CAPA
GARDEN
N HALL
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08 12 14 16 18 24 28 32 34 38 COMPORTAMENTO
LITERATURA
NIVER AUÊ
RELACIONAMENTO
NA CAPA
SOCIEDADE
EDUCAÇÃO
SAÚDE
MARKETING
ECONOMIA
Projeto gráfico: Douglas Augusto/ Rodrigo Holtermann Foto capa: Guilherme Bays Atendimento: Kleber José - 61 9 9975 0607
Kleber José
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Editor chefe
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Revista Auê, um produto Cerrado Comunicação Avenida Shis Qd16 Nº4, St. Primavera Formosa-GO Fale conosco; sugestões, dúvidas e críticas: auerevista@gmail.com - 61 3642 1151 / 61 9 9975 0607 As informações e opiniões são de responsabilidade de seus idealizadores!
BELLE
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COMPORTAMENTO
Sobre ser dispensável Há um famoso filme da década de 80 que mostra o personagem principal num diálogo com uma mulher estrangeira da seguinte forma: - Eu sou dispensável. - O que é ser dispensável? - É quando alguém convida você para uma festa, você não vai e ninguém se importa. Provavelmente foi a melhor definição que já ouvi sobre o assunto por sintetizar com maestria um tema complexo. É inegável que existem indivíduos dispensáveis e indispensáveis quanto a vida social e a interação com outras pessoas. Entretanto, não me refiro ao caso de pessoas que são bajuladas em função de seu patrimônio, do seu poder temporal ou de algum tipo de fama. Nesse caso são indispensáveis na mesma proporção do agente interesseiro. Ser ou não dispensável é uma condição inerente em todos os locais e contextos. Fato é que existem pessoas mais anônimas do que outras. Pessoas sem importância social que podem adoecer ou desaparecer que ninguém sente falta. Ser dispensável e reconhecer essa condição é uma dor no ser com diferentes intensidades e formas de aceitação. Muitos não pensam no assunto pois a sociedade sempre diz de modo implícito ou explícito que devemos ter sucesso (seja qual for esse parâmetro), ser atléticos, carismáticos e com uma família estruturada. Nem todos podem seguir os padrões de sua época, afinal somos mais humanos do que gostaríamos de admitir. E justamente por valorizar uns que outros são esquecidos. Não há holofotes para todos. Repare que a há pessoas que ninguém sente falta, desde aquele aluno que ninguém lembra o nome como daquela mãe de família que nem ela nem seus filhos são convidados para nada. Ser dispensável é uma solidão que machuca por ser imposta por outros ao invés de uma escolha pessoal. Ninguém grita para ser esquecido e não notado. Lixo também brilha, mas ninguém quer ser esse tipo de reflexo. Desilusão é se achar o maioral, com espírito triunfante e superior e depois perceber que sua presença não é querida em parte alguma. Aliás, muitas pessoas fazem questão de serem o centro das atenções justamente por temer a indiferença alheia. Escolhem ser o ator principal quando a vida o escalou para ser figurante. O ego implora por atenção enquanto se alimenta de migalhas. Até que ponto ocorre a escolha de ser desprezível ao invés de ser desprezado? De um modo ou de outro sabemos o quanto temos de mãos estendidas a nós ou mesmo o quanto se está sozinho na multidão. Ninguém gosta ou quer se sentir ridículo ou sem nenhuma importância cósmica. Por isso, a tendência é achar o próprio julgamento, opinião e vontades pessoais como a verdade absoluta do universo. “Quem dera todos pensassem como eu”, alguns refletem. Infelizmente a realidade não é assim. Sua opinião é só mais uma, tão dispensável como aquilo que você menospreza. Será mesmo tão difícil aceitar que é um grão de areia na infinidade universal? Ou em seu caminho terá seus joelhos dobrados pela força das lições que chegam? O problema maior não é ser dispensável, mas manter um conflito interno por não aceitar a própria condição. É inútil e desgastante brigar contra o inevitável, pois nem todos os desejos podem ser realizados. Há fomes insaciáveis. A aceitação de ser dispensável limpa a visão e acalma o íntimo. Em certas guerras é mais importante sair vivo do que fracassado. Ser dispensável não faz de alguém um perdedor ou inútil por natureza. Se não sentem sua falta numa festa é por que talvez a festa não tenha relevância ou esse pensamento seja apenas um consolo simples. De qualquer forma, ao menos se dê o devido valor sem esperar reconhecimento ou gratidão de ninguém já que o comum é cada um viver em função do próprio umbigo. Aqui há muitas verdades inconvenientes. Retirado de: © obvious: http://obviousmag.org Alexandre Pereira Escritor, acadêmico de Comunicação Social, Educador Físico, Youtuber, Blogueiro e Pesquisador da Consciência.
