Setembro 2014

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edição 159 | SETEMBRO | R$ 12,00

Glória Coelho e Tulipa Ruiz em entrevista exclusiva Um passeio ensolarado pela Costa Amalfitana

MARIA FERNANDA BRUM

a tatuadora de CG que tem conquistado Sampa




Nesta edição de setembro A Gente assume nosso lado deliciosamente urbano. Na capa, a querida Maria Fernanda Brum, que saiu de Campo Grande há 14 anos rumo a São Paulo, lugar onde ela descobriu um dom que mudaria o rumo de sua vida: a tatuagem. Hoje, Nanda representa a nova geração de tatuadores do exigente e disputado mercado de Sampa. No Analogic Love, estúdio dela e do marido, Arthur, a dupla leva seus traçados para além da pele, em móveis incríveis. Nesse clima, demos um pulo na Galeria Dona Neta, reduto de tatuadores de CG, que anda muito bem povoado e frequentado - já virou hype. De tatuagem para moda e música: aproveitamos a passagem da estilista Glória Coelho e da cantora Tulipa Ruiz por CG, e fizemos duas deliciosas entrevistas. E, claro, setembro tem primavera: para entrar bem na florida estação, um bolo de maçã delicioso e super fácil de fazer com chá de hibiscus. E ainda uma listinha de hortas urbanas dentro da cidade. Estamos fresh, como pede a primavera. Boa leitura! Equipe revista A Gente

DIRETORA EXECUTIVA Rosane Maia

Julia de Miranda Ana Laura Azevedo

DIRETORA COMERCIAL Elaine Atala

REVISÃO Fernanda Giglio

EDITORA DE ARTE E PROJETO GRÁFICO Marisa de Sena Nachif

FOTOGRAFIA E TRATAMENTO DE IMAGEM Lucas Possiede

EDITORA DE TEXTO E CONTEÚDO Thais Pompêo - DRT 0001030/MS

estagiáriOS Tatyane Cance (texto) Flávio Gutierrez (imagem)

EDITOR DE MODA E BELEZA Luiz Gugliatto

ASSINATURA E DISTRIBUIÇÃO Janaina Correa

REDAÇÃO Thais Pompêo Natália Charbel

FINANCEIRO Sonia Croda

4 | SETEMBRO 2014


ATITUDE ∆ LIFESTYLE 20 | CASA 58 | PERFIL 90

LANÇAMENTOS ∆ SHOPPING 34

TENDÊNCIA ∆ BELEZA 44 | NÉCESSAIRE 46

COMPORTAMENTO ∆ ARTIGOS 90, 116, 118, 120 | MEMÓRIA 122

GENTE

FALE COM A GENTE R. Doutor Zerbine, 37 CEP 79040-040 Chácara Cachoeira 67 3322 7400 redacao@revistaagente.com.br www.revistaagente.com.br

∆ ESPECIAL 16 | ACONTECEU 96

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∆ SAÚDE 50 | NUTRIÇÃO 54

ELA | MARIA FERNANDA BRUM ∆ CAPA | 30

EDITORIAL

BANCAS Aeroporto Itanhangá Park Letras du Café - Jd. dos Estados Pão e Tal Shopping Campo Grande Santa Fé (Av. Mato Grosso - Loja Anita

∆ MODA 38

CULTURA ∆ DICAS 24, 26, 28 | Música 80 | AGENDA 86

DELÍCIAS ∆ GASTRONOMIA 56 | KIDS 64 | TEEN 66

PRAZER ∆ VIAGEM 74

Fotografia | Lucas Possiede

SETEMBRO 2014 | 5


LEITOR Parabéns pela homenagem a Almir Sater, sou super fã dele. Marise Nunes, via facebook

Sensacionaaaaalllll !!!! Sempre amei o Almir Sater e acho que devia voltar pra telinha !!!

Gente bem que eu vi que não me era estranho o Viramundo...Que maravilha...Filho do Almir Sater tudo de bom... Heloisa Ferreira dos Reis, via facebook

Maria Estela Braga, via facebook

Amo as músicas do Almir, me trazem saudades do meu Mato Grosso do Sul.

Gabriel Sater, só poderia voar mesmo, tendo como espelho um rei!!! Almir Sater é o rei da viola... Sucesso sempre... Pra vocês dois... bjos.

Adoro Almir e adorei este garoto super parecido. É como estar vendo o Almir lá no Fulô da Laranjeira há "alguns" anos. Felicidades aos dois.

Vera Fonzara, via facebook

Ivania dos Santos Hirano, via facebook

Marcia Sampaio, via facebook

Erramos. Na edição de agosto, na matéria sobre o Sobá, a frase certa seria: “Os primeiros japoneses que habitaram a Serra de Maracajú chegaram junto com a estrada de ferro”.

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GENTE ON

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COLABORADORES Regina Almeidinha Regina tem super bom gosto e adora viajar. Por isso mesmo ela é nossa colaboradora no caderno de Viagem. Neste mês, ela nos leva para um ensolarado passeio pela Costa Amalfitana, na Itália.

Priscilla Marques Priscilla tem criado moda quando o assunto é decoração. Ela é a responsável pelo site super comentado Anfitriã. Lá ela produz, fotografa e escreve. Criativa, ela desenvolve soluções modernas, inusitadas e superelegantes que enchem os olhos na hora de decorar a mesa. Desde abril é colaboradora d’A Gente na editoria Achados de Casa.

Erika Espindola Erika Espindola é vocalista da banda Black Tie e do PúrPura, jornalista e professora de inglês. Já se apresentou ao lado de nomes como Rodrigo Santos e Fernando Magalhães (respectivamente baixista e guitarrista do Barão Vermelho), e já abriu o show do Nando Reis em 2012.

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Usando a hashtag #revistaagente no seu pr贸ximo post, sua foto pode vir parar aqui.

A Gente est谩 de olho no Instagram!



MAKING OF 10 | SETEMBRO 2014



Gabriel Sater is in town Nossa capa de agosto, Gabriel Sater lança oficialmente o seu álbum Indomável, aqui, na cidade, dia 19 de setembro no Palácio Popular da Cultura. No trabalho estão duas canções que fizeram parte da trilha da novela “Meu Pedacinho de Chão”, em que Gabriel estreou como ator: “Cabelos de Fogo” e “Lembranças Demais”. No repertório do show de lançamento também estão sucessos de seus dois primeiros CDs, interpretações virtuosas de temas instrumentais e canções célebres no Brasil. Ninguém vai querer perder!

Artesanato do mundo todo Lustres da Turquia, escultura da Namíbia, porta-chás da Índia. A 2ª edição da Mundial Art – Feira Internacional de Artesanato e Cultura mistura moda, decoração, comida fazendo o visitante dar uma viajada a várias culturas do mundo sem sair da sua cidade. Do dia 5 a 14 de setembro no Centro de Convenções Albano Franco.Artesanato, com cultura, moda, decoração e gastronomia de 20 países e quatro continentes.

Nação Zumbi no MS Canta Oba! A rapaziada do Nação Zumbi se apresenta por aqui dia 7 de setembro. Pro show, a banda toca as músicas do novo álbum intitulado “Nação Zumbi”, lançado este ano, depois de 7 anos sem inéditas. E olha que 2014 é bem simbólico pros pernambucanos já que comemoram duas décadas do lançamento do seu primeiro CD “Da Lama ao Caos”, considerado um marco na música brasileira. No Parque dos Poderes eles também tocarão os clássicos da banda, claro. Quem abre o show são os sul-mato-grossenses do Rockfeller.

EXTRAS Fotos | Divulgação

Vida que segue Comemorando 30 anos de carreira, Zeca Pagodinho faz um show deluxe em CG no dia 13 com os sucessos do seu novo CD “Vida que Segue”. Sucessos antigos também aparecerão em um show que passeia por suas memórias afetivas e musicais, assim como clássicos do samba, como Trem das Onze, Diz Que Fui Por Aí, O Sol Nascerá, Mascarada e Aquarela Brasileira. O show é dia 13 de setembro, às 22h, no Diamond Hall.

12 | SETEMBRO 2014

REGIONAL



EXTRA NACIONAL ∆ Bienal de Artes de São Paulo A 31ª Bienal de São Paulo, um dos mais importantes eventos de arte contemporânea do mundo, será, segundo os curadores a edição “Trans Bienal”. Isso porque as obras que ocuparão o Pavilhão da Bienal estarão em constante transição, alterando-se ao longo dos dias. Foram selecionados 81 projetos, de autoria coletiva ou individual, o que envolve mais de 100 participantes e 250 obras. O tema da Bienal é bastante intrigante: “Como Falar de Coisas que Não Existem“. A edição promete, tem que se programar e ir. De 6 de setembro a 7 de dezembro no Parque Ibirapuera, em São Paulo. As preferidas de Mario Testino E finalmente chegou ao Brasil a megaexpô “In Your Face”, de Mario Testino, que reúne mais de 120 trabalhos selecionados pelo próprio fotógrafo. A mostra está rolando no Museu de Arte Brasileira da Fundação Álvares Penteado (FAAP), e fica por lá até 12 de outubro. A exposição traz as imagens mais icônicas da carreira de Testino, entre elas, o clique de Gisele Bündchen em um vestido prateado e casaco de pele, publicado na “Vanity Fair” em 2007. Fotos de Madonna, Angelina Jolie, Brad Pitt, Kate Moss e ensaios para marcas como Burberry também estão expostas.

O Trans barroco de Adriana Varejão Um dos maiores nomes da arte contemporânea brasileira e do circuito mundial, Adriana Varejão, tem suas obras em acervos de instituições como MoMA, Fundação Cartier, Tate Modern e Guggenheim. Agora, a artista apresenta no Oi Futuro Flamengo, a sua primeira vídeo instalação, “Transbarroco”. Filmada entre o Rio de Janeiro, Ouro Preto, Mariana e Salvador, o trabalho apresenta as referências do Barroco que influenciaram sua obra. Até 26 de outubro.

QOTSA em terras tupiniquins Eles estão chegando! O Queens of the Stone Age incluiu pela primeira vez o Brasil em sua turnê mundial - eles já estiveram por aqui outras três vezes, mas sempre em festivais. Serão duas apresentações, no dia 25 de setembro em São Paulo e 27 em Porto Alegre. A turnê traz canções do último disco LikeClockwork, muito bem avaliado pela crítica que classificou o trabalho como um registro complexo e introspectivo.

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ESPECIAL ∆

Glória Coelho a dama criativa da moda brasileira Texto | Thais Pompêo Fotos | Lucas Possiede

Se hoje o núcleo da moda brasileira é São Paulo, isso se deve a alguns importantes nomes que se articularam e transpiraram criatividade. Um deles é Glória Coelho. A estilista, que começou na década de 70, época em que o Rio de Janeiro ditava moda no país, participou desde o início da São Paulo Fashion Week, e atualmente é considerada uma das principais identidades da moda brasileira. “A Glória é uma das minhas estilistas preferidas. E não é de hoje. Ela tem criatividade e qualidade acima do padrão médio brasileiro, é uma grande estilista”, diz a respeitada crítica de moda Lilian Pacce, via email. Tanto que em 2014, ano em que Glória completa 40 anos de carreira, ela foi o nome escolhido para criar o interior do primeiro hotel fashion do Brasil, no Rio de Janeiro: o Best Western Arpoador Fashion Hotel, que será inaugurado em 2015. Minimalista, chique e com perfume futurista, como a própria criadora. Para entender o conceito, basta pensar no Armani Hotel Dubai ou Hotel Petit Moulinby Christian Lacroix em Paris. Glória Coelho veio a Campo Grande no início de agosto a convite das empresárias Cristiane Buainain e Jéssica Buainainpara o coquetel de reabertura e festa de 23 anos da Alameda – loja que vende a marca há 20 anos. No zumzumzum do coquetel era fácil notar a estilista: os cabelos lisos e negros

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divididos de lado, os olhos com sombra escura, boca batom vinho e um sorriso. Fresh, chique sem ser esnobe. Em uma entrevista exclusiva, que aconteceu no camarim da loja, enquanto a festa acontecia lá fora, a estilista falou sobre inspiração, o futuro da roupa e seu filho, o também estilista Pedro Lourenço. A Gente - Como você faz pra se manter tanto tempo nesse mercado tão difícil? Glória Coelho -Trabalhamos bastante. Temos um departamento só pra fazer a contabilidade. Eu brinco, que na minha empresa, somos uma zona que não é Brasil, é Escandinávia, onde todo mundo tem que pensar e planejar – gastar 80% do tempo planejando e 20% pra fazer o que planejou. Criando o dia inteiro, 24 horas, porque criar é muito gostoso, é bem mais fácil.


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AG - Sua roupa é super urbana, sai da São Paulo Fashion Week e chega no Brasil todo, aqui, em Campo Grande inclusive, na Alameda. Como você vê isso? GC - Eu acho isso normal. É o seguinte: nos identificamos com as pessoas no mundo quando olhamos pra elas e percebemos que elas fizeram uma escolha com que nos identificamos, que gostamos da seleção dela. No Japão, por exemplo, você encontra uma pessoa que escolheu tudo o que você escolheria para usar, ou seja, ela é da sua turma. E isso não acontece só no Japão, na Inglaterra, na França... Isso acontece lá, aqui, no mundo inteiro. E, claro, tem a minha turma aqui, em CG, também. Quanto mais eu me mostro, mais as pessoas me enxergam e se identificam comigo - e eu com elas. Foto | Divulgação

AG - Na sua roupa sempre existe uma pegada esportiva, minimalista, fresh... GC - Acho que são fases. Estamos sempre aprendendo com esse mundo novo que está chegando. Já tivemos fase de mutação, que a gente mudava tudo, que tudo era utilitário. Teve uma fase muito esportiva. Eu sempre coloco o esporte mesmo nas minhas roupas. Já olhamos para a magia, para o universo, e para o Harry Potter e Pókemon - adoramos o universo infantil, sempre é lindo e lendário. Cada época olhamos pra uma coisa, ficamos apaixonados, obsessivos e, se for acessível, fazemos. Nesta coleção, verão 2015, tem uma coisa forte de armaduras, que gostamos muito. AG - O que você acha dos tênis invadindo a alta costura, a cena mais de festa, como a Chanel e a Dior fizeram, sugerindo uma proposta com muito estilo e ao mesmo tempo sem abrir mão do conforto? GC - É meio lógico isso... Às vezes vou para casamento, vou de sapato baixo. Fico de sapato a noite inteira enquanto todo mundo acaba tirando o salto e ficando descalço (risos). Conforto é importante. Eu não acho que devemos fazer esforço pra ficar bonita. Minha roupa tem essa ideia. AG - Sua família é muito especial, todo mundo super criativo, todo mundo estilista. Como é isso? (Glória foi casada com o estilista Reinaldo Lourenço, com quem teve o Pedro Lourenço, o estilista brasileiro que desfila em Paris, hoje tido como um dos gênios da moda brasileira). GC - É super normal. Agora eu estou separada, já faz cinco anos. Mas o Pedro sempre me mostra o que ele está fazendo. Quando ele era criança, às vezes eu chegava em casa e nem queria falar de moda, queria dar intervalo pra cabeça, mas eles gostam muito desse assunto. Não conseguiam mudar de tema. Sempre foi assim, sempre. AG - O primeiro desfile dele foi aos 12 anos. Você que abriu as portas do atelier pra ele, não foi isso? GC - Foi... Louca, né? (risos) É que ele queria tanto... Desde os seis anos ele fazia desfile em casa, ele queria brincar e se associar mais à gente porque só fazíamos e pensávamos nisso... O Pedro é super criativo, muito articulado, muito inteligente.

