soluções para o mundo empresarial Roberto Shinyashiki
Mario Sergio Cortella
Dance a noite inteira!
As contas que são da nossa conta!
Ano VI • Nº 30 • outubro / novembro 2013 • R$ 8,90
Inovação: geração de valor, tecnologia e modelo de negócios
Entrevista exclusiva com
Eduardo Ferraz outubro / novembro 2013
Pedro Mandelli Aprenda ou morra!
Augusto Cury O princípio da sabedoria na filosofia e na psicologia NRespostas
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A P R E S E N T A
Em novembro: uma seleção de campeões no Top 10 empresarial
A Construção do Sucesso
Oscar Schmidt
Conteúdo Manter o foco nos objetivos; Agir com disciplina e determinação Qual o perfil das pessoas de resultados? Quais as atitudes das pessoas de resultados? Como conquistar a motivação pessoal e coletiva? O papel do treinamento nas conquistas.
Inovação e Criatividade
Hans Donner
Conteúdo O Design da Inovação; Brasilidade e Criatividade; Talento, Criatividade e Equipe A Construção da Marca mais Valiosa do Brasil Valores que agregam a Marca O poder do sonho e da persistência
26 de novembro de 2013, às 18h, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães Patrocínio
Informações e vendas:
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Apoio
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Carta ao Leitor N Palavras
Inventar, criar, mudar ou inovar? Caro leitor,
prar nosso serviço e quais/quantos resultados teriam ao fazê-lo. Chegamos a N Produções se aproxima do seu ao ponto de receber e-mail de cliente décimo ano de vida, então, é um monos agradecendo pela insistência, pormento de avaliação, retrospectiva e que, sem ela, não saberia – e agora projeção para os próximos 10 anos sabe – o quanto isso é importante para de história. a sua empresa! Sempre que penso no tema inovaEm 10 anos de história, inovamos em ção, por incrível que possa parecer, processos, na prestação de serviços, associo essa palavra a problema/dor em nossos canais de comunicação e – acho que por causa do conturbado em nosso modelo de vendas. Tudo foi início do negócio. Completamente objeto de mudança e melhoria de forendividado, vendo o barco afundar, ma contínua. Dez anos depois, posso em meio à falta de perspectivas, coloquei na cabeça garantir, saímos do vermelho, somos lucrativos e teque era preciso inovar, fazer diferente o que vinha fa- mos uma empresa que é referência no Brasil, apontada zendo para obter os resultados que gostaria de ter. Isso por todos os palestrantes brasileiros (que conhecem as é lógico e batido. Mas, pelo que entendo, hoje todas as outras do setor) como a melhor do país. pessoas de uma organização deveriam estar pensando Se você me perguntar se o que a N Produções fez foi e trabalhando em mudanças, melhorias para o seu se- inventar, criar, mudar ou inovar, eu não saberei lhe tor, área ou empresa. Isso não deveria ser alvo de um responder tecnicamente. Provavelmente, de tudo isso pequeno grupo nem, muito menos, ser objeto de bus- fiz um pouco. O que eu vou saber responder é que, ca apenas em momentos de dificuldades ou de crise. iguais a mim, a esmagadora maioria de empresas braVeja que interessante, em uma de minhas primeiras sileiras – pequenas, médias, grandes, públicas ou prireuniões em 2005, com o esboço do Top 10 Em- vadas – também não sabe e ainda está no “maternal” presarial embaixo do braço, fui visitar um dono de da criação de uma cultura de inovação. Não sabe que construtora que, ao final do nosso encontro, estava essa cultura irá gerar valor e sustentabilidade ao cresencantado com o projeto, mas me disse: “José Paulo, cimento, aos seus negócios. Espero que você, caro aqui em Brasília isso não vai dar certo. Aqui não te- leitor, pense nisso e comece a inovar sem medo de mos empresas; vá para São Paulo porque lá você terá errar. Você está no caminho certo dando esse primeimuito sucesso!” De certa forma, hoje eu entendo o ro passo. que ele me disse. Estava me falando que não havia demanda para o nosso projeto, e ele tinha razão. Ele Um abraço, não tinha razão, ou melhor, compreensão, era de que poderíamos gerar a demanda. Praticamente ensinamos aos nossos clientes o valor de se investir em treinamentos. Ensinamos como comJosé Paulo Furtado Diretor da Revista N Respostas twitter.com/jpnproducoes outubro / novembro 2013 josepaulo@nproducoes.com.br
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Envie seus comentários, sugestões, informações, críticas e perguntas: SHCGN 704/705, Bl. E, nº 17 Ed. Mª Auxiliadora, sala 401 CEP 70730-650 Brasília-DF Tel./Fax: 61 3272.1027 e-mail: leitor@nrespostas.com.br
N Respostas é uma publicação da N Produções www.nproducoes.com.br Diretor-Executivo: José Paulo Furtado Direção de Arte/Editoração: Letícia Marchini arte@nrespostas.com.br Editora-Chefe: Renata Araújo redacao@nrespostas.com.br
“Caros amigos da equipe N Respostas, desculpo-me pela intimidade em nomeá-los amigos, mas o fato de ler as edições que espero sempre com alguma ansiedade faz-me parecer que já somos próximos de alguma maneira. Bom, quero parabenizá-los pelas boas escolhas de temas e colaboradores. Já estive em algumas palestras e é muito bacana poder ouvir e ver ao vivo, estar presente, vivenciar a fala e até o humor do palestrante. Mas a versão da revista impressa ou digital acaba sendo um amigo que está ali próximo para uma dúvida, um esquecimento que de repente nos surpreende. E com a revista posso consultar quando e quanto quiser. Alívio. Como disse, aprecio as palestras e a revista, mas confesso que sempre fico com uma pulguinha me azucrinando. Tudo que ouço e leio tem sido de fato vivenciado nas empresas e pelos profissionais? Se não todos, uma boa amostragem deles? Essas boas práticas e estratégias estão indo além da teoria? São tantas informações, inovações... Sempre me
lembro de Caetano: “quem lê tanta notícia?”. Pergunto porque, diferentemente do que leio e ouço, quando se vai para o real, o que se ouve na maioria das vezes são pessoas insatisfeitas com suas rotinas de trabalho, queixas de “lideranças” mal executadas, gerenciamentos equivocados, e por aí vai. Então, se me permitem mais uma vez a intimidade, pergunto: vocês têm alguma pesquisa feita com os diversos públicos de vocês? O gestor que investe na participação de sua equipe para assistir às palestras também passeia pelo corredor para saber como e quanto as mensagens ouvidas estão sendo apreendidas e vivenciadas? Se tiverem essas respostas., mais uma vez, parabéns, e uma sugestão: divulguem. Se não têm, que tal pensarem nessa possibilidade? Abraço e até logo.
Ana Lucia Scartezini.” analuciasss29@gmail.com
Jornalista responsável: Cid Furtado Filho DRT DF 1297 Revisão: Denise Goulart Fotografia: Telmo Ximenes • Ilustrações e fotos: Stock Photos • Imagem da capa: Tovovan - Stock Photos Reportagem: Renata Araújo Colaboradores desta edição: Augusto Cury • Christian Barbosa • Dado Schneider • Eduardo Ferraz • Eduardo Tevah • Homero Reis • Mario Sergio Cortella • Pedro Mandelli • Rivaldo Lopes • Roberto Shinyashiki Diretora Financeira: Ana Paula Abílio financeiro@nproducoes.com.br Diretor Comercial: José Paulo Furtado josepaulo@nproducoes.com.br
Como anunciar: 61 3272.1027, de 2ª a 6ª, das 9h às 18h josepaulo@nproducoes.com.br A N Respostas não se responsabiliza pelas ideias e opiniões emitidas nos artigos assinados. Tiragem: 20.000 exemplares.
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Índice Ano VI • Nº 30 • outubro / novembro 2013
capa 12. Inovação: geração de valor, tecnologia e modelo de negócios
por Rivadávia Drummond Neto
colunistas 18. augusto cury
Inteligência emocional e profissional
22. pedro mandelli
Além da hierarquia
26. Roberto shinyashiki
Dicas de campeão
38. mario sergio cortella Filosofando
Seções
3. N Palavras
9. entrevista Eduardo Ferraz 20. N Flashes
Quem passa pelos eventos da N Produções
24. eTc
Entretenimento, trabalho, casa
32. clube n
RESPOSTas 16. motivação – Dado Schneider
“Acomodada” ficava sua avó
28. comportamento – Eduardo Ferraz
Os “estressados” também são felizes
30. pergunte ao coach – Homero Reis
A raposa e a leoa
34. opinião jurídica – Rivaldo Lopes
Advocacia preventiva é o caminho
35. produtividade – Christian Barbosa
A onda do home office
36. liderança – Eduardo Tevah outubro / novembro 2013
Foco em resultados NRespostas
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Entrevista
Eduardo Ferraz Eduardo Ferraz é consultor em Gestão de Pessoas há 21 anos e especialista em treinamentos usando como base a neurociência comportamental. Acumula mais de 30.000 horas de experiência prática em empresas de vários segmentos. Seu mais novo livro, Seja a pessoa certa no lugar certo (Editora Gente), foi lançado no início de agosto e desde então está presente em praticamente todas as listas dos livros mais vendidos do país (Veja, Época, Folha de São Paulo, Publishnews). Para ele, muitas pessoas estão insatisfeitas ou frustradas por não terem certeza se estão no lugar mais adequado, uma angústia gerada pelo autoconhecimento limitado, que induz falsas expectativas, decisões equivocadas e, consequentemente, resultados ruins. Professor da N Escola de Gestão, Eduardo Ferraz, em entrevista exclusiva à N Respostas, fala sobre autoconhecimento, pontos limitantes, perfis comportamentais, dá dicas de como encontrar um trabalho que valorize as características mais marcantes de cada um e faz um convite ao leitor: seja a pessoa certa no lugar certo! por Renata Araújo
das pessoas não consegue identificar qual seria o “lugar certo” e esse é um enorme motivo de angústia e sofrimento.
tos fortes, para aproveitá-los ao máximo, mas também precisa ter plena consciência de seus pontos limitantes e ajustá-los. Ao estudar como se forSim! As pesquisas no Brasil apontam mou sua personalidade, o profissional que mais de 60% das pessoas gosta- Você afirma que o verá que existem comportamentos riam de fazer algo mais relacionado autoconhecimento é que podem ser alterados e outros à sua personalidade. Muita gente diz essencial para a vida quase imutáveis. Entender o que é que trabalha em um lugar em que profissional. Por quê? possível mudar e o que deve ser aceinão pode ou não consegue aprovei- Antes de mudar qualquer aspecto to será fundamental, pois a pessoa tar suas características mais mar- em sua profissão ou de seguir em poderá usar sua energia para obter o cantes e por isso se sente no “lugar uma nova direção, a pessoa precisa melhor de si, sem desperdiçá-la com errado”. O problema é que a maioria conhecer realisticamente seus pon- o que não vale a pena.