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LITERATURA
O leite só ferve quando você sai de perto. Não adianta ficar sentada ao lado do fogão, fingir que não está ligando; até pegar um livro pra se distrair. É batata: ele não ferve. Parece existir um radar sinalizador capaz de dotar o leite de perspicácia e estratégia. Porque também não basta se afastar fingindo que não está nem aí. O leite percebe que é só uma estratégia. E só vai ferver (e transbordar) se você esquecer de fato. A vida gosta de surpresas e obedece à “lei do leite que transborda”: Aquilo que você espera acontecer não vai acontecer enquanto você continuar esperando. Antigamente o sofrimento era ficar em casa aguardando o telefone tocar. Não tocava. Então, pra disfarçar, a gente saía, fingia que não estava nem aí (no fundo estava), até deixava alguém de plantão. Também não tocava. Porém, quando realmente nos desligávamos, a coisa fluía, o leite fervia, a vida caminhava. Hoje, ninguém fica em casa por um telefonema, mas piorou. Tem email, Facebook, WhatsApp, e por aí vai. O celular sempre à mão, a neurose andando com você pra todo canto. E o leite não ferve... Acontece também de você se esmerar na aparência com esperança de esbarrar no grande amor, na fulana que te desprezou, no canalha que te quer como amiga. Então ajeita o cabelo, dá um jeito pra maquiagem parecer linda e casual, capricha no perfume e com isso faz as chances de encontrá-lo(a) na esquina despencarem. Esqueça baby. O grande amor, a fulaninha ou o canalha estão predestinados a cruzarem seu caminho nos dias de cabelo ruim, roupa esquisita e vegetal no cantinho do sorriso. Do mesmo modo, se quiser engravidar, pare de desejar. Não contabilize seu período fértil e desista de armar estratégias pro destino. Continue praticando esportes radicais, indo à balada, correndo maratonas. Na hora que ignorar de verdade, dará positivo. A vida _como o leite_ não está nem aí pra sua pressa, pro seu momento, pra sua decisão. Por isso você tem que aprender a confiar. A relaxar. A tolerar as demoras. A não criar expectativas. E lembre-se: Tem gente que prefere ser lagarta a borboleta. Sem paciência com os ciclos, destrói seu casulo antes do tempo e não aprende a voar...
Retirado de: © obvious: http://obviousmag.org Fabíola Simões Escritora colaborativa
ANIVERSARIO
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RELACIONAMENTO
Antes de entrar na vida de alguém verifique se tem espaço para você ficar ali Alguns amores não valerão a pena serem regados, algumas pessoas não terão lugar para tudo o que queremos ser ali juntinho, certos espaços não comportarão o que somos e temos. Ninguém consegue mandar no coração, principalmente quando se trata de paixão, de amor. De repente, sem mais nem por quê, a gente é arrebatada por um sentimento que invade e toma conta de nossos pensamentos dia e noite, noite e dia. E então aquela pessoa se torna nosso objeto de desejo, nossa razão primeira na vida. Infelizmente, todos sabemos, nem sempre o amor será correspondido, nem sempre teremos retorno na mesma medida, seja de amizades, seja de amores. E como dói quando não há reciprocidade, quando não há correspondência afetiva, quando nada do que plantamos floresce, quando não há espaço para nós no coração que queremos adentrar. Não será fácil, mas teremos que tentar ponderar e pensar com sobriedade, mesmo em meio à carga afetiva que parece nos tirar qualquer resquício de razão. Será preciso colocar a nós mesmos em primeiro lugar, entendendo quais as possíveis consequências danosas que poderemos ter de encarar, caso nos lancemos fundo àquele desejo feroz. Algumas precauções sempre serão prudentes, como perceber se o coração que queremos ainda possui pendências com outra pessoa, se há realmente disponibilidade nos terrenos afetivos do nosso pretendente, se as intenções são as mesmas que as nossas. Ir ao encontro de corações ainda machucados, ou de interesses contrários aos de nossos sentimentos, possivelmente trará decepção e dor. Tem gente que ainda não está preparada para amar, ou para amar de novo. Seremos mais felizes quando soubermos a hora de entrar e de sair da vida de alguém. Alguns amores não valerão a pena serem regados, algumas pessoas não terão lugar para tudo o que queremos ser ali juntinho, certos espaços não comportarão o que somos e temos. Será doloroso desistir, mas é assim que ficamos cada vez mais aptos a preencher com reciprocidade a vida de quem nos amará de igual para igual, nada menos do que isso.
