Revista Auê #48

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24 de agosto não há lugar ruim

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Banda Casa 20, Jordana Santos e Banda e DJ convidado animando os intervalos. Que festão!


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08 12 14 18 24 26 30 32 34 36 38 AGRICULTURA

ODONTOLOGIA

BEM ESTAR

NA CAPA

SAÚDE

SOCIEDADE

COMPORTAMENTO

EDUCAÇÃO

QUALIDADE DE VIDA

AUÊ LIFE

REFLEXÃO

Projeto gráfico: Douglas Augusto/ Rodrigo Holtermann Fotografia: Guilherme Bays Capa: David Calaça Atendimento: Kleber José - 61 9 9975 0607

Kleber José Editor chefe

Circulação: Formosa GO e região

@revistaaue /revistaaue

Revista Auê, um produto Cerrado Comunicação Avenida Shis Qd16 Nº4, St. Primavera Formosa-GO Fale conosco; sugestões, dúvidas e críticas: auerevista@gmail.com - 61 3642 1151 / 61 9 9975 0607 As informações e opiniões são de responsabilidade de seus idealizadores!


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AGRICULTURA

Desenvolvimento Sustentável e Indicação Geográfica Reportamo-nos ao artigo anterior, de dez/17, a Indicação Geográfica – IG, que se refere à indicação nominativa remetida a produtos ou serviços que apresentem reputação, determinada característica ou qualidade atribuídas às suas origens geográficas. Estas surgiram quando produtores, comerciantes e consumidores começaram a identificar que alguns produtos de determinados lugares apresentavam qualidades particulares, atribuíveis especialmente aos seus locais de origem. A partir daí, começaram a denominá-los com o nome geográfico que indicava a sua procedência. Distinguir produtos e serviços por meio de indicações geográficas propicia a promoção da região, agregação de valor e comunicação ao mercado quanto aos atributos de qualidade, tipicidade, tradição e patrimônio cultural. Hoje, a qualidade do produto é importante para o consumidor; isto se deve ao fato da utilização de selos e marcas, que são signos distintivos usados para diferenciar produto ou serviço de outro idêntico, semelhante ou afim, de origem diversa. ¹.”A marca propicia a comunicação e a apresentação de atributos, valores, cultura, personalidade ou benefícios do produto ou serviço junto ao mercado consumidor. Ela detém a capacidade de agregar valor econômico aos produtos ou serviços que a utilizam e podem ser potentes ferramentas de competitividade. As marcas apresentam-se por meio de sinais visualmente perceptíveis, como nomes, elementos figurativos, desenhos, símbolos, logotipos ou representações gráficas. Para o mercado consumidor, os signos distintivos podem significar qualidade, confiança, valor, tradição, seriedade, familiaridade e satisfação”. Para os produtores é uma forma de diferenciar seus produtos de outros similares e fidelizar os consumidores, pois se cria uma relação de confiança entre o produto ou serviço e o seu comprador. Esta distinção constitui importante ferramenta coletiva para o fortalecimento da cadeia produtiva, para o desenvolvimento socioeconômico e agregação de valor aos produtos agropecuário; e, quando bem utilizados representam importante mecanismo de promoção comercial e competitividade. Produtor rural formosense pense nisso. Há inúmeras oportunidades para agregação de valor por meio dos IGs em seus produtos: café, tomate, queijo, uva, carne suína, de ave e até bovina; e por que não a soja diferenciada com nenhum ou poucos produtos agrotóxicos. Áreas desde o vale do Paranã até meados divisórios com Buritis–MG, na Chapada da Serra Bonita são algumas opções. *A legislação brasileira contempla as marcas de serviços, de produtos, de certificação e coletivas. As mesmas são registradas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPL; e, as informações detalhadas sobre os requisitos e procedimentos para registro podem ser acessadas pelo site www.inpi.gov.br Referência: 1. INDICAÇÃO GEOGRÁFICA - VALORIZANDO ORIGEM, QUALIDADE E TRADIÇÁO, MAPA – 2017.

