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O ENCONTRO ENTRE O REI DA INGLATERRA CHARLES III E O GOVERNADOR HELDER BARBALHO
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Ogovernador Helder Barbalho esteve recentemente em Londres, capital da Inglaterra, para uma reunião junto ao rei da Inglaterra Charles III, para discutir questões ligadas a biodiversidade, Amazônia e o Pará. O chefe do Executivo Estadual foi ao palácio de Buckingham, a convite do monarca britânico, que é conhecido por ser grande entusiasta e apoiador de ações de valorização da biodiversidade global.
“Diante do momento que o Brasil está vivendo está é certamente uma oportunidade única de dialogar no sentido de buscar parcerias para que o Reino Unido, a monarquia britânica possa ser um braço de apoio para que encontremos soluções sustentáveis para nossa região”, avaliou o governador após o encontro, do qual também participaram a ministra de meio ambiente britânica, Thérèse Coffey, além de outros ministros do governo inglês, CEOs membros da Iniciativa de Mercados Sustentáveis, representantes de governos internacionais e de comunidades indígenas.
De acordo com o governador, o monarca declarou ter plena ciência do quanto a Amazônia é decisiva e determinante para a agenda climática e para as urgências climáticas que o mundo vivencia.
O rei demonstrou interesse em apoiar os projetos que estão sendo realizados pelo Governo do Pará em Ciência, Tecnologia e Inovação por meio de fundos britânicos dispostos a cooperar com aportes de recursos financeiros. “Além de valorizar a nossa biodiversidade e garantir a preservação ambiental, esse tipo de parceria é de fundamental importância para encontrarmos um novo modelo de uso do solo, permitindo, a partir da biodiversidade, que nós possamos inserir a Bioeconomia como nova estratégia para geração de emprego e de renda”, detalhou Helder.
Ambiental e social
Ainda durante a reunião, o governador enfatizou que os novos modelos a serem adotados precisam levar em consideração não apenas o meio ambiente, mas focar também em garantir qualidade de vida para os povos da floresta. “Mostrei que as vocações do estado do Pará precisam estar conciliadas com a floresta viva, com a floresta em pé, e o rei Charles III fez questão de destacar a necessidade de o mundo pagar pela floresta em pé, pelos serviços ambientais, para que possamos precificar a captura do carbono e monetizar os produtores rurais, a população da Amazônia e com isto garantir a compatibilização da necessidade de renda da nossa população ao tempo em que precisamos preservar o meio ambiente”, relatou o chefe do Executivo estadual.
Para Helder Barbalho, o governo concluiu mais uma agenda positiva na capital inglesa. “Uma experiência muito bacana, momento em que eu pude encontrar o rei da Inglaterra Charles III para falar sobre nosso Estado, sobre a Amazônia, convidá-lo para a COP 30 em Belém, se Deus quiser, e reafirmar o compromisso da necessidade de trabalharmos juntos em favor da nossa região, gerando empregos verdes, garantindo sustentabilidade, responsabilidade ambiental e soluções de desenvolvimento que conciliem as pessoas, as vocações do nosso Estado e a floresta viva”, finalizou.
O Reino Unido foi o anfitrião da 26ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 26), realizada em Glasgow, na Escócia, em 2021, ocasião em que foi firmado o Pacto de Glasgow, com vistas a adoção de práticas efetivas para limitar o aquecimento a 1,5°C.
Ontem, 16, Helder Barbalho se reuniu com Alok Sharma, parlamentar britânico que presidiu o evento na cidade escocesa, para troca de experiências.
Nova cooperação entre o Reino Unido e o estado paraense
Após o encontro com o Rei Charles III, o governador do Pará e presidente do Consórcio da Amazônia Legal (CAL), Helder Barbalho, se reuniu com o Lord Goldsmith, Vice-Ministro de Energia, Clima e Meio Ambiente no Ministério das Relações Exteriores.
A reunião foi para tratar sobre uma nova cooperação entre o Reino Unido e o estado paraense para implantar o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) que deverá ser iniciado em breve. O encontro ocorreu no Ministério das Relações Exteriores, em Londres.
O Governo do Pará elabora o Plano Estadual de Restauração que tem como meta de restauração 6 milhões de áreas degradadas. Por intermédio dele, os trabalhos devem iniciar a partir de um projeto piloto com pequenos produtores rurais, nas áreas da rodovia Transamazônica e no município de São Félix do Xingu, inicialmente. Este piloto conta com a aplicação financeira do governo do Estado, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Reino Unido, por meio da The Nature Conservancy (TNC), sobretudo no que diz respeito ao monitoramento e verificação da emissão de carbono.
“O nosso objetivo é fazer com que a floresta viva possa ser monetizada, possa ser precificada em nossa região e a partir daí colocou-se à disposição para debater e discutir apoiamento para nosso país e particularmente para a Amazônia, no intuito de fazermos todos os esforços necessários para que o Brasil construa um modelo de sustentabilidade com um olhar pela nossa biodiversidade, através da bioeconomia, ressarcindo a população pela preservação da floresta, gerando empregos verdes e garantindo com isso com que haja um olhar da sustentabilidade, mas um olhar social pelos milhões de brasileiros que moram na Amazônia e precisam ser vistos, precisam ser enxergados e serem atendidos”, ressaltou Helder Barbalho.
Em síntese, o projeto piloto tem a finalidade de através do PSA, o estado possa garantir ao pequeno agricultor que ele se integre na agenda de restauração, sendo remunerado por estar recompondo a floresta Amazônica. O último compromisso do chefe do executivo paraense finalizou com a perspectiva de que novos projetos sejam realizados para melhorar a vida de quem vive e protege a floresta.
“Tivemos a oportunidade de dialogar com o governo da Inglaterra, do Reino Unido, dialogar com a ciência, através do Jardim Botânico, como também a oportunidade de abrir entendimento de oportunidades com diversos investimentos possíveis de fundos que estão intencionados a discutir soluções sustentáveis para a floresta.
Tenho certeza de que essas rodadas construídas aqui estarão resultando em grandes oportunidades para que nós possamos viabilizar emprego e renda vinculados à floresta viva, vinculados à floresta em pé e em sustentabilidade para a nossa região”, concluiu o governador Helder Barbalho.
Participaram da reunião o secretário de meio ambiente do Pará, Mauro O’de Almeida, o secretário adjunto de Gestão de Recursos Hídricos e Clima da Semas, Raul Protázio Romão, o embaixador e coordenador de Relações Internacionais, Everton Vargas e membros da embaixada brasileira em Londres.
O chefe do Executivo paraense esteve na Inglaterra a convite do rei Charles III para tratar da provável realização da COP 30 na capital paraense, em 2025. Articulações para Belém sediar a edição da Conferência foram iniciadas pelo governador ainda na última edição do evento, em Sharm El-Sheikh, no Egito, em novembro de 2022.