Revista P&C Março / Abril 2015

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C P &C Nº 19 MARÇO/ ABRIL 2015 - Mensal - 5 €

MADEIRA NO PARLAMENTO ESPANHOL INTERNACIONAL: M&T EXPO 2015 vai exibir tendências tecnológicas Engenharia: INTERVENÇÕES EM ZONAS COMUNS DE EDIFíCIOS IMOBILIÁRIO: Confirmada a subida dos preços das casas


"A M&T EXPO oferece aos profissionais de compras o ambiente perfeito para a realização de bons negócios. Acredito que ela ocorrerá no melhor momento de 2015. Estaremos lá."

A FEIRA ONDE OS NEGÓCIOS ACONTECEM

Paulo Oscar Auler Neto, Odebrecht Participa desde 1995

A M&T Expo Máquinas e Equipamentos, Feira e Congresso, segundo seus expositores e visitantes, é o ambiente perfeito para gerar bons negócios, tecnologia e conhecimento. A M&T EXPO ocorrerá no melhor momento de 2015 e oferecerá aos compradores mais de 500 expositores e 1.000 marcas em 110.000 m2 de área. Esperamos por você. DE 9 A 13 DE JUNHO DE 2015 | SÃO PAULO/SP | BRASIL | EVITE FILAS. CREDENCIE-SE AQUI WWW.MTEXPO.COM.BR

Realização

Local


A

final a loucura deste mundo continua e nem precisámos ir para fora de portas para as dar a conhecer. Se atentarmos no que se tem passado politicamente nos últimos meses, raro é o dia que não vemos o Primeiro-Ministro com tempo de antena a justificar sucessivos erros governativos, sucessivas tomadas de posição, a corrigir afirmações dos seus ministros, dos deputados da coligação, pedindo desculpas por isto e por aquilo. Mais do que um Primeiro-Ministro parece um bombeiro a apagar os mais variados fogos ateados pelos seus seguidores, alguns deles quando abrem a boca ou entra mosca, ou sai asneira. Tem sido assim, recorrentemente, para gáudio de uma oposição dinâmica, que nem precisaria de se esforçar muito para aproveitar este desgoverno e esta desorientação governativa, o que não é o caso, porque a oposição que temos como alternativa a este governo mais parece uma segunda via do mesmo sem dinâmica nem estratégia e nem se sabe bem se o candidato a Primeiro-Ministro o é de facto ou se está a recandidatar-se à autarquia a que preside, tantos têm sido os tiros dados nos pés. Os deslizes do governo sucedem-se, e a oposição não tira partido dos mesmos por distracção ou por incapacidade…e não consegue descolar da coligação que nos governa ou desgoverna nas inúmeras sondagens vindas a público. Recordemos o caso do cidadão Passos Coelho, a desempenhar as funções de Primeiro-Ministro do Governo português, que há uns anos trabalhou numa empresa e nem sabe se ganhou ordenado ou não…nem se recorda se alguma vez recebeu algum pagamento, pelo que dali possivelmente nunca terá pago impostos, que trabalhou noutra área posteriormente, e esqueceu-se de pagar os impostos como todo o honesto cidadão português deve fazer. No entanto aqui há uma ligeira (?) diferença…o cidadão Pedro Passos Coelho que tem o emprego de Primeiro-Ministro descobre que deve impostos que não pagou, vem a público vangloriar-se de os ter pago quando soube que os devia, e fica irritado quando se lhe pergunta se acha normal…prontamente diz que quando soube da divida efectuou o pagamento da mesma…levou quase um ano para o fazer… Logo apareceram as “vozes do dono” a defender o chefe elogiando a sua honestidade por ter procedido ao pagamento da referida dívida tributária… Como é possível um País ter como P.M. um cidadão que não sabia que tinha que pagar impostos?… Há por aí alguém que me saiba explicar como é que isso é possível? l

P &C

E D I TO R I A L

Como se governa um País assim?