É grande o número de pessoas profissionalmente insatisfeitas no Brasil?
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[Entrevista]
conhecer suas motivações profissionais, seus talentos naturais, suas atitudes positivas e seus pontos limitantes. Esses cinco importantes aspectos da personalidade são bastante explorados no livro, inclusive Inconscientemente, distorcemos com cinco testes para que o proos fatos porque enxergamos o fissional possa saber como agir em mundo por meio de filtros, ou cada uma destas dimensões. vieses cognitivos, que nos levam a perceber as informações de O que motiva as pessoas? maneira parcial. Isso significa que vemos, sentimos e interpre- As pessoas têm cinco grandes motitamos o mundo diferentemente vadores profissionais: dinheiro, segudo que acontece na realidade. rança, aprendizado, reconhecimento Dito de outra maneira, criamos e autorrealização. O dinheiro está diroteiros mentais falhos que or- retamente ligado ao salário, às comisganizam nossa tomada de deci- sões, 13º salário, bônus e outros mesão. O problema é que, muitas canismos de recompensa monetária. vezes, um roteiro equivocado A segurança tem relação com a estanos leva a caminhos nos quais bilidade do emprego, as regras claras perdemos muito tempo – em e o bom ambiente de trabalho. O alguns casos, anos – ao insis- aprendizado é todo o conhecimento tirmos em empregos ruins, em proporcionado, seja pelos treinamenprofissões para as quais não temos tos formais ou pelo aprendizado informal, que se adquire no período de talento ou em negócios inviáveis. trabalho. O reconhecimento é como O que mais devemos o trabalho: proporciona aprovação solevar em consideração ao cial ao indivíduo, ou seja, elogios pútentarmos conhecer nosso blicos, promoções e reconhecimento. perfil comportamental? Por fim, a autorrealização tem a ver Existem quatro pilares estruturais com a satisfação que a pessoa tem ao na personalidade, também conheci- fazer aquilo que adora e tem talento dos como perfil DISC: Dominância, no trabalho. A intensidade de cada Influência, Estabilidade e Confor- uma delas tem diretamente a ver com midade. Esses quatro fatores fun- os desejos do indivíduo. Cada “fórcionam em diferentes intensidades e mula” é única e deve ser conhecida (há proporções em cada indivíduo. um teste dos motivadores no livro que foi, inclusive, publicado na veja.com) Além das características do para que o profissional entenda que perfil comportamental, o carreiras ou trabalhos tenham relação que mais a pessoa precisa com sua “fórmula motivadora”.
Você apresenta a tese de que as pessoas agem, em seu cotidiano, guiadas por “filtros mentais”. Como eles interferem em nosso comportamento?
“O problema é que a maioria das pessoas não consegue identificar qual seria o “lugar certo” e esse é um enorme motivo de angústia e sofrimento.” Os pontos limitantes, uma vez identificados, podem ser corrigidos? É difícil mudá-los radicalmente, mas é possível atenuá-los. Ponto limitante é um ponto fraco – área em que você tem pouca aptidão ou possui dificuldades – que está prejudicando seu desempenho. É essencial identificá-los e ajustá-los para que você não fique estacionado, pois eles funcionam como um freio de mão puxado e, em alguns casos, podem destruir sua carreira. Se, por exemplo, sua nota em organização pessoal é 0 (em uma escala de 0 a 10), você precisará se esforçar para ser, no mínimo, um nota 4. Isso será suficiente para neutralizar esse ponto limitante e permitirá que seus pontos fortes apareçam com muito mais intensidade. 10
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conhecer para ajudar nessa busca profissional?
O sucesso profissional está
Além de utilizar suas características relacionado a um trabalho mais marcantes, a pessoa precisará em que as características
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mais marcantes possam ser naturalmente aproveitadas? Sim. Imagine que você dirige um carro com um motor muito potente e que, no caminho até seu destino, encontra um morro íngreme com uma trilha de terra esburacada e enlameada. Se tentar subir o morro, precisará engatar a primeira marcha, gastar uma quantidade enorme de combustível, desgastar o motor e os freios, forçar a estrutura mecânica e, mesmo com todo esse esforço, provavelmente vai encalhar. Por outro lado, quando você dirige em uma estrada plana, bem conservada e conhecida, obtém desempenho máximo, em quinta marcha, com baixo consumo de combustível, e chega rapidamente ao destino, sem forçar seu carro. Isso significa que se você está em uma situação em que precisa usar características de personalidade que não possui, naturalmente gastará muita energia e seu desempenho será pífio. Quando você está em uma posição em que pode usar seu estilo natural, seu “veículo mental” se desgasta pouco e sua produtividade aumenta muito.
É possível tentar adaptar nossa personalidade para se adequar a um trabalho ou será um esforço inútil? outubro / novembro 2013
Sempre é possível ajustar alguns aspectos da personalidade para se adaptar melhor a um trabalho. Entretanto, esta “margem de manobra”, que os neurocientistas chamam de neuroplasticidade, chega no máximo a 30%. Se você gosta de pelo menos 70% do que faz no trabalho, provavelmente está no lugar certo. Os outros 30% são chateações, problemas e desconfortos que todo mundo tem em qualquer lugar.
Quando você tem um trabalho, atividade ou profissão que lhe dá oportunidades de fazer aquilo que você realmente gosta, sente-se bem e tem talento, a vida fica mais leve e você se sente mais disposto, mais motivado e tende inclusive a ser melhor remunerado. Isso realmente contribui para que você seja muito mais feliz.
Como seu livro pode contribuir para que o leitor seja “a pessoa certa no lugar certo?”
Todo esse processo de autoconhecimento exige muita dedicação, perseverança e coragem. Vale a pena enfrentar tudo isso?
Neste livro, forneço ferramentas baseadas nos conceitos mais modernos da neurociência comportamental, da psicologia aplicada e a partir de minha experiência de Vale muito a pena! O esforço é gran- mais de duas décadas em gestão de mas a recompensa é ainda maior. de pessoas. A obra oferece instruções claras, testes objetivos, metodologia lógica e, ao mesmo tempo, prática, que o ajudarão a escolher os empregos, as atividades e as profissões mais compatíveis com sua personalidade.
“Se você gosta de pelo menos 70% do que faz no trabalho, provavelmente está no lugar certo.”
Você preparou um treinamento especialmente com base o livro? Sim. Na prática, eu uso esta mesma teoria há muitos anos, mas os materiais estavam na forma de apostila. O livro tem uma didática que resume essa experiência em 200 páginas e o treinamento presencial se torna ainda mais proveitoso pois as pessoas interagem, tiram suas dúvidas e preenchem os testes em tempo real, ou seja, em cerca de 8 horas a pessoa sai com o “diagnóstico definido” e no dia seguinte já pode colocar muita coisa em prática. NRespostas
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Inovação:
geração de valor, tecnologia e modelo de negócios por Rivadávia Drummond Neto*
Recentemente, em um trabalho que reuniu 40 executivos seniores – vice-presidentes e diretores executivos – de uma grande organização de classe mundial, solicitei aos participantes que definissem a palavra/termo “inovação”. O resultado se apresentou na forma de mais de 50 defi“Quando não nições diferentes! Narro algo possuímos comum e rotineiro. Quando o mesmo não possuímos o mesmo quaquadro de dro de referências, dificilreferências, mente falamos a mesma líndificilmente gua e a organização se perde falamos na condução da iniciativa. Por a mesma que é tão difícil – até mesmo língua e a para os executivos mais senioorganização res – liderar a inovação em se perde na uma organização? Por que as condução da “Business Schools” do mundo iniciativa.” inteiro vêm fracassando em 12
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ensinar temas como criatividade, design e inovação, dentre outros? Por que os seus colaboradores trabalham tão pouco com o lado direito do cérebro? Conceituar “inovação” é tarefa árdua. O termo – via de regra – mais confunde do que ajuda. É frequentemente confundido com criatividade e invenção. Os grandes casos de sucesso envolvem a busca do Santo Graal na forma de inovações radicais que alteram rotas tecnológicas, mudam as regras do jogo e redefinem mercados e economias. Pouquíssimo valor é conferido à inovação incremental e pouco se comenta acerca da inovação no modelo de negócios. Por fim, inovação envolve risco, ambiguidade e incerteza. Alunos de “Business Schools” são treinados na busca da única resposta certa e executivos seniores em organizações são prisioneiros do sucesso de suas “máquinas www.nrespostas.com.br
de desempenho”, na perspectiva da tríade recursos-processos-valores. É minha opinião que a conceituação mais instigante de inovação é a proposta por Nicholas M. Donofrio, ex-Vice Presidente Executivo de Inovação e Tecnologia da IBM. De acordo com Donofrio, “inovação é a criação de mais valor na interface entre TECNOLOGIA e MODELO DE NEGÓCIOS”. Em outras palavras, quando falamos em inovação, a perspectiva única de inovação de produtos, serviços e processos é limitada. Precisamos pensar em um “Modelo de Inovação Estratégica” que contemple tecnologia e modelo de negócios, compreendendo suas seis alavancas: proposição de valor; cadeia de suprimentos; cliente-alvo; produtos e serviços; processos tecnológicos e tecnologias capacitadoras. outubro / novembro 2013
Modelo inovação estratégica: alavancas da inovação
Proposição de valor
Produtos e serviços
Cadeia de suprimentos
Processos tecnológicos
Cliente-alvo
Tecnologias capacitadoras
Fonte: D’avilla, Epstein & Shelton (2006)
*Rivadávia Drummond de Alvarenga Neto é reitor do Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH) e professor associado da Fundação Dom Cabral. Concluiu pós-doutorado na Faculty of Information Studies da Universidade de Toronto, onde é pesquisador convidado do Knowledge Management Research Centre (KMRC). Participou de programas executivos na Harvard Business School (Boston e Shanghai) e na Darden School of Business (Universidade da Virgínia). É considerado um dos melhores professores na área de negócios do mundo, segundo o jornal The Economist, concorrendo ao prêmio Best Business Professor of the Year, em 2012.
