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1° SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE BIOPROCESSOS: CIÊNCIA E TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA Realização: Faculdade de Biotecnologia e Turma de Engenharia de Bioprocessos 2017, UFPA.
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ÍNDICE
Colocar foto da imagem do banner sengbio no fundo
Apresentação Mesa de Abertura Ciência e Tecnologia Empreendedorismo Aplicado Responsabilidade Social Pesquisas Anexas Considerações Finais
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Apresentação 1º SENGBIO da Universidade Federal do Pará Para apresentar o curso de Engenharia de Bioprocessos, ainda pouco conhecido entre a sociedade geral, os alunos da turma de 2017 da Universidade Federal do Pará (UFPA) realizaram entre os dias 21 e 23 de novembro, o I Simpósio de Engenharia de Bioprocessos (I SENGBIO) no auditório Arlindo Pinto da UFPA. O principal objetivo era contribuir para difusão do conhecimento científico e tecnológico, realizando trocas de informações e experiências acadêmicas entre os professores, palestrantes e os alunos da área. O evento contou com a presença do diretor do Instituto AmazôniaTec, Hinton Bentes, que palestrou sobre gestão, empreendedorismo e inteligência emocional nas indústrias, também esteve presente a palestrante Sheila Souza, que abordou o tema de direitos autorais, domínio científico e industriais. Os assuntos abordados com maior importância no encontro foram: gestão eficiente nas indústrias 4.0; propriedade intelectual e o desenvolvimento da Amazônia; desenvolvimento do biogás; produção de dermocosméticos a partir de óleos e extratos da Amazônia. O sucesso do simpósio foi tão grande que superou todas as expectativas, mais de 120 inscritos, o que deixou os organizadores animados com a possibilidade de um próximo evento. Os alunos também ficaram muito satisfeitos “o evento acrescentou na minha formação ao mostrar novas áreas de atuação, apresentando como os engenheiros devem encarar o mercado de trabalho após a conclusão do curso e informando sobre a maturidade durante a graduação” concluiu a estudante, Lidiane Soares. Os participantes receberam certificado de 20 horas complementares. Texto: Viviane Nogueira
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Mesa de Abertura A Mesa de Abertura do 1° Simpósio de Engenharia de Bioprocessos, "As Contribuições da Engenharia de Bioprocessos para o Desenvolvimento da Amazônia" teve a participação da Professora Marília Ferreira, representante do Reitor da Universidade, Emmanuel Tourinho. Além da Diretora do Instituto de Ciências Biológicas, a Professora Joyce Kelly do Rosário, do Professor Adriano Nascimento, Coordenador do Laboratório de Óleos e Biocombustíveis, e do Diretor da AmazôniaTec Hinton Bentes. Figura 1- Membros da mesa de abertura.
Fonte: Equipe SENGBIO
Os professores salientaram a importância da promoção deste tipo de evento para o desenvolvimento da região, bem como a visibilidade do curso e o incentivo de novas ideias e projetos para os alunos durante a carreira acadêmica. Trazendo problemas pertinentes da região e como os cursos de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia podem colaborar para o desenvolvimento da Amazônia. Os discentes e docentes receberam o evento com muito entusiasmo. As pautas, de assuntos pouco debatidos na sociedade acadêmica trouxeram diversificação e interesse, com uma abordagem diferenciada na execução do projeto pioneiro na região.
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Figura 2- Integrantes do CORUNÍ.
Fonte: Equipe SENGBIO
A Mesa de Abertura contou também com a participação do CORUNÍ, coro universitário da Universidade Federal do Pará que cantou além do Hino Nacional, músicas regionais que motivaram os alunos durante os três dias de evento. Texto: Yasmin Cantuária.
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Ciência e Tecnologia No
dia
22/11,
foi Figura 3- Palestradora sobre “Desenvolvimento de
ministrada pela Prof.ª Dr.ª Joyce
Biocosméticos a partir de óleos essenciais e extratos da Amazônia”.
Kelly do R. da Silva a palestra intitulada “Desenvolvimento de Biocosméticos a partir de Óleos Essenciais Amazônia”.
e A
Extratos
da
partir
da
introdução a palestra, a mesma
Fonte: Equipe SENGBIO
enunciou que o avanço científico está se direcionando para a criação de produtos inovadores, onde o mercado da beleza vem sofrendo expansão nos mercados emergentes como o da Argentina, Brasil, China, Índia e Indonésia. Para essa tendência se destaca os ingredientes naturais que tomam um grande espaço na produção do chamado “cosméticos verdes”. Em suma, a palestra serviu para impulsionar os alunos notarem que a flora que os cerca pode gerar renda, tendo sempre em vista a proteção do meio ambiente.
Figura 4- Infográfico sobre os principais pontos da produção de Biocosméticos na Amazônia.
Fonte: Equipe SENGBIO
Texto: Marinaldo Vilar.
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Figura 5- Palestrante Magna
Dando início ao ciclo de palestras do I SENGBIO, a Prof.ª Dr.ª Simone de Aviz Cardoso ministrou no dia 21/11, a palestra magna, tendo como título “O Potencial e o Desenvolvimento do Biogás no Estado do Pará”. A mesma pretendeu despertar nos alunos o interesse pela produção
de
biometano,
visando
Fonte: Equipe SENGBIO
promover o desenvolvimento de tecnologias sustentável no município de Belém. Em sua palestra, ela enfatizou a sujeira no município de Belém, colocando sempre em foco, que “a cidade de Belém está aterrando dinheiro no lixo”. Portanto, a palestra almejou direcionar potenciais empreendimentos que podem utilizar o resíduo sólido orgânico com o propósito de gerar renda para a população de Belém.
Figura 6- Infográfico sobre os principais pontos da Produção de Biogás.
Fonte: Equipe SENGBIO
Texto: Marinaldo Vilar. Figura 7- Representante do Centro de Valorização de Compostos Bioativos da Amazônia.
O I Simpósio de Engenharia de Bioprocessos
proporcionou
aos
discentes diversas palestras nas áreas de atuação relacionadas ao curso,
9 Fonte: Equipe SENGBIO
onde no dia 22 de novembro de 2018 o Prof. Fagner Aguiar, Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos discursou a respeito da Fermentação do Açaí e do Cacau: Dois Casos Regionais Muito Distintos. Foi exposto aos participantes a importância da utilização de tais matérias-primas no que diz respeito à valorização da Região Amazônica, e sua crescente importância no cenário Nacional e Internacional. Representando o Centro de Valorização de Compostos Bioativos da Amazônia, demonstrou os estudos feitos em relação a identificação de compostos, nutrientes, e formas mais específicas de obtenção desses subprodutos, assim como a inclusão de alunos de graduação, pós-graduação, entre outros, no sentido de participar e ajudar na propagação e avanços das pesquisas relacionadas a essa temática. Texto: Elice Santos.
