Az! #22

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R EV I S TA

Informação de A a Z

SOLIDARIEDADE PERMANENTE ELES AJUDAM O TEMPO TODO

Az! traz exemplos de gente que faz o bem não apenas na época natalina

HISTÓRIA Desembargador aposentado faz revelações sobre a época em que o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos viveu em Bauru

À ESPERA Neste Natal não compre. Adote um bichinho de estimação

#22 Dezembro 2014 http://azbauru.com.br/


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O MELHOR

e o mundo escolhe

VOCÊ!

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3 E D I TORI A L

QUAL É O SEU BALANÇO?

E XPE DIE NTE Revista Az! | ano 04 / número 22 Diretor Geral: Rodrigo Chiquito Logística/Finanças: C&D Soluções Jornalista responsável: Lauro Neto Equipe comercial: Amélia Silva e Daniela Valentim

O

ano de 2014 vai indo embora e entramos naquela época de pensar no que fizemos durante os 12 meses que se passaram, no que faremos nos próximos 12, como faremos... Também estamos na época de felicitação, de festas, de solidariedade. Em dezembro, nós contribuímos com rifas para ajudar pessoas, compramos cesta básica para alguma família que precisa, adotamos uma cartinha dos Correios para presentear crianças carentes. Mas, pensando bem, o ano não é só dezembro, certo? A Revista Az! traz nesta edição mais do que bons exemplos sobre solidariedade. Traz ótimos exemplos de quem doa seu tempo, seu dinheiro, sua vida, para fazer a vida dos outros um pouco melhor, todos os dias, todos os meses, com projetos distintos, mas com o mesmo objetivo: ajudar. São Darlenes, Marias, Ricas, Ubaldos, Márcios, Eulers e outros que contribuem para arrancar sorrisos de quem muitas vezes não tem nenhum motivo para tanto. Essa importante contribuição que eles e outros tantos dão, dia a dia, nos remete a uma afirmação já feita neste espaço: tudo começa em casa, tudo começa com um costume, uma iniciativa própria. A educação, na hora de se informar, de ler, a discussão política, a consciência, e também a vontade de ajudar o próximo. Disponha-se a ajudar. Entre em grupos solidários e veja o quão isso faz bem. Longe de entrar no mérito da discussão sobre o assistencialismo, algo que está na moda atualmente, mas nunca podemos tratar os desiguais de forma igual. Há quem precise de ajuda e, felizmente, há quem se disponha a ajudar. Por isso, nossa homenagem a essas pessoas que gastam tempo, dinheiro e dias de suas vidas para fazer a vida de quem é desigual mais feliz. Nessa conta também entra a ajuda aos animais carentes, outro ótimo exemplo mostrado nesta edição. Ano que vem mostraremos que a política para animais é importante e fundamental para uma sociedade melhor. E, dentro do balanço de 2014, e da pergunta feita no título deste editorial, na soma e na subtração de uma conta final, o quanto você fez para que o mundo fosse um pouco mais justo e melhor de se viver? Pense nisso, aproveite dezembro para refletir, viajar, descansar (todos merecem e faz bem para a saúde mental, certo?) e, porque não, para planejar ações solidárias. Feliz Natal, Feliz 2015 – o quinto ano da Az! e ano que vem estaremos aqui, com novidades.

Conselho Editorial: Lauro Neto e Rodrigo Chiquito Edição de Arte: Publici On & Off, Ingo Goes e Leila Antonelli Fotografia: Amanda Rocha e Lauro Neto Jornalistas: Amanda Rocha, Fernanda Villas Bôas, Bruno Mestrinelli, Rafael Antonio Mainini e Lauro Neto

AzTV por muvfilms.com.br

Impressa na GRAFILAR 15.000 exemplares

AZ! é uma publicação da Publici On&Off Comunicação Rua Bartolomeu de Gusmão, 10-72 - Jd. América Bauru/SP - F.: 14 3879 0348

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5 ÍN D I C E

ESTILO

CO M PORTAME NTO

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DICAS DE PRESENTES Confira sugestões do nosso Guia de Compras para este Natal

RESPONSABILIDADE SOCIAL Campanhas solidárias já são tradição em Bauru

36 HISTÓRIA O amigo tímido do ministro

A Az! conversou com o desembargador aposentado Edisson Mesquita, que conviveu com o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos

PERSONAZ

56 PETS Adote esta causa!

NEGÓCIOS

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AUTO-ESTIMA A estética do sucesso

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PERSONAZ Ubaldo Benjamin

Referência no campo da cirurgia plástica, Dr. Marlon Alexies Azevedo Barbosa traz nova unidade da Plástica Plexus a Bauru


6 E N T R E T E N I M E N TO

PAINEL LITERÁRIO

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Revista Az! tem dado justa atenção aos lançamentos de livros em Bauru. Esses eventos literários representam um alto ponto para o fortalecimento cultural local. Não dá para esquecer que ler só faz bem: além de oferecer sólidos subsídios para a construção do nosso pensamento enquanto cidadãos e membros da sociedade como um todo, ajuda no raciocínio, melhora o vocabulário e muitos mais benefícios. Acompanhe algumas obras lançadas nos últimos meses em nossa cidade.

JESUS E A SEXUALIDADE – REVELAÇÕES DA BÍBLIA QUE VOCÊ NUNCA VIU

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a cobertura realizada na noite de 21 de outubro, na livraria Empório Cultural, do Boulevard Shopping Nações, a autora Samira Souza

Brandão Borovik que é, também, professora, cenógrafa e atriz, realizou o lançamento de seu livro “Ka: A Sombra da Alma – Performance e Xamanismo no Espetáculo de Renato Cohen” (Editora: Annablume; 182 páginas; R$ 48,00). A obra relata o processo de criação do espetáculo Ka - Cena Zaum, realizado por de Vélimir Khlébnikov, e que o cenógrafo Renato Cohen dirigiu no ano de 1998, na Unicamp, com auxílio dos alunos do curso de Artes Cênicas, sob o ponto de vista da atuação. Samira Borovik apresenta o treinamento para a criação de Ka por meio da experiência proposta por Cohen.

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oberto Francisco Daniel, o popularmente conhecido Padre Beto, promoveu, na noite de 9 de outubro, na livraria Empório Cultural do Boulevard Shopping Nações, mais uma divulgação impressa em livro de suas reflexões. Com o título de “Jesus e a Sexualidade – Revelações da Bíblia que Você Nunca Viu” (Editora: Alto Astral; 96 páginas; R$ 19,90) Beto, que foi excomungado pela Igreja Católica após declarações polêmicas e liberais divulgadas na Internet em 2013, trata de mostrar algumas reflexões a respeito da mensagem de Cristo, relacionando-as a assuntos como o sexo antes do casamento, fidelidade, matrimônio e homossexualidade. Utilizando revelações do próprio livro da Bíblia e alguns pensamentos mais liberais para as religiões cristãs, o autor apresenta reflexões acerca da sexualidade humana e Jesus Cristo, numa perspectiva diferente de tudo o que você já viu.


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Texto e fotos por Lauro Neto

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a noite de 8 de outubro, um lançamento de livros diferente aconteceu no espaço do Café 21, na Galeria 21 Center. Não é tão habitual que se veja uma divulgação literária em que pai e filho estejam promovendo seus novos trabalhos impressos. O pai, o poeta e membro da Academia Bauruense de Letras José Carlos Mendes Brandão trouxe a público seu livro “A Hora do Gavião” (Editora Joarte em parceria com a Secretaria de Cultura de Bauru; 138 páginas; R$ 25,00), uma coletânea de crônicas publicadas por ele desde 1971 em jornais como “O Democrático”, de Dois Córregos, “Tribuna”, de Santos, “Jornal da Cidade”, de Bauru, e em espaços virtuais da Internet. Nas crônicas, Brandão aborda assuntos variados de maneira poética, com olhar telúrico e desprendido, livre. Já no trabalho “Brinquedo” (Editora Joarte em parceria com a Secretaria de Cultura de Bauru; 73 páginas; R$ 20,00), livro de poemas de autoria do filho Aran Cariel - músico fundador do grupo Autoboneco, jornalista freelancer e mantenedor do espaço cultural Extinção desde 2003, local onde ocorre, também, o CinExtinção - poesias com caráter variado, que dialogam com aspectos do cotidiano sob um ponto de vista mais profundo na forma de olhar, e, ao mesmo passo, simples na forma de trabalhar, configuram a temática central em seus versos.

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aindo do forno ou no prelo, como se costuma dizer, está o livro de fotografia que a jornalista, fotógrafa e música Amanda Rocha acabou de concluir. O foto

livro “A Imagem no Museu do Sonho: Uma visão imaginária de Sandman” (Editora: Canal 6; 120 páginas; R$ 50,00). A obra tem como estrutura um foto ensaio inspirado nos personagens Perpétuos, oriundos da história em quadrinhos (HQ) Sandman, obra clássica do gênero. O quadrinho apresenta linguagem fantástica e onírica, cuja narrativa remete às temáticas do Sonho, Desespero, Delírio, Desejo, Destruição, Morte e Destino. O livro, que foi contemplado pela Lei de Estímulo à Cultura do Município, está previsto para ser lançado no próximo dia 12 de dezembro, na Casa Ponce Paz, no centro de Bauru.


8 E N T R E T E N I M E N TO

AS AVENTURAS DE THOR NA ANARKILÓPOLIS DE RAULZITO 25 MIL ANOS DEPOIS Crônica por Lauro Neto Foto Banco de Imagem

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cabo de dar um check-up geral na situação. Parei a caminhada errante entre meios-fios, postes, esquinas tortas e discos voadores que insistem em não repousar sobre quartos de pensão, na ânsia de me surpreender comigo mesmo de alguma forma egoísta; indecente. Fui levado pela estupidez movediça duma jogada estranha de xadrez, que me atiçou a vontade de potência, sim senhor, e me fez romper com o tratado da inércia residente. É. Foi isso mesmo que me atacou na ciência da queda viva. Sem paranoia, botei pra rodar uns discos do arretado Raul Seixas pra rodar, e percebi que tá tudo mesmo rebocado por aí a fora. É pena baby, é pena. Uma obra viva como a rocha, em meio a super-heróis despencantes, esquecimentos, sábios chineses saídos (ou não) de seus casulos para uma prosa ao pé do ouvido, alienação e plantio da casca da Laranja Mecânica nas mentes de um rapaz latino-americano que também quer reclamar. Raul Moreira Seixas constitui parte viva e pulsante da obra musical brasileira, se valendo de artimanhas do grande jogo da vida, desenvolveu seu yêyêyê realista, à maneira bem Rock’ n’ Roll de seus influências mais cinquentistas, não se esquecendo de suas leituras de Schopenhauer, Aleister Crowley, Bíblia, Franz Kafka, mitologia(s), misticismo, alquimia (inclusive sonora) e outros seixismos. Raulzito deglutia as carnes dos gêneros musicais, desenvolvendo um amálgama sonoro, no qual cozinhou suas letras com bolero, embolada, jovem guarda, maracatu, baião, forró, sertanejo raiz, James Dean, xaxado, blues, Elvis “The Pelvis” Presley, Jackson do Pandeiro, Chuck Berry, Genival Lacerda... Seu estilo: Raulseixismo. Suas viagens sonoras, assim como sua existência de R E V I S TA A Z ! / D E Z E M B R O 2 014

44 anos terrestres, desembocou na beira do abismo; na encosta estreita do tumbão funesto (cantado antes pelo poeta maior Manuel Bandeira), do tango argentino. O maluco beleza Raul foi para o Rio de Janeiro com a intenção de publicar um tratado de metafísica, que iria se chamar Verbaloide. No caminho, se ligou que o brasileiro não consegue concentrar sua atenção, já que se preocupa demais com o trabalho e a seleção. Tinha formação em Filosofia, porém optou por se tornar um alquimista das palavras e sons. Escreveu o roteiro de um filme: “O Triângulo do Diabo – Opus 666”, um road movie que não foi nem concluído e nem rodado. Nas falas do próprio, “Jesus morreu com 33 anos. Assim também este script”, que faleceu com 33 cenas somente. Existem mais de trinta álbuns lançados com músicas suas, conseguindo números impressionantes de vendagem de LP’s. Ainda hoje, seus discos agora em formato de CD’s, atingem números expressivos de venda. Bom para os patronos dos selos de fogo do mercado fonográfico nacional. Raul gravou seus primeiros dois álbuns na parceria de outros companheiros. No primeiro, lançado no fatídico ano de 1968 – o ano que não terminou, segundo o jornalista Zuenir Ventura –, Raul Seixas estava no “grupo mais quente da Bahia”, segundo ele próprio, o Raulzito e os Panteras. Fracasso de vendas, o grupo se desfez e Raulzito se mudou para o Rio de Janeiro, tornando-se produtor musical da CBS. Lá, em 1971, aproveitou uma viagem do diretor, e junto de Sérgio Sampaio, Míriam Batucada e Edy Star gravou o disco Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10. Raul Seixas nasceu às 8h da manhã de 28 de junho de 1945, na capital baiana Salvador, e tomou o metrô linha 743 para outra dimensão da galáxia às 7h da manhã do dia 21 de agosto de 1989. Sua obra, até hoje redescoberta quando se permite ser refuçada nos confins do incomensurável baú do Raul, é composta por fases que metamorfoseiam seu espí-


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rito anárquico, irriquieto e instigante. Com pegada rock ante oscilações e dúvidas acerca da existência humana, Raul, que sofreu demais com a censura do governo militar e até posteriormente à “abertura”, toca em temas tabus “da direita e da traseira”; mexe em questões como os caminhos que se seguem durante (e após) a vida nesta “entidade”, tece críticas ao social e à sociedade, desconstrói o certinho/engomadinho e o politicamente correto, como se vê na música Eu sou egoísta (1975): “Se você acha o que eu digo fascista, mista, simplista ou anti-socialista / Eu admito, você tá na pista / Eu sou ísta, eu sou ego (...) eu sou egoísta!”. Se valendo do Ankh, a Cruz da Vida, desenvolveu o paradoxo entre seus poucos (mas intensos) anos de caminhada pelos desertos das ruas, e a poderosa mitologia que incendiou em volta de si com auxílio de Nero. Esse Raul moleque maravilhoso, que empurrou o filho na luz, abocanhou um talo da maçã de Nova Iorque, voou na mosca da sopa, descartou o às do baralho nas rédeas de Babilônia e aguardou pelo juízo final com a malandragem de Jó. Garimpou do lixo banquetes dourados e eclipses. Rebu. Bem, cumpridos os 12 trabalhos, lanço mais uma vez a semente do raulseixismo, para quem eu grito nas órbitas celestes, nos quatro cantos do mundo mudo, tomo meu banho de chapéu e apanho um bilhetinho mágico da loteca do tronco e afins, mais doces ou mais duros na queda que o (baixo) nível mental. Não me valho (nem nunca me vali) da imparcialidade. Sou Raul Rock Clube! Com ideias e querer, “minha espada é a guitarra na mão”. Andar na contra-mão se coloca mais do que nunca, como uma canção para a morte anunciada, para “a vida inteira que podia ter sido e que não foi” (Bandeira em seu beco de palavras que sentem). É certo que detrás da curva do perigo existem matas virgens, capins-guiné e gente que quer, mas se esquece. “Todo mundo está feliz aqui na Terra”, como diz a Sociedade da Grã-Ordem Kavernista. Sociedade Novo Aeon.


10 E N T R E T E N I M E N TO

O OUTRO LADO DOS JOGOS ABERTOS EDIÇÃO DOS JOGOS ABERTOS, REALIZADA EM BAURU ESTE ANO, TROUXE SETE MODALIDADES NOVAS PARA INTEGRAR O QUADRO ESPORTIVO EM DISPUTA R E V I S TA A Z ! / D E Z E M B R O 2 014


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Por Rafael Antonio Mainini Imagens Banco de dados

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em só de gols, cestas, bloqueios, braçadas e sprints, vivem os Jogos Abertos do Interior. É evidente que a maioria do público fica antenada nas modalidades mais populares, mas é neste tipo de evento que outros esportes não tão convencionais, também têm o seu espaço. Em cada edição, toda cidade-sede tem direito a indicar modalidades extra-oficiais no cronograma dos jogos. Elas não estão incluídas entre as 25 modalidades habituais, mas apresentam algo diferente e atrativo para o público. Em 2014, na edição realizada em Bauru, sete modalidades tiveram este espaço ao longo do evento – algo único, já que, nas Olimpíadas, por exemplo, não há essa lista de variedades. Mais que a satisfação dos praticantes,

AS SETE MODALIDADESEXTRAS DISPUTADAS EM BAURU FORAM: CORRIDA DE RUA, FUTEBOL DE MESA, GOLFE, GINÁSTICA ESTÉTICA DE GRUPO, KUNG FU, LEVANTAMENTO DE PESO E POLO AQUÁTICO

O futebol de botão foi modalidade-extra em Bauru e trouxe medalha de ouro para a nossa cidade com a equipe do Noroeste

é a oportunidade de divulgação e da propagação desses esportes, para quem ainda não os conhece. Destes esportes, talvez o mais conhecido e praticado em Bauru, é o polo aquático. Presente nos Jogos Olímpicos, a modalidade não aparece constantemente nas edições dos Abertos. Porém, ela é muito difundida no município. A cidade tem tradição, com equipes de competição nos anos 70, 80 e 90, não só dentro, mas fora das piscinas. Pouca gente sabe, mas é daqui de Bauru, o renomado e experiente árbitro de polo aquático, Décio Patelli Júnior. Figura constante em Mundiais e Olimpíadas, Patelli foi um dos responsáveis pelo desenvolvimento da modalidade na cidade, através do BTC (Bauru Tênis Clube). Hoje, o projeto transcendeu as piscinas do BTC. Graças à iniciativa de empresários, a ABDA (Associação Bauruense de Desportos Aquáticos), fomenta a modalidade com centenas de crianças, de várias partes da cidade. Apesar de recente, o Projeto Futuro, já colhe frutos incríveis. O primeiro “diamante bruto” lapidado é o garoto Leonardo Fernandes, de 17 anos. Em 2014, Leonardo foi convocado para atuar como goleiro na seleção brasileira sub-19, que participou do Pan-Americano de Polo

Aquático, nos Estados Unidos. O bom desempenho rendeu ao jovem bauruense, a participação no Mundial Júnior, em Istambul, na Turquia. Além dos talentos individuais, a ABDA tem se destacado coletivamente. As equipes estão indo muito bem nas competições de base da Federação Aquática Paulista, além das competições nacionais, organizadas pela CBDA. Muitos bauruenses não sabem, mas o golfe bauruense também tem destaque nacional. Ao longo do ano, o Bauru Golf Clube é protagonista de grandes eventos nacionais da modalidade. Por mais de uma década, Guilherme Oda foi o grande embaixador da modalidade na cidade. Hoje, cabe a Marcelo Giumelli e toda equipe, preservar a tradição e a qualidade dos praticantes. E quem nunca na infância brincou de futebol de botão? Hoje, a brincadeira virou coisa séria e Bauru tem uma equipe federada participando das competições oficiais por todo o estado. Com sede no Clube Arapongas, na região da Vila Cardia, os botonistas mantêm acesa a chama do esporte e os amantes poderão também curtir uma exibição interessante ao longo dos jogos. Fica a dica, prestigie e aproveite o espírito dos jogos para iniciar uma atividade esportiva.


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DE MALAS PRONTAS PARA A REPÚBLICA TCHECA. DESTINO: PRAGA

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PROCURA POR VIAGENS TEM PROPORCIONADO UMA ALTERAÇÃO NAS FÉRIAS E NO PLANEJAMENTO DOS BRASILEIROS. COM ESTE NOVO FOCO, UM DOS DESTINOS PROCURADOS PELOS VIAJANTES É A CAPITAL DA CERVEJA E, TAMBÉM, DAS BELEZAS GÓTICAS, DAS TORRES, DAS BELAS CONSTRUÇÕES E DA REPÚBLICA TCHECA, PRAGA

Por Lauro Neto Fotos Lauro Neto e Banco de Imagens

J

á faz algum tempo que a cabeça do brasileiro vem mudando aos poucos sua maneira de pensar questões como o turismo e o lazer. Vale lembrar que pensadores contemporâneos, tais como o italiano Domenico De Masi, têm se detido em reflexões acerca do humano e seu comportamento na atual sociedade em que nos encontramos. Foi De Masi quem cunhou o conceito de ‘ócio criativo’. Diz ele, em seu livro de mesmo nome, que: “É preciso incluir, no cotidiano, atividades que reúnam o descanso, o lazer, o trabalho e a aprendizagem”. Este pensamento deve ser - muito mais do que aplicado - assimilado à vida cotidiana como um todo. No entanto, corrido o corrido ano de trabalho do brasileiro, há um momento em que todos paramos a rotina, por vezes algo estafante, e decidimos fazer uma escolha que traz proveitos concretos imediatos e a longo prazo para aquele que topa e, também, para todos os que o cercam: é hora de viajar. De acordo com dados do Banco Central (BC), as despesas de brasileiros no exterior chegaram à casa dos US$ 2,415 bilhões, no último mês de julho, chegando, assim, a uma marca histórica. O número representa o maior

valor já registrado pelo Banco Central desde o início da série histórica, no ano de 1995. Esses números recordes se aplicam, também para o último mês de setembro, quando os viajantes brasileiros dispenderam a quantia de US$ 2,387 bilhões em suas viagens internacionais. Novamente, um número histórico: trata-se do maior resultado para setembro já registrado pelo órgão desde 1969, quando teve início a reunião de dados que seguem a atual metodologia. DESTINO: PRAGA Após a descoberta das viagens e de todos os benefícios que podem trazer, quer seja por meio intelectual, cultual ou mesmo com uma única proposta de lazer ou de descanso, as agências de turismo têm apontado bens resultados e seguidos crescimentos com buscas por destinos bem diversificados. Entre eles, está a charmosa e elegante capital da República Tcheca: Praga. Não é à toa que o escritor tcheco Franz Kafka (1883-1924), autor do célebre romance “A Metamorfose”, publicado no ano de 1915 e maior escritor da história do país, jamais arredou o pé da magnífica cidade rica em detalhes, repleta de belas paisagens e arquitetura de tirar o fôlego mesmo dos mais sensíveis, com toda a sua desenvoltura que mescla construções modernas e estilo clássico, aliado a trechos de pedras que envolvem construções seculares aos modos góticos.


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Para a proprietária de uma agência de turismo da cidade, Fabiana Tobias, o que encanta em Praga é o seu charme. “A cidade toda composta por uma arquitetura que mistura o estilo Gótico ao Renascentista, com a presença de prédios modernos e antigas construções com mais de 100 anos que convivem lado a lado. A cidade propõe ao visitante um misto de atividades que vão de passeios históricos à descobertas gastronômicas”, lembra Fabiana.

A cidade de Praga é toda composta por uma arquitetura que mistura o estilo Gótico ao Renascentista

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SE PERDER PARA, ENTÃO, SE ENCONTRAR A tradição é uma das marcas mais recorrentes que se faz notar em um passeio pela “cidade das cem cúpulas”, apelido pelo qual é conhecida a cidade fundada no século IX da era cristã. É possível conhecer muito de Praga andando a pé, caminhando por entre as antigas ruas e vias da cidade, fazendo algumas paradas em cafés, docerias, delicatessens e outros estabelecimentos para um descanso breve, ou até mesmo em um bar para uma saborosa e encorpada cerveja de trigo, algo que deve ser degustado na República Tcheca, uma vez que o país é o maior consumidor da bebida no mundo e é bastante conhecido por fabricar alguns dos rótulos mais distintos que se conhece no cultuado mundo das cervejas. De acordo com uma pesquisa recente, os tchecos consomem, em média, 159 litros de cerveja por ano - número que corresponde ao maior consumo per capita do mundo, à frente de países considerados potências no assunto, tais como a Alemanha, os EUA e mesmo o Brasil. Dentre alguns dos destinos mais procurados pelos turistas, estão atividades pertencentes às artes. A cultura é viva em Praga. Além de toda maravilha arquitetônica oferecida pela cidade em suas torres, ruelas medievais que cortam e entrecortam os espaços urbanos, o curso do caudaloso rio Moldava, algo digno de toda contem-


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plação possível, inclusive durante o cair da tarde e adentrar escuro da noite na capital, repleta de luzes que enriquecem ainda mais a visão luminosa e única deste histórico correr de águas. Um dos pontos que merecem ser visitados é o muito antigo Teatro dos Estados, local onde Amadeus Wolfgang Mozart (1756-1791) estreou uma de suas óperas mais conhecidas, o Don Giovanni no ano de 1787. Outro ponto alto da passagem pela cidade está na visitação que se pode fazer à Torre da Pólvora, uma construção do período neogótico mais antiga que o Brasil. A torre traz na data de sua fundação o ano de 1475, e é ponto obrigatório para quem visita o Centro Antigo da charmosa capital. Nela, ocorrem exposições variadas e, para os mais aventureiros, seus 186 degraus são uma barreira muito pequena quando comparados à inesquecível vista com o qual é contemplado quem alcança o topo da torre. Por todos os seus 360º, a vista de Praga é marcante e encantadora. Fabiana Tobias ressalta a grande variedade de pontos relevantes para se visitar e conhecer na milenar cidade: “Praga tem uma diversidade de pontos para se conhecer. Por exemplo, andando pelas ruelas medievais, notam-se estátuas de santos, deuses, imagens de gesso e de pedra para todos os gostos. Visitar as praças, em especial a praça da Cidade Velha, com seus restaurantes, bistrôs, o famoso relógio astronômico que de hora em hora tem personagens de madeira saindo por uma de suas portas e fazem uma representação de moralidade medieval, lembra ela. Uma de suas clientes, a professora de língua portuguesa Marly Monitor, voltou há pouco de um passeio pela República Tcheca junto de seus familiares e reitera a vasta opção de belezas que o local oferece aos turistas que por lá desembarcam: “A tão conhecida Ponte Carlos é belíssima, tanto quanto o Castelo de Praga, considerado o mais antigo do mundo e que tem localizado em seu interior a catedral de São Vito. Lindíssima!”, se encanta ela ao relembrar. Marly destaca,

Agências de viagem são cada vez mais procuradas para viagens ao exterior

também, locais como a Cidade Judaica, a Igreja do Menina Jesus, o qual um dos mantos da figura do menino Jesus foi presente entregue pelo escritor carioca Paulo Coelho, devoto. “Um dos locais onde mais me emocionei ao chegar foi o Museu de Franz Kafka. Meu namorado é fã incondicional do escritor tcheco, ele ama os livros do Kafka e foi para mim um sonho dentro de outro sonho conhecer o museu do escritor com ele”, lembra Marly que destacou, também, a Rua Paris e a 5ª Avenida de Praga, pedaço em que estão localizadas as grandes lojas e grifes do mundo todo. Marly lembra, ainda, que dois outros museus lhe chamaram bastante a atenção: o museu do Comunismo - sistema político que perdurou no país entre os anos de 1948 e 1989 - “e o não tão badalado, porém, muito revelador”, nas palavras da professora, museu medieval da Tortura, um museu bastante diferente do habitual. Na noite de Praga, é possível se encontrar, também, a famosa Karlovy Lázně, considerada a maior boate da Europa Central. COMIDAS E A FAMOSA CERVEJA TCHECA, UM DOS PONTOS ALTOS Conhecer um lugar novo é, também, um exercício de experiência no local em que se está. A cidade nova passa a

ser como uma espécie de personagem vivo e pulsante na vida de quem conhece e vice versa. As descobertas são como uma via de mão dupla em que quanto mais interessada é a vontade de conhecer de quem chega, torna-se, no mesmo ponto, interessante a capacidade de demonstrar e apresentar belas coisas por parte do local em que se está conhecendo. A vida noturna em Praga é muito conhecida, onde encontram-se uma diversidade incrível de pubs, onde recomenda-se desfrutar do local e apreciar uma boa cerveja. Praga é, sem dúvida, uma cidade singular. Afinal, que outro lugar poderia abrigar um Museu da Cerveja, com degustações de algumas das melhores cervejas do mundo em um local do raro mapa subterrâneo medieval e histórico, datado do século 13? “Praga é, realmente, uma cidade muito interessante. É diferente de outras cidades europeias, seja pela sua história, cultura, arquitetura, idioma, seja por seu dinheiro, que tem como moeda local as famosas coroas tchecas”, destaca a agente de viagens Fabiana Tobias. “As pessoas da República Tcheca são muito amáveis com os turistas. Fui muito bem recebida por todas elas. Espero poder voltar lá um dia”, declara a professora viajante Marly Monitor lembrando de seus bons momentos na cidade.


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Meu

Desejo é... Por Odil Zepper (Juba) consultor de estilo e diretor da Unika

Estamos finalizando a maratona 2014 com mil e um desejos para o próximo ano. Ao lado de todos os sonhos, os agradecimentos pelas conquistas e, também, pelas dificuldades. Afinal, quem falou que viver nos anos 2000 era coisa fácil?! Ao longo do ano, apresentamos diferentes olhares sobre moda fugindo do tradicional formato ‘copie e cole’! Por aqui, a moda acontece de A a Z, de forma democrática sob o viés das principais correntes globais, tendo em vista o olhar local (por isso somos diferentes e únicos). Para encerrar o ano com glamour e chave de ouro, preparamos uma deliciosa surpresa: o Guia das Oito, e não estamos falando de novela, mas, sim, da vida real e de personalidades bem próximas do nosso dia-a-dia. Essa tarefa não foi nada fácil e para que pudéssemos realizá-la, convoquei dois pupilos, Beatriz Saes e Kaio Cesar que logo embarcaram nesta saborosa empreitada fashion. Pesquisamos, sondamos, monitoramos mídias sociais e, após uma votação acirrada, selecionamos as oito referências locais que abrilhantam a nossa sessão de moda, carinhosamente batizada de “Mulheres de Luz”. Nosso ponto de partida foi a entrega da varinha de condão com poderes do bem e capacidade mágica de colorir o mundo, trazendo uma perspectiva desenhada com traços vivos de crayon, que ofereceu às nossas escolhidas uma visão mais bela da realidade, além de um combo com até oito os desejos para 2015. Os principais pedidos foram: fé, foco, amor, paz, saúde, amizade, respeito e muito sucesso para nós e para a nossa cidade. Como Embaixador da Moda, invoco todos os meus poderes e decreto que os desejos serão atendidos em caráter de urgência. De A a Z, para todos, desejo do fundo do coração luz, luz e muiiiita luz nos caminhos!

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Palo ma Santinho Novo Talento

os, à s remete aos sonh O estilo boneca no para ser ar lic sejo de descomp inocência e ao de urado do to minada pelo cin feliz. A renda é ilu força a e ião esentam a un com elos que repr tos, jun ir tru “vamos cons da coletividade, do tos”. vamos vencer jun


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nneblicTitáorriares Maueria ira e Pu Blog

exuberância étnica, mixada à A força da moda lmente ve a soluções incri Latina, apresent ta re a saia e uma ga arrebatadoras. Um ma ca vo in axi-acessórios somadas aos m njas, luz fra , as mporada. Curv super diva da te novo. o an os 365 dias do e cintilância para

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e d n i r b m U ! r o t i e l , ĂŞ c o av a, seus lm a a u s ta is v a Que a mod o, sua vida. lh a b a tr u e s , s o sonh a, consuma ir e il s ra b a d o m Viva a sileiro! ra b ja e s , il s ra B o ba Kaio, Beatriz e Ju


26 E S T I LO

DICAS DE PRESENTES Por Amelinha Silva e Dani Valentim Fotos Amanda Rocha

Passada a febre da Black Friday, dia de compras famosíssimo nos Estados Unidos por descontos especiais, e que teve sua quinta edição no Brasil, é hora de pensar no Natal e nos presentes que vamos comprar para a esposa, marido, filhos, filhas, sobrinhos, netos, amigos, pais, mães e para quem mais estiver na listinha de compras do fim de ano. Com o décimo terceiro salário no bolso, quem já conseguiu quitar as dívidas gosta de fazer um agrado para entrar na onda do espírito natalino. E, para quem tem alguma dúvida, ou não tem muito tempo na hora de ir às compras, a Az! traz um Guia de Compras com várias dicas para acertar na hora de escolher os presentes. Tem opções para todos os gostos, para ele, para ela, e, claro, também para a criançada. Psiu, e se você também se comportou direitinho durante o ano, pense também em comprar um presente para você mesmo. Afinal, fazer um agrado a si mesmo também faz muito bem!

Aproveite as sugestões, boas compras e um feliz Natal!

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Sandália Feminina Santa Lolla

R$

Case Will Love Case Store

R$

Colar Ouro Cristo Exótica

279 90

Porta Guardanapo Mania de Puff

Cantil Harley Mania de Puff Calçados Femininos Infantis Da Pá Virada

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69

R$

99

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60 00

60 00

4900

65 00

Conjunto Pérolas Exótica

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14900

Bermuda Masculina J.Argo


Calรงado Masculino CNS

28

R$

229 00

Fusca antigo Mania de Puff

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135 00

Vestido Longo Estampado M|D Lounge

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Sandรกlia Prata Infantil Da Pรก Virada

459 00

Conjunto Infantil Masculino Da Pรก Virada

R$

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66 60

11100

Calรงado Masculino CNS

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193 00

2300 Lata Pop Art Coca-Cola Mania de Puff

R E V I S TA A Z ! / D E Z E M B R O 2 014

Case carregador para iPhone Case Store

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38000


29

Case iPad Ferrari Case Store

Conjunto Ouro Exótica

R$

18000 Camisa Masculina J.Argo

R$

14900

Relógio Masculino Exótica

Óculos de Sol Feminino Exótica

R$

Sandália Feminina Santa Lolla

R$

249 90

Sapatilha Infantil Santa Lolla

99 00


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Óculos Masculino/Infantil Exótica Case Bolsa Guess Case Store Óculos de Sol Masculino Exótica

Bandeja Coca-Cola popart Mania de Puff

R$ R$

R$

113 00

Sandália Azul Infantil Masculina Da Pá Virada

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Sandália Laranja Infantil Masculina Da Pá Virada

35 00

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89 00

13000

113 00

Cinto Masculino CNS

Bastão de Selfie com Bluetooth Case Store

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Vestido Floral M|D Lounge

R E V I S TA A Z ! / D E Z E M B R O 2 014

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12000 Case iPad Mickey Case Store

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6000

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59 00

9000

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5000

R$ Polo J.Argo

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R$ Puff estampa Tantun Mania de Puff

9900

169 00


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9000 R$

19

R$

00

38000

Caneca The Beatles Mania de Puff

Bicicleta Amarela Mania de Puff

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49 00

Camisa manga curta J.Argo

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10900

Tênis Infantis Masculinos Da Pá VIrada

R$ Calçado Masculino CNS

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Óculos Feminino Exótica

113 00


33 Calçado Masculino CNS

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209 00

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32000

iClaim - Case para esportes radicais Case Store

Relógio Vinil Mania de Puff

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Conjunto Infantil Feminino Da Pá Virada Sandália Feminina Santa Lolla

Sandália Infantil Feminina Da Pá Virada

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289 90 Fone Cars Case Store

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9000 Lente Fish Eye para iPhone Case Store

R$

12000

81 50


34 C O M P O RTA M E N TO

COMO FOI 2014? O QUE ESPERAR DE 2015? Achei que 2014 foi uma bomba para nós brasileiros, bem entendido, e os números comprovam isso: baixíssimo crescimento, inflação alta, muita gente endividada, sem se falar nos escândalos de corrupção. E, muito disso, já era previsto pelo fato de o planeta Júpiter transitar boa parte do ano no inferno astral do Brasil. 2015 vai ser uma luta, pois o país tem muitas doenças que precisam de remédios amargos e, Marte, regente do ano, fala em acréscimo da violência e perdas. Mas, também fala que é a hora certa de profundas transformações, de transformar crise em oportunidade de crescimento. E como Júpiter agora brilha em Virgem, signo do Brasil, quero acreditar que, apesar dos vários desafios, teremos um ano um tiquinho melhor, valeu? João Carlos de Almeida (JOÃOBIDU), Astrólogo e proprietário da Editora Alto Astral

O ano de 2014 foi muito produtivo para a Unimed Bauru. Atingimos metas de crescimento e sedimentamos a qualidade do atendimento. Para 2015, esperamos entregar ampliações importantes no Hospital Unimed, como a Hemodiálise e a Radioterapia, terminarmos a construção do Centro de Diagnósticos Unimed (CDU) e, com isso, melhorar significativamente os serviços prestados aos nossos beneficiários. Dr. Orlando Costa Dias, Médico e cirurgião ortopedista, diretor presidente do Conselho de Administraçãoda Unimed Bauru

2014 foi um ano de estruturação de vários projetos pessoais, profissionais e familiares. Em 2015 vou continuar plantando novas ideias, novos projetos para alcançar mais conquistas, mais experiência e sabedoria. Será muito melhor para todos nós. Desejo que cada um saiba aproveitar muito as oportunidades de melhorar o nível educacional e profissional. Precisamos ter um país muito mais preparado para os desafios que temos a resolver. Desejo sucesso ao novo governo da presidenta Dilma para que retome o caminho do desenvolvimento com justiça social, emprego, renda e mais inclusão. Feliz 2015! Chico Maia, Estrategista em Captação de Recursos na Secretária Municipal de Agricultura da Prefeitura de Bauru

R E V I S TA A Z ! / D E Z E M B R O 2 014


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Para mim, o ano de 2014 foi repleto da presença de Deus! Presença que se manifestou nas diversas situações do cotidiano: no pequeno, no simples ou no grande e extraordinário. Presença fiel que independe das boas atitudes ou das contradições humanas... nos abraçou a todos como filhos. Para 2015... espero uma revolução! Uma revolução que é capaz de transformar e arejar a lógica do mundo... aquela que realizamos pessoalmente, no silêncio e no contraditório território do nosso coração

Prof.ª Dra. Irmã Susana de Jesus Fadel, Reitora da USC - Universidade do Sagrado Coração

2014 foi um ano bastante atípico dos demais, muitos eventos importantes de uma vez só, emoções a flor da pele e conflitos ideológicos estampados nas mídias locais e mundiais. Nós, brasileiros, demonstramos estarmos atentos a todas as manifestações de nosso país e isto representa respeito à pátria amada. Espero continuarmos este respeito e movimentação pelos próximos anos, 2015, 2016 e assim por diante. Daniel e Daniele Disposti Empresários e proprietários da Owzone

LEITORES VIA FACEBOOK E INSTAGRAM

O QUE VOCÊ ESPERA PARA ESTE PRÓXIMO ANO DE 2015? Fernando Papassoni: Que as amizades não se desfaçam por causa de um post político no Facebook. Mais amor, galera!

Marzinha Gomes: Desejo a presença de Deus contínua em nosso caminhar !!!!

@cris_katia75: Que as pessoas possam colocar em prática todo o amor e paz que desejam em suas postagens....!

@lumattos5: Esperarei menos...realizarei mais...muito mais!!!


36 E S T I LO

Edisson Mesquita mostra livro que era do exministro falecido recentemente

O AMIGO TÍMIDO DO MINISTRO O DESEMBARGADOR APOSENTADO DO ESTADO DE SÃO PAULO EDISSON MESQUITA, CONTOU, COM EXCLUSIVIDADE À REVISTA AZ!, SOBRE A ÉPOCA EM QUE O EX-MINISTRO DA JUSTIÇA MÁRCIO THOMAZ BASTOS VIVEU E TRABALHOU NA NOSSA CIDADE R E V I S TA A Z ! / D E Z E M B R O 2 014

Texto e foto Lauro Neto

N

a época dos anos 60, muita coisa ainda estava por vir em nossa cidade. Como gostam de contar algumas pessoas com mais anos vividos, ‘eram outros tempos’. Pois bem. Há poucos dias, em uma conversa despretensiosa, um conhecido relembrou histórias da sua época, causos que trazia na memória e que há muito não contava a ninguém. As eleições renderam muito para as conversas e, entre os grandes temas conversados, a política. Próximo do dia 20 de novembro, o


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Desembargador Aposentado do Estado de São Paulo Edisson (“com ‘i’ e dois ‘esses’”, reforça ele) Mesquita lembrou dos anos de juventude, as batalhas da mocidade e algumas das muitas conquistas que obteve nos caminhos da vida. A notícia de falecimento do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos causou estranheza a todos. “Uma grande perda a morte do meu amigo Márcio Thomaz Bastos. Devo muito da minha trajetória à ele. Nós trabalhamos juntos por aqui na época da Cesp (Companhia Energética de São Paulo)”, comentou ele com ar de sincero pesar.

UM MINISTRO EM BAURU De imediato, logo na sequência ao comentário dele, todos ficam em silêncio aguardando por um complemento ou mesmo explicação. Nem foi preciso perguntar. “Sim, o ministro trabalhou em Bauru quando era funcionário da Cesp como advogado da entidade. À época, eu era assessor do chefe e, entre todo o pessoal, estava, também o Márcio”, lembra o Desembargador Aposentado. “Márcio Thomaz Bastos era um verdadeiro tribuno, expressão que vem do Direito Romano e se refere àquele que usa sua fala para convencer os ouvintes”, explicou Edisson que já trabalhou, também, como professor de Direito de toda eloquência e capacidade de Bastos em convencer as pessoas de suas teses. Edisson Mesquita contou que era um rapaz muito tímido e que teve sua vida completamente transformada por intermédio direto do recém-falecido ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos. “Um dia, fui com o Márcio e, ele me disse que tinha pego um júri. Era um caso muito complexo e ele me disse que estava pensando em me dei-

xar fazer parte dos trabalhos em parceria”, lembrou Edisson que, no mesmo instante, recordou a tamanha timidez que tinha até mesmo para apresentar trabalhos na faculdade. “O Márcio ofereceu 30 minutos do seu tempo para que eu fizesse parte da defesa. Me recordo até do nome do Juiz da época: Roberto Guedes Sampaio”, reforça. Naquela época, os empregados da Cesp podiam atuar em causas externas que não envolvessem órgãos públicos. O escrevente da sala era, por coincidência, colega de turma do Edisson. Logo, o colega escrevente comentou o fato com o Juiz. O Juiz que ficou, então, reticente, perguntou se ele era advogado formado, questionamento rebatido de prontidão por Márcio que respondeu que não, mas que o Edisson Mesquita era estagiário e que cederia parte de seu tempo para sua explanação. “Meu nervosismo era muito grande. A pressão era enorme naquela causa”, evoca ele. O ex-ministro deu uma dica preciosa ao colega: decore os primeiros três minutos do seu discurso que o restante vem com naturalidade. E foi exatamente o que aconteceu. “Falei pela meia hora combinada e, a partir dali, minha vida mudou completamente. Pensei em me tornar algo no Direito que não advogado”, recorda ele que pensou em atuar na promotoria, mas pela falta de combatividade, optou pela magistratura. Um outro amigo Homero Otoni, o inscreveu, de surpresa, em um concurso para a magistratura e tudo mudou a partir daí.

NAQUELE TEMPO Os amigos conviveram juntos na cidade por cerca de três anos, como lembrou um outro advogado pertencente, também, à essa turma Adilson

José de Barros. “Ele morou na cidade por, aproximadamente, três anos entre os anos de 1968 e 1970. A casa dele e da esposa, Maria Leonor de Castro Bastos, ficava próxima do antigo BAC (Bauru Atlético Clube)”, recordou o colega. Colegas de trabalho, mas também de prosa e de se visitarem em suas casas, onde conversavam e discutiam assuntos diversos, Mesquita ressalta a distinção do Márcio Bastos: “Desde aquele tempo, ele era uma cabeça pensante difícil de você pegar. Tinha o dom da oratória, era um erudito que pensava e agia como enxadrista. Tudo que você falava para ele, ele antecipava. Se colocava umas dez jogadas à sua frente”, frisa ele ao se lembrar do homem que era humilde, calmo, mineiro à sua maneira, “apesar de ser nascido na cidade de Cruzeiro, em São Paulo”, brinca Edisson com o jeito pacato do ex-ministro. No início da década de 1970, Márcio Bastos foi transferido para uma outra função no departamento jurídico da Cesp na capital paulista, passando a advogar para pessoas carentes e também para clientes maiores. “As grandes ideias eram sempre dele, partiam sempre de seu vasto conhecimento jurídico”, afirma Edisson Mesquita, que guarda, ainda com muito carinho, como recordação, dois livros assinados com o nome do ex-ministro. As obras foram um presente oferecido ao amigo Edisson Mesquita, dos “Comentários à Lei de Falências (Decreto-lei nº7.661, de junho de 1945)”, compostos por três volumes (infelizmente, o primeiro volume se perdeu “entre empréstimos e mudanças”, lembra) escritos pelo autor Trajano de Miranda Valverde. e seus trazem, logo na primeira página, a assinatura do, então, amigo e colega de trabalho Márcio Thomaz Bastos.


38 PERSONAZ

OPERÁRIO DO BEM MEMBRO ATIVO DO CONSELHO MUNICIPAL DA PESSOA IDOSA E UM AGENTE DEVOTADO DO VOLUNTARIADO EM BAURU, O REPRESENTANTE COMERCIAL APOSENTADO UBALDO BENJAMIM ENCONTROU NA DEDICAÇÃO AO PRÓXIMO UM NOVO SENTIDO PARA A PRÓPRIA VIDA Por Fernanda Villas Bôas Fotos Amanda Rocha

R E V I S TA A Z ! / D E Z E M B R O 2 014


O

bauruense Ubaldo Benjamim tem 75 anos, mas fôlego de 30. Há 15 anos, esse representante comercial aposentado encontrou outra atividade para escoar sua vigorosa energia: o voluntariado. Membro ativo do Conselho Municipal da Pessoa Idosa - órgão que já presidiu duas vezes e que acompanha desde o surgimento, em 1999 – ele batalha com garra pelas políticas públicas voltadas para a terceira idade em Bauru. Nos próximos meses, terá trabalho dobrado. O motivo: a recém-aprovada “política municipal da pessoa idosa”, lei que assegura direitos sociais aos cidadãos que já passaram dos 60 anos e que se inspira no programa nacional de proteção ao idoso, deverá concentrar as atenções do conselho local. O objetivo do grupo é monitorar as ações do poder municipal que poderão beneficiar os cidadãos mais velhos, seja no âmbito da saúde, da educação ou do lazer. Ubaldo sonha com mais centros de convivência, onde seja possível aproximar todas as idades. É um conceito conhecido como “intergeracional”, ou seja, a

conexão entre diferentes gerações. Ele diz que a pessoa mais velha tem um repertório amplo que precisa ser compartilhado. Ao mesmo tempo, gostaria que os mais jovens integrassem o idoso às suas práticas cotidianas – por exemplo, na relação com a tecnologia. Pique para isso não lhe falta. Ubaldo é desembaraçado, tem raciocínio rápido e uma convicção segura da bandeira que defende. Diz que encontrou no voluntariado uma maneira de ser útil à sociedade, depois de uma aposentadoria precoce, aos 52 anos, e de um começo de depressão advindo da inatividade. Hoje completamente recuperado, ensina que fazer bem ao próximo é uma ferramenta terapêutica eficiente. Não por acaso, Ubaldo já está se preparando para repetir sua tradição natalina: vestir-se de Papai Noel em dezembro e, assim, devidamente paramentado, alegrar as crianças da Creche São Francisco, no Parque Jaraguá, da qual sua esposa, a professora aposentada Ana Maria, é vice-presidente. “No Natal, sou Papai Noel. Na Páscoa, viro o coelho das crianças da creche”, conta. Acompanhe a entrevista: Revista Az! - Como se deu a criação do Conselho Municipal da Pessoa Idosa? Ubaldo Benjamim - A criação se deu através de uma lei municipal, ainda no governo Nilson Costa (ex-prefeito municipal), em 1999. A primeira presidente, inclusive, foi a Darlene (Têndolo, atual secretária municipal do Bem-

-Estar Social). Depois disso, vieram outros. Eu fiquei duas gestões de dois anos. Depois, como ninguém quis pegar, fiquei mais duas gestões de dois anos. Minha esposa (a professora aposentada Ana Maria De Michieli Benjamim) ficou quatro anos também. Mas eu nunca deixei de participar do conselho: mesmo não sendo mais conselheiro, continuo frequentando as reuniões.

EM FOCO Nome: Ubaldo Benjamim Idade: 75 anos Onde nasceu: Bauru, SP Atividade Profissional: Representante comercial aposentado, ele é expresidente do Conselho Municipal da Pessoa Idosa, presidido atualmente por sua esposa, a professora aposentada Ana Maria De Michieli Benjamim. É um defensor ferrenho dos diretos da terceira idade em Bauru e membro do Conselho Estadual do Idoso, com sede em São Paulo. Também é membro dos conselhos municipais de Assistência Social e de Esportes, além da Comissão Permanente de Acessibilidade. Filhos: Dois: o analista de sistemas Ubaldo Júnior, 44 anos, e o educador físico e comerciante Marcelo, 42. É avô de cinco netos – todos meninos. Hobbies: coleções. A paixão atual é por xícaras personalizadas: de bares, restaurantes, bancos, cafés, etc. Mas ele já colecionou moedas, maços de cigarro, selos, caixas de fósforo, lápis, canetas e chaveiros. “Minha casa parece um museu!”, brinca.

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NATAL NA CRECHE Ubaldo e Ana Maria Benjamim estão arrecadando presentes para o Natal das crianças atendidas pela Creche São Francisco, no Parque Jaraguá. Onde deixar as doações: rua Antônio Xavier de Mendonça, 4,71, Altos da Cidade.

Ubaldo Benjamim com a esposa Ana Maria e os netos Lucas e Matheus

Hoje, participo do Conselho Estadual do Idoso, em São Paulo. Minha esposa é a atual presidente do conselho em Bauru. Nessa última eleição, teve mais um candidato. Dos 20 votantes titulares, ele teve três votos e minha esposa, 17. Então, ela acabou sendo escolhida novamente.

“OUTRO DESRESPEITO É NO ÔNIBUS. HÁ VAGAS DESTINADAS A IDOSOS OCUPADAS POR JOVENS, E ELES NEM DÃO BOLA. ALGUNS RESPEITAM, MAS A GRANDE MAIORIA NÃO RESPEITA. MUITOS JOVENS FINGEM QUE ESTÃO DORMINDO” Ubaldo Benjamim

Az! – Como surgiu esse interesse de participar do Conselho Municipal da Pessoa Idosa? Ubaldo – Aos 60 anos, eu me tornei idoso. Verificando as políticas nacionais e estaduais em prol do idoso, me interessei, porque alguma coisa eu tinha que fazer na vida, já que me aposentei aos 52 anos. Como era difícil conseguir um emprego remunerado,

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me dediquei a causas sociais, ou seja, trabalho não remunerado, voluntário. E, entre os vários que poderiam existir, me identifiquei mais com a causa do idoso. Porque, como idoso, eu tinha que me defender e defender as causas dos idosos também. Az! – De que maneira é o tratamento dispensado ao idoso na nossa sociedade? As políticas voltadas para o idoso são eficientes? Ubaldo – Com o advento do Estatuto do Idoso, que já tem 11 anos, muita coisa melhorou em prol do idoso. Só que a gente percebe que os jovens, as pessoas que não são idosas, não se conscientizaram ainda dos direitos dos idosos. Não são só direitos, são obrigações também, claro. Mas muita coisa ainda não é respeitada. As políticas nacional e estadual (em prol do idoso) já existem há mais tempo. A nossa (política municipal da pessoa idosa), só conseguimos implantar agora em outubro (de 2014), depois de três anos. Houve várias modificações: da Prefeitura para a Câmara, da Câmara para o Jurídico. A lei foi instituída por nós aqui dentro do Conselho Municipal da Pessoa Idosa. Retiramos algumas coisas que consideramos inviáveis e a aprovação foi em 16 de outubro. Antes disso, conseguimos

aprovar o Fundo Municipal da Pessoa Idosa. Já estamos com CNPJ pronto e abrindo uma conta bancária. Az! – Quais as novidades que a lei vai trazer para o idoso e de que maneira será gerido o fundo? Ubaldo Benjamim – A lei vai trazer bastante benefício, porque ela é bem abrangente no que se refere a educação, saúde, transporte, ou seja, todos os aspectos que envolvem o idoso. Como foi aprovada só agora, vamos procurar, também agora, a ver os resultados dela. Vamos ver o que a (secretaria municipal da) Educação poderá fazer, a (secretaria municipal da) Saúde poderá fazer. Quanto ao fundo, a conta está sendo aberta pela Sebes (Secretaria Municipal do Bem-Estar Social), que é o órgão gestor do Conselho Municipal da Pessoa Idosa. A partir do momento em que existe a conta, é possível a um industrial ou comerciante destinar ao Fundo do Idoso 1% do imposto de renda. Vamos fazer uma campanha para incentivar isso. Multas relacionadas a vagas de estacionamento destinadas ao idoso também vão para esse fundo. Com o dinheiro do fundo, o Conselho do Idoso mais a Sebes poderão ver onde direcionar em prol do idoso. Talvez centros de convivência, academias para o idoso, que precisam ser específicas, com aparelhos de madeira, que são mais adaptados à fragilidade dos idosos. Já existe uma dessa em frente à Hípica (clube Sociedade Hípica de Bauru). Outras três deverão ser implantadas em Bauru. Az! – O senhor defende o relacionamento social dos idosos com crianças? Ubaldo – Sim, acredito na possibilidade do idoso interagir com a criança. Ela tem que aprender a ver como o ido-


41 so vive, como se relaciona com a sociedade e com os outros idosos. Assim, vai aprender a ter respeito pelo idoso, coisa que a gente não vê no ônibus, no metrô ou em vagas de estacionamento específicas para o idoso. Os idosos têm uma grande bagagem para transmitir às crianças. E as crianças podem, por exemplo, ensinar os idosos a mexer no computador. Az! – Quais são as principais queixas dos idosos relacionadas à discriminação? Ubaldo – Em relação a estacionamento, é uma das queixas. Eu, particularmente, tenho uma filipeta instituída pela Emdurb (Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru). De um lado, mostra um idoso, falando que aquele lugar seria do idoso e indicando onde fazer o cartão de identificação do idoso. Do outro lado da filipeta, tem o cadeirante. Quando eu vejo alguém estacionado numa vaga de idoso ou deficiente, e não há o cartão que indica que a pessoa é deficiente ou idosa, coloco a filipeta voltada de acordo com a situação no para-brisa do carro. Outro desrespeito é no ônibus. Há vagas destinadas a idosos ocupadas por jovens, e eles nem dão bola. Alguns respeitam, mas a grande maioria não respeita. Muitos jovens fingem que estão dormindo. Vejo muito isso no metrô em São Paulo. Eu tenho uma pastinha do Conselho Estadual do Idoso onde está escrito o nome do conselho. E, essa pasta, eu procuro deixar virada do lado certo. Se eu entrar no metrô em São Paulo e a vaga do idoso estiver ocupada por um jovem, faço questão de mostrar a pasta. Alguns se tocam, outros não. Mas também não vou brigar por causa disso. É questão de educação. Az! – Como conscientizar as pessoas em relação aos direitos dos idosos? Ubaldo – Campanha para conscientizar os idosos é importante. Já fizemos campanha para conscientizar motoristas de ônibus. Houve um resultado positivo, mas parece que a coisa voltou a ser o que era antes. Alguns não param

Ubaldo e a família: a esposa Ana Maria, os filhos Marcelo e Ubaldo Júnior, as noras Cristine e Valéria, e os netos Bruno, Matheus e Lucas

quando o idoso abana a mão. Também tem motorista que sai apressadamente quando o idoso ainda está subindo no ônibus. Há pouco tempo, estivemos na Emdurb discutindo isso. A Emdurb tem que interferir junto aos motoristas. A gente poderia fazer uma campanha nas escolas: o professor conscientizando os alunos sobre a necessidade de se respeitar o idoso. Az! – O senhor já foi vítima de preconceito por ser idoso? Ubaldo – Nunca fui. Graças a Deus, como idoso, nunca fui vítima. Sou uma pessoa de fácil relacionamento, não tenho inimigos, tenho muitos amigos, convivo com muitas pessoas da sociedade, assim como dos conselhos (além de integrar o Conselho Municipal da Pessoa Idosa, ele também é membro dos conselhos municipais de Assistência Social e de Esportes, e da Comissão Permanente de Acessibilidade). Enfim, a gente está envolvido nessa parte de voluntariado. Por exemplo, minha esposa, além de estar envolvida com o Conselho Municipal da Pessoa Idosa, também é vice-presidente da Creche São Francisco, em Bauru, há muitos anos. Todos os anos fazemos o Natal e a Páscoa das crianças. Estamos envolvidos com as crianças, com os adolescentes e os idosos.

“ALGUNS MOTORISTAS DE ÔNIBUS NÃO PARAM QUANDO O IDOSO ABANA A MÃO. TAMBÉM TEM MOTORISTA QUE SAI APRESSADAMENTE QUANDO O IDOSO AINDA ESTÁ SUBINDO NO ÔNIBUS...” Ubaldo Benjamim

Az! – É verdade que o senhor é um colecionador? Ubaldo – Sim! A coleção que estou mais envolvido agora é de xícaras de café gravadas. Xícaras de bares, cafés, restaurantes, bancos. Para todo lugar que viajo, onde vejo uma xícara personalizada, eu peço. Se eu ganhar, muito bem, mas não compro nem roubo... (risos). Eu tenho umas 350 xícaras em casa. Já colecionei selo, moeda, papel-moeda, maços de cigarros, caixinhas de fósforo, lápis e canetas gravados, chaveiros. Minha casa parece um museu! Tem o primeiro Atari, máquina fotográfica de fole, projetor Super 8...


42 C O M P O RTA M E N TO

UM SÉCULO NA TRINCHEIRA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL, A “GRANDE GUERRA”, COMPLETA 100 ANOS

O ANO DE 2014 MARCA UM SÉCULO DO INÍCIO DE UM DOS MAIORES CONFLITOS ARMADOS DA HISTÓRIA DAHUMANIDADE. O CENTENÁRIO DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-1918) TRAZ QUESTIONAMENTOS SOBRE AS MOTIVAÇÕES E O IMPACTO QUE O CONFRONTO PRODUZIU. A DATA TRAZ, TAMBÉM, OLANÇAMENTO EM DVD DE 6 LONGAS QUE TRAZEM A GUERRA COMO TEMA CENTRAL

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Texto e Fotos por Lauro Neto Ilustrações Banco de Imagens

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á exatos 100 anos, o mundo tomaria contato com um dos conflitos armados mais complexos que a História já registrou em seus livros e páginas. O ano de 1914 marca o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), conhecida, à época, como a Grande Guerra, uma vez que pelas proporções épicas que tomou o tal embate - a população não imaginava que estaria a caminho um segundo confronto, a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), algo muito mais sanguinário e destruidor. Nas palavras balbuciadas instantes antes de morrer pelo Coronel Kurtz, célebre personagem saído do romance “Coração das Trevas”, de Joseph Conrad (1857-1924), “o horror, o horror”. Anterior, porém, muito propício para explicar o que foi o sentimento causado pelas batalhas da Primeira Guerra. Após tomar contato com as bárbaries que o ser humano foi capaz de arquitetar nos campos de concentração nazistas, o filósofo tcheco Vilém Flusser (1920-1991), em seu livro “Pós-História: Vinte instantâneos e um modo de usar”, trouxe à baila uma das questões mais enfáticas da segunda metade do século 20: “Como viver após Auschwitz?”, como seguir o rumo natural das coisas após um incidente tão grande como são as Guerras Mundiais? O continente Europeu, local em que se travaram a maior parte das batalhas, ficou próximo do colapso econômico, terminando por deixar prédios em ruínas, cidades inteiras em enormes desertos de tijolos aos pedaços, ferros retorcidos, estruturas e fachadas sem formas e sem vida eram, agora, objetos irreconhecíveis, cercadas pelo bombardeio destrutivo da irracionalidade dos governantes que agiram em nome de valores e em uma espécie de busca desenfreada pela consolidação de seus mercados. Hoje,

passado um século do começo da Primeira Guerra, um sem-número de historiadores e pesquisadores de diversas áreas do conhecimento se dedicam ao estudo e tentativa pelo entendimento mais amplo de toda a complexidade de eventos que acarretaram nas causas da Grande Guerra de 1914. O coordenador do curso de História da Universidade Sagrado Coração (USC), Roger Marcelo Martins Gomes, também doutorando em História pela Unesp de Assis, lembra que a primeira Guerra Mundial era uma guerra de potências capitalistas e não do povo. “As potências europeias promoveram uma divisão de mercados, uma divisão de colônias e também uma divisão de capital. Era uma guerra do capital”, frisa ele. De acordo com o historiador egípcio Eric Hobsbawm (1917-2012), “‘Paz’ significava ‘antes de 1914’. Depois disso, veio algo que não mais merecia esse nome”, escreveu ele em seu livro “Era dos Extremos”. Há um outro fator que confere distinção a esta guerra em relação às anteriores. A Grande Guerra foi um ambiente histórico propício para o surgimento de novas doutrinas ideológicas - como o Nazismo e o Fascismo -, foi nela em que apareceu o uso maciço de granadas, morteiros, metralhadoras leves que acompanhavam os soldados em suas incursões pelos fronts e, acima de tudo, essa guerra fica caracterizada pela produção e comercialização, em escala industrial, de armamento bélico. O professor Roger Gomes ressalta que “A Primeira Guerra Mundial é a materialização da crise do capital. O capitalismo chega em crise e acaba por provocar esse confronto, esse embate”, lembra o pesquisador. “As potências industriais investiram pesado na tecnologia da guerra, na produção de armamento bélico. E quem é o grande consumidor disso tudo? O próprio Estado. Portanto, a guerra é, sim, um ótimo negócio”, afirma Gomes.

CONTEXTO HISTÓRICO Para o professor Unesp de Bauru, Claudio Bertolli Filho, Livre-Docente na área da Antropologia, o contexto histórico que caracterizou a primeira década do século 20, era alimentado por uma disputa imperialista entre as principais nações do planeta. “Neste momento, por imperialismo entende-se, sobretudo, a disputa entre nações pelo domínio político e econômico das áreas conhecidas como ‘coloniais’, bem como pelos mercados não apenas das colônias, mas, também, dos países independentes”, lembra o pesquisador. Deste modo, Inglaterra e França eram as sedes imperialistas tradicionais da época, aqueles que vinham explorando política e economicamente várias regiões do mundo desde meados do século 18, ou, até mesmo, tempos antes. Concorrentes deles, estavam outros dois países que haviam conseguido sua unificação há pouco tempo. Apenas na segunda metade do século 19, a Itália, em 1870, e a Alemanha em 1871 passaram a ter a composição territorial como hoje os conhecemos. “Duas outras nações também afloravam como possíveis rivais da França e da Inglaterra: a Rússia, chamada de ‘urso adormecido da Europa’ e os Estados Unidos da América” salienta Bertolli. Bem mais do que a Itália, a Alemanha havia conseguido em poucas décadas, um desenvolvimento econômico-tecnológico de ponta. “O rápido enriquecimento da Alemanha permitiu que ela aplicasse somas consideradas fabulosas no Oriente Médio, construindo ferroviais e financiando grupos e governos locais contra o imperialismo inglês e francês. Toda essa movimentação gerava tensões que, hoje, são apontadas como fatores fundamentais para o início do conflito mundial”, coloca o Livre-Docente. CAUSAS DO CONFLITO Ao partir das disputas imperialistas, é possível que se construa relações e se compreenda os conceitos diante de


44 C O M P O RTA M E N TO todo massacre que aconteceu a partir do advento da guerra. “A explicação da Guerra não é algo de caráter simplista, nem mesmo reducionista ou até mesmo positivista”, relembra o professor Roger Gomes. “A guerra, em si, implica leituras mais amplas acerca da superestrutura” conclui. Outros pontos de grande importância na eclosão da Primeira Guerra dizem respeito às disputas do Império Austro-Húngaro e a Rússia pelo domínio da Europa Oriental - mais especialmente diante da região dos Balcãs -, o nacionalismo sérvio, croata e montenegrino, além do polonês, que era cingido pela multiplicação de grupos, que contavam com simpatizantes pró-Austria-Hungira, outros pró-Rússia e ainda mais alguns que clamavam pela independência destas regiões. “Os conflitos eram frequentes, resultando em rápidas guerras e atos terroristas desde o final do século 19. A fraqueza do imperadores Austro-Húngaro contrastava com a ampliação do poder político e militar do império russo, que se aliou ao movimento Pan-Eslavista da Europa Oriental para ampliar as ondas de contestações”, contou Claudio Bertolli. Não foi por acaso que o motivo imediato da guerra foi o assassinado, com um tiro à queima-roupa disparado contra o príncipe Austro-Húngaro Francisco Ferdinando, que foi proferido na Bósnia, pelo estudante iuguslavo Gavrilo Princip, membro da sociedade secreta Mão Negra. É o pretexto para o início do conflito que deixou mais de 10 milhões de mortos e outros tantos feridos e marginalizados. Eventos como os sistemas de alianças que começam a partir de 1861, a Liga dos Imperadores, a Entente Colegiae, a Paz Armada, a Corrida Armamentista, a Crise do Marrocos de 1904, a Questão dos Balcãs são todos eventos que, com a morte do príncipe Francisco Ferdiando, vão acarretar na Grande Guerra de 1914. REFLEXOS DA PRIMEIRA GUERRA Com a escala mundial que tomou o conflito armado, algumas reações podem ser percebidas contemporaneamente, meR E V I S TA A Z ! / D E Z E M B R O 2 014

estão presentes nos dias de hoje e tais questões são os nódulos centrais das reflexões e críticas que instruem o que chamamos de pós-modernidade ou modernidade tardia” coloca o estudioso. “As bombas de grande poder explosivo, o uso da força aérea, com aviões e dirigíveis, os tanque de guerra, os encouraçados, o uso de armas químicas e os submarinos, como novidades naquele período, passaram a alimentar a visão do lado escuro da ciência, visão esta que permanece até hoje em nossos medos mais íntimos sobre as guerras em geral” complementa ele.

Para o professor Roger Gomes, da USC: “As potências industriais investiram pesado na tecnologia da guerra, na produção de armamento bélico. (...) A guerra é, sim, um ótimo negócio”

nos pelo envolvimento de forças militares de muitos países, e mais pelos efeitos que causou nos planos econômico e das ideologias políticas em todo o cenário global. “Em um mundo instituído pós-Revolução Francesa, no qual a ciência e a técnica eram considerados como as forças propulsoras do progresso e do bem-estar humano, e ainda a fé do cidadão em seus governos e nos ideais nacionalistas, os resultados da Primeira Guerra se deram nas estruturas culturais dos países ocidentais que iriam se avolumar (inclusive devido ao que aconteceu posteriormente na Segunda Guerra Mundial [1939-1945]), gerando uma consciência anti-belicista e desconfiada do poder da ciência e da técnica em serem os principais instrumentos da razão e dos benefícios para a Humanidade” enfatiza o professor Bertolli. Ao mesmo passo, dado o elevado número de pessoas mortas, aliado à ausência de real apoio aos soldados no término do conflito, o nacionalismo e os governos nacionais deixaram de ser percebidos como instâncias capazes de oferecer proteção à sociedade, e sim, como elementos manipuladores da própria sociedade. “Todas essas questões

LEGADOS A experiência da guerra resultou em uma profunda transformação nos comportamentos sociais em escala global. A ideia de brevidade da vida, motivos para se morrer por uma causa ou país e a noção de morte foram radicalmente revistas. O panorama das artes modernas, tão fundamentais para que se compreenda e se explique o que foram as primeiras décadas do século 20, somente podem ser compreendidas em sua amplitude ao serem lidas mediante os aspectos políticos, responsáveis pela estruturação da guerra e suas implicações. A literatura e as artes modernistas geradas durante e após o conflito, tornaram-se os pilares culturais do século 20. Como explicar as produções dos artistas das vanguardas europeias (Dadaísmo, Futurismo, Expressionismo, Cubismo, Surrealismo) tais como Tristan Tzara, Filippo Tommaso Marinetti, Pablo Picasso, Salvador Dalí, Luis Buñuel, Edvard Münch, Kurt Schwitters, além de artistas como os que integraram a chamada Geração Perdida sem levar em consideração que eles estiveram envolvidos diretamente no conflito? Nomes como Thomas Mann, James Joyce, Ernest Hemingway, Gertrude Stein, Ezra Pound, William Faulkner, F. Scott Fitzgerald e tantos outros que integraram a Geração Perdida só podem ser compreendidos sob o olhar trágico e destrutivo da guerra.


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diminuição no número de itens importados, alterando, diretamente, a balança comercial brasileira.

“A experiência com a guerra resultou em uma profunda transformação nos comportamentos sociais”, lembra Claudio Bertolli, da Unesp Bauru

COMO ESTAVA NOSSO PAÍS NAQUELE MOMENTO E COMO FICOU O Brasil se encontrava em meio a um momento político distinto. A chamada República Oligárquica, que vigorou entre os anos de 1894 e 1930, visava a predominância do poder nacional entre as oligarquias paulista e mineira. O nome pelo qual ficou conhecido este momento político “República do Café com Leite”, faz referência aos principais produtos comercializados por ambos os estados. São Paulo era um dos grandes produtores de café da época, bem como o estado de Minas Gerais era responsável por parte significativa da produção de leite que abastecia o país. No instante em que se dá a Grande Guerra, a federação se encontrava em poder do ‘leite’. Os mineiros, por meio de seu representeante Venceslau Brás (1914-1918), estiveram à frente do país no período exato que correspondeu ao desenrolar da Primeira Guerra. O governo do presidente mineiro Venceslau Brás, com o a assinatura do Acordo de Paz, conhece um surto industrial, até então, inédito em sua História. Não é segredo a demora de quase 2 séculos até a chegada da Revolução Industrial Brasileira. Com o surto, muitos trabalhadores

saídos do continente europeu desembarcaram em terras brasileiras, com o intuito de construírem suas vidas deste lado do globo. Para o professor Roger Gomes, o chamado “surto industrial vai criar uma burguesia industrial que, consequentemente, gera uma classe operária de formação clássica, com membros de origem italiana e espanhola, principalmente nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Santos. Esse operariado traz consigo as ideologias de esquerda, tais como o Anarquismo, o Socialismo e ideias comunistas” relembra Gomes, que complementa as informações ao recordar que “Até então na Europa, a luta deles era em busca da tomada do poder. No Brasil, Eles buscam por seus direitos. No Brasil a luta não é pela tomada do poder. É, antes, pela determinação e surgimento de direitos por parte dos trabalhadores” conclui ele. O uso da mão-de-obra imigrante, sobretudo, por imigrantes que estavam fugindo da fome e da recessão, o número de fábricas cresceu 4 vezes mais nos anos da guerra, duplicando o quadro de operários. Esta indústria foi responsável pela conquista do mercado interno, além de contribuir diretamente para a

O BRASIL ESTEVE NO PRIMEIRA GUERRA? SIM E NÃO Invariavelmente, um conflito em escala mundial como foi o que se deu com a Grande Guerra (na época, ninguém imaginava que haveria uma Segunda Guerra Mundial como a que vai suceder de 1939 até 1945), acaba por envolver, de uma maneira ou de outra, todas as nações direta ou indiretamente no conflito. Diferentemente da posição econômica que o Brasil ocupa no atual cenário global, na qual aparece como integrante dos BRICs (terminologia acrônima que faz referência aos países do globo em desenvolvimento econômico: Brasil, Rússia, Índia, China e a África do Sul), à época o país preferiu manter uma posição de neutralidade em relação ao conflito. Com o passar do tempo, a atitude do governo brasileiro foi criticada por entidades e movimentos tais como a Liga de Defesa Nacional, criada no ano de 1916 e que tinha como presidente a figura de Rui Barbosa. A Liga defendia a entrada do Brasil na guerra e seu engajamento ao lado do Reino Unido, França e Rússia, os países da Tríplice Entente. A proximidade de alguns parlamentares com a Alemanha, o Império Austro-Húngaro e a Itália, foram fatores diretos para que o governo mantivesse sua preferência pela neutralidade no conflito que se dava na Europa. Curiosamente, apenas em outubro de 1917, três anos após o início da Grande Guerra - e seis meses após a entrada dos Estados Unidos da América ingressarem nela também -, o Brasil declarou guerra à Alemanha. Motivo: o afundamento de navios mercantes brasileiros por submarinos alemães. A resposta veio do governo do presidente Venceslau Brás, que teve o vapor Paraná, torpedeado no mês de abril de 1917 e o navio Tijuca atacado severamente no mês posterior. O governo rompeu as relações diplomáticas com os germânicos e confiscou


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navios, declarando, oficialmente, sua entrada no confronto bélico no dia 26 de outubro daquele ano, três dias após o bombardeio da terceira embarcação brasileira, o cargueiro Macau, perto da costa da Espanha. O Brasil foi o único país da América Latina a declarar guerra à Tríplice Aliança. A participação do país no confronto bélico, se deu de fato com o envio de corpo médico e aviadores para terras europeias, com o intuito de auxiliarem os ingleses, parceiros comerciais do Brasil, no Atlântico Sul. Antes, porém, de desembarcar seus enviados no front eurupeu, a gripe espanhola dizimou parte significativa da tripulação enviada. Foram 176 vítimas do vírus que assolava o mundo naquela época. Segundo consta nos registros oficiais, nenhum brasileiro morreu nos campos de batalha.

CINEMA DA PRIMEIRA GUERRA O embate das Tríplices (a Aliança e a Entente) surgiu em um momento da História muito propício ao discurso científico, uma vez que avanços tecnológicos ululavam em diversos campos do conhecimento desde o século 19. De todas as frentes, a comunicação não ficou de fora das inovações da tecnologia. Fotografia, rádio e telégrafo foram alguns dos surgimentos que fizeram deste guerra algo distinto. Porém, nada se comparou às proporções em larga escala que uma nova linguagem surgida na França de 1895 podia alcançar. O cinema é responsável por parte significativa da visão e compreensão da Primeira Guerra Mundial como a conhecemos hoje. Essa nova forma de linguagem proporcionou aos envolvidos nos conflitos uma nova maneira de divulgar suas ideologias como nunca antes havia sido feito e em escala muito mais ampla. Historiadores fazem uso, também, de produtos jornalísticos e fílmicos

PARTICIPAR DA GRANDE GUERRA RENDEU ALGO AO BRASIL? Ao término da Primeira Guerra Mundial, o Brasil foi convidado à participar da Conferência de Paz, aberta em 18 de janeiro do ano de 1919, na cidade luz, Paris. A reunião, que trouxe a presença de representantes de 69 países, culminou com a assinatura do Tratado de Versalhes, definindo os termos de rendição para os países derrotados no confronto. O Brasil enviou uma comitiva chefiada pelo futuro presidente Epitácio Pessoa, e conseguiu vantagens econômicas, ao incluir no acordo a indenização pelas 2 milhões de sacas de café principal produto nacional naquele período - apreendidas nos portos alemães quando houve a declaração de guerra e a devolução de depósitos bancários que ficaram retidos desde 1914 na Alemanha. O país também sagrou-se como um dos fundadores da Liga das Nações.

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Imagem do Box contendo os 6 filmes que abordam a Primeira Guerra Mundial

para realização de estudos e compreensão de dos envolvidos e de seu contexto histórico. Estima-se, atualmente, que a temática da Primeira Guerra tenha produzido número superior a 40 longas metragens que têm como temática central a Grande Guerra e seus desdobramentos. “A Primeira Guerra Mundial não foi apenas

uma guerra sem precedentes em relação ao número de nações e da quantidade de novos equipamentos utilizados, foi também uma guerra de imagens, onde o cinema, uma mídia relativamente nova, foi utilizado pela primeira vez na história para documentar o conflito em larga escala”, afirmou a pesquisadora Anette Groschke, da Cinemateca Alemã - Museu de Cinema e Televisão, localizada na capital Berlim. Pela ocasião do centenário do início da guerra suja, da guerra de trincheiras, uma empresa brasileira responsável pela comercialização de filmes em formato DVD, lançou um Box com 3 discos intitulado “A Primeira Guerra no Cinema”. A caixa traz para os interessados no assunto 6 longas-metragens que abordam o tema da Grande Guerra. Os clássicos, até então inéditos neste formato em nosso país, têm como diretores nomes de peso na História do Cinema, tais como King Vidor, Joseph Losey e Georg Wilhelm Pabst, incluindo a inédita versão restaurada do belíssimo “A Grande Ilusão” (1937), de autoria do mestre Jean Renoir. Os demais clássicos que a caixa oferece são “Adeus às Armas”, de Frank Borzage, de 1932, “O Grande Desfile”, de King Vidor, de 1932, “O Rei e o Cidadão”, de Joseph Losey, de 1964, “Cruzes de Madeira”, de Raymond Bernard, de 1933 e “Guerra, Flagelo de Deus”, do alemão Georg Wilhelm Pabst, de 1918. Extras, trailers e até mesmo um pequeno vídeo contendo trechos da restauração do filme “A Grande Ilusão” de Jean Renoir também compõem a caixa de guerra. Para os interessados no assunto, outras grandes recomendações são o filme do mestre estadunidense Stanley Kubrick (1928-1999) “Glória Feita de Sangue” e o livro do autor alemão Erich Maria Remarque (1898-1970), um dos maiores clássicos da literatura de guerra que se conhece: “Nada de Novo no Front”. Ernest Hemingway, T.E. Lawrence, Ernst Jünger, Alfred Döblin, Bertolt Brecht e Georg Trakl são boas recomendações.



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É O ASFALTO E O ESGOTO SEM DINHEIRO PARA GRANDES INVESTIMENTOS E COM CONTAS APERTADAS, DOIS ÚLTIMOS ANOS DE MANDATO DO PREFEITO RODRIGO AGOSTINHO SERÃO COMPLICADOS NA ÁREA FISCAL E DE INVESTIMENTOS, COM FOCO EM ASFALTAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS, OBRAS COM DINHEIRO FEDERAL Texto por Bruno Mestrinelli Imagens de Banco de dados

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e surfou em uma ótima onda de investimentos e no bom resultado das contas públicas municipais no seu primeiro mandato e primeiro ano do segundo mandato, o prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB) vai ter que recorrer às boas e velhas práticas da economia e do corte de custos para fechar as contas dos seus dois últimos anos de mandato e manter a cidade em desenvolvimento. O atual chefe do Executivo caminha para seus dois últimos anos de mandato – já que não poderá tentar mais quatro anos – com o cobertor curto em relação aos gastos públicos. O caixa municipal, antes com sobras, deu lugar a pouco dinheiro para investimento e, pior, com mais gastos com a folha de pagamento, uma vez que a prefeitura está perto do limite de 51% de gastos com o salário de servidores, cerca de R$ 23 milhões por mês na administração direta. Some-se a isso, o custeio (contas de telefone, luz, combustível, materiais de consumo) e chega-se a quase 100% do dinheiro disponível. O nível de investimento e de novas obras dependerá, portanto, de verbas estaduais e federais, principalmente das federais. Porém, é bom lembrar que o governo federal vem aí com corte de custos, incluindo investimento, para 2015. Em 2014, o governo Dilma sequer conseguiu cumprir sua meta fiscal. Ou seja: o cenário para uma cidade que precisa de dinheiro para continuar crescendo é preocupante. De dinheiro próprio, ou seja, aquele adquirido com arrecadação municipal, Bauru não terá muito para investir ano que vem. De acordo com a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2015, saúde e educação terão, juntos, R$ 7,3 milhões para novas obras. Todo o restante do orçamento delas, mais de R$ 290 milhões, vai para o custeio da própria máquina. Com isso, ficam como principais obras para os dois próximos anos o asfaltamento via empréstimo federal e o tratamento de esgoto, com verba a fundo perdido, também federal. Em nenhum dos dois casos, o dinheiro entrou. Nem a licitação foi realizada. No caso do asfalto, um empréstimo virá com algo em torno de R$ 40 milhões para asfaltamento de cerca de 800 quadras. No caso do tratamento de esgoto, são R$ 120 milhões, liberados desde março de 2013, mas até agora a licitação não foi finalizada. E, com o contingenciamento de verbas do governo federal, se Bauru demorar demais para realizar a construção da estação, corre o risco de ficar sem o que é para ser a principal obra de Rodrigo.

O prefeito Rodrigo Agostinho, em entrevista à Revista Az!, admite que a situação não é boa, mas garante trabalho para manter o nível do governo e afirma que vai avisar a população sobre as possibilidades de obras com ou sem dinheiro. Ele aponta saúde e educação como as prioridades, além das verbas citadas acima, apesar do pouco dinheiro municipal disponível para investimento nas duas áreas. “Infelizmente, o reflexo da queda de receita tem influenciado no nosso limite de contratação, mas as áreas de saúde e educação são prioridades para os próximos dois anos”, garante Rodrigo, apesar da situação caótica vivida pela saúde local. Atualmente, não há sequer médicos para atendimento nas Upas (Unidades de Pronto Atendimento) da rede municipal. Ele cita a destinação de dinheiro para a saúde, em números, maior do que a Constituição Federal determina, mas ainda insuficiente para garantir uma saúde digna para o bauruense. Rodrigo considera que parte dos problemas vividos pelo sistema local esteja relacionado com a falta de formação profissional. “No meu ponto de vista essa questão só será mediada, em médio prazo, com a formação de mais profissionais. Por isso, trabalhamos para a implantação do curso de medicina no município. Conseguimos viabilizar a autorização para o curso privado, mas seguimos com o trabalho na busca também do curso público.” TORNEIRAS SECAS A saúde e a educação são priorizadas por Rodrigo, mas a demanda em outras áreas é mais do que urgente. Podemos citar o caso do abastecimento de água em Bauru. A equação de investimento quase zero no sistema, com a escassez de chuvas de 2014, resultou em um resultado de torneiras secas para os bauruenses, principalmente no segundo semestre, com rodízio no abastecimento de água. Os 40% da cidade abastecidos pelo Rio Batalha sofreram bastante e vão continuar sofrendo. O Plano de Águas da prefeitura ainda não saiu do papel e não há previsão de que uma solução seja encontrada em curto prazo para essa fatia da população. Ambientalista, Rodrigo cita, sem entrar em detalhes, o planejamento a ser cumprido nos próximos dois anos. Afirma, também, que a seca complicou a situação. “A situação vivida neste ano em dezenas de municípios do país, foi algo alarmante. E os maiores problemas foram verificados em municípios abastecidos por rios. No caso de Bauru, temos 40% da população abastecida pelo Rio Batalha.


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pela inflação (em torno de 6%), mas teremos uma arrecadação-extra vindo da cobrança do imposto atrasado, com ajuizamento de ações, além de fotos aéreas que vão mostrar ampliações de construção que nós não temos conhecimento”, afirma o secretário. Ele lembra, também, todo o resultado das contas públicas municipais do ano que vem dependerá, ainda mais, do empenho das secretarias e dos gestores públicos. “Vamos ter que economizar da melhor maneira possível, fazer economia, apertar o cinto”, comenta. Marcos Garcia é o responsável direto pelas finanças da prefeitura desde o fim do governo Tuga Angerami. Um dos responsáveis pelo direto desempenho positivo do governo Rodrigo Agostinho. Tanto que, dentro de inúmeras reformas do secretariado, ele passou incólume. E deve passar por mais uma, para os próximos dois anos. Apesar de o prefeito Rodrigo Agostinho não adiantar as mudanças, apenas dizer que está estudando o que fazer, Marcos Garcia não é um dos cotados para sair.

“INFELIZMENTE, O REFLEXO DA QUEDA DE RECEITA TEM INFLUENCIADO NO NOSSO LIMITE DE CONTRATAÇÃO, MAS AS ÁREAS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SÃO PRIORIDADES PARA OS PRÓXIMOS DOIS ANOS” Rodrigo Agostinho

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Infelizmente, a falta de chuva agravou uma situação até então contornável”, comenta. ALERTA TOTAL O secretário municipal de Finanças, Marcos Roberto Garcia, disse à AZ! que a situação é realmente preocupante. Ele explica: as contas estarão apertadas. O orçamento, de pouco mais de R$ 1,1bilhão, entre administração direta e indireta, terá aumento de cerca de 6% em relação a 2014. Enquanto isso, o custo total terá aumento de quase 10%. Com isso, as contas não fechariam. “Mas nós temos algumas maneiras de fazer as contas fecharem. Uma delas é arrecadar mais imposto, mas sem aumentar. Precisamos tornar a máquina mais eficiente. O IPTU vai aumentar

PRINCIPAIS DEMANDAS X VERBA DISPONÍVEL Asfalto (1.200 quadras) x empréstimo federal de cerca de R$ 38 milhões para 800 quadras; Esgoto (estação de tratamento – hoje só 10% do esgoto da cidade é trataado) x verba a fundo perdido de cerca de R$ 120 milhões; Saúde (novas unidades básicas e hospital) x não há verba disponível com necessidade de mais de R$ 50 milhões; Obras antienchente x não há verba disponível previsão de R$ 70 milhões de gastos; Obras de mobilidade urbana x não há verba disponível; Ginásio municipal x não há verba disponível previsão de R$ 20 milhões de gastos.


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“A DEMOCRACIA DOS AUSENTES” Por Rafael Moia Filho (presidente de BATRA) Imagem Banco de Imagens

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o segundo turno das últimas eleições presidenciais, a diferença de votos entre os dois candidatos que disputaram o cargo foi de 3.459.963 votos, o que equivale a apenas 2,42% do eleitorado brasileiro. Por outro lado, 37.279.085 eleitores (ou 26,01% do eleitorado) não participaram do processo político, seja porque não compareceram às urnas (30.137.479 eleitores), seja porque compareceram apenas para votar em branco (1.921.819 eleitores) ou nulo (5.219.787). Diante do exposto, vê-se com clareza que a eleição não foi decidida pelo voto, mas sim pela omissão. Com uma diferença de votos tão estreita entre os candidatos, ninguém pode prever qual seria o resultado se todos os omissos tivessem participado do processo, afinal, isso equivaleria à inclusão de mais 37.279.085 votos em uma eleição que foi decidida por uma diferença de apenas 3.459.963 votos. Em um país onde o voto é obrigatório e a abstenção gera pesadas sanções aos eleitores, todas descritas no art. 7º do Código Eleitoral, como chegamos ao ponto de vivenciarmos tamanha ausência às urnas? Uma possível explicação é no sentido de que os cotidianos escândalos de corrupção e a lamentável prática política em nosso país, corriqueiramente afasta-

da da ética e do bem comum, desencantam as pessoas e faz com que se afastem da política. Elas deixam a decisão para os outros e acham que, desse modo, não se envolverão. Mas é um erro, pois em política não há omissão sem consequência. A omissão também é uma escolha política. Quem se omite ao ver uma luta entre uma franzina criança e um homem forte, não pode dizer que não se envolveu na luta, pois na verdade a sua omissão implicou na escolha do vencedor, que obviamente não será a criança franzina. O mesmo acontece com a omissão política: ela implica permissão implícita para que sempre vença o mais forte, o que tem melhores ou maiores recursos para se impor. Tenho para mim que seria uma ótima pauta explorar essa questão, pois a democracia foi pensada para que as decisões fossem tomadas pela participação, não pela omissão das pessoas, como ocorreu neste caso. Não há democracia de ausentes. A democracia necessariamente demanda a presença ativa das pessoas. Se elas não participam, só haverá democracia na formalidade das leis e papéis, pois na prática passaremos a um outro regime. Talvez uma oligarquia de políticos, que governam para si mesmos e para os seus, e utilizam as eleições apenas para legitimar e rotular de democrático a oligarquia de que se servem para atingirem seus interesses privados utilizando o espaço público.


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INSPIRAÇÃO SOLIDÁRIA CAMPANHAS QUE FORTALECEM A SOLIDARIEDADE SE TORNAM TRADIÇÃO NA CIDADE E OCORREM AO LONGO DE TODO O ANO

Darlene Tendolo está feliz da vida com a guinada de Bauru no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): mudou da 177º posição para 37º em quatro anos. Município como exemplo no combate à fome e no fortalecimento de campanhas solidárias

Texto e Fotos por Amanda Rocha

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uando o telefone tocou e uma representante da ONU (Organização das Nações Unidas) parabenizou o trabalho desenvolvido por Darlene Tendolo à frente da Sebes (Secretaria do Bem Estar Social), ela pensou que fosse trote. “Fiquei surpresa porque não é comum alguém de fora do país ligar pra você explicar como se trabalha e ensinar pra outros países com dificulR E V I S TA A Z ! / D E Z E M B R O 2 014

dades como foi feito”, conta, animada. O entusiasmo não é pra menos. O motivo da ligação é a atual guinada do município no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): ocupava o 177º lugar e em 4 anos foi para a 37º posição. Bauru também ganhou o 4º lugar no prêmio “Josué de Castro de Combate à Fome e à Desnutrição”, edição 2014, na categoria Programa/Projeto de Políticas Públicas no Estado de São Paulo. Resultado que veio de muito trabalho e dedicação através do programa do Serviço de Apoio Social (SAS) desenvolvido em parce-

rias com entidades que compõem a Rede Sócioassistencial. Nele, consiste o trabalho com as famílias carentes em situação de risco, atendendo a suas necessidades básicas, como a alimentação, que é um direito fundamental de todo cidadão. “É um grande orgulho para Bauru, para o Estado e para o país esse avanço e qualidade de transformação que houve entre 2009 e 2014 no IDH e atendimento assistencial”. Darlene é a secretária da Sebes e presidente do Fundo Social de Solidariedade, uma das figuras políticas centrais


