Revista Por Exemplo #3

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VOCÊ AJUDA:

R$ 2,50

100% DO PREÇO DA REVISTA, APÓS OS IMPOSTOS, É DOADO PARA PROJETOS QUE MELHORAM A EDUCAÇÃO NO BRASIL.

PROJETOS EM TODO O BRASIL

03 FEV / MAR 2012

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Convite pra você. O Extra lançou a Campanha Por Uma Vida Mais Família. Porque são momentos assim que fazem nossas ofertas e promoções valerem a pena. Vem fazer a mágica acontecer, transformando o mais barato, mais barato em

mais família, mais família. Depois, mande pra gente fotos e vídeos da sua família se divertindo. Ela pode aparecer na nossa campanha.

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Acesse www.familiaextra.com.br e saiba mais.

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DIRETORA EDITORIAL Roberta Faria DIRETOR EXECUTIVO Rodrigo Pipponzi DIRETORA DE CRIAÇÃO Claudia Inoue

EDITORA-CHEFE Roberta Faria EDITOR Dilson Branco REPÓRTERES Karina Sérgio Gomes, Jaqueline Li, Jéssica Martineli ESTAGIÁRIOS DE TEXTO Rafaela Carvalho e Valéria Mendonça DIRETORA DE ARTE Claudia Inoue EDITOR DE ARTE Fabio Otubo DESIGNER Valéria Hévia ESTAGIÁRIO DE ARTE Anderson Borges COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO E IMAGEM Mica Toméo PRODUÇÃO E IMAGEM Marcia Dias ESTAGIÁRIA DE FOTOGRAFIA Carina Barros APOIO NA REDAÇÃO Amanda Miyuki, Beatriz Torres, Jaqueline Moribe, Juliane Albuquerque, Luana Almeida, Mariana Bolzani, Olivia Ferraz, Rita Loiola, Romy Aikawa, Sheila Machado e Tissiane Vicentin COLABORADORES Paula Desgualdo (edição de texto), Mariana Harder (produção), Carolina Lopes e Felipe Gressler (tratamento de imagem), Ana Faustino e Júlio Yamamoto (revisão) ATENDIMENTO AO LEITOR Elaine Duarte RECURSOS HUMANOS Carolina Franco CAPTAÇÃO DE PATROCÍNIO Amanda Rahra (amanda@editoramol.com.br) FALE COM A GENTE: contato@revistaporexemplo.com.br | (11) 3024-2444 Rua Andrade Fernandes, 303, loft 3, São Paulo/SP - CEP 05449-050 www.revistaporexemplo.com.br DISTRIBUIÇÃO: Rede Extra

IMPRESSÃO: Gráfica Plural

POR EXEMPLO - TODO MUNDO PODE APRENDER. TODO MUNDO PODE ENSINAR é impressa em papel LWC 70g

A revista POR EXEMPLO - TODO MUNDO PODE APRENDER. TODO MUNDO PODE ENSINAR, edição 03, ano 1, é publicada pela Editora MOL Ltda. A revista é vendida nas lojas da Rede Extra nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo, Sergipe, Tocantins e no Distrito Federal. O valor pago pelo preço de capa é, descontados os devidos impostos, 100% doado a organizações não governamentais que realizam projetos em prol da educação de qualidade no Brasil. REALIZAÇÃO:

APOIO:

PATROCÍNIO:

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FAÇA O QUE EU FAÇO Para relaxar, ser mais saudável, ficar mais bonito... Qual é seu truque infalível?

18 É QUE SE APRENDE

FOTO DE CAPA: José Tadeu Ribeiro, Maria Aparecida Caitano, Luiz Gustavo Ribeiro, Adriana Ribeiro e Andressa Ribeiro foram fotografados por Eraldo Peres. Tratamento de imagem Felipe Gressler. AGRADECIMENTOS: Como ensino Parque Villa Lobos (www.ambiente.sp.gov.br/ parquevillalobos); loja Toobsland (http://toobsland.com.br/), (11) 3022-8807; Parque da Cidade Sarah Kubitschek, (61) 3325-1092. Eu Contra O Mundo Goethe-Institut Salvador-Bahia, (71) 3338-4700 O Tempo De Cada Um Parque da Água Branca (www.parqueaguabranca.sp.gov.br) Quem Você Pensa Que É Jacques Janine (jacquesjanine.com.br)

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Lidar com o tempo é mesmo difícil. Mas rende ótimas histórias com importantes lições de vida. Confira!

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EU CONTRA O MUNDO Zeli era morador de rua. Hoje é gerente de hipermercado. Veja histórias de quem driblou a falta de dinheiro

20 QUEM VOCÊ PENSA QUE É? A vida de Maria Regina era perfeita – exceto pela incômoda sensação de que algo faltava. Veja como ela completou esse vazio

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COMO ENSINO Determinação: como passar esse valor aos filhos? Especialistas e três famílias apontam boas soluções

APRENDA E ENSINE Se você ainda não preparou suas listas de projetos para 2012, chegou a hora. Confira nossas 10 dicas de reflexões para fazer deste ano o melhor da sua vida

É GOSTOSO E FAZ BEM Aprenda a fazer nhoque de arroz, bolo de mexerica e creme de laranja com cenoura

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NÓS PODEMOS

O TEMPO DE CADA UM

Três histórias de quem luta para fazer do mundo um local onde todas as pessoas tenham, de fato, o direito de ir e vir

Espantar a dengue, reformar o posto médico, espalhar informações sobre uma doença: tudo isso dá para fazer quando as pessoas se unem para lutar por mais saúde

Como chegar aos 80 anos esbanjando saúde? Dois homens e duas mulheres contam suas histórias e receitas

PROBLEMA MEU

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Você é um exemplo? Tem uma história para contar? Escreva para a gente. Se for selecionado, você pode aparecer na revista – até mesmo na capa! Veja nossos contatos na página 7.

AGRADEÇO Qual foi o melhor conselho que você já recebeu? Confira histórias de pessoas de várias partes do país

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CARTA AO LEITOR XXXXXXXXXXXXXX

Nesta longa estrada da vida NÃO É À TOA que tantos compositores e poetas comparam a vida a uma viagem. Ambas têm uma partida, uma chegada e correm sobre os inevitáveis trilhos do tempo. Entre o começo e o fim, acontece aquilo que faz de cada roteiro – seja turístico, seja biográfico – uma história única. A diferença é basicamente uma só. Para as viagens, nos planejamos antes de partir. Programamos onde ficar, o que fazer e quando voltar. Já a vida é anterior à nossa vontade. Só percebemos que embarcamos quando o balanço denuncia as ondas do alto-mar. Ao tomarmos consciência disso, chega a hora de uma decisão da qual não

podemos escapar. Uma opção é seguir para onde o vento bater, deixar as correntes nos arrastarem, viver à deriva. A outra é mais difícil: mirar um destino, compreender o funcionamento do barco e fazer o que for possível para que ele singre até lá. Delegar nosso futuro ao acaso pode ser uma delícia. Simplesmente deixar a vida nos levar, sem nenhuma preocupação, aproveitando o melhor que o presente pode nos oferecer. Mas esses momentos muitas vezes morrem em si mesmos. São como correr em círculos. Os instantes mais significativos costumam ser outros: aqueles em que percebemos que estamos construindo algo, aprendendo, evoluindo, avançando.

DA ESQUERDA PARA A DIREITA: A TURMA DO TEXTO – ROBERTA, DILSON, PAULA, JAQUELINE, JÉSSICA, KARINA, RAFAELA E VALÉRIA; A GALERA DA ARTE – CLAUDIA, FABIO, VALÉRIA E MICA

Como toda jornada, essa também começa com um primeiro passo. E ele pode ser resumido pela pergunta da capa desta edição: “Aonde você quer chegar?”. Nas próximas páginas, você vai encontrar dezenas de histórias de pessoas que em algum momento propuseram a si mesmas esta questão. E decidiram respondê-la diariamente, na prática, fazendo da sua vida a melhor trajetória que conseguem imaginar. Que os rumos desses entrevistados – gente comum, como eu e você – possam nos inspirar a também traçar e seguir roteiros que nos encham de orgulho. É aí que queremos chegar com essa nova edição da POR EXEMPLO. Boa leitura e boa viagem!

Equipe da POR EXEMPLO

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POR EXEMPLO

FAZER UMA REVISTA DIFERENTE DE TODAS AS OUTRAS FOI UMA EXPERIÊNCIA ARRISCADA. MAS AS INCRÍVEIS CARTAS

O que mais me chamou atenção foi o fato de os personagens serem pessoas como nós, povão que faz o dia a dia acontecer! Vera Ferreira Venancio, via Facebook.

O que você achou da revista? Conte para nós! Divida conosco os seus exemplos também.

QUE TEMOS RECEBIDO DOS LEITORES MOSTRAM QUANTO DEU CERTO. OBRIGADO A TODOS QUE NOS ESCREVERAM! Fui ao Extra, dei de cara com a revista e cada chamada da capa conversou comigo. Cheguei a pensar que era uma miragem! Fiquei mais contente ainda em saber que o investimento é repassado a projetos educacionais. Eu me senti parte de uma cadeia positiva capaz de fazer a diferença em grande escala. Ana Luiza Marinho, de Brasília, por e-mail. Ainda estou sem acreditar no que vi e li. A proposta e a qualidade das

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matérias são impressionantes. Estou emocionada. O mundo precisa de canais como esse para divulgar o que existe de bom e nos encorajar a ter pequenas atitudes que farão a diferença. Vou presentear meus amigos com esse bálsamo para a alma. Lise Eyre Magalhães, de Fortaleza, por e-mail. Eu me apaixonei! O mundo seria melhor com mais revistas assim! Faradiba Lima, via Facebook.

Chamou-me a atenção na capa o texto “Todo mundo pode aprender. Todo mundo pode ensinar”. Mas não esperava tudo isso: a revista é excelente! Haidê Veiga, via Facebook. Li avidamente. Espetacular! Matérias agradáveis e sinceras. Artur Rodrigues, do Rio de Janeiro, por e-mail. Estou anestesiado! À medida que ia lendo, sentia uma mistura de alegria, prazer, satisfação, emoção, recomeço... Sentimentos que me

fizeram repensar algumas atitudes! Carlos Alencar, via Facebook. Super-recomendo esta revista. É uma dessas criações coletivas de que tanto gosto. A mensagem: todos somos educadores! E o melhor método de educar é dar o exemplo. Isso sem falar do projeto socioeducativo do qual participamos pelo preço de um café. O Brasil é maior que os crimes e escândalos, e a revista mostra isso de forma brilhante. Vitor Ribeiro, via Facebook.

FALE COM A GENTE!

Sinto-me encantado com tudo o que li. Feliz por encontrar algo simples, cativante, motivador. Antonio Carlos Mendes, via Facebook. Comprei a revista e, no dia seguinte, já terminei de ler. Cada uma das 50 páginas tem histórias interessantes. A revista nos ensina como devemos aprender e dar exemplos em nosso dia a dia. Hilda de Souza, 47 anos, de Belo Horizonte, por e-mail.

MANDE UM E-MAIL: contato@ revistaporexemplo. com.br LIGUE PARA A REDAÇÃO: (11) 3024-2444 VISITE O SITE: www. revistaporexemplo. com.br FAÇA PARTE DA NOSSA REDE: No Orkut Comunidade Revista POR EXEMPLO No Facebook Fan Page Revista POR EXEMPLO No Twitter @por_exemplo OU ESCREVA UMA CARTA PARA: Revista POR EXEMPLO Rua Andrade Fernandes, 303, sala 3 São Paulo - SP CEP 05449-050

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CONTAS ABERTAS

Doação que faz a diferença PARTICIPE DA CAMPANHA DE ARRECADAÇÃO DE LIVROS DO EXTRA E AJUDE A CONSTRUIR UM PAÍS COM MAIS EDUCAÇÃO E CIDADANIA

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OS LIVROS QUE VOCÊ tem em casa e não usa mais podem mudar a vida de crianças da sua cidade. Até o fim de fevereiro deste ano, você pode levá-los a qualquer loja Extra Hiper ou Extra Supermercado e depositá-los nas urnas da Campanha de Livros 2012. Vale todo tipo de obra literária, desde que esteja em bom estado. E não tem nenhuma complicação: basta colocar os livros nas caixas, que você encontrará facilmente na entrada das lojas. Eles serão doados a instituições como escolas e bibliotecas do mesmo município em que foram arrecadados. A expectativa é atingir a marca de 250 mil livros. Esta campanha é realizada pelo Extra, todo ano, desde 2000. No total, mais de 2 milhões de livros já foram doados. “Além de estimular a leitura, é uma forma de incentivar a solidariedade”, afirma Daryalva Bacellar, gerente de responsabilidade social do Grupo Pão de Açúcar, ao qual pertence a rede Extra. “Ao doar, as famílias podem refletir sobre a ideia de que aquilo que já foi útil para a gente também pode ser – e muito – a outras pessoas”, completa.