Retirado de: © obvious: http://obviousmag.org Marcel Camargo Escritor colaborativo
CA
APA Figurino: Gabi Store @gabistoreoficial Puro Estilo @puroestilofsa Cabelo: Jessyca Lima @jessycalimahair Makeup: Janyne Lima @janynelimamakeup
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SOCIEDADE
Não vai rir? Ela não era tímida. Definitivamente. Se sentia acuada. “Só se soltava no meio dos pretos”, diziam. “Preta cismada”, rotulavam. Mas ela só se sentia acuada. Desde muito nova era assunto nos locais que frequentava. Assunto não. Piada. Riam do cabelo, trançado desde a raiz, com um penduricalho colorido nas pontas. Riam da pobreza, que a impedia de ter tudo o que precisava para fazer parte daquele mundo. Riam da pele, que escura como a noite, contrastava com a luz do dia que transparecia do seu sorriso sincero. Na TV faziam piada com a sua cor. Nas rodinhas contavam aquela do negão. “Só faz merda”, “macaco”, “coisa de preto”. Risos. Acuada. Quieta. Cismada. Hoje, dona das suas vontades, exibe sem medo dos risos sua pele escura e seu sorriso luminoso. Passou por caminhos difíceis e viu que para ela aquilo não era piada. Que aquilo só a diminuía e que ela não podia nem devia ficar calada. E não ficou. Além da TV, das rodinhas e piadinhas, tinha a internet. Lá ela leu tudo de pior sobre sua cor, seu povo. Brigou, lutou e segue firme. Continua sendo a “preta cismada”. Mas agora é a preta que não aceita piadas racistas. Ela não é “suas negas”. Você já ouviu falar que o mundo está ficando chato? Que não dá mais para fazer piada, não pode mais falar sobre nada? Dia a dia vemos diversos humoristas e pessoas comuns que ainda não perceberam que os tempos mudaram e que piadas racistas, homofóbicas, machistas, gordofóbicas etc. não têm mais graça para algumas pessoas (se é que algum dia realmente tiveram). Quem antes só se sentia acuado, agora tem lugar de fala. Quem antes só abaixava a cabeça, agora tem consciência do que machuca. E no alto desse lugar conquistado o preconceito não passa batido. Pelo contrário, o preconceito é combatido, colocado em pauta. A garota do começo do texto representa muita gente que ficou com marcas pesadas por ser tema de piadas e não saber como se defender. Por simplesmente rir ou abaixar a cabeça, por não perceber isso como uma segregação. Por não entender a graça de ser como é. Quando esse tema surge sempre vem alguém e pergunta: piada com preto não pode, mas chamar branco de palmito pode? Não pode com gay, mas pode com português? A escolha, claro, é de quem faz. Mas pensando que brancos e portugueses não são mortos por serem simplesmente o que são, essas piadas não entram no mesmo balaio que as que fazem com pessoas e condições que segregam. Negros sofrem diariamente com comparações com bandido e são mortos por isso, mulheres têm no mundo todo desigualdade salarial e de oportunidade, transexuais não têm respeito algum quando se trata de relacionamentos amorosos, gordos são motivo de desprezo por padrões de beleza. Por que fazer piada disso? Que graça tem rir de quem já sofre diariamente com a sua própria condição? Você é mulher e não liga para piadas machistas? Tudo bem, é um direito seu. Mas, quando alguma mulher disser que a piada foi misógina, escute, tente entender o porquê dela não ter gostado e não diga apenas que é “mimimi”. De acordo com as vivências, tudo o que sofreu e lutou, ela está no direito de se incomodar. Se você é homem não é seu papel decidir se uma piada foi ou não machista. Os homens até podem escolher continuar falando como quiserem, mas têm que estar preparados para escutar que estão sendo machistas. Acredite, não é frescura. Reclamar de uma piada não é censurar, é simplesmente reclamar de uma piada que atingiu alguém. Se uma pessoa se acha no direito de atacar uma mulher, tem que aguentar reclamações de que está sendo preconceituoso. E o pior ainda para um artista: tem que aguentar que não riam da sua piada, que seja considerado uma pessoa sem graça. Fere o ego, eu sei. Isso porque não estamos entrando nos termos legais, já que racismo é crime. Estamos