Revista P&C Fevereiro 2015

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c p &c Nº 18 FEVEREIRO 2015 - Mensal - 5 €

Teatro Nacional do Bahrain

Um teatro entre terra e mar

R e c u r s o s H u m a n o s : L i d e r a n ç a co ac h i n g v s l i d e r a n ç a e s t é r i l E n g e n h a r i a : Lugares do oriente com grande surto de construção O p i n i ão : O s “ n o v o s “ c e n t r o s u r b a n o s



A

meio do primeiro trimestre de 2015 este Mundo está louco, ninguém entende o que se passa, o que se prepara, que futuro nos espera e como vai ser o dia de amanhã. Para nós jornalistas a actualidade é cada vez mais problemática… escolhemos um tema que está na ordem do dia para o editorial…mas dois dias depois ele deixa de estar em foco porque somos acordados com outro tema em evidência e o antes pensado morre… Difícil realmente, cada vez mais, entender esta loucura…senão recordemos… Processo dos submarinos: durante um tempo o processo dos submarinos foi a notícia forte…motivo das mais variadas reportagens nas televisões, nos Media a eventual ligação de Portas ao mesmo tempo tornava o tema quente…aliciante…mas, de repente, morreu… Novo acontecimento saltou para as primeiras páginas dos jornais e passa a abrir os noticiários de todos os telejornais: os Vistos Gold… e uma vez mais o nome de Paulo Portas surge na crista da onda como o pai dos famigerados Vistos Gold…mas a seu tempo, pouco, a comunicação cala-se com o escândalo dos Vistos Gold… Outro tema conquista o estatuto de Manchete de toda a comunicação…a queda do colosso da Banca portuguesa, o BES e o escândalo de corrupção, de lavagem de dinheiros, de tudo o mais que envolve a família Espírito Santo a todos os níveis…e as surpresas não param de nos surpreender…e de nos baralhar… Mas como nunca sabemos o que acontece, no dia seguinte eis que surge a bomba do ano…a prisão do ex-Primeiro Ministro José Sócrates, bomba pelo seu mediatismo, por se tratar da prisão de um ex-chefe de um governo português e pela reacções mais variadas vindas da parte de todos os quadrantes com destaque para as declarações de Mário Soares, ex-Primeiro-Ministro e ex-Presidente da República portuguesa que acusa o Juiz que ordenou a detenção de Sócrates como autor de uma detenção ilegal e de verdadeira má fé…de perseguição ao Partido Socialista…Sócrates passa a ser o Prisioneiro nº.44 do Estabelecimento Prisional de Évora que vira lugar de peregrinação turística e política… E entretanto, os escândalos que pareciam envolver Paulo Portas, morrem de morte natural e deixam de ser notícia… A Ministra da Justiça a sentir-se mergulhada no esquecimento depois do triste mediatismo graças a um tal Sítio que a breve trecho se tornou num verdadeiro estado de sítio caótico, em busca de nova aura do mediatismo perdido (tal como Indía Jones em busca da Esmeralda Perdida) surge com uma declaração aberrante em defesa da venda livre de drogas, o que é imperdoável num governante de um país minimamente civilizado e coerente…o que a ânsia de protagonismo faz…Felizmente desta feita o Primeiro-Ministro Passos Coelho teve o bom senso e a coerência de prontamente vir a público afirmar que tal nunca foi ventilado no seio do Governo e que nem será pelo menos num Governo por ele presidido. Uma vez mais a Ministra da Justiça veio mostrar que não está minimamente vocacionada para cargos políticos e muito menos para cargos de tamanha importância e responsabilidade com os quais o bom senso e a coerência não se coadunam com a sua desmedida ânsia de protagonismo para além de que ao longo destes anos essa senhora tem dado provas evidentes de enorme dificuldade em viver num regime democrático, de viver em democracia. Difícil esquecer a expressão do seu rosto quando foi à televisão pedir desculpa pelo caos do seu “Sitio” na justiça, mas logo afirmando com ar irado que não se demitia e que os responsáveis – que ela já sabia quem eram – iriam ser severamente punidos: dois pobres funcionários promovidos rapidamente a bodes expiatórios da incompetência da Ministra. Digam lá se este nosso mundo não é cada vez mais um mundo louco ??? Na próxima edição haverá mais…também fora de portas o mundo está bem louco!!! l

P &C

E D I TO R I A L

O Mundo louco louco louco...