18 | SETEMBRO 2014

AG - Qual é a sua tribo, seus códigos? CG - Se eu for pensar no período em que estou, é o período em que o mundo está: virtual. Estamos em um momento que não é moderno, nem contemporâneo, nem futurismo, nem espacial (que foi 60) – estamos em um período virtual, o digital. Eu estou nesse momento. Esperando os grandes avanços da roupa que, ao vesti-la e sentir calor, ela ficará refrigerada; se sentir frio, ela começará a aumentar, esquentar, aquecer; com estampas com movimentos, que mudam de cor enquanto converso com você. Tem um monte de possibilidades novas que eu gostaria que chegassem logo porque eu estou louca pra viver isso. Inclusive já existe um livro super importante que fala sobre esses movimentos novos. Estamos em um novo mundo que precisamos descobrir. Essa é a minha missão. AG - Você faz vestido de noiva. GC - Faço muita noiva, todos os dias. Inclusive, vou fazer uma noiva na novela O Império, mas ainda não posso contar detalhes... (risos). O que acontece é que fazemos roupa colorida e aí a pessoa chega na loja e pede pra fazer a mesma branca para casar. Fica muito mais barato, ela já sabe o que vai acontecer, e ela já sabe que é o estilo dela, sabe que é do meu grupo. Esse negócio de roupa é legal porque ilustra bem o tipo da pessoa. Porque você tem um grupo. Todo mundo tem um grupo. Brinco quando eu dou as palestras, que as pessoas têm de se mostrar mesmo, mostra quem é para descobrir o seu grupo, se não você não se descobre (risos). ∆



Izabela Kassar Moretzsohn Texto | Tatyane Cance Fotos | Lucas Possiede

20 | SETEMBRO 2014


LIFESTYLE ∆ A corumbaense Izabela Kassar Moretzsohn formou-se em arquitetura pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas em 1984. No decorrer de três décadas construiu sua carreira profissional bem reconhecida. Seu sucesso é somatória do bom gosto de sua arquitetura com o fato de saber ouvir e respeitar as necessidades do cliente. “O que eu mais prezo é ouvir todos os membros da família, para então aliar a minha arquitetura à realidade deles”. Na Casa Cor MS deste ano, ganhou o prêmio Conceito, pela originalidade e ousadia no ambiente ‘Cozinha’.

Profissão: Arquiteta Férias inesquecíveis: Itália: Milão, Toscana e Costa Amalfitana Em alta: Rezar e ter fé por um mundo melhor O que está lendo: A culpa é das estrelas – John Green Música: MPB Um filme: Lendas da Paixão Não vivo sem: Salada e celular Um sabor: Agridoce Esporte: Pilates e musculação Refúgio: Minha casa, adoro aproveitar o tempo livre que tenho para colocar as coisas em ordem e aproveitar minha família Projeto no momento: Meu novo escritório

A escolha por esse espaço não foi por acaso. “Me ofereceram outros cômodos mas eu escolhi exatamente a cozinha”, confessa ela, que acrescenta: “Eu considero a cozinha o espaço mais importante da casa atualmente. Quando recebemos amigos e familiares, e lá que acabamos nos juntando”. Nas horas vagas, a arquiteta gosta de preparar diferentes pratos para a família. “Não sou expert, mas gosto de improvisar uma receita de um bom risoto, macarrão...É gostoso isso!”. SETEMBRO 2014 | 21


Rafael

Abuchahla Texto | Tatyane Cance Fotos | Lucas Possiede

22 | SETEMBRO 2014


LIFESTYLE ∆ Formado em arquitetura pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, o paulista Rafael Abuchahla se mudou para CG há pouco mais de um ano e já se considera quase um cidadão local. “Conheci Campo Grande através da minha noiva, e me apaixonei de imediato pela cidade”. E esse sentimento está muito ligado às nossas belezas naturais. “Viver aqui, onde a natureza nos brinda com seu show diariamente, é um privilégio. São Paulo agora só como visita”, garante ele. Assina o espaço “Garagem” da Casa Cor MS, que agradou tanto o júri que acabou ganhando o prêmio de melhor projeto sustentável. “Fiquei muito honrado pelo reconhecimento. A questão da sustentabilidade é uma realidade que sempre esteve e estará presente em tudo o que eu fizer”.

Profissão: Arquiteto e Urbanista. Férias inesquecíveis: Las Vegas, em companhia da minha noiva. O que está lendo: O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota (Olavo de Carvalho). Música que não sai do seu playlist: 10 Years Gone (Led Zeppelin). Um filme: Smoke and the Bandit. Não vivo sem: Minha família. Projeto do momento: Garagem, Casa Cor MS. Um sabor: Kibe cru da minha mãe. Esporte: Natação. Refúgio: Sítio em Ibiúna, interior de SP.

A paixão pela natureza vem desde a infância, e a especialização em projetos sustentáveis tem como consciência o futuro. “Tive medo que meus filhos não pudessem ver tudo aquilo que eu vi”, confessa. Tanto que seu esporte favorito é a natação de travessia. “Sempre treinei em piscina e quando eu morava em São Paulo tinha o costume de participar de travessias no mar”. SETEMBRO 2014 | 23


Schoolboy Q – Oxymoron (2014) Um dos discos que deu o que falar este ano foi o Oxymoron, novo trabalho do rapper Schoolboy Q. Seu segundo álbum, produzido por um time de peso (Pharell, Tylor, The Creator e Digi+Phonics), fez o músico ganhar definitivamente seu espaço, após sua estreia solo no ano de 2010. Com rimas não tão sensacionais, o que chama atenção aqui são as batidas empolgantes, os samplers elaborados e instrumentalizações densas. Um disco divertido que tem como principal referência o rap e hip hop de 20 anos atrás, e como mentor o senhor Snoop Dogg. Para fechar o pacote, escolheu a dedo os convidados para somar com seus versos nas 12 faixas: Tyler, The Creator e Kurupt aparecem na sombria faixa “The Purge”; Kendrick Lamar em “Colland Greens”;“Blind Threats” com o veterano Raekwon; e “What they want” com 2 Chainz. Destacamos ainda a ótima “Gangsta” que vai ficar na sua cabeça, “Break the Bank” que ganhou um videoclipe muito bom e “Man of the year”. Faz a pista ferver e aquece a noite de uma boa festa.

para ouvir

Júlia de Miranda

24 | SETEMBRO 2014

Jack White – Lazaretto (2014) Falar de Jack White é falar de um dos grandes nomes que apareceu no final dos anos 90 frente ao duo White Stripes. Não, não é exagero, o cara está no patamar de gênio, além de ser extremamente talentoso e possuir diversos projetos, o cara é multi-instrumentista, produtor, empresário e dono de uma gravadora de discos independentes, a Third Man Records. Em junho deste ano saiu seu segundo disco solo “Lazaretto”, que já está na lista dos mais vendidos do ano. O novo trabalho mostra um Jack que revirou todas as suas anotações antigas, baús, coisas velhas e reconstruiu tudo fazendo o artista se encontrar com o passado. Com 11 faixas o disco apresenta solos de guitarras intensos e longos, piano, poesia, muito rock e a criatividade de Jack que é sua marca registrada, só que aqui, de forma discreta. Destaques para: “Three Women”, "That Black Bat Licorice", “Lazaretto” e a instrumental "High Ball Stepper". Vale o play, disponível também em vinil. Curtis Mayfield – Curtis (1970) Curtis Mayfield é considerado um dos grandes mestres do soul e do funk. Além disso, sua música e imagem são facilmente associadas com a consciência sócio-política do movimento negro americano, um dos primeiros artistas a falar abertamente sobre o orgulho e a luta da comunidade. Multi-instrumentista, teve uma carreira consolidada com ótimos trabalhos como a trilha sonora do filme do gênero blaxplotation “Superfly”, em 1972. Depois de fazer parte da banda “The Impressions”, em 1970, lançou seu primeiro disco solo “Curtis”, carregado de muito funk e psicodelia. Tido como um dos melhores discos de todos os tempos (até hoje é bastante procurado), influenciou muitos músicos, entre eles vários brasileiros. Destaque para os clássicos: "(Don't Worry) If There's a Hell Below, We're All Going to Go","Move On Up", "Give It Up", "We the People Who Are Darker Than Blue" e "Miss Black America". Tem que ter na coleção. ∆



Márcio Ribas

para ler

Um dia, a liberdade será tamanha que abriremos as nossas asas sem ferir ninguém. Pedro Gabriel

Algumas vezes, nesses passeios pelas livrarias, alguns livros têm um destaque especial nas estantes. Na maioria das vezes, eu acabo fugindo deles. Talvez eu espere que o livro bom seja reconhecido pelo boca a boca daqueles que o leem ou ainda que eu o descubra em algum lugar das prateleiras: um lugar onde ele repousa sossegado esperando pelo leitor certo. Eu me chamo Antônio (Intrínseca, R$ 29,90), de Pedro Gabriel, não estava só nas prateleiras, estava nos sites de literatura e piscando nas primeiras páginas das lojas virtuais. Evitei, mas acabei lendo. Foi uma surpresa. A proposta de Pedro Gabriel foi iniciada com a criação de uma página no Facebook com o mesmo nome do livro. Lá, Antônio, o alter ego do escritor, compartilhou seus rabiscos em guardanapos com frases sobre os encontros e desencontros do coração. O livro é a compilação desse material. Não é um livro de início, meio e fim, mas também não é um livro de frases isoladas como havia muitos nos anos 90. É uma quase-história. Nos rabiscos, são perceptíveis as alterações de humor do personagem, o que nos faz perceber as aproximações e afastamentos da pessoa amada. É nítida a influência de Leminski no autor. Parece que uma nuvem de palavras do escritor curitibano paira sobre o livro o tempo todo. O segundo título é muito conhecido e seria uma indicação pouco ousada, já que é um clássico. Estamos falando de Aventuras de Alice no País das Maravilhas (Globo, R$ 59,90).

26 | SETEMBRO 2014

Mas, nessa nova edição, há algo especial: o texto de Lewis Carrol, lançado no final do século XIX, une-se à artista japonesa atual mais renomada, Yayoi Kusama. Por mais que todos já tenham se deliciado nos chás com Alice e a Rainha de Copas, essa nova versão é ilustrada por Yayoi, que tem obsessão por pontos e bolas, o que dá novos ares às aventuras de Alice. A obsessão minimalista de Yayoi combina perfeitamente com a psicodelia de Lewis Carrol. Das aventuras de Alice, pulamos para a aventura de um faquir. Best-seller na França, A extaordinária viagem do faquir que ficou preso em um armário Ikea (Record, R$ 30), de Romain Puértolas, é um livro que, só pelo título, já dá vontade de ler. Se todos nós temos a ideia de um faquir centrado e honesto, o sujeito não o é. A comédia começa pelo nome do personagem: Ajatashatru Ahvaka Singh – não se assuste com o nome e tente pronunciá-lo em voz alta. É algo como acha já a tua vaka sim. Ele é um faquir trapaceiro que viaja (com dinheiro da aldeia) para a França para comprar, com uma nota falsa de 100 euros impressa somente de um lado, uma cama de pregos na loja Ikea. Porém, ele fica preso em um armário e é despachado para a Inglaterra. Na sua aventura, apaixona-se por uma francesa, quase morre em um balão, começa a esboçar um livro na própria roupa e por aí vai. É um livro divertido com qualidade: coisa difícil de encontrar. Boa leitura! ∆



Marcelo Veloso

para ver The Galapagos Affair: Satan Came to Eden, de Daniel Geller e Dayna Goldfine Este documentário conta uma extraordinária história real, tal qual o romance “A Costa do Mosquito”, de Paul Theroux - que também virou filme. Na década de 1930, as Ilhas Galápagos, famosas pela expedição de Darwin, eram conhecidas como o último grande território intocado. E na Europa, duas almas destemidas - desencantadas pelo que a primeira guerra mundial havia revelado sobre a humanidade - decidiram se estabelecer lá: um médico alemão, que deixou sua mulher, e uma mulher casada. Quando um cientista americano que os visitava ficou fascinado por essa vida “robinson-cruzeana” moderna e divulgou o que lá acontecia para a imprensa, outros possíveis colonos apareceram. Uma família burguesa, um utopista bizarro e uma aventureira que se auto-denominou baronesa. A sirene do distúrbio gritou alto causando todos os tipos de tensões. Uma história inacreditável. Um filme incrível. God’s Pocket, de John Slattery John Slattery faz sua estreia dirigindo um filme com o falecido Philip Seymour Hoffman em uma de suas últimas apresentações. É um drama violento sobre espertinhos e otários que se metem em negócios uns com os outros; a história, um emaranhado da sua própria dramaturgia, flerta com maldade pura e simples, mas também não tem muito para onde ir. É como se o filme despertasse para a vida somente em dois momentos exatamente, ambos envolvendo espasmos sangrentos de

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violência, o que tira a história de sua rotina, temporariamente. Com a exceção de um barman irlandês (bem interpretado por Peter Gerety), todos os personagens são tão meticulosamente escritos que mesmo confiando na atuação de grandes atores como Richard Jenkins e John Turturro, o resultado não é fantástico. No entanto, Slattery faz um conjunto muito verossímel, e Hoffman, sim, grande como sempre. Finding Vivian Maier, de John Maloof e Charlie Siskel Há sete anos, um jovem historiador de Chicago - Maloof - fez uma descoberta extraordinária. Ele arrematou uma caixa de negativos de fotografias em um leilão, caixa pertencente a uma mulher misteriosa chamada Vivian Maier; depois, Maloof rastreou um pequeno armazém cheio até a borda com negativos, impressões e outras imagens tão incríveis de Maier que foram comparadas às de Henri Cartier-Bresson. Este documentário mostra a missão de desenvolver, catalogar e publicar este achado sensacional, e também de saber mais sobre esta artista desconhecida de si mesma. Maier, que morreu em 2009, tinha ganhado a vida como babá. Seu humilde trabalho lhe permitiu vagar, e talvez seu baixo status tenha lhe dado um agudo senso de desapropriação e até ressentimento. Curiosamente, as fotos que tirou na França rural, terra natal de sua mãe, são mais calmas e mais suaves do que as imagens violentas de Chicago. Estas são, em certo sentido, os sintomas de sua própria confusão mental. Um filme fascinante. ∆



CAPA ∆

Representante da nova geração de tatuadores, a campograndense Maria Fernanda Brum descobriu o talento para o ofício entre amigos. Ao lado do marido Arthur de Camargo, hoje ela comanda um dos estúdios de tatuagem mais requisitados de São Paulo.

