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SUÍNO 5.0

SUINO

CULTURA 5.0

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AGROCERES PIC FOTO:

Aplicação de novas técnicas e tecnologias oferece conforto e reduz situações de estresse, o que garante eficiência produtiva e economia ao produtor.

Por Bruna Deitos U m robô que alimenta os suínos enquanto toca música clássica. Ao operar de forma silenciosa e tranquila, o robô leva conforto aos animais reduzindo situações de estresse. Com um sistema inteligente oferece o alimento no horário adequado, na quantia exata para aquela fase, para aquela baia, para aquela demanda. Serve uma ração sem contaminantes ao redor ou no ambiente proporcionando conforto e bem-estar animal, bem como uma melhor conversão alimentar, ou seja, uma carne suína de melhor qualidade com uniformidade dos lotes, dos cortes dos animais e da carcaça. Tudo isso pode ser acompanhado pelo produtor, que monitora os resultados pelas câmeras e aplicativos.

A tecnologia patenteada pertence à Roboagro, uma empresa do Grupo C3 Equipamentos. De acordo com o diretor, Giovani Molin, é comprovadamente um investimento que permite uma economia para o produtor e para a agroindústria.

MERCADO OTIMISTA

O robô é apenas uma das tecnologias que o setor criou para potencializar a produção. Nossa suinocultura é reconhecida mundialmente: o país ocupa a 4ª posição tanto na produção quanto na exportação. O pesquisador na área de bem-estar e sistema de produção de suínos da Embrapa, Osmar Dalla Costa, afirma que o Brasil nas últimas duas décadas tem atendido as exigências do mercado externo no que tange ao sistema de produção. “Práticas que antes eram comuns, como matrizes em box de gestação, por exemplo, foram abolidas. As boas práticas na produção com vistas ao bem-estar animal, têm contribuído significativamente na redução do uso de medicamentos, bem como na qualificação de mão de obra e melhoria das condições ambientais. Tudo isso gera um otimismo para o setor e as empresas têm expandido a capacidade de produção”.

O gerente de Produção da Agroceres PIC, Nevton Hector Brun, concorda: “os projetos construtivos na suinocultura vêm se sofisticando, incorporando cada vez mais inovações e tecnologias. As unidades de produção estão maiores, com galpões mais largos, concentrados em bloco e com o ambiente totalmente controlado”, explica. “São granjas desenhadas e construídas para responder aos crescentes desafios da atividade, como otimizar o uso da mão de obra, intensificar o controle sanitário, promover um melhor manejo de resíduos e elevar o bem-estar animal. Características que se refletem no desempenho zootécnico dos animais e nos resultados econômicos da unidade de produção.

Esse arrojo tecnológico torna a suinocultura brasileira altamente competitiva e projeta o Brasil como um dos líderes globais em eficiência de produção suinícola, condição que vem ampliando a participação do setor no mercado internacional de carne suína. Segundo Nevton Brun, as perspectivas são favoráveis para a suinocultura nacional nos próximos anos. “A oferta brasileira de carne suína está ajustada e deve crescer, moderadamente, no próximo biênio. Ao mesmo tempo, as exportações tendem a continuar firmes, sobretudo pelos efeitos causados pela Peste Suína Africana (PSA) na Ásia, especialmente na China, o que deve manter a demanda internacional firme até pelo menos o primeiro semestre de 2022”. Outro fator de destaque para o setor é o preço da carne bovina, que deve se manter em alta, potencializando a competitividade da carne suína no mercado doméstico e sua presença na mesa dos brasileiros.

SUINOCULTURA 5.0

O cenário otimista revela a necessidade de manter o mercado aquecido com a ampliação da capacidade de produção. De acordo com Brun, os Núcleos Genéticos, por serem unidades de produção de excelência e alto nível tecnológico, contribuem para o desenvolvimento e popularização de muitas tecnologias posteriormente usadas nas granjas comerciais de suínos.

Segundo ele, diferentes tecnologias preditivas já vêm sendo amplamente utilizadas em granjas de melhoramento genético e tendem a ganhar espaço nas unidades de produção comerciais no futuro. “Nos Núcleos Genéticos já é possível realizar, por exemplo, por meio de sensores e câmeras, a seleção física dos animais e analisar o comportamen-

to das fêmeas para detecção de cio”, conta. “A automação de processos nos Núcleos Genéticos também já permite promover a contagem dos suínos durante as transferências entre setores, controlar o consumo de água, o estoque de ração nos silos e realizar o manejo de lavação das instalações, de forma automática”, destaca.