Rui Anjos Editor da Revista P&C

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SUMÁRIO

P &C PROJETO

Teatro Nacional do Bahrain

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Um teatro entre terra e mar

RECURSOS HUMANOS José Bancaleiro

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“Liderança coaching vs liderança estéril”

ENGENHARIA

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OPINIÃO

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Lugares do oriente com grande surto de construção

Os “novos” centros urbanos

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ficha técnica

P &C

d ir e tor Paulo Martins paulo.martins.pec@outlook.com e d i tor Rui Anjos rui.anjos.pec@outlook.com R ED AÇ ÃO Marta Vaz e Paula Mesquita CO L A B O R A D O R E S P E R M A N E N TE S António Bravo, Gisela Campos, José Matos e Silva F OTO G R A F I A Augusto Cardoso P ublici d a d e João Martins joao.martins.pec@outlook.com Tem: +351 963 745 202 paginação Ana Lourenço propri e d a d e

RAPM Press Editora

N i P C 510527108 r e d ação Rua do Laparo Nº 263 Fração S 2890-551 Alcochete - Portugal pro d ução e impr e ssão Brand Evolution Rua Frei Luís de Granada, Nº 14 A-B 1500-680 Lisboa publicação m e nsal t irag e m 5000 exemplares r e gis to E R C Isenta de Registo na ERC ao abrigo do art. 12º, nº1 a) do Decreto-Regulamentar 8/99 de 9 de Junho v e n d a por assinat uras Portugal Continental, Açores e Madeira: 5€ (IVA incluído, 6%)

4 FEVEREIRO 2015 P & C

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& P C Assine connosco para Projectar e Construir o Futuro Uma Edição: RAPM Press Editora

A Revista P&C tem como destinatários os profissionais ligados ao setor da construção e tem na sua essência um conteúdo com base em entrevistas, notícias, reportagens, análises, tendências e opiniões versando sobre as diversas temáticas ligadas à Construção, bem como às tecnologias, materiais e equipamentos utilizados nesta atividade. Identificação Nome _________________________________________________________________________________________________________________________________ Morada _______________________________________________________________

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TO P RPORDOUJ E TO S

Teatro Nacional do Bahrain Um teatro entre terra e mar

As formas do Teatro Nacional do Bahrein, ao lado de um Museu, criam uma consistência arquitetónica uma entidade paisagista, um verdadeiro centro cultural para o Reino. Em ambos os lados da lagoa, as massas brancas do museu interagem com a leveza do dossel de alumínio do Teatro, o último reflectindo-se na superfície da água. Os abrigos, copa do telhado do salão do Grande Foyer, que é totalmente envidraçada e sua grande praça de entrada, que parece flutuar sobre a água da lagoa. Grandes espaços abertos para um porta-estandarte cultural.

O

edifício está organizado em torno de Grand Foyer, com uma clara separação dos espaços públicos que incluem o auditório principal, os foyers, outro auditório modular, os “Majlis” (lounges para os funcionários) e o café dos espaços reser vados exclusivamente para artistas, técnicos e funcionários administrativos. A entrada principal para o público em geral atravessa a esplanada à sombra, por meio do foyer-hall que dá para a lagoa, o museu, e ainda mais para trás a costa Manama. No foyer, os visitantes são convidados a descobrir o coração do edifício: o auditório principal 1 001 assentos é em aço inoxidável em tom de ouro colorido. As entradas para o auditório está localizada nos lados deste volume, onde duas escadas levam também para os foyers superiores e levam também para os balcões e duas varandas. A recepção principal, as bilheterias e uma pequena

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livraria estão todos localizados na principal hall / foyer que também pode hospedar instalações de arte temporárias. Localizados em cada lado do hall de entrada é o lounge “Majlis” para os funcionários e o café, o que dá para o belo terraço com sombra sob o dossel. As portas de palco e entradas para o pessoal de teatro estão na fachada leste do edifício. Adjacente a esta entrada, está o hall de entrada dos artistas e lhes dá acesso aos seus camarins e aos bastidores. Uma escada e um elevador levam a uma parte de um primeiro andar, que é ocupada pelos serviços administrativos do teatro, enquanto a outra parte é dedicada a serviços técnicos A entrada no lado norte do edifício é restrita a pessoal técnico e entregas. Ela também leva à oficina, arrecadações e aos bastidores. O design do auditório procura promover uma ligação entre os artistas e o público. As curvas que fluem das varandas, de textura suave e confortável da madeira por todo o espaço cria condições adequadas para o