Amor além da pele Texto | Carla Matsu Fotos | Lucas Possiede

Desde que deixou Campo Grande para se mudar para São Paulo, há 14 anos, Maria Fernanda Brum mal sabia que uma habilidade descoberta por uma brincadeira ia resultar em uma profissão e uma carreira, hoje, sólida e respeitada. No bairro dos Jardins, ela e o marido Arthur de Camargo, também tatuador, comandam o Analogic Love Tattoo. Depois de atuarem em importantes estúdios de tatuagem, entre eles o True Love Tattoo, do qual Arthur foi sócio, e Led’s Tattoo, no caso de Arthur, os dois se fixaram em um

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endereço só deles. Ali, em uma charmosa galeria de rua, o casal compartilha influências, parceria e um ofício que exige destreza. Arthur já contabiliza mais de quinze anos na arte de imprimir traços e cores à pele. Fernanda comemora os onze anos. A demanda e a rotina servem também para dizer que a escolha profissional não poderia ter dado mais certo e Fernanda, entre um sorriso e uma reticência, diz sobre os dias: “Ah... é puxado”.


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O sonho de ser tatuadora não estava nos planos da adolescência de Fernanda. Tampouco na cabeça quando assinalou a escolha para fazer o vestibular. Maria Fernanda seria arquiteta. Estava decidido. Mas desde então a vida tomou outros rumos. A faculdade teve de trancar e, antes que pudesse refletir sobre suas escolhas, Fernanda tinha se apaixonado pelo trabalho que a tem colocado como uma das representantes de sua geração. Já em São Paulo, a primeira tatuagem assinada por ela foi a pedido de um amigo, que sentindo a vocação da moça sugeriu: “Nanda, acho que você sabe tatuar”. E não deu outra. “Eu fiz com calma, preparei o desenho, fiz todo o processo e ficou bem bacana. E me despertou, foi amor à primeira vista e eu não quis mais parar”, conta.

Foto | Arquivo pessoal

Outras telas Nos braços, que por pouco não estão cobertos de desenhos, Fernanda carrega dois morcegos feitos por Arthur. A parceria ultrapassa o casamento e também se complementa no trabalho. “O trabalho dele influencia o meu e vice-versa. Nos vemos como opostos complementares. Quando eu tenho uma dificuldade eu o chamo, e ele a mesma coisa. E a história do Analogic funciona muito bem, porque é uma fusão de nós dois”, resume. Distribuído em duas salas, quase uma de frente para a outra, o Analogic Love é também um espaço para pensar a própria linguagem da tatuagem em outras plataformas. Paredes, quadros e móveis, como mesas de centro, também levam a assinatura e o estilo old school de Fernanda e Arthur. As peças de design são exclusivas e feitas sob encomenda. Entre os clientes, a estilista Adriana Barra, que também leva nos punhos duas delicadas tatuagens feitas por Fernanda. “Pensamos que os objetos são como o corpo, e idealizamos os desenhos com a mesma estética. E o raciocínio é o mesmo da tatuagem, a sensação é a mesma”, explica Fernanda. A convite de Houssein Jarouche, proprietário da conceituada loja de design MiCasa, Fernanda e Arthur também participaram de um projeto temporário dedicado à tatuagem – uma nova forma de ocupação artística da Casa ao Lado, endereço anexo à MiCasa.

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É claro, Fernanda sabia desenhar, pelo menos era o que os amigos desde a fase de garota apontavam, diz ela como se esquivasse gentilmente e inconscientemente do talento para coisa. Pois a tatuagem abraçou Fernanda e vice-versa. E dela saíram algumas das relações mais importantes, entre elas Arthur, o pai de seus dois filhos Mateus e Iasmin, grandes amigos e a própria relação com o trabalho. “Eu sou muito Caxias com a tatuagem. É meu ganha-pão, levo muito a sério”, define.

Foto | Arquivo pessoal


Vocação de infância Fernanda é espontânea, da fala fácil. Daquelas pessoas que fazem você se sentir confortável, pois ao falar do trabalho o descreve com preciosismo, mas sem o peso da pretensão. Sobre o sorriso sincero, ela diz que é pontual, já que não é preciso sorrir senão com vontade. “Costumo brincar que tenho o humor agridoce. Tenho meus dias cinzas e me permito tê-los”. Da infância e adolescência em Campo Grande, Fernanda lembra das brincadeiras de rua. Do pôr do sol da cidade, carrega saudades. Foi ainda na cidade natal que se deparou com o desenho que seria o primeiro de tantos a adornar o corpo: uma flor em um recorte de revista guardado. Perdeu o recorte, mas não a vontade. Obstinada, logo completou a maioridade e com ela veio um desenho nas costas. Hoje, ela diz se arrepender. “Eu estava na ânsia de fazer e isso até serve de conselho para as outras pessoas”, adverte. Foto | Arquivo pessoal

Fernanda não é de somar as tatuagens que carrega consigo. “Eu nunca contei, não mensuro. Eu sei as partes que eu não tenho e que pretendo fazer”, e continua: “Tatuagem é estética, é um enfeite no corpo. Ela surgiu para isso. É uma marca que as tribos usavam para se identificar. É claro, dentro da realidade que eles vivem existem significados. Algumas coisas da cultura japonesa são ícones de folclore. Algumas histórias e significados existem, mas não que isso seja premissa para fazer uma”, defende. Poucos sabem, mas Fernanda e Arthur também levaram os rumos da profissão até Campo Grande. Em um pequeno estúdio da Avenida Alvorada, no Jardim dos Estados, o casal atendeu durante um ano, antes de fecharem as portas e se mudarem de vez para São Paulo. Foi na capital paulista que a moça se “encontrou”. Como se a inquietação, a disposição e o ritmo dos grandes centros se alinhassem mais com a própria personalidade e as expectativas. Sobre estas, Fernanda fala com cautela, pois sabe que deixar a vida leve fez bem. Entre os possíveis planos, está a ampliação do Analogic Love. Por ora, Fernanda aproveita para colocar a agenda no lugar. Há mais de uma semana, ela e Arthur deixaram Londres e Berlim, em uma viagem que também os aproximou de outros estúdios e artistas, um intercâmbio cultural e profissional que, segundo ela, enriquece ainda mais o trabalho. Do estilo de tatuar, a dedicação pelo clássico old school só reforça a identificação com artistas como o expoente Sailor Jerry. Depois de atender o último cliente, do estúdio Fernanda volta a pé para casa. Sem muito tempo para ficar em trânsito, Nanda se diz meio “caramujo”, gosta de curtir a casa, o tempo com Arthur e os filhos. O mais velho, Mateus, está com 17 anos. No dia anterior, revelou à mãe que pretendia se tatuar. Nada mais natural, talvez? “Eu não achei que ele fosse querer. Ele disse: ‘mãe, daqui uns dias eu vou fazer 18 anos e estou pensando em me tatuar’. Confesso que eu fiquei um pouco tensa”, diz ela. “Eu sou mãe intensa. Eles morrem de rir”, afirma ela também na leveza e aos risos. ∆

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Desfile Reinaldo Lourenço

EM ALTA ∆

COLORS

A onda dos looks monocromáticos ou color blocking vai continuar reinando na primavera. Ela que esteve em alta nas últimas estações, continua com sua invasão de cores no mundo da moda e no décor. Quem não é adeptado visual ‘blocking’, pode montar um look colorido combinando a paleta de cores quentes com estampas que tenham como base a mesma tonalidade, para um estilo moderno e atual.

Camisa: Roberto Cavalli R$ 4.580; Top cropped: T by Alexander Wang R$ 3.340; Saia: Marni R$ 3.360; Calça: Diane Von Furstenber R$ 1.500; Shorts: Tigresse R$ 459; Cinto: Fendi R$ 1.400; Saia: Victoria Beckham R$ 6.490; Scarpin: Saint Laurent R$ 2.230; - Tudo: www.farfetch.com

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Fotos | Divulgação

Por | Luiz Gugliatto


TRENDY ∆ 1 2

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Desfile Lolitta

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ABSOLUTO Por | Luiz Gugliatto

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Fotos | Divulgação

O exagero será tendência para a próxima estação. Entre as apostas estão os maxibrincos, que continuam dominando o visual das it-girls. Os brincos grandes estão mais elaborados e não são mais exclusividade das bijouxs - as joalherias de renome também apostam no estilo e fazem da peça o ícone máximo do glamour para a primavera. Os maxi brincos foram destaque nas passarelas de muitos desfiles nessa temporada e aparecem no visual das divas mundo afora.Pode apostar sem cautela, pois eles estão com tudo! Brincos: 1- H. Stern, 2- Juliana Manzini, 3- La Valentina, 4- Hector Albertazzi, 5- Mãos da Terra, 6- Cosmopolitan, 7- Camila Klein, 8- Lool p/ Maria Pitanga Preços sob consulta

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Campanha Ellouva

ESCOLHA DO MÊS ∆

Flowers

A silhueta escolhida para desfilar durante a primavera será leve, romântica e pontuada por cores e flores. Roupas e acessórios chegam às vitrines e araras cheios de charme e suntuosidade. Flores traduzem a delicadeza feminina, uma estampa que sempre chegaj unto com a primavera e o verão. Abstratas ou quase reais, elas dominaram os desfiles da última temporada de moda. Orquídeas, rosas, margaridas e tulipas ilustram os mais requintados looks primaveris.

Vestido: Giambattista Valli / moda operandi; Saia: Dolce &Gabbana; Bolsa: Dior; Clutch: Serpui Marie; Blusa: Fernanda Yamamoto; Blush: Cheek pop Clinique; Scarpin: Vestígios - Preços sob consulta

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Fotos | Divulgação

Por | Luiz Gugliatto


ACHADOS DE MODA ∆

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Campanha Valentino Garavani

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IRREVERÊNCIA & SOFISTICAÇÃO Por | Luiz Gugliatto

Os sapatos fechados resgatam status nada básicos e ganham novas cores e materiais diferenciados para entrar de sola na estação. Esse tipo de calçado é ideal para compor looks clássicos, casuais, modernos e até os mais sofisticados. Entre nas tendências dos scarpins coloridos e desfile com muita personalidade e irreverência!

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Fotos | Divulgação

Scarpins: 1- Jorge Bischoff, 2- Santa Lolla, 3- Saint Laurent, 4- Zeferino, 5- Arezzo, 6- Christian Louboutin, 7- Luiza Barcelos, 8- Casadei e 9- Schutz - Preços sob consulta

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MacacĂŁo, braceletes e sandĂĄlias Animale Colar usado como cinto Bob Store

Fotografia | Alexis Prappas Styling | Luiz Gugliatto


Maiô: Cia Marítima/ Maria Pitanga Colar e anéis: Animale


Hot pants: Cia Marítima/Atlética Fitness Praia Camisa customizada: Le Lis Blanc Colar, anel e braceletes: Animale Sandálias: Schutz/Anita Shoes



Blusa, anel e pulseira: Animale Hot pants: Cia MarĂ­tima/ AtlĂŠtica Fitness Praia Brincos: Lool/Maria Pitanga


Maiô: CiaMarítima/Atlética Fitness Praia Saia usada como blusa: Bob. Store Brincos e anel: Animale Ficha técnica Fotos: Alexis Prappas Produção moda: Luiz Gugliatto Beleza: Higor Euzebio, Galeria Centro de Beleza Modelo: Mariana Vilas Boas Produção executiva: Thais Pompêo


beleza ∆

Até as mulheres que não são nenhum exemplo de vaidade e disciplina já entenderam que filtro solar no rosto, todos os dias, é obrigatório. Bobeou, também corremos para as prateleiras e desembolsamos pequenas fortunas na busca por um bom creme anti-idade. Afinal, ninguém quer ficar com o rosto manchado e mais envelhecido que o necessário. Isso sem falar nos riscos do câncer de pele. Mas o que muitas deixam passar é a região do colo (incluir aqui pescoço e seios).

Quero colo!

Texto | Natália Charbel

Vamos falar a verdade, os cuidados com essa área mega sensível são, vira e mexe, negligenciados. Essa falha acontece também com o hidratante e os cremes anti-idade. Erro tremendo! Os pescoço e colo são frequentemente expostos, e os seios, ou ao menos parte deles, também fica desprotegida quando usamos decotes e biquínis. A má notícia é que esse descaso custa caro. "A pele dessa região é mais fina e sensível que a do rosto, portanto tem menor quantidade de fibras colágenas e elásticas. E para piorar tem uma quantidade mínima de glândulas sebáceas, portanto é muito seca, o que favorece o envelhecimento", afirma a dermatologista Daniela Lemes. E mais, a área tem cicatrização pouco eficiente, o que faz com que os sinais do tempo fiquem bem aparentes. A boa notícia é que os cuidados são simples e em pouco tempo a gente acostuma. O ideal é incluir colo, pescoço e seios na rotina de cuidados. Como? Durante o dia, protetor solar e hidratante, e à noite um renovador celular (indicado por um médico), ensinam os dermatologistas. Para não errar na hora de escolher seu hidratante, procure aqueles que contenham na fórmula: ureia, vitamina E, alantoina, ceramidas, óleos de oliva, amêndoas, semente de uva, macadâmia, argan, entre outros.

