24 minute read

TECNOLOGIAS SUSTENTAM QUALIDADE DA VACINAÇÃO VIA SPRAY

Next Article
SUÍNO 5.0

SUÍNO 5.0

Tecnologias sustentam qualidade da VACINAÇÃO VIA SPRAY

A escolha da vacina, do equipamento, o controle e o monitoramento da vacinação formam os pilares para o sucesso sanitário dos incubatórios.

Advertisement

A TECNOLOGIA ESTÁ PERMITINDO AO PRODUTOR TER NAS MÃOS INFORMAÇÕES QUE SÃO MUITO VALIOSAS E QUE ELE NUNCA PENSOU QUE PODERIA TER ANTES.

THARLEY CARVALHO, gerente de marketing aves de ciclo curto da CEVA.

ABronquite Infecciosa (BI) é uma das doenças de maior impacto econômico na avicultura de corte nacional. Isso porque a inadequada imunização tem um efeito negativo direto na produtividade. "Lotes comerciais inadequadamente imunizados e desafiados tem sua produtividade reduzida com distúrbios clínicos que incluem quadros respiratórios e renais, aumento da mortalidade, intensificação do uso de antibióticos e aumento das condenações, sejam parciais ou totais por aerossaculite e colibacilose", aponta o gerente de marketing aves de ciclo curto da CEVA, Tharley Carvalho.

Segundo Tharley, o setor avícola deve levar em conta que a manifestação clínica pode se agravar com infecções relacionadas a fatores externos e, em função das razões que afetam o desempenho zootécnico e econômico dos incubatórios, a multinacional francesa coloca à disposição do mercado diversas tecnologias para apoiar os desafios supracitados.

“A primeira delas é a escolha da vacina. Um bom exemplo é a Cevac Ibras, vacina presente há quatro anos no dia a dia da avicultura industrial, fruto de oito anos de intensos estudos com diversos e extensos trabalhos epidemiológicos e moleculares que identificaram o genótipo viral BR (variante brasileira). A tecnologia contida na vacina trouxe diversos benefícios produtivos em poedeiras, matrizes e frangos de corte", insere Tharley. Adicionalmente, o gerente nacional de serviços técnicos da multinacional francesa, Jorge Luís Chacón, lembra que trabalhos posteriores confirmaram a patogenicidade do vírus em solo nacional e que era ineficientemente controlado pela cepa vacinal Massachusetts. "Finalmente, as empresas conseguiram quantificar as milionárias perdas causadas por este vírus variante, o que serviu para obter o registro da primeira vacina de BI contendo a cepa variante BR", salienta. Aliado a vacina, é importante ter em mãos outras tecnologias para dar suporte a ação efetiva da vacinação via spray nos incubatórios. "Dados mundiais apontam que 90% dos incubatórios usam vacinação por pulverização regularmente", inclui Tharley.

No entanto, para que esta empreitada tenha efetividade outros fatores devem ser levados em consideração para garantir a qualidade da vacinação via spray, tais como a escolha do equipamento e a mensuração da aplicação.

Jorge Luís Chacón, gerente nacional de serviços técnicos da multinacional francesa

Com vistas para o que tem de melhor em equipamentos disponíveis no mercado, o gerente de serviços de vacinação da CEVA, Denis Ferreira destaca o pulverizador Ceva Desvac In Line. "Contamos com uma série de equipamentos, contudo os pulverizadores in line oferecem melhor qualidade de vacinação. Presente em incubatórios de médio e grande porte, eles são instalados sobre a linha de transporte logo após o contador de pintinhos ou como equipamento independente fazendo com que a caixa pare, evitando perda de tempo, além de não impactar na distribuição dos pintinhos no interior das caixas", salienta.

Outra vantagem se dá pelo movimento contínuo da caixa que, ao passar pelos bicos planos (em leque), realiza uma cobertura de 100% da superfície e perfeita homogeneidade das gotas. Somado a isso, a Desvac In Line Spray consegue pulverizar

Denis Ferreira, gerente de serviços de vacinação da CEVA

duas linhas transportadoras de forma simultânea devido ao seu sistema independente de braço duplo.