Jerson de Castro Sant’Anna Jr. Engenheiro Agrônomo / professor na Universidade de Brasília – UnB





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ODONTOLOGIA

Ortodontia e estética

A ortodontia é um excelente recurso da odontologia que permite a correção do posicionamento dentário através da movimentação dos dentes. O Novo posicionamento dentário geralmente oferece melhor estética e função para o paciente, além de conforto na mastigação, respiração, eliminação de dores articulares e equilíbrio estético da face. A função principal do tratamento ortodôntico é restabelecer a oclusão dentária (perfeito engrenamento dos dentes superiores com os inferiores), que é fundamental para a correta mastigação e, consequentemente, a adequada nutrição e saúde bucal. Com o restabelecimento da oclusão, evitam-se problemas relativos à respiração, deglutição, fala e articulação temporomandibular (ATM). Não existe idade máxima para a realização de tratamento ortodôntico, embora no paciente adulto alguns cuidados especiais devam ser tomados, principalmente em relação aos tecidos de suporte dos dentes, que podem chegar a contraindicar o tratamento (problemas periodontais). O tratamento ortodôntico, no início, causa certa sensibilidade, principalmente na fase de colocação do aparelho. Posteriormente, é possível existir certo desconforto cerca de 24 a 48 horas após os ajustes praticados pelo ortodontista. O paciente deve seguir todas as instruções dadas, principalmente quanto ao aspecto de higiene bucal, pois os detritos podem causar problemas gengivais, periodontais, manchas brancas ou mesmo cáries dentárias. Além disso, podem ocorrer pequenas acomodações pós-tratamento, ligadas ao crescimento e às alterações funcionais. Essa tendência é normalmente controlada e minimizada através de um bom planejamento ortodôntico e por profissionais qualificados.

(61) 3631-5471 Av. Tancredo Neves, Nº100 - St. Bosque (anexo ao Auto Posto Somar)

Dr. Evandro Freitas CRO-GO 9906 Graduado em Odontologia pela Universidade Federal de Uberlândia - Especialização em Ortodontia pela ABO-DF. Atua em Formosa há 10 anos.



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BEM ESTAR

Reeducação Postural Global A RPG representa uma série de exercícios práticos para evitar e aliviar os diversos tipos de dores com movimentos que ajudam a alongar a musculatura e contribuem para dar mais forma ao corpo. Quando o paciente é submetido aos cuidados de um profissional qualificado, entre outras disfunções, ele pode corrigir a postura, resolver problemas crônicos de coluna, tonificar os músculos, melhorar a asma e bronquite e crescer de dois a três centímetros, com a recolocação dos ossos no lugar correto. Uma postura correta ajuda até na diminuição da incômoda barriguinha, pois corrigindo a postura, a barriga diminui. A RPG também pode ser aplicada às mulheres grávidas e muitos médicos obstetras já indicam com a devida atenção individual e adaptação à realidade da gestante. Incluem desde a preparação para o parto até a recuperação pós- parto. Os médicos já estão conscientes dos benefícios que a RPG pode trazer a saúde de seus pacientes e indicam o tratamento associando ao uso dos medicamentos para uma resposta mais rápida. Como é o tratamento da Reeducação Postural Global (RPG)? A RPG deve ser aplicada por fisioterapeutas RPGistas, ou seja, que participaram do curso preparatório ministrado por Philippe Souchard. O tratamento consiste em consultas de 1 a 2 vezes por semana com cerca de 1 hora ou mais de duração de acordo com a necessidade a ser avaliada pelo fisioterapeuta acompanhante. Logo na primeira avaliação pode se ter uma ideia do tempo a ser dedicado e da duração do tratamento.Os resultados aparecem em torno da décima sessão e atingem sucesso em até 90% dos casos. O campo de aplicação é enorme e o método de tratamento deve elevar-se ao nível de complexidade de cada caso ou patologia.

Danielle Kimiyo CREFITO: 113673- F Fisioterapeuta; especialista em coluna vertebral; pós graduada em músculoesqueletica e desportiva; pós graduada em traumatoortopédica; RPG souchard; eletroacupuntura; dry needing; liberação miofascial instrumental; hidroterapia.