falando apenas das “piadas”. Do humor que traz consigo enraizado todo o preconceito que enfrentamos na nossa sociedade. Sim, ficou mesmo mais difícil fazer humor nos dias de hoje. Mais desafiador, na verdade. O que fazia rir há anos, hoje já não tem tanta graça. O que era sucesso garantido, hoje já não é sinônimo de audiência ou casa cheia. Pensar antes de fazer é difícil, eu sei. Pensar diferente do senso comum é mais complicado ainda. Hoje é mais engraçado fazer graça sem ofender! E para os fazedores de graça fica o conselho dos novos tempos: preconceito não tem graça. Retirado de: © obvious: http://obviousmag.org Samira Calais Escritora colaborativa
JANE
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SOCIEDADE
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EDUCAÇÃO
Professores para o Brasil Quando secretário de Educação do estado de Pernambuco, gostava imensamente de visitar as escolas – do litoral ao sertão. Sempre que entrava numa sala de aula, costumava perguntar: quem aqui quer ser professor? Começando pelas turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental, a resposta era quase unânime: muitos estudantes queriam seguir, um dia, a carreira do magistério. Mas, à medida que ia avançando nas salas relativas aos outros anos escolares, essa resposta ia sendo gradualmente reduzida, chegando praticamente a zero. Ou seja, os estudantes iam perdendo o encanto pela carreira do professor. A pergunta que precisamos fazer é: qual é a razão do desencanto dos nossos estudantes à medida que vão crescendo? Esse quadro também foi visto – no caso dos estudantes brasileiros – na última realização do Programa de Avaliação de Desempenho de Estudantes (PISA) – uma avaliação internacional da aprendizagem de estudantes de 15 anos de idade em Matemática, Ciências e língua materna. Ao contrário dos estudantes dos países com melhor desempenho em educação do mundo, como Singapura, Finlândia e Japão, nenhum estudante brasileiro queria seguir a carreira do magistério! Isso é muito triste para um país que deseja ser protagonista no cenário mundial. Precisamos urgentemente tornar a carreira do magistério atrativa para os nossos jovens brasileiros. E como fazer isso? Essa pergunta cabe particularmente bem no momento em que comemoramos, nesse 15 de outubro, o Dia do Professor. Foi em 15 de outubro de 1827 que o então imperador do Brasil, dom Pedro I, decretou uma Lei Imperial responsável pela criação do Ensino Elementar no Brasil (que chamou de “Escola de Primeiras Letras”). Por meio desse decreto, todas as cidades deveriam ter escolas de primeiro grau. O decreto também determinava o salário dos professores, as matérias básicas e até o modo como os professores deveriam ser contratados. Essa data foi oficializada nacionalmente como feriado escolar por meio do Decreto Federal nº 52.682, de 14 de outubro de 1963: “Para comemorar condignamente o Dia dos Professores, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias”. A primeira coisa que precisamos fazer para tornar atrativa a carreira do magistério é reconhecer sua importância social. O professor não pode ser visto no Brasil como um “coitadinho”, e sim como alguém que é estratégico para o desenvolvimento do país. Para isso, precisamos, mais do que nunca, começar a ter respeito pelo professor e a valorizá-lo na sala de aula. Cresce a cada ano o desrespeito dos estudantes por nossos professores. Famílias, assumam o seu papel: eduquem seus filhos! A função de educar não é só das escolas, mas das famílias também – é o que diz o artigo 205 da Constituição Federal de 1988. Em segundo lugar, precisamos estabelecer um plano de carreira nacional digno para nossos professores. O problema, segundo vários estudos, não está no salário inicial, mas em sua desvalorização ao longo da carreira. Basta compararmos a carreira de docente a de outros profissionais com a mesma titulação acadêmica. Em terceiro lugar, precisamos melhorar muito a formação do professor. Atenção, universidades brasileiras: preparamos muito mal nossos professores. Eles saem das universidades com muita teoria e pouca prática escolar. No Japão, a única pessoa para quem o imperador se curva é o professor. Vamos tratá-lo com carinho, valorizá-lo e formá-lo bem, desenvolvendo-o para uma escola em que todos se respeitam e se habilitam para uma vida plena. Fonte: www.istoe.com.br Mozart Neves Diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna. Foi reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), secretário de Educação de Pernambuco (20032006) e presidente do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação). Foi presidente executivo do Todos Pela Educação (2007-2010)