Para situar o leitor, é bom lembrar que o Ipod da Apple – quando do seu lançamento – era apenas mais um MP3 Player entre as muitas marcas ofertadas no mercado. Em outras palavras, uma inovação tecnológica apenas na alavanca produto. É só a partir do lançamento da Itunes Store que acontece a combinação de duas alavancas NRespostas
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Capa
do modelo supracitado: uma inovação de produto (tecnológica) associada a uma inovação na cadeia de suprimentos (modelo de negócios). Eis a combinação imbatível da Apple! Ipod + Itunes = geração de mais valor na interface entre tecnologia e modelo de negócios! Assim sendo, abrimos espaço para introduzir alguns dos temas que estão nas fronteiras da gestão: Business Model Innovation (ou inovação no modelo de negócios) e design thinking. Um dos trabalhos mais citados do momento é o “Business Model Generation” (BMG), de Alexander Osterwalder. A tese de doutorado de Osterwalder (“The Business Model Ontology: a proposition in a design science approach”) resgata uma tradição que há muito me interessa: ontologias em modelos de negócios. Ontologias são formas de representação do coFigura 1
Fonte: Osterwalder, 2004.
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Canvas
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Padrões
Os 9 componentes
Modelos de negócios desagregados
BMG
A cauda longa Freemium Plataformas multilaterais Modelo de negócios aberto
Insights dos clientes Ideação
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Design
Pensamento visual Protótipos Storytelling Cenários
nhecimento e podem ser expressas na forma de modelos, design, taxonomias, esquemas classificatórios, frameworks e telas ou quadros, dentre muitos outros. Enfim, trata-se de uma especificação formal e explícita de um conceito compartilhado. Por sua vez, “Modelos de Negócios” podem ser definidos como a forma pela qual uma organização cria, entrega e captura valor. BMG é exatamente isso: pela utilização de um “canvas” (quadro ou tela de pintura), temos uma linguagem compartilhada para descrever, visualizar, criar, avaliar, inovar e mudar modelo de negócios. A linguagem e o repertório necessários para o desenvolvimento iterativo de prototipagens de modelos de negócios inovadores é resumida na figura 1 1) Canvas: Para descrever, criar, inovar ou desa-
fiar o seu modelo de negócios, é fundamental a existência de uma linguagem/visão comum: um canvas com 9 componentes que explicam a lógica pela qual uma organização pretende capturar valor (e ganhar dinheiro!), a saber: (1) SC – Segmentos de Clientes (Customer Segments); (2) PV – Proposta de Valor (Value Proposition); (3) CN – Canais (Channels); (4) RC – Relacionamento com Clientes (Customer Relationships); (5) R$ – Fonte de Receitas (Revenue Streams); (6) RP – Recursos Principais (Key Resources); (7) AC – Atividades-Chave (Key Activities); (8) PP – Principais Parcerias (Key Partnerships) e (9) C$ – Estrutura de Custo (Cost Structure). Fonte: Osterwalder, 2004.
“Inovação envolve risco, ambiguidade e incerteza.” 14
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e Post-it), (iv) Prototipagem (em diferentes delos de negócios com características, arranjos escalas, no guardanapo, canvas, case ou teste e comportamentos similares: eis o que chama- de campo), (v) Contando Histórias (narratimos de “similaridades de padrões de modelos de vas para introduzir o novo, pensar o futuro, negócios”. O mérito do autor foi o de traduzir motivar e engajar pessoas) e (vi) Cenários e rascunhar cinco padrões conhecidos na litera- (descrevendo tipos diferentes de clientes ou cenários futuros). tura de modelos de negócios no Por fim, um trabalho que mecanvas com seus 9 componenrece atenção é “Designing for tes. Eis os cinco padrões que “Modelos Growth”, de Jeanne Liedtka e melhor representam a dinâmide Negócios Tim Ogilvie. Conheci Jeanne ca de modelos de negócios: (i) podem ser em um workshop na Darden modelos de negócios desagredefinidos School of Business e me engados: negócios de relacionacomo a forma cantei com sua modelagem de mento com o cliente, de inovapela qual uma “4 perguntas e 10 ferramentas” ção e de infrestrutura (“private organização que “costuram” três importanbanking” e telefonia móvel); (ii) cria, entrega tes perspectivas, a saber: Hua “Cauda Longa – bem descrito e captura mana (desejável), Tecnológica na obra de Chris Anderson com valor.” (possível), Negócios (viável) : o mesmo título (Ebay, Lego, Youtbe, Netflix, Facebook e Lulu.com); (iii) Plataformas Multilaterais – unem dois ou mais gru1 Visualization pos distintos, porém interdependentes, de clientes (Visa, Google e Microsoft); Concept 6 Development (iv) Free – pelo menos um segmento de 5 cliente substancial é capaz de se benefiJourney Assumption Brain2 Mapping 7 Testing 9 Customer storming Co-creation ciar continuamente de uma oferta livre de custos, além do padrão denominado 10 Learning Value Chain 8 Rapid Launch 3 Analysis Prototyping “Isca e Anzol” (jornais gratuitos como o Metro, Flickr e Skype) e (v) Modelo Mind 4 Mapping de Negócios Aberto – colaborando com parceiros externos para capturar e criar valor sistematicamente (P&G, a GlaxoSWHAT IS? WHAT WORKS? WHAT WOWS? WHAT IF? mithKline e Innocentive). 2) Padrões: A proposta aqui é descrever mo-
3) Design: Uma vez que você tem em
mãos o canvas com os 9 compoentes e já aprendeu sobre as similaridades dos modelos de negócios mais conhecidos, chegou a vez de começar a desenhar. É, é isso mesmo! Sua tela está em branco! Ouse, crie, desafie, melhore! Aprenda a pensar como um designer! Seis técnicas de design de modelos de negócios são ricamente exploradas, a saber: (i) insights dos clientes (usando o “Empathy Map”), (ii) Ideação (com as perguntas do tipo “what if”), (iii) Pensamento Visual e “Vivid Thinking” (fotos, rascunhos, diagramas outubro / novembro 2013
Com este novo repertório, empreendedores, empresários e executivos podem desafiar modelos de negócios ultrapassados, criar valor construindo novos modelos de negócios ou aperfeiçoando modelos existentes e libertar o poder oculto da cocriação, da colaboração e da inovação. O que vocês estão esperando? Mãos à obra! E não se esqueçam do lado direito do cérebro!
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Motivação
Responde:
Dado Schneider @dado4314
“Acomodada” ficava sua avó Pergunta @leitor_nrespostas O que mais motiva as pessoas e as tira de suas zonas de conforto?
“São inúmeras as razões que justificam a motivação de alguém para o trabalho. Mas 3 se destacam: reconhecimento, salário e espaço para falar e agir.”
DadoSchneider @dado4314 No séc. XX, havia uma campanha publicitária de um absorvente que dizia “Incomodada ficava sua avó.” Tratava sutilmente “daquele período”. DadoSchneider @dado4314 Hoje, o que mais os palestrantes ouvem como solicitação de conteúdo por parte dos RHs das empresas é que “tirem as pessoas de sua zona de conforto”. DadoSchneider @dado4314 É um paradoxo: hoje, a velocidade das mudanças aumenta cada vez mais. E também aumenta o número de pessoas acomodadas: e de todas as idades!... DadoSchneider @dado4314 O problema de motivação para o trabalho, no Brasil, é crônico: temos mais de 500 anos de cultura de ojeriza ao trabalho. Como se trabalhar fosse castigo. DadoSchneider @dado4314 No Brasil, temos diversas músicas em cuja letra o trabalho é tratado como um fardo, um castigo. “Hoje é sexta-feira” parece ser um grito de liberdade... DadoSchneider @dado4314 A maioria das pessoas deste país não gosta do que faz: da profissão mais nobre à mais desvalorizada, sempre se encontra alguém infeliz com o trabalho. DadoSchneider @dado4314 O trabalho enobrece, dá sentido à vida, permite inclusão social, permite que a pessoa melhore de padrão de vida... Mas muita gente pensa o contrário...
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DadoSchneider @dado4314 Dizem que a frase mais falada pelos trabalhadores brasileiros em todos os tempos foi “que horas são?”: o importante é quanto falta para parar de trabalhar.
“Ninguém que é acomodado cresce.”