E por fim, Tharley destaca a importância do monitoramento da vacinação em incubatórios. "Oferecemos para o mercado o C.H.I.C.K. Program. Programa que completa dez anos e que consiste em um pacote completo de serviços voltados para os incubatórios", alinha. Nele, os incubatórios passam a ter cinco grandes áreas assistidas: vacinas; equipamentos; técnica de vacinação; monitoramento e diagnóstico; experiência e formação. "Para cada pilar agimos com objetivo de mitigar as não conformidades durante todo o processo de vacinação via spray nos incubatórios", acrescenta Tharley ao concluir que todo este conjunto de ações referendam o compromisso da CEVA de ir além da saúde animal.

AVICULTURA ALIADA NO COMBATE À COVID-19

Parceria entre Instituto Butantan e Globoaves permite a criação da vacina a partir de ovos férteis.

Por Bruna Deitos

Oagronegócio é peça fundamental no desenvolvimento da vacina brasileira contra a Covid-19. A Fundação Butantan está em fase de desenvolvimento e teste de um imunizante a partir de ovos férteis. Para isso, conta com empresas especializadas na produção avícola. Uma delas: a Globoaves. O diretor da Globoaves e GloboBiotech, Roberto Kaefer, explica que essa parceria já existe há 15 anos. “Nós fornecemos ovos para a produção da vacina contra o vírus da gripe, a Influenza, e agora os testes estão sendo realizados para a nova cepa”.

Para desenvolver a imunização a partir de um ovo embrionário, a Fundação Butantan conta com a ciência e a inovação. A tecnologia da Butanvac utiliza um vetor viral que contém a proteína Spike do coronavírus de forma íntegra. Neste caso, o vírus utilizado como vetor é o de uma infecção que afeta as aves, a Doença de Newcastle. Por isso, se desenvolve em ovos férteis, mas não causa sintomas em seres humanos. Para fazer a vacina, o vírus é inativado, ficando estável e o imunizante ainda mais seguro.

CONTROLE SANITÁRIO NAS GRANJAS

As granjas que fornecem embriões para a produção de vacinas são exclusivas, totalmente isoladas e obedecem a um rígido controle sanitário. Kaefer explica que as terras são escolhidas se cumprirem alguns critérios: não pode haver vizinhança, nenhum tipo de tráfego, e os aviários devem contar com um alto padrão tecnológico. Há controle de ventilação, condições climáticas e iluminação. “O aviário é quase um laboratório: tem um telhado isotérmico e as aves ficam a 1 metro de altura do chão, protegidas por um piso plástico. Além disso, o processo de coleta de ovos é totalmente automatizado, sem acesso humano”.

Todos esses cuidados são executados sem deixar de cuidar do bem-estar animal.

Para desenvolver a imunização a partir de um ovo embrionário, o Instituto Butantan conta com a ciência e a inovação

Teste de um imunizante a partir de ovos férteis está em fase de desenvolvimento

As aves são alimentadas com ração de formulação exclusiva composta por nutrientes de origem vegetal que garantem excelente qualidade de vida, saúde e produção. Outra diferença em relação às outras granjas é a medicação: nem todas as vacinas podem ser usadas nas matrizes.

Depois da coleta, os ovos passam por uma seleção: são pesados e separados por categorias. Nem todos vão gerar embriões e, por isso, são descartados. “Os ovos permanecem na incubadora de 10 a 11 dias, depois eles são avaliados e os que estiverem embrionados são encaminhados para o laboratório em um transporte próprio para essa finalidade, uma incubadora ambulante que conta com controle de oxigenação, umidade, clima”, explica o diretor.

OS OVOS POSSUEM UMA GENÉTICA ESCOLHIDA A DEDO. SOMOS MONITORADOS E AVALIADOS PELO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO”.

Roberto Kaefer, diretor da Globoaves e GloboBiotech

GLOBOBIOTECH

O desafio de desenvolver todo o sistema para o fornecimento de ovos embrionados destinados à produção de vacinas teve início em 2007, com a parceria da Globoaves e do Instituto Butantan. Foi, então, criada a Globobiotech, braço de Biotecnologia da Globoaves. O diretor conta que a empresa realizou uma extensa pesquisa em países europeus avaliando experiências similares e desenvolveu seu próprio sistema de produção, ainda mais tecnológico. “A genética das aves utilizadas no processo é das melhores linhagens mundiais, focadas em rendimento e qualidade”.

Outro passo importante da Globobiotech foi a parceria com a empresa norte-americana Charles River para a importação de Ovos SPF – Ovos Livres de Patógenos Específicos. Essa especificidade é que permite que o ovo seja utilizado, entre outras coisas, no processo de desenvolvimento dos bancos cepas de vírus Influenza (gripe) do Instituto Butantan.