O Prof. Dr. em Biotecnologia, Fábio Figura 8- Palestrador sobre “Métodos Extrativos: da Bancada a Escala Industrial”.
Moura, apresentou no dia 22/11 a palestra "Métodos Extrativos: Da Bancada à Escala Industrial". O debate durante a palestra se deu em torno do controle de qualidade e do desenvolvimento de novos produtos de
Fonte: Equipe SENGBIO
matéria prima regional. Foi apresentado o Centro de Valorização Agroalimentar de Compostos Bioativos da Amazônia (CVACBA) à comunidade, bem como algumas
pesquisas relacionadas ao fruto do açaí. Os alunos presentes puderam esclarecer as questões acerca de métodos extrativos laboratoriais e como podem ser levados a grande escala. Texto: Lucas Sousa.
No dia 22/11, a convidada Sheila Figura 9- Palestrante convidada representado o setor de prospecção e avaliação de tecnologias
de Melo, Analista de Propriedade – EMBRAPA; Intelectual do Setor de Prospecção e Avaliação de Tecnologias - EMBRAPA, apresentou
o
tema
"Propriedade
Intelectual e o Desenvolvimento da 10
Fonte: Equipe SENGBIO
Amazônia". A analista debateu sobre os benefícios do sistema de proteção intelectual, demonstrando campos de aplicação do direito autoral, além de ilustrar exemplos de produtos patenteados, aflorando o debate do assunto entre os estudantes presentes. Texto: Lucas Sousa.
Empreendedorismo Aplicado O palestrante Hinton Bentes, diretor Figura 10- Diretor da Amazoniatec. do Instituto Amazôniatec apresentou no dia 21/11,
o
tema
"Gestão
Eficiente
e
Inteligência Emocional na Indústria 4.0" onde
enfatizou
a
importância
da
inteligência emocional no exercício da liderança e gestão de equipes, além dos principais pontos para ter sucesso no âmbito pessoal e profissional. Sendo muito
Fonte: Equipe SENGBIO
aceita pelos ouvintes e gerando um debate entre o palestrante e os participantes no primeiro dia de evento. Texto: Yasmin Cantuária.
O Serviço Brasileiro de Figura 11- Gerente regional do SEBRAE. Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), na pessoa do
Gerente
regional
Sr.
Delzimar Braga, no segundo dia do evento ministrou a palestra “SEBRAE: Desenvolvimento de
Fonte: Equipe SENGBIO
negócios e empreendedorismo”, o qual compartilhou de bom grado o seu conhecimento a respeito do tema devido sua vasta experiência no ramo, mostrando como a instituição SEBRAE auxilia pessoas com desejo de empreender, enfatizando o 11
crescimento de oportunidades em nossa região gerando desenvolvimento econômico, exemplificando erros e acertos e como aprender com eles, os simposistas mostraramse interessados e motivados com as possibilidades propostas pela palestra despertando um espirito empreendedor. Texto: Vinicius Silva. No dia 23/11, foi apresentada palestra
"Empreendedorismo"
por
Figura 12- Gestora do Programa de a Educação Empreendedora.
Gisele
Cerqueira, Gestora do Programa de Educação Empreendedora SEBRAE, onde apresentou sobre novas oportunidades para jovens que tem interesse na área do empreendedorismo e também acadêmica
motivou a
ingressantes
conhecerem
na
melhor
área sobre
Fonte: Equipe SENGBIO
educação empreendedora, negócios Júnior e como tomar iniciativa pode ser essencial para despontar a carreira ainda dentro da universidade. Os estudantes se mostraram interessados no tema e fizeram questionamentos sobre os primeiros passos para uma carreira empreendedora e como ocorre o incentivo a inovação pelo SEBRAE para com os acadêmicos. Texto: Yasmin Cantuária.
Responsabilidade Social A sexta feira do dia 23 de novembro foi marcada pela mesa-redonda "Ansiedade, estresse e depressão no ambiente universitário" ministrada pelas palestrantes Maria de Lourdes Guimarães, psicóloga da Polícia Militar do Pará e Lorena Lameira, psicóloga da Clínica CAPSI, UFPA. O assunto da palestra é de grande relevância no ambiente universitário onde os alunos não raramente possuem algum problema psicológico, devido a altas cobranças e o ambiente hostil.
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Figura 13- Palestrantes da mesa-redonda "Ansiedade, estresse e depressão no ambiente universitário".
Fonte: Equipe SENGBIO
As palestrantes elucidaram os principais sintomas das doenças mais comuns, informaram técnicas para atenuar os sintomas em casos de ansiedade, por exemplo, e frisaram a importância dos jovens procurarem aconselhamento profissional para manter a saúde psicológica. Ademais as convidadas indicaram locais para tais acompanhamentos psicológicos disponíveis para os universitários. A palestra foi de grande utilidade para os mesmos e muitos dos presentes se identificaram com os problemas apresentados na apresentação das convidadas e se emocionaram. Texto: Letícia Avelar.
Pensando nas dificuldades e déficits de mulheres para ingressarem e concluírem uma graduação, principalmente em cursos de Engenharia ou nas demais áreas de exatas, foi realizada na sexta feira, dia 23, uma mesa redonda com o tema: "Mulheres na Engenharia: A Representatividade Feminina como Instrumento de Resistência e Conquista de Espaço". O evento contou com a presença de Lorena de Freitas, fundadora e presidente do grupo de afinidade IEEE Women in Engineering (WIE) UFPA, (WIE) é a maior organização profissional internacional dedicada a promover e inspirar mulheres engenheiras e cientistas em suas carreiras. Priscila Lobato, graduanda em Engenharia da Computação e membra do WIE (Women in 13
Engineering) e Viviane Reis, servidora pública e participante do movimento Juntos, frente de mulheres Juntas. Figura 14- Participantes da mesa-redonda "Mulheres na Engenharia: A Representatividade Feminina como Instrumento de Resistência e Conquista de Espaço".
Fonte: Equipe SENGBIO
As participantes da mesa compartilharam suas experiências pessoais e profissionais relaciondas a como ser mulher e estudante de graduação em um meio predominantemente masculino e mostrando como mulheres de baixa renda podem ter dificuldades de ingressar essas áreas. Também foram apresentados os projetos no qual as convidadas fazem parte, encorajando mais mulheres a conquistarem o seu espaço e assim mostrar que as estudantes de Engenharia podem encontrar um apoio dentro da própria universidade. Poderia ser inserido por fim a fala de alguma ouvinte da mesa, mostrando o impacto de ter se tido uma mesa e se a mesma cumpriu seu intuito quanto ao mostrar mulheres na universidade Texto: Luana Silva.
