c p &c Nº 17 NOVEMBRO/DEZEMBRO 2014 - Mensal - 5 €
Barloworld STET
LIDERANÇA REFORÇADA p r o j e to : m u s e u m e c h e l e n EN G ENH A R I A : pa n a m á - d o i s c a n ai s e m f u t u r a co m p e t i ç âo ? OP I N I ÃO : pa r q u e e d i f i c a d o e m p o r t u ga l . q u e f u t u r o ?
O
discurso deste governo é realmente de antologia Cada um dos seus membros quando fala diz algo que logo no dia seguinte é desmentido por outro colega, e isto passa-se com ministros, secretários de Estado e assessores. Em vez de uma equipa, este governo português parece um bando de artistas em busca de tempo de antena para exporem as suas qualidades e os seus dotes. Um dia depois de ter dito que o povo português não suportava mais cortes salariais, nem mais aumentos de impostos, o Primeiro-Ministro Passos Coelho em novo “Tempo de Antena” governamental mudou a tónica do discurso da véspera, afirmando que por muito que quisesse não poderia prometer acabar com os cortes e baixar os impostos, porque não tinha nenhuma almofada financeira que o permitisse.
E D I TO R I A L
Quem fala verdade neste governo?
Afinal o povo não suporta mais cortes ou o povo tem que aguentar e continuar a ser o mexilhão que se trama sempre que o mar bate na rocha? A outra estrela deste Governo, Maria Luis Albuquerque colocou uma cara de má e, na apresentação do OE para 2015, fez questão de afirmar que o rigor continuava e que as novidades não seriam agradáveis para o próximo ano. Curiosamente, a semana passada a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, disse em Oliveira de Azeméis que poderá haver “surpresas positivas” em 2015, afirmando que mantém confiança nas previsões do Governo no Orçamento do Estado do próximo ano. “Acreditamos mesmo que as previsões não são demasiado optimistas e que teremos margem para conseguir resultados melhores até do que aqueles que estão agora no Orçamento e que podemos ter surpresas positivas ao longo do ano de 2015, porque aquilo que estamos a ver como sinais é francamente encorajador”, disse a governante. “Saímos da recessão, tivemos um ano de 2014 de crescimento e teremos um ano de 2105 de maior crescimento, que significa recuperação para todos”, disse a governante, admitindo que o Orçamento do Estado para 2016 poderá ser melhor se continuarmos no caminho do rigor, de responsabilidade, do trabalho e da recuperação. Mas não são só os membros do Governo a procurar “Tempo de Antena”…também os seguidores os “Yes Minister” dos partidos do governo surgem a atacar a oposição e a cantar loas aos Bosses. Antes da intervenção da ministra das Finanças, brilhou o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, que se referiu às previsões do Orçamento do Estado, afirmando que o Governo “tem falhado muitas vezes, mas a favor do País e do desempenho do País”. Acrescentando ainda que “A troika perspectiva para o próximo ano um quadro mais negativo do que aquilo que nós estimamos no Orçamento e, pasme-se, a nossa oposição e o PS, em particular, vieram dizer para se ouvir a “troika”, assinalou Luís Montenegro l
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Rui Anjos Editor da Revista P&C
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SUMÁRIO
P &C ENTREVISTA Barloworld STET
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Liderança reforçada
PRODUTOS
Compactadores Utilitários
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PROJETO
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FEIRAS
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IMOBILIÁRIO
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ENGENHARIA
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OPINIÃO
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Museu Mechelen Pré BAU 2015 SIL 2014 em Ciclo ascendente Panamá Dois Canais em futura competição? Parque Edificado em Portugal. Que futuro?
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ficha técnica
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d ir e tor Paulo Martins paulo.martins.pec@outlook.com e d i tor Rui Anjos rui.anjos.pec@outlook.com R ED AÇ ÃO Marta Vaz e Paula Mesquita CO L A B O R A D O R E S P E R M A N E N TE S António Bravo, Gisela Campos, José Matos e Silva F OTO G R A F I A Augusto Cardoso P ublici d a d e João Martins joao.martins.pec@outlook.com Tem: +351 963 745 202 paginação Ana Lourenço propri e d a d e
RAPM Press Editora
N i P C 510527108 r e d ação Rua do Laparo Nº 263 Fração S 2890-551 Alcochete - Portugal pro d ução e impr e ssão Brand Evolution Rua Frei Luís de Granada, Nº 14 A-B 1500-680 Lisboa publicação m e nsal t irag e m 5000 exemplares r e gis to E R C Isenta de Registo na ERC ao abrigo do art. 12º, nº1 a) do Decreto-Regulamentar 8/99 de 9 de Junho v e n d a por assinat uras Portugal Continental, Açores e Madeira: 5€ (IVA incluído, 6%)
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& P C Assine connosco para Projectar e Construir o Futuro Uma Edição: RAPM Press Editora
A Revista P&C tem como destinatários os profissionais ligados ao setor da construção e tem na sua essência um conteúdo com base em entrevistas, notícias, reportagens, análises, tendências e opiniões versando sobre as diversas temáticas ligadas à Construção, bem como às tecnologias, materiais e equipamentos utilizados nesta atividade. Identificação Nome _________________________________________________________________________________________________________________________________ Morada _______________________________________________________________
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EN TR S TA PR OEDVUI TO S
Barloworld STET Liderança reforçada A Barloworld STET tem em actividade um modelo de gestão operacional que ficou claramente reforçado com Direcção a ser partilhada pelo Eng. Vasco Santos e o Dr. Nuno Amiguinho. Fomos ao encontro do novo Director Operacional e Financeiro da Barloworld STET, um líder que tem contribuído para o sucesso da empresa e que acredita numa recuperação do mercado para 2015 e garante que continuarão a ser parceiros activos no apoio os seus clientes para essa retoma.