O JJEETO TO P RPPORRD S OU TO show. O auditório principal foi concebido como um instrumento musical que ressoa com um tom perfeito. A sua valorização da paisagem do Bahrein e a sua ambição de atuar como um ponto focal entre a terra e o mar. A copa do telhado que cobre todo o edifício é composta de fitas perfuradas tecidas de alumínio anodizado. As lacunas que eles formam assegura uma ventilação adequada e cria um jogo de luz que transforma ambos os espaços interiores e exteriores, entre terra e mar, dependendo da hora do dia. Sob a sombra da copa, a altura da parede envidraçada do principal foyer-hall é de agradecimento completamente transparente para os seus reforços de vidro. Erguendo-se acima do teto do dossel a camada externa do auditório principal é coberto com aço inoxidável com reflexos dourados. As suas capturas de superfície luz sob ângulos diferentes: brilhando ao amanhecer e flamejante ao pôr-do-sol. Dentro do auditório, os tons quentes do painéis de madeira são iluminadas por tiras finas de latão que sublinham as formas curvas das varandas. A secção inferior do edifício revestido em granito, corre abaixo do auditório principal e inclui todos os outros quartos. Três grandes locais públicos são, portanto, destaque tanto de dia como à noite: a esplanada sob o dossel, o principal Foyer-Hall e o auditório principal.

Uma visão cintilante

Ao anoitecer, a superfície do dossel parece ser um mar de prata dos quais emerge o volume iluminado a ouro, como se o coração do edifício estava batendo. Na noite de Manama, entre o céu e o mar, o teatro torna-se uma visão cintilante, feita de luz e reflexos. A cenografia para Teatro Nacional do Bahrain foi desenvolvida em parceria com a Theater Consultants Project (com sede em Londres), com quem AS.ARCHITECTURESTUDIO trabalhou no passado, em dois teatros construídos em Angers, França, e no centro Cultural do Onassis, em Atenas, Grécia. O layout escolhido para o auditório principal era a de um teatro italiano com um fosso de orquestra e uma concha orquestra retrátil para permitir que o palco montado para se adaptar ao teatro, dança, ópera ou concertos. A acústica também é modular e adaptável a estes diferentes tipos de desempenho. O chão do palco é de 30 metros de largura e 18 metros de profundidade. A altura do palco sob as prateleiras à vista é de 20 metros de altura com um P & C FEVEREIRO 2015 7


PROD J EUTO TO S volume extra abaixo do chão do palco. Três fases de prateleiras de luz de feixe de cima para baixo do teto do palco. O fosso da orquestra está em primeiro plano, à direita com cinco primeiras linhas retráteis, para caber uma orquestra de 60 músicos. A frente do palco é de 19 metros de largura e 9,5 metros de altura. Painéis móveis formam um diafragma que pode reduzir o tamanho da estrutura a 12 metros por 7 metros. A sonorização e iluminação é controlada a partir do cabine técnica situado na parte de trás do espaço ao nível tenda, e está ligada à totalidade equipamentos de dramaturgia. Acústica do auditório foi desenvolvido por Acoustician Albert Xu, que já havia trabalhado em parceria com AS.ARCHITECTURE-STUDIO no Centro Cultural Onassis em Atenas. Foram estudados acústica para shows ao vivo com nenhum apoio sistema de som. Para garantir a boa qualidade acústica para cada tipo de disposição, de correr cortinas localizados no meio-termo e composta de painéis de madeira persianas que pode personalizar a qualidade da acústica do auditório para a propriedades acústicas do espaço para cada tipo de desempenho. O mapa de lugares está organizado em três seções: a seção dianteira orquestra 543 lugares, uma frente varanda com 245 assentos e uma varanda traseira com 213, num total de 1.001 lugares. A frente central orquestra seção é dividida em duas metades com, assentos nas asas na parte traseira e nas laterais, para que siga as curvas das varandas. O design interior do auditório cria uma relação mais próxima entre o público e o palco. O design das lojas laterais e plano do assento nas asas cria um fluxo contínuo, o que minimiza a distância para a parte de trás do auditório. Um auditório ajustável menor pode hospedar performances menores. A sua disposição adaptase a diferentes assentos planos: a frente do palco diante de um piso de 144 assento; um plano de assentos circular em torno do palco modular central ou um palco aberto para fazer ensaios. A sala está equipada com um técnico grade de teto cobrindo toda a superfície, bem como a cabina de controlo, de modo a alojar todos os tipos de desempenho. Atrás do palco são quatro camarins individuais, quatro camarins compartilhados para quatro e dois camarins do grupo, oferecendo performers e artistas das melhores condições para se preparar. l