Rui Anjos Editor da Revista P&C

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SUMÁRIO

P &C PROJETO

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FEIRAS

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Madeira no Parlamento espanhol Desafiar o futuro

INTERNACIONAL

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PRODUTOS

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ENGENHARIA

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IMOBILIÁRIO

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M&T EXPO 2015 vai exibir tendências tecnológicas Esquentadores Sensor Estanque inovador ecológico e versátil comuns dos edifícios Intervenções em zonas comuns dos edifícios Confirmada a subida dos preços das casas

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ficha técnica

P &C

d ir e tor Paulo Martins paulo.martins.pec@outlook.com e d i tor Rui Anjos rui.anjos.pec@outlook.com R ED AÇ ÃO Marta Vaz e Paula Mesquita

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CO L A B O R A D O R E S P E R M A N E N TE S António Bravo, Gisela Campos, José Matos e Silva F OTO G R A F I A Augusto Cardoso P ublici d a d e João Martins joao.martins.pec@outlook.com Tem: +351 963 745 202 paginação Ana Lourenço propri e d a d e

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N i P C 510527108 r e d ação Rua do Laparo Nº 263 Fração S 2890-551 Alcochete - Portugal pro d ução e impr e ssão Brand Evolution Rua Frei Luís de Granada, Nº 14 A-B 1500-680 Lisboa publicação m e nsal t irag e m 5000 exemplares r e gis to E R C Isenta de Registo na ERC ao abrigo do art. 12º, nº1 a) do Decreto-Regulamentar 8/99 de 9 de Junho v e n d a por assinat uras Portugal Continental, Açores e Madeira: 5€ (IVA incluído, 6%)

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& P C Assine connosco para Projectar e Construir o Futuro Uma Edição: RAPM Press Editora

A Revista P&C tem como destinatários os profissionais ligados ao setor da construção e tem na sua essência um conteúdo com base em entrevistas, notícias, reportagens, análises, tendências e opiniões versando sobre as diversas temáticas ligadas à Construção, bem como às tecnologias, materiais e equipamentos utilizados nesta atividade. Identificação Nome _________________________________________________________________________________________________________________________________ Morada _______________________________________________________________

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TO P RPORDOUJ E TO S

Madeira no Parlamento Espanhol A Câmara dos Deputados em Madrid apresenta um novo hall, Prim Hall, para as próximas reuniões e eventos. Salão Prim está localizado diretamente acima do grand ‘Los Pasos Perdidos’ Hall e é nomeado depois que o general Juan Prim, o presidente assassinado em 1870, o ano de 2014 sendo o bicentenário do seu nascimento, em Reus (Tarragona). O espaço foi inaugurado no dia 22 julho de 2014 pela Presidente da Câmara, Jesús Posada, e está equipado com a mais recente tecnologia.

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m dos principais objetivos do projeto era modernizar o espaço, diferenciando-o do estilo clássico do resto do edifício. “As duas paredes laterais totalmente envidraçadas proporcionam luz soberba no hall. No entanto, vidro não é adequado para a acústica, então eu decidi usar a madeira para o teto, piso e dianteiro e traseiro paredes “, diz Ana Jiménez Díaz-Valero, Arquiteta e Curadora da Câmara dos Deputados e gerente do projeto de renovação para a nova Prim Hall. O espaço interior do salão está equipado quase inteiramente com carvalho e grandes janelas de cada lado da sala para permitir uma boa luz natural. “Madeira oferece um bom desempenho acústico, permite criar formas originais e fornece calor. Portanto, juntamente com a luz, tornou-se outra característica importante do salão “, comenta Ana Jiménez. A madeira de carvalho vermelho americano abrange uma área de 230 m2 sob o teto, com placas sólidas de 15 mm x 45 milímetros com 30 milímetros de distância, fornecidos e instalados pela Hunter Douglas España SA, que continuam até que na metade da frente e traseiro. Carvalho europeu foi especificado para os pisos. O resto das paredes estão cobertas por uma superfície plana onde o grão do carvalho vermelho está posicionado horizontalmente para dar continuidade às ripas horizontais do teto. As portas de acesso são planas e lave com a parede, com a qual eles se integram perfeitamente tornando-se praticamente invisível, sendo também feita em vermelho carvalho com o grão posicionado horizontalmente. A forma curva do teto responde à necessidade de alcançar uma boa acústica, enquanto a obtenção a altura máxima possível que seja pré-determinado pelas armações estruturais que suportam o telhado. O teto de ripas de madeira permitiu a Ana Jiménez

