedade de opções é o melhor sinal da liberdade e do progresso. Essa é a parte boa. A ruim é que ter que escolher acaba gerando um momento de ansiedade, pois a escolha sempre pressupõe renúncia. Eu não podia comer carne, peixe e massa. Não no mesmo voo. Tinha que escolher um e abrir mão de dois. “Assim é a vida”, pensei. Foi quando me dei conta de “Ser um líder é que o livro que estava lendo ter preparo para era o Hanbook of Leaderfazer escolhas e disposição ship, que tinha acabado de para assumir a comprar na Coop, a livraria responsabilidade de Harvard, e nele havia uma por elas.” abordagem sobre as escolhas 34

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estratégicas que os líderes tinham que estar preparados para fazer. Grandes líderes da História fizeram grandes escolhas que influenciaram a vida de muitas pessoas. E assumiram a responsabilidade por elas, para isso eram líderes. Sim, ser um líder é ter preparo para fazer escolhas e disposição para assumir a responsabilidade por elas. Sem essas duas qualidades não há liderança. E isso nos leva à primeira grande escolha que o líder tem que fazer: a de ser um líder. Como toda escolha pressupõe renúncias, ao escolher ser um líder (por exemplo, assumindo um cargo de gerente ou diretor), você está, ao mesmo tempo, abrindo mão do conforto de não liderar, de simplesmente seguir, obedecer, não ter que tomar decisões nem assumir grandes responsabilidades. Liderar é fazer escolhas, e quem não está disposto a fazê-las em nome de outros, e responder por elas, não está preparado para liderar. Mas tudo bem, alguém tem que liderar e alguém tem que seguir. Não deseja fazer escolhas? Faça voos curtos. Neles, a aeromoça só oferece uma barrinha de cereal. Fica mais fácil. Ainda que isso também seja uma escolha… Eugênio Mussak, formado originalmente em Medicina, é professor da FIA-USP e da Fundação Dom Cabral, nas áreas de Liderança e Gestão de Pessoas. Foi considerado pelas revistas Veja e Exame, como um dos palestrantes mais requisitados do país. É o diretor científico da Associação Brasileira de Recursos Humanos e integrante do comitê de criação do CONARH. Autor de centenas de artigos e de vários livros. Escreve mensalmente para revista a Você S/A sobre liderança e para a revista Vida Simples sobre comportamento. Além disso, tem um programa de entrevistas na Rádio Estadão/ESPN, chamado “Papo de Líder”. contato@sapienssolucoes.com.br *Texto publicado sob licença do autor, anteriormente publicado

na revista Você S/A. Editora Abril. Todos os direitos reservados.

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N Investimentos Lucas Gonçalves

Uma hora

a conta chega

e o gigante acorda

O povo foi às ruas. Não há como fugir desse assunto, principalmente quando falamos em economia, finanças, investimentos ou qualquer outro afim. E de fato não são R$ 0,20. Quem sabe o valor de R$ 0,20 não consegue entender o que pode U$ 1 bilhão, e um bilionário também não deve compreender o significado de R$ 0,20. Só que agora o grito foi tão sonoro que até o Zuckerberg (CEO do Facebook), um homem de U$ 20 bilhões, enxerga que tanto barulho não pode ser por R$ 0,20. Os tais vinte centavos começaram com o protesto dos estudantes, mas levaram os demais a pensarem em quantos reais caem de todos os bolsos enquanto a economia caminha em estilo tão combalido e sem perspectiva de melhora, quantos reais se perdem no ralo da corrupção, gastos excessivos e ineficiência da máquina estatal. Não dá para ficar sentado em casa assistindo ao jornal. É só fazer a equação, o colégio das crianças e o material escolar, o supermercado do mês, a revisão do automóvel, o plano de saúde, tudo parece tão mais caro, mas tão mais caro, que começa-se a duvidar que o salário aumenta todo ano. Como, se o poder de compra caiu? E agosto / setembro 2013

aquele recurso aplicado para uma “Parece que viagem, para renovar o guarda ninguém mais roupa? É, não deu! fala sequer Parece que ninguém mais fala seem proteger as economias, quer em proteger as economias, mas sim mas sim fazer contas para que os fazer contas recursos sobrevivam durante o para que mês. Assim não tem jeito, quem os recursos não tinha tempo, não se preocupasobrevivam va, quem se sentia blindado, todos durante o foram acuados pelo desempenho da mês.” economia e trapalhadas do governo. Então a massa foi devidamente fermentada e aquecida; e cresceu; e foi às ruas. Os governantes devem estar muito atentos a esses movimentos, pois são praticados por quem trabalha, quem movimenta a economia, quem gera riqueza. Esses são os que de fato pagam a conta, são os que formam o gigante Brasil. A diferença agora é que esse gigante quer cobrar também. Dessa forma, os que gastam vão ter que se preocupar em gastar em favor de quem paga, porque a conta, como sempre, chegou, mas dessa vez não conseguiram esconder do gigante. Lucas Gonçalves Araujo é formado em Estatística e pós-graduado em Agronegócios (UnB) e Negócios Internacionais (FEA/ USP). Agente Autônomo de Investimentos credenciado pela CVM, foi Analista Sênior na Diretoria Financeira e de Risco de Mercado no Banco do Brasil.