Como cuidar: Filtro solar – Deve ser usado todos os dias, sem exceção, com FPS 30 ou mais. É importante reaplicar o filtro ao longo do dia, mesmo que você fique em ambiente fechado. Banho – Nada de água muito quente, nem muito sabonete. Essa região já é ressecada e essa combinação remove ainda mais a barreira que protege a pele. Evite também passar buchas nessa área, pelo mesmo motivo. Quando os cuidados básicos não bastam: se você acha que a pele está pedindo um socorro maior, invista em procedimentos mais profundos, que são realizados apenas em consultórios dermatológicos. Hoje existem tratamentos com lasers, ácido hialurônico injetável, peelings que prometem tratar e reverter prejuízos mais severos. Vale a pena marcar uma consulta e cuidar da região como ela merece. ATENÇÃO: As manchas na região podem ter outra causa: cosméticos, especialmente os perfumes. A solução é evitar perfume na região quando for se expor ao sol e mais uma vez, caprichar no filtro solar. ∆

"Deitar no colo de uma mulher é fazer as pazes com a eternidade." Autor desconhecido 44 | SETEMBRO 2014



HITS DE BELEZA ∆

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O combo pescoço, colo e seios pede cuidado implacável e diário, mas fique tranquila, não é nada muito diferente do que estamos acostumados a fazer no rosto e mãos. Aquele ritualzinho básico, filtro e hidratação durante o dia e anti-aging durante a noite é suficiente para prevenir manchas e o envelhecimento precoce. Com os produtos certos, fica tudo muito mais fácil. Texto | Natália Charbel

1- Anthélios Xl Creme Fps 60, La Roche Posay – Protetor solar perfeito para regiões mais secas, possui sistema filtrante super moderno que oferece proteção, mesmo contra os danos celulares invisíveis. Contém água termal. R$ 42,90 2- Creme Hidratante Confort Extreme, Sisley – Hidratante para re-

giões secas. Protege, nutre e é rico em ômega 3, responsável pelo rejuvenescimento. Ainda defende a pele contra a ação dos radicais livres e mantém o nível de hidratação equilibrado.

R$ 659 3- Super Restorative Décolleté and Neck Concentrate ,Clarins – Firma, alisa e ilumina a frágil área do colo e pescoço. Com extratos de plantas antienvelhecimento, auxilia a síntese de colágeno, minimiza as rugas, a falta de pigmentação e a flacidez. R$ 429 4- Anti-envelhecimento Benefiance Concentrated Neck Contour Treatment – Um anti-idade que supre necessidades específi-

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cas do pescoço e zona do decote. Ajuda no combate às rugas e reduz o aspecto áspero. R$ 429

5- Age Inverse, Dermage – O sérum remodelador auxilia a for-

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mação de colágeno e a biossíntese do ácido hialurônico, o que melhora sensivelmente o preenchimento e a firmeza da região. R$ 142

6- Linha Active Genes, O Boticário – Possui creme para uso diur-

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no, com FPS 25, e noturno. Ambos com Act-Pro, que retarda os sinais do tempo. É dividido por faixa etária. R$ 75

7- Visionnaire, Lancôme – Aqui a estrela é a molécula LR 2412, que oferece à pele uma capacidade de autocorreção das rugas, poros e imperfeições. R$ 329

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O médico Ricardo Ayache faz sua estreia na política com metas arrojadas para o setor que mais preocupa os brasileiros.

Saúde é o que – mais – interessa Texto | Theresa Hilcar Foto | Bruno Inácio

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ATUALIDADE ∆

Ele nunca teve seu nome na cédula de votação do TSE, mas já passou pelo crivo de eleitores bem exigentes. O mais novo candidato ao Senado da República, o médico cardiologista Ricardo Ayache, 43 anos, foi eleito ano passado presidente da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul) com 93% dos votos. Ligado à instituição desde 2001, Ayache ocupou duas vezes o cargo de presidente e conseguiu desenvolver uma gestão aprovada por 81% dos mais de 40 mil afiliados, segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde). Durante suas gestões, também conseguiu mais quatro hospitais para o interior do Estado e um centro de prevenção e atividade física. “Tudo isto com dinheiro da própria instituição”, diz, orgulhoso, sem esquecer do hospital de Campo Grande, com 107 leitos, que deve começar a ser construído este ano. O trabalho e a dedicação de Ayache na Cassems acabou atraindo a atenção do Partido dos Trabalhadores, do qual é filiado há 13 anos. O convite para disputar uma vaga no Senado Federal, segundo ele, foi uma decisão de consenso dentro do partido. Esta, no entanto, não foi a primeira vez que lhe acenaram com a possibilidade de uma candidatura. “Eu não me sentia preparado, queria construir minha história antes”, admite. Para disputar cargos eletivos, segundo ele, é preciso ter uma referência de vida e muito trabalho realizado. Embora estreante no universo político, o aquidauanense, formado pela UFMS, confessa que sempre teve perfil participativo e de liderança. O diálogo, segundo ele, é um dos seus pontos fortes. E por isto tem encontrado facilidade para se comunicar com os mais diversos setores da sociedade, e a população. Para Ayache o diálogo só se torna difícil quando se trata de lidar com alguns agentes políticos, que, em sua opinião “têm uma forma antiquada de fazer política”. O partido, segundo ele, está apostando em novos nomes para o cenário político. A saúde, obviamente, é o principal tema da sua campanha. Mas a questão do desenvolvimento do Estado também está na pauta. “Existem áreas em franco desenvolvimento e muitas

regiões com pouco incentivo. É preciso desenvolver a atividade econômica de forma planejada”, opina. Questões como segurança pública, setor que segundo ele sofre com a falta de capacitação e prevenção, agricultura familiar e reformas políticas também estão no topo da lista. Demonstrando seu engajamento político, Ayache acredita que o País precisa mudar o sistema eleitoral que convoca eleições a cada dois anos. E vai além: diz com todas as letras que é contra a reeleição. “O ideal é um mandato de cinco anos e pronto”. Mas nem só de assuntos polêmicos e temas áridos vive o candidato. A cultura também faz parte do seu elenco de prioridades. Casado com a médica Danuza Guizzo, filha do saudoso Octávio Guiso, Ayache quer levar adiante o legado do sogro, cujas ideias e propostas arrojadas enriqueceram o cenário cultural do Estado. A preocupação é, sobretudo, com os jovens que, segundo ele, não têm opções de cultura e lazer. “Não existe nada que desperte o interesse dos jovens”, aponta, destacando ainda a facilidade de comunicação entre eles. “Tenho um excelente diálogo com a juventude”. Para o Senado Federal, os planos são muitos. Um deles é criar uma Comissão Permanente de Saúde, que não existe no Congresso Nacional. “A questão mais importante para o brasileiro, que é a saúde, está sendo discutida na Comissão de Assuntos Sociais”, critica.A deficiência de discussões no plano federal, de acordo com o médico, acaba afetando os estados. “Mato Grosso do Sul é o penúltimo estado em investimento na saúde. Só perde para o Rio de Janeiro”, aponta. A solução, segundo ele, é criar polos de saúde no interior, para que os municípios não fiquem reféns de ambulâncias. Seja qual for o resultado desta eleição, de acordo com o candidato, uma coisa é certa: dificilmente o doutor Ricardo vai trilhar o caminho de volta. Afinal a visibilidade e a experiência de uma campanha ao Senado, aliados à sua competência como gestor, só lhe trarão dividendos políticos. “Adoro ser médico, meu grande dilema é colocar na balança a medicina e a política”, confessa, afirmando que ainda não pensou no futuro. “Vou vivendo do jeito que a vida se apresenta e fazendo o meu melhor”, diz. ∆

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SAÚDE ∆

Você já ouviu falar em dançaterapia? Também chamada de Dança Movimento Terapia, ou Dança Terapêutica, a técnica é eficiente como auxílio no tratamento de várias doenças. Pouco conhecida no Brasil, mas muito difundida nos Estados Unidos e na Europa, a dançaterapia surgiu no começo do século XX, quando bailarinas da dança moderna observaram o grande poder de cura que há na expressão autêntica de si mesmo. Começaram a ensinar sua dança em hospitais psiquiátricos e instituições de ensino, como uma ferramenta de autoexpressão. Mas como funciona? Qual é o público? Quais os benefícios? Há várias linhas de trabalho, mas em geral os encontros acontecem em grupo, uma vez por semana. A prática busca trabalhar com a parte saudável que há em cada pessoa. Acredita-se que, independente de qual seja a condição psicofísica, há dentro de cada um criatividade, pulso de vida. O terapeuta oferece estímulos: uma música, um material, ou o contato com uma estrutura anatômica, no caso da linha da consciência corporal, que servem de impulso para que o participante comece a se mover e vá aos poucos encontrando sua dança e expressão. Respeitar os limites é fundamental, por isso pode ser usufruída por pessoas de qualquer idade com ou sem deficiências físicas ou psíquicas. Ao tocar na criatividade às vezes esquecida, potencialidades adormecidas despertam, tornando-se ótimas aliadas no tratamento da depressão.

Quem dança suas doenças espanta! Texto | Natália Charbel

"A dança deve ser abordada com base na sensibilidade e na verdade de cada um." Klauss Vianna

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Silvia Razuk, dançaterapeuta formada na Itália, explica: “Ao se perceber capaz de criar movimentos que ninguém o ensinou, o participante vai aos poucos trocando o ‘não posso’ pelo ‘sim, sou capaz’. Pessoas com questões como cegueira, paralisias, surdez, timidez, descobrem que o corpo e a expressão nos oferecem muitas possibilidades. Se não posso mexer as pernas, posso mexer braços, tronco, cabeça... Se não consigo fazer movimentos expansivos, fortes, posso fazê-los pequenos, suaves...”. O grande objetivo das terapias pelo movimento é, além do autoconhecimento, a integração psicofísica. “Lembrar que somos corpo e mente existindo e dialogando ao mesmo tempo nos leva a uma maior apropriação da nossa existência. A autoestima aumenta e consequentemente a qualidade de vida”, continua Silvia. Mulheres que tratam câncer de mama retomam o bom relacionamento com o corpo, o resultado é incrível. Os que sentem dificuldade de se expor verbalmente descobrem o poder de expressão através do corpo. Mesmo não se encaixando em nenhuma das patologias descritas, a dançaterapia funciona para os que buscam se conhecer ou desvendar os mistérios do inconsciente. Vamos? ∆



PUBLIEDITORIAL ∆

RH de Resultado A área da saúde é uma das mais exigentes e específicas do mercado. Conhecendo a fundo esse universo, Carolina Weber Prieto Leite, Luciane Garcia Rodrigues Martins e Ana Paula Debiazi Vicente decidiram criar a RHESULTADO. Uma empresa multidisciplinar, capacitada para atender às mais diferentes demandas dos negócios da área da saúde, do Recrutamento à Consultoria. Tudo isso baseado em muito estudo e experiência.

“A personalização do atendimento é o grande diferencial da RHESULTADO”, contam elas. Tanto que a lista de serviços oferecidos é impressionante: Recrutamento e Seleção de profissionais para atuarem em empresas de saúde, tanto na área técnica, como na área administrativa; Terceirização (Faturamento, Departamento Pessoal e Gestão); Consultoria de RH; Consultoria Financeira; Hotelaria Hospitalar e Gestão de Qualidade; e Coaching aplicado aos treinamentos ou em atendimentos individuais. “Nós usamos o método do Instituto Brasileiro de Coaching (IBC), o mais respeitado no país. Aplicamos o Coaching em várias áreas: Self Coaching, Executive Coaching e Leader Coaching, um know-how que faz toda a diferença em uma empresa”, conta Luciane. O carro chefe dos serviços da RHESULTADO, é a terceirização da Gestão Administrativa e Financeira de clínicas. Ou seja, a empresa administra e controla a sua clínica de maneira organizada. “Nós nos preocupamos com a saúde da empresa para que os profissionais cuidem da saúde de seus pacientes”, afirma Ana Paula. Você deve estar se perguntando: como um serviço tão exclusivo e diversificado garante sua qualidade? Os currículos das sócias da RHESULTADO provam a experiência na área da saúde: Carolina Weber Prieto Leite é Enfermeira especializada em Saúde Pública e Saúde da Família, tem MBA em Gestão Empresarial e é Gestora da Qualidade em Saúde, pelo Instituto Israelita Albert Einstein; Luciane Garcia Rodrigues Martins é Psicóloga, possui MBA em Recursos Humanos, é Perita em laudos e testes, Coach pelo Instituto Brasileiro de Coaching (IBC) e Pós-graduada em Administração Hospitalar; e Ana Paula Debiazi Vicente é Economista pela UFMS, Pós-graduada em Administração de Empresas pela FGV e tem experiência em Gestão Administrativa e Financeira Empresarial e Hospitalar. RH de resultado. A sede da RHesultado está localizada no Edifício Evolution, nos altos da Avenida Afonso Pena. “Pensamos em montar nosso escritório nesse endereço por ser seguro e próximo a tudo o que a gente precisa para agilizar nossos serviços e facilitar a vida dos nossos clientes”, finaliza Carolina.

Da esquerda para a direita: Ana Paula Debiazi Vicente, Luciane Garcia Rodrigues Martins e Carolina Weber Prieto Leite.

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Av. Afonso Pena, 5723. Sala 1001. Edifício Evolution. Cep 79031-010 Telefones: (67) 3253-4036 / 3253-4037 / 9936-4036 www.rhesultadoms.com.br www.facebook.com/rhesultadoms



NUTRIÇÃO ∆

Vai lá: Rua Domingos Jorge Velho, 630 Jardim Mansour (quase Vilas Boas). Avenida Três Barras, 340 Porto Bello (perto do bairro Vilas Boas). Avenida Petrópolis, 1453 Oliveira I (atrás do aeroporto).

Texto | Thais Pompêo Fotos | Lucas Possiede

“A rúcula acabou, mas espera um minutinho que vou colher mais pra você”, diz Luiza, do outro lado do balcão. A horta está atrás do barracão montado (de maneira simples) para o comércio: linda, verdinha, uma miragem em meio à paisagem urbana. A Gente contou três hortas sem sair da região mais central da cidade. Próxima a Avenida Três Barras tem duas, e no sentido aeroporto, outra. Nem é preciso dizer que as verduras são fresquinhas, fresquinhas. Mas o melhor disso tudo é que, embora não sejam orgânicas, algumas delas não levam agrotóxicos, apenas adubos químicos (por isso não recebem o selo de orgânico). E ainda tem o fato de comprar direto do produtor, fortalecendo esses pequenos empreendedores. Meio como antigamente, meio rural, meio urbano. Um charme.

Uma horta pertinho de casa

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ao natural “Abrimos a Mel Zen pensando em trazer para a cidade tudo o que sentíamos falta no mercado daqui”.

Texto | Tatyane Cance Fotos | Lucas Possiede

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GASTRONOMIA ∆

Bolo de Frutas Ingredientes

Comer bem e saudável é o assunto da vez. Mas você sabe atualizar o caderno de receitas para pratos saudáveis e deliciosos? Nossa entrevistada sabe. Paula Pagnoncelli é bailarina, professora de yoga, vegetariana e administradora da loja de produtos naturais Mel Zen, e entrou no universo dos naturais pelo motivo que faz as pessoas se interessarem por alimentação: o corpo. Mas hoje, é filosofia de vida. Paula e o marido, Roberto Nascimento Oliveira Filho, tocam juntos a Mel Zen.“Abrimos a loja pensando em trazer para a cidade tudo o que sentíamos falta no mercado daqui”, conta ela. A empresa cresceu e hoje vende os mais variados produtos naturais e orgânicos – de pão fresquinho a aveia sem glúten. Nesse processo, Paula aprendeu não só sobre os produtos, mas também a fazer deliciosas receitas, como bolos sem açúcar e risotos com arrozes incríveis. “Quando parei de comer carne, precisava de alimentos que substituíssem a proteína e por isso entrei mesmo nesse universo dos alimentos funcionais, fui entendendo e aprendendo”.