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Pesquisas Anexas
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Bioenergia e Sustentabilidade
Avaliação do Tratamento Térmico do Rejeito Industrial na Obtenção de um Adsorvente. Souza Junior, Marinaldo Vilar de1, Motta, Silvio Alex Pereira da2 1 Faculdade de Biotecnologia, Universidade Federal do Pará, Belém, Pará. 2 Faculdade de Engenharia de Materiais, Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, Marabá, Pará. Juniorvilar09@gmail.com
RESUMO
Entre as diversas rotas tecnológicas para a produção de energias renováveis, podemos citar o craqueamento térmico catalítico de biomassas, na qual, segundo a literatura, são produzidos biocombustíveis similares aos produtos derivados de petróleo, como a gasolina, querosene e diesel. Segundo os autores de pesquisas com foco na otimização da rota de craqueamento de biomassas, um dos principais desafios está na elevada acidez (presença de ácidos graxos livres e ligados) dos biocombustíveis produzidos pela referida rota tecnológica. Tal característica (alta acidez) se deve a ineficiência do catalisador na etapa de desoxigenação dos produtos gerados. Neste contexto, o presente trabalho investigou a viabilidade do processo de adsorção de ácidos graxos livres (AGL) presentes em biocombustíveis, obtidos por craqueamento térmico catalítico de óleos vegetais, utilizando lama vermelha ativada 16
termicamente como possível adsorvente. A lama vermelha obtida após as ativações foi caracterizada por diferentes técnicas: Microscopia eletrônica de varredura, Espectroscopia de energia dispersiva, Difração de raios X. Para tanto, inicialmente uma porção da LV foi desagregada manualmente em um almofariz utilizando um pistilo. Posteriormente esta massa da mesma foi classificada em um sistema de peneiras para obter sua granulometria, sendo o material passante obtido na malha de 200 mesh. Depois de desagregada e classificada, foram pesados cerca de 30g da lama e em seguida a mesma foi acondicionada em recipientes cerâmicos, e posteriormente inseriu-se em um forno da marca Jung com capacidade de aquecimento até 1300ºC. A amostra foi aquecida a uma temperatura de 1200°C em um período de 30 min, e observou-se a morfologia, microestrutura e composição das amostras através das técnicas de MEV acoplada ao EED, nos equipamentos, microscópio eletrônico de varredura modelo TM- 3000 da Hitachi registrando as imagens nos tamanhos de 500, 800, 1500 e 5000 vezes, acopladas ao espectrômetro de energia dispersiva da marca Oxford modelo ED 3000, e observou-se as fases cristalinas através do DRX no difratômetro de raios X modelo MiniFlex600 da marca Rigaku com ângulos de varredura de 10 à 70° para lama vermelha in natura e de 5 à 90° para lama vermelha termicamente ativada acoplado ao MEV. Verificou-se que, ao elevar a temperatura para 1200ºC no tempo de 30 minutos ocorreu uma variação nas concentrações dos compostos presentes, dentre estes, a mais significativa mudança foi verificada para o elemento Alumínio (11,137 %) Cálcio (1,547 %) e Ferro (37,317 %), apresentando um aumento de concentração. Esse aumento observado na quantidade dos constituintes majoritários é devido à ação do tratamento térmico, que ocasionou a perda de água e em consequência à formação de pelotas que ocorrem na lama vermelha durante o tratamento. Observou-se que, o tratamento térmico das amostras contribuiu com um aumento da área específica, podendo enfatizar ainda que, a aproximação da estrutura dos grãos durante o tratamento térmico só foi possível devido os fenômenos de difusão em sólidos, o que possibilitou a formação de novas estruturas cristalinas. O difratograma referente à lama vermelha ativada termicamente possuiu como fase cristalina predominante o disilicídio de molibdénio, hematita e a fase transitória nefelina. Dessa forma foi possível constatar que o método de ativação selecionado, bem como a condição de ativação da lama vermelha teve um efeito significativo sobre a área superficial específica do adsorvente a qual teve um aumento e sobre o aumento na porosidade (número de poros) o que pode auxiliar no processo de adsorção. Palavras-chave: Adsorção; Ácidos Graxos Livres; Lama Vermelha.
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Microbiologia
Biodegradação de corantes têxteis por cepa recém-isolada Santos, Patricia O.1, Freitas, Andre L.¹, Paiva, Rutileia de Jesus¹; Silva, Jonas Cunha¹; Castro Junior, José Pureza de¹; Teixeira, Luís Eduardo de Oliveira¹, Oliveira, Gabriellen K. A.¹ 1
Centro de Valorização Agroalimentar de Compostos Bioativos da AmazôniaCVACBA. Universidade Federal do Pará – UFPA E-mail: patriciaoliveirasantos987@gmail.com
RESUMO A indústria têxtil cresceu muito nos últimos anos, com isso, houve um vasto crescimento proporcional no uso dos mais variados corantes sintéticos, e este fato foi acompanhado por um aumento na poluição devido as águas residuais contaminadas com corante. A descarga desses efluentes é uma das maiores preocupações dos ambientalista, pois quando os mesmos não tratados adequadamente e lançados ao meio ambiente podem ocasionar várias consequências, podendo até mesmo modificar o ecossistema, diminuindo assim a transparência da água, no qual, a cor do efluente, além do aspecto estético, impede a fotossíntese e modifica o regime de solubilidade dos gases, prejudicando tanto a flora como a fauna aquática. A aplicação de tratamentos biológicos com bactérias é uma utilização economicamente viável e ambientalmente correta para o tratamento de descoloração desses efluentes. Diante 18
da problemática, análises de teste de degradação de corantes amplamente usados na indústria têxtil por um microrganismo de cepa 131 recém isolado, foram realizadas para a remoção da cor dos corantes amarelo, verde, vermelho, azul e azul I, todos pertencentes a mesma marca comercial. A cepa isolada estava em meio Luria Bertani (LB), foram realizadas soluções com concentrações diferentes de cada corante. Inicialmente, partiu-se de uma concentração inicial de 10 % de cada corante, em seguida o próximo objetivo era realizar novamente 3 concentrações diferentes de cada corante (0,5 %, 0,1% e 0,05%) para verificar qual concentração seria limitante para o crescimento do microrganismo. Ao término da inoculação da cepa 131 nos tubos de ensaio, os mesmos foram postos na estufa a 30°C por 7 dias. Os controles não inoculados foram postos nas mesmas condições. A biodegração foi analisada durante intervalos de 24 horas. A bactéria 131 foi responsável por degradar significativamente a maioria das cores em diferentes concentrações no meio de cultura LB, demonstrando nos resultados a capacidade que esta tem em degenerar as tinturas presentes nos efluentes lançados pelas indústrias têxtis. No entanto, em escala industrial a cepa 131 não seria tão interessante já que o tempo de biodegradabilidade foi muito longo. Uma alternativa viável para solucionar o problema é focar em pesquisas para se obter subsídios de crescimentos para os microrganismos em diferentes condições, com o intuito de avaliar o potencial dos mesmos em se desenvolver em ambientes diferentes e de degradar os corantes de forma mais eficiente a curto prazo.