As granjas que fornecem embriões para a produção de vacinas são exclusivas, totalmente isoladas e obedecem a um rígido controle sanitário

PECUARISTAS UNIDOS NO “SEQUESTRO” DE CARBONO

Produtores de gado apostam em uma pecuária mais sustentável com ações para minimizar os impactos ambientais.

Por Bruna Deitos

Liga do Araguaia reúne 62 fazendas, representando um total de 150 mil hectares de pastagens em processo de intensificação e 180 mil cabeças de gado U ma pecuária mais sustentável. Este é o lema de criadores do Mato Grosso que desde 2014 promovem campanhas para minimizar os impactos da criação de bovinos no meio ambiente. Juntos, eles formam a Liga do Araguaia que reúne 62 fazendas, representando um total de 150 mil hectares de pastagens em processo de intensificação e 180 mil cabeças de gado. As propriedades concentram-se na região do Médio Araguaia englobando 11 municípios do Estado.

Uma das iniciativas é denominada Carbono Araguaia, que promove a redução da emissão de carbono nas fazendas de criação de gado. A ação foi realizada entre 2016 e 2020 em parceria com a DOW Brasil. A pecuária que se pratica no Brasil pode ser uma importante ferramenta para mitigar as emissões de gases de efeito estufa provenientes da atividade, se adotadas práticas de intensificação sustentável e integração.

Um dos participantes do movimento e fundador do Instituto Agroambiental Araguaia, Raul Almeida Moraes Neto, explica que é uma iniciativa pioneira de monitoramento da redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) na pecuária, resultante da adoção e disseminação de práticas de manejo e intensificação sustentável.

COMO FUNCIONA

Dentre tais práticas, destacam-se a restauração de pastagens e a integração lavoura-pecuária. As pastagens passam por assistência técnica e monitoramento no campo, auxilia-

Aumento do rebanho

73.127

cabeças em 2016

Aumento na lotação

0,89

cabeças/hectare em 2016 da por um processo de acompanhamento técnico remoto da equipe da Pangeia Capital, buscando identificar qual pacote tecnológico é ideal para a recuperação sustentável. O grupo identificou como resposta a migração para sistemas de integração lavoura-pecuária. “Então, as três principais ações implementadas foram a recuperação, a reforma e a integração lavoura-pecuária”, explica.

A adesão ao Carbono Araguaia é de 24 fazendas situadas no Vale do Araguaia, no Mato Grosso,

107.048

cab. em 2019/20

1,4

cabeças/ hectare em 2019/20

= +64%

*Dados da Liga do Araguaia

responsáveis por uma área de 79.905 hectares de pastagens. Moraes Neto é engenheiro agrônomo e pecuarista desde 2000 e realizou o ciclo completo na Fazenda Santa Rita, em Torixoréu/MT.

BONS RESULTADOS

De acordo com o pecuarista, ao longo dos cinco anos, o projeto Carbono Araguaia mitigou o equivalente a 113.928 toneladas de CO2. “Resultados alcançados a partir de metodologia adotada e reconhecida internacionalmente, que está em processo final de verificação/ validação através de auditorias internacionais independentes”.

A LIGA DO ARAGUAIA

A Liga do Araguaia existe desde 2014 com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e social da região por meio do aumento da produtividade e renda, respeitando a legislação vigente e os limites dos sistemas naturais. A iniciativa se fundamenta nos pilares da produtividade, conservação, redução de emissões e turismo, e se materializa na forma da implantação de diferentes projetos.

Ele explica ainda que além do benefício de mitigação de carbono, o projeto contribuiu também para o desenvolvimento sustentável daquela região do Vale do Araguaia Matogrossense, já que as fazendas participantes mostram grande progresso em alguns indicadores como 43 mil hectares de pastos recuperados e redução da idade de abate de 28 meses para 22 a 24 meses.

PECUÁRIA SUSTENTÁVEL

Os produtores que participam do movimento acreditam que uma fazenda não é constituída apenas por suas pastagens, os animais e os currais ou apenas por sua área de preservação ou grupo de pessoas. “É a soma de tudo isso funcionando organicamente rumo às suas metas, respeitando, cada vez mais, a consciência de que a produção só será sustentável se levar em conta simultaneamente as dimensões econômicas, ambientais e sociais”, defende Moraes Neto.