Pr’A Gente, ela preparou um delicioso Bolo de Frutas com Mel, acompanhado de um Chá de Hibiscus. De comer rezando! Olha aí:

2 Ovos 3 xic. de farinha de trigo integral 2 xic. de açúcar mascavo 1 xic de óleo de girassol 1 colher de sobremesa de bicarbonato de sódio 1 colher de café de canela em pó 7 colheres de sobremesa de água morna 6 castanhas fatiadas 1 colher de sopa de passas brancas 2 colheres de sopa de ameixas secas fatiadas 2 maçãs cortadas em cubos gergelim e mel para decorar

MODO DE PREPARO 1. Pré-aqueça o forno a 180°C (temperatura média). Unte com óleo de girassol e polvilhe com farinha integral uma assadeira redonda de fundo removível. 2. Em uma tigela grande, junte o açúcar mascavo, a farinha integral, o óleo de girassol e os ovos. Misture até que fique uma farofa. 3. Em seguida, acrescente a água morna e mexa. 4. Junte o bicarbonato e a canela e misture delicadamente com uma espátula. 5. Acrescente as frutas e a castanha e misture. 6. Transfira a massa para a assadeira untada e enfarinhada, e jogue o gergelim por cima do bolo. 7. Leve ao forno pré-aquecido e deixe assar por 35 minutos em temperatura média. 8. Espere esfriar e desenforme. 9. Coloque o bolo em um prato de vidro e decore com mel.

Chá de Hibiscus INGREDIENTES 1 xícara (chá) de água filtrada 2 colheres (chá) de hibiscus

MODO DE PREPARO Ferver a água. Em uma xícara colocar o hibiscus e a água fervida. Tampar por 5 minutos e coar. Depois coloque na geladeira para deixá-lo fresquinho.

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A GENTE EM CASA ∆

Modernidade funcional Esqueça casas espaçosas onde cômodos ficam sem uso. Nesse projeto, uma das principais preocupações da moradora era que nenhum espaço ficasse sem ser utilizado.

Texto | Tatyane Cance Fotos | Lucas Possiede e divulgação

Foto | Fabricio Guarda

Para pensar a organização espacial do terreno de 730 m2, foi convidado o arquiteto Gil de Camilo, conhecido por seu estilo contemporâneo. “Escolhemos o Gil porque queríamos uma casa moderna, bem ao estilo do que ele sabe fazer. Tanto que sentamos com ele apenas uma vez e pouca coisa foi mudada da primeira versão do projeto”, conta.

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Foto | Fabricio Guarda

No lugar moram um casal e seus dois filhos pequenos, de 5 e 2 anos. E pra eles, foi feita uma brinquedoteca criada e decorada pela arquiteta de interiores Alessandra Gibran. Sobre a decoração, a moradora conta: “Eu ainda não terminei de decorar a casa. Muito do que eu tenho veio do nosso antigo apartamento”.

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O coração da casa é com certeza a varanda gourmet. É o lugar onde recebem os amigos e onde reúnem-se na hora do jantar, quando ela cozinha. “Mas só à noite”, brinca. Nos detalhes, a lareira a gás, localizada no meio da sala, é definitivamente uma das partes mais charmosas da casa. A peça foi um pedido da dona, que garante: “Ela não é só decorativa, é bastante utilizada nos dias frios”. Outra curiosidade é o formato em “L” do terreno, que fica em uma rua sem saída de um condomínio fechado de Campo Grande. Em razão disso a garagem se localiza na lateral e o volume da casa, aos fundos. Pra lá de gostosa. ∆

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achados de casa ∆

Quando a primavera chegar… Por | Priscilla Marques Foto | Lucas Possiede

Como é bom antecipar os dias de calor e preparar em casa tacinhas de sorvete para muita diversão e momentos deliciosos ao ar livre... No balde com gelo, algumas opções para servir sorvete de forma bem descontraída.

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Santa Graça: R$ 149 - conj com 6; R$ 249 - conj com 6• Monalisa: R$ 99 - conj com 4 • Madre Santa: taça colorida roxa R$ 35 unidade • Fornari: conj libélula rosa com 6 unidades R$ 96,90; conj com 4 unidades R$ 117,90; Porta garrafas (sob consulta) Priscilla Marques é especialista na arte de receber, decorações de festas e autora do blog Anfitriã: www.anfitria.com.br



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Texto | Ana Laura Azevedo

Com a chegada da primavera e do dia da árvore, da amazônia, do biólogo, da camada de ozônio e do petróleo (do petróleo? Sim!), vem setembro nos trazendo mais uma vez a chance de refletir sobre a importância do meio ambiente e da interação das crianças com o mesmo. Parece um eterno clichê esse "negócio de natureza", mas uma pesquisa revelou que o Brasil está entre os países em que as crianças menos exploram a natureza. Contraditório esse dado aparecer em um país com a nossa biodiversidade, não? A nossa realidade corrida nos levou aos espaços fechados, e isso é uma tendência mundial. Contudo as crianças precisam manter abertos seus sensos de exploração e descoberta. Sendo nosso Estado um dos expoentes de fauna e flora nacionais, seguem algumas dicas pra inspirar momentos que permitam aos seus filhos ir além do simples pisar na grama: Lugares pra sair da rotina: O Parque Estadual do Prosa oferece trilhas interpretativas. Nos altos da Av: Afonso Pena, s/n Parque dos Poderes. De terça a sábado. Informações: 3326-1370. O Horto florestal (Parque Florestal Antonio de Albuquerque) dispõe de uma ampla caminhada em meio a árvores do cerrado. Além de outras opções de lazer. Na Av. Pres. Ernesto Geisel. De terça a sábado. Informações: 3314-3691 A fazenda Haras Cachoeira convida todos a viver em um dia na fazenda, experimentando a vida rural, com sua rotina produtiva, simplicidade, cheiros e sabores. www.fazendaharascachoeira.com.br A fazenda Cabanas do Pontal oferece passeios em charrete e a cavalo, trilhas ecológicas, convívio com animais rurais, redário, banho natural, arvorismo, tirolesa e outros. www.pousadacabanas.com.br A empresa Cidade das Abelhas recebe, para fins didáticos e pedagógicos, estudantes de todas as faixas etárias, desde pré-escola até universitários para conhecer os processos da apicutura. www.melvovopedro.com.br/ Livro inspirador: Jardim das brincadeiras, Guilherme Blauth. Na televisão: Sid, o cientista é um seriado infantil que ensina as crianças a questionar e explorar o mundo com os olhos da ciência. Transmitido pela TV Cultura e no Discovery Kids.

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Em cada detalhe do que você usa mora um traço da sua personalidade. Quando somos jovens isso traduz descobertas e, normalmente, define sua turma, seu estilo. A moda que você veste mostra ao mundo o que você quer. Seguem dicas bombásticas para usar e abusar da moda a favor de ressaltar tudo que você tem de bom. O abuso das cores tem sido uma frequente quando falamos de moda jovem. Elas são o ápice da expressão visual, por isso não saem de uso. Fortes e vibrantes, prometem mostrar que você é você e ponto final. Confira as dicas que vão mudar a sua primavera:

Texto | Ana Laura Azevedo

Vem com tudo!

A converse divulgou no preview da primavera/verão 2015 a nova coleção anti-chuva (e anti-galocha): Chuck Taylor All Star Rubber. Os tênis são feitos de borracha de alta qualidade, a tecnologia inclui ilhós de latão e a nova costura da língua evita que entre qualquer sujeira. Nem precisa mencionar que as cores estão lindas. Resta sonhar que cheguem por aqui... Adulto sem perder a graça: essa foi a proposta da brasileira New Gents, que fisgou os mais jovens. A marca masculina de acessórios clássicos conquista o mercado desde o lançamento da sua coleção de inverno ultracolorida. Para ficar elegante e sair da mesmice, pode apostar nas gravatas da loja. www.newgents.com.br

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Acessórios de fazer a cabeça. A paulista Can-Can tem encantado meninas traduzindo sonhos em forma de tiaras, chapéus e bonés. Sempre apostando nas flores, a marca atinge do rebelde ao romântico em suas deliciosas coleções. www.cancanacessorios.com.br

#NOTES#

Lembra do Flappy Bird, que a gente já comentou por aqui em edições passadas? O jogo fez sucesso porque era dificílimo e seu programador, Dong Nguyen, surtou com a fama. Pois, não é que ele se recuperou? Agora a febre é o recém-lançado Flappy Birds Family, que permite que duas pessoas joguem, sincroniza com a TV e continua gratuito. Funciona em telefones e tablets. Baixe o seu enquanto é tempo.



PUBLIEDITORIAL ∆

O Colégio Bilíngue Harmonia, em 2011, firmou um convênio com a Texas Tech University para oferecer o ensino médio oficial americano em paralelo com o brasileiro. Assim, as alunas e os alunos do Harmonia que participam desse programa, ao final da vida escolar básica, recebem dois diplomas oficiais: dos Estados Unidos e do Brasil. Isso abre portas aos estudantes em universidades de todo o mundo, pois poderão cursar uma faculdade ou uma pós-graduação no exterior, além, é claro, de ser um enorme diferencial percebido pelo mercado de trabalho.

Todos os anos, a Texas Tech University recebe os alunos de High School de todo o mundo para que conheçam a vida em uma universidade de ponta, no chamado Academic Summer Camp. No mês de julho de 2014, estudantes do Harmonia vivenciaram a vida nos diferentes campi da Texas Tech University. Nesse período, os jovens ficaram em dormitórios dos alunos da instituição e participaram de diversas atividades acadêmicas. Além disso, conheceram o Texas ao fazerem uma viagem de muita diversão e cultura pelas cidades de Lubbock, Junction, San Antonio e Austin. Nessa visita aos Estados Unidos, os alunos do Harmonia participaram dos seguintes cursos: • Anatomy – estudo prático e teórico de anatomia humana; • Animal Science – biologia animal; • Business – negócios e economia; • Forensics – prática de investigação forense; • Robotics – robótica; • Theater arts – artes cênicas; • Toxicology – toxicologia; • SAT Preparation – preparação para o SAT, o equivalente ao ENEM brasileiro nos EUA. 67 3341 5757 www.harmoniabilingue.com.br

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Colégio Harmonia e Texas Tech University



PUBLIEDITORIAL ∆

Se a escola é um lugar para preparar o aluno para o sucesso, ela deve prepará-lo por completo. Isto é, não basta passar-lhe apenas os conhecimentos científicos, é preciso também desenvolver as competências emocionais e psicológicas. Assim, nós, do Colégio São Francisco, acreditamos.

Joel Jogi Miyasato, diretor administrativo

Tempo para ser criança

A tecnologia bem usada é maravilhosa. Mas usada de forma excessiva, tem prejudicado muitas crianças, jovens e adultos. A internet, a recente febre do WhatsApp, somada à magia do touchscreen, começaram a alienar sutilmente as pessoas. Sem perceber, alguns deixam de viver o calor da proximidade para ficar no isolamento do teclar. Adolescentes estão sempre com fone de ouvido em todos os lugares, mesmo próximo de seus pais e amigos, e parecem estar em outro mundo. E o sintoma dessas práticas não é nada positivo: tornam-se pessoas fora do contexto, ansiosas, apressadas, impacientes, intolerantes, de baixa autoestima, quando não antissociais. É uma infância bem vivida que produz um adulto equilibrado. Aí se encontra a importância da infância e juventude cheia de amigos e brincadeiras. É nesta fase que a família e a es-

cola devem incentivar os relacionamentos para que os filhos trabalhem o amor, risos, choros, sonhos, ilusões, paciência, generosidade, heroísmo, gratidão, coragem, aventura, dor, perdão, humor e principalmente superações. Assim desenvolverá o trabalho emocional dos pequenos. Por isso o Colégio São Francisco orienta o brincar, o esporte no cotidiano das nossas crianças e jovens. As duas atividades são naturais da idade e os resgatam do mundo virtual para o presente da vida real, trazendo qualidade nas relações e formando adultos mais maduros. Acreditamos que a coerência está em saber usar a tecnologia para abreviar os trabalhos e ter mais tempo para apreciar a natureza maravilhosa, desta forma ser o senhor da tecnologia e não seu escravo.

Rua 13 de Maio, 4059 67 3026 2336 Campo Grande - MS

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PUBLIEDITORIAL ∆

Kumon: tradição em aprender

O Kumon é uma metodologia japonesa muito usada por nós brasileiros. Criado em 1955, surgiu do sentimento de um pai, Toru Kumon, por seu filho, estimulando-o a gostar de aprender e a se sentir seguro no processo de aprendizagem. A técnica estimula o autodidatismo em várias disciplinas como matemática, português, inglês e japonês. Hoje, o Kumon é ensinado em 48 países em todo o mundo.

O método chegou em CG na década de 80 e segue firme até hoje. Alice Ishioka, proprietária do Kumon mais antigo da cidade, a unidade Dom Bosco, explica que “o objetivo do método é incentivar na criança a autonomia nos estudos, fortalecendo o potencial de aprendizado de cada um. A grande inovação do Kumon está no fato de não se ensinar ao aluno como resolver o material proposto, mas sim estruturá-lo de forma a fazer com que ele solucione os exercícios sozinho”. Sua unidade recebe alunos de 1 ano e meio até idosos. “Independente de idade ou da série escolar em que o aluno esteja, ele começará os estudos por questões simples para, aos poucos, passar a ter contato com questões mais complexas. Certamente todas as pessoas podem fazer o Kumon, ajuda bastante no raciocínio, basta que organizem alguns minutos por dia, todos os dias”, conta. Segundo a orientadora Alice, antigamente o Kumon era usado para ajudar crianças com dificuldades de aprendizagem na escola, mas atualmente é utilizado pelos melhores alunos para melhor desempenho. “Como os alunos iniciam em conteúdo abaixo do que é visto na escola e avançam sanando as dificuldades acumuladas, após aproximadamente um ano de curso passam a estudar conteúdos além do que é dado na escola. Isto fez com que estes ‘alunos problemas’ ficassem melhores do que seus colegas ‘bons’. Consequentemente fez com que os ‘bons alunos’ procurassem o Kumon para se tornarem melhores ainda. Atualmente, muitos dos alunos que iniciam o Kumon não estão com dificuldades na escola”. Alice é formada em Farmácia e Bioquímica e por anos deu aulas de matemática, ciências e programas de saúde em escolas particulares. Fez Mestrado em Didática e Metodologia do Ensino Superior. Desde 1989 se dedica ao Método Kumon e é destaque dentre as unidades franqueadas da América do Sul, recebendo prêmios de Excelência Brasil e Excelência América do Sul nos últimos anos. É a única unidade da América do Sul a participar, em todas as gestões, do seleto grupo "Clube Ouro" pelos índices qualitativos e quantitativos estipulados pela franqueadora. Rua Pernambuco, 137, - Centro - 67 30276881

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CADERNO DE VIAGEM ∆

Costa Amalfitana

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Texto e fotos | Regina Almeidinha

Não se sabe ao certo de onde vem todo o encantamento por esta região: se das casinhas encravadas nos precipícios debruçadas no azul intenso do mar Tirreno, das estradas sinuosas que ligam entre si as cidadezinhas que são puro charme, seus aromas, seus sabores...