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SAÚDE
Relação saúde bucal e diabetes
Até pouco tempo atrás a saúde bucal ainda era analisada de uma forma pouco abrangente. Atualmente a Odontologia baseada em evidências comprova que a saúde bucal e a saúde sistêmica são interdependentes. As evidências apontam que a doença periodontal ( Gengivite ou periodontite) está associada a diversas alterações, como doenças cardiovasculares, diabetes, parto prematuro, nascimento de bebês de baixo peso, acidentes vasculares cerebrais, artrite reumatoide e vários tipos de câncer. A inflamação da gengiva é desencadeada por bactérias que geram uma resposta inflamatória podendo influenciar diversas condições sistêmicas. Isso faz com que a periodontite seja considerada a sexta complicação clássica do diabetes. A interação entre o diabetes e a periodontite ocorre em uma ação bidirecional. Alterações na resposta do hospedeiro (paciente), nos vasos sanguíneos da gengiva e nos níveis glicêmicos do fluido do sulco gengival (sulco existente entre o dente e a gengiva) facilitam a instalação da doença periodontal ou alteram o seu curso em diabéticos. Por outro lado, a inflamação da gengiva também dificulta a absorção de insulina, podendo causar uma descompensação glicêmica nos portadores de diabetes. Apesar das evidências científicas dessa forte relação, existe uma carência de troca de informações entre os profissionais de saúde, apontando a necessidade de maior integração entre o periodontista e a equipe médica. Estudos epidemiológicos apontam que a grande maioria dos diabéticos desconhece a relação existente entre as duas doenças e, portanto, não são acompanhados por um periodontista regularmente. Ocorre que, sendo um problema silencioso, sem sintomatologia dolorosa, a periodontite, quando é enfim diagnosticada, já se encontra em fase avançada, apresentando mobilidade e perda dentária. O tratamento periodontal curativo e preventivo pode evitar que o paciente diabético venha a perder dentes e, além disso, pode garantir um melhor controle metabólico, justificando o encaminhamento do paciente para avaliação periodontal tão logo seja diagnosticado o diabetes, sendo recomendado com isso que o dentista faça parte da equipe multidisciplinar responsável pelo acompanhamento dos pacientes diabéticos, reduzindo as manifestações bucais associadas à doença e proporcionando melhor qualidade de vida a esses pacientes.
Dr. José Marques CRO-GO 4621/ CRO-DF 2523 Especialização em Ortodontia pela Sociedade Paulista de Ortodontia Especialização em Dor orofacial pela Universidade Federal de São Paulo Especialização em Periodontia pelo Instituto ARIA Cirurgia com Hipnose - Instituto Milton Erickson - Milton Erickson Foundation Master trainer em Programação Neurolinguistica -Metaforum Internacional
ORTOBOM
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MARKETING
O que é marketing social? As primeiras menções ao marketing social começaram por volta da década de 70 quando estudiosos do marketing começaram a notar o poder do marketing para divulgar ações e ideais das empresas com objetivo de disseminar projetos e opiniões das empresas. O marketing social conceito é exatamente a chance de que as empresas criem campanhas que não tenham somente a intenção de venda, mas também de formar uma imagem de sua marca por meio de ações sociais. Uma ação de marketing social pode ser caracterizada de muitas maneiras, e possuem até tipos diferentes para cada ação.