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Comportamento

Responde:

Carlos Hilsdorf

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Como devemos lidar com este excesso de mudanças que a vida contemporânea nos impõe?

Mudança:

algo que acontecerá através de nós ou apesar de nós! O aparentemente conhecido enigma da esfinge oferece uma extraordinária oportunidade para confrontarmos o desafio da mudança. Digo aparentemente conhecido porque, com frequência, poucas pessoas percebem a interessante e importante interconexão em que o “enigma da esfinge” nos remete à imagem da esfinge de Gizé na cultura egípcia, onde encontramos uma escultura com corpo de leão e cabeça humana, “A cabeça mas o enigma é formulado na racionaliza cultura grega, retratado em e encontra uma desculpa “Édipo Rei”, de Sófocles, duconvincente rante a narrativa em que Édipara não po decifra o enigma proposto mudar agora, a todos os que se aproximamesmo vam da esfinge: sabendo criatura pela manhã que o futuro Que tem quatro pés, ao meio-dia confronto com a mudança tem dois, e à tarde tem três? será inadiável.” Todos os que não acertavam a resposta eram estrangulados, daí o nome esfinge, já que em grego sphingo significa estrangular. Édipo reponde que tal criatura é o homem, que pela “manhã” engatinha, ao “meio-dia” caminha 36

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sobre suas pernas e “à tarde”, já ancião, apoia-se em uma bengala. Conta a narrativa que ao ouvir a resposta, a esfinge comete suicídio. Claro que o tema mereceria um tratado para explorá-lo em toda sua ampla dimensão filosófica, psicológica e “aplicações corporativas”, mas a título de degustação, consideremos... Os três períodos de tempo evidenciam as mudanças. Tudo tem seu ciclo, tudo se transforma o tempo todo. Como enunciava Heráclito, “Só a mudança é eterna!” A dualidade leão/homem evidencia a batalha entre nossos instintos mais básicos versus nossos instintos mais intelectuais. Muitas vezes “convencida” por nossos instintos mais básicos e mais sujeitos à inércia, a cabeça racionaliza e encontra uma desculpa convincente para não mudar agora, mesmo sabendo que o futuro confronto com a mudança será inadiável. Nós sabemos que as mudanças acontecerão através de nós ou apesar de nós, mas preferimos deixar que a cabeça evite acordar o leão adormecido, permanecendo inertes, impotentes, alheios à dinâmica da vida e dos negócios... Pense no poder de um ser com “força de leão” e a amplitude do intelecto humano se ambas as dimensões www.nrespostas.com.br


estivessem somadas e focadas em extrair o melhor do melhor! Quer um gênio? Aqui você tem uma definição: aquele que com a disposição de um leão utiliza seu intelecto focado e comprometido em vencer cada batalha até que o objetivo da “perfeição” seja atingido! Alguém que venceu o enigma da esfinge... Quando deciframos aquilo que nos aflige e tem sobre nós “poder de vida e morte” (psicologicamente falando), é o próprio “monstro” quem se suicida (perde o poder e a existência). Falamos muito sobre mudança, mas mudamos muito pouco, aguardamos como um leão satisfeito com vasta refeição, até que sintamos “fome” novamente. Contudo, não realizar as mudanças desconfortáveis, mas necessárias, faz surgir dentro de nós o monstro da ansiedade... Precisamos ser movidos pela “fome” da razão que sabe que o que nos incomoda na mudança é o trabalho, o desconforto, a descoberta de que não estava tudo tão bem como gostamos de nos iludir que estava. O que nos incomoda na mudança é sabermos que tudo é cíclico, que o tempo é exíguo e que percebemos mais seu caráter limitado quando estamos ati-

vamente empenhados em viver ao “Não realizar invés de simplesmente sobreviver. as mudanças desconfortáveis, Aderimos de imediato às mudan- mas necessárias, ças que percebemos que requerem faz surgir dentro pouco esforço e nos trarão mais de nós o monstro conforto. Já das que requerem bas- da ansiedade...” tante esforço e nos causam grande desconforto até serem totalmente incorporadas, fugimos, usando o máximo da nossa criatividade para fazê-las parecer inoportunas e desnecessárias. A esfinge adverte: decifra-me ou devoro-te! Ou promovemos a autodestruição da esfinge frente à nossa coragem em desvendar-nos, ou estamos promovendo a nossa própria autodestruição. A mudança acontece através de nós ou apesar de nós; a linguagem do tempo não perde sua eloquência porque nos fingimos de surdos. Carlos Hilsdorf é considerado um dos melhores palestrantes do Brasil na atualidade. Economista, pós-graduado em Marketing pela FGV, consultor e pesquisador do comportamento humano. Palestrante dos Congressos Mundiais de Administração (Alemanha e Itália). Autor dos best sellers Atitudes Vencedoras, apontado como uma das 5 melhores obras do gênero, e 51 Atitudes Essenciais para Vencer na Vida e na Carreira. Referência nacional em desenvolvimento humano. Site: www.carloshilsdorf.com.br – Twitter: @carloshilsdorf