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esconder aparelhos de ar condicionado e tecnologia sistemas de modo a que apenas a iluminação é visível. “Para o projeto precisava de madeira resistente de grande beleza estética de florestas sustentáveis. O carvalho vermelho tem-se adequado as minhas aspirações para o projeto perfeitamente “, comenta Ana Jiménez. “Eu só queria usar carvalho vermelho se veio de florestas bem geridas para ter certeza de que as minhas decisões não foram prejudicar o ambiente. Fiquei feliz em usar carvalho vermelho americano por causa da forte credencial ambiental de madeiras americanas. “ O salão ainda é decorado pelo antigo mobiliário clássico dos anos 60 que evocam a necessária coexistência entre o nosso passado e futuro. O mobiliário foi restaurado e estofados, que consiste em cadeiras com braços em grupos de três. No entanto, a mobília da mesa presidencial e a tabela das estenógrafas, localizado num lado, foi recentemente feita seguindo a mesma padrão como as paredes e teto do salão. O Salão foi originalmente construído na década de 1960 como uma extensão para o telhado existente e, portanto, é arquitetonicamente diferente do edifício original. Ana Jiménez optou por manter a arquitectura diferença do exterior da sala e procurou definir o espaço como “empoleirado” no antigo edifício. Em um pedaço de arquitetura nova e original, uma malha de cobre e contém a extensão permitindo luz natural a entrar pelas duas paredes laterais de vidro. Uma estrutura de aço inoxidável externo com persianas internas ajustáveis torna possível controlar a intensidade de luz no corredor e fornece privacidade quando necessário. Este projecto de renovação soberba alcançou um salão de leve, flexível e funcional e mais importante ainda, um espaço que é agradável para se estar. show. O auditório principal foi concebido como um instrumento musical que ressoa com um tom perfeito. A sua valorização da paisagem do Bahrein e a


O JJEETO TO P RPPORRD S OU TO sua ambição de atuar como um ponto focal entre a terra e o mar. A copa do telhado que cobre todo o edifício é composta de fitas perfuradas tecidas de alumínio anodizado. As lacunas que eles formam assegura uma ventilação adequada e cria um jogo de luz que transforma ambos os espaços interiores e exteriores, entre terra e mar, dependendo da hora do dia. Sob a sombra da copa, a altura da parede envidraçada do principal foyer-hall é de agradecimento completamente transparente para os seus reforços de vidro. Erguendo-se acima do teto do dossel a camada externa do auditório principal é coberto com aço inoxidável com reflexos dourados. As suas capturas de superfície luz sob ângulos diferentes: brilhando ao amanhecer e flamejante ao pôr-do-sol. Dentro do auditório, os tons quentes do painéis de madeira são iluminadas por tiras finas de latão que sublinham as formas curvas das varandas. A secção inferior do edifício revestido em granito, corre abaixo do auditório principal e inclui todos os outros quartos. Três grandes locais públicos são, portanto, destaque tanto de dia como à noite: a esplanada sob o dossel, o principal Foyer-Hall e o auditório principal.

Uma visão cintilante

Ao anoitecer, a superfície do dossel parece ser um mar de prata dos quais emerge o volume iluminado a ouro, como se o coração do edifício estava batendo. Na noite de Manama, entre o céu e o mar, o teatro torna-se uma visão cintilante, feita de luz e reflexos. A cenografia para Teatro Nacional do Bahrain foi desenvolvida em parceria com a Theater Consultants Project (com sede em Londres), com quem AS.ARCHITECTURESTUDIO trabalhou no passado, em dois teatros construídos em Angers, França, e no centro Cultural do Onassis, em Atenas, Grécia. O layout escolhido para o auditório principal era a de um teatro italiano com um fosso de orquestra e uma concha orquestra retrátil para permitir que o palco montado para se adaptar ao teatro, dança, ópera ou concertos. A acústica também é modular e adaptável a estes diferentes tipos de desempenho. O chão do palco é de 30 metros de largura e 18 metros de profundidade. A altura do palco sob as prateleiras à vista é de 20 metros de altura com um volume extra abaixo do chão do palco. Três fases de prateleiras de luz de feixe de cima para baixo do teto do palco. O fosso da orquestra está em primeiro plano, à direita com cinco primeiras linhas