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MINISTRY OF WORKS SPECIAL PROJECTS P.O.Box 5, MANAMA Kingdom of BAHRAIN

ARCHITECTURE-STUDIO

10, Rue Lacuée; 75012 PARIS E-mail: as@architecture-studio.fr

THEATRE PROJECT CONSULTANTS

XU ACOUSTIQUE L'OBSERVATOIRE1

BWS

ALYUSUF DECOR WLL. PHONE : 17 403 030, FAX : 17 404 407 P.O.BOX. 5211 MANAMA, BAHRAIN

GENERAL NOTES:

1

SPOT DETAIL

SCALE 1 : 20

KEY PLAN

4

ISOMETRIC FRAME VIEW

SCALE 1 : NTS

MINISTRY OF WORKS, SPECIAL PROJECTS DEPARTMENT

GROUND FLOOR WALL CLADDING SPOT DETAIL MAIN THEATRE

2

DETAIL

SCALE 1 : 3

3

SECTION

SCALE 1 : 5

5

ISOMETRIC VIEW

SCALE 1 : NTS

SD-NT-ADE-A-MT-101

1

Ficha técnica Arquitetos: AS.Architecture-Studio Engenharia: SETEC BATIMENT Consultor de engenharia local: ATKINS Design de Palco: THEATRE PROJECTS CONSULTANTS Acústica: XU ACOUSTIQUE Design de Iluminação: 8’18 ‘’ - L’OBSERVATOIRE Marcenaria: Al Yusuf (Bahrein) Fotos: Nicolas Buisson Direitos de Autor: ADAGP Capacidade: Auditório 1001 + 150 lugares no auditório menor Superfície: 10 370 m² Orçamento: 31.000.000 €


Da Liebherr

Empilhadores telescópicos são uma aposta ganha

Q

uando a Liebherr avançou para uma aposta determinada num novo tipo de equipamento – os Empilhadores Telescópicos – longe estavam os responsáveis do fabricante germânico de pensar numa implantação tão rápida e tão bem sucedida nos mais variados mercados mundiais. Mas a verdade é que isso sucedeu e hoje - cerca de cinco anos volvidos - os Empilhadores Telescópicos Liebherr são uma realidade em todo o mundo. Os modelos TL 435-10, TL 435-13, TL 445-10 e TL 44213 apresentam alturas de elevação que variam entre os 10 e os 13 metros e a carga útil máxima entre as 3,5 e as 4,5 toneladas.

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como na movimentação de materiais. Operação precisa para trabalhos sensíveis O controlo com uma só alavanca (Joystick) da Liebherr permite manobrar estas novas máquinas com uma precisão extrema. Todos os movimentos do Joystick podem corresponder a uma tarefa precisa graças à direcção hidráulica da Liebherr, independentemente da carga que se queira movimentar. O comando da máquina para diante ou para a retaguarda é feito por intermédio de interruptores integrados no Joystick.

Máquinas muito flexíveis Os empilhadores telescópicos Liebherr sobressaem pelo facto de assegurarem uma excelente estabilidade da carga tanto em transporte como em elevação. Vêm equipados com lanças telescópicas que oferecem uma grande resistência à flexão.

A Liebherr proporciona uma deslocação opcional da lança para os dois modelos de empilhadores telescópicos com uma altura de elevação de 13 metros.

Uma hidráulica de elevada potência e a propulsão hidrostática muito fiável da Liebherr possibilitam um trabalho potente e rápido bem como ciclos funcionais breves nos novos empilhadores telescópicos.

Outras mais-valias deste tipo de máquinas são a sua capacidade de operar em espaços reduzidos e a sua extraordinária manobrabilidade. Muitos acessórios convertem os empilhadores telescópicos da Liebherr em máquinas universais, realizando tarefas simples de carga, utilização variada em obra na construção civil, tarefas industriais altamente especializadas tanto na reciclagem

Conforto e segurança do operador O conforto e a segurança do operador foram pontos fundamentais no desenvolvimento destas máquinas. Elementos ergonómicos numa cabina do operador com dimensões amplas e um ponto de direcção baixo da lança asseguram uma excelente visibilidade panorâmica. É possível aumentar ainda o conforto do operador com a função de aceleração automática, que regula automaticamente o par do motor diesel e, como tal, a velocidade da hidráulica de trabalho, o que aumenta a eficiência económica geral graças a ciclos operacionais ainda mais rápidos. O dispositivo acústico e visual do alarme contra sobrecargas informa o operador continuamente sobre a situação da máquina no que se refere à carga.l

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A FEIRA ONDE OS NEGÓCIOS ACONTECEM

A M&T Expo Máquinas e Equipamentos, Feira e Congresso, segundo seus expositores e visitantes, é o evento do setor da construção que mais gera negócios, tecnologia e conhecimento. Em 2015, a M&T EXPO terá mais de: 500 expositores, 1.000 marcas, 110.000 m2 de área e 54.000 visitantes com alto poder de decisão e influência.