DadoSchneider @dado4314 O feudalismo histórico no dia a dia de trabalho do brasileiro criou uma cultura de ódio ao chefe, raiva do patrão e aversão ao trabalho. Vai mudar um dia? DadoSchneider @dado4314 Quem odeia trabalhar, quando atende ao público, transfere esse sentimento para o inocente que será atendido, pois é nele que será descontada sua raiva. DadoSchneider @dado4314 Existe uma crise de gerência no Brasil: o cargo de “chefe” é encarado como um feudo, onde o senhor feudal é suserano e sua equipe são os vassalos. DadoSchneider @dado4314 Não há quase motivação no Brasil por parte de chefes no sentido de capacitarem seus subordinados. Boa parte do tempo dos chefes é “mandando fazer”. DadoSchneider @dado4314 Funcionário mal ou não orientado fica acomodado. Sem orientação, não há segurança. Sem segurança, ninguém se mexe, ninguém cria, ninguém ousa... DadoSchneider @dado4314 São inúmeras as razões que justificam a motivação de alguém para o trabalho. Mas 3 se destacam: reconhecimento, salário e espaço para falar e agir. DadoSchneider @dado4314 Dizem que reconhecimento é a maior razão para nos mantermos vivos. É exagero. Mas um bom tapinha nas costas e um elogio em público ajudam muito. DadoSchneider @dado4314 Uma regra antiga da gerência é “elogiar em público e criticar no particular”. Quando essa lógica é invertida, está-se criando uma pessoa acomodada. DadoSchneider @dado4314 Salário é algo que motiva para o trabalho – e muito. Mas não basta somente salário: é preciso reconhecimento e espaço para a pessoa se expressar. DadoSchneider @dado4314 Espaço talvez seja a maior força motriz. Se um chefe pergunta a seu subordinado “o que você acha/faria no meu lugar” cria espaço para alguém crescer. DadoSchneider @dado4314 Ninguém que é acomodado cresce. É preciso motivar de todas as maneiras. Mas a forma mais eficaz é pelo conhecimento. Motivação pelo conhecimento. DadoSchneider @dado4314 Da época do “incomodada ficava sua vó”, entramos na era “acomodada ficava sua vó”, pois, hoje, é impossível se acomodar. É perder chances e espaço.
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Dado Schneider é graduado em Comunicação e pós-graduado em Marketing pela UFRGS, mestre e doutor em Comunicação pela PUCRS; tem 35 anos de experiência em empresas como Claro, DM9, RBS,MPM; tem 28 anos de experiência como professor da UFRGS, PUCRS, Univ. Fernando Pessoa (Porto/ Portugal) e ESPM; hoje, é consultor de Comunicação e palestrante nacional.
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Augusto Cury
Inteligência emocional e profissional
O princípio da sabedoria na filosofia e na psicologia O ser humano e as sociedades modernas em que está inserido precisam de dois grandes choques, um choque filosófico e um psicológico, um choque da arte da dúvida e um da arte da crítica. Sem esses dois choques não há como dar um choque de gestão na psique. Comentei em outros livros que a dúvida é o princípio da sabedoria na filosofia. “É inacreditável como nos Diariamente, no silêncio de tornamos nossa mente, deveríamos uma casta de duvidar de tudo que nos pessoas passivas, controla. Deveríamos grisubmissas, tar sem soltar a voz. Devefrágeis, dentro de ríamos protestar, questionós mesmos.” nar, arguir, inquirir e até nos rebelar contra todos os estímulos de fora ou de dentro que nos aprisionam, imprimem dor desnecessária e geram instabilidade, desânimo, insegurança, insatisfação crônica. Mas onde se aprende a dar esse choque filosófico? É inacreditável como nos tornamos
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uma casta de pessoas passivas, submissas, frágeis, dentro de nós mesmos. Quase todas as ditaduras foram derrubadas com revoluções, ainda que fosse a revolução das ideias, sem derramar uma gota de sangue. Do mesmo modo, a ditadura dos pensamentos mórbidos, do humor depressivo, não se resolve sem a revolução do Eu, sem ter um Eu ativo que se rebela contra o cárcere psíquico, contra a armadilha do coitadismo, contra a masmorra do conformismo. Mas somos treinados a ser servos no único lugar em que deveríamos ser senhores. A crítica é o princípio da sabedoria na psicologia. Diariamente, precisamos do choque psicológico no silêncio de nossa mente, criticando, analisando, ponderando, aferindo, impugnando todos os estímulos sociais e psíquicos que nos controlam. É quase impossível sobreviver saudavelmente nessa sociedade agitada e consumista sem desenvolver o estômago psíquico saturado de enzimas da arte da dúvida e da crítica. Duvidar e criticar são ferramentas fundamenwww.nrespostas.com.br
“Duvidar e criticar são ferramentas fundamentais.”
tais para sermos atores ou atrizes principais do teatro psíquico. Sem a arte da dúvida, como questionaremos nosso roteiro, nosso estilo de vida, nossas ideias tolas? Sem a arte da crítica, como confrontaremos a ditadura do pensamento acelerado? Como gerenciaremos nossa agressividade e necessidade neurótica de poder? Através da arte da dúvida e da crítica todos os paradigmas irracionais, dogmas existenciais e pensamentos destruidores que compramos por preço de verdade passariam por um choque de gestão, seriam filtrados pelo Eu. O choque de gestão psíquica é um processo longo, mas fascinante. É tanto um processo educacional quanto psicoterapêutico. Mesmo pessoas que têm depressão, obsessão, síndrome do pânico e outros transtornos que se arrastam durante anos, se aprenderem a decifrar o código da gestão do intelecto, se usarem diariamente a arte da dúvida e da
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crítica, poderão dar um salto na expansão de sua saúde psíquica. Esse salto tem possibilidade de ocorrer independentemente do tratamento que estejam fazendo, se com psicotrópicos e/ou com psicoterapia, seja psicanalítica ou cognitiva/comportamental. Augusto Cury é médico, psiquiatra e escritor. É pesquisador na área de qualidade de vida e desenvolvimento da inteligência, abordando a natureza, a construção e a dinâmica da emoção e dos pensamentos. Sua teoria é usada como referência em teses de mestrado e doutorado. Atualmente, é publicado em mais de 50 países. Conheça o novo best seller de Augusto Cury: O código da inteligência Augusto Cury Editora Ediouro
Neste livro, o Dr. Augusto Cury descreve de maneira instigante os códigos da inteligência. Esses códigos são capazes de estimular tanto jovens como adultos a libertar a criatividade, expandir a arte de pensar, desenvolver saúde psíquica e a excelência profissional. O autor também descreve as armadilhas da mente em que facilmente caímos e que podem bloquear a inteligência. Sabemos muito pouco sobre o que é inteligência, como lapidá-la, expandi-la e irrigá-la. Com a leitura de O código da inteligência, nossos olhos serão abertos para uma abordagem inovadora sobre a inteligência. Alunos, profissionais, pais, professores e médicos ficarão surpresos com esta fascinante obra do Dr. Augusto Cury. As cortinas do teatro psíquico se abrirão.
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N Flashes
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6 2 1. Carlos Hilsdorf autografando seu livro “Revolucione seu negócio”, lançado em noite de Top 10 Empresarial. 2. Dado Schneider ensina os segredos da Geração Z. 3. Projeto N Social contempla a instituição Lumen Dei com doação na noite mais concorrida do ano. 4. Christian Barbosa em mais uma de suas turmas na N Escola de Gestão. 5. Mario Sergio Cortella, Carlos Alberto Julio e Pedro Mandelli, encontro de grandes líderes em noite de sustentabilidade. 3
6. Mandelli e Carlos Julio debatendo sobre os líderes que queremos em nossas empresas. 7. Cortella e Mandelli discutem o equilíbrio entre vida e carreira. 8. Washington Olivetto apresenta sua genial trajetória no Top 10 de agosto. 9. 130 alunos na turma do curso “A arte de liderar”, ministrado pelo filósofo Mario Sergio Cortella, na N Escola de Gestão. 10. Daniel Godri abrilhanta o projeto Top 10 Empresarial, em mais uma noite de auditório lotado de pessoas em busca da excelência.
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Fotos: Top 10 – Telmo Ximenes / Cursos – Fidélis Oliveira
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Autofoco Fotografia Profissional
O que eles dizem da N Produções:
Consultor, escritor e palestrante
Relações Públicas e Assessora Jurídica Ápice Down
Andrea Quadros
Eduardo Henrique M. Oliveira
“A N Produções é única! Única em seu profundo respeito e qualidade de atendimento a seus clientes, dedicando amor aos mínimos detalhes de cada evento. Única em sua ética e relacionamento profissional com os palestrantes, contratando-os, exclusivamente, por mérito, sem paternalismos ou apadrinhamentos. Trata-se de uma empresa de valor e legado incalculáveis!”
“A N Produções é uma empresa inovadora que acredita na educação como forma transformadora do SER HUMANO. Participar dos eventos promovidos pela N é investir em aquisição de conhecimentos, networking, ótimas oportunidades de fazer novos negócios e de recolocação profissional. Sou fã incondicional!”
“A Focus Consultoria e Treinamento Empresarial é associada do Clube N há 5 meses e estamos muito satisfeitos com o propósito do Clube de fomentar negócios e produzir resultados. Nas rodadas de negócios, palestras, almoços e cafés da manhã aumentamos nossa networking, novas oportunidades de negócios surgiram e já observamos os resultados deste investimento.”
Carlos Hilsdorf
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Diretor Executivo Focus Consultoria e Treinamento Empresarial
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Pedro Mandelli
Além da hierarquia
Aprenda
ou morra!
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ocês já devem ter ouvido a frase: a única constante são as mudanças! Eu não gosto dela e não concordo também. Obviamente, estamos num mundo em mutação e as organizações precisam se adaptar rapidamente a estes movimentos, mas não podemos nos esquecer de que elas precisam se adaptar a alguns dos movimentos e não a todos os movimentos. As empresas são desenhadas para operar, para trabalhar e não para mudar!!! Nas empresas, as mudanças devem ser consideradas como fenômenos e precisam ser “As empresas tratadas como tal. são desenhadas para ope- Não se deve ir mudando tudo a toda rar, para traba- hora e de qualquer forma. Cabe à lhar e não para organização escolher os seus projemudar!” tos de mudanças, desenhá-los, convidar as pessoas a participar e lidar com as recompensas decorrentes do alto nível de engajamento!! Mas não é isso que se vê por aí!! O que aparece são empresas inteiras com muitos projetos de mudanças em andamento, desgastando as pes-
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soas, o ambiente de trabalho e, na maioria das vezes, perdendo foco e produtividade no que precisa ser entregue a curto prazo. Como se posicionar, então, já que não se tem domínio procedente das mudanças, ou seja, elas são decididas de cima para baixo sempre?? Os projetos de mudanças trazem a qualquer profissional duas grandes vantagens: 1. A primeira é APRENDIZADO: participar de um projeto de mudança efetivamente traz a qualquer pessoa uma velocidade de aprendizado inúmeras vezes maior do que a imposta pela rotina diária. Quem aprende mais tem mais valor ao longo do tempo; 2. A segunda é VISIBILIDADE: qualquer projeto de mudança coloca os envolvidos em apresentações internas, externas, pesquisas em outras empresas, novas leituras e outras atividades específicas que dificilmente a rotina traria a curto prazo. Esses fatos permitem que outras pessoas da sua organização e/ou de outras possam ver o profissional que você é.