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Mario Sergio Cortella

Filosofando

Felicidade

Q

foi-se embora?

uando tinha dezessete anos, o jovem Lupicínio Rodrigues, nascido em Porto Alegre no mesmo dia que Paulo Freire, 19 de setembro, só que 7 anos antes, em 1914, compôs música memorável chamada Felicidade, regravada um dia por Caetano Veloso, em 1974, mesmo ano da morte do gaúcho. Lembra do começo? Felicidade foi-se embora / E a saudade no meu peito ainda mora / E é por isso que eu gosto lá de fora / Porque sei que a falsidade não vigora. E aí? Tristeza não tem fim, felicidade sim? Já abandonamos o desejo de vida feliz? Agora é só competir, enfrentar, vencer, derrotar? É a guerra da vida? Ora, a sobrevivência da espécie humana só foi possível por conta da capacidade de cooperação entre seus indivíduos. Para continuarmos, a missão é vivermos juntos e em paz. Às vezes, quando se fala do homem primitivo, que é o homem pré-histórico ou o “homem das cavernas”, muitos o imaginam como de violência. Mas pela perspectiva da “Somos homem antropologia, preciso lembrar que a grande um animal valia da nossa éespécie, quando estávamos nos frágil, e estruturando, foi a capacidade de cooperação. a nossa fragilidade Nós não fomos um animal que trouxe a comé tão petição como modo de vida. Aliás, se não fôsgrande que semos um animal cooperativo não teríamos nós temos sobrevivido. As outras espécies que são mais de viver fortes que nós, mais velozes que nós, têm mais juntos o condições de sobrevivência. Somos um animal tempo todo frágil, e a nossa fragilidade é tão grande que nós para termos temos de viver juntos o tempo todo para tera força.” mos a força. 38

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Por isso mesmo é que somos animais gregários. O radical “greg”, em indo-europeu, significa “rebanho”. Temos de viver em rebanho, não no sentido de indiferenciação e comportamento disperso, mas, isso sim, no sentido de “juntos”. Por causa do “greg” é que a gente “congrega”, “agrega”, adora “congresso” e precisa ter cuidado para não “segregar”. Evidentemente, nada disso é projeto e caminho individual, o que coloca a necessidade de estudarmos juntos, de irmos atrás de quem nos ajude, conhece e, fundamentalmente, de dedicarmos mais tempo a isso. Senão, vai-se embora mesmo. Mario Sergio Cortella é filósofo e escritor, com mestrado e doutorado em Educação, professor-titular da PUC-SP (na qual atuou por 35 anos, 1977–2012), com docência e pesquisa na pós-graduação em Educação: Currículo (1997– 2012) e no Departamento de Teologia e Ciências da Religião (1977–2007); é professor-convidado da Fundação Dom Cabral (desde 1997) e ensinou no GVpec da FGV-SP (1998–2010). Foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo (1991-1992). É autor, entre outras obras, de “A escola e o conhecimento” (Cortez), “Nos labirintos da moral”, com Yves de La Taille (Papirus), “Não espere pelo epitáfio: provocações filosóficas” (Vozes), “Não nascemos prontos!” (Vozes), “Sobre a esperança: diálogo”, com Frei Betto (Papirus), “Liderança em foco”, com Eugênio Mussak (Papirus), “Viver em paz para morrer em paz: paixão, sentido e felicidade” (Versar/Saraiva), “Política: para não ser idiota”, com Renato Janine Ribeiro (Papirus), “Vida e carreira: um equilíbrio possível?”, com Pedro Mandelli (Papirus), “Educação e esperança: sete reflexões breves para recusar o biocídio” (PoliSaber).

Leia mais sobre o assunto em: Não se desespere! (Provocações filosóficas) Mario Sergio Cortella Petrópolis: Vozes, 2013, 140 páginas

Já disponível nas livrarias, a nova obra do Prof. Dr. Mario Sergio Cortella, Não se desespere! é a terceira dele com provocações filosóficas sobre educação, religião, ética, política e, claro, a própria filosofia; completa trilogia publicada pela Editora Vozes, com a primeira Não espere pelo epitáfio..., lançada em 2005 (hoje na 12ª edição), e Não nascemos prontos! (de 2006, com a 15ª edição no prelo).

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HÁ 50 ANOS A BRASAL ESTÁ PRESENTE NA VIDA DE BRASÍLIA.

Na hora de escolher um carro novo, nas celebrações que acontecem pela vida afora, na realização do sonho de comprar um apartamento ou simplesmente para abastecer o seu carro, há 50 anos a Brasal está presente no dia a dia do brasiliense. Isso porque ela representa grandes marcas como Volkswagen, Coca-Cola, Heineken, Sucos del Valle, Shell e BR. Mas o que fez a Brasal chegar até aqui como uma das empresas mais respeitadas da região CentroOeste foram e continuam sendo as pessoas. Gente que acredita no futuro, apaixonada por Brasília, como nós. É com essas pessoas que vamos continuar caminhando, buscando inovação e qualidade, sempre olhando para frente. w w w. b r a s a l . c o m . b r

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