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DE 9 A 13 DE JUNHO DE 2015 | SÃO PAULO/SP | BRASIL | MAIS INFORMAÇÕES: WWW.MTEXPO.COM.BR


DESDE 1995, A M&T EXPO TEM SUPERADO TODAS AS EXPECTATIVAS DE PÚBLICO E DE VENDAS. JUNTOS, FAREMOS A EDIÇÃO DE 2015 AINDA MELHOR.

Realização

Local


P R O D U TO S

Michelin

Para dumpers articulados A Michelin amplia gama X-SUPER TERRAIN AD

A

Michelin amplia a gama de referências do modelo X-SUPER TERRAIN AD com a incorporação das dimensões 26.5 R 25 e 29.5 R 25, que se unem à 23.5 R 25, disponível no mercado de substituição. O pneu de engenharia civil Michelin X-SUPER TERRAIN AD é um produto da mais alta qualidade. Com a sua utilização, especialmente concebida para dúmpers articulados que circulam em terrenos muito acidentados, o cliente assegura um importante aumento da produtividade, a redução dos gastos de exploração e garante a mobilidade permanente do equipamento. O design e a construção do Michelin X-SUPER TERRAIN AD tornam-no especialmente indicado para oferecer os melhores resultados inclusive nas condições de trabalho mais dificeis.

Produtividade, rentabilidade e melhoriadas condições de trabalho O Michelin X-SUPER TERRAIN AD consegue um importante aumento da produtividade dos dúmpers articulados. A sua escultura, com uns tacos muito agressivos, atinge 10% mais de tracção sobre qualquer tipo de solo durante as diversas etapas do seu desgaste. Além disso, tem um desenho mais profundo e aberto, o que facilita a evacuação da lama e o melhoramento da sua aderência lateral aumenta a mobilidade da máquina. Este pneu assegura a rentabilidade dos dumpers articulados. Tanto a maior resistência da sua mistura de borracha como a maior profundidade da sua escultura reduzem consideravelmente os gastos de manutenção e prolongam a sua vida útil entre 5 e 10% (em comparação com o pneu Michelin XADT). As qualidades melhoradas dos seus ombros e do seu flanco mais robusto contribuem também para o aumento em cerca de 10% da sua resistência às agressões, o que encurta o tempo de inactividade da máquina. Por último, a comodidade na condução ficou beneficiada de forma significativa. A disposição alternada dos tacos de borracha e a carcaça radial flexível reduzem as vibrações entre 5 e 10%. Desta maneira consegue-se a diminuição dos problemas mecânicos e consegue-se uma maior

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duração dos dumpers articulados que são equipados com o Michelin X-SUPER TERRAIN AD.

Tanto a maior resistência da sua mistura de borracha como a maior profundidade da sua escultura reduzem consideravelmente os gastos de manutenção e prolongam a sua vida útil entre 5 e 10% (em comparação com o pneu Michelin XADT).l

O Michelin X-SUPER TERRAIN AD consegue um importante aumento da produtividade dos dúmpers articulados.


Altro

A Altro mantém aposta no mercado português

O

crescente desenvolvimento do sector hoteleiro e turístico atraiu o interesse da Altro que, actualmente, está presente em três continentes tanto através dos seus próprios escritórios, como de uma rede profissional de distribuidores. A empresa espanhola oferece neste momento ao mercado português toda a sua gama de produtos anti-derrapantes, desde os modelos mais tradicionais e bem-sucedidos à designada segunda geração de pavimentos, dirigida a desenhadores e arquitectos. Os pavimentos de segurança Altro foram concebidos para serem utilizados em superfícies onde a higiene, a segurança e a durabilidade são de vital importância. Entre eles, destacam-se os sectores hoteleiro, de lazer e de catering. Estes pavimentos são constituídos por PVC com um suporte de fibra de vidro de elevada qualidade, com partículas minerais em toda a sua espessura para, deste modo, aumentar o nível de aderência. Para facilitar a limpeza, a Altro desenvolveu a tecnologia “Easy Clean”, incorporando um agente bacteriostático ao revestimento, de modo a evitar a aderência de germes.

P R O D U TO S

conseguem adaptar-se facilmente às necessidades de desenho mais modernas e exigentes de hotéis, lojas, restaurantes e centros comerciais.

A Altro pretende alcançar um duplo objectivo: oferecer um serviço mais directo e eficaz ao cliente, e incrementar e consolidar a presença dos seus pavimentos no mercado português.l

Pavimento K30 Entre os novos produtos, destaca-se, por exemplo, o tradicional Altro K30 utilizado em cozinhas grandes e nas áreas de serviço de bares. Trata-se de um pavimento, com 3,0 mm de espessura, que incorpora partículas de quartzo para aumentar a aderência nas áreas susceptíveis a frequentes derramamentos de gordura e líquidos. Outro produto testado mundialmente com êxito é o Altro VM20, aconselhável para casas de banho, lojas, corredores e rampas. É um pavimento vinílico, com 2,0 mm de espessura e disponível numa ampla variedade de cores. Convém destacar a sua resistência ao desgaste, à abrasão, aos ácidos e aos produtos químicos, bem como o facto de ser económico e duradouro. Nas áreas em que o pavimento deve conciliar os efeitos anti-derrapantes com uma imagem impecável durante longos períodos de tráfego intenso de pessoas, tais como corredores, a Altro dispõe de dois produtos: o Altro Maxis Suprema e o Altro Imprint. Ambos eliminam as partículas brilhantes e

Os pavimentos de segurança Altro foram desenhados para ser utilizados em superfícies, onde a higiene, a segurança e a durabilidade são fundamentais.

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R E C U R S OPAT S HRUIM S MAÓNNOI O

Liderança coaching vs liderança estéril

José Bancaleiro Managing Partner Stanton Chase International – - Your Leader ship Partner

N

a já longa “doutrina” em matéria de liderança, uma das mais interessantes inovações dos últimos anos, foi a denominada liderança coaching. Interessante não porque traga algo de muito revolucionário na forma de liderar, mas sim porque reforça e realça alguns dos aspetos da liderança, que até essa altura não eram devidamente valorizados. Neste estilo de liderança, modelado a partir dos princípios do coaching, cada colaborador é valorizado pela sua individualidade, sendo função do seu líder potenciar e aproveitar as suas capacidades, em benefício do colaborador e da organização. O líder coach confia no potencial de cada colaborador, estimula a curiosidade, o desafio e o fazer diferente, facilita a sua própria aprendizagem e orienta-o para a descoberta e para mudança. O líder coach gera e

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desenvolve outros líderes coach. Na outra ponta do espetro, está um estilo de liderança que eu costumo apelidar de “estéril”. Conheci, aliás, um exemplo paradigmático há uns anos. Rotulado de “high flyer” no âmbito dum programa de “talent management pela multinacional em que trabalhava, passou por um “international assignement” que o levou, apesar de lhe ser reconhecida a falta de competências de liderança, a regressar a Portugal como Diretor Geral da empresa. Pouco tempo depois, começou a dar sinais de lhe estar crescer um “reizinho na barriga” e foi-se tornando, progressivamente, num pequeno déspota. Exercia uma liderança desconfiada, intolerante, burocrática, corrosiva e autoritária. Pouco a pouco foi tratando de afastar todos aqueles que se atreviam a pensar de forma diferente e principalmente os que iam revelando potencial para um dia lhe suceder. Tornava-lhes a vida tão infernal que eles iam saindo, a maioria deles para elevadas posições de empresas concorrentes, nas quais se tornaram seus competidores acirrados. Muitos deles confirmaram o seu potencial e levaram as suas organizações a posições de sucesso, contrariamente à empresa gerida pelo nosso “reizinho” que foi ganhando má imagem no sector e perdendo “fulgor” ao longo dos anos. A atuação destes líderes é (pelo menos) triplamente negativa. É perversa para as pessoas que trabalham na organização. Um estilo de liderança e que não acredite e não valorize as pessoas contribui para um ambiente intimidatório e onde as pessoas ficam infelizes. É prejudicial para o negócio, porque seca tudo à sua volta, especialmente a iniciativa, a energia e a criatividade dos bons profissionais, acabando por levá-los a demitirem-se e saírem ou a demitirem-se e ficarem, o que ainda é pior. É nociva para o país. As empresas são a melhor escola de gestão e o exemplo é a mais forte forma de aprendizagem em matéria de liderança. Ter líderes competentes que desenvolvam outros líderes competentes é uma forma eficaz de melhorar as nossas empresas e, consequentemente, a nossa economia• Já avaliou os seus líderes?l



ENGENHARIA

Lugares do oriente com grande surto de construção

R

ecentemente fizémos uma viagem que nos levou, sucessivamente, a Hong Kong, Macau, Qatar, Arábia Saudita e Dubai. O pretexto foi o 2.º Congresso de Engenheiros de Língua Portuguesa que se realizou em Macau (com uma excelente organização), na sequência do primeiro congresso que se havia realizado em Lisboa, em 2012. Em Macau, que não visitávamos há quase dezasseis anos, pudémos constatar que, na cidade propriamente dita, as grandes construções 1 (quer de edifícios, quer de obras públicas) estão praticamente concluídas (Foto n.º 1). De realçar a existência duma terceira ponte 2 de ligação entre Macau e a ilha da Taipa (Foto n.º 2), ponte essa com a particularidade de ter, sob o seu tabuleiro, um caixão em forma de túnel, sendo que 4 este só entra em funcionamento em caso de alerta de tufão, situação na qual a circulação sobre o tabuleiro fica 5 encerrada, passando a circulação rodoviária a processar-se no interior do citado túnel. É uma solução 6 engenhosa e que não existe nas duas pontes anteriores as quais haviam sido realizadas durante a administração portuguesa. Estas 8 duas pontes, em caso de tufão, são encerradas, o que, até 1999, originava que os residentes na Taipa, e que trabalhavam em Macau, ficavam impedidos de regressar a casa, situação que a terceira ponte modificou com vantagem.

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Ficámos alojados no Hotel Venetian (Foto n.º 3), considerado o segundo maior edifício do Mundo (a seguir ao Pentágono) e que aloja o maior casino a nível mundial, com uma facturação que é seis vezes superior à do casino homónimo de Las Vegas. O hotel tem dimensão tal que, quando nele se faz o “check-in”, nos fornecem um mapa com as suas diversas localizações para que os hóspedes se não percam naqueles quase dois milhões de metros quadrados. No seu interior existem três canais onde navegam gôndolas idênticas às que circulam na cidade de Veneza. O Venetian está situado nos novos aterros que foram criados entre as ilhas de Taipa e Coloane, ainda no tempo da administração portuguesa, tendo nós participado na elaboração do respectivo plano director e dado o nome a essa nova área: Cotai, no qual se reunem as primeiras letras que designam as referidas ilhas. Mas o mais importante local turístico de Macau, e que constitui o seu ex-libris, continua a ser aquele se designa por Ruínas de S. Paulo (Foto n.º 4), nas quais tivémos uma inter venção relevante na sua reabilitação o que faz com que o nosso nome esteja inscrito em placas apostas num dos muros laterais, em várias línguas, perpetuando a informação dos referidos trabalhos de reabilitação daquele monumento. Toda a toponímia portuguesa da cidade se mantém como acontecia antes da passagem para a administração chinesa, numa demonstração do pragmatismo da China que percebeu que era importante manter as marcas da presença portuguesa para distinguir Macau de todas as restantes localidades chinesas. O facto de Macau ser das poucas zonas da China onde os jogos de azar são permitidos, faz com que diariamente milhares de turistas, maioritariamente chineses, o visitem o que veio criar um “boom” imobiliário sem precedentes, pelo que o sector da construção está em alta,