retráteis, para caber uma orquestra de 60 músicos. A frente do palco é de 19 metros de largura e 9,5 metros de altura. Painéis móveis formam um diafragma que pode reduzir o tamanho da estrutura a 12 metros por 7 metros. A sonorização e iluminação é controlada a partir do cabine técnica situado na parte de trás do espaço ao nível tenda, e está ligada à totalidade equipamentos de dramaturgia. Acústica do auditório foi desenvolvido por Acoustician Albert Xu, que já havia trabalhado em parceria com AS.ARCHITECTURE-STUDIO no Centro Cultural Onassis em Atenas. Foram estudados acústica para shows ao vivo com nenhum apoio sistema de som. Para garantir a boa qualidade acústica para cada tipo de disposição, de correr cortinas localizados no meio-termo e composta de painéis de madeira persianas que pode personalizar a qualidade da acústica do auditório para a propriedades acústicas do espaço para cada tipo de desempenho. O mapa de lugares está organizado em três seções: a seção dianteira orquestra 543 lugares, uma frente varanda com 245 assentos e uma varanda traseira com 213, num total de 1.001 lugares. A frente central orquestra seção é dividida em duas metades com, assentos nas asas na parte traseira e nas laterais, para que siga as curvas das varandas. O design interior do auditório cria uma relação mais próxima entre o público e o palco. O design das lojas laterais e plano do assento nas asas cria um fluxo contínuo, o que minimiza a distância para a parte de trás do auditório. Um auditório ajustável menor pode hospedar performances menores. A sua disposição adaptase a diferentes assentos planos: a frente do palco diante de um piso de 144 assento; um plano de assentos circular em torno do palco modular central ou um palco aberto para fazer ensaios. A sala está equipada com um técnico grade de teto cobrindo toda a superfície, bem como a cabina de controlo, de modo a alojar todos os tipos de desempenho. Atrás do palco são quatro camarins individuais, quatro camarins compartilhados para quatro e dois camarins do grupo, oferecendo performers e artistas das melhores condições para se preparar. l

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AS P R OFDEUI R TO

Tektónica com futuro

Quais as suas expectativas para a edição 2015 da Tektónica?

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Apesar do sector da construção ter apresentado em 2014 sinais ainda muito ténues de recuperação, a Tektónica já conseguiu ser um pouco o porta-voz dessa mudança, com um aumento de 10% no número de expositores e de 4% no número de visitantes. Neste sentido a nossa expectativa é que progressivamente o mercado reanime alavancado pela reabilitação e regeneração urbana, na construção sustentável, na eficiência energética nas exportações, no crescimento do mercado imobiliário, entre outros factores. Todos esperamos que a Tektónica 2015 já seja o espelho da importância que o sector da construção irá continuar a ter na economia portuguesa. Acresce que a Tektónica realiza-se este ano em simultâneo com o Segurex que é o grande encontro do sector da prevenção e segurança em Portugal, e no qual são apresentadas diversas soluções especificas para o sector da construção.

Como estão a reagir as empresas à actual conjuntura económica? As nossas empresas e empresários têm demonstrado grande empenho neste período de conjuntura difícil, reorganizando processos produtivos, diversificando mercados, criando propostas conjuntas com empresas complementares. Assistimos também com bastante agrado à interacção cada vez maior entre as nossas empresas as universidades os centros de investigação e inovação, desenvolvendo novos produtos e serviços aumentando a sua competitividade no mercado interno e externo.

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A exportação e a internacionalização matem-se como fundamentais na consolidação do sector da construção? As nossas empresas do sector da construção são por norma as primeiras a chegar ao mercado externo. A necessidade de criar uma grande infra-estrutura nesses países acaba por alavancar outros negócios como os materiais de construção, projectos de engenharia e arquitectura, imobiliário, turismo e restauração, grande distribuição. Apesar de terem uma escala limitada quando comparadas com os gigantes internacionais, conseguem colocar os seus produtos e know-how em todos os continentes, fruto da nossa qualidade, da nossa capacidade de negociação e da nossa ousadia saudável ao entrar em muitos mercados difíceis, mas onde obtemos bons resultados. O Binómio qualidade preço é uma das características positivas que define o “made in Portugal”. A Fundação AIP organiza presenças empresariais com a Tektónica em vários países que ajudam as nossas empresas e consolidar e diversificar mercados externos. Em Abril estaremos em Moçambique, em Maio em Angola (Benguela) e na Colômbia, em Outubro na Projekta em Luanda apoiando as nossas empresas exportadoras.

Que países vão estar em destaque na Tektónica 2015 com compradores e missões empresariais? A Fundação AIP através da AIP Feiras Congressos e Eventos tem sido uma das instituições portuguesas mais dinâmicas no apoio a internacionalização das empresas portuguesas, promovendo o sector da construção portuguesa em mercados como;


AS P R OFDEUI R TO Angola, Moçambique, Cabo Verde, Marrocos, Colômbia, Emirados, França, Alemanha, China entre outros. Portugal está hoje mais na rota dos investidores internacionais, quer pelo sector da construção e imobiliário, quer pelo interesse na compra e desenvolvimento de negócios e empresas, o que pode ser muito importante para a nossa indústria. Temos previsto acções mais específicas com a Colômbia e Marrocos, mantendo no entanto o convite a compradores de vários países do mundo onde Portugal é suficientemente competitivo para aumentar as suas exportações.

A reabilitação urbana continua a ser uma das apostas principais? Eu diria que o mercado da reabilitação urbana é seguramente um mercado que vai crescer exponencialmente e que em articulação com o importante impulso da eficiência energética, vai proporcionar trabalho a muitas empresas e durante muitos anos. Particularmente a reabilitação dos grandes centros urbanos vai ser intensa, e começa também já a sentir-se necessidades de reabilitação nas periferias, sobretudo devido à qualidade deficiente da construção nesses locais. Mas também não queria deixar de referir que começa a haver sinais de reaparecimento de construção nova, respondendo as necessidades do mercado nomeadamente por parte dos investidores estrangeiros. Tudo isto faz com que o mercado interno comece gradualmente a ter mais peso no volume de negócios das empresas. Esta questão é muito importante pois mostra, que começa a haver trabalho cá dentro e não apenas no mercado externo. Se as coisas continuarem a

Jorge Oliveira, Diretor da Tektónica

cimentar este caminho, começamos a estar perante uma nova vaga de crescimento, crescimento em percentagens reduzidas mas consistente. Por tudo isto vale a pena participar e visitar a Tektónica 2015 de 6 a 9 de Maio na FIL. l

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A FEIRA ONDE OS NEGÓCIOS ACONTECEM

A M&T Expo Máquinas e Equipamentos, Feira e Congresso, segundo seus expositores e visitantes, é o evento do setor da construção que mais gera negócios, tecnologia e conhecimento. Em 2015, a M&T EXPO terá mais de: 500 expositores, 1.000 marcas, 110.000 m2 de área e 54.000 visitantes com alto poder de decisão e influência.

CREDENCIE-SE AQUI

DE 9 A 13 DE JUNHO DE 2015 | SÃO PAULO/SP | BRASIL | MAIS INFORMAÇÕES: WWW.MTEXPO.COM.BR


DESDE 1995, A M&T EXPO TEM SUPERADO TODAS AS EXPECTATIVAS DE PÚBLICO E DE VENDAS. JUNTOS, FAREMOS A EDIÇÃO DE 2015 AINDA MELHOR.

Realização

Local


I N T E RPNRAC AS L O DI O UN TO

Organizada pela Sobratema

M&T EXPO 2015 vai exibir tendências tecnológicas

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m 1995, a realização da 1ª edição da M&T Expo (Feira Internacional de Equipamentos para Mineração e Construção) trouxe uma nova perspectiva para fabricantes, prestadores de serviços e utilizadores de máquinas no Brasil. Direccionado exclusivamente para o sector, o evento proporcionou uma série de novas possibilidades ao mercado, como lançamentos em produtos e introdução de tecnologias, mas também a ampliação da visibilidade das marcas, novos negócios e networking de alto nível. Reunindo tais características, a feira foi muito bem-recebida pelo mercado, sendo que as principais empresas do sector apoiaram de imediato a iniciativa promovida pela Sobratema. Realizada na Bienal do Ibirapuera (SP), a edição inaugural contou com a presença de 70 expositores representando 95 marcas, tais como Air Service, Atlas Copco, Case CE, Caterpillar, Doosan, Dynapac, Ford, Liebherr, Machbert, Mercedes-Benz, New Holland, Putzmeister, Randon, Sandik, Santiago & Cintra, Scania, Volvo CE, Wacker Neuson e outras.