Por isso, a Liga do Araguaia quer replicar práticas de pecuária sustentável com a realização de atividades de fomento e capacitação, além de estimular que outros pecuaristas da região adotem e monitorem práticas que contribuam para a redução de emissões de Gases de Efeito Estufa. “Também é nossa intenção estimular a conservação e restauração de áreas florestais (APPs e RLs), proporcionando sua valorização e a interligação de fragmentos florestais e agregar valor aos produtos e serviços das atividades pecuárias da região, assegurando viabilidade econômico-financeira da prática sustentável”, defende.

Carbono Araguaia promove a redução da emissão de carbono nas fazendas de criação de gado

Raul Almeida Moraes Neto é um dos participantes do movimento e fundador do Instituto Agroambiental Araguaia

OS DESAFIOS DO CONFINAMENTO

Manejo sanitário deve ter início de 21 a 30 dias antes do confinamento.

O manejo sanitário deve ter início de 21 a 30 dias antes da entrada dos animais no confinamento

Confinar animais para terminação é uma ferramenta imprescindível em qualquer projeto de intensificação pecuária. O que antes era uma simples estratégia de entressafra para explorar o “repique” do valor pago pela arroba se tornou um caminho para a evolução na pecuária para otimizar o modelo de produção. Estima-se que atualmente o sistema de confinamento representa cerca de 18% do volume de animais abatidos no Brasil.

Além do acompanhamento do peso dos animais, outras ações são importantes nos momentos próximos ao início do confinamento para prevenir problemas e garantir o máximo desempenho nas operações e na produtividade animal. Isso porque a intensificação traz riscos sanitários, que se não forem tratados de maneira estratégica podem comprometer os ganhos.

“Dentre os principais desafios dos animais de terminação estão os metabólicos, sanitários e de manejo, que podem influenciar na mortalidade e morbidade do rebanho. As principais causas de mortalidade no confinamento são pneumonia, clostridioses, fraturas, acidentes e as enterotoxemias”, explica o médico veterinário e coordenador de Serviços Técnicos da Biogénesis Bagó, João Paulo Lollato.

“As doenças respiratórias dos bovinos (DRB) ganham destaque nos desafios do confinamento porque decorrem dos desequilíbrios entre as defesas naturais dos animais e os fatores ambientais externos e estresse. As DRBs têm causas multifatoriais, como estresse, deficiência nutricional ou mudanças na dieta, exposição a agentes infecciosos, agrupamento de animais de diferentes origens e o transporte. Elas afetam índices produtivos e sanitários dos confinamentos, impactando diretamente na lucratividade do sistema”, ressalta Lollato.

“Os estudos sobre bem-estar animal revelam que o bovino gosta de rotina, de forma que qualquer mudança se torna um fator que catalisa a oxidação celular devido ao mecanismo de estresse. Alteração ambiental, nutricional, dominância, variação climática, transporte e poeira são situações muito presentes na rotina do dia a dia de um sistema de confinamento. Por isso, a suplementação injetável diminui os prejuízos do manejo e potencializa o metabolismo do animal para o período de confinamento”, pontua o médico veterinário.

MANEJO NO DIA DO CONFINAMENTO E RONDAS SANITÁRIAS

No dia em que os animais entram no confinamento eles devem passar pelo curral de manejo para receber a segunda dose da vacinação contra as principais doenças respiratórias e clostridiais. Nesse manejo recomenda-se uma dose de anti-helmíntico de amplo espectro à base de levamisol concentrado e mais uma dose da suplementação mineral e vitamínica injetável.

Um aspecto de vital importância no confinamento são as chamadas rondas sanitárias, procedimentos padronizados de vistoria e avaliação dos animais nos lotes que visam detectar os principais problemas nos estágios iniciais.

OS ESTUDOS SOBRE BEM-ESTAR ANIMAL REVELAM QUE O BOVINO GOSTA DE ROTINA, DE FORMA QUE QUALQUER MUDANÇA SE TORNA UM FATOR QUE CATALISA A OXIDAÇÃO CELULAR DEVIDO AO MECANISMO DE ESTRESSE.

JOÃO PAULO LOLLATO, médico veterinário e coordenador de Serviços Técnicos da Biogénesis Bagó.

Outra doença que representa um desafio nos animais de terminação é a clostridiose, que pode ser causada por mudança alimentar, manejos de curral ou concentração de animais.