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Depende de você querer aproveitar essas vantagens! As mudanças vão acontecer com você, sem você ou apesar de você. Portanto, minha opinião é que você deve relaxar e mergulhar nelas. Se elas derem certo, você ganhou as vantagens dos itens 1 e 2. Se derem meio errado ou totalmente errado, você ganhou também. O que você não deve fazer é não participar e ficar pelos corredores falando mal dos projetos ou das pessoas que deles participem, pois, aí sim, você estará cunhando a sua imagem de não participativo, não envolvido, desinteressado e assim por diante.
Essa escolha é de cada um! “As mudanças Às organizações cabe busvão acontecer car uma efetiva melhoria com você, nos seus processos, decisem você ou dir quais mudanças e a que apesar de você.” tempo fazer e, principalmente, cabe a elas convidar as pessoas para o movimento de mudanças. Aproveite… engaje-se, torne-se visível e aprenda, principalmente, com os erros!!
Existem três tipos de pessoas – e aqui vão dicas para você poder refletir: 1. As que são PASSIVAS em relação às mudanças; ou seja, elas não se envolvem, ignoram e ainda falam mal. Não correm riscos e serão consideradas jurássicas e atrasadas. 2. As que são REATIVAS e que, na verdade, entram nos projetos pelas laterais e participam, mas, efetivamente, não se comprometem. Correm algum risco, mas não fazem a diferença. Ao longo do tempo, vão ficando fora do jogo organizacional do reconhecimento. 3. As que são PROATIVAS e que na verdade criam os movimentos, correm riscos, aprendem, se tornam muito visíveis e criam oportunidades de crescimento.
Pedro Mandelli é consultor na área de mudança organizacional, sócio-diretor da Mandelli Consultores Associados, é professor da Fundação Dom Cabral e autor do livro Muito além da hierarquia.
Leia mais sobre o assunto em: Vida e Carreira – Um equilíbrio possível? Pedro Mandelli e Mario Sergio Cortella Editora Gente – 2001
Nesta obra, os autores buscam desvendar como conciliar de maneira satisfatória a vida pessoal e familiar com uma carreira bem-sucedida. Cortella e Mandelli defendem que não se trata de utopia, ao mesmo tempo que buscam ressaltar que vida pessoal e profissional são elementos que compõem o cotidiano. O livro oferece respostas para diversas questões: ‘como lidar com os problemas no trabalho sem ser atropelado pelo estresse?’ e ‘como responder ao alto nível de demanda familiar se há sempre trabalho acumulado à nossa espera?’. Além disso, diversos temas passam em revista – a trajetória profissional e a construção da carreira; as conexões entre estabilidade e segurança; valores e felicidade; a contribuição da tecnologia, entre outros.
Muito Mais que uM clube de eMpresários, uMa oportunidade de cresciMento. Participando do Clube N você tem acesso a uma rede de empresas de alto desempenho, com o mesmo objetivo: Trocar experiências e promover as melhores práticas de gestão, além de bate-papo com consultores, autores de livros e personalidades da área de gestão empresarial. Associe-se e comece a produzir maiores resultados. outubro / novembro 2013
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Etc
[Entretenimento, trabalho, casa]
por Renata Araújo
s o d a t l u s e R N
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ltado para Produções e o resu N da as tr les pa s vários anos da hoso. Uma das “Participamos por liderança foi maravil de to en im olv nv se lar de erno de de renomados para fa is na o nosso projeto int io ss ofi pr er ofissionais s do evento é traz senvolvimento de pr principais vantagen de o pla em nt co e orativos, o qu cro do negócio. diversos temas corp ão diversificada e ma vis a e pr m se o nd fortalece de áreas diferentes, m avalia dos e N Produções fora la pe os id ec er of to de am entos o de desenvolvim en et oj pr Em 20 0 9, os trein or elh m o o m ofissiona l nossa lideran ça co ado crescim ento pr ov reconhecidos pela pr m co de s so m os vá rios ca uções, co m o pessoas do ano. Te s eventos da N Prod no s re do ra bo la co icipa çã o de decorrente da pa rt e Rodrigues. o case do Gu ilherm ele se interessou 16 Norte. Um dia, 5 e ad id un da ta presa anob ris s adqu iridos pela em so es O Gu ilherm e era m gr in os o m Co dele sugeriu do Da niel Godri. m uito pela pa lestra ça , a líder im ediata an er lid de to en m desenvolvi a condição de eram destinados ao nvite pa ra ele co m co o i de Eu . im m reto pa ra via ensina do! que ele pedisse di que o pa lestrante ha o as leg co os m co ra dores assistir e m ultiplicar latórios dos cola bo re es or elh m s do e conteúdo io a su rpresa: um Pela determ inação No dia segu inte ve e. m er ilh Gu do o evento era de prom oção que pa rticipa ra m do concursos internos s do r ipa ic rt pa a convidam os que de m onstrou, o passou . dim ento. Ele fez e apa ra a área de aten e sonhava em trab Gu ilherm e disse qu o , to en m di do en r at ndo no zer pa ra pa rticipa Um dia, já trabal ha rgunta ndo co m o fa pe TI de or st ge o erm e, entã o, urou lha r na TI. Ele proc e facu lda de . O Gu ilh s ro liv , os rs cu ns indicou algu processo. O gestor de Brasí lia . na Escola Técn ica in iciou os estudos integrar a equipe seletivo interno e so es oc pr no ar om ovido uiu pass steriorm ente foi pr po Co m isso, conseg a, ic át rm fo in siste ma de co m o técn ico de de TI. Lá co m eçou zendo facu lda de de fa tá es e m er ilh rte. Hoje, Gu e. a analista de su po o elogiado pela equip uit m , TI na ua in nt informação e co Janete Vaz n elho do Grupo Sabi Presidente do Cons
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Roberto Shinyashiki
Dicas de campeão
Dance a noite inteira
“A felicidade envolve correr riscos. Ao se declarar apaixonado por alguém, por exemplo, você corre o risco de ser rejeitado.”
Eu me arrependo dos momentos em que procurei mais me proteger “Quando você do que viver! se preocupa Quando você se preocupa demais em demais em não correr riscos, deixa a vida passar não correr sem experimentar o gosto dela. riscos, Quando eu ia aos bailes na minha deixa a vida juventude, nunca recebi um não passar sem experimentar de uma mulher quando eu a o gosto dela.” convidava para dançar. É isso mesmo. Talvez você me ache pretensioso quando digo isso, mas a grande verdade é que eu só agia quando o risco era mínimo. Eu era muito covarde, muito tímido, naquela época, e me arrependo disso. Vou explicar. Na época da faculdade, eu tinha um grupinho que ia sempre junto aos bailes. Naquela época, os bailes eram em grandes salões, com as mesas todas colocadas em torno da pista de dan26
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ça. E as mulheres ficavam sentadas, esperando para serem convidadas para dançar. Não tinha jeito. Se você quisesse dançar, tinha de atravessar todo o salão e ir até as mesas para convidar a garota. Só que, naquela época, as meninas mais valorizadas eram aquelas que davam o maior número de “tábu-
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as” nos rapazes (tomar tábua era quando você ia tirar a menina para dançar e ela dizia não). E quando você tomava uma tábua, era a maior gozação do pessoal. Então, todo mundo ficava só na conversa mole e ninguém saía para tirar as meninas para dançar. E ninguém dançava a noite toda. Como meu objetivo no baile era “não tomar um não”, eu só convidava para dançar as meninas conhecidas, que eu tinha certeza que iriam aceitar meu convite. E a verdade é que eu acabava dançando muito pouco. Mas eu tinha um amigo chamado Paulão que dançava muito. Sabe por quê? Porque ele não se importava em tomar um não. O objetivo dele era dançar muito. Ele fazia assim: ia até um grupo de quatro meninas e convidava uma delas para dançar. E geralmente ela dizia não. Então, ele não perdia tempo se sentindo rejeitado e ia para a segunda menina, e ela também dizia não. Sem perder tempo se lamentando, ele já convidava a terceira, que quase sempre também dizia não. E o Paulão respirava fundo e fazia o quarto convite. Quando ele chegava à quarta menina, ela já estava com tanta dó de ele ter tomado três nãos, que falava sim. E dançava com ele. Desse jeito, o Paulão dançava a noite inteira. Infelizmente, é exatamente assim que muita gente age na vida. Com medo de tomar uma “tábua” das oportunidades, evita “tirá-las para dançar”. Não arrisca com medo de se machucar. E o que acontece é que as pessoas acabam vivendo muito pouco e perdendo oportunidades. A felicidade envolve correr riscos. Ao se declarar apaixonado por alguém, por exemplo, você corre o risco de ser rejeitado. Só que a felicidade precisa que você deixe que sua paixão fale mais alto que sua razão. Procurar segurança faz parte da sua razão, mas correr riscos faz parte da sua busca pela liberdade de ser feliz. outubro / novembro 2013
Fazer escolhas é muito importante na sua vida. Mas quando você escolhe somente pensando em segurança, sem levar em conta o que é importante de verdade para você, em geral sua vida fica sem gosto, as coisas ficam sem sal nem açúcar. E qual é a graça disso? Por isso, arrisque! Não procure se sentir seguro eternamente. É lógico que a segurança é importante, mas quando ficamos no conforto de um hábito acabamos por deixar de viver. Pare de se preocupar com a sua imagem e comece a colocar sua energia em fazer o que você está com vontade de fazer. Viva seus sonhos e compartilhe suas emoções mais verdadeiras. Falo isso porque é o que tenho feito minha vida toda. E tem dado certo! Eu adoro viver, mas, principalmente, tenho adoração por andar por “Arrisque! caminhos que ainda não conheço. Não procure se Simplesmente arrisque! Seja lousentir seguro co por viver.
eternamente.”