Dado o papel precursor da genética sobre a definição e popularização de novas tecnologias na produção de suínos, consultar o fornecedor de material genético durante a elaboração de um novo projeto tem sido uma prática cada vez mais recomendável. Afinal, a genética é o fator tecnológico de maior peso e que, historicamente, lidera as transformações na produção de suínos. “Entender como o progresso genético se dará e que reflexos esses avanços terão sobre as instalações e o manejo dos animais, é fundamental não apenas para orientar a concepção do projeto, como para estender a funcionalidade e atualidade da unidade de produção”, comenta Brun.

As granjas são desenhadas e construídas para otimizar o uso da mão de obra, intensificar o controle sanitário, promover um melhor manejo de resíduos e elevar o bem-estar animal.

A FUSÃO E INTERAÇÃO DE TECNOLOGIAS ENTRE OS DOMÍNIOS FÍSICOS, DIGITAIS E BIOLÓGICOS PERMITIRÃO AO SETOR EXPERIMENTAR GRANDES SALTOS DE EFICIÊNCIA E PRODUTIVIDADE.

NEVTON HECTOR BRUN , Gerente de Produção da Agroceres PIC.

EMPRESAS OFERECEM SOLUÇÕES INTELIGENTES

INOBRAM

A Inobram, empresa de automação e tecnologia para granjas, tem como propósito impulsionar a produtividade com tecnologia, conforto e segurança para as pessoas e os animais. “Sempre trabalhamos em soluções e linhas de produtos que possam atender desde a mais simples necessidade de pequenas granjas, como abertura e fechamento das cortinas laterais de um galpão por tempo ou temperatura, indo até granjas mais tecnológicas com sistemas que podem monitorar consumo de água, ração, temperatura da água, temperatura, umidade e nível de CO 2 dentro da granja”, destaca o coordenador comercial da Inobram, Edson Marangoni.

Tudo isso focado em facilidade e segurança, com transmissão dos dados e variáveis em tempo real, o que proporciona melhor gestão e controle, tanto do produtor quanto da integração. “Acredito que um diferencial na suinocultura foi o controle do nível de CO 2 nas instalações de creche e de terminação, pois era feito controle manual e em muitos momentos não era dada a devida atenção. Nosso sistema automaticamente interpreta as condições internas da granja, determinando se estão favoráveis ou não e, caso não estejam satisfatórios, o sistema entra em ação, atuando automaticamente de forma a propiciar ao animal a melhor condição de ambiente possível para o seu melhor desenvolvimento”, explica.

Os resultados econômicos são claros: “animais criados em ambiente favorável com temperatura, umidade, CO2 e aquecimento ideais, aliados a boa alimentação, genética e cuidados sanitários adequados, tem o desenvolvimento favorecido, fazendo com que cheguem ao peso ideal antes que o previsto”.

EDEGE

A Edege possui uma gama de equipamentos com tecnologia em alimentação para os criadores de suínos, ou seja, o produtor se preocupa em fazer a construção civil e a Edege fornece os equipamentos completos para alimentação, climatização, pisos, entre outros. “O sistema de automação e climatização é uma das técnicas que mais ajuda ao produtor, pois além de diminuir drasticamente a mão de obra, melhora o bem-estar do plantel e contribui para o melhor aproveitamento da ração retornando em forma de melhor conversão alimentar e, consequentemente, melhores ganhos ao produtor”, explica o diretor-geral da empresa, Bento Zanoni.

Os investimentos influenciam positivamente na rentabilidade do setor através dos resultados de conversão alimentar. “A pandemia trouxe em sua bagagem um grande desafio às agroindústrias, pois a construção civil e os equipamentos praticamente dobraram de preços enquanto o preço da carne praticamente continuou o mesmo, porém tudo tem que se enquadrar e se adaptar às novas realidades. Sem tecnologia ninguém consegue ir em frente e a Edege está aí para contribuir”.

Zanoni está otimista em relação ao futuro do mercado agro: “as perspectivas são de manter em uma vantagem muito boa para o produtor brasileiro, tendo em vista os problemas de peste suína na China, grande comprador de carnes do Brasil e outros mercados que irão se abrir. A humanidade precisa se alimentar e o Brasil é favorável à produção pela nossa extensão agrícola e tecnologia na criação e plantação de grãos, como milho, soja e outros produtos para a criação dos suínos”.