Dessa forma, de 21 a 30 dias antes do início do confinamento os animais devem receber a primeira vacinação contra as principais doenças respiratórias e clostridioses. Além da vacinação, uma estratégia diferenciada que vem sendo aplicada em confinamentos de referência no Brasil é o uso de suplementação injetável contendo vitaminas (A e E) e micro minerais (Cobre, Zinco, Manganês e Selênio) para combater o estresse oxidativo.

“A frequência das vistorias depende do desafio momentâneo na operação: nos primeiros 20 dias de confinamento, quando a chance de ocorrência de problemas é grande, devem ser realizadas pelo menos duas vistorias por dia, uma de manhã e outra à tarde. Já entre o 21º e 40º dia, quando a chance de ocorrência é média, pode ser feita uma vistoria diária preferencialmente pela manhã. Se caso for detectado algum surto em algum momento deve-se adotar a prática inicial de duas vistorias por dia. A partir do 41º dia basta uma vistoria a cada dois dias de manhã”, orienta Lollato.

PROGRAMA TOURO ZERO: ALTA LUCRATIVIDADE E LIQUIDEZ NA PECUÁRIA

Sistema de produção criado pelo médico veterinário Ademir Ribeiro potencializa a rentabilidade do produtor e oferece Carne Premium ao mercado.

Um manejo moderno e pioneiro da carne bovina em fazendas de Rondônia está ganhando as propriedades do Brasil. Idealizado pelo médico veterinário Ademir Ribeiro, o Programa Touro Zero gera alta lucratividade e liquidez nas propriedades, além de oferecer uma carne de ótima qualidade à indústria. A prática iniciou em 2012 na fazenda do próprio pecuarista, a Estância Espora de Prata. Após três anos de análises e resultados, o sistema de produção foi levado a outras fazendas, que implementaram o manejo e já colhem excelentes resultados. Todo o trabalho é realizado com base técnica, planejamento e gestão de qualidade. Além do manejo que visa a produção de alimento com qualidade, todo o programa é executado com fundamentos e técnicas que tratam do bem-estar animal.

PRODUÇÃO SUPERPRECOCE

O programa tem como objetivo o abate de animais com 19@ em apenas 15 meses de idade, ou seja, a produção do superprecoce. O ciclo começa com a inseminação das vacas entre maio e junho (estação de monta de outono) ou setembro a dezembro (estação de monta entre primavera-verão), parição e, logo em seguida, os machos recém-nascidos castrados logo ao nascimento ou seja, Carne Premium o ano todo.

Para ajudar pecuaristas de todo Brasil a alavancar os lucros de suas fazendas, Ademir Ribeiro também ministra o curso Aprenda a produzir 19@ em 15 meses. Mais informações no www.pecuariapremium.com.br

FOTOS: DIVULGAÇÃO

O MÉDICO VETERINÁRIO ADEMIR RIBEIRO CONTA QUE DECIDIU TRABALHAR COM ANIMAIS MEIO-SANGUE ANGUS MOTIVADO PELO GANHO DE PESO MAIOR DO GADO E POTENCIAL DE RECEITA COM PROGRAMAS DE CARNE DE QUALIDADE.

A castração ao nascimento é o ponto-chave de seu sistema produtivo de carne de qualidade, pois faz com que o bezerro se desenvolva em alta velocidade e valoriza o produto final. O procedimento é feito logo após o nascimento, aproveitando os serviços obrigatórios de cura do umbigo e o picote na orelha para identificação. A desmama acontece em uma única vez ao final de abril e eles seguem para o confinamento a pasto. Com isso, é possível engordá-los e entregar os animais a partir de setembro na casa de 13 para 16 meses na janela da entressafra.

O veterinário conta que decidiu trabalhar com animais meio-sangue Angus motivado pelo ganho de peso maior do gado e potencial de receita com programas de carne de qualidade. “Com esta raça eu consigo ter um maior poder de barganha. Peguei a genética, a sanidade, o manejo e nutrição, o clima e coloquei o sexto ponto: a estratégia comercial”, revelou Ademir Ribeiro, referindo-se a reforçar os abates destes animais na entressafra rondoniense, entre setembro e dezembro.