O que se sabe realmente é que a Costa Amalfitana é e sempre será um destino que, para quem gosta de boa comida, gente bonita e hotéis de charme, sempre há algo novo para se conhecer e nunca se vai embora tendo visitado todos os lugares programados; enfim, um lugar para voltar várias vezes.

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Escolher onde ficar, estrategicamente bem localizado para se conhecer com tranquilidade boa parte da região, depende muito do gosto de cada um: se ficar em Positano, prepare-se para enfrentar as multidões de turistas (mesmo antes do mês de julho que normalmente é o mais movimentado). Apesar de ser uma das cidadezinhas mais charmosas, vista de longe, com suas casinhas coloridas e floridas, foi a que menos gostei, achei muito turística, tudo lotado, fiquei até decepcionada por ser a mais famosa e uma das mais comentadas da Costiera. Se preferir Amalfi estará do lado oposto ao tumulto de Positano, mas em um lugar muito mais tranquilo, com boas opções de hospedagem e restaurantes, em uma das mais antigas cidadezinhas da costa, que não por acaso originou o nome dado à região e muito próxima também da pequenina e linda Ravello, esta sim, uma das boas surpresas da Costa Amalfitana - tudo reunido em um só lugar - cultura, arte, boa gastronomia, com uma das mais belas vistas da região. Adoramos Ravello!

Escolhi, para nossa hospedagem em família, a pequena Praiano, localizada no meio do caminho entre Positano e Amalfi - se não prestar atenção, passa-se despercebido por ela. Não é um local de muito comércio, bem familiar e tranquila, depois que se passa pela igreja de San Gennaro a cidadezinha praticamente já termina. O que influenciou a minha escolha foi estar ali a melhor praia da Costa, que tem sol do amanhecer até o sol se por, o que não acontece nas demais praias, onde o sol só aparece em determinados momentos do dia.

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As melhores praias da Costa Amalfitana são: • La Gavitella (Praiano) - a nossa preferida, ensolarada por todo o dia, com um dos mais animados e bem servidos bares de praia da região, o OneFire Beach, perfeito para degustar um geladíssimo frizzante, com DJ maravilhoso, cadeiras muito confortáveis para tomar sol, garçons gentilíssimos, sem multidões, em uma linda localização; mas prepare-se, chegar até aqui exige preparo, são 450 degraus a partir da Piazza San Gennaro, a principal de Praiano, mas vale a pena, é o pôr-do-sol mais bonito de toda a costa; • Spiaggia Del Fornillo - considerada a melhor de Positano, dá para ir a pé da praia Marina Grande; • Spiaggia delle Praie - para quem gosta de exclusividade, só é acessível pelo mar, ideal para os dias em que você escolher fazer um passeio de barco pela região; • Spiaggia Marina di Praia - também em Praiano, onde está a boate mais famosa da Costa - L’Africana. Aqui nesta praia o sol só bate nas horas centrais do dia; • Fiorde de Furore, Praiano - o sol só aparece nas primeiras horas da tarde, mas não é uma praia para ir curtir, passar o dia, apenas para conhecer, tirar fotos.

As opções em hospedagem são muitas, vários hotéis, todos charmosos, com lindas vistas, os que achei mais interessantes: Casa Angelina (Praiano), Covo dei Saraceni (Positano), Grand Hotel Convento di Amalfi, Hotel Palumbo (Ravello). Mas apesar dos muitos hotéis charmosos pela região, eu escolhi alugar uma casa em Praiano, achei uma ótima escolha para quem viaja sempre com os filhos e quer passar períodos mais longos, como nós fizemos; aluguei pelo site airbnb.com.br e foi muito bom. Tivemos muita sorte ao escolhermos nossa casa por este site, através dele alugamos uma propriedade da família da querida Enza Milano, pessoa muito atenciosa e prestativa, filha do simpático Sr Rino, proprietário do famoso restaurante Il Pirata, também em Praiano; o site de Enza para dar uma olhada nas casas disponíveis na Costa Amalfitana é smaac-amalficoast.com.

Outras dicas da Costa Amalfitana para conferir: • Em Ravello uma das vistas mais bonitas é do Palácio Villa Cimbrone, com seus lindos jardins e o festival de verão no Villa Rufolo; • Em Positano, experimentar os doces da La Zagara; • Em Amalfi, comprar limoncello na Antichi Sapori D’Amalfi, comer doces no Café Pansa e bisbilhotar na papelaria La Scuderia Del Duca; Para visitar a região, o melhor mês é sem dúvida junho, quando ainda não está lotado de turistas, os preços são melhores, dias lindos ensolarados com temperaturas elevadas durante o dia e noites mais frescas. No ar aquele aroma delicioso de figos frescos à margem das estradas e os pés de limão sicilianos já estão carregados, acrescentando um charme a mais a esta inesquecível paisagem! ∆

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Horizontes artísticos

EDITORA CONVIDADA ∆

Maria Adélia Menegazzo Texto | Júlia de Miranda Fotos | Lucas Possiede e divulgação

Ela é uma das maiores especialistas quando o assunto é o poeta Manoel de Barros. Com um currículo extenso na Academia, que inclui pós-doutorado pela USP, Maria Adélia Menegazzo conta que a literatura foi a arte que abriu os seus caminhos para outras artes. Mora em Campo Grande desde 1981, quando chegou aqui para dar aulas na UFMS, e nesses mais de 30 anos contribuiu para a formação cultural do nosso Estado. Embora esteja aposentada da instituição, continua dando aulas e orientando trabalhos nos programas de pós-graduação em Letras. Além disso, trabalha como crítica de arte e de literatura e escreve crônicas. Vive muito bem nesse meio onde fotografia, livros e obras de arte dialogam e concorrem para a formação do indivíduo. Agora em setembro começa o principal evento de

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arte contemporânea no país, a Bienal de São Paulo, que faz a ponte com o cenário internacional e atrai olhares para a cena nacional. Por isso, convidamos a professora para falar desse universo, ela que nunca perde uma Bienal. Uma outra boa notícia? A partir de outubro, Maria Adélia será a mais nova colunista da revista A Gente – uma colaboração que vai fortalecer ainda mais nosso time que trata das mais diversas formas de arte. Prepare-se para um mergulho pra lá de interessante em dicas sobre arte produzida na contemporaneidade.


Livro: ABC – Arte Contemporânea Brasileira. Organizado por Adriano Pedrosa e Luisa Duarte. São Paulo: Cosac e Naify, 2013, 400 p. – Traz um panorama da arte contemporânea brasileira com artistas nascidos entre 1960 e 1985, embora não dê conta de tudo. Uma espécie de enciclopédia com entrevistas e obras dos artistas selecionados. Vale pela visão panorâmica que nos oferece e pela qualidade gráfica indiscutível.

Revistas: Para poder acompanhar o movimento das artes no Brasil e no mundo, leio as revistas Das Artes e Arte Brasileiros – são panorâmicas e críticas; a Select – tem uma visão mais voltada para o mercado. Além delas, as revistas do Instituto Moreira Sales – Serrote, com ensaios, artes visuais, ideias e literatura e a Zum, de fotografia.

Exposição: A 31ª Bienal Internacional de São Paulo – de 6 de setembro a 7 de dezembro de 2014, no Pavilhão da Bienal Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Nesta edição, o mote é Como (...) coisas que não existem. As reticências podem ser preenchidas com verbos como ler, pensar, fazer, falar etc, numa referência a tudo aquilo que a Arte é capaz de fazer. Uma oportunidade para conhecer os artistas da cena nacional e internacional num mesmo espaço.

Música: O cd da Bianca Bacha, recém-gravado, que investe no caráter plural da música, não só em termos de ritmos e cadências, mas também na composição de letras em outras línguas. Ao invés de negar uma tradição, ela aponta para uma outra matriz, também possível e disponível, e amplia assim as marcas do nosso reconhecimento, da nossa identidade.

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De efêmera ela não tem nada


CULTURA ∆

Além de ter renovado o hall de vozes femininas do cenário nacional, Tulipa Ruiz é ilustradora super talentosa. O desenho da capa do seu primeiro disco, que lhe rendeu prêmios de melhor cantora e melhor álbum, foi feito por ela. Muitas das ilustrações do Le Monde Diplomatique Brasil, também. Sobre esses e outros assuntos Tulipa conversou com (a também cantora) Erika Espíndola minutos antes de subir ao palco do Festival de Bonito. Dá só uma olhada: Texto | Erika Espíndola Fotos | Ana Gabriella Floriano Santos

Entrevistar o próprio ídolo é desafiador. Foi isso que aconteceu: para entrevistar a cantora Tulipa Ruiz tive que me despir de “tiete” e incorporar a jornalista. Estava emocionada, mas não podia desafinar. Tulipa nos recebeu em seu camarim minutos antes de se apresentar no 15º Festival de Inverno de Bonito. “Você se incomoda se eu fizer minha maquiagem enquanto converso com você?”, perguntou. Claro que não me importava. A moça deu uma aula de simpatia e carisma tanto na entrevista quanto no show.

Seu primeiro disco, Efêmera, de 2010, foi um sucesso de crítica. Como foi produzir e gravar seu primeiro álbum? Eu já cantava informalmente e tinha banda, mas trabalhava em uma agência de comunicação. Em 2009, comecei a ter muita demanda com música, e foi aí que pedi as contas como jornalista e comecei a fazer show. Tínhamos o repertório fechado, roadie, equipe... Só faltava um disco. Em 2010, gravamos o Efêmera com a ideia de profissionalizar nosso trabalho. O Gustavo (Ruiz – irmão de Tulipa, guitarrista e produtor da banda) já tinha toda a ideia de produção e já sabíamos muito bem o que queríamos do disco, já que tínhamos tocado muito. Nos anos de 2011/2012 houve um “boom” de vozes femininas em São Paulo. Você e Karina Buhr despontando, Céu lançando seu segundo álbum.... O que rolou de especial naquele momento? Tanto a Céu quanto a Karina começaram antes de mim. Andamos num circuito parecido, meu técnico de som trabalha com a Céu, já trabalhou com a Karina, já tocamos com os mesmos músicos... Essa semana o Vitor, meu técnico de som, gravou o DVD da Céu, encontramos a Karina em Berlim. O baixista dela quebrou o contrabaixo dele e pegou o instrumento do nosso baixista emprestado... Você ganhou o Prêmio Multishow de Música Brasileira em 2011 como melhor cantora e, em 2012, como melhor CD de música brasileira. Como foi isso? O primeiro foi engraçado porque a gente não planejava ir ao prêmio. Pensei: “Nem vou ganhar e é melhor economizar”. De

última hora, eu, a Heloísa (empresária) e meu namorado decidimos ir de carro. Pegamos um super trânsito, nos atrasamos e, quando cheguei todo mundo falava “Tulipa, você acabou de ganhar”. Ou seja, perdi o meu prêmio (risos). No segundo, estávamos tocando em Campinas e não pude ir. Assisti pela TV e foi emocionante, pois também não esperava ganhar. E foi assim, eu, no quarto do hotel, comemorando sozinha, gritando “Ahhh! Não acredito!”, ligando para as pessoas. Pelo que você fala, parece que a música te escolheu, e não o contrário. Você concorda com isso? Sem dúvida. Ainda trabalho com meus desenhos. Mensalmente desenho para o jornal Le Monde Diplomatique Brasil, mas nunca tive a pretensão de ser cantora. Inclusive gravei meu primeiro disco com o pé no chão, sabendo que eu podia fazer outras coisas caso o disco não desse certo. Quando montei banda, meu principal desafio era fazer com que os músicos que me acompanhavam acreditassem no meu som. Eles já tocavam com um monte de gente, eram ‘macacos velhos’, então se eles curtissem significaria que o trabalho fazia sentido. Hoje, de tudo que eu fiz, a música é o que faço com mais propriedade. E você faz muita coisa, né? É... (risos). Vou lançar com a Heloísa, minha empresária, uma marca de roupas com os meus desenhos em setembro e começamos a gravar o disco novo no início do ano que vem. O que você achou de Bonito? Tem tanta coisa para fazer aqui... Quem da equipe foi embora (e não curtiu a cidade, já que o show foi no sábado e parte da banda estendeu sua estadia na cidade até segunda), está planejando voltar com namorado, mãe, pai, papagaio. Para mim está sendo especial porque meu avô por parte de pai é de Miranda e meu pai nunca veio para cá. Ele está encantado com isso aqui. Hoje à tarde fomos ao Balneário Municipal e conversamos com várias pessoas. Todos disseram que o Festival de Inverno de Bonito é sagrado e, para mim, é uma honra participar de um evento que é parte tão importante da vida cultural das pessoas daqui. ∆

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Marketing sensorial ∆

Todos os sentidos em jogo Texto | Julia de Miranda Foto | Lucas Possiede

Sabe quando você entra em uma loja ou restaurante e o lugar tem um clima bom, algo lhe faz ficar horas no espaço sem que você veja o tempo passar? Engana-se quem acha que isso acontece por acaso. Já faz algum tempo, várias marcas apostam em cheiros personalizados para o ambiente, músicas altamente selecionadas e comidinhas especiais para agradar e fidelizar seus clientes. Marketing sensorial é isso: uma alternativa, que surgiu na Inglaterra, e que trabalha com os sentidos do consumidor para vender mais. E, olha, dá muito certo. O empresário e músico Rafael Coelho é um dos experts em Campo Grande quando o assunto é marketing sensorial, no quesito música. Com a Única Identidade Musical, há quatro anos ele desenvolve playlists pensadas para reforçar o conceito de uma marca. “A ideia de trabalhar com a trilha surgiu quando tive a percepção de que uma música em um determinado restaurante deveria ser pensada estrategicamente, sem a possibilidade de terceiros interferirem na seleção musical, inserindo ou retirando músicas pré-definidas”, explica.

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Pra isso, na hora da escolha do marketing sensorial são levados em consideração desde as cores da marca até o posicionamento da empresa, a forma que ela é vista pelos clientes ou como ela gostaria de ser vista. Ou seja, um estudo da marca muito desenvolvido. A partir daí é realizada uma pesquisa minuciosa, focando nesses fatores relacionados, desenvolvendo uma programação exclusiva para cada marca. Atualmente, Rafael atende cerca de 21 clientes e mais de 30 pontos de segmentos variados como o Território do Vinho, Cantina Romana, Galeria Centro de Beleza, Casa Design, Armazém Fornari, entre outros. Desenvolve também trabalhos em eventos pontuais, alguns ambientes da Casa Cor deste ano possuem a trilha preparada pela Única. “Eu acredito que o marketing sensorial ainda é visto como a publicidade era vista há algumas décadas, mas ele é o futuro, trabalha de forma bem séria e rende bons resultados”, diz o empresário. E não há como negar já que, cada dia mais, o que está em jogo na hora da compra é a experiência. ∆



TATTOO ∆

Texto | Thais Pompêo Foto | Lucas Possiede

O hype da Dona Neta Pelos corredores da Galeria Dona Neta passam braços e pernas tatuados, barbas compridíssimas, cabelos modernos, piercings, calças cós alto, jeans skinny... Se existe vida urbana em CG, ela está circulando por lá. Há mais ou menos dois anos o antigo prédio tem passado por uma nova povoação, jovem, cosmopolita e colorida, que tem transformado o espaço em uma espécie de “Galeria do Rock” de CG (tradicional reduto de lojas de discos, skates, acessórios e tatuadores de Sampa). É na Galeria Dona Neta que está localizada a maior concentração de tatuadores da cidade: seis estúdios e mais de 10 tatuadores uma nova safra que já está hypada. Muitos deles são ‘cria’ dos clássicos tatuadores da cidade: Peralta, Luis Otávio o saudoso Johnny. Lenon Rainche, do Lenon Tattoo, foi o primeiro a chegar por lá, há cinco anos, abrindo caminho para os próximos estúdios. Ao lado, os quatro tatuadores do Hard Work Estúdio dividem o andar de cima da loja com um barbeiro bastante disputado quando o desejo é madeixas nada convencionais. Isso sem falar nas lojas de piercings, camisetas de rock, skates...Já virou point entre a turma moderna da cidade. Avenida Afonso Pena, 2081, Centro. ∆

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AGENDA ∆

CAMPO GRANDE CINEMA  2, 9, 16, 23 e 30 de setembro CineSesc O CineSesc deste mês homenageia o cinema alemão. Toda terça-feira um filme será exibido na Sala Audiovisual do Sesc Horto. Os filmes: O Gabinete das Figuras de Cera e Homem que Ri, ambos de Paul Leni; A Última Gargalhada e Fausto, de Friedrich Wilhelm Murnau; e Metrópolis, de Fritz Lang. Toda terça, às 19h30. Entrada franca. 8 a 12 de setembro CineMis – Mostra de Cinema Argentino O CineMIS do mês de setembro é dedicado ao cinema argentino, uma das cinematografias mais representativas do continente sul-americano. Com produções como O Homem do Lado, Um Conto Chinês, Nove Rainhas, Las Acácias e O Pântano. É no Museu da Imagem e do Som, de segunda a sexta, sempre às 19h. Entrada franca. TEATRO 6 e 7 de setembro FROZEN – A Rainha do Gelo O Espetáculo “ FROZEN - A Rainha do Gelo ”, inspirado no filme de mesmo nome, conta com cenários giratórios, números de magia e surpreendentes efeitos especiais. O elenco é composto por 18 profissionais que dão vida a aproximadamente 30 personagens em cena. O espetáculo infantil reserva uma abordagem bem lúdica para todas as crianças e demais espectadores. É sábado e domingo, 17h e 16h respectivamente, no Teatro Glauce Rocha. 20 de setembro Louça Cinderela Inspirada na obra dos irmãos Grimm, a peça conta a história de uma xícara chamada Cinderela, que não possui nada de especial, apenas carrega dentro dela os melho-

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res chás. A encenação acontece em uma celebração de “Chá das Cinco”. Uma divertida e curta adaptação da Cia Gente Falante. No Teatro de Bolso Sesc Horto. Com duas sessões, às 18h e 19h.   27 e 28 de setembro Marco Luque em Labutaria Um dos apresentadores mais conhecidos e queridos do CQC da Band, Marco Luque chega a Campo Grande trazendo seu já conhecido espetáculo com algumas novidades. Labutaria conta com a dinâmica do ator de se apresentar sozinho, interpretando vários personagens. É sábado e domingo no Palácio Popular da Cultura. SHOWS 3 e 7 de setembro MS Street Dance Fest O MS Street Dance Fest traz para Campo Grande grandes nomes da dança do Brasil. Nesta edição em que se comemoram 10 anos do festival, o evento conta com workshops de ballet, hip hop e jazz com coreógrafos que já passaram pelo Dança dos Famosos, Disney Channel, Royal Academy Dancing e mais como Valéria de Mattos, Márcio Alves, Octávio Nassur e Tati Sanchis. 7 de setembro Nação Zumbi Os pernambucanos do Nação Zumbi se apresentam por aqui, no MS Canta Brasil. O show de abertura ficou por conta dos meninos da terrinha, a banda Rockfeller. Mais informações no Extra. 13 de setembro Zeca Pagodinho Zeca Pagodinho desembarca por aqui com seu novo show Vida que Segue para uma única apresentação. Confira mais detalhes no Extra.


DESIGN ∆ Luciana Teixeira é daquelas pessoas que têm a sorte de trabalhar com aquilo que amam. Formada desde 1999, a arquiteta, que assina o espaço Sala de Leitura em parceria com A Gente, na Casa Cor 2014, completa neste ano 15 anos de carreira. Para celebrar, Luciana decidiu fazer diferente. Criou sua primeira poltrona, a qual batizou de Poltrona Roooqueenrooouuu. “Ao longo destes 15 anos de carreira tenho desenvolvido desde a construção, execução até o desenho mobiliário. Assim surgiu a ideia de fazer a poltrona, para celebrar o aniversário de 15 anos de uma trajetória profissional muito feliz”, conta. Texto | Tatyane Cance Foto | Lucas Possiede

15 anos de muito talento

Na hora de executar, a arquiteta inspirou-se em uma tendência mundial conhecida como Slow Design, que propõe o resgate das técnicas da marcenaria artesanal, a valorização de mão de obra humana e a colocação do projeto no centro do processo criativo, o que, segundo ela, é um fator primordial para a produção de um novo modelo de design inclusivo. Por isso, a produção da poltrona foi pautada nesses princípios, especialmente porque um bom design deve produzir objetos de desejo que agreguem significados. “A poltrona traz a energia das guitarras elétricas e a atitude irreverente do universo pop através do contraste entre o veludo e a textura das tachas decorativas nos braços, que dão um ar contemporâneo e fazem com que a peça traga um conceito junto com sua função formal.” A poltrona Roooqueenrooouuu pode ser vista na Sala de Leitura, um espaço da revista A Gente em parceria com a arquiteta Luciana Teixeira, na Casa Cor MS até o dia 14 de setembro. ∆

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Após analisarmos junto à nossa agência Midia's Publicidade qual seria a melhor forma de divulgar a nova logomarca e os procedimentos de atendimento na clínica, decidimos que o ideal seria fazer uma ação conjunta de várias mídias, assim teríamos uma cobertura mais abrangente de todos os pontos onde se encontra o nosso público alvo. O outdoor e a placa de esquina nos trouxeram essa possibilidade e conseguimos com os ótimos pontos da ZOOM atingir as regiões que precisávamos. Quanto à Revista A GENTE, por toda sua qualidade editorial, suas matérias criteriosamente elaboradas e pelo perfil de pessoas que têm acesso a ela, foi a decisão mais acertada para podermos apresentar com detalhes os tratamentos e procedimentos da Arkhos. Ficamos satisfeitos com a primeira etapa da campanha e estamos dando continuidade à segunda etapa de divulgação, utilizando novamente outdoor, placa de esquina e a revista, porque afinal em time que está ganhando não se mexe, não é mesmo? Emmanuel Pereira das Neves Neto Proprietário da Clínica Arkhos

REVISTA A GENTE OUTDOOR

PLACA DE ESQUINA

ZOOM

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no mercado TRIFACE

Credibilidade se conquista com um trabalho sério, competente e com muito respeito aos clientes. Por isso a Zoom é nossa parceira inseparável, ao longo desses anos, na divulgação de nossos projetos. Por meio de seus produtos, principalmente o triface, temos a certeza de que as nossas ideias chegarão ao público alvo. Cliente: Mace Prof. Wilson Buzinaro Vice - Diretor | Escola MACE

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PERFIL ∆

Elaine Batista Texto | Ana Laura Azevedo Foto | Lucas Possiede

Proprietária e fundadora da Cia de Ideias, empresa que trabalha exclusivamente com marketing promocional e eventos corporativos, Elaine faz parecer fácil seu ofício. Mas a agenda eternamente cheia mostra que não é bem assim. Aqui ela conta pra gente um pouco dessa experiência, com espírito de quem vem sempre a somar. Quem conhece Elaine Batista encontra de cara seu sorriso aberto e marcante. Não dá para imaginar que, por trás da simpatia e leveza, está uma mulher de muita fibra, que fundou uma empresa e que mata muitos leões por dia. São quinze anos desde que a empresa abriu as portas na Capital e doze anos em Cuiabá, Mato Grosso. Em sua cartela de clientes desfilam nomes como a Coca-Cola e o Feirão da Caixa. A experiência vem desde a adolescência: aos dezesseis anos começou como recepcionista de eventos. Um ano depois já tinha migrado para uma empresa de shows e eventos, onde trabalhou até fechar. Fez as malas e foi pra Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Continuou trabalhando na área e começou a focar em marketing de eventos promocionais. Ao voltar para Campo Grande, ainda sem ideia nenhuma sobre sua vida profissional, recebeu o convite que mudaria sua vida. Em meados de 1999 começou a atender por conta própria uma grande empresa de telefonia que chegava à cidade. O escritório era em sua casa. O serviço se estendeu até Cuiabá e um ano depois, gerenciando essa mega operação promocional que só crescia, ela começou a precisar de mais braços.

Assim, inaugurou a Cia de Ideias para construir uma equipe que pudesse respaldá-la. Nesta mesma época já tinha escolhido seu estilo dentro do marketing promocional corporativo. Atualmente, Elaine gerencia a sede em Campo Grande e sua irmã é responsável pela de Cuiabá. Ela avalia que o mercado mudou muito nesses quinze anos: “Antes só os grandes faziam eventos, existiam verbas de patrocínio, o importante era a marca estar em qualquer lugar e ser vista. Verbas altas eram investidas em todo tipo de acontecimento. Hoje, isso mudou. As empresas enxugaram o tamanho, o orçamento... Todo mundo faz evento, mas isso tem que mostrar o retorno em vendas. Acabou o simples veicular a marca, tudo precisa ter sentido.” A tendência de mercado é o retorno do investimento e as ações de nicho são cada vez maiores. As marcas estão mais alinhadas a suas filosofias e isso gera serviços de mais qualidade para todos. A dedicação e o carinho que Elaine dispensa aos seus clientes aparecem nos largos sorrisos e ânimo contagiante com que ela dá tom às suas conversas. ∆

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ECONOMIA ∆

Texto | Marcelo Karmouche Administrador e Consultor de Investimentos

Viver de renda dá trabalho Já imaginou ganhar salário todo mês sem precisar trabalhar? O sonho de muitos brasileiros é viver de renda, mas, hoje, está mais difícil do que antigamente, principalmente se você não tem uma herança familiar, não ganhou na mega-sena nem recebe um salário estrelar. A maior dificuldade em viver de renda atualmente – além de juntar a grana, é claro – são os ganhos das taxas de juros que nos dão uma referência para a remuneração da maioria dos investimentos bancários de renda fixa. Viver de renda significa viver de juros. Mas esse “ganho” pode ser diluído de acordo com a inflação, como por exemplo, se em uma aplicação o retorno é de 11% ao ano e a inflação é de 7%, na verdade seu ganho foi de 4% ao ano. Outro exemplo foi a poupança do ano passado que foi menor do que a inflação. Hoje o investidor que deixa o dinheiro parado corre o risco de perder grana. Para quem busca viver de renda, primeiramente deve-se poupar o máximo possível e, quando a pessoa já tiver uma “reserva”, diversificar seus investimentos. Não dá pra ficar só na renda fixa, a pessoa deve investir em imóveis ou artigos financeiros de risco, de renda variável, como bolsa de valores, ou até câmbio (Dólar e Euro) que podem sofrer valorização lá na frente. O brasileiro costuma poupar visando os objetivos de curto e médio prazo, como viagens internacionais, uma festa de casamento ou a compra de um carro. No caso de viver de renda, o sonho muitas vezes esconde alguns cuidados que devem ser tomados. É importante fazer sempre uma revisão nos investimentos para ver se eles continuam os mais rentáveis, como, por exemplo, um reajuste do imóvel alugado, terrenos baratos, acompanhar os preços das ações, os fundos de investimentos. Viver de renda não é um processo em que você simplesmente ganha e vive de pernas para o ar.

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Outro ponto importante é entender que se o objetivo é o retorno futuro, você irá abdicar de algo no presente para ser recompensado lá na frente. A forma de pensar na renda passiva pode ser cultivada desde cedo. Os pais devem apostar na educação financeira, com livros lúdicos para as crianças. Se as pessoas poupassem ao longo da vida, não teriam problemas com renda. Um exemplo: se os pais de um bebê começarem a guardar R$ 50 por mês desde o nascimento da criança, quando esse filho chegar aos quarenta anos de idade ele terá R$ 1 milhão, e poderá ter uma renda mensal de R$ 11 mil. É preciso pensar em poupar, antes de gastar – as pessoas podem se acostumar a agir assim. O investidor ativo de hoje é o que terá a renda passiva lá na frente. Ou seja, para ter dinheiro, a pessoa precisa se preparar. O montante que pode ser recebido todo mês é decorrente de ações predeterminadas, de gente que sabe o que quer no futuro. Em vez de consumir, aperte o cinto e pense no longo prazo. Num país como o Brasil, onde os impostos e os juros são altos, é difícil planejar e guardar recursos. Por isso, é uma tarefa que exige esforço. Antigamente, viver de renda estava muito ligado ao recebimento de heranças. Hoje, o conceito está mais relacionado ao acúmulo de capital. Primeiro é preciso acumular. Você só consegue investir se já tem algum dinheiro. Se a pessoa sempre conseguir guardar uma parte – o máximo possível – ela vai construindo uma reserva e aí consegue rentabilizar cada vez melhor. Sugestões de livros: • Pais inteligentes enriquecem seus filhos – Gustavo Cerbasi • Finanças da Família – O caminho da Independência Financeira – Tolotti/Márcia ∆


ARTIGO ∆ Texto | Elenara Baís, Personal e Professional Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching, Psicóloga, Consultora de Recursos Humanos do Instituto Vitória Humana

A primavera e os olhos do dono Enquanto aguardamos a chegada da primavera no calendário do mês de setembro, com seus encantos de dias mais claros e floridos, me ocorre um dito popular que, se não for restrito à região, nestes tempos de seca, possivelmente em algum momento se aplica às fazendas do Pantanal: são os olhos do dono que engordam o boi.

estou me referindo à crença mais central e verdadeira, muitas vezes oculta, do empregador às pessoas que trabalham em sua empresa. Há o empregador que olha seus empregados como seres inferiores e desqualificados a quem ele, tão nobre e qualificado, dá generosamente um emprego, e portanto estes lhe devem reverência e fidelidade para que ele prospere.