Palavras-chave: Degradação, Corantes, Biotransformação, Bactérias. Estudo da Ecologia das Bactérias Nativas de Solo e Raiz de Açaizeiro
Nunes, Gabriel ¹, Rogez, Hervé ¹ ¹ Centro de Valorização de Compostos Bioativos da Amazônia (CVACBA), Universidade Federal do Pará -Belém, Pará Email: gabrielfarache16@gmail.com
RESUMO
O potencial econômico do açaizeiro é constante motivo de investimentos na região norte brasileira em especial o Pará, a comercialização de frutos é extremamente popular e rentável no estado. Para isto maneiras de otimizar a produção do fruto baseado no bom desenvolvimento de Euterpe oleracea são alternativas viáveis também para melhorar condições ambientais na produtividade sem aplicação de fertilizantes nitrogenados que agridem o meio ambiente já que os fixadores de nitrogênio estão ligados a um processo natural como a fixação biológica do azoto. Para aplicação de tais microrganismos foi realizada a retirada dos mesmos do solo de rizosfera e de próprios nódulos de raiz onde existem prováveis fixadores. O isolamento bactérias do solo foi 19
realizado em meio triptona de soja (TSA) com auxílio do antifúngico nistatina, a fim de evitar contaminações, em triplicata. Os isolados apresentaram inúmeros tipos de morfologia nos solos da rizosfera de terra firme e de várzea sendo diferentes entre si por estarem em diferentes ecossistemas de uma mesma região. A purificação das colônias foi realizada a partir de repiques por esgotamento em placas com TSA. Contudo os isolados de raiz apresentaram morfologias parecidas mesmo em árvores de idades diferentes em locais diferentes, havendo um padrão morfológico de colônias. Para o teste de Gram, a maior parte dos isolados de solo foram Gram positivos havendo uma predominância considerável de bacilos, já nas raízes há presença em quantidade de bactérias Gram negativas nos dois tipos de açaizeiros. O uso destas informações é importante para o posterior sequenciamento e seleção de fixadores, possibilitando um conhecimento sobre as espécies de interesse bem como possível controle na comercialização de um produto futuro, como substituinte de fertilizantes químicos, que melhore o desempenho produtivo de Euterpe oleracea.
Palavras-chave: Euterpe oleracea, Fixadores de Nitrogênio, Fertilizantes.
Identificação e análise de bacteriocinas de metagenoma da hidrelétrica de Tucuruí Lago, Letícia Avelar Bergeron1, Costa, Sávio de Souza2, Silva, Arthur Luiz da Costa da3, Graças, Diego Assis4, Baraúna, Rafael Azevedo5. Universidade Federal do Pará, Departamento: Instituto de Ciências Biológicas, Laboratório: Centro de Genômica e Biologia de Sistemas. E-mail: let96abl@gmail.com
RESUMO
De acordo com estudos, mais de 99% das bactérias podem produzir pelo menos um tipo de bacteriocina. Estes compostos têm grande potencial para estudos e aplicações pois são peptídeos com atividades antimicrobianas que podem ser uma saída para resolver problemas com bactérias resistentes a antibióticos, e uma via alternativa para reduzir o uso dos mesmos. Outra aplicação é para diminuir a velocidade de degradação dos alimentos causada por microrganismos, haja vista que o uso de substâncias químicas pode trazer impactos para a saúde dos consumidores e bacteriocinas apresentam baixa toxicidade; dentre muitas outras aplicações. Levando em consideração a área onde foi analisado o metagenoma, hidrelétricas são ambientes impactados por ações antrópicas, por isso são locais interessantes para análise. A hidrelétrica de Tucuruí está no sudeste do estado do Pará, e foi construída em 1984. Para sua construção foi necessário a formação de lagos artificiais com a finalidade de criação da represa, com isso grandes áreas naturais foram alagadas ocasionando possíveis perdas ou alterações da microbiota local. Ademais, com o avanço da biotecnologia e bioinformática é possível estudar genes presentes 20
em amostras ambientais de maneira mais rápida e eficaz através de metagenômica. O metagenoma analisado foi sequenciado na plataforma Ion Proton a partir da água da camada fótica da represa. Para fazer a análise também foi usado o banco de dados disponibilizados pelo BAGEL4, com isso foi possível montar um banco de dados de proteínas possuindo 456 genes, sendo destes: 223 de bacteriocinas de Classe I, 142 de bacteriocinas de Classe II e 91 de bacteriocinas de Classe III. Os dados brutos foram tratados para remover leituras ou bases de baixa qualidade. Após isso o metagenoma apresentou 19.958.745 leituras e a partir desses dados foi calculado a média e o desvio padrão para estabelecer novos parâmetros para uma segunda filtragem, o tamanho máximo de leituras foi a soma da média mais duas vezes o desvio padrão e o tamanho mínimo foi a média encontrada dos dados menos duas vezes o desvio padrão. A Segunda trimagem foi feita com um script usando os valores de 210 e 115 sendo respectivamente o máximo e mínimo do tamanho das sequências, com esses parâmetros o novo metagenoma apresentou 18.753.958 leituras. O metagenoma então foi convertido do formato fastq para o formato fasta pelo comando “fastq_to_fasta”, para que desta forma pudesse ser comparado com o banco de dados usando o programa Blast no comando “Blastx” que pesquisa no bancos de dados de proteínas usando uma query em nucleotídeo. O resultado apresentou 19.210 leituras com fragmentos de genes de bacteriocinas. Entre os resultados encontrados na comparação sequências, as melhores leituras foram selecionadas e com isso foi possível identificar as sequências mais encontradas no metagenoma que foram: Carocin D, Bacteriocin BCN5, Transposase IS66,colicin B, Klebicin D activity protein, Colicin K. As bacteriocinas encontradas com mais frequência são advindas de bactérias comuns em vegetações e no meio ambiente, e especialmente a Carocin D e a Bacteriocin BCN5 são produzidas pelos organismos Clostridium perfringens e Pectobacterium carotovorum que são responsáveis pela degradação de vegetais. A P. carotovorum , especificamente, é a causadora da “canela preta” que é uma doença que afeta plantações deixando os vegetais com odor e aparência podre, por isso as suas bacteriocinas apresentam potencial para ser uma forma de controle de pragas na agricultura. A outra análise dos dados encontrados mostrou que dentre as bacteriocinas encontradas a Transposase IS66, além de ser uma das que aparecem em maior frequência, foi a que apresentou melhor identidade 81,081% e um alinhamento de 37 aminoácidos, considerando que a média de nucleotídeos do metagenoma foi 162 nucleotídeos, essa sequencia apresentou uma cobertura de 68% de leituras; a bactéria que a origina é a Sinorhizobium fredii que atua como um organismo simbiótico fixador de nitrogênio no solo. A “Proteína de membrana F” da Escherichia coli foi a segunda que apresentou melhores coberturas possuindo uma identidade de 81,418% e um alinhamento de 27 aminoácidos, significando 50% de cobertura. Em perspectivas futuras, mais sobre as bacteriocinas encontradas será estudado além de fazer o mesmo processo de busca de genes em outros dois metagenomas da mesma hidrelétrica. Palavras-chave: Bacteriocinas, Bioinformática, Metagenoma.