CARNE PREMIUM

Ribeiro afirma que o ponto mais importante para o sucesso do sistema de engorda do Programa Touro Zero é a nutrição. Os machos castrados são abatidos dentro de um programa de remuneração por Carne Premium, o Protocolo 1953, da Friboi. “Não tem erro buscar um animal jovem, de 14 para 15 meses com 17@ na balança da fazenda. Ele vai chegar no frigorífico com um rendimento de 56% a 58%. E além disso, pegando o preço do boi mais o (bônus pelo protocolo) Sinal Verde, mais o protocolo 1953, você chega em um benefício que o amigo pecuarista vai gostar”, defende.

PRIMEIRAS LIÇÕES SOBRE COOPERATIVISMO

Em uma iniciativa inédita, a Revista Setor Agro&Negócios e a Aurora Alimentos lançam a cartilha Ciranda do Cooperativismo, entregue em escolas rurais do Oeste de Santa Catarina.

Ninguém cresce sozinho. Esta é a prova de que unidos podemos ir além. Para uma sociedade mais justa e solidária, este princípio deve ser fomentado ainda na infância. É neste período que aprendemos a importância de compartilhar, do respeito e da honestidade.

Os valores que são a base para formação humana, também caracterizam o cooperativismo, um movimento de colaboração para um mundo mais justo, inclusivo e fraterno.

Para marcar o Dia Internacional do Cooperativismo que em 2021 foi comemorado no dia 03 de julho, a Revista Setor Agro&Negócios e a Aurora Alimentos uniram-se para idealizar a cartilha educativa Ciranda do Coooperativismo.

A iniciativa inédita, beneficia mais de 3 mil estudantes de escolas rurais do Oeste de Santa Catarina. O conteúdo lúdico e educativo é direcionado para estudantes na faixa etária entre 6 e 9 anos.

A diretora de redação da Revista Setor Agro&Negócios, Paula Canova revela que o principal objetivo do projeto é mostrar para as crianças, a maioria delas filhos de produtores rurais, que o cooperativismo está em todo lugar. ˝No alimento que elas consomem, no trabalho dos pais que destinam sua produção às cooperativas e até naquele valor economizado mensalmente para garantir o ingresso das crianças na universidade”, explica.

Na cartilha, Zequinha e seus amigos ensinam valores, reforçam a importância da colaboração, do trabalho em equipe, do cuidado com os animais e ainda alertam para a preservação do meio ambiente.

Além de uma história super divertida, as crianças também podem soltar a imaginação através de jogos educativos e ilustrações para colorir.

A Cartilha Ciranda do Cooperativismo é uma publicação da Revista Setor Agro&Negócios Produção e Redação: Setor Agro&Negócios Projeto Gráfico, diagramação e finalização: Gustavo Fagundes Ilustração: Shutterstock Revisão: Grazielli Canalle - Coordenadoria Regional de Educação – Governo do Estado de Santa Catarina Distribuição: Escolas Rurais do Oeste de Santa Catarina e em anexo a 12ª edição da revista Setor Agro&Negócios.

REALIZAÇÃO:

Apoio: 4ª Coordenadoria Regional de Educação – Secretaria Estadual de Educação

A INFÂNCIA PODE SER MAIS COOPERATIVA

Em casa ou na escola, atitudes e práticas pedagógicas ajudam a formar a cultura da cooperação.

Muito além de um modelo de negócio que dá certo, o cooperativismo é considerado uma doutrina que, em linhas gerais, sugere a harmonia entre as pessoas em sociedade. Essa conquista se dá quando cada um entende seu papel como cidadão e faz a sua parte para obter ganhos coletivos.

Muitos conhecem essa filosofia e seus benefícios apenas quando adultos, o que é natural considerando que crescemos numa cultura em que prevalece o espírito da competição. Esse saber que valoriza a criança com mais habilidades e alcança o primeiro lugar do pódio, está enraizado e molda o nosso comportamento enquanto crescemos e nos tornamos adultos.

É possível mudar essa cultura e evoluir em qualquer fase da vida, mas se pudermos explorar a importância de cooperar desde cedo, com as crianças do nosso círculo social, teremos ganhos ainda maiores. Incentivar atividades e comportamentos que promovem a empatia, a confiança e o espírito de equipe ajuda a criar uma cultura de parceria, em que as crianças não participam para ganhar, mas sim por todo o processo que leva à meta comum.

Hoje, no ambiente escolar e até mesmo em casa existem modelos pedagógicos que trabalham dinâmicas de grupo e promovem a cooperação. São os chamados jogos cooperativos, capazes de desenvolver uma série de habilidades cognitivas e socioemocionais nas crianças. O intuito é fazer com que os colegas se vejam como aliados, não adversários, e entendam que o papel de todos é essencial para a vitória.