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POR EXEMPLO

COMO FUNCIONA A POR EXEMPLO?

VOCÊ JÁ ESTÁ AJUDANDO

REALIZAÇÃO:

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A boa notícia é que, ao comprar a POR EXEMPLO, você ajuda a reverter esse panorama. As duas instituições beneficiadas pelo dinheiro que você desembolsou para adquirir a revista têm no estímulo à leitura uma de suas principais lutas. Das cinco metas que o movimento Todos pela Educação pretende cumprir até 2022, uma está diretamente ligada à leitura: toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos. “Alfabetizar na idade correta é fundamental para o desenvolvimento do hábito pela leitura e para o aprendizado nos anos seguintes”, afirma Priscila Cruz. Nas escolas atendidas pela ONG Parceiros da Educação, a leitura também é prioridade: “Oferecemos apoio para melhorar o acervo e o funcionamento das bibliotecas escolares. Além disso, ajudamos os professores a trabalhar melhor essa atividade na sala de aula”, explica Maria Helena de Castro. Ao comprar a POR EXEMPLO, você já deu sua contribuição. Mas não deixe também de participar da campanha de doação de livros do Extra. O resultado vale o esforço: um país mais desenvolvido, esclarecido e consciente.

APOIO:

INSTITUIÇÕES BENEFICIADAS:

CONFIRA QUEM SÃO OS PARCEIROS ENVOLVIDOS NO PROJETO E VEJA A IMPORTÂNCIA DE SUA PARTICIPAÇÃO

1 PARA COMEÇAR Duas empresas patrocinam o projeto: Procter & Gamble e Kraft Foods. (Ainda há cotas disponíveis. Para saber mais, escreva para patrocinio@revistaporexemplo.com.br.) Como contrapartida, elas recebem páginas para anunciar na POR EXEMPLO. É uma publicidade inteligente, que vira apoio a uma grande causa.

2 NASCE A REVISTA A POR EXEMPLO é elaborada pela Editora MOL, uma empresa que acredita que a gente só vai fazer diferença no mundo se realizar as coisas de um jeito diferente.

3 ATÉ VOCÊ Correalizadora do projeto, a rede Extra vende a revista em seus mais de 470 pontos de venda, entre hipermercados, supermercados e drogarias. As lojas estão presentes em 16 estados de todas as regiões do país, mais o Distrito Federal. É graças ao empenho dos milhares de funcionários da rede que a POR EXEMPLO pode chegar a tantos leitores.

4 FINAL FELIZ O valor arrecadado com a venda da revista, descontados os impostos, é 100% doado às ONGs Parceiros da Educação e Todos pela Educação – além de outros projetos que em breve serão selecionados por meio de um edital. (Aguarde mais informações!)

PATROCÍNIO:

© FOTO MARCIA DIAS

ESFORÇO NECESSÁRIO Garantir o acesso à leitura é fundamental para melhorar a educação. “Quanto maior o envolvimento com a leitura, melhor o desempenho dos alunos”, afirma Maria Helena de Castro, coordenadora da ONG Parceiros da Educação. Priscila Cruz, diretora-executiva do movimento Todos pela Educação, acrescenta: “Ler e saber interpretar um texto são habilidades importantes para todas as áreas de conhecimento e para o exercício pleno da cidadania”. Em nosso país, especificamente, muito ainda precisa ser feito para que a leitura se torne um hábito. O Brasil ficou em 53º lugar, entre 65 países, na avaliação sobre capacidade de leitura realizada pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), em 2009.

ANDERSON BORGES, CLIENTE DO EXTRA, LEVA SUA DOAÇÃO DE LIVROS A UMA DAS LOJAS DA REDE. ASSIM COMO ELE, VOCÊ TAMBÉM PODE PARTICIPAR!

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Conheça quem você ajuda SAIBA MAIS SOBRE AS INSTITUIÇÕES BENEFICIADAS PELA POR EXEMPLO TODOS PELA EDUCAÇÃO

PARCEIROS DA EDUCAÇÃO

(www.todospelaeducacao.org.br)

(www.parceirosdaeducacao.org.br)

Luta por MAIS ACESSO à escola e pela melhoria do ensino Articulou a aprovação da emenda constitucional que ampliou a faixa etária com vaga garantida na escola de 7 a 14 anos para 4 a 17 anos

Monitora indicadores, realiza campanhas de mobilização, leva o tema da educação à mídia e articula a iniciativa privada, a sociedade civil e o poder público Trabalha pela educação em âmbito nacional

JOSÉ PAULO MARTINS, de 56 anos, sempre se identificou com a causa da educação. Quando a empresa em que ele trabalha, a Gerdau, foi convidada a participar da criação do Todos pela Educação, não teve dúvida: colaborou com o planejamento do movimento e se tornou um de seus fundadores. Hoje, é membro do Conselho de Governança. “Acho importante trabalhar pela educação porque é a base da formação do indivíduo”, afirma. José acredita que a educação é um problema coletivo, por isso considera fundamental a atuação do movimento: “Ele gera uma rede de articulação e execução das medidas necessárias para transformar o ensino no Brasil”.

Ajuda a criar e manter parcerias entre empresas e escolas

Hoje, mantém 80 parcerias, todas no estado de SP, beneficiando mais de 100 mil alunos

150 escolas

92% das escolas parceiras

beneficiadas

de 1ª a 5ª série bateram a média do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)

desde 2005, nos estados de SP, RJ, GO, RS e CE

“TÍNHAMOS 32 ALUNOS com baixo rendimento. Agora são cinco. Quase 85% de melhora é motivo de muito orgulho.” Quem comemora é Maria Helena Guetti, diretora da escola estadual Nildese Martins de Almeida, em Carapicuíba (SP). Em 2011, a instituição passou a ser beneficiada pela Parceiros da Educação. Uma das iniciativas foi a implementação de um projeto de reforço escolar informatizado. A fórmula resultou em estudantes mais interessados e participativos. Como Ellen Cristina (na foto acima), de 10 anos, que está no 5º ano: “As aulas são muito legais. Estou aprendendo bastante, minhas notas melhoraram e eu ainda me divirto!”.

TRISTE CENÁRIO A EDUCAÇÃO NO BRASIL TEM MELHORADO. MAS AINDA É PRECISO AVANÇAR MUITO. VEJA ALGUNS NÚMEROS QUE VOCÊ AJUDA A MUDAR AO COMPRAR A POR EXEMPLO

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3,7

25%

MILHÕES DE CRIANÇAS E A DOL E S CEN T E S ENTRE 4 E 17 ANOS

DAS CRIANÇAS TERMINAM A 4ª SÉRIE SEMIANALFABETAS

NÃO ESTÃO NA ESCOLA

4 ENTRE 10 ALUNOS BRASILEIROS TÊM ENTRE ZERO E 1O LIVROS EM CASA. NOS PAÍSES D E S E N V O LV ID O S , SÓ 1 EM CADA 10 E S T UDA N T E S L Ê TÃO POUCO ASSIM

FONTES: TODOS PELA EDUCAÇÃO E PROGRAMA INTERNACIONAL DE AVALIAÇÃO DE ALUNOS (PISA)

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12 FAÇA O QUE EU FAÇO

Qual é seu truque infalível? PARA RELAXAR, SER MAIS

“Tenho uma irmãzinha de 4 anos que adora pegar no meu pé. Quando ela me aperreia demais, eu me tranco no quarto e coloco uma boa música. Logo minha raiva passa e ela se distrai com outra coisa qualquer.” LORENA CORREIA, 13 anos, estudante do Recife

SAUDÁVEL, FICAR MAIS BONITO, ESCAPAR DE PERRENGUES... NAS MAIS DIVERSAS SITUAÇÕES, HÁ SEGREDINHOS QUE TORNAM TUDO MAIS FÁCIL. VEJA A SEGUIR UMA SELEÇÃO DE MACETES DE PESSOAS DE VÁRIAS PARTES DO PAÍS! TEXTO CAMILLA DEMARIO, HELSON FRANÇA, MARINA GADELHA, PRISCILLA DANTAS, RAFAELA CARVALHO, TISSIANE VICENTIN E VALÉRIA MENDONÇA

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“Minha mãe tem um truque infalível para quando a coisa aperta na escola: ou estudo ou não vou para o futebol. Pratico há seis anos, sou semiprofissional, adoro bater uma bola. Nessas horas, a única saída é mesmo obedecê-la!” GUILHERME MEYER, 15 anos, estudante de São Paulo

AULA DE DETERMINAÇÃO Como ensinar seu filho a persistir nos estudos e em outras atividades? Veja como três famílias fazem isso na matéria da página 34!

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POR EXEMPLO

3 PROGRAMAS PARA FAZER COM SEU FILHO

OUVIR MÚSICA

REDUZ A

1. Convide-o a fazer algo que você pode ensiná-lo, como praticar algum esporte ou hobby.

TENSÃO MUSCULAR E AJUDA A CIRCULAÇÃO E A DIGESTÃO

2. Apresente a ele locais da cidade que você costumava frequentar quando era mais novo.

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3. Visitem um lugar desconhecido: um bairro distante, uma lanchonete nova, um museu...

NO RITMO CERTO Como você se sente agora? Calmo, empolgado, nostálgico...? No site www.stereomood.com, você pode ouvir músicas que combinam com o seu humor. Logo que você abrir a página, aparecerá uma lista de palavras (em inglês) como: sonhador, otimista, agressivo, feliz, trabalhando, com sono, viajando... É só clicar no tema que melhor descreve seu momento e curtir o som!

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“Eu e minha filha fazemos várias coisas juntas. Mas de algumas a Carla não gosta muito, como ir à padaria ou ao mercado. Aí meu segredo para convencê-la é pedir com jeitinho. Às vezes, eu compro um agradinho para mostrar como gosto da companhia dela. E ela acaba se rendendo!” GLÓRIA PRADO, 47 anos, dona de casa de São Paulo

“Tenho um truque para não desmanchar a maquiagem: lavar bem o rosto antes de aplicar os produtos. Assim, eles ficam fixados por mais tempo!” KARINA SILVA DE AZEVEDO, 23 anos, modelo de São Paulo

APENAS OLHAR PARA UMA

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PAISAGEM NATURAL JÁ AJUDA A DIMINUIR O ESTRESSE 2

© FOTO 1 MARCOS LOPES 2 ALEXANDRE SEVERO 3 TIAGO LIMA 4 CARINA BARROS

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“Quando a minha mulher está muito brava, querendo brigar, dou um buquê de rosas para ela.” NILTON EULFRASIO, 31 anos, segurança do Rio de Janeiro

“Surfo há uns 10 anos. Ao menos uma vez por mês, vou à praia, pego minha prancha e nas ondas alivio o peso da rotina. O contato com o mar é a melhor coisa para relaxar!” BRUNO BACCI, 21 anos, estudante de administração de São Paulo

MIMO SEMPRE É BOM Não espere por datas especiais nem por brigas para fazer pequenos agrados ao seu amor. Acorde mais cedo qualquer dia desses e leve um café na cama. Escolha um filme romântico para verem juntos à noite. Faça uma massagem demorada antes de dormir... Assim, você faz de um dia comum um momento inesquecível!