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Gestão e Engenharia para o desenvolvimento da Tecnologia
Máquina CNC sustentável para a fabricação de placa de circuito impresso Lisboa, André1;Lima, Felipe; Lima, Jeovani¹ ¹Faculdade Estácio Iesam, Belém, Pará E-mail: step2andrester@gmail.com RESUMO Em 1950 já se dizia em voz corrente que a cibernética revolucionaria completamente as máquinas ferramentas de usinagem, mas não se sabia exatamente como. Houve tendências iniciais de aplicar o computador para comando de máquinas o que de certa forma retardou o aparecimento do CNC. Somente quando este caminho foi abandonado principalmente por ordem econômica, abriu-se para a pesquisa e o desenvolvimento do que seria o Comando Numérico. Este conceito surgiu e tomou corpo, inicialmente nos idos de 1949/50, nos Estados Unidos da América e, mais precisamente, no Massachussets Institute of Technology, quando sob a tutela da Parsons Corporation e da Força Aérea dos Estados Unidos, desenvolveu-se um projeto específico que tratava do desenvolvimento de um sistema aplicável às máquinas-ferramenta para controlar a posição de seus fusos, de acordo com os dados fornecidos por um computador. Quando se pensa no processo de fabricação de peças utilizando máquinas, lembra-se imediatamente do torno 22
mecânico, máquina extremamente versátil e robusta que, embora antiga, continua muito utilizada na confecção ou no acabamento de peças dos mais diversos tipos e formas. Porém, com a modernização do parque tecnológico e com a evolução da automação, em grande número de aplicações industriais são também muito utilizadas as conhecidas máquinas CNC (Comando Numérico Computadorizado). As máquinas CNC são equipamentos programáveis que apresentam a capacidade de controlar, por programação, a velocidade, aceleração e posicionamento de eixos ou ferramentas. Algumas pequenas empresas e universidades costumam confeccionar placas de circuito impresso de maneira manual (artesanal), utilizando a impressão com toner numa folha de papel e, por conseguinte a aplicação de uma pressão com calor, que nesse caso seria a utilização de um ferro de passar roupa em cima da placa de fenolite. Esse procedimento demanda um tempo em torno de 20 minutos, muitas das vezes acontecem falhas, nem toda parte do circuito é transferida para placa, gastando assim material como papel, tinta e energia com ferro ligado. Pois a exatidão da transferência total da tinta do papel para as placas que irão ser confeccionadas não é certa. Este processo também consome uma boa parte de tempo do funcionário que está destinado a realizar essa função. Com intuito de acabar com esse trabalho manual repetitivo, as máquinas CNC automatizam o processo de fabricação de placas de circuito impresso, trazendo consigo a possibilidade de eliminar ou reduzir drasticamente a intervenção de um funcionário para a realização desta atividade na empresa. As máquinas CNC podem rodar sem nenhum acompanhamento humano durante um ciclo de usinagem completo permitindo ao operador tempo livre para desempenhar outras tarefas. Isto permite ao usuário CNC vários benefícios que incluem fadiga de operador reduzida, menos enganos causados por erro humano, tornar o processo mais rápido, eficiente e sem perdas de material. O meio acadêmico como as universidades poderão manejar a máquina CNC para melhorar o entendimento e o ensino como um todo, se aproveitando de um viés pedagógico. A tecnologia CNC comparada com a produção manual, apresenta peças consistentes e precisas. As máquinas CNC de hoje ostentam precisão incrível das especificações e também quanto a repetibilidade. Isto significa que uma vez que um programa esteja testado e aprovado, podem ser produzidos dois, dez, ou mil produtos idênticos facilmente com precisão e consistência adequadas. As máquinas CNC são flexíveis, desde que são rodadas sob controle de programas, pois cortar um produto diferente quase é tão fácil quanto carregar um programa diferente. Uma vez que um programa foi verificado e foi executado para produção, pode ser substituído facilmente por um próximo tipo de peça a ser cortada. Isto nos leva a outro benefício, o de trocas rápidas de "setup". Desde que estas máquinas são muito fáceis de montar e produzir um certo produto, e considerando-se que podem ser carregados programas facilmente, eles permitem tempos de "setup" muito curtos. Isto é imperativo com as exigências de produção dos nossos dias. Neste trabalho será feita a construção de uma máquina CNC através de materiais reutilizados como: motor de passo de impressora, guias lineares de impressora, correias de impressora e corrediça de gaveta. Esses materiais tinham um grande potencial de virar entulho e posteriormente agrediria o meio ambiente de alguma forma, porém será usado para a construção de uma máquina CNC de baixo custo para acelerar o processo de fabricação de placas de circuito impresso. As máquinas CNC são 23
máquinas automatizadas que funcionam por meio de sistemas CNC, ou seja, por Controle Numérico Computadorizado. Isso significa que as máquinas controladas por sistemas CNC são muito mais rápidas em processos de produção, especialmente em linhas de produção. Máquinas CNC como tornos CNC, empilhadeiras, cortadeiras, máquinas de moagem ou fresadora CNC, máquinas-ferramentas, prensas e outras não precisam ser operadas diretamente pelo trabalhador ou operador. Com isso é possível que um mesmo operador possa tomar conta de mais de um equipamento, reduzindo custos. Por outro lado, as máquinas CNC também são ideais quando se pensa em cortar desperdícios de materiais, já que elas são programadas para realizar suas funções de forma precisa, sem falhas de produção, o que envolveria peças mal-acabadas com defeitos e demais problemas. Boa parte do material utilizado na construção da máquina CNC é proveniente do descarte realizado por empresas ou pessoas que não queriam mais fazer uso das mesmas. Como é o caso do reaproveitamento de peças de impressoras antigas ou quebradas, por exemplo, a aquisição dos motores de passo, as guias lineares e as corrediças para ajudar a implantar os eixos X e Y. Houve também a reutilização de material (sucata), como motor de passo de impressora antiga, guias lineares de impressora e restos de MDF, que tinha como o destino a incineração que, por conseguinte acarretaria danos ao meio ambiente, aumentando os gases do efeito estufa e colaborando com o aumento da temperatura terrestre. Em uma das guias lineares foi acoplado na parte posterior um motor de passo para realizar o movimento no eixo X, as corrediças de gaveta foram usadas para facilitar o deslocamento e criar uma área onde possa ser deslocado o motor de passo. Foi utilizado com hardware o microcontroladorarduinouno, juntamente com o seu shield CNC justaposto na parte de cima do arduino. A linguagem de programação é toda C/C++, porém pode ser feita através de uma interface de um ambiente derivado da programação C/C++, cujo a qual é mais prático e intuitiva de se manusear. Para a realização do funcionamento do eixo X o circuito de ligação é feito através da conexão do cabo USB do arduino no computador, e na parte superior do arduino, encontra se o shield CNC, onde é conectado o aterramento e o Vcc do motor de passo que é responsável pelo deslocamento na direção horizontal.Foi projetada e construída uma máquina CNC controlada com hardware e softwarelivre, com as seguintes dimensões de área útil 300x350x60 mm. Os sistemas mecânico, elétrico e eletrônico apresentaram um correto funcionamento. O estudo evidenciou a possibilidade de automação em processos de fabricação utilizando-se componentes de fácil aquisição. Partindo-se do projeto e simulação de esforços em software(bCNC) foi possível a concretização de uma análise detalhada de montagem do conjunto da máquina, servindo de auxílio para a construção física do equipamento. Os processos de fabricação empregados, bem como a correta realização das etapas de projeto e construção garantiram a obtenção de uma máquina CNC alinhada e sem folgas entre seus componentes móveis. Ainda se faz necessária a incorporação de um eixo com um diâmetro maior para a coordenada horizontal (x), pois depois de alguns testes apresentou uma certa instabilidade no deslocamento da retificadora, onde se é exigido um rigor e precisão maior. Além das trocas rotineiras da broca da retificadora que se desgasta a cada fabricação. Palavras-chave: Máquina CNC, Usinagem, Placa de circuito impresso. 24
RESUMO
Historicamente a humanidade busca a melhores soluções para a destinação de seus resíduos, assim como a preservação dos recursos hídricos de seu país, uma vez que estes indicadores podem resultar no crescimento e desenvolvimento, ou na destruição e ruina de uma nação, ficando clara e de forma assertiva a Teoria da Bioeconomia, uma vez que ela enfatiza que as empresas devem ter em torno de seus processos de produção locais ações reais de biossegurança e políticas rurais de estruturação para preservação, sendo assim o projeto de preservação uma ação concreta e palpável e não apenas uma teoria dos setores de comunicação de empresas internacionais que exploram as jazidas minerais e os recursos naturais da Amazônia brasileira a décadas. Desta forma o Projeto Gerenciamento de Resíduos e Preservação Hídrica da Amazônia, o AGUAMAZONIA tem como objetivo realizar um estudo de caso sobre como o gerenciamento de resíduos que pode ser realizado através de uma solução abrangente para populações em estado de vulnerabilidade social e econômica, com criação de energia fora da rede criando assim a possibilidade de fornecimento para pessoas em localidades remotas e ribeirinhas, gerando um novo modelo de catalizador de saneamento seguro para este cidadãos que muitas vezes vivem em ambientes com mínima condição de garantias da dignidade humana, gerando assim um elevado impacto ambiental e hídrico em perímetros urbanos e rurais. O local escolhido para o levantamento inicial deste projeto foi o município de Castanhal no Pará, distante 68 quilômetros da capital estadual, Belém, sendo o quinto município mais populoso do Pará com uma população estimada, conforme dados do IBGE de 2018, de 198 294 habitantes, tendo um Índice de Desenvolvimento Humano de 0,673 correspondendo ao 8º lugar no Estado do Pará, onde realizamos uma pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa e quantitativa. De posse destas informações sociais começamos os estudos sobre a questão de preservação ambiental e consequentemente, surge uma vez que o aquífero Amazônia que possui um dos mais profusos sistemas hídricos mundiais, atestado por sua malha hidrográfica, que através de sua drenagem exorreica, mostra através de um método hipotético dedutivo este aquífero que chega a irrigar e abastecer através de sua malha subterrânea o aquífero guarani e a proposta desta pesquisa é mostrar a possibilidade de contaminação mundial que pode ocorrer caso não haja um modelo de preservação real dos resíduos produzidos pelas sociedades. através da aplicação da metodologia GOD, metodologia esta reconhecida internacionalmente dentro da Organização das Nações Unidas em diversos projetos dentro e fora do Brasil, a configuração desta metodologia não é uma tarefa elementar, uma vez que não existem sistemas de informações atualizados e de fácil acesso, contudo foram analisados 171 pontos e utilizado 103 poços para a produção poços registrados no sistema apresentado pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM no Sistema de Informações de Águas Subterrâneas – SIAGAS onde realizamos a avaliação da vulnerabilidade natural de aquíferos, baseado na interpolação dos dados de litologia, profundidade até o lençol freático e grau de confinamento da água subterrânea e com estas informações foi possível mapear onde seria mais importante a implantação inicial do AGUAMAZONIA, onde encontramos 15 poços com o perfil de alto risco de contaminação hídrica, contudo todos são utilizados para abastecimento doméstico e apenas um deles se encontram na 25
zona rural do município, ou seja, existem 14 poços que estão com indicação alta de possibilidade de contaminações dentro da zona urbana do município atendendo a população em suas residências e atividades empresariais, mas pelo perfil mapeado foi possível identificar que o município de Castanhal experimentou um crescimento significativo da população e um desenvolvimento agrícola no século XX, que muitas vezes foi agressivo ao meio ambiente onde estava inserido como a economia de plantation da pimenta e hoje no século XXI a questão da palma entre outras culturas extensionistas que fazem com que o pequeno produtor rural da aquicultura familiar tenha que deixar sua atividade e muitas vezes recorrer ao modelo de migração. Todavia o projeto AGUAMAZONIA, dentro destas diversificadas demandas foi possível identificar pontos de atenção e que geraram mapas do munícipio de Castanhal, com indicadores claros do resultado da vulnerabilidade hídrica existente, onde foi possível identificar que existem 41 poços subutilizados, pois já estão em zonas de risco de contaminação de médio porte e este indicativo mostra a importância que a produção de biogás em escala doméstica através da capacidade de tratar todos os resíduos orgânicos (resíduos de cozinha, esterco animal e resíduos humanos), produzindo o gás de cozinha e fertilizante líquido diariamente, pode ajudar uma relevante quantidade de famílias residentes neste município que estão no estado de vulnerabilidade socioambiental. Os sistemas podem ser montados em cerca de duas horas por pessoas com baixa qualificação, não exigem escavação, construção e infraestrutura além do que o produto está preparado para as intemperes amazônicas uma vez que ele deve ser instalado em um local com temperatura média anual de pelo menos 20° Celsius, que dentro do clima tropical da Amazônia é bem fácil de instalação. Um sistema de biogás pode ser alimentado com até 12 litros por dia de lixo doméstico ou 40 litros por dia de lixo humano (incluindo água). Também pode ser alimentado alternativamente com até 40 litros por dia de estrume animal (incluindo água). Este modelo é gerador de até 03 (três) horas de gás para ser utilizado em cozinha para utilização doméstica nestas comunidades, O projeto AGUAMAZONIA visando também ser um sistema de prevenção de emissão de metano a partir de resíduos orgânicos não tratados. Resíduos orgânicos emitem metano ao longo do tempo, um gás de efeito estufa que é prejudicial para o clima da Terra. Os sistemas AGUAMAZONIA captam o metano produzido pelo lixo orgânico e o armazenam em tanque completamente vedado, para ser usado como fonte de energia. Cada sistema AGUAMAZONIA impede a liberação de 6 toneladas de gases de efeito estufa para a atmosfera anualmente. O sistema AGUAMAZONIA aborda os padrões de emissão filtrando o H2S (sulfeto de hidrogênio) do biogás, através de um filtro de carvão ativado especialmente projetado. Após a filtração, uma concentração de 0,1 ppm ou menos de sulfeto de hidrogênio permanece no biogás. Os sistemas AGUAMAZONIA também filtram o fertilizante líquido com um comprimido de cloro, para erradicar todos os patógenos que possam existir nele. AGUAMAZONIA desenvolveu um banheiro biogás para usuários que necessitam de um sistema fora da rede, uma solução de saneamento com economia de água. O banheiro é um acessório opcional para o sistema AGUAMAZONIA, e também pode ser fornecido com uma casinha de baixo custo e configuração de gerenciamento de efluentes. Em um autoclismo normal, este toalete ecológico economiza 40.000 (quarenta mil) litros de água por ano. O uso do banheiro biológico requer um sistema de gerenciamento de 26
efluentes que impeça o contato humano com a produção de fertilizante líquido. Enquanto o sistema AGUAMAZONIA está conectado ao banheiro biológico para produzir biogás, o gás é produzido a uma taxa mais lenta, cerca de 500 (quinhentos) litros por semana. Por esse motivo, o banheiro biológico é basicamente uma solução de gerenciamento de resíduos e, secundariamente, uma solução de geração de energia renovável. Para locais que desejam integrar desperdício de alimentos e lixo em uma única solução, a opção é possível e gerará rendimentos de biogás comparáveis ao sistema autônomo de gerenciamento de resíduos alimentares, o efluente deve ser tratado como resíduo sanitário e um dos sistemas de tratamento detalhados abaixo deve ser empregado. Os sistemas operam mecanicamente através de um sistema seguro de gás em baixa pressão, usando sacos de areia que permitem que o gás flua diretamente para uma saída de combustão, como por exemplo um fogão conectado. Tanto o biogás quanto o fertilizante líquido são filtrados, pois os tanques do sistema são completamente vedados, com isso poderemos analisar o município como um todo e identificando a localização exata das regiões com maiores possibilidades de vulnerabilidade hídrica, na área de estudo está presente um dos maiores aquíferos da região norte que é o aquífero Pirabas, cuja característica principal é ser formado por rochas carbonáticas. Geologicamente, a região Nordeste do Pará, onde Castanhal está inserida, é composta pelos sedimentos Pós-Barreiras e por rochas do Grupo Barreiras, que recobrem irregularmente a Formação Pirabas. e com isso mostrar que o planejamento ambiental alinhado com serviços diretrizes ligadas não apenas a legislação, mas com políticas de preservação e geração de renda podem ser aplicados de formas águas subterrâneas. Desta forma o AGUAMAZONIA foca nos desafios do milênio para ser um projeto relevante tanto para a sociedade brasileira que vive em locais de difícil acesso e até mesmo para cidadãos urbanos que também estão em estado de vulnerabilidade social, econômica e ambiental e este projeto visa solucionar os óbices de geração de renda, preservação ambiental e hídrica nestas localidades.
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Considerações Finais Yasmin Cantuária Graduanda de Engenharia de Bioprocessos e Coordenadora do I SENGBIO
“Nossa intenção inicial era criar um evento para promover o curso que, por ser novo, ainda era pouco conhecido na região, mas apesar disso, nós expandimos o evento à medida que vimos o potencial dele, e ficamos extremamente satisfeitos com o resultado. Com certeza agregou muito para nossas experiências acadêmicas.”
Marinaldo Vilar Graduando de Engenharia de Bioprocessos e Coordenador do I SENGBIO
“Falar em Engenharia de Bioprocessos é pensar no meio ambiente sustentável. Para tanto, nosso evento evoluiu na sua essência e no seu modo de contribuir para o avanço das Ciências na Amazônia. O simpósio partiu da ideia de fazer apenas a “1° semana da Engenharia de Bioprocessos” com o intuito de promover do curso de Engenharia de Bioprocessos da Universidade Federal do Pará (UFPa). No entanto, a ideia ganhou forças e ampliou-se. O mesmo foi um sucesso, mas para tal ocorrido foi necessária uma equipe totalmente organizada e preparada para suprir as expectativas impostas por nós. Como todo evento, o mesmo busca dar continuidade em promover o curso, de tal maneira que as pessoas entendam o verdadeiro papel do Engenheiro de Bioprocessos na sociedade.”
José Ricardo dos Santos Vieira Diretor Geral do ICB
‘’A Engenharia de Bioprocessos é o mais novo curso do ICB, mas nem por isso é um curso em busca de sua identidade. Pelo contrário. O curso já nasceu com maturidade suficiente para se colocar um passo à frente das demandas sociais da Amazônia, antecipando discussões e possíveis soluções para a problemática de bioprocessos envolvidos no desenvolvimento de nossa região. Ao realizar este 1º simpósio de Engenharia de Bioprocessos, os discentes colocam-se na vanguarda deste curso ao promover este encontro de grandes mentes que fazem a ciência e tecnologia de nosso grande Instituto de Ciências Biológicas da UFPA.’’
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Joyce Kelly da Silva Diretora da Faculdade de Biotecnologia
“Eu gostaria de parabenizar a organização do evento. Achei muito bem estruturado e também que a iniciativa de promover eventos desse porte pros estudantes de graduação é muito importante para que a gente possa conhecer as diferentes áreas de atuação para os engenheiros de bioprocessos que serão formados pela nossa faculdade.”
Luís Adriano do Nascimento Vice coordenador do Laboratório de Óleos da Amazônia
“Eventos como esse sempre são importantes pra promover a integração entre os alunos e a comunidade acadêmica e entre os próprios alunos. É importante para trazer uma outra visão, já que temos também convidados de fora da academia e, além disso, por se tratar do 1º Simpósio do curso de Engenharia de Bioprocessos, tem um valor ainda mais especial por se tratar de um curso que tá se consolidando, e importante pra fazer a divulgação do curso dentro e fora da universidade. O evento tem tudo pra ser um sucesso, já está sendo e foi muito gratificante participar dele.”
Simone Cardoso Prof.ª e Dra. em Engenharia de Recursos Naturais
“Eu gostei da abertura. Achei muito diferente de outros que eu já participei, bem motivador. A importância desse evento foi promover o desenvolvimento da nossa região, que é um papel muito importante dos alunos e profissionais nesse momento, porque a gente tem uma biodiversidade muito grande, e temos muito a contribuir pra nossa sociedade. Esse despertar que a gente está propondo é novo. Acordar para o que a gente pode fazer pela nossa sociedade.”