Nesse sentido, muitos desses jogos funcionam com base no coletivo ou sequer têm como resultado final uma pessoa ou equipe vencedora. É comum que apenas o processo do jogo seja o foco. Brincadeiras e atividades lúdicas podem ser ressignificadas dessa forma, estimulando a inclusão, a criatividade, a paciência e o respeito mútuo.

Alguns exemplos de jogos são o lençol bol - em que o objetivo principal é a interação do grupo para controlar a bola dentro do lençol e arremessá-la no cesto e o desenho sem fio - que assim como o telefone sem fio, cada criança com um papel e uma caneta em mãos, deve desenhar uma parte, interagindo entre si até dar forma à imagem.

Por fim, é bom relembrar que as crianças replicam o comportamento dos pais. Viver e estimular essas práticas diariamente significa valorizar uma educação capaz de gerar adultos mais conscientes e humanos. A Cooperativa Central Aurora Alimentos entende a importância de educar seguindo os princípios cooperativistas, por isso incentiva as famílias que integram o Sistema Aurora a aplicar essa filosofia com suas crianças e adolescentes.

AURORA ALIMENTOS ASSUME QUATRO NOVAS UNIDADES NO RS

ACooperativa Central Aurora Alimentos vive um momento histórico. Após o fim das negociações promisso dos nossos dirigentes é fazer com que seus cooperados tenham vez e voz nas cooperativas e compartilhar os

AVICULTURA AURORA

com o Grupo Agrodanieli tiveram início as atividades nos dois Frigoríficos de aves, na Fábrica de Rações e no Incubatório, recém-adquiridos pela cooperativa, em Tapejara e Ibiaçá (RS). As duas unidades frigoríficas abatem 205 mil frangos por dia e a expectativa é que esse volume chegue a 310 mil nos próximos anos. Segundo o gerente dos frigoríficos Aurora Tapejara I e II, André Miotto, as novas plantas frigoríficas atendem aos requisitos para o mercado interno e o Frigorífico Aurora Tapejara II está apto para atender vários mercados mundiais.

“Com 455 empregados, o Frigorífico Aurora Tapejara I tem capacidade para abater 50 mil aves e já estamos trabalhando no projeto de ampliação de capacidade e extensão para o segundo turno. No Frigorífico Aurora Tapejara II, iniciamos as operações com 1.539 empregados e abrimos mais 420 vagas para elaborarmos o nosso mix de produção que é diferenciado e voltado para a exportação”.

O presidente Neivor Canton enfatiza que a Aurora prepara um plano de investimentos nas unidades incorporadas para execução em médio prazo. “A cooperativa reinveste onde a riqueza é gerada. O comresultados. Nos sentimos orgulhosos em contribuirmos, a partir de agora, para o desenvolvimento da região e temos planos para crescer ainda mais”, salienta ao complementar que o programa de investimentos da Aurora Alimentos contempla modernização das indústrias, aperfeiçoamento de processos e melhoria contínua das condições de produção e trabalho.

EXPRESSÃO

Atualmente, a Aurora Alimentos abate cerca de 1 milhão de cabeças de aves por dia. Os investimentos aumentarão de imediato em 20% o processamento industrial de aves, passando para 1,2 milhão/dia. Fundada em abril de 1969, a Aurora é reconhecida como o terceiro maior conglomerado industrial do setor de carnes. É formada pela união de 11 cooperativas filiadas e atua na industrialização e comercialização de carnes suínas, aves, lácteos, peixes, massas, vegetais e suplementos para nutrição animal. Possui um mix com mais de 850 produtos e exporta para mais de 80 países. No ano passado obteve uma receita operacional bruta de R$ 14,6 bilhões.

EM NÚMEROS

1 milhão de cabeças de aves são abatidas diariamente. 20% é o percentual de aumento no processamento industrial de aves gerado pelo investimento. Serão 1,2 milhão de cabeças de aves abatidas por dia.

“O COMPROMISSO DOS NOSSOS DIRIGENTES É FAZER COM QUE SEUS COOPERADOS TENHAM VEZ E VOZ NAS COOPERATIVAS E COMPARTILHAR OS RESULTADOS.”

NEIVOR CANTON, presidente da Aurora Alimentos.

DIVULGAÇÃO FOTO:

This article is from: