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SYNGENTA SEEDS Novas lideranças no Brasil e na América Latina

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Novo gerente comercial para as regiões de Santa Catarina e Rio Grande do Sul

A unidade de negócios de sementes da Syngenta anuncia a mudança do diretor geral Brasil e Paraguai, André Franco, para o cargo de diretor regional da América Latina. Com a troca, Suzeti Ferreira assume como diretora geral Brasil e Paraguai.

O novo diretor regional da América Latina vai liderar a estratégia de Sementes para a região, trabalhando em colaboração com as quatro unidades de negócios no Brasil & Paraguai, América Latina Sul, América Latina Norte e Licenciamento, com uma atuação alinhada à estratégia global de negócios de Sementes e da cultura com foco no agricultor.

“Nosso objetivo é dar continuidade à bem-sucedida estratégia de especialização do negócio de Sementes na América Latina, que vem mostrando bons resultados, como o crescimento de 26% em vendas em 2021, sucesso obtido por um time altamente engajado e que coloca paixão e dedicação para entregar as melhores sementes para nossos agricultores”, afirma André Franco, que está no time Syngenta desde 2016, e levará em frente o objetivo de Syngenta Seeds se tornar a melhor empresa de sementes da América Latina até 2028.

Já Suzeti Ferreira chega ao cargo de diretora geral no Brasil e Paraguai. Graduada em Farmácia e Biologia e com Mestrado Executivo pelo Insper e em Gestão Financeira pelo Ibmec, ingressou na Syngenta em 2020 e possui mais de 18 anos de experiência nas áreas de Marketing e Comercial.

Como uma das poucas mulheres à frente da liderança no agro brasileiro, Suzeti afirma: “meu compromisso é construir um ambiente de trabalho diverso, inclusivo e com equidade, promovendo discussão aberta e honesta para remover barreiras e desafiar estereótipos de gênero e demais vieses inconscientes que possam impedir de sermos inclusivos”.

NOVUS

Formado em Medicina Veterinária e pósgraduado em Sanidade de Aves pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), Willian Mocellin assumiu a posição de Gerente Comercial da Novus para Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Nesta nova posição na multinacional, seu papel será reforçar ainda mais a presença da Novus nas regiões como empresa parceira dos produtores, evidenciando todas as soluções nutricionais voltadas para integridade intestinal. "Como empresa especializada em soluções integradas voltadas para a manutenção da integridade intestinal, reforçaremos todos os diferenciais da Novus junto aos produtores da região. A linha de minerais orgânicos Mintrex, eubióticos e enzimas incorporados em programas nutricionais como o Balance ou Scale Up, este último em desenvolvimento, são exemplos de ferramentas exclusivas a fim de otimizar os resultados zootécnicos dentro das granjas parceiras de aves e suínos de forma sustentável", salienta Willian.

Aliado a isso, outro ponto destacado pelo profissional é a sólida expertise técnicacientífica global da companhia. "Suporte que estará à disposição dos nossos clientes para que juntos possamos traçar estratégias alinhadas às necessidades e desafios produtivos identificados em suas operações", complementa o novo gerente regional.

AGRONOMIA 4.0 O FUTURO É AGORA

Planejar, analisar e obter resultados nas propriedades rurais e na sociedade com base na Agronomia 4.0 não é apenas uma tendência, mas tornou-se realidade e até obrigatoriedade. As tecnologias tomam conta do presente dos agricultores e profissionais que atuam no campo e já apontam cenários para o futuro. Mas, afinal, o que significa atuar com Agronomia 4.0? Qual o papel do produtor e de profissionais como os engenheiros agrônomos? A Setor Agro&Negócios selecionou um time de especialistas para compreender o tema e os benefícios para produtores e sociedade. Além desta edição, o Especial Agronomia 4.0 também trará novos conteúdos no portal de notícias www.setoragroenegocios.com.br e na revista do mês de Novembro.

Por Rafaela Menin

TIME DE ESPECIALISTAS

PATRÍCIA MENEGAZ DE FARIAS

Engenheira Agrônoma e doutora em Ecologia. Possui experiência na área de Agronomia com ênfase em Entomologia. Atua como consultora em projetos de cooperação nacional e internacional, desenvolvendo atividades técnicas e de assessoria na gestão, elaboração e execução de projetos de desenvolvimento regional e local de sustentabilidade. Atualmente é CEO | Founder na empresa Nisus Inovação e Tecnologias Agroambientais e professora na Universidade do Sul de Santa Catarina.

RICARDO MIOTTO TERNUS

Engenheiro Agrônomo e doutor em Ciência e Tecnologia de Sementes. Possui experiências nas áreas da tecnologia de produção de sementes, defesa agropecuária, fiscalização de insumos agrícolas e plantas de lavoura. Atualmente é secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina, e professor no Centro Universitário Barriga Verde.

FERNANDO CESAR BAUER

Engenheiro Agrônomo e doutor em Agronomia - proteção de plantas. Experiências como pesquisador do Instituto de Pesquisa Tecnológica de Mato Grosso do Sul, professor em diversas universidades, como Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal e Universidade Federal de Santa Catarina, na qual foi coordenador do curso de Agronomia até 2017. Coordenador da Câmara Especializada em Agronomia do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (Crea/SC), até 2019.

ANGELA FORTES MUNARO

Engenheira Agrônoma. Engenheira da Horticultura. Especialista em Desenvolvimento Rural e Agronegócios. Sócia da Projeagreen, empresa de consultoria e treinamentos agrícolas. Experiência de 13 anos de atuação no Senar/SC com programas de Gestão e Empreendedorismo Rural / NR-31 Segurança em Aplicação de Agrotóxicos/ Jardinagem e Paisagismo. Professora e orientadora do curso Técnico em Agronegócio e-tec e palestrante de Sucessão Familiar Rural e Agro 4.0.

AGRONOMIA E AGRÔNOMO:

PROTAGONISTAS NA TRANSFORMAÇÃO DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

Não restam dúvidas: a Agronomia tem um papel fundamental no processo de transformação do agronegócio brasileiro. E a Agronomia 4.0 chegou para mudar a forma de fazer e os resultados, basicamente transformando processos que ainda são mecânicos e analógicos para digitais. “Quando falamos sobre as tecnologias na agricultura, podemos citar algumas formas, métodos e sistemas que auxiliam a visualizar e gerenciar os processos de maneira mais ampla e analítica, como: internet das coisas, inteligência artificial, big data, entre outros”, afirma a engenheira agrônoma Angela Munaro.

E o uso da tecnologia na produção agropecuária, segundo Fernando Cesar Bauer, também engenheiro agrônomo, permite aos gestores o acompanhamento detalhado do processo produtivo e a atuação mais precisa sobre os fatores de produção. “Isso contribui de forma significativa na efetividade e na eficiência do uso de insumos, na otimização da mão de obra, na redução de custos e, consequentemente, na elevação da produtividade, redução dos impactos ao ambiente e maior segurança ao trabalhador”, ressalta.

Os especialistas concordam que tudo isso está sendo integrado às propriedades, e também destacam o papel das pessoas neste processo, como do engenheiro agrônomo. “A Agronomia/Agricultura 4.0 é multidisciplinar, temos vários outros profissionais envolvidos, e o engenheiro tem um papel fundamental. Ele é um grande protagonista ao fazer a integração desses sistemas todos”, afirma o engenheiro agrônomo Ricardo Ternus.

O engenheiro, segundo Ternus, é um grande ator em fazer as correlações/interpretações dos dados gerados pelos sistemas para informações, para que essas informações possam ser utilizadas no processo de gestão para tomada de decisões. “E são essas decisões que irão gerar valor, para aumentar a produtividade e a qualidade do trabalho e reduzir custos e os impactos ambientais. Desta forma, a agronomia torna-se sustentável. E a sustentabilidade se reverte em benefícios para toda a sociedade, porque com mais índices de produtividade, haverá disposição de mais oferta de alimentos e alimentos de

NESTE NOVO MODELO DE AGRICULTURA TEMOS OS JOVENS MAIS ATUANTES NO CAMPO E REALIZADOS EM PERMANECER DENTRO DAS SUAS PORTEIRAS”

ANGELA MUNARO

maior qualidade, com mais segurança alimentar”, afirma.