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SAÚDE

Verdades e mitos sobre a gripe e a vacina A temporada de gripe está no auge e ainda circulam muitas notícias falsas sobre a doença e a vacina preventiva. Leia abaixo informações que de fato ajudam você a se proteger. As respostas são da infectologista Ligia Pierrotti, do corpo clínico do Delboni Auriemo. O H3N2 é um novo vírus, mais grave que os anteriores, que apareceu esse ano? Falso. Os subtipos A(H3N2) e A (H1N1) do Influenza A circulam há mais de uma década em diversos países, incluindo o Brasil. Em 2017 o H3N2 foi o vírus de Influenza que predominou no país. Em 2018 temos tido vários casos de Influenza A(H1N1) e A(H3N2), mas o predomínio, até o momento, é do A(H1N1). Gripe H3N2 é diferente das demais, causadas pelo H1N1 e pelo Influenza B? Falso. Embora existam diferentes tipos de vírus de Influenza A e Influenza B, as manifestações clínicas, gravidade, complicações e risco de óbito são semelhantes entre eles. O que determina a maior gravidade do caso é sobretudo a característica do indivíduo com gripe. Os de maior risco de complicações e óbitos são principalmente crianças, idosos, gestantes, e pacientes com imunodepressão. O tratamento de Influenza é chá e repouso? Falso. Para o tratamento da gripe está indicado o antiviral oseltamivir, uma medicação oral que deve ser iniciada preferencialmente nas primeiras 48 horas para que tenha maior eficácia. Casos de gripe mais leves, em pacientes sem risco aumentado de complicações, quando principalmente decorridos mais de 48 horas do início do sintomas, podem eventualmente ser tratados apenas com sintomáticos, repouso e hidratação. Entretanto, a avaliação médica é indispensável para todos com suspeita de gripe. A vacina não protege contra o H3N2? Falso. O remédio trivalente da gripe tem, na sua composição, uma cepa H1N1, uma cepa H3N2, e uma cepa do Influenza B, ou duas cepas do Influenza B para as vacinas tetravalentes O H3N2 se propaga mais facilmente do que os outros vírus da gripe? Falso. A transmissão dos vírus da gripe se dá exatamente da mesma maneira para todos os tipos de Influenza. Por meio de contato com secreções respiratórias contaminadas, por contato direto (pessoa-pessoa) ou por meio de superfícies ou objetos contaminados (indireta). A vacina é segura? Verdade. Elas são feitas com vírus inativo e, portanto, não são capazes de causar doença. Possuem mercúrio, produto altamente tóxico? Falso. O timerosal (derivado do mercúrio) é utilizado como conservante em várias vacinas há décadas e a ciência comprova a segurança dos imunizantes. Onde buscar informações corretas a respeito da gripe? Converse com o seu médico, tire suas dúvidas e leia a respeito em websites oficiais de entidades como a Sociedade Brasileira de Infectologia ou Ministério da Saúde. Cilene Pereira Editora da Revista ISTOÉ e tem 30 anos de jornalismo. Anteriormente, trabalhou no Jornal do Brasil, no Jornal O Estado de S.Paulo e no Jornal O Globo.


DR MÓVEIS


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SOCIEDADE

Aborto Há quem seja a favor, há quem seja contra, e dificilmente os dois lados mudam de opinião. Temos, democraticamente, de respeitá-los: acolher os posicionamentos mantendo o diálogo. Estamos falando da interrupção voluntária da gravidez, por livre manifestação de vontade da gestante ou, na hipótese de seu impedimento, por intermédio de quem legalmente a represente (não nos referimos à gravidez advinda de estupro ou que coloque em risco a vida da mãe). Assim, foi democrática a iniciativa da ministra do STF Rosa Weber ao abrir o debate sobre a questão por meio de audiências públicas, reunindo entidades religiosas, comunidades científicas e o Ministério da Saúde.