De natureza fortemente urbana, cresci como criança de apartamento em cidade grande. Meu marido, sul-matogrossense legítimo, brinca comigo pelo fato de não ter conhecido passarinho que não fosse pardal antes de vir para o MS há 25 anos. Com olhar um tanto metropolitano, me vejo algumas vezes “embrenhada” no contexto das empresas do MS, onde descubro coisas interessantes e traços peculiares da nossa cultura. Esta alusão ao olhar do dono é mais comum em empresas de pequeno e médio porte, de origem familiar, na primeira ou segunda geração. Vejo que é uma expressão que busca traduzir a crença na necessidade de zelo e vigilância do criador à empresa para que ela possa prosperar. Denota também um certo grau de apego e possessividade que na prática, às vezes, se traduz num estilo de gestão bastante centralizador que em alguns segmentos e situações funciona muito bem, demonstrando assim a aplicabilidade do dito.

Não se assuste, este olhar é mais frequente do que imagina, só não é explícito. Há o que olha seu empregado como “mal necessário”, sem o qual não consegue seus objetivos, e busca formas de fazer com que ele renda mais e mais. Há o que olha seus empregados como seres humanos capazes de aprender e qualificar-se e se alegra com seu desenvolvimento sabendo que a consequência natural é seu próprio desenvolvimento e de seu negócio. Há ainda os inconstantes que, dependendo do momento, passeiam o olhar através destas ou de outras formas de olhar. E há os que olham seus colaboradores como um manancial de recursos a serem descobertos e busca ciência para isto, descobre, persevera e vibra com os resultados. São os que chegam a se enquadrar nas chamadas empresas boas para se trabalhar, cujos números estão bem à frente das demais.

Como minha cabeça, e com ela meus olhos, e atrás destes o meu coração, vibram e vivem de paixão por RH, fico logo fazendo links entre quase tudo que vejo e as práticas de gestão. E acredite, uma das coisas que mais vejo no dia a dia da gestão de pessoas tem muito a ver com esta questão do olhar do dono. Sem comparar pessoas a um rebanho, mas atendo-se somente à questão do olhar sobre quem faz tudo acontecer numa empresa, posso afirmar que, de fato, é o olhar do dono que determinará grande parte das respostas que seus colaboradores lhe dirigirão em termos de comprometimento e produtividade, principalmente. Quando digo o olhar do dono,

Absolutamente nada sei a respeito de rebanhos, mas nesta longa estrada de buscas em gestão de RH, algo me diz que seres humanos são realmente muito especiais, até porque são dotados de finíssimos radares para detectar o olhar do dono. Em algum nível o empregado sabe, de alguma forma, ainda que não expressa, a realidade do olhar de quem o emprega e, sem mesmo saber por que, sente-se motivado a entregar resultados de acordo com este olhar. Que nesta primavera o olhar do dono possa fazer florescer o que há de melhor em cada ser humano, rural ou urbano nas empresas desta Campo Grande colorida e em todo o MS. ∆

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ARTIGO ∆ Texto | Ariadne de Fátima Cantu da Silva, Procuradora de Justiça e escritora.

JÁ ESQUECEMOS A COPA DO MUNDO?

Pode soar estranho e até parecer coisa ensaiada, mas acredite: escrevi um artigo antes do resultado da copa do mundo, para ser publicado depois. Escrevi com aquela fé ligeiramente excitada, que todo brasileiro tem, de que ganharíamos a copa do mundo... Imaginei todas as possibilidades, menos aquela que realmente aconteceu: uma derrota esmagadora e vergonhosa que abalou a moral de muitos. Enquanto escrevia o texto me perguntava: Se o Brasil ganhar o que irá acontecer? Na minha vida e na sua, provavelmente nada, já que espero que nenhum leitor tenha se aventurado no comércio de itens verde-amarelos. Veríamos a cidade suja por umas horas, a euforia contagiante das comemorações, e a ação intensa da imprensa que estaria no centro de tudo que acontece. E se o Brasil perdesse? Quase a mesma coisa, com a exceção das ruas que não estariam sujas e da ausência de comemorações. Em resumo, a sua vida e a minha continuariam a mesma. Será? Quando escrevi, não tinha bola de cristal para saber que perderíamos de vergonhosos 7 x 1 para um time brilhante, que mostrou tudo o que não tínhamos: técnica, estratégia e desempenho. Mas sabia, que em um intervalo de apenas alguns dias, não teria mudado muita coisa na vida de ninguém. Agora, depois da derrota, finalmente posso perguntar: E o País? Continua o mesmo? Para onde estamos olhando depois da copa do mundo?

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Já tratamos de deletar rapidamente da memória as cenas trazidas pela mídia de lágrimas de crianças, dos rostos pintados, e do impacto de uma derrota alardeada pela imprensa internacional. Já não temos mais sonhos futebolísticos a alimentar, e se foram os palpiteiros de futebol a cuidar de suas vidas. O que temos pela frente? Um outubro cinzento que quer ser primavera nas urnas da esperança, de eleições que realmente transformem algo na vida de muitas pessoas. Temos uma festa de cidadania que está prestes a começar, mas nela não entra cachaça, cerveja, nem telão. Ou entra? Sobraram as mazelas sociais que merecem nossa atenção. Estamos de ressaca. E nada pior do que estar de ressaca e ter de prestar atenção em coisas sérias... Será que olhamos o mês de outubro com olhar contemplativo, questionador, ou transformador? Com copa ganha ou não, temos muitas coisas a contabilizar. Gastos públicos, feriados a compensar, uma economia trepidante, e uma eleição iminente. Volto a perguntar: Nosso olhar seria o mesmo com um resultado diferente? Agora, realmente não importa. O que importa é termos vigilância suficiente para esperar as mudanças que podem verdadeiramente refletir na sua, na minha, e na vida de tantos depois de outubro. Não entendo de futebol mas gosto da festa, e quero um gosto doce de vitória e fé num Brasil melhor para comemorar além da copa do mundo. E você? ∆


MEMÓRIA ∆

Texto | Eddson C. Contar Jornalista/pesquisador/escritor

Arquivos da Fundação Eduardo Contar.

“Nos idos de catorze um belo dia/por aqui chegou Maria/imponente e majestosa /e o povo da cidade aplaudiu...”. Assim começava uma música que fiz nos anos oitenta, cantada pela Escola Igrejinha pelas ruas da cidade. Era uma homenagem aos bravos operários e aos funcionários da velha Noroeste do Brasil, tentando passar para a população um pouco da história da ferrovia que aqui chegou no dia catorze de outubro, cem anos atrás. Antes daquele memorável dia, no entanto, muitas histórias se passaram até que a construção da ferrovia se tornasse realidade e trouxesse o desenvolvimento para a cidade e toda a região por ela servida. Ainda em 1871 ela teria sido imaginada, com traçado que vinha de Curitiba até Miranda, linha que seria concedida ao Barão de Mauá, como era costume à época do Império. Em 1897, um novo projeto propunha a criação de uma ferrovia partindo de Uberaba (MG) passando por Porto Taboado, Baús, Coxim e Cuiabá. Este projeto não vingou, como o anterior, mas ficou pendente nos planos do governo, até que em 1903, o engenheiro Emílio Schnoor elaborou o projeto que modificava o já existente, alterando o traçado da ferrovia cujo percurso partiria de Agudos, depois Bauru até Corumbá. O projeto recebeu aval do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro e teve acolhida do Presidente Afonso Pena, que determinou estudos usando o projeto de Schnoor, encarregado dos levantamentos no território de Mato Grosso para a elaboração do projeto definitivo. Em 1907, Schnoor visitou Campo Grande e aqui decidiu a inclusão da “Freguesia” no traçado da ferrovia, cuja construção partia de duas frentes, uma vindo do território paulista e outra partindo de Porto Esperança. Em 1912, a estação de Porto Esperança era inaugurada.

OLHA A MARIA FUMAÇA CHEGANDO! Campo Grande teve que esperar mais dois anos até que a ligação dos trilhos se concretizasse . Finalmente, no dia catorze de outubro de 1914, chegou a sonhada ferrovia que viria transformar o destino da cidade fundada por José Antônio Pereira, cujo progresso acelerou-se, atraindo novos moradores e tornando-a um importante centro comercial em toda a região. Em 1953 o ramal para Ponta Porã foi totalmente inaugurado após passar por Maracaju em 1944, Itaun (Dourados) em 1949. Inegavelmente, a ferrovia e as forças armadas foram para Campo Grande o grande estopim do vertiginoso progresso que alcançamos, e a vinda da ferrovia deu-se graças ao engenheiro Schnoor, tão bem biografado pelo escritor Celso Higa, mas injustiçado por nossa cidade, que deslocou a única homenagem ao engenheiro, apagando seu nome de uma de nossas ruas centrais, levando-o para uma pequena via no distante bairro Tiradentes, quando ele fazia por merecer seu nome ao longo de toda a avenida que beira os antigos trilhos da cidade. A história é longa e o espaço pequeno para contá-la em sua magnitude. Inclui a construção das pontes em Jupiá/T. Lagoas, a de Porto Esperança, e a determinação de brasileiros e estrangeiros que tornaram possível o nosso sonho. Bem-vinda estrada de ferro! Que um dia retorne com o vigor de antigamente, quando seus trens eram a alternativa dos que gostavam das viagens românticas pantanal adentro, ligando com a Bolívia, ou para nossa fronteira paraguaia. Obrigado sempre, engenheiro Émile Armand Henri Schnoor (Emilio Schnoor)! Um dia, a cidade de Campo Grande haverá de corrigir a injustiça que comete com o senhor! ∆

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ACONTECEU ∆

Aniversário do Shopping Bosque dos Ipês. Em agosto, o Bosque dos Ipês completou um ano e para comemorar o Shopping preparou uma programação especial dentro e fora do empreendimento. Uma mega estrutura para shows foi montada no estacionamento para que fosse palco de dois grandes eventos que contemplou amantes de gêneros músicas distintos. A dupla Munhoz e Mariano foi anfitriã do Festeja com outros grandes nomes da música sertaneja como: Cristiano Araújo, Pedro Henrique e Fernando, e Thiago e Graciano. O Rappa apresentou show da turnê “Nunca tem fim”. Festas animadas e aprovadas pelo público sul-mato-grossense. Confira os flashes: 1- Eliane Muniz, Taiana Hiane, Juliana Caligiuri, Wellington Oliveira e Murilo Loureiro; 2- Dejane e Lorival Menezes; 3- Jefferson Ravanello e Edson Ravanello; 4- Wellington Oliveira, Linda Benitez, Murilo Loureiro; 5- Eliane Muniz, Taiana Hiane, Marcio Semezim, Jairo Franco, Georgina Maia; 6- Daniela Godoy, Natalia Mendes e Munhoz e Mariano; 7- Jefferson de Almeida e Juliana Caligiuri; 8- Ginez Cesar e Luciana Clemente; 9- Rafael Arnaldi e Fernanda Canale; 10- Festeja celebrou um ano do Shopping Bosque dos Ipês; 11- Shopping Bosque dos Ipês recebeu show mais aguardado do ano; 12- Gabriel Martins Xavier autor da frase mais curtida na promoção “Selfie com Munhoz e Mariano”; 13- Daniela Godoy e O Rappa; 14-Gabrielle Lopes e Dante Rosa; 15- Rafael Arnaldi, Fernanda Canale, Rafael Biagi e Silvia Siqueira; 16- Edmilson Lopes, Viviane Cunha e Roger Nunes; 17- Bella Xu – Banda que se apresentou no Arte no Bosque; 18- José Augusto, Natalia Mendes e Julian Chaves; 19- Leandro Gejão e Geruza Paes. Fotos | André Barbosa e Alline Romero

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ACONTECEU ∆ Plaenge lança edifício Vernazza em noite de coquetel Em noite de coquetel na Central de Apartamentos Decorados, no dia 21 de agosto, a Plaenge lançou seu top de linha em Campo Grande, o edifício Vernazza, e abriu, com exclusividade para clientes e convidados, o seu apartamento decorado. O Vernazza, a segunda torre do Condomínio Spezia Residenziale, é um projeto especial que tem duas torres com área de lazer totalmente independente e será construído em uma das regiões mais valorizadas da cidade, a rua Antônio Maria Coelho, em frente ao Parque das Nações Indígenas. A festa ganhou a descontração do show intimista da cantora Thamires Tannous, cerimonial assinado por Patrícia Faracco, som e iluminação da Artluz, Valet Jefferson de Almeida e flashes do Studio Marcos Vollkopf. 1- Os gerentes regionais da Plaenge, Luiz Octávio Pinho e Ada Lima ao lado de Luiza Bohrer e Valéria Gabas. 2- Flávio, Marcelo, Renata e Fabiana Resende. 3- O casal Alexandre Cury e Mariluce com as pequenas Julia e Laura. 4- Nerone e Rosana Maiolino. 5- Frederico e Caroline Almeida prestigiando o lançamento do apartamento decorado do Edifício Vernazza. 6- O animado casal Vanessa e Michael Gorski. 7- Guilherme, Wanda e Flávio Moraes. 8- O casal Gervásio e Sandra com a pequena Ana Julia.

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ACONTECEU ∆ Para comemorar o lançamento do novo layout do blog Ateliê de Estilo, Patrícia Albuquerque recebeu amigos e parceiros para um coquetel, no Território do Vinho, na quarta-feira, dia 20 de agosto. O evento foi super intimista e contou com a presença das fashionistas, lojistas e blogueiras da cidade.

1- Bel, Paty e Edil Albuquerque; 2- Annelise Giordano; 3- Camila e Eliane Celestino; 4- Mariana Jurgielewicz e Flavia Garcia; 5- Marina Fornari, Pryscylla Santos Pereira e Solange Spengler; 6- Rosana Costa e Lilian Ilgenfritz; 7- Veruska Peralta e Lais Lunardon.

Fotos | Lucas Possiede

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Rafael Suriani facebook.com/rafael.suriani

"Pleine lune" (ou Lua cheia) Da série intitulada Street Cats Nanquin sobre papel Sua foto ou ilustração pode estar aqui! Envie para redacao@revistaagente.com.br

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