MSD

Na MSD Saúde Animal a linha de produtos da unidade de negócios é voltada para o mercado de biológicos, tendo como foco a prevenção. “Junto ao nosso portfólio, oferecemos serviços em gestão de produtividade de granjas, a fim de acompanhar os suinocultores em todos os passos de sua produção, oferecendo o suporte necessário com plataformas de identificação de perfil de agentes infecciosos nas granjas e produtos que se encaixam nas necessidades específicas de diferentes sistemas de produção”, explica o diretor de negócios de Suinocultura da MSD Saúde Animal, Rudy Claure.

Um dos produtos é o Idal 3G Twin: o dispositivo regula a dose da vacina e a pressão de aplicação eletronicamente, evitando erros de volume da dose aplicada e possíveis lesões teciduais, que podem ocorrer no local da vacinação com agulha, sendo estas minimizadas ou inexistentes. Outro exemplo é a Porcilis Ileitis, a primeira vacina injetável do mundo para o combate a Lawsonia intracellularis, causadora da Enteropatia Proliferativa Suína, ou Ileíte. “Uma doença que afeta os animais e impacta negativamente os resultados econômicos em granjas de suínos”.

O resultado disso é a maior rentabilidade nas granjas. Claure afirma que um produtor que atua em congruência com boas práticas no campo, têm animais capazes de atingir maior produtividade, menos incidência de doenças – pois prezam pela prevenção – e uma resposta melhor aos medicamentos quando é necessário utilizá-los. Animais mais saudáveis, proteínas confiáveis, com garantia de alimento de qualidade e uma cadeia que preza pela sanidade e pelo bem-estar ao mesmo tempo é o que abre portas de mercados internos e externos.

AGROCERES PIC LANÇA NOVA VERSÃO DO GUIA DE CRESCIMENTO

Elaborado para ajudar o produtor a extrair o máximo desempenho produtivo dos suínos nas fases de recria e terminação, o Guia de Crescimento Agroceres PIC já está disponível no site da empresa.

Em momentos de forte pressão sobre os custos de alimentação, otimizar a eficiência do sistema produtivo é primordial para manter-se competitivo. Isso envolve o aprimoramento da gestão em todas as etapas de produção, mas, em especial, na fase de crescimento dos suínos, que concentra 80% dos animais de uma granja e na qual aspectos como conversão alimentar, ganho de peso diário e rendimento de carcaça têm um peso estratégico sobre os resultados. Atenta a esse cenário e, frente ao maior potencial de desenvolvimento dos animais nessa fase gerado pela evolução genética, a Agroceres PIC acaba de lançar uma nova versão de seu Guia de Crescimento. Elaborado pelo corpo técnico da empresa, com o apoio de várias equipes da PIC com atuação em diferentes partes do mundo, o guia traz uma visão global e ampliada sobre as estratégias e práticas de manejo nas fases de recria e terminação dos suínos. “O Guia traz orientações técnicas, procedimentos e processos cuidadosamente organizados para oferecer ao produtor um amplo suporte de recomendações para o dia a dia das granjas, úteis para otimizar a eficiência, a qualidade e a rentabilidade do plantel”, afirma Gustavo Lima, dos Serviços Técnicos e de Validação de Produtos da Agroceres PIC. “São orientações técnicas resultantes de anos de pesquisas e da experiência de campo, que podem gerar ganhos econômicos expressivos aos nossos clientes”, conclui.

Estão compiladas na publicação desde as metas de desempenho para a etapa de crescimento, passando pelo manejo nutricional e ajustes dos equipamentos de alimentação, planejamento e densidade dos lotes, configuração dos sistemas de ambiência, cuidados iniciais com os leitões, até os manejos de rotina e recomendações de transporte. São orientações técnicas atualizadas e totalmente alinhadas à Instrução Normativa nº 113, que determina as boas práticas de manejo e bem-estar animal preconizadas para sistemas de produção comercial. O Guia de Crescimento Agroceres PIC já está disponível na seção Canal Técnico, no site da empresa. Clientes e profissionais do setor suinícola precisam apenas fazer um rápido cadastro para ter acesso à publicação. Acesse: www.agrocerespic.com.br/canaltecnico

“O GUIA TRAZ ORIENTAÇÕES TÉCNICAS, PROCEDIMENTOS E PROCESSOS CUIDADOSAMENTE ORGANIZADOS PARA OFERECER AO PRODUTOR UM AMPLO SUPORTE DE RECOMENDAÇÕES PARA O DIA A DIA DAS GRANJAS.”

GUSTAVO LIMA, dos Serviços Técnicos e de Validação de Produtos da Agroceres PIC.

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