Uma montra especial De acordo com Mario Neves, CE business developer da Wacker Neuson para a América do Sul, há 20 anos o mercado brasileiro de máquinas de construção – assim como o país – estava apenas começando a abrir-se para o mundo. “Naquele momento, as dúvidas eram muitas, tanto de consumidores, como de fabricantes e distribuidores”, diz. “Nesse

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sentido, a M&T Expo teve um papel fundamental ao demonstrar o potencial e o profissionalismo do setor no Brasil.” Para Roque Reis, diretor da Case CE para a América Latina, a realização de uma feira internacional colocou o Brasil em evidência mundialmente, trazendo para solo nacional as principais inovações tecnológicas em produtos e serviços, além de compradores de todo o mundo. “Muitas das tecnologias embarcadas ou serviços hoje existentes no mercado foram introduzidas na M&T Expo”, sublinha, exemplificando com as máquinas de cabine fechada, que na época da feira foram vistas como luxo. “Hoje, a cabine é comprovadamente um item que aumenta a produtividade e qualidade do serviço por meio do conforto do operador”, afirma. Também destacando o carácter de porta de entrada para novas tecnologias, o vice-presidente da Sandvik, Edison Rocha, avalia que a M&T Expo frequentemente serve de laboratório intensivo para as empresas, ajudando à consolidação de tendências. Historicamente, a New Holland também aproveita a feira para mostrar novidades ao mercado brasileiro e latino-americano. “As primeiras escavadoras hidráulicas, motoniveladoras articuladas, minicarregadoras com elevação vertical e muitos outros sistemas e componentes foram apresentados ao mercado na M&T Expo”, reforça Paula Araújo, gerente de brand marketing da empresa. A M&T Expo é também importante para o sector de equipamentos e soluções em geotecnologia. “Há duas décadas, a divulgação dessas soluções era difícil, ocorrendo principalmente em


I N T E RPNRAC AL O DI O UN TO S

feiras internacionais ou eventos de outros segmentos”, frisa Wesley Polezel, gerente de vendas da Santiago & Cintra. “Com a criação do evento, houve a oportunidade de difundir novas tecnologias desse sector, que sempre aguarda ansioso a feira para conhecer os lançamentos internacionais e, assim, tomar decisões.”

Evento decisivo Na opinião dos executivos das empresas que participam da feira desde a primeira edição, o evento tem contribuído decisivamente para a evolução do mercado de equipamentos para construção no país. “Seja por meio da feira ou dos fóruns, a M&T Expo tem oferecido a oportunidade de se estabelecer uma preocupação com inovação e boas práticas, o que mantém nosso mercado em constante evolução”, ressalta Suzanne Darie, directora de comunicação e marketing da Volvo CE Latin America. Para Rodrigo Satiro, director de vendas da Putzmeister, a M&T Expo tem a mais valia de reunir todos os players do sector – fabricantes, operadores, engenheiros e demais profissionais. “E com esta interacção, o mercado cresce, a indústria entende a necessidade dos usuários e os operadores conhecem melhor os equipamentos e suas aplicações”. Assim, é com grande expectativa que o mercado aguarda a realização desta edição de MT EXPO 2015, uma vez que segundo a Sobratema – entidade responsável pela realização do certame – com a área de exposição completamente lotada e com a presença dos grandes tubarões do sector, a mostra deverá ser

diversificada e espera-se que surjam grandes novidades e inovações tecnológicas, o que é sempre apelativo junto dos mercados.l