É preciso, no entanto, atentarmos para um ponto: ainda que o STF tenha a sensibilidade social de promover tais audiências, não cabe a ele decidir sobre a descriminalização do aborto voluntário no Brasil. A condição de inviolabilidade do direito à vida está no artigo 5º da Constituição. Mais: integra o Código Civil, que salvaguarda a vida intrauterina. Fica claro, assim, que o repeito aos princípios republicanos impõe que somente o Poder Legislativo pode alterar a situação jurídica em que o aborto se encontra no Brasil. É impossível um poder invadir o outro sem ferir a tripartição dos poderes. E, mesmo no campo Legislativo, a questão não se resolve por meio de Proposta de Emenda Constitucional (PEC). Por ser cláusula pétrea da Constituição, é necessária a formação de uma assembleia constituinte. Eu não estou endossando nesse artigo posicionamento favorável ou contrário ao aborto voluntário. Proponho, isso sim, que o assunto seja melhor debatido para que se alcance o estágio ideal de cuidados clínicos com a mulher e de cuidados éticos no sentido de ela ter maior conhecimento do próprio corpo e autonomia em suas escolhas. Claro que abortos ocorrem diuturnamente sem a menor assepsia. Mas, ainda que caiam todas as restrições legais, restam algumas reflexões. Onde essa mulher, pobre, que hoje se infecta, iria abortar? No SUS? Francamente, o bebê nasceria, cresceria e se tornaria gente grande até a fila do SUS andar. Há quem assegure que ela seria atendida imediatamente para evitar que se contaminasse em procedimentos clandestinos e implicasse mais despesas à saúde pública. Pode até ser verdade, mas, sempre que se fala em SUS, é bom ter cautela. Sem um sistema público de saúde ágil e eficaz, a mulher seguiria abortando em lugares imundos. Cabe então ao Estado, à comunidade científica, às entidades representativas dos legítimos direitos da mulher (a todos nós, enfim) encontrar respostas para tais questões. Detalhe: sem ar de nonchalance, sem resvalar no moralismo, mas também sem resvalar em abstratos ideais.

Antônio Carlos Prado Colunista ISTOÉ.





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COMPORTAMENTO

É tão raro quem conversa

Se prestarmos atenção, perceberemos que o costume de aguardar a vez para falar está desaparecendo entre muitas pessoas. Todo mundo quer falar, extravasar, opinar, mas poucos estão dispostos a ouvir e realmente escutar o que o outro tem a dizer. Não importa o quanto precisemos de alguém que nos ouça, raramente encontraremos quem consiga parar de pensar em si mesmo, para nos dispensar um mínimo de atenção. E esse comportamento, infelizmente, acaba atrapalhando também a leitura de textos escritos. Se o que importa é tão somente a própria opinião, como conseguir ler um ponto de vista diferente e pensar sobre aquilo? Geralmente, as pessoas leem só o superficial, sem se aprofundar no que está subentendido, porque querem estar certas, querem ser as donas da razão, portanto, nada do que as contradiz é levado em conta. Em muitos momentos, precisaremos de alguém que nos ouça, que preste atenção em nossos sentimentos, que divida a dor que nos assola, apenas ali do lado, olhando-nos os olhos e acolhendo nossa alma quebrada. Não será preciso falar nada, apenas escutar, entender, abraçar e ficar junto de fato. Alguém que não corte nossa fala, que não diga que também sofre, que não abra concorrência com a nossa dor – muitas pessoas sempre acham que sofrem mais do que qualquer um. É como se quase ninguém mais conseguisse conversar, ou seja, trocar ideias, opiniões e pontos de vista de forma compartilhada, pois muita gente quer somente falar, impondo o que acha ser o certo e ponto final. Assim, tornam-se incapazes de se colocar no lugar de alguém e de refletir sobre a própria vida. Gente assim é incapaz de mudar, de perceber-se errada, de melhorar. Não conversam com pessoas, não interagem com textos, nem dialogam com o mundo, pois só o que existe é seu próprio mundinho. Devemos, portanto, valorizar as pessoas com quem conseguimos conversar de fato, com quem chegamos a trocar ideias de forma saudável, quem nos escuta e nos acolhe, quando mais precisamos. É preciso que nos demoremos junto às pessoas que nos devolvem sentimento, porque, caso acumulemos pesos demais dentro de nós, dificilmente teremos a chance de seguir em busca de nossa felicidade. E isso ninguém merece. Retirado de: © obvious: http://lounge.obviousmag.org Marcel Camargo Escritor do blog Obvius. Graduado em Letras e Mestre em “História, Filosofia e Educação” pela Unicamp/SP, atua como Supervisor de Ensino e como Professor Universitário e de Educação Básica.