Um grande abraço, Roberto Shinyashiki O seu sucesso é o meu sucesso
Roberto Shinyashiki Psiquiatra e escritor, é empresário, palestrante, doutor em Administração de Empresas pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) e autor de vários livros. www.shinyashiki.com.br Conheça o novo best seller de Roberto Shinyashiki: Louco por viver Roberto Shinyashiki Editora Gente
A maior aventura desta vida é viver apaixonadamente!
© Fabiano Accorsi
“Procurar segurança faz parte da sua razão, mas correr riscos faz parte da sua busca pela liberdade de ser feliz.”
ROBERTO SHINYASHIKI tem como missão de vida ajudar as pessoas a realizarem seus sonhos. E é por isso que está há mais de 30 anos trabalhando para solucionar os principais problemas enfrentados pelo ser humano na busca da felicidade e da realização. Médico psiquiatra e terapeuta, com MBA e doutorado em Administração de Empresas pela FEA/USP e especialização na área no Japão como bolsista da AOTS, tem em sua trajetória inúmeras participações em congressos e seminários pelo mundo. Como autor, já vendeu mais de 6,5 milhões de livros e como terapeuta já atendeu governadores, ministros de estado, empresários, atletas, artistas e profissionais em busca de realização. Cada livro que escreve é como uma conversa sincera, como faz em suas palestras, convidando o leitor a aceitá-lo como guia e embarcar em uma jornada de mudança e reflexão.
Só que você pode dizer: “Não dá... A minha vida está cheia de problemas!” Mas os problemas não podem ser maiores do que a sua paixão por viver. É preciso aprender a ver os problemas como convites para novas aventuras. Talvez neste instante você esteja chorando a dor de um amor que terminou. Talvez você tenha sido demitido do trabalho e se sinta perdido e questione seu valor como profissional. Não fique mastigando essas incertezas. Nem fique se remoendo com essa situação. Existem ciclos que precisam acabar e, quando a hora chega, a vida dá um jeito de pôr um ponto final. E isso não pode ser razão para que você viva sem paixão. As grandes revoluções da vida acontecem depois que você vê que suas ideias ficaram velhas e obsoletas. E que a sua vida como você a conhece está desmoronando e você tem de sair para desbravar novos caminhos. Quando você tem uma perda, é preciso aceitar e chorar a sua tristeza. Mas depois levantar os olhos e ver que ainda existem muitas aventuras para viver e ser feliz. Torne-se um louco por viver e passe a vida com muita emoção e felicidade, apesar de todas as dificuldades que você possa estar vivendo.
Em uma época na qual é tão comum se sentir perdido, vemos que a infelicidade e o desânimo se tornaram as coisas mais democráticas do mundo: quase ninguém escapa deles. Tanto para os jovens quanto para os mais experientes, é comum sentir que a empolgação muitas vezes se perde nos cantos do cotidiano e da rotina. Tem gente que não acredita mais em amor, desejo, prazer de viver a vida. Chega um momento em que descobrimos que o prazer de viver não é algo que se compra nem se encontra no fundo de uma sacola de roupas ou naquele pedaço de bolo de chocolate. Falta... paixão. Em seu novo livro, Roberto Shinyashiki não promete nada, só toda a felicidade do mundo. Isso mesmo, você leu certo. De alguma forma, nossa loucura e nossa paixão podem ter se perdido, mas uma vida prazerosa e cheia de energia é um desejo da alma que ninguém deveria ignorar por muito tempo. Aqui você é convidado a realizar o impossível: aquele projeto que sempre viveu guardado no coração, o emprego que vale a pena e valoriza os seus talentos, o relacionamento de fazer andar nas nuvens. Entenda como tudo isso está só esperando pelo seu primeiro passo e deixe o autor mostrar como dar esse salto. Descubra que você tem tudo para ser louco por viver. A vida não é uma, a vida é muitas. E a sua está prestes a se reinventar.
Em uma época na qual é tão comum se sentir perdido, vemos que a infelicidade e o desânimo se tornaram as coisas mais democráticas do mundo: quase ninguém escapa deles. Tanto para os jovens quanto para os mais experientes, é comum sentir que a empolgação muitas vezes se perde nos cantos do cotidiano e da rotina. Tem gente que não acredita mais em amor, desejo, prazer de viver a vida. Chega um momento em que descobrimos que o prazer de viver não é algo que se compra nem se encontra no fundo de uma sacola de roupas ou naquele pedaço de bolo de chocolate. Falta... paixão. Em seu novo livro, Roberto Shinyashiki não promete nada, só toda a felicidade do mundo. Acompanhe Roberto Shinyashiki: www.shinyashiki.com.br www.twitter.com/RShinyashiki www.facebook.com/RobertoShinyashiki roberto@institutogente.com.br
Autoajuda
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Comportamento
Responde:
Eduardo Ferraz
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O estresse é sempre prejudicial ao desempenho profissional?
Os “estressados” também são felizes Antes de tudo, é bom explicar que há dois grandes grupos de “estressados”: os funcionais (produtivos) e os disfuncionais (destrutivos). Os dois grupos têm características em comum, como a impaciência, a ansiedade e a hiperatividade. Entretanto, os funcionais usam esta energia para produzir resultados, pois são também exigentes, pontuais, dedicados e, principalmente, têm plena consciência que é muito difícil para as outras pessoas conviverem com alguém com tanta energia. Já
“Tornar-se grosseiro ou desrespeitoso é sinal de falta de educação, não de muito estresse.” 28
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os disfuncionais são egoístas, mimados, insensíveis e, se tiverem chance, usam o poder para se vingarem dos que discordam deles. Os estressados funcionais são pessoas que sentem prazer em enfrentar problemas, não conseguem relaxar e vivem atrás de novos desafios, pois a tensão criativa faz parte de seu dia a dia. Da mesma forma que existem pessoas que sentem prazer em relaxar, ou papear sem compromisso, os estressados têm uma necessidade quase patológica de arrumar o que fazer. É claro que isso causa efeitos colaterais como excesso de trabalho, dificuldade em se relacionar, riscos de acidentes e de, quase sempre, serem taxados de competitivos e insensíveis. Pessoas assim podem ser muito mais bem-
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“Não é certo ou errado ser estressado. Ao contrário do que muitos afirmam, é possível ser uma pessoa estressada, e feliz!.”
-sucedidas se entenderem que é possível aprimorar ainda mais essas qualidades, como agilidade, determinação, inquietude e prontidão, aumentando ainda mais sua competência. Entretanto, cuidado. Ser competente não dá a ninguém o direito de se tornar grosseiro ou desrespeitoso. Isso é sinal de falta de educação, não de muito estresse. Os estressados precisam entender que, simplesmente, a maioria das pessoas não consegue seguir o seu ritmo. Se você trabalha muito, pensa demais, possui níveis altos de exigência, está atento a tudo o que acontece ao seu redor, entrega ótimos resultados e ainda assim é criticado, talvez esteja trabalhando no lugar errado. Pense na hipótese de trabalhar sozinho ou procurar um lu-
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gar onde gente assim é muito bem-vinda. Não é certo ou errado ser estressado. Se você gosta de rapidez, desafios e dinamismo, ótimo! Vá atrás de uma empresa que lhe ofereça muito trabalho, prazos curtos, metas difíceis e pague bem por isso. Lá deve estar cheio de pessoas como você. Se fizer isso, vai perceber que, ao contrário do que muitos afirmam, é possível ser uma pessoa estressada, e feliz!
Eduardo Ferraz é consultor em Gestão de Pessoas e especialista em treinamentos e consultorias “in company”, com aplicações práticas da Neurociência comportamental, possuindo mais de 30.000 horas de experiência prática. É pós-graduado em Direção de Empresas, especializado em Coordenação e Dinâmica de Grupos e autor do livro “Por que a gente é do jeito que a gente é?”, da Editora Gente. Para mais informações, acesse: www.eduardoferraz.com.br
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Pergunte ao Coach
Responde:
Homero Reis
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Frente a tantas exigências do mercado de trabalho, devemos nos preocupar mais com a quantidade ou com a qualidade do que produzimos?