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© FOTOS 1 MARCOS LOPES 2 ALEXANDRE SEVERO 3 TIAGO LIMA 4 CARINA BARROS 5 MICA TOMÉO 6 MÁRCIA DIAS 7 ANNA LUIZA FISCHER

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3 DICAS PARA CUIDAR DA PELE 3

1. Beba bastante água, para controlar a oleosidade. 2. Jamais durma com maquiagem: ela impede que seus poros respirem. 3. Use protetor solar para evitar o efeito dos raios UV, que causam envelhecimento

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14 VITAMINA DE SOJA3 “Pratico natação e futebol. Para ter fôlego, sigo uma dica da minha mãe: alimentar-me bem. No café da manhã, tomo vitamina de frutas. E, nas outras refeições, como até o que não gosto muito, quando sei que faz bem. Assim, eu fico forte e mais concentrado para os estudos.” JOÃO PEDRO SÁ LEITÃO, 7 anos, estudante do Recife

Você é intolerante à lactose? Confira essa receita à base de soja: • 1 xícara (chá) de mamão com casca picado • 1 xícara (chá) de banana nanica picada • 1 xícara (chá) de maçã com casca picada • 2 colheres (sopa) de aveia em flocos finos • açúcar a gosto • o que baste de leite de soja gelado

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Bata o mamão e o leite. Peneire e bata de novo com os demais ingredientes.

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“Quando estou muito estressado, eu saio para caminhar. O nervosismo me dá fome. Se fico em casa, acabo comendo coisas desnecessárias. Andando por aí, controlo meu apetite e me sinto muito mais leve.” FÁBIO LUIZ LEMOS FERREIRA, 33 anos, atendente de logística de Cuiabá

“Sempre fui desligada. Até que decidi colar bilhetinhos com ímã na geladeira. Assim que uma tarefa é cumprida, abro espaço para novas. Um truque simples e funcional!” ADELVA SEIXAS MAGRO, 53 anos, professora de São Bernardo do Campo (SP) 6

4 DICAS PARA UMA BOA CAMINHADA 1. Alongue-se antes e depois do exercício. 2. Use roupas leves e tênis apropriados. 3. Hidrate-se durante o percurso. 4. Tome uma ducha fria após a atividade, para relaxar e diminuir as dores.

DIETA INESQUECÍVEL Morango, maçã, laranja, uva e kiwi são alimentos que estimulam nossa capacidade de lembrar, pois contêm a substância fisetina, que fortalece as ligações entre os neurônios.

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POR EXEMPLO

“Gosto de cozinhar e sempre busco novidades para fazer pratos diferentes. Minha especialidade é peixe. E um truque é temperá-lo com noz-moscada – fica uma delícia!” GUILHERME ALMEIDA, 23 anos, músico de São Paulo

3 DICAS PARA OS CABELOS NO VERÃO 1. Após o banho de mar ou de piscina, enxágue-os bem com água doce. 2. Aplique hidratante e protetor solar (específicos para cabelos) nos fios ainda úmidos, para absorver melhor. 3. Semanalmente, faça limpeza com um xampu antirresíduo.

“Uso babosa e óleo de vitamina A para hidratar os cabelos. Misturo a polpa da folha com o óleo e aplico por meia hora. É bom à beça!” PRISCILA PEREIRA, 24 anos, gerente de loja do Rio de Janeiro

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CARNE DE PEIXE TEM ÔMEGA 3 E ÔMEGA 6,

QUE AUMENTAM O COLESTEROL BOM

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CHEIRO VERDE Uma maneira de deixar sua casa perfumada é cultivar ervas aromáticas. Boa parte delas também serve de tempero – como cebolinha, tomilho, hortelã, manjericão e pimenta-malagueta.

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“Minha família tem um truque infalível para combater resfriados: um chá à base de gengibre, alho, cebola, mel e limão. A receita é passada de mãe para filho há gerações!” GEORGE DOS SANTOS, 26 anos, motorista de Salvador Minha mãe fuma em casa, e eu sofro com o CHÁ DO mau cheiro. Mas GEORGE aprendi um truque para Você vai precisar de desimpregnar a uma colher de chá de fumaça. Pego uma cada um destes maçã e espeto cravos ingredientes: • gengibre ralado, por toda a sua casca. • cebola picada, Ela suga o odor – tanto • alho picado, que murcha e fica bem • mel, fedida. Mas aí é só • suco de limão. trocá-la por uma nova. Misture tudo com um SHEILA MACHADO, pouco de água e deixe cozinhar até ferver. 27 anos, publicitária de São Paulo 3

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16 Depois de muitas melancias sem gosto e sem cor, descobri o segredo para levar para casa só as mais doces: a fruta tem de ter uma “bundinha”. Aquela extremidade oposta ao lado em que nasce o ramo não pode ser lisa: ela tem de estar funda, fazendo uma curva. E quanto mais “bunduda”, melhor! RITA DE CÁSSIA LOIOLA, 30 anos, estudante de Curitiba

REFRESCA E FAZ BEM6

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Vendo um programa de culinária na TV, eu aprendi uma técnica fácil para descascar alho. É só segurar o dente com dois dedos, um em cada ponta, e dar uma apertadinha. Aí basta passar a faca na extremidade mais achatada que a casca sai junto, sem sofrimento. EDUARDO LUCAS BESSA, 26 anos, designer de São José do Rio Preto (SP)

Mais de 90% da melancia é composta de água. Mas, além de hidratar, a fruta traz outros ótimos benefícios:

O ALHO PREVINE

1. Tem fibras que regulam o intestino. 2. Previne câncer e cálculo renal.

DOENÇAS NO

CORAÇÃO

3. O chá de suas sementes ajuda a combater a pressão alta.

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Sou um sujeito que facilmente se desconcentra. Começar e terminar algo de forma ininterrupta não é tão simples para mim. E uma maneira que acabei encontrando para amenizar isso foi, por ironia, tendo algo na minha orelha o tempo inteiro. Coloco meus fones gigantes, escolho meu som e trabalho. Funciona. DANILO VALENTINI, 37 anos, jornalista de São Paulo

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“Uso o conhecimento que adquiro lendo revistas para melhorar minha qualidade de vida. Atualmente estou aprendendo a fazer ponto cruz. E descobri que é ótimo para relaxar!” ROSIMEIRE CARDOSO DOS SANTOS, 32 anos, dona de banca de jornal de Salvador

DICAS DE CONCENTRAÇÃO Está estudando para o vestibular ou algum concurso? Veja três truques para render mais. 1. Planeje quais matérias você vai estudar e em quais horários. 2. Intercale leitura com exercícios, para evitar a monotonia. 5

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3. Faça fichas-resumo para revisar o que já estudou.

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PESSOAS QUE TÊM UM

PASSATEMPO SÃO GERALMENTE MAIS SAUDÁVEIS

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POR EXEMPLO

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“Faço uma batata assada que todo mundo sempre elogia, porque fica com a casquinha crocante. O truque é simples: polvilhar com farinha de mandioca antes de levar ao forno. MARIANA DA SILVA BOLZANI, 33 anos, designer de São Paulo

DELÍCIAS DOURADAS Para fazer a receita da Mariana, corte as batatas em fatias, com casca, e coloque-as numa fôrma preaquecida com azeite. Aí, jogue dentes de alho espremidos por cima e tempere com alecrim, sal e pimenta. Só então vai a farinha. Deixe no forno até as batatas ficarem douradas e pronto!

“Tenho um kit de sobrevivência no porta-malas do carro: uma muda de roupa, diferentes sapatos, cosméticos e uma lancheira com biscoitos, barras de cereal e água. Um dia tive de ir direto do trabalho para um evento e foi como se tivesse passado em casa – cheguei jantada, bem-vestida e perfumada.” HANAH AIRES, 28 anos, engenheira química do Recife

LANCHINHO COMPLETO

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Levar uma refeição rápida e saudável para fazer no meio da tarde, no trabalho, ajuda a controlar o peso com saúde. “O lanchinho deve conter uma proteína, 4 um carboidrato e um alimento regulador”, explica a nutricionista Luiza Mattar. “Iogurte ou achocolatado, uma fruta e uma barrinha de cereal são a combinação perfeita”, sugere a especialista.

Moro longe do trabalho, então costumo passar muito tempo no ônibus ou no trem. Para que a viagem fique mais rápida e divertida, meu truque é sempre carregar um livro ou uma revista. Eu me distraio, fico sabendo das coisas e ainda aprendo sobre vários assuntos. EZENILDA NEVES DIAS, 39 anos, copeira de São Paulo

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A LEITURA ESTIMULA A COMUNICAÇÃO, A CRIATIVIDADE E A IMAGINAÇÃO

© FOTOS 1 MARCOS LOPES 2 ALEXANDRE SEVERO 3 TIAGO LIMA 4 CARINA BARROS 5 MICA TOMÉO 6 MÁRCIA DIAS 7 ANNA LUIZA FISCHER

FONTES: 1 MUSICOTERAPEUTA JOSÉ DAVISON DA SILVA JÚNIOR 2 REVISTA PESQUISA FAPESP ONLINE 3 ADAPTADO DO LIVRO ALIMENTE-SE BEM (SESI-SP) 4 NUTRICIONISTA LUIZA MATTAR 5 UNIVERSIDADE DO ALABAMA 6 EMBRAPA 7 INSTITUTO DE GERONTOLOGIA DA WAYNE STATE UNIVERSITY

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XXXXXXXXXXXXXX QUE SE APRENDE 18 É

O que você já aprendeu com um erro? Conte para a gente! Veja nossos contatos na página 7.

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POR EXEMPLO

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Perdi a hora! O TEMPO NÃO PARA DE NOS PREGAR PEÇAS. INSISTE EM FALTAR NOS INSTANTES DE PRESSA – E, NOS MOMENTOS DE ANSIEDADE, PARECE QUE SE ARRASTA LENTAMENTE, SÓ PARA PROVOCAR. O BOM É QUE, DE CADA TROPEÇO QUE DAMOS NO RELÓGIO, SEMPRE DÁ PARA TIRAR UMA BOA HISTÓRIA E UMA VALIOSA LIÇÃO. COMO VOCÊ CONFERE NOS RELATOS A SEGUIR! TEXTO CAMILLA DEMARIO, HELSON FRANÇA, JAQUELINE LI, MARINA GADELHA E PRISCILLA DANTAS FOTO GUILHERME GOMES

Sempre me enrolei muito no banho. Quando era pequena, levei várias broncas por causa disso. Já adulta, algumas vezes tive de sair de casa sem tomar café nem escolher direito a roupa por ter esquecido da vida no banheiro. Resolvi o problema com um truque simples: deixar um relógio sobre a pia, virado para o boxe. JULIANE ALBUQUERQUE, 31 anos, São Paulo

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Por volta dos meus 17 anos, eu decidi viajar para passar o Carnaval no Rio de Janeiro. Minha irmã me deu uma carona até a rodoviária. Saímos com folga, mas o trânsito estava pior do que a gente pensava. Quando chegamos no terminal, era tarde demais. Então, lá fomos nós a bordo do nosso Fusquinha bege, perseguindo o ônibus pelas ruas e fazendo sinal. Deu certo: o motorista parou e consegui embarcar. Além de muitas risadas, essa experiência me rendeu uma lição: precaução para não se atrasar nunca é demais! ANETE DE PIERI, 46 anos, Guarulhos (SP) Foram várias as vezes em que perdi a hora. Já paguei multa por atrasar a entrega do imposto de renda, comprei ovo de Páscoa quebrado no dia do feriado, fiquei sem gasolina no meio da rua por achar que daria tempo de abastecer, perdi uma inscrição para mestrado porque não consegui juntar os documentos no prazo... Superar esse defeito vai ser uma luta para a vida inteira! DIOGO MONTEIRO, 33 anos, Recife

O meu problema é que, com medo de me atrasar, acabo me adiantando muito. Sou diarista e, uma vez, um cliente me pediu para chegar na casa dele algumas horas depois do combinado. Pensando que não daria tempo de fazer todo o serviço, saí da minha casa só um pouco depois do horário normal. Resultado: fiquei duas horas esperando na rua. JOCIRLENE ALMEIDA, 36 anos, Rio de Janeiro Viajei da Bahia para São Paulo, onde pegaria outro voo para Cuiabá. Mas, quando fui embarcar nesta segunda etapa da viagem, era tarde demais. Só então percebi que meu relógio estava uma hora atrasado, devido ao horário de verão, em vigor no Sudeste, mas não no Nordeste. Perdi a passagem. E, desde então, sempre que viajo, fico bem atento ao fuso. JOSÉ AMÉRICO CORRÊA, 43 anos, Cuiabá Uma vez aceitei ter dois empregos. Para conciliar, tinha de chegar mais cedo no primeiro, sair mais tarde do segundo, almoçar no trânsito...