CONFORT HOUSE


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EDUCAÇÃO

Além da educação formal Há um consenso hoje, no Brasil, de que colocar numa mesma equação quantidade e qualidade é o grande desafio no campo da educação. E mais: que a qualidade seja para todos. Isso não é uma tarefa simples: basta analisar os resultados da avaliação de desempenho dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio dos últimos vinte anos. O País está literalmente estagnado, e num patamar muito baixo, quando olhamos os níveis de aprendizagem escolar em língua portuguesa e matemática – disciplinas que servem de referência na política da avaliação educacional. Por outro lado, não estamos considerando todos – e aqui me refiro aos jovens que estão fora do ambiente escolar, que desistiram da escola e fazem parte do chamado universo dos “nem-nem”: nem estudam, nem trabalham. Esse universo, na faixa etária de 15 a 17 anos, corresponde a 1 milhão de jovens que, se tivessem feito todo o percurso escolar sem nenhuma reprovação e abandono, deveriam estar cursando o Ensino Médio. Se levarmos em conta a faixa etária dos 15 aos 29 anos, esse número chega a 10 milhões de jovens – o que corresponde a três países do tamanho do Uruguai. A esse cenário se agregam os últimos números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE: 1. o Brasil terminou o primeiro semestre de 2018 com o menor número de trabalhadores com carteira assinada desde a série histórica desse trabalho conduzido pelo IBGE; 2. a recuperação ainda tímida do mercado de trabalho se verifica graças principalmente ao trabalho informal; 3. o número de “desalentados” (pessoas que desistem de procurar trabalho após ficarem muito tempo desempregadas) chegou, no final de 2017, a 4,3 milhões de pessoas. O impacto maior se verifica nas pessoas de menor escolaridade. O resultado de tudo isso tem sido, entre outras coisas, a explosão da violência em todo o País. Os homicídios, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), equivalem à queda de um Boieng 737 lotado diariamente. Representam quase 10% do total das mortes no Brasil e atingem principalmente os homens jovens: 56,5% de óbitos dos brasileiros entre 15 e 19 anos foram por mortes violentas. E olhem que o efeito da chamada indústria 4.0 ainda não chegou com a força máxima ao Brasil. Estima-se que em 2030 a automação – locomotiva do trabalho 4.0 – vai impactar a carreira de 16 milhões de brasileiros. A educação do futuro (e o futuro é agora) vai exigir um aumento de qualidades humanas. Por isso, a oferta de uma educação com significado, que seja capaz de desenvolver o potencial pleno das pessoas, torna-se condição imperativa para o acesso aos postos de trabalho do futuro. Se quisermos enfrentar essa grave crise da empregabilidade num ambiente sem os atuais níveis de violência, vamos ter que cuidar de uma oferta educacional de qualidade não apenas para os que estão na escola, mas também para aqueles que já desistiram da escola e estão fora do mundo do trabalho. Vamos ter que cuidar também dos “desalentados”, das pessoas de baixa escolaridade e dos 11,8 milhões de analfabetos. É um esforço hercúleo, mas não há outro caminho. Há cinquenta anos o papa Paulo VI, em uma das encíclicas mais importantes da doutrina social da Igreja Católica, a Populorum Progressio, afirmou: “A paz é o novo nome do desenvolvimento”. Esse desenvolvimento passa tanto por uma educação formal de qualidade – para aqueles que estão na escola – como pela oferta de uma educação não formal para aqueles que deixaram de sonhar com uma vida próspera.

Mozart Neves Colunista ISTOÉ. Diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna. Foi reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), secretário de Educação de Pernambuco (2003-2006) e presidente do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação). Foi presidente executivo do Todos Pela Educação (2007-2010)