A raposa
e a leoa
A fábula é assim: um dia, uma raposa, querendo desdenhar da leoa, a criticava por nunca conseguir gerar mais de uma cria. A leoa, ao escutar as provocações da raposa, lhe disse: é uma só, mas é um leão. Moral: o valor está na qualidade do que se faz e não na quantidade. O contexto desta fábula se dá numa época de profundas controvérsias entre os filósofos e os adeptos da mitologia. Esopo conta essa fábula para mostrar que o valor das coisas não está na “O desafio aparência, mas na natureza é saber que com que foram geradas. Poras conversas tanto, o valor social não estanão servem ria nas ocorrências atribuídas apenas para aos deuses, mas na capacidade descrever o humana de refletir e convermundo, mas sar sobre elas. Isso nos remepara criá-lo.” te a um princípio claro: mais 30
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vale uma ideia consistente e refletida do que muitas tarefas sem sentido. Na gestão da vida esse dilema continua. Julgamos que é a quantidade de coisas que fazemos que dá sentido ao trabalho e não a qualidade das nossas ações. Produzimos muitas “raposas” e poucos “leões”. Vejo executivos e profissionais em geral com as agendas abarrotadas de coisas que, com um pouco de relfexão, planejamento, delegação, teriam uma qualidade de vida bem melhor. Do ponto de visa prático, isso pode ser resolvido assim: primeiro, liste tudo aquilo que você faz na sua semana. Depois, marque as tarefas que só você pode fazer. Reserve-as em sua agenda. As demais podem ser delegadas e para isso você deve identificar sua rede de ajuda; ou seja, pessoas que fazem parte de sua networking e que podem lhe dar suporte. A questão www.nrespostas.com.br
mais profunda é que nem sempre confiamos no que as pessoas fazem. Do ponto de vista filosófico, temos que entender que uma boa reflexão sobre o que fazemos é uma forma de agregar valor ao modo como atuamos. Conversar sobre nossas ações e resultados ajuda a entender em que somos efetivos ou não. O desafio é saber que as conversas não servem apenas para descrever o mundo, mas para criá-lo. Quando conversamos, coisas acontecem, e o fazem na proporção exata da qualidade da conversa. Fomos ensinados a falar, mas nunca nos preocupamos em aprender a conversar. Usando a fábula: falamos muito, mas obtemos pouco resultado. É comum escutar pessoas dizendo que já falaram
inúmeras vezes sobre uma determinada coisa com alguém e nada aconteceu. O resultado disso é o ressentimento ou a resignação. Ficamos com raiva ou desistimos sob a alegação de que nada vai mudar. Ao considerar a natureza das conversações, pode-se dizer que existe um fluxo natural para que uma conversa seja efetiva. A sequência é assim: toda conversa começa com a declaração de algo que nos está inquietando, seja o que for (de bom ou ruim, não importa). Esse é o objeto que nos mobiliza. No nível seguinte estão as conversas de explicações e juízos. Agregamos os argumentos e as razões que conseguimos enxergar sobre o fenômeno, abrindo espaço para a aprendizagem. Feito isso, vamos para as conversas de possibilidades. Considerando a inquietação proposta, os juízos e as explicações dadas, o que é que se pode fazer? outubro / novembro 2013
“Fomos As conversas de possibiliensinados dades estimulam inovação, a falar, mas criatividade e pontos de nunca nos vista novos. Feito a lista das preocupamos possibilidades, outro nível em aprender conversacional se apresena conversar.” ta. Conversas sobre ações e resultados; sobre o que fazer e que resultados esperamos. Essa coordenação é fundamental para que as conversas não “morram na praia”. Deve-se ter como produto um protocolo de conduta: quem faz o quê, para quem, de que modo, quando e com que resultado. Concluída esta etapa, existem dois tipos “extras”: as conversas de aprendizagem e as sobre como conversamos. Nas de aprendizagem, a pergunta que se procura responder é: o que podemos aprender sobre o que aconteceu (ou está acontecendo)? A ideia é ser capaz de não cometer os mesmos erros. Erros novos são bem-vindos porque estimulam a aprendizagem. Erros antigos revelam que não aprendemos nada com o fenômeno. A ideia é entender o modo como nos relacionamos quando estamos construindo alguma coisa: desqualificação do outro? Minimização do problema? Exercício de poder ou superioridade? Inibição e apatia? Superficialização? Essas e muitas outras questões devem ser discutidas sobre o modo como conversamos para nos estimular na criação de um contexto proativo para as conversas e seus resultados. Se usarmos esse ciclo para orientar nossas conversas-ações, vamos descobrir que o fluxo proposto agrega muito valor a tudo o que fizermos. Aí, bastará um leão a muitas raposas. Reflitam em paz! Homero Reis Coach Ontológico
Homero Reis é bacharel em Administração de Empresas, mestre em Educação, psicanalista clínico, coach master e coach ontológico empresarial e membro da International Coaching Federation. www.homeroreis.com
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Sentindo-se privilegiado por poder se aproximar dos ilustres consultores e professores que participam do Projeto Top 10 Empresarial todos os meses, José Paulo Furtado queria encontrar uma forma de estender essa oportunidade também a outros empresários. Com a criação do Clube N, pôde ver esse desejo realizado. Em agosto, os associados puderam desfrutar agradáveis momentos ao lado de Washington Olivetto e Dado Schneider, ícone da Comunicação no país, num delicioso almoço oferecido pelo Clube, no restaurante de maior sucesso da nossa capital, o Coco Bambu – Lago Sul. Fotos e autógrafos permearam as conversas,
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num ambiente descontraído, enquanto relacionamentos profissionais eram cultivados. Também foi assim em setembro, desta vez no acolhedor restaurante Oliver, localizado entre os gramados do Clube de Golfe de Brasília, onde foi realizado o tradicional Café & Contatos. A presença do consultor Pedro Mandelli, reconhecida autoridade em assuntos da área de Gestão de Pessoas no país, transformou o evento, originalmente desenhado para ser um café da manhã, em uma espetacular aula sobre a importância da gestão de pessoas, as dificuldades da média gerência em liderar horizontalmente e verticalmente e a formação de equipes de alta performance.
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No Clube N é assim: relacionamentos e aprendizado de qualidade, sempre!
outubro / novembro 2013
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Fotos: N Produções
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Foto: Marcos Paulo - TEN
Opinião Jurídica
Responde:
Rivaldo Lopes
rivaldo@teixeiralopes.adv.br
O Brasil precisa de uma reforma do Judiciário?
Advocacia preventiva é o caminho
A insatisfação popular demonstrada nas recentes manifestações que eclodiram por todo o país revelaram que a sociedade brasileira exige mudanças nos rumos do Brasil. A queixa atinge principalmente o Legislativo, mas o poder Executivo e o Judiciário não escapam da indignação popular. Reclamações sobre a impunidade, a falta de efetividade da Justiça brasileira e principalmente sua morosidade têm trazido para o debate a proposta de uma ampla Reforma do Judiciário. Sócio de uma das mais prestigiadas bancas de advocacia do Distrito Federal, o advogado Rivaldo Lopes acredita que o “É preciso principal problema do sistema juque haja diciário brasileiro é a morosidade. uma Ele acredita que para dirimir este mudança de problema é necessária uma “Mumentalidade dança de mentalidade e de ação de e de gestão Magistrados, Promotoria, servinas pessoas dores e advogados. Todos têm que responsáveis entender que fazem parte do mespela gestão da Justiça.” mo sistema, que não pode haver um clima de guerra e nem de submissão entre essas partes citadas”. Para Rivaldo Lopes, esta é a grande reforma que o Judiciário brasileiro pode sofrer, e em curto prazo. “É preciso que haja uma mudança de mentalidade e 34
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de gestão nas pessoas responsáveis pela Justiça. Um bom Magistrado não é necessariamente um bom administrador. Isso é fato”. O advogado acredita ser desnecessária uma nova reforma do Judiciário, em termos tradicionais, com a aprovação de novas regras por parte do Legislativo. “Entendo que o problema é mesmo uma melhor gestão, com a busca de metas e a valorização dos bons profissionais, que deveriam ser utilizados como exemplo”. Sob o ponto de vista do empresário brasileiro, Rivaldo Lopes acredita que a melhor reforma é fazer com que eles saibam que o investimento mais eficaz e rentável é a advocacia preventiva. “É importante fazer os empresários entenderem que é melhor uma boa consultoria do que um contencioso jurídico. A advocacia preventiva é o caminho. A análise do que está errado em um contrato, a avaliação da comunicação do empresário com seu cliente, os prejuízos que podem causar as cláusulas leoninas são importantes para o sucesso de uma empresa. Uma ação judicial não dura menos do que cinco anos hoje, a verdade é esta”, afirma Rivaldo Lopes.
Rivaldo Lopes é advogado, sócio da Teixeira e Lopes Advogados Associados. Formado em Santos e radicado em Brasília desde 1995, atua na capital desde 1997 realizando trabalhos no ramos de Direito, oferecendo agilidade, seriedade e presteza a seus clientes.
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Produtividade
Responde:
Christian Barbosa
www.christianbarbosa.com.br
Estou pensando em implantar em minha empresa um sistema em que alguns funcionários passam trabalhar sem necessariamente passarem o dia no escritório. O que você pensa a esse respeito?
A onda do
home office
Nas últimas semanas, tivemos uma série de ações e reuniões em grandes empresas sobre seus programas de home office. Parece que, finalmente, um sonho sobre o qual muita gente falava há alguns anos está se tornando realidade de fato. Esse movimento é muito positivo. Ele vai ao encontro dos anseios de muitas pessoas que não aguentam mais o volume de interrupções inúteis geradas no escritório, o trânsito absurdo que enfrentamos na ida e volta ao trabalho ou do tempo perdido em reuniões desnecessárias. Trabalhar de casa vem do passado, isso já existe há muito tempo. O trabalho começou de casa. Na idade média, as pessoas produziam em suas casas. Garagens foram propulsores de grandes empresas de tecnologia no mundo. Trabalhar de casa é o começo do mundo e estamos retornando a isso. A diferença de hoje é que o home office tem sido chamado de “teletrabalho”, pois você não precisa estar em casa, você pode estar no Starbucks ou em qualquer lugar e trabalhar do mesmo jeito. Ao mesmo tempo, você tem ouvido histórias de fracasso nessa onda. Provavelmente você ouviu falar que a CEO do Yahoo disse que trabalhar de casa não funciona e, também, já ouviu alguns líderes dizendo que precisam estar vendo a pessoa para a coisa funcionar. Por que algumas iniciativas têm falhado? Acho que não tem uma única resposta, mas um conjunto de fatores. Primeiro: pessoas que não têm este perfil não deveriam optar por essa modalidade de trabalho, e não há nada de errado com isso. Tem gente que precisa outubro / novembro 2013
de outras pessoas para ser produtiva, “O tempo pois precisa do movimento do escri- do ponto já tório. Se forçar a barra, essa pessoa passou, é o começará a ficar triste, desmotivada e resultado que passará a não gerar mais o resultado e buscamos.” nem saberá direito o porquê. Segundo: porque não basta ter tecnologia para fazer o teletrabalho, é preciso treinar as pessoas para trabalharem de forma colaborativa à distância. É preciso treinar os líderes para entender que eles não compram o “corpo” da pessoa e sim o “cérebro” dela. É a diferença entre o tempo e o resultado. O tempo do ponto já passou, é o resultado que buscamos. Terceiro: porque têm modelos de negócio que simplesmente não funcionam à distância. Para o Yahoo não deu certo. Em alguns negócios, como, por exemplo, um time de criação, estar junto ajuda a fluir as ideias, e quando falo juntos, falo na mesma sala, olhando e brincando. Implantar um programa de teletrabalho é uma coisa séria, exige muitas disciplinas em conjunto a serem tratadas, de questões legais a comportamentais. Eu acredito que dá resultado e defendo que, se você tem a oportunidade de fazer isso, agarre com os dentes. Se você é líder, pense a respeito de forma bem planejada, pois, com definições claras de resultado, o processo pode funcionar muito bem. Bom trabalho de casa! Christian Barbosa é conferencista, empreendedor e sócio da Triad Consulting – empresa global de treinamento, consultoria e produtos especializada em produtividade – e master practitioner em Programação Neurolinguística. www.christianbarbosa.com.br
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Liderança
Responde:
Eduardo Tevah
www.eduardotevah.com.br
Meu maior desafio é comprometer minha equipe com as metas da empresa, mas isso está cada vez mais difícil. O que posso fazer?