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Hinton Bentes Hinton Bentes, Administrador e Diretor do Instituto de Estudos Sustentáveis e Tecnológicos da Amazônia.
“Este simpósio sobre bioprocessos sem dúvida foi um divisor de águas dentro dos modelos existentes na região, composto por temáticas alinhadas com a indústria 4.0 e a academia, onde profissionais do mercado e da academia puderam estar lado a lado mostrando aos participantes as necessidades de estarem sempre antenados com as tendências do mercado mundial e das tecnologias educacionais. Sem dúvida ações empreendedoras como estas fazem a diferença dentro da região norte e na Amazônia.”
Viviane Reis Servidora pública e participante do Movimento Juntos, frente de mulheres Juntas
“Foi um excelente evento, pois a abordagem foi diferenciada e com tema relevante para toda comunidade acadêmica. A formação profissional necessita de eventos como esses para a construção de uma sociedade mais consciente e crítica.”
Priscila Lobato Graduanda em Engenharia da Computação e Membra do WIE (Women in Engineering)
“A temática abordada no evento foi muito relevante, visto que é importante estimular a comunidade acadêmica a conhecer, pesquisar e produzir mais especificamente para a nossa região. No que é referente a mesa redonda, a qual eu tive a honra de participar, é importante debater sobre tal temática dentro de eventos como esse, é uma forma de incentivar e fortalecer a presença feminina na engenharia. A iniciativa do evento foi muito boa, teve uma temática foi bastante assertiva. A equipe de coordenação e divulgação estão de parabéns. Eventos como o SENGBIO são importantes para uma maior integração e participação dos alunos ao curso, além de promover a divulgação do mesmo dentro e fora da Universidade.”
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Lorena de Freitas Fundadora e presidente do grupo de afinidade IEEE Women in Engineering UFPA
“O evento apresentou temáticas bastante pertinentes no cenário proposto, tanto pelo modelo de apresentação quanto pelas pautas atuais. Acredito ter sido de grande proveito para comunidade acadêmica, bem como outros setores envolvidos.”
Maria de Lourdes Guimarães Psicóloga da Polícia Militar do Estado do Pará
“Achei o evento muito importante, por promover a discussão, a troca de conhecimentos. Eu vi a programação e além do que eu apresentei, achei outros pontos importantíssimos a serem discutidos no ambiente acadêmico que, muitas vezes a gente não há oportunidade serem discutidos em sala de aula. A promoção desse tipo de evento é excelente por agregar o conhecimento e proporcionar esse ambiente de discussão.”
Lorena Lameira Psicóloga da Clínica CAPSI, UFPA “Eu achei muito bom porque trouxe em debate, temas pertinentes para a realidade da comunidade acadêmica que vivencia essas dificuldades. A gente precisa falar sobre o assunto que as pessoas se identificam um pouquinho e reconheçam aquela situação em que está vivendo e saibam procurar ajuda, como buscar ajuda e o evento também trouxe essa perspectiva.”
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Fábio Moura Prof. Dr. em Biotecnologia
“O evento foi muito bem pensado. Chamar pessoas de vários setores dá uma visão mais ampla da Engenharia de Bioprocessos para a comunidade acadêmica. E assim, com o foco voltado para a inovação e startups, de criarem as próprias empresas, até porque na Amazônia não tem empresa de biotecnologia. A gente vê que a maior empresa é uma mineradora, então alunos da área estão aqui para mudar esse paradigma da Amazônia como foi bem explicado aqui custo amazônico, pelo pessoal do SEBRAE.”
Fagner Aguiar Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos
“Eventos como este sempre são importantes para promover a integração dos alunos com o restante da comunidade acadêmica e entre os próprios alunos. É importante para trazer uma outra visão já que nós temos convidados que são de fora da academia, além disso, por se tratar do primeiro simpósio do curso de Engenharia de Bioprocessos, tem um valor ainda mais especial. Que é um curso que está se consolidando, que está crescendo e é importante para fazer a divulgação do curso dentro da universidade, mas também fora dos muros da universidade. Então eu acho que o evento tem tudo para ser um sucesso, já está sendo e foi muito gratificante participar dele.”
Gisele Cerqueira Gestora do Programa de Educação Empreendedora do SEBRAE “Quando a comunidade acadêmica se reúne pra juntos ouvirem sobre novas oportunidades, novas perspectivas, essa mesma comunidade acadêmica cresce. Então eu acho louvável a promoção desse evento pois quanto mais reuniões dessa natureza houverem, quanto mais a gente discutir sobre assuntos relevantes que não temos muita expertise, nós podemos juntos construir um país melhor, e a gente consegue isso a partir dessa uniformização de conhecimentos; todos entendendo e falando a mesma língua.”
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Sheila de Melo Analista de Propriedade Intelectual do Setor de Prospecção e Avaliação de Tecnologias – EMBRAPA
“Fiquei bastante surpresa com a organização porque apesar de ser um evento para estudantes, não imaginei que a pudesse ter uma estrutura tão boa tanto das mídias sociais quanto da secretaria e mestre de cerimônia. Não deixou a desejar em nada para eventos científicos da área, eventos profissionais. Entendam que o curso de uma maneira geral tem um impacto muito positivo para a região. Um curso novo que a gente quanto sociedade, espera que saiam trabalhos de conclusão de curso que a solucionem problemas da sociedade, que venham trazer novos produtos e avanço não só de conhecimento, mas de novos negócios.”
Thais Ferreira Braga Graduanda do 1° semestre do curso de Biotecnologia
“O evento foi de grande importância para os alunos dos cursos, que tiveram a oportunidade de entender um pouco mais sobre os diversos processos voltados para a Amazônia. Uma iniciativa que se fazia necessária, levando em consideração que é um dos cursos mais novos implantados no ICB e na faculdade de biotecnologia. Além de termos tido acesso a mais conteúdos relevantes para os cursos, contamos também com uma visão mais ampla sobre empreendedorismo e noções de como cuidar da sua saúde mental. O evento trouxe reflexões pertinentes sobre processos envolvendo a Amazônia, e fomentou grande anseio para entender mais sobre esses processos debatidos e citados durante os 3 dias de realização do evento.”
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Equipe SENGBIO Figura 15- Equipe responsável pelo evento: Ederson, Letícia, Yasmin, Luana, Elice, Marinaldo, Lucas e Vinícius;
Fonte: Equipe SENGBIO.
Coordenadores de Projeto - Yasmin Cantuária Coordenador de Logística - Marinaldo Vilar Secretaria - Elice Santos e Lucas Sousa Coordenadores de Comunicação - Luana Silva, Vinícius Silva e Letícia Avelar Mestre de Cerimonia – Ederson Oeiras Fotografia - Tainara Lima Designer Gráfico – Rafaela Ferreira Revisor Geral – Victor Henrique Oliveira da Silva Outros Colaboradores - John William, Suzanne Teixeira, Carla Rafaela Teles, Iago Castro e Amanda Sousa
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