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QUALIDADE DE VIDA

É a hora da decisão

Já parou para pensar como será a sua vida pessoal, profissional, ou onde você vai estar daqui a 5 meses, ou seja, na véspera de réveillon? Reclamando que 2018 foi um péssimo ano ou agradecendo como inúmeras vitórias e metas que você alcançou? Pare para refletir ... Pegue aquela listinha que você fez no final do ano passado... Aquela onde escreveu suas metas e seus objetivos para este ano... Se não escreveu, busque na lembrança os pedidos que fez ... Você é capaz de me responder se já realizou uma maioria deles? Nenhum? Quase nada? Bom, estou aqui hoje para te dizer que mudanças acontecem rápido. Algo pode acontecer daqui a apenas 1 minuto e TRANSFORMAR A SUA VIDA. Imagina o que você pode fazer em 5 meses ... Minha missão de vida é ajudar pessoas a viver suas vidas de forma extraordinárias tendo equilíbrio em todas as áreas. Meu maior desafio é fazer você enxergar o melhor que existe em você. Todas as suas virtudes e valores. Toda sua potencialidade e seus recursos... Sim, você é capaz de realizar tudo o que você quiser. Você TAMBÉM PODE conquistar tudo o que sonhou. Com o Coaching Integral Sistêmico você conseguirá descobrir o que, de fato está te impedindo de ter Sucesso e Começar a Agir, desenvolvendo um Plano de Ação para SUAS Metas. O que acha de poder contar com um treinador que poderá te ajudar a utilizar seus recursos com o MÉTODOS e as Ferramentas Mais poderosas em sessões de coaching. Qual história você quer contar no final deste ano?

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Helio Henrique Coach Integral Sistêmico e palestrante. 61 99631-0107 adm.heliohenrique@gmail.com


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REFLEXÃO

A inútil tarefa de Sísifo

O Suplício de Sísifo - Franz Von Stuck (1863-1928)

Conta o mito que Sísifo foi fundador e rei da atual cidade grega de Corinto. Certo dia, Sísifo viu quando Zeus sequestrou a filha de um outro rei grego e denunciou o Senhor do Olimpo ao pai da moça. Zangado, Zeus manda Tânatos (a morte) atrás de Sísifo que, além de conseguir fugir da morte, ainda a aprisiona. A partir daí, ninguém mais morreu e Hades, Senhor do Reino dos mortos, foi queixar-se a Zeus que acabou libertando Tânatos. A morte, então, conseguiu capturar Sísifo e levou-o ao mundo dos mortos. O que nem Tânatos nem Hades sabiam é que Sísifo havia ordenado a sua esposa que ela não prestasse a ele as homenagens fúnebres de costume. Sísifo não pode, dessa forma, ser recebido na morada dos mortos e propôs a Hades que o deixasse voltar ao convívio dos vivos para resolver o problema e castigar a esposa por tão grande desonra. Resultado: Hades consentiu e Sísifo, mais uma vez, escapuliu. Não é a toa que Sísifo ficou conhecido como o mais esperto entre todos os homens. E com tanta esperteza, Sísifo viveu até a mais avançada velhice, quando morreu naturalmente. De volta ao reino de Hades, recebeu como castigo a tarefa de rolar uma enorme pedra até o cume de uma montanha; mas sempre que chegava lá a pedra rolava montanha abaixo e ele tinha que recomeçar sua tarefa por toda eternidade. Assim como Sísifo, muitos são os que tentam fugir da morte tentando os mais diversos caminhos. O problema é que, qualquer que seja o caminho tomado, sempre vai acabar no mesmo lugar: na “curva da estrada”, como disse Fernando Pessoa. Nenhuma das artimanhas de Sísifo impediu que, no fim da vida, também ele contornasse essa “curva”. Fugir da morte é inútil, assim como inútil é a tarefa que Sísifo executa empurrando a pedra montanha acima. Eis o sentido do seu castigo: lembrar-lhe – e lembrar-nos também – a inutilidade de sua “esperteza” durante a vida. Aceitar a inevitabilidade da morte, porém, não é o mesmo que sentar-se e esperar que ela nos venha visitar. O que fazer, então? Uma resposta possível está no que disse o filósofo romano Lúcio Sêneca: “deve-se aprender a viver por toda a vida e, por mais que tu talvez te espantes, a vida toda é um aprender a morrer”. A vida é para se aprender a viver, a amar – como disse dom Hélder Câmara, por exemplo – mas também para se aprender a morrer. E é isso que nos falta, aprender a morrer, não no sentido de suicidar-se, mas no de preparar-se para ela. Aprender a caminhar até a “curva da estrada”, sem pressa, sem, todavia, deter-se pelo caminho. Adaptado de: © obvious: http://lounge.obviousmag.org

Anderson Francisco Escritor do blog Obvius




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