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P R O D U TO S

DaU Vulcano PROD TO S

Esquentador Sensor Estanque inovador ecológico e versátil

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Vulcano aconselha o esquentador Vulcano Sensor Estanque para instalação em locais com deficientes condições de exaustão ou más condições de admissão de ar do exterior pois possui uma câmara de combustão estanque e um ventilador incorporado, que força a exaustão dos gases de combustão e admissão de ar novo, através de uma chaminé dupla concêntrica. O Sensor Estanque apresenta duas novidades: a capacidade de 24 l/min e a inovadora tecnologia Pré-Mix, que efectua uma pré-mistura de ar novo a gás, permitindo uma optimização do processo de combustão. A elevada capacidade de 24 l/min e potência útil de 42 kW, torna este Sensor Estanque numa excelente solução para aplicações comerciais e industriais, podendo ainda ser aumentada com o funcionamento em cascata, permitindo a sua instalação em diversos tipos de utilizações. É possível a instalação de até 4 aparelhos em cascata, garantindo até 96 l/min, de entrega instantânea de água quente. O esquentador Sensor Estanque é mais ecológico e versátil, tendo sido concebido para funcionar com água pré-aquecida proveniente de um sistema solar térmico. Se esta temperatura for superior à definida pelo utilizador, o esquentador não entra em funcionamento e no display digital aparece o símbolo de funcionamento em modo solar. Caso contrário, o aparelho ajusta a potência, aquecendo a água à temperatura desejada. Evita-se assim a utilização excessiva de gás, reduzindo-se igualmente as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera.

O esquentador Vulcano Sensor Estanque caracteriza-se por uma enorme versatilidade e por se tratar de um aparelho extraordinariamente ecológico, totalmente concebido para funcionar com água préaquecida

Simplicidade de utilização O Sensor Estanque é também um esquentador termoestático, podendo o utilizador seleccionar a temperatura da água com total comodidade e conforto, através do seu controlo remoto sem fios e à prova de água. Particularmente ergonómico, o novo design do painel de comandos com display digital LCD de grandes dimensões permite regular facilmente a temperatura pretendida, assim como obter informações sobre possíveis anomalias de funcionamento.

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Com um design ergonómico o novo painel de comandos com display digital LCD de grandes dimensões permite regular facilmente a temperatura.



ENGENHARIA

Intervenções em zonas comuns de edifícios

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m edifícios antigos é frequente, com o decorrer do tempo, ocorrer a deterioração de algumas das suas infraestruturas técnicas, como sejam as colunas montantes de água, gás, electricidade, etc. Mas também surge, por vezes, a necessidade de intervir sobre infraestruturas existentes não por elas se encontrarem deterioradas mas porque ocorreu uma necessidade de mudança por razões tecnológicas. É exemplo desta última situação o que, há poucos anos aconteceu em Portugal quando houve a mudança de gás de cidade para gás natural, a qual originou a necessidade de abandonar as condutas de gás existentes e as substituir por novas condutas. Dado que muitas das citadas infraestruturas se encontram embebidas nas paredes das caixas de escada, a inter venção a realizar é, necessariamente,

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muito intrusiva, pois há que abrir roços para tornar visíveis essas infraestruturas de modo a poder-se actuar sobre elas. Normalmente opta-se por substituir as infraestruturas existentes (que, regra geral, foram executadas em materiais perecíveis) por novas infraestruturas realizadas com materiais de maior durabilidade, de modo a estender o prazo duma futura inter venção. A questão que se coloca é saber qual será a melhor solução a adoptar, posteriormente à inter venção: deixar as novas infraestruturas embebidas, tal como acontecia com as existentes; ou, pelo contrário, deixálas aparentes. A nossa opinião é a de que, sempre que possível, essas novas infraestruturas devem ficar aparentes procurando-se, contudo, soluções que tenham um mínimo de qualidade estética. Um dos exemplos que apresentamos corresponde ao imóvel situado em Lisboa, na Rua Dr. Teófilo Braga, n.º 2, no qual ocorreram roturas em


ENGENHARIA

diversos pontos da coluna montante de alimentação de água, o que não é de estranhar dado terem decorrido cerca de 50 anos desde a data de conclusão da obra de construção do prédio. Na Foto n.º 1 vê -se a solução adoptada na zona da entrada do imóvel; na Foto n.º 2 é visível a zona de acesso à escada podendo ver-se, para além das novas calhas técnicas, a localização dos roços que previamente haviam sido realizados para expôr as infraestruturas deterioradas; finalmente, na Foto n.º 3, é patente a inter venção na envolvente do primeiro lanço de escadas, idêntica à que foi realizada nos lanços superiores. No edifício da Av. 24 de Julho n.º 52, em Lisboa, houve também uma inter venção que começou pela abertura de roços (Foto n.º 4), seguida pela execução de novas condutas em aço inox implantadas na caixa de escada (Foto n.º 5), condutas essas que prosseguiram até à zona de entrada do imóvel (Foto n.º 6). Nalguns imóveis a instalação da infraestrutura de gás natural conduziu à necessidade de estreitar os corredores de acesso à escada, em nítida violação do disposto na Portaria n.º 1532/2008, de 29/12. Efectivamente, no parágrafo 1 do seu artigo 56.º, indica-se que “a largura útil das saídas e dos caminhos de evacuação é medida em unidades de passagem (UP) e deve ser assegurada desde o pavimento, ou dos degraus das escadas, até à altura de 2m” e, no parágrafo 9, alínea c), do artigo 61.º prescreve -se que nas vias horizontais de evacuação com mais de 1 UP é permitida a existência