Para Angela Munaro, a palavra-chave também é sustentabilidade, e o agrônomo tem um papel importante de exercer o trabalho de estudar as máquinas, sistemas e dados para gerar inúmeros benefícios, como o “aumento da produtividade, o monitoramento de gestão e das operações agrícolas, ainda uma produção mais assertiva, reduzindo desperdício”. E, isso, segundo a engenheira agrônoma, reflete no consumidor final, num alimento de melhor qualidade e numa maior diversidade de produtos.

Outro ponto ressaltado pelos especialistas quando o assunto é transformação do agro é em relação ao êxodo rural. Com a tecnologia chegando no campo, a expectativa é de mais jovens permanecendo nas propriedades. “Neste novo modelo de agricultura temos os jovens mais atuantes no campo e realizados em permanecer dentro das suas porteiras”, ressalta Angela. “Essa virada de chave agrícola é que mantém nossos jovens ativos no campo e a valorização dos nossos produtos”, reforça Ternus.

FOTO: ADOBE STOCK

COMO SERÁ A AGRONOMIA DO FUTURO?

O que vem por aí na Agronomia, nos próximos cinco ou dez anos, depende também das escolhas feitas no momento atual. O que se tem em mente é que “a adoção da Agricultura 4.0 contribui de forma efetiva para a implementação da Agenda 2030, marco central para combate à fome e a segurança alimentar do mundo”, afirma a engenheira agrônoma Patrícia Menegaz de Farias.

Para se chegar lá, a Agronomia 4.0 tem feito presente e futuro se integrarem e tem exigido produtores rurais e profissionais mais informados e conectados. “É um caminho sem volta. Os profissionais precisam buscar constantemente evoluir nos conhecimentos técnicos para que possam acompanhar as evoluções e ajudar a levar esse pacote tecnológico aos agricultores. Para que, de maneira sustentável, esse agricultor consiga alcançar índices de produtividade, eficiência e sustentabilidade nas propriedades”, afirma Ternus.

E falar em Agricultura 4.0 não é mais uma tendência, e sim realidade e obrigatoriedade. “A adoção de técnicas mais precisas e de ferramentas que suprem gargalos da atual agricultura, desde o campo até o consumidor final, possibilita a tomada de decisão mais assertiva e consequentemente otimização do processo”, ressalta Patrícia.

Para a engenheira, possibilitar a transferência de informações e/ou no uso de ferramentas tecnológicas e inovadoras que visem a gestão estratégica do agronegócio visando aumento na eficácia da produção de alimentos e na competitividade no mercado é peça chave na promoção da Agricultura 4.0. “Considero que estabelecer um arranjo institucional com premissas de planejamento, gestão, regulação, sistematização, implantação, comunicação, transparência, inclusão e o acesso à inovação tornará o agronegócio ainda mais sustentável e produtivo, contribuindo para a implementação da Agenda 2030”, reforça Patrícia. A ADOÇÃO DA AGRICULTURA 4.0 CONTRIBUI DE FORMA EFETIVA PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA AGENDA 2030, MARCO CENTRAL PARA COMBATE À FOME E A SEGURANÇA ALIMENTAR DO MUNDO”

PATRÍCIA MENEGAZ DE FARIAS

Utilizando exemplos palpáveis, o engenheiro Fernando Bauer afirma que com a Agricultura/Agronomia 4.0, ou seja, com o uso de drones, sensores, atuadores, controladores, nas máquinas agrícolas, associados a sistema de navegação por satélite de alta precisão, é possível, por exemplo, a aplicação de fertilizantes em taxas variáveis no campo, de acordo com a produtividade e fertilidade do solo no local.

“Assim, variações na fertilidade e na produtividade são compensadas com aplicações específicas. Sensores de plantas indicam o local e o momento correto para aplicação de insumos, otimizando os resultados e reduzindo os volumes desses insumos sem prejuízo na produtividade, com menor índice de contaminação ambiental”, afirma Fernando. “Nas máquinas semeadoras, o uso de sensores e atuadores farão o controle total do processo de semeadura, ajustando o fluxo e a liberação de sementes de modo a se obter melhor qualidade no processo e conseguir a população ideal de plantas na área”, continua.