Foco em
resultados
Eu não tenho a mínima dúvida em afirmar que esse talvez seja o maior desafio dos líderes nos dias atuais, quer sejam da iniciativa privada ou do setor público. Para tanto, veja só três conclusões publicadas na revista Liderança sobre o envolvimento das pessoas em relação a metas e resultados:
“Muitas pessoas ainda pensam que as metas são o que o líder deseja, quando, na verdade, são o que é necessário para o trabalho alcançar a excelência.” 36
1. Apenas 15% das pessoas realmente sabem identificar quais são as metas da empresa; 2. Apenas 19% das pessoas se sentem comprometidas com essas metas; 3. 55% das pessoas não sabem o que devem fazer para atingir as metas da empresa.
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Como digo sempre em minhas palestras, gosto sempre de simplificar a coisa, assim passo agora 10 dicas que podem ajudar você a superar com muito sucesso esse grande desafio: 1. Em primeiro lugar, lembre que quase tudo que não pode ser medido não pode ser cobrado ou então pode parecer favorecimento do líder. Assim, defina quais são os principais mensuradores da sua área. 2. Não caia no erro de achar que metas têm a ver com vendas. Nada pode ser mais simplista. Podemos medir índices como: abertura de novos clientes, tempo médio de execução de tarefas, avaliação de clientes internos, número de ideias novas incorporadas ao dia a dia da emwww.nrespostas.com.br
presa/setor, cumprimento de prazos, redução de despesas etc. Muitas pessoas já me disseram que não tem como fazer isso no setor público, mas depois que conversamos e vimos que podem e devem existir metas, ocorreu uma revolução no trabalho. 3. Muitas metas confundem as pessoas e isso as faz perder o foco. Assim, selecione 3 ou 4 mensuradores do seu trabalho e se concentre neles. Eles não precisam ser os mesmos todos os meses. 4. Ao passar uma meta, explique para as pessoas porque aquele número está sendo passado. Muitas pessoas ainda pensam que as metas são o que o líder deseja, quando, na verdade, são o que é necessário para o trabalho alcançar a excelência.
é que ele cria um verdadeiro espírito de equipe e um passa a ajudar o outro.
9. Comemore as vitórias, pois se você não fizer isso, seu grupo vai achar natural perder. Seja um churrasco, uma pizza ou uma champanhe, celebrar marca na memória o objetivo alcançado e reforça a motivação para buscar o resultado no5. Metas muito longas são importantes, vamente no mês seguinte. Mesmo sem dinheiro, mas quase nunca têm efeito sozinhas, pois o pas- um elogio geral, um e-mail que venha da diresar do tempo vai levando a uma acomodação. ção parabenizando pelo trabalho executado é um Metas mensais em geral são excelentes e quem grande “alavancador” de mobilização das pessoas. trabalha com vendas pode pensar seriamente em metas semanais. Contudo, tenha em paralelo 10. Prefira metas que as pessoas disputam uma grande meta anual para o exercício. contra seus desafios e não contra seus colegas. O 6. O placar da meta tem que estar em um lugar visível para todos, uma espécie de placar eletrônico no qual todos possam ver como estão indo em relação aos desafios.
mais importante não é uma pessoa vencer, e sim o setor/empresa alcançar o resultado esperado.
Posso afirmar que onde implementamos esse processo, notamos que o desafio do líder ficou menos pesado, que alcançar um número que 7. Se a meta é mensal, por exemplo, faça uma reunião toda segunda passando como está o rea- define o parâmetro de competência esperada se lizado em relação ao previsto. Essa reunião dita tornou um objetivo pessoal de cada membro do o ritmo da semana, pois, se está tudo bem, nos grupo. O grande problema, em minha opinião, motivamos para seguir em frente. Se estamos é que na grande maioria das empresas ou setomal, criamos um pacto para fazer uma semana res ligados à administração pública, o esperado é subjetivo e, nesse caso, vale aquela frase que diferente e mudarmos o resultado do mês. você certamente conhece: “Quando você não 8. Deixe claro para cada um como fazer seu sabe para onde vai, qualquer caminho serve”. trabalho com excelência. Muitos querem ajudar, mas não entendem o papel deles na busca da meta e acabam virando espectadores do trabalho dos Eduardo Tevah é dos mais reconhecidos palestrantes do Brasil. Conheoutros. Um dos segredos do foco em resultados ça seu trabalho acessando www.eduardotevah.com.br outubro / novembro 2013
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Mario Sergio Cortella
Filosofando
As contas que são
da nossa conta!
Mas cuidar para que o Estado cuiVez ou outra, há uma tendência, de é um dever nosso. A tarefa do quando se vai falar de política, Estado é cuidar. A nossa tarefa é de a pessoa dizer: “Ah, não quecuidar para que o Estado cuide. ro falar sobre isso, isso não é da O poder público não é só um terminha conta”. Cuidado. A políritório para as nossas reclamações tica é da sua conta e é da minha. e demandas. O poder público é Partido é uma coisa que a pessoa onde nós exercemos a nossa açãodecide se tem ou não. Política -cidadã. Há coisas que eu aprené da nossa conta o tempo todo. do, há coisas que eu ensino. Colocar-se como neutro é um O que eu não posso é ficar ato político. Porque, como a ponuma postura de acomodação, lítica é a tentativa de acerto de de entorpecimento, achando e interesses que nem sempre coincidem, colocar-se neutro é ficar sempre ao lado de dizendo o tempo todo: “alguém tem de fazer alguma coisa”. Esta frase tem uma resposta direta: sou quem é mais poderoso. Se alguém vê um menino de 15 anos disputando eu, como cidadão e cidadã, que tenho de fazer. uma bala com um menino de 5 anos e diz: “não vou me meter”, bem, já se meteu. Porque ficar omisso é Mario Sergio Cortella é filósofo e escritor, com mestrado e doutorado em ficar do lado de quem vai ganhar. É claro que o meEducação, professor-titular da PUC-SP (na qual atuou por 35 anos, 1977–2012), com docência e pesquisa na pós-graduação em Educação: Currículo (1997– nino de 15 anos tem mais força que o menino de 5. 2012) e no Departamento de Teologia e Ciências da Religião (1977–2007); é professor-convidado da Fundação Dom Cabral (desde 1997) e ensinou no Por isso, o papel do cidadão não é dizer: “isso não GVpec da FGV-SP (1998–2010). Foi Secretário Municipal de Educação de São é da minha conta”. Ao contrário, é da sua Paulo (1991-1992). É autor, entre outras obras, de “A escola e o conhecimento” (Cortez), “Nos labirintos da moral”, com Yves de La Taille (Papirus), “Não “Cada vez que conta, do ponto de vista do tributo impos- espere pelo epitáfio: provocações filosóficas” (Vozes), “Não nascemos prontos!” (Vozes), “Sobre a esperança: diálogo”, com Frei Betto (Papirus), “Lideeu me omito, to, e é da sua conta como exercício de uma rança em foco”, com Eugênio Mussak (Papirus), “Viver em paz para morrer em paz: paixão, sentido e felicidade” (Versar/Saraiva), “Política: para não ser cada vez que vida consciente. Cada vez que eu me omi- idiota”, com Renato Janine Ribeiro (Papirus), “Vida e carreira: um equilíbrio eu silencio, to, cada vez que eu silencio, cada vez que possível?”, com Pedro Mandelli (Papirus), “Educação e esperança: sete reflecada vez que eu suponho que problemas de governo são xões breves para recusar o biocídio” (PoliSaber). eu suponho apenas do governo, eu não estou transfeLeia mais sobre o assunto em: que problemas rindo poder, eu estou abrindo mão dele. Não se desespere! (Provocações filosóficas) de governo E isso é algo que se entende que numa deMario Sergio Cortella Petrópolis: Vozes, 2013, 140 páginas são apenas mocracia não deva acontecer. É preciso do governo, cada vez mais que tenhamos clareza de que, eu não estou nessa relação Estado-sociedade, ambos teJá disponível nas livrarias, a nova obra do Prof. Dr. Mario Sergio Cortella, Não se desespere!, é a transferindo nham obrigações e ambos tenham direitos. terceira dele com provocações filosóficas sobre poder, eu estou Não é casual que tenhamos um lema que educação, religião, ética, política e, claro, a própria filosofia; completa trilogia publicada pela Editora Vozes, com a primeiabrindo mão diz: “educação, saúde, transporte, habitara Não espere pelo epitáfio..., lançada em 2005 (hoje na 12ª edição), e dele.” ção: direito do cidadão, dever do Estado”. Não nascemos prontos! (de 2006, com a 15ª edição no prelo). 38
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HÁ 50 ANOS A BRASAL ESTÁ PRESENTE NA VIDA DE BRASÍLIA.
Na hora de escolher um carro novo, nas celebrações que acontecem pela vida afora, na realização do sonho de comprar um apartamento ou simplesmente para abastecer o seu carro, há 50 anos a Brasal está presente no dia a dia do brasiliense. Isso porque ela representa grandes marcas como Volkswagen, Coca-Cola, Heineken, Sucos del Valle, Shell e BR. Mas o que fez a Brasal chegar até aqui como uma das empresas mais respeitadas da região Centro-Oeste foram e continuam sendo as pessoas. Gente que acredita no futuro, apaixonada por Brasília, como nós. É com essas pessoas que vamos continuar caminhando, buscando inovação e qualidade, sempre olhando para frente. www.brasal.com.br
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