Algumas categorias de o que é marketing social conceito: O mais comum deles, patrocínio de projetos sociais, sua empresa não necessariamente precisa ser parte do projeto, ela pode ajudar com patrocínio e apoio a ações sociais. Permitindo também que as instituições possam usar a marca da empresa como base de credibilidade e segurança de doar para aquele instituto e assim beneficiar a imagem da empresa e da própria instituição. Em seguida temos a filantropia que é quando sua empresa faz doações e apoia alguma instituição. Já a promoção social de produto ou marcas é quando sua empresa usa o nome ou logotipo de uma entidade ou de uma campanha social, pode ser feito por meio de parcerias, bem parecido com o patrocínio, mas atrelando a causa a empresa, e não o contrário. O relacionamento em redes sociais já é baseado em uma ação mais profunda e mais a longo prazo, pois aqui são feitas indicações e orientações de instituições e ações a serem seguidas por seus clientes. Por fim, estão as campanhas sociais que é quando sua empresa transmite mensagens de utilidade pública. Campanhas sobre conscientização ou promoções de vendas em produtos ou datas específicas, que terão seus fundos doados a alguma demanda específica. Além dessas categorias, o marketing social conceito está conectado as técnicas de marketing 3.0, que caracteriza-se pela relação e mundo. Tirando um pouco o foco das vendas e das opiniões dos clientes, para focar em um mundo melhor. Fonte: www.idealmarketing.com.br
PETEGATÔ
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ECONOMIA
O grande doutor da Saúde Pública e Privada Você paga plano de saúde? Saiba que até uma balinha que você compra tem que pagar imposto. Ora esta! Não tem plano de saúde? Vai pagar imposto do mesmo modo. Não tem como correr. Nosso sistema está projetado para gerar dinheiro. O capital é o grande doutor da saúde. Sem dinheiro você pega fila quilométrica. Com ajuda de suas economias monetárias possivelmente se aproximarás de um “cuidado”. Tratar-se é uma questão muito cara. A saúde é um grande comércio, pois toda ela é paga. Nos Hospitais Públicos tem profissionais pagos para atender a população, a qual precisa buscar atendimento nos Hospitais ou Clínicas particulares, ao passo que naquela opção, os profissionais estão sobrecarregados e, às vezes, atendem cansados. Porém, muitos atendem sem tempo nos Hospitais Públicos, mas tem tempo para atender nos hospitais particulares. Então a população paga duas vezes por um mesmo serviço quando ele prefere buscar um médico particular?
Uma consulta custa muito caro? O médico dita seu preço por uma média de trabalho, o qual pode durar algo próximo de três minutos ou mais tempo. Isso mesmo, uma consulta onde o profissional de saúde apenas informa: “o paciente precisa ficar internado”. Este profissional recebe um valor entorno a R$ 200,00 reais para lhe dizer estas palavras, as quais são ditas escrevendo em um prontuário. Neste segundo, a pessoa se dá conta de que um plano de saúde lhe ajudaria a não pagar pelo tratamento. Contudo, ela esquece de que sua vida não é aposentada no luxo e que tem muito mais coisas importantes que ela não deve deixar de se preocupar. Sem um plano, os valores são todos pagos à vista. Com o plano, o valor vai embora mensal sem a possibilidade de reembolso. O comércio se instalou de uma forma tão ludibriante entre as empresas ligadas à saúde que nos grandes centros hospitalares as clínicas não perdem tempo, elas estão dentro do próprio recinto. Não deixa o paciente optar por outra, pois foi àquela que ganhou o “direito” de realizar o determinado procedimento. A saúde, portanto, deixa de ser um simples procedimento que se cura com remédios caseiros e passa a fazer parte da economia que gira milhões de reais ao dia. Na busca por um Hospital Público se paga a humilhação de se ver que falta quase tudo. De outra forma, nos atendimentos particulares não falta nada para se pagar: paga-se tudo. A saúde, toda ela, é paga. A SAÚDE, com efeito, é um grande Comércio.
Padre Joacir D’Abadia Pároco de Alto Paraíso, filósofo, escritor, articulista, membro da ALANEG.