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de equipamentos compreendidos nos espaços de circulação desde que “não possuam saliências susceptíveis de prender o vestuário ou os objectos normalmente transportados pelos ocupantes”. Acontece que, de acordo com o indicado no artigo 4.º do Anexo I da referida Portaria, tem-se a seguinte correspondência: 1 UP = 0,9m; 2 UP = 1,4m; N UP = N x 0,60m para N > 2. No caso da Foto n.º 7, em que a largura do caminho de evacuação é de apenas 0,9m (1 UP), não só não deveria ser permitida a implantação de qualquer equipamento, como também se constata que a caixa, que sobressai da calha técnica, está situada a uma altura de apenas 1,70m ou seja um valor inferior aos 2,00m impostos pela Portaria l

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Engº José Matos e Silva Especialista em Geotecnia, Estruturas e Direção e Gestão da Construção, pela O.E.

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I M O BOIPL I N Á IRÃO IO

Confirmada a subida dos preços das casas

O

s resultados de fevereiro do inquérito mensal promovido pelo RICS (Royal Institution of Chartered Surveyors) e pela Confidencial Imobiliário voltam a confirmar o cenário mais positivo no mercado residencial português e o reforço dos níveis de confiança no setor. No que toca à atividade de compra e venda, os preços voltaram a evidenciar ganhos ligeiros em todas as regiões do país com o Porto a registar uma subida nos valores pela primeira vez em quatro anos, ou seja, desde o lançamento deste inquérito. De acordo com Ricardo Guimarães, Diretor da Ci: “Foi crítico para o mercado atingir um ponto onde o sentimento e as tendências de mercado positivo se estendessem a todas as regiões. Os comentários dos respondentes sugerem que tal está agora a acontecer. Dito isto, as suas afirmações são ainda cautelosas no que respeita a fragilidades económicas, sociais e financeiras. A aceleração dos preços é também apontada como um risco potencial em alguns mercados”. Com os fundamentais do mercado a recuperar de forma consistente pelo segundo mês consecutivo, os resultados de fevereiro do Portuguese Housing Market Survey (PHMS) confirmam a tendência de subida dos preços das casas evidenciada em janeiro, impulsionando o aumento da confiança dos operadores. Neste cenário, as expetativas de preços a três meses voltaram a reforçar-se uma vez mais e assentam agora confortavelmente em território positivo. No mercado de compra e venda, destaque também para o facto de a procura ter acelerado em fevereiro pelo segundo mês consecutivo, dando continuidade à tendência de evolução positiva iniciada em agosto de 2013. Simultaneamente,

18 MARÇO/ ABRIL 2015 P & C

as vendas aceleraram ao ritmo mais rápido de sempre desde o início do inquérito, estando já a crescer de forma contínua ao longo de um ano completo. As perspetivas futuras também são positivas, e as expetativas em termos de vendas prevêm um crescimento mais significativo nas transações no curto prazo. Josh Miller, Economista Sénior do RICS, comenta: “Estes últimos resultados sugerem que o ciclo de atividade do mercado começa finalmente a inverter-se, com o acelerar quer da procura quer das vendas. Um cenário que vem suportar o início da recuperação dos preços, embora seja necessária uma melhoria sustentada da economia para reforçar esta tendência”. Em fevereiro, o inquérito RICS/ Ci PHMS deu ainda conta de um aumento consistente da procura por arrendamento, numa altura em que as novas instruções dos proprietários continuam a cair de forma acentuada. Embora as rendas tenham descido neste mês, é de salientar que as expetativas para as rendas foram positivas pela primeira vez desde o início deste inquérito em 2011. l


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