E com tanta tecnologia e com produtores e profissionais envolvidos e motivados, a agronomia do futuro vem trazendo desde já ao agronegócio soluções que buscam a otimização da produção e da gestão agrícola em diferentes estágios. Há consenso: essa transformação é o que tem levado ao momento presente e levará ao futuro a melhoria de gestão para as propriedades e a profissionalização ainda maior dos negócios e das entregas de alimentos à sociedade.

CRIPTOATIVOS

ALTA NOS FERTILIZANTES ABRE PORTAS PARA TECNOLOGIA

Por Rafaela Menin

Os preços dos fertilizantes têm registrado altas históricas. Após o início do conflito entre Rússia e Ucrânia e das sanções impostas sobre o primeiro país, a oferta diminuiu e o preço disparou. O Brasil, que importava da Rússia mais de 20% do fertilizante utilizado na produção agrícola, vê o cloreto de potássio, por exemplo, chegar ao maior preço desde janeiro de 2008, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), sendo vendido a R$ 6.824,00/tonelada.

Com a valorização desses produtos, uma das mais recentes novidades do mercado é a possibilidade de comprar e vender fertilizantes de forma eletrônica, por meio de criptoativos. Algo semelhante já ocorre com outras áreas do agro, como a pecuária, exploradas nas bolsas de valores, como na Bolsa de Valores brasileira (B3). Porém, no caso dos fertilizantes, não há opções de negociação na B3.

Pensando nisso, a Cibra, uma das maiores empresas de fertilizantes do Brasil, lançou o CibraCoin. A diferença para outras parecidas - como o bitcoin - é que este é o primeiro criptoativo no mercado que está vinculado apenas ao preço do fertilizante, ou seja, é considerado uma “stable coin” (estável). A negociação ocorre por meio da plataforma stonoex.com, especializada em tokenização de ativos, ou seja, em transformar ativos “físicos” em ativos digitais. Neste caso, são três opções de negociação: fertilizantes do tipo MAP, KCL e Ureia, sendo que cada CibraCoin equivale a um quilo de fertilizante.

“Para a empresa, é uma maneira nova de vender fertilizantes. Com o criptoativo, é possível comprar de maneira muito fácil um fertilizante. Adquirindo o CibraCoin, o interessado tem toda a flexibilidade para trocar por produto físico, já que a Cibra garante a liquidez, mas também pode comprar ativos e vender quando quiser”, afirma Raphael Nezzi, CFO da Cibra.

Entre os benefícios desse tipo de negociação, Nezzi cita a flexibilidade de compra, já que “o comprador poder adquirir fertilizante sete dias por semana, 24 horas por dia”; e ainda o fato desse comprador fazer o controle do custo, tendo uma maneira de se proteger de preço do fertilizante, pois poderá analisar preços e negociar quando o mercado estiver mais favorável.

“Essa tecnologia de blockchain/criptoativos veio para ficar e para revolucionar o sistema financeiro. Acredito que a Cibra está sendo pioneira no mercado da tecnologia, em um meio de fertilizantes, que se trata de algo que o produtor rural entende. Se ele vai comprar com um papel ou com um criptoativo, é a mesma coisa”, afirma o CFO da Cibra. O projeto iniciou há quatro meses e já foram movimentados em torno de 500 mil dólares em compra/ venda por meio do CibraCoin. “A inserção dessa opção no mercado passa também pela cultura do produtor rural. Precisamos explicar como funciona, já que alguns produtores trabalham com criptoativos, mas outros ainda usam cheque. E é assim, as tecnologias mais novas surgem, os clientes vão entendendo, aprendendo, e daqui a pouco acreditamos que esta também se torna uma ferramenta a mais de compra e venda de produto. Por isso, sugerimos ao produtor rural abrir uma conta, testar, vender, resgatar o dinheiro, trocar por fertilizante físico. O importante é saber e testar como funciona”, reforça Raphael Nezzi.

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