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ssumir a Direcção Operacional da Barloworld STET que juntou à Direcção Financeira, cargo que já ocupava, foi um desafio aliciante, mas as duas funções de maior responsabilidade da empresa em simultâneo não geram conflitualidades entre elas? Apenas desejo fazer um parêntesis antes de responder a esta questão. No final de 2013 o grupo proporcionou ao nosso Director Geral, o Eng. Vasco Santos, a possibilidade de ser o novo Director Geral de Angola, acumulando a Direcção Geral das empresas nos dois países. Tendo em atenção o grau de exigência da empresa Angolana, foi decidido criar um Director Operacional na STET, tendo sido eu designado para essa função. Dessa Dr. Nuno Amiguinho forma, passei a acumular a função financeira, que Diretor Operacional e Financeiro da Barloworld STET já desempenhava, com as tarefas de Direcção vivido nos últimos anos, assim como a Europa, e Geral. atendendo ao mercado onde a STET actua, afectaEfectivamente tem sido um desafio aliciante e ram de forma menos positiva, a sua área financeira. motivador e enriquecedor em termos pessoais e A nível de cobranças, verificou-se uma ligeira degraprofissionais. dação nos prazos de recebimento de clientes, o que Na verdade, já como Director Financeiro, toda implicou em acções acrescidas junto dos mesmos a minha conduta e tomadas de decisão têm sido de forma a quebrar essa tendência, o que temos norteadas por objectivos estratégicos, verificandoconseguido alcançar com eficácia. Por outro lado, -se um estreito relacionamento e coordenação a nível de tesouraria, conseguimos preservar com com a Direcção Geral. Nesse contexto, considero sucesso as nossas fontes de financiamento a um que existe uma complementaridade entre as duas custo muito aceitável, que nos ajudou a potenciar funções, ressalvando que qualquer decisão tem as oportunidades de mercado. Poderemos dizer sempre por base os objectivos estratégicos da que, com esforço e alguma capacidade de inovação, empresa, possibilitando a coexistência das duas a tormenta financeira tem sido ultrapassada com funções numa única pessoa. Em tempos de crise sucesso. como os que temos vivido no nosso País e afinal Os resultados do exercício deste último ano, com em toda a Europa, a direcção financeira da Baras contas agora fechadas, foram positivos? E compaloworld STET, viveu dificuldades acrescidas ou rativamente ao ano anterior melhores ou piores? essas eventuais dificuldades foram facilmente O nosso ano fiscal terminou em 30 de Setembro e ultrapassadas ou contornadas? As dificuldades inerentes à crise que Portugal tem poderemos afirmar que, apesar de ter sido recheado
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EN TAS P TRR OEDVUI S TO de desafios, a Barloworld STET conseguiu navegar com sucesso em águas tumultuosas. O resultado antes de impostos (PBT) foi francamente positivo, mas ligeiramente abaixo do orçamentado inicialmente. Contudo, este resultado revela o esforço, motivação e determinação colocado pela empresa em superar-se e atingir os objectivos traçados. Este ano revelou-se particularmente difícil, com um decréscimo das oportunidades de negócio registadas. O sector da construção e obras públicas registou quebras acentuadas e que, aliado à redução no negócio internacional, impactou de forma menos positiva nas vendas anuais. Apesar do controlo apertado de custos realizado em 2013, e o facto da margem global dos diferentes negócios ter melhorado, não foi contudo suficiente para compensar a redução de vendas, registando dessa forma um resultado inferior ao alcançado no ano transacto. Como sentiu as dificuldades dos clientes Barloworld STET ao longo desta crise ante a necessidade de adquirirem equipamentos? Verificou-se que a quebra da actividade no mercado doméstico condicionou fortemente a aquisição de equipamentos. A renovação de frotas também não aconteceu de uma forma consistente, mas apenas para fazer face a necessidades conjunturais. Para fazer face a essa necessidade pontual, os nossos clientes viram-se confrontados com dificuldades acrescidas, nomeadamente no que diz respeito a fontes de financiamento, quer a nível de obtenção de crédito, quer ao custo associado à obtenção do mesmo. Que ferramentas foram disponibilizadas pela vossa empresa em termos de apoio ou incentivo à aquisição desses mesmos equipamentos? Não nos podemos esquecer que as dificuldades dos nossos clientes são as dificuldades da STET, pelo que, numa ótica de parceria comercial, sempre
procuramos obter soluções de financiamento, recorrendo nomeadamente à Caterpillar Financial, a parceira financeira da Caterpillar. Por outro lado, realizámos campanhas de produtos com suporte de financiamento à aquisição do mesmo. O Aluguer de máquinas e equipamentos vai continuar a ser uma aposta firme da Barloworld STET? O mercado não tem dado mostras de dinamismo e a STET tem apostado em negócios pontuais. Contudo, consideramos este segmento como uma aposta firme nos próximos anos. Quais os equipamentos mais procurados pelas empresas portuguesas que ainda operam em Portugal e acreditam no futuro? Relativamente a equipamentos – Pás de rodas e escavadoras, nomeadamente para nichos de mercado como as florestas e pedreiras. Sente que os clientes Barloworld STET se encontram motivados para reagirem da melhor forma a uma eventual (e desejada) retoma do mercado e com uma capacidade de resposta positiva? Notamos que os nossos clientes se encontram na expectativa da retoma no mercado doméstico, tendo ajustado a sua estrutura e apetrechando-se para os possíveis desafios que, desejavelmente, se avizinham. Não poderemos esquecer que uma parte significativa dos nossos clientes, dentro de um mercado nacional em constante queda, procurou soluções alternativas, tendo enveredado pela diversificação geográfica do seu negócio. A deslocalização de recursos e estrutura para outros mercados poderá ter um impacto financeiro importante nos nossos clientes quando a retoma ocorrer. A Barloworld STET, como parceiro de negócio activo, terá de ter em conta este factor no sentido de lhes proporcionar as melhores condições de negócio. Acredita possível que essa retoma, ainda que tímida, possa começar a acontecer já no próximo ano? Estou convicto que poderemos ter alguns sinais de retoma de actividade em 2015. Considero que as eleições legislativas do próximo ano poderão ter um impacto positivo neste sector, nomeadamente nas obras públicas. Contudo, não temos dados concretos que nos levem a concluir que isso ocorrerá. As possíveis alterações a nível de Governação ditarão a velocidade que se quer impor na recuperação de actividade neste sectorl
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P R O D U TO S
Compactadores Utilitários
Mais visibilidade e um consumo de combustível mais eficiente
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nova série B de Compactadores Cat®, nos quais se inserem os modelos CB22B, CB24B, CB24B XT, CB32B, CB34B, CB34B XW, CC24B e CC34B, apresentam importantes melhorias que, mais do que nunca, permitem atingir a compactação ideal. Esta ampla gama de modelos oferece uma excelente versatilidade para competir na classe dos 1,8 a 5ton. De entre as aplicações típicas para estes equipamentos, podemos realçar: ruas, ciclovias, pequenos trabalhos de repavimentação, estacionamentos, calçadas e trabalhos em centros de cidade. Os destaques na nova série B incluem: • Um ambiente de operação simples e confortável,
com espaço para as pernas aumentado, melhoria nos acessos ao posto de operação, controlos e pontos de manutenção, controlos mais intuitivos e display LCD de fácil visualização, tanto com luz de dia como à noite. • O desempenho mais eficiente é alcançado através de uma melhor visibilidade, aumento do diâmetro do rolo, sistema vibratório com várias frequências e como opção, e em alguns modelos, adições de lastro • O sistema de pulverização de água continua a ser muito fiável e a grande capacidade do tanque proporciona até 10 horas de operação sem reabastecimento. • Os motores oferecem muita potência para um desempenho consistente em inclinações e são capazes de operar em Eco-mode para menor consumo de combustível e redução de níveis de ruído. A nova série B de compactadores utilitários foi projetada para, no geral, aumentar a produtividade e reduzir custos operacionais. Proporcionando fácil operação, maior conforto
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do operador, componentes duráveis e motores mais eficientes.
O Futuro na Pavimentação A aposta constante da Cat® no desenvolvimento de tecnologia que suporte as necessidades dos seus clientes é inquestionável. Ao nível de Pavimentação realçamos a MPD, standard em todos os compactadores de solos das novas séries. A MDP é uma tecnologia integrada na máquina e destinada a medir a compactação do solo. Está a ser testada por construtoras em diversos locais de trabalho espalhados pelo mundo, incluindo na Grécia, na Alemanha e nos acessos à autoestrada que estão a ser construídos pela McAninch em Altoona, Iowa. A MDP é um elemento da Compactação Inteligente (Intelligent Compaction - IC), que está a tornar-se cada vez mais comum no dia-a-dia dos estaleiros de construção. Entende-se geralmente que a IC inclui: Um sistema integrado para medir a compactação (um acelerómetro ou, neste caso, a MDP). Um sistema capaz de ligar o local de posicionamento do trabalho com um GPS. Uma forma de registar e coligir os dados recolhidos para análise. A Potência de Impulso da Máquina não é uma inovação que diga respeito à forma como as máquinas compactam. O que a MDP faz é avaliar a resistência ao rolamento. Essa resistência dá uma indicação da rigidez do solo e da capacidade de sustentação de carga e se a compactação é adequada para sustentar a estrada, o parque de estacionamento, o edifício – ou o que quer que seja que esteja planeado para o local. A MDP, tecnologia desenvolvida e detida pela Caterpillar, está a atrair a atenção das construtoras de todo o mundo por várias razões. Funciona em todos os tipos de solo, incluindo solos coesivos. É capaz de permitir que um compactador atue como rolo de teste, mesmo sem vibrar. Pode eliminar múltiplas passagens de um compactador e proporcionar, com isso, economias de custos significativas. Mas o benefício maior — para as construtoras, para os apreciadores do controlo de qualidade e para os contribuintes — pode resumir-se numa única palavra: uniformidadel
Nova Pá de Rodas 988K
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o nível de produtos GCI (Global Construction & Infrastructure) realçamse dois modelos de Pás Carregadoras de Rodas: a 980K e a 988K. A 980K tem-se revelado um enorme sucesso na industria, com já cerca de 12 unidades vendidas e em plena operação nas mais distintas pedreiras de blocos. A natureza desta aplicação faz com que estes equipamentos se destaquem dada a especificidade e esforço que é exigido aos equipamentos. Este é sem dúvida o campo onde as pás de rodas CATERPILLAR se destacam. Num segmento de maior dimensão de máquina, a 988K, o modelo mais recente da série K lançado apenas no ano passado, está a ter uma aceitação acima das espectativas, e apresentase como uma máquina que estabelecerá novos standards ao nível da produção e consumo de combustível. Neste momento, Portugal conta já com a primeira máquina da Península Ibérica em pleno funcionamento, perspectivando-se a entrega da segunda unidade vendida para os próximos meses. A nível de tecnologia, relevante para estes equi-
P R O D U TO S binário (Lockup Clutch) • Capacidade de rampa Modular: ICTC & RCS* Segurança • Câmara de visão traseira • Espelhos com pré-aquecimento (opcional) • Cat Detection system (opcional) Estrutura • Estrutura frontal em Z-bar • Baldes Série Performance • Engate inferior maior Conforto do Operador • Nova cabine • Joystick (STIC) de direção e hidráulicos integrados no assento • Apoia-braços basculante • Controle automático de temperatura • Níveis de ruído mais reduzidos Tecnologia • VIMS 3G • PCS (Payload Control System) 3.0 (opcional) • Contador de Ciclos (Cycle timer) (opcional) • Product Link (standard) l
pamentos em particular, destaca-se o Product Link e o VIMS (Vital Information Management System). Estes recursos fornecem capacidades de análise acrescidas, nas quais se incluem consumo e eficiência de combustível em tempo real (material carregado por litro de combustível, etc.) permitindo um maior controlo dos custos quer de propriedade, quer de operação. Entre as principais característica encontramos: Eficiência • Motor C18 ACERT(Tier 4F.) 15% menos consumo combustível vs a 988H • Modo Eco: + 20% economia combustível • Menor velocidade nominal de motor (RPM) • Controle Inteligente de Fluxo hidráulico (PFC) • Embraiagem com bloqueio de conversor de
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Museu Mechelen
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of van Busleyden é um dos mais belos edifícios em Mechelen, uma cidade flamenga situada entre Bruxelas e Antuérpia. Com uma alvenaria delicado e fachada de arenito, foi construído para Hieronymus van Busleyden, membro do Grande Conselho dos Países Baixos, um humanista proeminente e amigo de ambos Erasmo e Thomas More. O edifício tornou-se um museu da cidade em 1938, depois de ser gravemente danificada durante a Primeira Guerra Mundial, em 2009, projetos para um programa de renovação foram aprovados com a intenção de expandir e modernizar o museu. O trabalho para a fase 1 do projeto começou em 2010 e foi concluída no final de 2013. A primeira fase do programa foi composta pela construção de um novo ramal subterrâneo 9 metros abaixo do pátio central do palácio. Ao
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entrar no museu, os visitantes caminham por uma sala ampla com a receção do museu. A sala inteligente dá o tom do projeto; simples paredes brancas e molduras de portas contrastam com algumas das características originais do edifício, tais como a alvenaria em paredes selecionados, os velhos piso vigas no teto e um piso de madeira espinha de peixe. Enquanto os visitantes percorrerem a sala ao lado, têm um primeiro vislumbre da grande escadaria que leva até a extensão subterrânea do museu. Os arquitetos, David Driesen de arquitetos dmvA e Hans Le Compte de arquitetos HLCr, criaram um contraste eficaz entre paredes brancas lisas e superfícies revestidas em madeira de carvalho branco americano para fazer esta nova escadaria monumental de olhar delicado e elegante. “Como as superfícies das paredes são predominantemente brancos, os elementos de madeira tornam o olhar positivo e vice-versa”, explicou David Driesen e
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Hans Le Compte. Por exemplo, no lanço superior as escadas são pintadas em branco enquanto que a parte inferior e os corrimões do lado de fora estão todos montados em painéis de carvalho, dando-lhe um estilo arrojado e moderno. O segundo lance de escadas que leva os visitantes metro para a nova extensão é completamente equipada em carvalho branco americano, incluindo os pisos e tetos do patamar da escada (-1 nível do chão). O revestimento de carvalho cria um ambiente tranquilo e acolhedor. O corrimão de metal branco central é ecoado por mais dois corrimãos laterais brancas que foram cortados no interior do revestimento das paredes para manter as superfícies de madeira niveladas e organizadas. Na parte inferior da escada o visitante descobre um espaçoso salão subterrâneo com 6 metros de altura tectos altos e uma área total de 620m². As paredes de betão simples do salão e pisos
contrastam totalmente com a escadaria com painéis de carvalho. Esta área de exposição vasta esconde um sistema de climatização e iluminação sofisticado que rivaliza com alguns dos mais modernos museus. O sistema de extracção de ar foi escondido atrás de paredes de betão grande de espessura para não perturbar o mínimo ruído e cumprir os requisitos rigorosos de regulação contra incêndios. As luzes de teto são habilmente integradas em condutas de extracção de ar em forma de ondas que são discretas e contínuas. Linhas brancas no chão de betão são uma referência para o Renascimento, quando as noções de desenho em perspectiva foram descobertos. A Fase 2 está em andamento e inclui a renovação do edifício existente e criar uma nova rota de circulação para pedestres pela casa do exzelador. Esta segunda fase deverá ser concluída em 2018 l P & C NOVEMBRO/DEZEMBRO 2014 11
FEIRAS
Pré BAU 2015 As Palestras de informação BAU 2015 - o destaque na campanha de imprensa especializada para BAU 2015 – tiveram lugar no dia 16 e 17 de outubro de 2014. A Revista P&C esteve lá e apresenta-lhe algumas das novidades que serão disponibilizadas ao mercado em Janeiro. O foco estava nas conversas que acontecem nas mesas em Hall B0 no ICM - Internationales Congress Center München. 166 empresas de cinco países estiveram neste evento, para falar com 153 jornalistas especializados de 22 países. Foi uma espécie de “show antes do show”, apresentando os meios de comunicação social uma vasta gama de informações e material para usar nas suas reportagens. A edição de 2015 não foi excepção. As Palestras de informação foram oficialmente abertas, como sempre, com uma Conferência Internacional de Imprensa no ICM. Dr. Reinhard Pfeiffer, Vice-CEO da Messe München International, e o Diretor BAU Exposição Mirko Arend juntos deram uma impressionante apresentação PowerPoint
sobre BAU 2015. Dieter Schäfer, presidente do Conselho Consultivo da BAU e Presidente do Conselho de Administração, Deutsche Steinzeug Cremer & Breuer AG, enfatizou a importância da BAU para a indústria exibindo, e Erich Gluch, especialista em indústria da construção civil para a Munique com base em ifo Institut für Wirtschaftsforschung, informou sobre a situação atual na indústria da construção civil e as perspectivas para os próximos anos. Houve, claro, também tempo para um pouco de relaxamento e celebração. Na quinta-feira à noite os expositores e os jornalistas reuniram-se-se na Torre HVB em Arabellastrasse em Munique, e alguns dos jornalistas tiveram a oportunidade de ver a obra na torre de 114 metros de altura que atualmente está sendo modernizada, e ouvir sobre as medidas de construção que estão a ser implementadas. Apresentamos de seguida algumas novidades apresentadas neste evento.
Inovação no mundo das Portas
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a BAU 2015, a Hörmann irá concentrar-se numa nova gama de portas interiores de madeira. A abrangente linha de produtos
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inclui portas que atendem altas exigências de design e função em uma relação preço/ desempenho. Incluindo portas de madeira em vários modelos com e sem vidros, portas todas de vidro, modelos em estilo rural, e as portas de entrada do apartamento, esta gama tem a porta certa para cada necessidade. A partir de agora, a Hörmann será capaz de fornecer todas as portas necessárias para a construção residencial privada, a partir do porão de aço e portas de passagem que necessitam de isolamento térmico, proteção contra incêndio ou resistência à intrusão para portas de madeira residenciais internas, de aço e de alumínio portas de entrada e portas laterais garagem.
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raças a esta escala apertada, arquitetos, projetistas e designers de fachadas, podem escolher o copo certo mais rapidamente e de uma forma mais direcionada. As inevitáveis diferenças visuais em toda a indústria de vidro com diferentes revestimentos de proteção solar são agora uma coisa do passado. Todos os revestimentos são de cor neutra e alinhados uns com os outros opticamente, o que significa que eles podem ser usados no mesmo objecto. Isso abre todo um novo nível de flexibilidade para projetar fachadas de construção, compatíveis com o clima ambiente ideal. O vidro é avaliado pelo nível de transmissão de luz em tipo 70, 60, 50 e 40. Isto significa, por exemplo, que ISOLAR SOLARLUX® A70 é adequado para vidros, onde uma grande quantidade de luz é necessária a partir das janelas e fachadas,
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por exemplo, no lado norte dos edifícios. O alto nível de transmissão de luz de 70% proporciona o máximo de luz do dia para áreas internas individuais. Com ISOLAR SOLARLUX® A40, a transmissão de luz é de apenas 43%, o que é um benefício nas áreas de vidros de grande escala.
T E K TÓ N I C A
Fachadas de vidro com proteção solar reforçada
Betão Luminoso
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Luz em betão concreto de transmissão é conhecida desde mais de 80 anos e agora oferece - na sua maioria ainda em fase de uma ideia – uma grande de atração para arquitetos, designers e proprietários de edifícios em todo o mundo. Devido a milhares de fibras óticas embutidas no concreto, luz do dia ou luz artificial passar facilmente através dos painéis de betão em qualquer espessura. Os objetos feitos com Lucem de transmissão de luz de betão, tais como fachadas, móveis ou paredes de separação começam a brilhar e brilhar. No passado, a
transmissão de betão leve foram feitas manualmente, resultando em preços elevados e baixa capacidade de quantidade. Hoje, a empresa alemã Lucem GmbH finalmente desenvolveu um processo patenteado de produção no início de 2011, o que permite aumentar a produtividade e reduzir os preços de forma significativa. Os preços agora (início de 2014) estão na gama de 250-500 EURO por metro quadrado, dependendo da quantidade e espessura l
Representante Oficial da Feira de Munique em Portugal: MundiFeiras, Lda. Contacto: Tânia Mutert de Barros Largo Maestro Miguel Ângelo, 8 4150-489 Porto, Tel. 22 616 49 59 email: mundifeiras@mail.telepac.pt, www.bau-muenchen.com P & C 2014 NOVEMBRO/DEZEMBRO 13
IPAT M OR BI M L IÓ ÀN RIO
SIL 2014 em ciclo ascendente
Investidores estrangeiros, Conferências, Prémios do Imobiliário SIL no Salão de referência do setor imobiliário em Portugal
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SIL – Salão Imobiliário de Portugal, afirmase como o Salão de referência para o sector imobiliário realizado em Portugal, a 17ª edição do SIL consolidou a sua posição de centro de negócios para os agentes económicos do setor. A adesão do mercado ao SIL foi evidente, registando-se um crescimento do Salão comparativamente com a edição anterior. As empresas participantes tiveram um aumento de 72%, entre líderes de mercado que continuadamente participam no SIL e novas empresas expositoras (cerca de 35%), enquanto o número de visitantes foi de mais 21 % que na edição anterior, atingindo os 42.326. O SIL fortalece a sua posição como plataforma para a Internacionalização do setor imobiliário português, tendo sido visível o fluxo de visitantes estrangeiros durante todo o período de realização do Salão. Cerca de uma centena de potenciais investidores visitaram a exposição, participaram em encontros B2B, em Conferências e Seminários. O SIL acolheu profissionais nacionais e provenientes de diversos mercados, nomeadamente China, França, Brasil, Angola, Moçambique e Cabo Verde, entre outros.
Reabilitação em destaque
O SIL deu especial enfoque às soluções de reabilitação e regeneração urbana, pilar da retoma do sector Imobiliário e da Construção em Portugal, destacando-se a 17ª Conferência SIL, subordinada ao tema “ Reabilitação Urbana em Portugal - Oportunidades de Internacionalização” uma organização do SIL e do IHRU, com o alto patrocínio da Secretaria de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza, que teve lugar no dia 8 de Outubro. Outras iniciativas, como o Seminário promovido pela APEMIP com o tema “Investimento estrangeiro no imobiliário português – As oportunidades que se abrem da Reabilitação Urbana ao Turismo Residencial” tiveram igualmente lugar no SIL, possibilitando a troca de experiências e definição de estratégias. A 6ª edição dos Prémios SIL do Imobiliário, distinguiu personalidades, empresas, entidades e projetos que se evidenciam pela sua competência, qua14 NOVEMBRO/DEZEMBRO 2014 P & C
lidade e visão de futuro no panorama do mercado imobiliário nacional. Foram distinguidas 9 categorias a concurso e atribuídas 8 distinções por nomeação do Conselho Estratégico do SIL 2014. Entre as várias categorias, destaca-se o Prémio Autarquia 2014 que foi entregue à Câmara Municipal de Lisboa. A Distinção Internacionalização SIL 2014 foi atribuída a seis entidades pelo seu impulso à dinamização do sector imobiliário português, nomeadamente através do investimento no nosso país. Os laureados foram a Embaixada da França, Embaixada da China, Embaixada de Angola, Embaixada do Brasil, Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa e o Syndicat National des Professionnels Immobiliers. As Personalidades distinguidas com os Prémios Carreira Imobiliária, Carreira Arquitectura, Carreira Engenharia e Prémio Personalidade 2014 foram respetivamente o Professor Sidónio Pardal, o Arquiteto Nuno Teotónio Pereira, o Engenheiro João Appleton e o Comendador António da Mota. O SIL, proporcionou ainda oferta concertada de imóveis na Bolsa de Arrendamento, balcão no qual o público teve acesso a ofertas desde T0 a T8, apartamentos e vivendas, escritórios, lojas, armazéns, de Norte a Sul de Portugal. Os Leilões Imobiliários do SIL, promovidos pela Caixa Geral de Depósitos, patrocinador oficial do Salão, tiveram lugar no fim-de-semana. Cerca de duas de centenas de imóveis foram apresentados para licitação. No Domingo, assistiu-se ainda a venda de imóveis promovida pela Direção Geral do Tesouro e Finanças Das empresas participantes, mais de 90% consideraram ter atingido os seus objetivos face ao elevado número de contactos e às características dos visitantes, a próxima edição do SIL será em Outubro de 2015 l
PAT R I M Ó N I O
ENGENHARIA
Panamá Dois canais em futura competição?
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Canal do Panamá, que comemora este ano o seu centenário, teve uma construção particularmente atribulada. Em 1878 Ferdinand Lesseps, que tinha no seu curriculum o projecto do Canal do Suez, obteve dos Estados Unidos da Colômbia (que incluíam o Panamá), a concessão das obras daquele que viria a ser designado por Canal do Panamá, tendose iniciando os trabalhos a 01/01/1880. Mas Lesseps não atendeu a alguns aspectos importantes que viriam a condenar esta primeira tentativa de construção do citado canal: cometeu um erro na sua concepção pois, à semelhança do que fizera no Suez, pretendia que o canal se viesse a situar ao nível do mar; à insuficiência de capital; e à existência do mosquito indutor da malária, na zona onde se iria escavar o canal. Em relação ao primeiro aspecto referido, durante o ano de 1885, o projeto inicial foi revisto, passando a adoptar-se um sistema de eclusas (Foto n.º 1). Mais tarde, em Janeiro de 1888, a chefia do projecto viria a ser confiada a Gustavo Eiffel mas, erros nos cálculos financeiros e técnicos, provocaram uma primeira interrupção dos trabalhos. Em finais de 1894, foi possível voltar a arrancar com as obras sob a égide da Compagnie Nouvelle du Canal Interocéanique, mas esse arranque foi inglório pois, entre outras situações adversas, a malária vitimou muito dos operários afectos às obras. Em Maio de 1904, uma empresa norte-americana, a New Panamá Canal Company, substitui a citada companhia francesa, após uma intervenção pessoal do Presidente Roosevelt. Esta mudança não tinha, apenas, um carácter técnico mas, também uma índole política: resultava duma estratégia de liderança dos Estados Unidos da América (EUA) na América Central, no sentido de se afirmar como primeira potência mundial. O projecto passou a servir, essencialmente, os interesses norteamericanos, deixando de ter um mero cariz comercial e passando a ter, também, um desígnio político. Os EUA tinham patrocinado, em 1903, a separação do Panamá da Colômbia e tinham conseguido um acordo em que o futuro canal, bem como uma faixa de cinco milhas para cada lado do mesmo, passariam a pertencer, para todo o sempre, aos EUA. Os norte-americanos começaram por proceder à desinfestação da zona, conseguindo reduzir significativamente os riscos derivados da malária. O canal foi construído em cerca de dez anos, tendo sido inaugurado em 15/08/1914. Em 1977, mediante o Tratado Torrijos-Carter, o canal deixou de estar sob a soberania dos EUA, passando a ser uma zona neutra para, em 31/12/1999 passar para a soberania do Panamá. O tráfego que, anualmente, atravessa o canal evoluiu, de cerca de 1.000 embarcações em 1914, para aproximadamente 15.000 navios, actualmente. O Canal do Panamá tem 80 Km de comprimento, dos quais 50 km incluem o Lago
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4 Gatún (Foto n.º 2) alimentado pelo rio Chagres, sendo que os restantes 30 Km correspondem à travessia do monte Culebra (Foto n.º 3). Para permitir a formação do Lago Gatún foi necessário criar uma barragem (Foto n.º 4). O canal possui eclusas duplas dispostas lado a lado (Foto n.º 5), com 305 m de comprimento e 33 m de largura e 26 de altura de água. Junto ao Oceano Pacífico a eclusa de Gatún tem três saltos sequenciais somando 26 m (Foto n.º 6) e, do lado do Mar das Caraíbas, há duas eclusas: a Pedro Miguel, com um único salto de 9,5 m, e a Miraflores com dois saltos sequenciais, somando 16,5
ENGENHARIA m. O tempo médio do percurso total do canal é de 25 h. Estão em curso obras de ampliação (Foto n.º 7) que consistem na criação dum novo conjunto de eclusas, junto às actuais, para serem usadas pelos navios de
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maiores dimensões, nomeadamente os maiores navios de cruzeiros. Cada novo conjunto de eclusas conduzirá as embarcações do nível do mar até ao Lago Gatún, em três etapas. Estas eclusas permitirão a passagem de 12 a 14 navios por dia o que elevará a capacidade do canal dos actuais 15.000 navios/ano para 18.000 navios/ ano. As novas eclusas terão 427 m de comprimento, 55 m de largura e 18,3 m de profundidade, permitindo a passagem de navios até 366 m de comprimento, 49 m de largura e 15,2 m de calado máximo. Tais dimensões permitirão que o canal possa ser percorrido por navios porta-contentores de 12.000 TEU’s em vez dos 5.000 TEU’s que, actualmente nele transitam. As comportas das futuras eclusas (cujo peso variará entre 2.100 e 3.700 toneladas) serão do tipo “porta de correr”, em vez das actuais portas em forma de “V” (Foto n.º 8). Cada eclusa terá associado um sistema de três bacias de recuperação de água, o que permitirá a reutilização de 60% da água que se escoa pelas eclusas. Os canais de navegação do lado do Atlântico e no lago Gatún, bem como a mais estreita passagem da Culebra, serão alargados para 225 m, de modo a permitir o cruzamento (Foto n.º 9) de navios de maiores dimensões. Mas o Canal do Panamá irá ter, num futuro próximo, um concorrente, o Canal da Nicarágua, cuja construção foi acordada, em Junho de 2013, entre o Governo da Nicarágua e um empresário de origem chinesa, Wang Jing, mediante uma concessão de 50 anos, prorrogável por igual período de tempo. Está previsto o início da sua construção em Dezembro deste ano, prevendo-se a sua inauguração cinco anos depois, ou seja, em Dezembro de 2019. O projecto não se limita à construção dum canal, tendo um âmbito mais vasto o que, desde já, o diferencia do Canal do Panamá: inclui dois portos de águas profundas, dois aeroportos, vários complexos turísticos ao longo do canal, bem como uma zona franca (na qual se prevê virem a trabalhar 100.000 pessoas) e um centro financeiro. Terá 286 Km de extensão (dos quais 105 km no lago Nicarágua), uma largura de 230 a 520 m e 27,6 m de profundidade. Permitirá a passagem a futuros navios para contentores de 25.000 TEU’s, graneleiros de 400.000 toneladas e petroleiros de 320.000 toneladas, prevendo-se um tráfego anual de 5.100 navios, num percurso que demorará cerca de 30 h. Estão previstas duas eclusas, uma primeira situada junto à entrada do lado do Oceano Pacífico e, a segunda, já perto da saída para o Mar das Caraíbas. Ambas são de via única, com três saltos sequenciais, totalizando um desnível da ordem dos 30 m. Será construido um sistema de recuperação da água das eclusas do mesmo tipo do adoptado na ampliação do Canal do Panamá e as comportas serão semelhantes, do tipo deslizante. Se o Canal do Panamá resultou duma afirmação de poder dos EUA, aparentemente o Canal da Nicarágua será o resultado da expansão económica chinesa l Engº José Matos e Silva
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José António Silva Martins
Parque edificado em Portugal. Que futuro? O parque edificado português, embora exibindo um bilhete de identidade relativamente recente, não deixa de apresentar sinais evidentes de alguma degradação, não só no que diz respeito aos antigos centros urbanos mas também, de uma forma mais preocupante, à nova construção que proliferou de forma desordenada, independentemente da sua relação com o respetivo crescimento populacional.
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ste desequilíbrio, potenciou a degradação dos centros urbanos e da maioria dos seus edifícios, não sendo acompanhado pela necessária política de reabilitação, que permitisse a existência de um fator de equilíbrio que contribuísse decisivamente para os desejáveis padrões de qualidade de vida, que devem servir como referência à nossa vida como sociedade solidária e desenvolvida. Como fator determinante para que esta situação se verificasse, contribuiu decisivamente o facto de termos uma construção nova quase exclusivamente baseada em fatores económicos, ignorando os padrões de qualidade que deveriam presidir aos seus princípios orientadores. Efetivamente, coincidindo com um período de construção desenfreada, surge um novo parque de modernos edifícios em que, mesmo a deficiente qualidade da construção era vendida através de “slogans” mais ou menos sugestivos, empurrados por atrativas condições de financiamento, fundamentadas essencialmente pelas facilidades de acesso ao crédito à habitação através de baixos juros. Viveu-se a época em que a miragem de possuir uma casa própria, sem o contraponto de um mercado de arrendamento atrativo, gerou uma procura que incentivava a oferta, sem tempo ou lugar para análises criteriosas sobre as suas futuras consequências. Nesta perspetiva e com base nos dados disponíveis, é possível afirmar que a nível do nosso parque habitacional não existem carências quantitativas, sendo porém detetada a necessidade de enveredar por uma aposta cada vez mais efetiva na sua renovação, reabilitação e preservação, apontando no sentido de que sejam atingidos os parâmetros mínimos de conforto. Por outro lado, não pode ser esquecido que mais de 80% do parque edificado se encontra nas periferias urbanas, menos atrativas para o investimento privado. Como resolver esta equação que envolve interesses tão diversos?
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José António Silva Martins
Estará chegado o momento ideal para parar? O momento ideal para parar para pensar. Pensar em novas soluções, em novas políticas e novas estratégias que permitam direcionar todos os recursos para um futuro cada vez mais sustentávell
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