A qualidade de vida foi caindo – e o rendimento também. Tive de optar por apenas um. Deixei uma impressão ruim na empresa da qual saí, foi chato. Mas aprendi a só fazer o que meu tempo permite. VANESSA CAMPOS, 32 anos, Fortaleza Não acreditei que a doença do meu pai era realmente terminal. Na última semana de vida dele, fiquei trabalhando. Achei que ainda teria chance de me despedir, conversar, dar o carinho da minha presença, mas não. Por mais que o tempo passe, esse erro de cálculo eu jamais vou poder reparar. MARIA ILMA CARUSO, 64 anos, Curitiba O sinal que marca o fim do recreio na minha escola não é muito alto. Um dia eu estava brincando, não o ouvi e acabei chegando atrasada na aula. A professora não gostou, e eu fiquei bastante chateada. Agora eu só brinco perto do monitor, que é quem organiza a entrada de todo mundo e não me deixa perder a hora! CAMILA TRINDADE 12 anos, Salvador

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XXXXXXXXXXXXXX VOCÊ PENSA QUE É? 20 QUEM

MARIA REGINA ERMÍRIO DE MORAES WAIB, DE 39 ANOS, DE SÃO PAULO, SENTIA FALTA DE ALGO EM SUA VIDA. COMO ELA RESOLVEU ESSE VAZIO? A) MUDOU O CORTE DE CABELO B) MONTOU UM SALÃO DE BELEZA C) DECIDIU AJUDAR VELHINHOS

Um belo dia r

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POR EXEMPLO

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resolvi mudar TEXTO KARINA SÉRGIO GOMES FOTOS DANIELA TOVIANSKY

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22 MARIA REGINA NASCEU em uma das famílias mais ricas do Brasil. Virou publicitária, trabalhou em grandes agências, adorava sua profissão. Tinha bons amigos, sua família lhe dava apoio e carinho, sua saúde não falhava, nem sua fé – católica, ela sempre foi muito religiosa. Mas uma insatisfação cismava em entristecê-la. “Eu sentia um vazio”, lembra. Um dia, sua amiga Maria Theresa Pereira, que já trabalhava com ações sociais, lhe pediu uma doação para reformar um asilo para idosos carentes. Maria Regina quis conhecer a instituição. Quando viu a situação precária do local, decidiu que tinha de fazer alguma coisa . “Fui pesquisar sobre voluntariado e descobri que pouquíssimos projetos eram voltados para idosos”, lembra. Daí veio a determinação de abraçar a causa. Em 1999, com Maria Theresa e outra amiga, Regina Helena Helou, Maria Regina fundou o Projeto Velho Amigo, com o objetivo de arrecadar doações para lares de idosos. Essas casas beneficentes abrigam pessoas da terceira idade que foram abandonadas pela família ou estão sozinhas no mundo – e sem condições de se manter. Lá, ganham abrigo, comida, roupas, acompanhamento médico e atenção para passar pela velhice com dignidade. O trabalho foi atraindo novos colaboradores. Certo dia, quando Maria Regina estava no salão de beleza, um cabeleireiro se ofereceu para participar do projeto. Aí surgiu a ideia de realizar o primeiro mutirão da beleza , que leva idosas moradoras de asilos para passar um dia sendo atendidas gratuitamente por cabeleireiros, manicures e pedicures. O Velho Amigo também realiza o mutirão da saúde, que oferece atendimento médico, e o dos dentistas. O projeto ajuda 15 instituições paulistas, que cuidam de 830 idosos. Desde a fundação, 6 mil pessoas já foram beneficiadas. Os resultados do trabalho foram cobrindo o vazio que Maria Regina sentia e, aos poucos, tomando conta de sua vida. Desde 2004, ela – que é casada e mãe de dois filhos – se dedica integralmente à iniciativa. “A recompensa é ver os idosos felizes não só por receber cuidados, mas também dignidade e carinho”, diz.

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MARIA REGINA DURANTE O MUTIRÃO DA BELEZA – INICIATIVA DO PROJETO VELHO AMIGO, QUE LEVA MORADORAS DE ASILOS PARA CURTIR UM DIA DE MIMOS NO CABELEIREIRO

870 mil

pessoas

completam

65 anos no mundo a cada mês

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POR EXEMPLO

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LIÇÕES DE EXPERIÊNCIA NA ENTREVISTA A SEGUIR, MARIA REGINA CONTA MAIS SOBRE SEU TRABALHO E CONVIDA VOCÊ A PARTICIPAR. VEJA COMO FAÇA VOCÊ TAMBÉM! Valorize os idosos da sua família. Desde quando você não os visita ou os acompanha em um passeio? Um telefonema sem pressa já pode fazer muita diferença. Respeite a fila de idosos, as vagas específicas no estacionamento e os assentos especiais no transporte público. Um dia você também vai precisar fazer uso desses direitos. Informe-se. O Estatuto do Idoso define os direitos das pessoas com mais de 60 anos. Acesse-o, na íntegra, no site da Presidência da República: http://bit.ly/v6plOy

83 mil idosos

moram

nos mais de

3.500

asilos do Brasil

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OS IDOSOS SÃO POUCO VALORIZADOS? Sim. No Brasil, muitas pessoas pensam que eles não têm valor. Mas os idosos são nossa história, têm uma vasta experiência para repassar. Acho que a sociedade dá pouca atenção ao conteúdo e muita à forma, ao corpo. QUAL FOI O MOMENTO MAIS MARCANTE NO SEU TRABALHO? Vários. O mais recente foi no ano passado. Meu irmão havia acabado de falecer, eu andava um pouco afastada do projeto. Aí decidi visitar um dos nossos asilos. Chegando lá, um senhor se aproximou e veio me dar os pêsames. O carinho deles com a gente é revigorante. Outra vez, fui a um asilo muito simples, que tinha apenas meio metro de quintal para tomar sol. Perguntei a uma senhora se ela gostava dali, e ela respondeu: “Ah, filha, aqui eu tenho tudo o que preciso”. Eles me dão lições de humildade o tempo todo. QUAL É A MAIOR NECESSIDADE DOS MORADORES DE ASILOS? Atenção. Eles querem conversar. Tudo o que os tira da rotina faz bem. Uma vez perguntei num asilo ajudado pelo projeto se havia algum lugar que eles queriam conhecer, e o sonho deles era ir à cidade de Aparecida. Aluguei um ônibus e os levei. COMO AS PESSOAS PODEM PARTICIPAR DO PROJETO? Com prestação de serviços, como é o caso dos mutirões; com doações, participando de nossos eventos, que são 100% beneficentes; ou atuando como voluntário – saiba mais pelo telefone (11) 3071-4040.

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24 EU CONTRA O MUNDO

Não precisa de dinheiro SE O SEU SONHO TEM UM PREÇO QUE VOCÊ NÃO PODE PAGAR, NÃO DESANIME. COM ESFORÇO, CRIATIVIDADE E FARO PARA OPORTUNIDADES, É POSSÍVEL CONTORNAR A FALTA DE RECURSOS TEXTO JAQUELINE LI E JÉSSICA MARTINELI

“UMA VEZ POBRE, SEMPRE POBRE.” Esse ditado, infelizmente, ainda retrata a história de muitas famílias do nosso país. Mas sempre houve quem lutasse para desmenti-lo. E a boa notícia é que essa turma nunca foi tão grande. Atualmente, quase 70% da população brasileira está mudando de classe social. Esse é o maior percentual registrado desde os anos 1970, quando a mobilidade entre as classes econômicas começou a ser medida no país. Na prática, esses números são representados por histórias reais de homens e mulheres, de todas as partes do Brasil, que lutam diariamente para melhorar de vida. Eles estudam por conta própria, empreendem grandes ideias, compartilham suas conquistas com quem vive na mesma situação. Tudo por acreditar que a falta de dinheiro não é impedimento para a realização de um sonho.

Como qualquer grande realização, mudar de vida não é nada fácil. “A mobilidade social se dá a passos pequenos, degrau por degrau”, explica Elaine Vilela, professora do Departamento de Sociologia e Antropologia da Universidade Federal de Minas Gerais. E são vários os fatores envolvidos nessa escalada. Entram na conta a educação, as experiências profissionais, os contatos, o acesso à cultura... Tornar-se uma pessoa bem-sucedida depende da nossa disposição para ir atrás disso tudo. É claro que dinheiro ajuda. Mas a dedicação e a capacidade de aproveitar as oportunidades podem driblar a falta de recursos. “É preciso ter crença, esforço e correr atrás”, afirma a professora Elaine. Foi essa a receita que mudou a vida das pessoas que você vai conhecer a seguir. Veja seus feitos incríveis e inspire-se em seus exemplos.

ZELI MOROU NA RUA POR QUASE UM ANO. HOJE É GERENTE DE UMA DAS MAIORES LOJAS DO EXTRA

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POR EXEMPLO

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DA RUA À CHEFIA

VENÇA TAMBÉM Jovens desempregados de 18 a 29 anos, de famílias com renda per capita de até meio salário mínimo, podem receber formação profissionalizante gratuita pelo programa federal Projovem Trabalhador. Informe-se na prefeitura da sua cidade.

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Aos 10 anos, Zeli dormiu sua primeira noite na rua. A família acabara de se mudar de Timóteo (MG) para Belo Horizonte, onde seu pai achava que seria fácil conseguir um emprego. Não foi. Durante mais de um mês, o casal e os quatro filhos moraram na calçada, sob uma árvore. Por pressão dos vizinhos, mudaram-se para debaixo de uma marquise. Durante quase um ano, nenhum dos filhos estudou nem tomou banho de chuveiro. Fazendo bicos, o pai conseguiu construir uma casinha de barro na região metropolitana. Aos 14 anos, Zeli conquistou seu primeiro emprego, como entregador de panfletos em um supermercado. Voltou para a escola, foi promovido a empacotador, repositor e chefe de seção. Dez anos depois, foi contratado pelo Extra. Graças a um programa da empresa, terminou o ensino médio. Hoje é gerente de uma das maiores lojas da rede, em Santos (SP). Seus dois filhos têm as oportunidades e o conforto que ele sempre sonhou oferecer. Mas, apesar das conquistas, Zeli não esquece a receita que o fez chegar tão longe: no ano que vem ele se forma em logística e já quer emendar uma pós-graduação.

© FOTO GUILHERME GOMES

ZELI BRAZ DA SILVA, 42 ANOS, SANTOS (SP)

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26 JOÃO NÃO TINHA NEM CADERNO PARA ESTUDAR. MAS NÃO DESISTIU. HOJE É ESPECIALISTA EM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

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O VALOR DO ESTUDO Ainda criança, em Ilha Solteira (SP), João viu o pai ter de abandonar a profissão de servente de pedreiro por problemas de saúde. Para cuidar do marido, a mãe também passou a ficar em casa. Assim, aos 9 anos, ele batia de porta em porta perguntando o que podia fazer em troca de dinheiro. Seu exemplo passou a ser a irmã, que investiu num curso

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de educação básica para jovens e dali entrou na faculdade. João ingressou numa escola técnica e foi aprovado no vestibular. Sem dinheiro para comprar caderno, usava folhas de eletrocardiograma que uma das irmãs lhe trazia do hospital em que trabalhava. Foi assim que se formou em engenharia elétrica. Com uma bolsa de estudos, fez mestrado. Sem saber inglês, viajou para os

Estados Unidos, onde também conseguiu uma bolsa e tornou-se doutor. Hoje, é chefe do Laboratório de Inteligência Artificial da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, na qual passa aos alunos não só conhecimentos específicos, mas também sua experiência de vida: “Tudo deu certo porque eu corri atrás, com esforço e coragem”, ensina.

VENÇA TAMBÉM Universidades privadas também podem ser acessíveis a quem não tem condições de pagar a mensalidade. É para esses casos que existe o Programa Universidade Para Todos (ProUni), do governo federal. Saiba mais no site http://prouniportal. mec.gov.br.

© FOTO 1 NÍCOLAS CARRELO 2 ERALDO PERES

JOÃO ONOFRE PINTO, 45 ANOS, DE CAMPO GRANDE

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LIXO PROMISSOR SÔNIA MARIA DA SILVA, 49 ANOS, BRASÍLIA

VENÇA TAMBÉM O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) está presente em todos os estados do Brasil, oferecendo cursos e orientações para quem quer começar o próprio negócio. Informe-se em www. sebrae.com.br ou 0800-570-0800.

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Quando o primeiro filho de Sônia nasceu, com síndrome de Down, ela se viu obrigada a largar o emprego de auxiliar de enfermagem para cuidar dele. Na mesma época, os negócios do marido iam mal, e aos poucos a família perdeu quase tudo. “Vendemos a casa, o carro, tudo para poder comer. Fomos parar num barraco, sem água nem luz”, lembra. Pois foi lá que Sônia viu surgir a esperança, com outras famílias que estavam na mesma situação. “Decidimos que nossa fonte de renda seria o lixo.” Com a ajuda do Sebrae, Sônia e seus vizinhos fundaram a cooperativa 100 Dimensão. Eles coletam o lixo reciclável e o vendem para empresas que o beneficiam. O trabalho rende 600 reais mensais para cada uma das 200 famílias participantes, o que permitiu que saíssem da situação de risco social. Além disso, os cooperados oferecem oficinas de artesanato com lixo em escolas. Para Sônia, o segredo é o trabalho coletivo: “Sempre haverá pobres e ricos, mas unidos podemos acabar ao menos com os miseráveis”.

SÔNIA PERDEU QUASE TUDO. DO LIXO, REFEZ A SUA VIDA E A DE 200 OUTRAS FAMÍLIAS. (A BOLSA AO LADO É EXEMPLO DO ARTESANATO QUE ELA ENSINA GRATUITAMENTE EM ESCOLAS.)

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COM ECONOMIA E DISPOSIÇÃO PARA TRABALHAR, CARU JÁ FOI A VÁRIOS PAÍSES QUE SONHAVA CONHECER 1

TURISMO SUADO Quando Caru passou no vestibular, em Florianópolis, sabia que não seria fácil se manter longe da família, que ficou em Bauru (SP). Pois, além de se bancar, ela queria juntar dinheiro para viajar o mundo. Após cinco anos de estudo e trabalho, poupou 5 mil reais. Pagou passagem, visto, curso de inglês em Londres e, quando chegou lá,

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viu que a sobra daria só para uns dias. Então ela trabalhou 70 horas por semana, como garçonete e vendendo sanduíches. Nos fins de semana, ia conhecer países próximos. Em dois anos, juntou 7 mil reais. Viajou três meses pelo Brasil e decidiu visitar a Austrália. Lá, conheceu uma associação que oferece estada em pequenas fazendas em

troca de mão de obra. Pulando de uma propriedade para outra, em dois meses Caru conheceu boa parte da costa do país. “Colhi azeitonas e brócolis e aprendi a construir casas ecológicas”, lembra. De volta ao Brasil, ela se vê transformada por essas experiências – que muita gente duvida que possam ser vividas sem dinheiro de sobra.

VENÇA TAMBÉM A associação que viabilizou a viagem de Caru pela Austrália é a World Wide Opportunities on Organic Farms (WWOOF). Ela está presente em vários países. Você pode se tornar um membro cadastrando-se pela internet. Saiba mais em www.wwoof.org.

© FOTOS 1 EDU CAVALCANTI 2 TIAGO LIMA

ANA CAROLINA DIONÍSIO, A CARU, 27 ANOS, FLORIANÓPOLIS

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SONHOS REAIS VALDECK DE JESUS, 45 ANOS, SALVADOR

VOCÊ NA REVISTA! O Valdeck mandou a história dele para a POR EXEMPLO. Faça como ele! Veja nossos contatos na página 7.

© FOTOS 1 EDU CAVALCANTI 2 TIAGO LIMA

VENÇA TAMBÉM

O Prêmio Valdeck Almeida de Jesus de Poesia, que promove novos autores desde 2005, é dirigido a candidatos de qualquer nacionalidade de língua portuguesa. Veja como participar no site http://bit.ly/v3R58c.

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Analfabeta, a mãe de Valdeck foi quem despertou no menino a paixão pelos livros. As histórias que ela contava, e que amenizavam a pobreza da família, no interior baiano, mais tarde ele descobriu serem literatura de cordel. Querendo imitar aquelas rimas, aos 12 anos Valdeck criou seus primeiros versos. Aos 16, porém, com a morte do pai, ficou mais difícil achar tempo livre: o mais velho de oito irmãos, ele teve de sustentar a família. Num dos vários empregos pelos quais passou, os colegas lhe cediam parte de suas marmitas para que levasse aos familiares. Após o ensino médio, Valdeck passou em primeiro lugar num concurso para o Tribunal Regional do Trabalho, onde foi trabalhar na limpeza. Nas horas livres, aprendia outras funções com os colegas. Foi assim que conseguiu uma transferência para a assessoria jurídica, em Salvador. O novo salário lhe permitiu formar-se em jornalismo, fazer cursos fora do país e retomar o sonho antigo. Já publicou 15 livros, pagos do próprio bolso. E todo ano, por meio de um concurso, seleciona novos autores – os quais tem prazer em financiar.

VALDECK REALIZOU O SONHO DE SER ESCRITOR. E TEM AJUDADO VÁRIAS OUTRAS PESSOAS A TAMBÉM CHEGAR LÁ

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30 PROBLEMA MEU

A onda

é incluir TEXTO FERNANDA DE ALMEIDA ILUSTRAÇÃO RÔMOLO

NUM MUNDO IDEAL, PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NÃO DESTOARIAM DA PAISAGEM. SE ISSO AINDA ACONTECE, É PORQUE LHES FALTAM CONDIÇÕES DE IR E VIR COM NATURALIDADE. PARA MUDAR ISSO, SÓ COM A AJUDA DE TODO MUNDO

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POR EXEMPLO

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MUITO SE FALA que as praias são os locais mais democráticos, onde todo tipo de gente se reúne celebrando o direito ao lazer. Mas será que o acesso ao mar é realmente livre para todos? Imagine-se numa cadeira de rodas. Mesmo que exista uma rampa permitindo a passagem do calçadão à areia, a partir daí a locomoção fica impossível: com as rodas afundadas no chão, não há braço que faça a cadeira avançar. Henrique Saraiva, de 32 anos, do Rio de Janeiro, sentiu isso na pele. Aos 18 anos, durante um assalto, ele levou um tiro que atingiu sua coluna vertebral e o deixou dependente de cadeira de rodas. Com a ajuda de um amigo, ele decidiu desafiar a falta de acessibilidade das praias. Marcos Sifu, surfista profissional, ensinou Henrique a equilibrar-se na prancha de joelhos. Deu tão certo que o esporte até ajudou na sua recuperação: depois de seis meses, Henrique trocou a cadeira de rodas por muletas. E uma ideia nunca mais saiu de sua cabeça: com o devido apoio, a praia pode, de fato, ser acessível a todo mundo. Henrique compartilhou o raciocínio com um casal de amigos: o fisioterapeuta Luiz Phelipe Monteiro Nobre, de 33 anos, e sua esposa, Luana, educadora física, de 27. Eles decidiram tomar a causa para si. E, em 2007, o trio fundou a Associação Adaptação e Surf (Adaptsurf). A associação oferece aulas gratuitas de surfe a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, com a orientação de instrutores especializados. Mas não é só isso. Com o apoio da prefeitura, a Adaptsurf tem instalado estruturas que permitem o acesso dos deficientes ao mar, como esteiras sobre a areia e cadeiras de rodas anfíbias, específicas para a praia. A associação também organiza mutirões O SONHO DE QUEM LUTA PELA ACESSIBILIDADE É O DIA EM QUE TODOS TENHAM, DE FATO, O DIREITO DE IR E VIR

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de limpeza e dá palestras sobre inclusão social. O próximo desafio é organizar o primeiro campeonato brasileiro de surfe adaptado. “Nossa expectativa é tornar esse sonho realidade em 2012”, diz Phelipe.

POR TODOS, NA PRÁTICA Quem toma conhecimento da história de Tereza d’Amaral, de 62 anos, pode se surpreender ao vê-la pessoalmente. Ela enxerga, ouve, fala e caminha sem dificuldade. Não sofre preconceito nem é impedida de chegar onde quer por falta de rampas ou sinalizações especiais. Mas isso não a impediu de perceber quanto a causa da acessibilidade é importante. Tanto que decidiu dedicar sua vida a lutar por ela. Tereza era estudante de história, no Rio de Janeiro, quando se tornou voluntária

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na Sociedade Pestalozzi, voltada para deficientes intelectuais. Tempos mais tarde, foi convidada para trabalhar nos ministérios da Previdência e da Educação. Foi quando deu uma enorme contribuição à sociedade brasileira, sendo uma das autoras da Lei nº 7853, de 1989, que assegura a integração social dos deficientes no país. Mesmo assim, algo ainda a incomodava. “Percebi que o que eu fazia não tinha prosseguimento ou continuava precariamente”, diz. Então, Tereza decidiu atuar de maneira mais prática. Em 1998, no Rio de Janeiro, criou o Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência (IBDD). Hoje, a entidade emprega 26 funcionários, além de quatro diretores voluntários. Uma das frentes de atuação do IBDD é jurídica, ajudando deficientes a

garantir direitos como o acesso a próteses. O instituto também é especializado em auxiliar pessoas com deficiência a entrar no mercado de trabalho. “Nós cuidamos de tudo, desde a preparação física e organizacional de uma empresa para receber um deficiente até a escolha do profissional que melhor se encaixa na vaga”, explica Tereza. Para os contratados, sai tudo de graça. Quem paga são as empresas. Em 2010, foram mais de 6 mil atendimentos. O maior retorno é a satisfação de quem passa por lá. Certa vez, depois de um treinamento para profissionais recém-contratados, uma aluna escreveu dizendo que o instituto havia feito uma revolução na vida dela. “Nesses momentos, temos a real noção de que a gente faz a diferença”, afirma Tereza, orgulhosa.

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33 PARTICIPE! INCLUA-SE VOCÊ PEQUENAS E GRANDES AÇÕES QUE VOCÊ PODE ADOTAR PARA COLABORAR COM A INTEGRAÇÃO DOS DEFICIENTES

APRENDA a Língua Brasileira de Sinais (Libras), para poder se comunicar com surdos. Há um dicionário gratuito na internet, com vídeos mostrando os gestos referentes a cada palavra: acessobrasil.org.br/libras CONTRATE deficientes. Além do IBDD e da AAPPE, entidades citadas na matéria, outras podem auxiliar. Dê uma olhada nos sites www. deficienteonline.com.br e www.selursocial.org.br

SE A RUA É DE TODOS, ELA NÃO PODE SER MENOS ACESSÍVEL A QUEM TEM DIFICULDADE DE LOCOMOÇÃO

DAR VOZ E ESPAÇO Foi uma tragédia familiar que levou Iraê Cardoso, de 48 anos, a encontrar o sentido de sua vida: um de seus irmãos, que era surdo, morreu atropelado aos 15 anos. Entre as lembranças que restaram, a mais forte era a frustração do garoto em não interagir plenamente com a sociedade. Para ajudar a mudar esse cenário, Iraê tornou-se voluntária da Associação dos Amigos e Pais de Pessoas Especiais (AAPPE), de Alagoas. Em 1993, assumiu a gestão da entidade e a transformou em um centro de referência em surdez. A AAPPE desenvolve projetos em diversas áreas. Para permitir a comunicação entre surdos e ouvintes, divulga a Língua Brasileira de Sinais (Libras) por meio de cursos para deficientes e pessoas em

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geral. Também oferece atendimento especializado gratuito em neurologia, neuropediatria, otorrinolaringologia, pediatria e psiquiatria. Pelo projeto Esporte sem Barreiras, estimula a prática de atividades como futvôlei e futebol de areia entre surdos e ouvintes. E dá treinamento para empresas e deficientes, permitindo a inserção dos surdos no mercado de trabalho. “Já encaminhamos mais de 4 mil pessoas ao primeiro emprego”, comemora Iraê. Os resultados dos trabalhos da AAPPE, do IBDD e da Adaptsurf não deixam dúvida: é só com o envolvimento de todos que poderemos construir uma sociedade em que os deficientes tenham seus direitos assegurados. Você também quer participar? Veja no quadro ao lado como se envolver com essa causa!

SE QUISER AJUDAR um deficiente físico, pergunte a ele qual é a melhor forma. E respeite as vagas reservadas em estacionamentos e os bancos no transporte público AJUDE QUEM AJUDA SEJA VOLUNTÁRIO OU FAÇA DOAÇÕES A ENTIDADES QUE LUTAM PELA INCLUSÃO

AAPPE www.aappe.org.br Adaptsurf www.adaptsurf.org.br APAE Brasil www.apaebrasil.org.br Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos (Feneis) www.feneis.org.br IBDD www.ibdd.org.br Mais Diferenças www. maisdiferencas.org.br

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34 COMO ENSINO

De grão em grão EM TEMPOS DE IMEDIATISMO, A PERSISTÊNCIA TORNOU-SE UM ENSINAMENTO AINDA MAIS PRECIOSO. VEJA COMO TRANSMITIR A SEUS FILHOS O VALOR DA DETERMINAÇÃO TEXTO DILSON BRANCO, IVY FARIAS E JAQUELINE LI

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tempo a uma mesma tarefa. É que, de uns tempos para cá, a persistência vem perdendo espaço no nosso dia a dia. Segundo a psicóloga e pedagoga Rosâne Müller, em parte isso acontece por causa das mudanças que a vida moderna trouxe – os produtos são descartáveis, a comunicação é imediata e quase tudo se dá na base do “aqui e agora”. É como se a paciência estivesse fora de moda. Para resgatar esse valor nas crianças, é fundamental a participação dos pais. “Nesse cenário em que tudo está ao alcance das mãos, a melhor forma de ensinamento é o exemplo. Se as crianças virem os pais sendo persistentes, aprenderão a ser também”, afirma Rosâne.

OS EXEMPLOS E A ESTRUTURA OFERECIDOS PELA FAMÍLIA EMBALAM A MOTIVAÇÃO DE LUIZ PARA SE TORNAR ATOR

© FOTO ERALDO PERES

O QUE DIFERENCIA uma pessoa bem-sucedida de outra fracassada? Nos anos 1990, um grupo de cientistas ingleses e alemães fez uma grande pesquisa para tentar achar a resposta a essa pergunta. Investigaram mais de 250 pessoas. Parte delas era composta de pianistas profissionais. Outra parcela, por gente que começou a aprender o instrumento, mas parou pelo caminho. O estudo poderia ter descoberto o segredo do talento. Mas a verdade é que a única diferença significativa identificada entre os dois grupos foi justamente o tempo que dedicaram à atividade. Ou seja: os profissionais não chegaram lá porque estavam predestinados. E sim porque tiveram persistência. Estudos mais recentes, que tentaram encontrar na genética a chave do sucesso, também não acharam nenhuma evidência de que as pessoas já nasçam com ou sem predisposição ao êxito. Ao mesmo tempo, casos históricos de crianças-prodígio vêm sendo revistos. Como o do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). Sinônimo de talento para muita gente, ele era, na verdade, um exemplo de determinação: estima-se que, aos 6 anos, Mozart já tivesse acumulado cerca de 3.500 horas de prática de piano. Hoje em dia, porém, talvez fosse mais difícil para o pequeno músico dedicar tanto

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POR EXEMPLO

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LUZ PARA BRILHAR

FAÇA VOCÊ TAMBÉM É importante acompanhar o processo de escolha da profissão do seu filho. Leve-o para conversar com universitários e profissionais da área pela qual ele se interessa. Bem informado, ele pode fazer uma escolha mais consciente.

Servir de modelo é um ótimo começo. Mas os pais também podem colaborar de outras formas. Uma delas é ajudar os filhos a identificar para que lado aponta a sua motivação. Sem esse sentimento, dificilmente há persistência. Para nos dedicarmos a uma tarefa, precisamos deixar outras de lado – perder uma festa por uma noite de estudo, por exemplo. E só fazemos isso quando vemos sentido na troca. Então, a dica é: ajude seu filho a descobrir o que ele gosta de fazer, e então dê todo o apoio possível para que ele possa se aperfeiçoar na atividade escolhida. Os resultados podem demorar a chegar. O aprendizado de um instrumento musical, por exemplo, pode ser muito monótono no começo,

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com exercícios repetitivos, que só com o tempo se transformam numa bela música. Como manter a motivação? Os pais podem ajudar. “O segredo é valorizar as etapas prévias, os pequenos êxitos que levam à grande conquista”, aconselha a psicóloga Mariana Mendonça, professora do Centro Universitário do Pará. Elogiar o esforço, alegrar-se com cada avanço, participar da evolução são algumas maneiras de fazer isso. A seguir, você vai conhecer as histórias de três famílias envolvidas com esse desafio: como ensinar os filhos a serem persistentes? No dia a dia, elas têm encontrado formas de agir que estão dando certo. Confira e veja como aplicar essas estratégias na sua família.

“Corre atrás e aproveita enquanto estamos aqui.” Quando decidiu que queria ser ator, foi este conselho que Luiz Gustavo Ribeiro, de 15 anos, recebeu da mãe, a comerciante Maria Aparecida Caitano, de 56 anos, de Brasília. Luiz, que ainda pequeno se destacava nas peças de fim de ano da escola, esperou ansiosamente para frequentar as aulas de teatro no colégio, oferecidas a partir do 8º ano. Há quatro anos, ele treina três vezes por semana, por quatro horas. “Aqui em casa todo mundo me apoia”, conta. Inclusive o pai, o comerciante José Tadeu, de 54 anos, para quem o sonho do menino não é dos mais fáceis: “Pelo que ouço falar, é uma área muito concorrida. Apoiamos com uma base educacional forte. Mas ele vai ter de batalhar muito sozinho”, diz. O exemplo do poder da dedicação o garoto tem na própria família. Aos 15 anos, a mãe saiu do interior de Minas Gerais, sozinha, para estudar em Brasília, onde se virou entre o trabalho de doméstica e as aulas. O plano de Luiz é, assim que acabar o ensino médio, cursar artes cênicas no Rio de Janeiro. O irmão, que vive lá, já ofereceu moradia. Se depender da motivação do menino e do respaldo da família, muitos aplausos estão reservados para o futuro de Luiz.

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36 AMIZADE ANIMAL um bom desempenho na escola”, explica. Depois de seis meses de muita perseverança, Karina finalmente conseguiu abraçar sua nova amiga. A mãe não queria ter cachorro em casa, mas, como a filha cumpriu o prometido, ela se viu obrigada a cumprir sua parte do trato. E aí percebeu que o prêmio para a persistência se transformou num ótimo exercício de responsabilidade.

É Karina quem atende a todas as necessidades da cadela: dá água e comida e limpa o xixi e o cocô. Se não cumprir as tarefas, a mãe já avisou que ela perde a companheira. “Não quero ficar sem a Nina, por isso cuido bem dela”, explica a menina. Edineide acredita que todo esse apego é sinal de que a menina já aprendeu uma grande lição: o valor de conquistar um sonho com o próprio esforço.

FAÇA VOCÊ TAMBÉM Valorize o esforço do seu filho cumprindo a sua parte no combinado. Não vale propor algo da boca pra fora e, depois, ignorar a promessa. Para ensinar a criança a ser comprometida, os pais precisam dar o exemplo e também honrar suas obrigações.

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EDINEIDE APROVEITOU A VONTADE DA FILHA, KARINA, DE TER UM CÃO PARA ESTIMULÁ-LA A SER PERSISTENTE E RESPONSÁVEL

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© FOTO 1 DANIELA TOVIANSKY 2 GUILHERME GOMES

O melhor presente de aniversário que Karina de Souza, de 6 anos, já recebeu na vida late e abana o rabo. Mas não foi fácil convencer os pais a lhe dar a cadelinha Nina. “Ela ficou encantada quando viu uma parecida na casa de uma amiga, chegou até a sonhar com a cachorra”, conta sua mãe, a cabeleireira Edineide, de 30 anos, de Osasco (SP). “Mas dissemos que ela só ganharia se tivesse

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37 DE CIGARRA A FORMIGA

FAÇA VOCÊ TAMBÉM A partir de 14 anos é permitido trabalhar legalmente, sob contratos especiais – que exigem, por exemplo, frequência escolar. O Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) oferece vagas pelo programa Aprendiz Legal: www.ciee.org.br

ANDERSON ERA PREGUIÇOSO NOS ESTUDOS. A SITUAÇÃO MUDOU QUANDO COMEÇOU A TRABALHAR

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Anderson Silva, de 16 anos, de São Paulo, nunca foi muito chegado aos estudos. Seus pais – o assistente administrativo Aílton José, de 45 anos, e a operadora de caixa Eliane, de 36 – sempre tiveram de cobrar muito o garoto para que levasse a escola a sério. “Ele é do tipo que começa e não termina”, resume o pai. A solução, quem diria, veio do aumento da responsabilidade. Há seis meses, um tio arrumou um emprego para o menino, numa fábrica de skates. Animado por ganhar o próprio dinheiro, Anderson revelou-se um ótimo trabalhador. Como o trato para seguir na fábrica era que ele fosse bem na escola, tornou-se também um aluno mais dedicado. O pai aproveita o bom momento e um dia desses mostrou ao garoto uma pesquisa indicando que, quanto mais anos de estudo, maior o salário médio. “Não há sorte sem planejamento e não há vitória sem luta”, diz Aílton ao filho. E vê que, aos poucos, Anderson vai entendendo e pondo em prática as suas palavras.

DICAS DE DETERMINAÇÃO CONFIRA MAIS ALGUNS CONSELHOS PARA AJUDAR SEU FILHO A SER PERSEVERANTE

EVITE COMPARAÇÕES

QUEBRE A META

NÃO FAÇA POR ELE

DEIXE-O PARTICIPAR

Falar para seu filho: “Olha como Fulaninho é dedicado”, com a intenção de estimulá-lo, pode ser um tiro no pé. Ele pode se sentir frustrado e ainda menos motivado. Faça da criança seu próprio parâmetro, respeitando sempre a fase em que ela está.

Se o objetivo do seu filho parece distante, ajude-o a definir metas intermediárias. Juntar R$ 1 por dia, por exemplo, parece mais fácil que poupar R$ 365 em um ano, não é? E assim ainda dá para comemorar os ganhos pouco a pouco, mantendo a motivação.

Fazer a tarefa de casa do seu filho certamente é mais fácil que ajudá-lo a entender a lição. Mas é péssimo para a autonomia. Oriente-o a tomar para si as responsabilidades. Só assim ele verá o resultado das próprias ações e terá condições de ser persistente.

Envolva seu filho nas decisões da família – como o cardápio do fim de semana, a programação das férias... Peça a opinião dele, deixe-o ter voz. Assim, ele vai se sentir mais seguro. E autoestima é fundamental para desenvolver a determinação.

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38 NÓS PODEMOS

Saúde se faz

em grupo

O MUTIRÃO DOS MORADORES DE VILA DE SÃO JOAQUIM, NO PARANÁ, AFASTOU O MOSQUITO DA DENGUE E PREVENIU NOVAS EPIDEMIAS

AMÉLIA, LUCIANE E EDILAMAR TÊM IDADES E ORIGENS DIFERENTES. MAS COMPARTILHAM A CERTEZA DE QUE, QUANDO UMA COMUNIDADE SE UNE, CONSEGUE GARANTIR UMA VIDA MAIS SAUDÁVEL PARA TODOS TEXTO DANIELE MARTINS ILUSTRAÇÃO MARCELLA TAMAYO

NAQUELE ANO, a dengue atacou sem dó. Era 2007, e quase metade das 50 famílias da Vila de São Joaquim, em Ubiratã (PR), foi atingida pela doença. Ao ver o vai e vem das ambulâncias, a vendedora Luciane de Oliveira, de 27 anos, pensou: “Alguém tem de fazer alguma coisa”. Com mais quatro vizinhos, ela decidiu pôr a mão na massa. Sabendo que a melhor maneira de prevenir a dengue é combater os focos do mosquito, que se reproduz na água parada, o grupo saiu pelo bairro explicando aos demais moradores como agir: limpar calhas, manter tonéis fechados, encher de terra os pratinhos das plantas... “As crianças foram as que mais ajudaram”, lembra Luciane. “Elas deixavam muito lixo nas ruas, mas desde então passaram a se preocupar com a limpeza do bairro. E ainda levaram o bom exemplo para casa.” Agora, periodicamente, na época das chuvas, a comunidade se reúne novamente para evitar que os mosquitos da dengue voltem. O mutirão foi um sucesso não só na prevenção da doença, mas também como forma de unir os moradores e exigir mais atenção das autoridades. Foi depois do primeiro arrastão que os vizinhos criaram a Associação de Moradores do Bairro São Joaquim. Com o tempo, ganharam o apoio

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da prefeitura, que, além de disponibilizar técnicos para combater os focos e orientar a população, passou a realizar a coleta de lixo na vila duas vezes por semana. “Antes, nem isso tinha!”, lembra Luciane. Graças ao trabalho em conjunto, a região nunca mais sofreu uma epidemia de dengue. “Iniciativas em que as pessoas se reúnem e se organizam por uma causa são fundamentais para fortalecer os grupos e a sociedade como um todo”, afirma a cientista política Maíra Vannucchi. Segundo a especialista, somente uma sociedade civil forte e organizada, disposta a resolver problemas, tem condições de exigir que o Estado cumpra seu papel.

INFORMAÇÃO QUE SALVA Reunir forças por melhores condições de saúde também tem sido a luta de Amélia Bispo do Nascimento, de 62 anos. Quando tinha 47, a auxiliar de cozinha aposentada descobriu ser portadora da doença de Chagas – infecção causada por um protozoário transmitido pelo inseto barbeiro. Ela acredita ter sido contaminada ainda na adolescência. “Em Aramari, no interior da Bahia, onde fui criada, a gente usava muita lenha para cozinhar. Acho que o bichinho ficava escondido ali”, desconfia.

Quase metade dos novos contágios (47%) em 2011 ocorreu na Região Sudeste

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POR EXEMPLO

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310 brasileiros morreram de dengue no primeiro semestre de 2011

Combater os focos do mosquito é a única maneira de prevenir a transmissão da doença

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40 Na fase inicial da doença, os sintomas podem passar por si só. Mas o mal tende a evoluir para uma forma crônica, que pode causar sérias complicações no coração e no sistema digestivo. Sem sintomas, Amélia só soube do problema quando precisou fazer uma cirurgia para retirar um mioma. Um dos exames detectou a doença, que foi controlada com medicação apropriada. O episódio trouxe não só alívio, por deter a tempo o avanço da infecção, como também um novo horizonte para os dias de Amélia. “Chagas mudou a minha vida. Foi por causa da doença que eu descobri meu potencial para ajudar as pessoas”, diz. Ainda como paciente do Hospital Dante Pazzanese, em São Paulo, Amélia foi convidada a participar de uma reunião com a assistente social Maria Barboza e o médico Abílio Augusto Fragatta Filho. Eles queriam montar um grupo para ajudar pacientes, oferecendo suporte psicológico e informações sobre tratamento. Esse encontro resultou na fundação da

Associação dos Chagásicos de São Paulo, em 1999, da qual Amélia é presidente. O objetivo do grupo é a ampliação das discussões sobre a doença, por meio de reuniões mensais com pacientes, a participação em eventos e a aproximação com a Secretaria Municipal de Saúde. A associação se mantém com muita dificuldade. O computador e a impressora foram comprados com o salário de Amélia, no tempo em que ela trabalhava na cozinha de uma creche. Para se sustentar, a entidade organiza bazares e conta com a ajuda de terceiros. Existem mais duas entidades como essa no país: uma no Recife e outra em Campinas (SP). Elas vivem em contato entre si para unir forças. A maior conquista foi a formação da Federação Internacional de Doentes de Chagas, em 2010. Diversos países, em parceria com a organização Médicos sem Fronteiras, uniram-se para lutar pelo acesso à informação e pelos direitos dos pacientes. Nessa briga, Amélia não está mais sozinha.

O POSTO É NOSSO Nem piso tinha o posto de saúde da Colônia Giarola, comunidade rural de cerca de 600 habitantes no município de São João Del Rei (MG). Quando a prefeitura se manifestou sobre as péssimas condições do prédio, em 2007, foi para dar uma notícia desesperadora: a unidade seria fechada, por falta de verba para reformá-la. Poucos meses antes, a funcionária dos Correios Edilamar Tarôco, de 37 anos, havia passado a fazer parte da associação de moradores local. E ela não tinha ideia do incrível exemplo de mobilização do qual faria parte. Ao saber que o problema era falta de dinheiro, a comunidade abusou da criatividade para arrecadar recursos. “Organizamos festas, quermesses, campanhas, feijoadas... Tudo o que dava para fazer a gente fez”, garante Edilamar. Em 2008, um ano e dez meses depois do início do esforço coletivo, um posto novinho foi inaugurado. Dessa vez, de acordo com as exigências do Ministério da Saúde.

3demilhões brasileiros têm doença de Chagas

APÓS DESCOBRIR TER DOENÇA DE CHAGAS, AMÉLIA CRIOU UMA ASSOCIAÇÃO PARA LEVAR INFORMAÇÃO E CUIDADO A OUTROS PACIENTES

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41 O novo prédio e parte do material para a construção foram doados por uma empresa. E, no fim, a própria prefeitura acabou assumindo o custo da mão de obra. Isso só porque moradores com experiência em construções aceitaram trabalhar por um valor reduzido. Foi um grande esforço, mas valeu a pena. “Agora temos médico semanalmente!”, comemora Edilamar. “A saúde no Brasil é um direito social”, diz o médico Paulo de Tarso Puccini, especialista em saúde pública. Ele afirma que não se trata de caridade do governo nem apenas de um benefício que se adquire por se pagar os impostos. É um direito que permite que cada cidadão possa lutar para cuidar de seu bem-estar. E uma das formas mais eficientes de fazer isso é por meio de mobilizações como as orquestradas por Luciane, Amélia e Edilamar. Ao tornar suas comunidades mais conscientes e saudáveis, elas perceberam que, também na saúde, é a união que faz a força.

A saúde é direito de todos e dever do Estado

QUANDO A PREFEITURA AMEAÇOU FECHAR O POSTO DE SAÚDE DE COLÔNIA GIAROLA, EM MINAS, OS MORADORES SE UNIRAM E O REFORMARAM COM AS PRÓPRIAS MÃOS

PROCURE SUA TURMA VEJA DICAS PARA MOBILIZAR UM GRUPO POR MELHORES CONDIÇÕES DE SAÚDE

1 DEFINA O FOCO

Pense que tipo de iniciativa você quer realizar. Pode ser, por exemplo, uma campanha de conscientização ou um grupo de discussão sobre uma doença pouco conhecida. Disseminar informações corretas sobre prevenção e tratamento é fundamental para melhorar a saúde.

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2 BUSQUE APOIO

Procure quem queira se engajar. Fale com familiares, amigos, vá à associação de moradores, ao clube, à igreja. Além de gente empolgada, você vai precisar de especialistas que tenham informações corretas. Peça ajuda em universidades, hospitais e na Secretaria de Saúde.

3 CONSCIENTIZE

Organize e passe adiante as informações que você coletar. Você pode realizar reuniões no bairro, espalhar cartazes, buscar ajuda de rádios e jornais, criar um site... Outra dica é fazer ações voltadas para as crianças – afinal, são elas que poderão dar continuidade à sua causa.

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42 É GOSTOSO E FAZ BEM

Aprender a comer COM PRATOS FÁCEIS E NUTRITIVOS, UM PROJETO TEM ENSINADO O VALOR DA BOA ALIMENTAÇÃO. SAIBA MAIS SOBRE ELE E CONHEÇA TRÊS DE SUAS GOSTOSAS RECEITAS TEXTO RAFAELA CARVALHO

COMER NÃO É O MESMO QUE SE ALIMENTAR. Ensinar essa diferença entre ingerir qualquer coisa e nutrir adequadamente o organismo é um dos objetivos do Centro de Recuperação e Educação Nutricional (Cren), fundado em 1993 pela psicóloga Gisela Solymos, de 46 anos. A instituição atende famílias com crianças carentes que estejam com o peso fora do normal – seja para mais ou para menos. Nos casos mais graves, as crianças ficam internadas no centro, reeducando o apetite por meio de atividades lúdicas conduzidas por especialistas. Os pais também são envolvidos: eles participam de oficinas em que aprendem receitas saborosas e nutritivas (veja três delas a seguir). Cristina Gonçalves, de 28 anos, de São Paulo, mãe de Micael, de 5, é uma das 50 mil pessoas já beneficiadas pelo projeto. “Antes da ajuda do Cren, meu filho não tinha forças nem para ficar em pé”, lembra, olhando orgulhosa para o garoto, hoje saudável. O Cren está presente em São Paulo, Jundiaí (SP) e Maceió. Você pode ajudar com doações ou trabalho voluntário. Para se informar, ligue para (11) 5584-6674 ou acesse www.cren.org.br.

GISELA SOLYMOS, CRIADORA DO CREN, PROJETO QUE JÁ AJUDOU MAIS DE 50 MIL PESSOAS A SE ALIMENTAR MELHOR

CREME DE LARANJA COM CENOURA

Gostoso e faz bemV3.indd 42

INGREDIENTES:

PREPARO:

•1/2 xícara (chá) de cenoura picada • 1/2 xícara (chá) de água • 1 xícara (chá) de suco de laranja • 2 colheres (sopa) de amido de milho (tipo maisena) •4 colheres (sopa) de açúcar

Bata no liquidificador a cenoura picada misturada à água. Acrescente os demais ingredientes. Mexa até a maisena e o açúcar ficarem bem diluídos. Passe a mistura para uma panela e leve ao fogo para engrossar. Cozinhe até que se desprenda do fundo da panela. Coloque a mistura em uma fôrma untada com óleo. Deixe esfriar antes de desenformar. Sirva gelado. Para deixar a receita ainda mais gostosa, faça uma calda de caramelo e despeje-a por cima.

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RENDIMENTO 4 porções


POR EXEMPLO

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NHOQUE DE ARROZ RENDIMENTO 4 porções

INGREDIENTES DA MASSA: • 9 xícaras (chá) de sobras de arroz cozido • 4 colheres (sopa) de manteiga • manjericão, salsinha e cebolinha picados a gosto • 4 ovos • 1 xícara (chá) de queijo ralado • 1 xícara (chá) de farinha de rosca

PREPARO DA MASSA: Esquente o arroz e misture a manteiga até que derreta. Misture os temperos, os ovos e o queijo e, por último, a farinha, até formar uma massa. Deixe-a descansar por 20 minutos. Faça bolinhas e cozinhe-as em água fervente por 3 minutos, até flutuarem.

INGREDIENTES DO MOLHO: • 1/2 cebola pequena picada • 1 dente de alho espremido • 1 colher (sopa) de óleo • 300 g de carne moída • 3 tomates • 2 latas de molho de tomate • 2 colheres (chá) de sal • 1 colher (chá) de açúcar • manjericão a gosto

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PREPARO DO MOLHO: Refogue a cebola e o alho no óleo. Adicione a carne. Coloque uma pitada de sal e mexa bem. Lave os tomates, retire a parte de cima e bata-os no liquidificador. Acrescente o suco de tomate à panela, depois o molho e mexa. Adicione os demais ingredientes e deixe no fogo baixo até engrossar.

BOLO DE MEXERICA

© FOTO S 1 DIVULGAÇÃO 2 RAQUEL DINIZ PRODUÇÃO CULINÁRIA E DE OBJETOS BETH FREIDENSON

RENDIMENTO 1 bolo com 22 porções

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INGREDIENTES:

PREPARO:

• 2 mexericas • 3/4 xícara (chá) de óleo • 3 ovos • 2 xícaras (chá) de açúcar • 1 colher (sopa) de essência de baunilha • 2 xícaras (chá) de farinha de trigo • 1 colher (sopa) de fermento em pó

Lave bem as mexericas e corte-as em quatro partes. Retire apenas as sementes. Mantenha a casca. Bata no liquidificador as frutas, o óleo, os ovos, o açúcar e a baunilha. Despeje a mistura em uma vasilha e acrescente a farinha de trigo e o fermento em pó, mexendo bem. Coloque em uma assadeira untada com óleo ou margarina e enfarinhada. Asse por 45 minutos, em forno preaquecido médio. Se preferir, depois de assado e ainda quente, despeje sobre o bolo o suco de duas mexericas adoçado com duas colheres (sopa) de açúcar.

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44 O TEMPO DE CADA UM

anos a mil QUE TAL VIVER OITO DÉCADAS, COM SAÚDE E DISPOSIÇÃO? CONHEÇA A RECEITA DE QUEM CHEGOU LÁ TEXTO RAFAELA CARVALHO, ROBERTA

JOÃO MARIA DE MELLO DE CURITIBA, NASCID0 EM 20/4/1932 “Após 50 anos trabalhando em um cartório, não aguentei mais que um mês como aposentado. Eu e minha esposa temos um estacionamento. Todo dia, chego lá bem cedo e só saio à noite. Também gosto de escrever algumas histórias, mas esse é um projeto que vivo abandonando e retomando. E minha mais nova alegria é a Maria Fernanda, minha netinha de 3 meses. Adoro tê-la por perto!”

ÁVILA E VALÉRIA MENDONÇA 1

CHEGAR AOS 80 ANOS é cada vez mais normal. Existem 100 milhões de pessoas no mundo que já passaram dessa idade. E, em 2050, serão 400 milhões. “Isso acontece porque, hoje em dia, além de haver uma preocupação maior em fazer exercícios físicos e se alimentar com qualidade, a medicina oferece mais recursos e tratamentos”, explica a geriatra Daniela dos Santos. Viver mais, no entanto, nem sempre é sinônimo de viver melhor. Nessa idade, quando a maioria já parou de trabalhar e a vida social não é mais a mesma, abrem-se as portas para a depressão, um dos problemas psicológicos mais comuns entre idosos. Segundo Daniela, o segredo para fugir da solidão é se manter ocupado. “É preciso arranjar outras formas de convivência, como bailes, viagens, cursos... Qualquer coisa, desde que a pessoa não fique em casa vendo televisão.” Conheça a seguir oitentinhas que encontraram formas diferentes de curtir essa fase da vida.

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NILZA ABREU PEREIRA DE SÃO PAULO, NASCIDA EM 4/11/1931 “Sou viúva, moro sozinha, e minha família vive em outra cidade. Mas nem por isso fico parada em casa. Participo de oficinas de tricô, tapeçaria, crochê e biscuit. Também gosto de ler e de brincar com palavras cruzadas e quebracabeça. Além disso, sou voluntária em uma creche e em uma ONG, onde ajudo pessoas com deficiência a fazer pinturas e colagens. Aprendo muito com elas!”

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POR EXEMPLO

GINA LABATE ENRIQUEZ DE SÃO PAULO, NASCIDA EM 4/11/1931 “Sou casada há 50 anos. Meu marido me fez largar dois empregos, nunca gostou que eu trabalhasse fora. Então fiz um curso de manicure para ganhar um dinheirinho e me ocupar. Sou cozinheira voluntária numa associação beneficente, onde vou quatro vezes por semana. É como uma família para mim. Aliás, adoro estar com meus filhos e netos – com quem aprendi a jogar videogame!”

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AFFONSO FREITAS DO RIO DE JANEIRO, NASCID0 EM 29/12/1931 ”Tive sérios problemas de estresse, tomava vários remédios. Após um acidente de carro, um médico me aconselhou terapia na água. Na praia, vi uns meninos surfando e fiquei curioso. Com quase 40 anos, sedentário, me aventurei nas ondas. Parei com os medicamentos, vendi minha loja de móveis e abri outra de acessórios de surfe. Pratico até hoje o esporte que me salvou.”

4 © FOTOS 1 RENATA CHEDE 2 DANIELA TOVIANSKY 3 GUILHERME GOMES 4 ANNA FISCHER ILUSTRAÇÕES VALÉRIA HEVIA

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SE VOCÊ TEM 80...

Na adolescência, viu o mundo passar pelo pior conflito do século. O documentário Apocalipse: Redescobrindo a Segunda Guerra Mundial (França, 2011) traz imagens inéditas e relatos de pessoas que viveram o combate de perto

Aos 20 e poucos anos, viu nascer o rock’n’roll. Naquela época, um dos precursores do ritmo, Elvis Presley, chocou o mundo com sua maneira ousada de dançar. Relembre vendo esse vídeo de 1957: http://bit.ly/8k3gz

Assistiu a toda a conquista espacial, que começou em 1957, com o lançamento do primeiro satélite, e teve um dos seus maiores momentos na chegada à Lua, em 1969. Veja a capa de um jornal brasileiro anunciando esse feito: http://bit.ly/sggkE9

Viu o Brasil ter nove moedas, duas capitais e multiplicar por cinco o número de habitantes. O livro Brasil: Uma História (Leya), de Eduardo Bueno, traça um panorama completo da trajetória do país, do descobrimento ao governo Lula.

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46 APRENDA E ENSINE

10 listas para 2012

VOCÊ GOSTA DE FAZER LISTAS DE ANO-NOVO? SUGERIMOS 10 TEMAS, QUE VÃO AJUDÁ-LO A APRENDER COISAS NOVAS, ENSINAR O QUE JÁ SABE E SER UMA PESSOA AINDA MELHOR! ILUSTRAÇÃO PEDRO HAMDAN

HÁBITOS 4 QUE VOCÊ VAI MUDAR NA SUA VIDA PARAR DE FUMAR, FAZER MAIS EXERCÍCIOS, COMER MENOS FRITURA, LER MAIS...

QUE VOCÊ VAI 1 SONHO REALIZAR EM 2012 COMO AQUELA VIAGEM QUE VOCÊ SEMPRE DESEJOU!

2 DEFEITOS QUE VOCÊ VAI SUPERAR

SER MAIS ORGANIZADO, PREOCUPAR-SE MENOS COM COISAS PEQUENAS, SER MENOS ANSIOSO...

5 DIAS MAIS FELIZES DA SUA VIDA

E O QUE VOCÊ VAI FAZER PARA VIVÊ-LOS DE NOVO

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PESSOAS QUE VOCÊ MAIS ADMIRA

E CUJOS BONS EXEMPLOS VOCÊ PRETENDE SEGUIR

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POR EXEMPLO

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8 QUALIDADES QUE VOCÊ TEM E COMO VOCÊ PODE USÁ-LAS PARA AJUDAR OS OUTROS

QUE VOCÊ 6 COISAS VAI APRENDER COSTURAR, FALAR OUTRA LÍNGUA, ASSOVIAR, TOCAR UM INSTRUMENTO...

QUE VOCÊ AMA FAZER 9 COISAS – E QUE TE FAZEM O MAIOR BEM PENSE TAMBÉM EM COMO VOCÊ VAI CONTINUAR PRATICANDO ESSAS BOAS AÇÕES!

7 COISAS QUE VOCÊ JÁ APRENDEU E PARA QUEM VOCÊ VAI PASSÁ-LAS ADIANTE!

10 MELHORES MOMENTOS VIVIDOS EM FAMÍLIA E COMO VOCÊ VAI FAZER PARA REPETI-LOS EM 2012!

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48 AGRADEÇO

Se eu fosse você... ...LERIA ESTA MATÉRIA E PARARIA PARA REFLETIR: QUAL FOI O CONSELHO MAIS IMPORTANTE QUE VOCÊ JÁ RECEBEU? TEXTO CAMILLA DEMARIO, DILSON BRANCO, HELSON FRANÇA, JÉSSICA MARTINELI, MARINA, GADELHA E PRISCILLA DANTAS FOTO GUILHERME GOMES

DIZEM QUE, se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia. Quem inventou esse ditado certamente estava pensando num palpite furado que ouviu de alguém. A lição é válida: nem toda sugestão é boa. Mas a generalização é ingrata. Basta parar para pensar um pouco. Todo mundo, pelo menos uma vez na vida, só tomou a decisão certa porque o caminho foi indicado por outra pessoa. A própria sabedoria popular, por meio de outra máxima, comprova: duas cabeças pensam melhor que uma. Com outros pontos de

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vista, experiências, informações, intuições e modos de encarar a vida, as pessoas podem apontar soluções que jamais passariam por nossa cabeça, e que servem direitinho para o nosso problema. Se você continua descrente, veja os depoimentos a seguir. São de homens e mulheres de várias partes do país, gratos até hoje a familiares, amigos ou até mesmo desconhecidos que, com uma dica, mudaram sua vida. Em algum momento da leitura, você vai se lembrar: também deve um muito obrigado ao conselho de alguém.

AINDA PEQUENA, LAVANDO LOUÇA, MARISA (NA FOTO, DE AVENTAL) APRENDEU COM SEUS PAIS (SENTADOS) O VALOR DA DEDICAÇÃO. HOJE, ELA PASSA ESSE ENSINAMENTO AOS FILHOS

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POR EXEMPLO

Depois de um almoço de domingo, quando eu era pequena, fui incumbida de enxugar a louça. Fiz de má vontade, levei uma bronca da minha mãe, comecei a chorar. Aí meu pai me entregou um pano, pediu para eu secar de novo e ficou ao meu lado falando da importância de sempre cumprirmos nossas obrigações da melhor forma. Levei para a vida suas palavras e hoje as repasso aos meus filhos: “Faça bem a sua parte”. MARISA NOVAES, 52 anos, São Sebastião (SP) Foi do meu cabeleireiro, que me convenceu que não fico bem loira! Sempre quis clarear, até que ele me mostrou que eu podia ficar deslumbrante com meu castanho natural. Desde então, sou fiel aos serviços e conselhos dele – e não troco a cor do meu cabelo por nada! MARIA CAROLINA DE BRITO, 23 anos, Salvador Sempre fui muito falante. Tudo o que eu ouvia em casa, saía falando na rua. Percebendo isso, minha mãe buscou um jeito lúdico e bem-humorado de me dar um precioso conselho: colocou na estante da sala três macaquinhos, um com os olhos cobertos, outro com as mãos nas orelhas e o terceiro tapando a boca. Aprendi que nem tudo o que vemos ou ouvimos deve ser passado adiante. BRUNO SOUZA, 20 anos, Olinda (PE) Uma rinite me atormentava desde a infância. Até que minha namorada me aconselhou a tratá-la com acupuntura. Não tive mais crises! HÉLIO DE FREITAS, 32 anos, Cuiabá

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Meu filho tinha alergias constantes. Então, meu irmão sugeriu que eu procurasse outro pediatra. O novo tratamento deu supercerto. Além de ver meu filho curado, aprendi a importância de conhecer diferentes pontos de vista a respeito de um mesmo problema. MANUELLA DE MELO, 28 anos, Recife Durante o mandato do ex-presidente Fernando Collor, eu tinha um bom dinheiro guardado na poupança, com o qual pretendia dar entrada em uma casa para sair do aluguel. Mas um colega me alertou sobre a intenção do governo de congelar as poupanças. Graças a esse conselho, consegui retirar minhas economias em tempo e finalmente realizei o sonho da casa própria! REGINALDO ALBUQUERQUE, 56 anos, Salvador Para quem não sabe o que quer, qualquer caminho serve. É fundamental ter um objetivo, pois só definindo o que desejamos conseguimos nos planejar. Meu avô sempre me dizia isso. Com a vida, percebi quanto ele estava certo. LUCIO SOUZA, 64 anos, Rio de Janeiro Nunca vi pessoalmente o poeta Ferreira Gullar. Mas o melhor conselho que já recebi veio de uma entrevista com ele, que li certa vez. Ele dizia que o importante na vida não é ter razão, mas, sim, ser feliz. Isso me fez pensar que boa parte das chateações em que eu me metia vinha por causa de um orgulho desnecessário. Deixei de tentar ganhar discussões com uma opinião

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inabalável e, de fato, percebo que me tornei mais feliz. FRANCISCO SPAGNOLO, 24 anos, São Paulo Aprender inglês e ser uma boa pessoa com minha família e meus amigos. Meus pais sempre me dizem isso. Falam que, assim, vou ter mais sucesso no trabalho e também na vida pessoal. JULIA TAVARES, 9 anos, Rio de Janeiro Apesar de ser uma pessoa muito boa, meu pai nunca foi lá muito afetuoso. Com seu jeito meio rude, ele me deu um conselho que sempre trago comigo. Eu era pequena, havia feito algo errado e justifiquei dizendo: “Foi Fulano quem mandou”. Aí ele retrucou: “Antes de escutar qualquer pessoa, confie em si mesma”. Lembro-me de que ainda lhe perguntei se não poderia seguir cegamente nem as instruções dele próprio. Ele respondeu que não, que só deveria confiar em mim. Por isso, hoje em dia, ninguém consegue me desestimular quando defino minhas metas. JULIANA GEMIGNANI, 29 anos, São Paulo Engravidei aos 22 anos e decidi abortar. Parecia a única solução: eu ganhava pouco e meu namorado da época não quis ficar comigo. Mas meus pais, quando souberam, me convenceram a ficar com a criança e me ofereceram ajuda para cuidar dela. Hoje, a Luísa tem 4 anos. E me faz querer ser uma pessoa melhor a cada dia. JÚLIA PAREDES, 26 anos, Cuiabá

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