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ENGENHARIA 9 sobretudo em Cotai. Uma das mais importantes obras que se está a desenvolver na região é uma ponte, sobre o mar, que ligará Macau, Zhuhai e Hong Kong (Foto n.º 5), com uma extensão de 55 km. A concepção da ponte consiste na pré -fabricação dum tabuleiro em caixão metálico, vencendo vãos que variam entre 85m e 110m, apoiado em pilares de betão armado fundados sobre estacas executadas com molde metálico perdido. A maior parte dos elementos estruturais da ponte é pré -fabricada em estaleiro e, depois, transportada para o local da ponte onde se procede à respectiva colocação (Foto n.º 6). É uma obra notável que permitirá reduzir o tempo que, actualmente, demora a ligação marítima entre Macau e Hong Kong (cerca de uma hora, por “jet-foil”), para pouco mais de vinte minutos. Por sua vez o Qatar é um país relativamente recente, rico em petróleo, e que procura, rapidamente, atingir o grau de desenvolvimento dalguns dos seus vizinhos, nomeadamente os Emiratos Árabes Unidos. Assim, existe uma intensa actividade de construção que já levou à criação na sua capital, a cidade de Doha, dum dos mais belos conjuntos de prédios modernos que alguma vez vimos (Foto n.º 7), assinados pelos mais reputados arquitectos americanos e europeus, e que prossegue com a construção de inúmeras infraestruturas, de que destacamos a futura rede de metropolitano (Foto n.º 8). A proximidade do mar, de côr turquesa, realça a beleza das construções modernas, tornando a capital do país numa cidade que, neste particular, já rivaliza 3 com Nova York, Hong Kong, Abu Dhabi e Dubai. A nossa escala seguinte foi a Arábia Saudita, país fechado ao turismo e ao qual só se acede em negócios ou em visita a familiares. Quatro vezes por dia, durante os períodos

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das orações, todo o comércio fecha durante cerca de meia hora por cada um desses períodos, situação um pouco estranha para os ocidentais que ali residem, maioritariamente em funções diplomáticas ou trabalhando em empresas ou organismos públicos (nestes, destacam-se os hospitais, onde grande parte dos médicos e do pessoal de enfermagem são estrangeiros). Também Riade procura competir com os Emiratos no tocante a edifícios altos (Foto n.º 9), estando actualmente em construção um grande complexo financeiro projectado por conhecidos arquitectos internacionais (Foto n.º 10). Também se vêem grandes escavações tendentes à implantação da futura rede de metropolitano. Finalmente, no Dubai, continuam em desenvolvimento muitas construções, algumas das quais na vizinhança do mais alto edifício do Mundo: o Burj Khalifa (Foto n.º 11). É animador, para um engenheiro civil, ver tanta pujança do sector da construção nestes lugares, em significativo contraste com o que acontece nos países europeus, nomeadamente em Portugal l

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O P I N I ÃO

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Os “novos“ centros urbanos

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uando prestamos um pouco mais de atenção aos transeuntes que connosco se cruzam, ao percorrermos as zonas mais características das nossas principais cidades, com particular relevo para Porto e Lisboa, torna-se por demais evidente o crescimento exponencial do número de turistas, relativamente àquela que era a realidade observada há poucos anos atrás. Efetivamente, Portugal está na moda e a verdade é que os inquéritos de satisfação realizados aos turistas que nos visitam, apresentam resultados extremamente positivos que devem servir de tónico para uma cada vez maior e melhor aposta em serviços de qualidade que possam captar um cada vez maior número de visitantes, provocando um impacto afirmativo em toda a economia, contribuindo decisivamente para o seu crescimento sustentado. Dentro desta perspetiva, surge a necessidade de conjugar o incremento da procura turística a que estamos sujeitos, com a consciência de que as cidades se encontram preparadas para absorver esse crescimento, mantendo a sua identidade. Na harmonia com que formos capazes de desenvolver esta interação, estará o segredo para o sucesso. A substituição do pequeno comércio tradicional por um “outro comércio” apenas orientado para o turismo, o crescimento desenfreado de unidades hoteleiras ou de restauração pode funcionar, a médio prazo, como um fator de desequilíbrio que prejudique o desenvolvimento sustentável mais recomendável. Seguindo esta linha de pensamento, torna-se evidente a necessidade de traçar uma linha de orientação que privilegie uma diversificação dos polos de atração que se constituam como mais-valias para a nossa oferta turística, captando um turismo de qualidade que possa prolongar, ou repetir, os seus prazos de estadia. A reabilitação dos centros históricos, o desenvolvimento de programas culturais que complementem a monumentalidade desses centros e o sentimento de integração num sistema realmente vivo, permitindo uma interação efetiva com os naturais dos centros urbanos, será a fórmula indicada para nos afirmarmos como um ponto privilegiado de oferta turística. Assumindo todo o potencial que se adivinha, surge a necessidade de resistir à tentação de enveredar por caminhos que nos conduzam a opções

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de carácter duvidoso, nomeadamente nos centros históricos, implementando intervenções que não respeitem a sua relação com o passado, criando volumes antagónicos, descaracterizando os próprios centros urbanos. É, pois, fundamental que todos os intervenientes nestes processos possam ter uma perspetiva esclarecida mas também um juízo crítico sobre o nosso património cultural e da forma como fazê-lo reverter a favor do coletivo público l



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