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no planejamento de uma série de ações sociais pautadas nos direitos humanos. Segundo ela, 105 mil pessoas saíram da situação de risco e de miserabilidade atingindo um nível de qualidade de vida melhor. No total, são 43 bairros de vulnerabilidade social - sendo 19 favelas, todos atendidos pelo CRAS (Centro de Referência de Assistência Social). “Temos que pensar no imediato, no médio e no longo prazo e saber onde se quer chegar, e assim ir conquistando esse espiral de pessoas que a cada ano ajudam e somam na cidade”, diz em referência a grupos independentes, entidades e voluntários que também fomentam as campanhas de solidariedade. Arrecadação de alimentos e roupas são os principais motes das campanhas que acontecem o ano todo e se intensificam cada vez mais, independente das datas comemorativas. “Essas campanhas se tornam tradição na cidade e celebramos isso, são importantes para mobilizar a população no sentido de se preocupar e enxergar o outro, promovendo o ser humano despido de tudo como cidadão de direito”, afirma a secretária. No decorrer do ano, mais de 62 mil peças de roupas foram arrecadas e distribuídas na campanha do agasalho. Agora para o Natal, além da cesta-básica, serão entregues kits que contribuem para a ceia natalina, com panetone e outros itens. Segundo Darlene, a distruibuição é feita de forma descentralizada e “ninguém fica sem alimento”. Através desse sistema de atendimento social que Bauru ganhou o 4º lugar do prêmio Josué de Castro. UNIDOS PELO BEM A sua vida é misturada às doações. Desde pequena acompanhava a mãe no voluntariado, ajudando o próximo, e cresceu neste ambiente. Sua casa é tipo um QG do bem, ponto de referência para entrega de roupas, alimentos e brinquedos. São mais de 25 anos na “batalha contra a desigualdade social” como ela gosta de enfatizar, levando afeto e tudo o mais às comunidades carentes da cidade. Maria

As bikes arrecadadas por Maria Ines Faneco do grupo Esquadrão do Bem, objetivo é conseguir 100 magrelas até o dia 23 de dezembro para presentear a criançada de vários bairros da cidade

Ines Faneco, autônoma, é incansável e se emociona ao falar das doações e das pessoas que já ajudou na vida. Ela faz parte de um grupo conhecido como “Esquadrão do Bem - Unidos no amor”, projeto que começou entre amigos, caiu nas redes sociais e ficou gigante. Durante o ano, o grupo desenvolve campanhas que atendam desde as datas comemorativas, como o Dia das Crianças e o Natal, até às necessidades básicas como falta de roupa, comida e remédios. “Toda semana distribuímos roupas e me surpreendo a cada dia com a multiplicação de doações, nunca diminui”, diz. Para Maria Ines, a solidariedade acontece a todo momento e não tem hora. Tanto que todos os dias, em torno

de cinco moradores de rua almoçam na sua casa. “Solidariedade é não deixar ninguém com fome, isso é muito triste”. Para o Natal, ela pôs na cabeça que conseguirá 100 bicicletas até o dia 23 de dezembro na festa promovida pelo Esquadrão do Bem em bairros carentes da cidade. Uma campanha virtual está em andamento e até o fechamento desta edição, 35 bikes tinham sido doadas. Perguntada sobre o motivo da escolha das bicicletas como presente, ela conta a história de que foi ter a primeira bike aos 15 anos e o sonho de quase todas as crianças ainda é ter uma. Maria Ines tem certeza de que conseguirá a quantidade almejada e emenda otimista: “eu busco o impossível... e consigo”.


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PAPAI NOEL DO ROCK Uma ideia rock’n’roll natalina entre amigos que deu certo. O sonho que começou pequeno em 2005 recebe hoje atrações internacionais, como a do bluesman norte-americano Jimmy Johnson, em show programado para dezembro deste ano. Assim, há uma década, os músicos Márcio Lanzarini e Euler Silva começaram o Festival Rock do Bem que tem como entrada um brinquedo em bom estado para presentear a criançada. Motivados em fazer mais que música e entretenimento, criaram a Sociedade do Rock, uma equipe de músicos e amigos que promovem eventos beneficentes, como o Rock do Bem. Mais de 80 bandas passaram pelos palcos do festival, onde cerca de 25 mil brinquedos foram arrecadados. A distribuição dos brinquedos é feita em parceria com a Sebes, e até o 8º ano da edição contavam também com a equipe do Jeep Clube nas entregas. “A ideia básica é aliar a filantropia e cultura, fazer um evento rock’n’roll e junto disso arrecadar brinquedos pra alegrar o Natal da molecada”, conta Márcio. O evento é sem fins lucrativos e as bandas locais que participam abrem mão do cachê. Em algumas casas de show é cobrada portaria e o dinheiro arrecadado é revertido em brinquedos, além de cobrir os custos operacionais básicos. “É fantástico fazer um esquema de doação na cidade junto com a galera que entra no projeto, os voluntários. Eu e o Euler vivemos de rock’n’roll e levanto as mãos pro céu e agradeço muito por tudo isso”. As crianças também agradecem, roqueiros. Entidades com interesse em receber os brinquedos, entrem em contato pelo email festivalrockdobem@gmail. com. O Papai Noel do rock garante que serão atendidas sem excluir as outras.

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Rock do bem: os amigos e músicos rock’n’roll Rica Nogueira, Márcio Lanzarini e Euler Silva é o time que há 10 anos levam brinquedos e alegria para o Natal de crianças carentes

TECENDO AFETO Elas são conhecidas como as Tricoteiras do Face, e se você entrar no perfil do grupo na rede social verá que quase todo dia tem alguma peça pronta pra ser doada ou pedidos de linhas e lãs para a produção artesanal. As doações sempre chegam e circulam até chegar ao produto final. Uma corrente solidária tecendo roupas e amizades, do virtual ao real. Enquanto umas produzem quadros de tricô ou croche, outras emendam daqui e dali e a peça vira uma manta para aquecer uma criança. “Nem conheço os bebês que vão receber, mas sei que serão aquecidos com as roupinhas e muito amor. Ajudamos também as senhoras que montam enxovais para as futuras mamães carentes”, conta Maria América Ferreira, jornalista e uma das tricoteiras. Casaquinhos, sapatinhos e gorros para bebês também são feitos e carinhosamente encaminhados para uma outra turma fazer a distribuição.

Maria América aprendeu a prática há muito tempo com a mãe e a avó e desde que descobriu o grupo das tricoteiras não parou mais de produzir. “Todos acabam ganhando porque conhecemos pessoas interessantes e dispostas a praticar a solidariedade, o que sem dúvida, no mundo em que estamos vivendo é o que mais falta. Ela enobrece o ego e alimenta a alma o ano todo” diz. Uma rede solidária e ativa na cidade se fortalece a cada ano, desde as ações oficiais a indivíduos e grupos interessados na melhoria da qualidade de vida das pessoas. Que o espírito natalino impulsione nos próximos meses e anos as atitudes humanistas. “A solidariedade tem que ser mantida viva no coração, senão fica muito no automático. Precisamos acolher e abraçar as pessoas”, finaliza Darlene Tendolo. Ela sabe que ainda há muito a ser feito, mas é com ideias inovadoras que paulativamente transformamos e reduzimos a desigualdade social.



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Farelo e Mixirica são amigos inseparáveis e parceiros na bagunça, comilança e alegria. Haja energia!

ADOTE ESTA CAUSA! AUSÊNCIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS, ATÉ AGORA, REFLETE EM MILHARES DE ANIMAIS ABANDONADOS NA CIDADE. PROTETORES DE ANIMAIS E ONGS AUXILIAM COMO PODEM NA QUESTÃO Texto e Fotos por Amanda Rocha

F

arelo tem hoje oito meses e chegou em casa com 30 dias. Era uma bolinha roliça branca e preta de rabo torto e curto. Um mês depois, outro animal chegaria em casa: o Mixirica. Um cachorro e um gatinho vira-latas. Ambos começavam a dar os primeiros passos, desengonçados e indefesos. Era latido e miado inter-

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calados que poderiam ser traduzidos por comida e carinho. E horas de sono a menos. Através das redes sociais fiquei encantada pelos “figurinhas” e os adotei. Começo este texto em primeira pessoa retratando as aventuras e desventuras em adotar um bichinho de estimação e a responsabilidade inerente desta atitude. Perdi tênis, roupas e objetos mas ganhei indiscutivelmente amor, companhia e gratidão.

A adoção de animais em Bauru, em específico dos abandonados, é um caso emergencial. Milhares de cães e gatos encontram-se desamparados pelas ruas, ativistas e protetores de animais se unem nesta tarefa “adotiva” através de compartilhamentos pelas redes sociais ou em ações pelos bairros críticos. O CCZ (Centro de Controle da Zoonoses) promove feiras de adoção e em sua baia há vários felinos e caninos espe-


57 rando por novos donos. Ao adotar um animal, além de ajudarmos esta causa que pede por solução, amenizamos a situação desses bichos e evitamos um comércio exploratório de animais que acontece e muito por aqui. Nas próximas linhas, um pouco do reflexo da falta de políticas públicas de proteção aos animais que estão interligadas a esta super população e ao abandono. Faça a tua parte, não compre, adote! PEQUENO RAIO-X DO ABANDONO Jardim Manchester, zona leste, o sol se põe e os cachorros começam a aparecer. Alguns estão bem desorientados e não sabem se vão para a rodovia próxima ao local ou se adentram no bairro. Alguns minutos bastam para reparar na cena que parece não ter fim. Um morador passa e fala: “O que mais tem aqui é cachorro abandonado, muita gente larga os bichos aí e fica essa situação”. A situação a que ele se refere é a da super população de cães e gatos abandonados em Bauru. Organizações não governamentais (ONGs) e protetores de animais estimam até 90 mil espalhados pelo município, número embasado em campanhas antirrábicas do CCZ, segundo Leandro Tessari, presidente do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais (Comupda). As regiões periféricas da cidade enfrentam este inchaço há muito tempo e as ações do poder público são insuficientes. São nessas comunidades carentes - e não só nelas, onde mais se encontram os pontos de desova de animais. Muitos desses bichos abandonados estão em condições precárias.

Cão adulto aguarda adoção no CCZ: pessoas descartam os animais velhos e “trocam” por filhotes. Cena recorrente e que reflete a ausência da guarda responsável

O município carece de políticas públicas que atendam a demanda. Campanhas eficazes de adoção, castração e palestras sobre posse responsável são poucas e esparsas, o que resultam em problemas sociais sérios e de saúde pública, como a leishmaniose. Cabe, no momento, mais às ONGs este papel de lidar com o problema. Sandra Regina Arieti, é empresária e fundadora da Associação Bauruense de Proteção Animal - S.O.S Gatinhos - e atua há mais de 10 anos com animais carentes das regiões periféricas: “Toda semana trago vermífugo, ração, dou banho, e castramos. Temos que levar alívio para o sofrimento desses animais, não temos apoio nenhum do poder público” diz, enquanto oferece ração a vários cachorros que encontra

pelo caminho no Jardim Manchester. Atitudes como a dela se repetem em vários bairros, organizadas por outras ONGs e protetores de animais independentes. A questão animal no município é direcionada ao CCZ, órgão da Secretaria Municipal da Saúde e os recursos financeiros estão atrelados em boa parte ao SUS (Sistema Único de Saúde). “Não temos capacidade operacional pra fazer o que um programa de castração tem como objetivo e é o que canso de falar: se é pra fazer perfumaria não se meta a fazer, não resolve nada pra controle de população animal castrar 1 mil numa população de 40 mil. Nem cócegas faz”, destaca José Rodrigues Gonçalves Neto, veterinário do orgão. Para ele, o número tido

Animais no CCZ: local não é um abrigo de animais e sim um centro de tratamento de zoonoses, cães e gatos passam por avaliação veterinária e são colocados para adoção.


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Sandra Arieti da S.O.S Gatinhos em ação, toda semana ela leva ração e afeto aos animais de regiões periféricas: “Temos que levar alívio para o sofrimento desses animais, não temos apoio nenhum do poder público”

como consenso entre protetores não é embasado cientificamente: “Nós hoje trabalhamos com uma população estimada pelo Instituto Pasteur - ligado a Secretaria Estadual de Saúde - e não chega neste número nem na metade”. Segundo a pesquisa do Instituto são 45.775 cães e gatos no município. No entanto, um levantamento realizado pelo orgão há 8 anos atrás acusavam 60 mil animais de acordo com o próprio Neto. Não há consenso definitivo nesta questão. O atendimento do CCZ visa exclusivamente a zoonoses e só abriga animais sem dono ou em tratamento até a adoção, sendo um centro específico para recuperação de doenças. A castração é realizada somente em animais adultos que aguardam adoção. Neste ano, 536 animais haviam sido adotados até o fechamento desta edição. Para isto, é necessário preencher uma documentação com os dados pessoais e se recebe orientações dos profissionais. Em compensação, apenas 147 gatos e 74 cães foram castrados. Indagado sobre o por que da castração não ser aberta à população,

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Neto informa que como orgão público teriam que atender todo mundo, “do pobre ao rico”, e correriam o risco de castrar animal de quem não precisa. O veterinário enfatiza que é fundamental a reeducação dos proprietários uma vez que os mesmos aparecem no CCZ querendo trocar os animais como se fossem mercadorias. “Parece que estão em uma concessionária pra trocar o carro, chegam aqui com o animal velho e perguntam se não tem outro novo pra adotar”, finaliza pedindo bom senso. QUESTÃO DE PONTOS DE VISTAS Já pelas contas de Sandra, mais de 600 animais foram castrados até hoje pela S.O.S Gatinhos, o que para ela é uma conquista considerando a problemática da reprodução desenfreada e escassez de políticas públicas de proteção animal. A ONG também faz encaminhamentos onde os veterinários parceiros cobram apenas o preço de custo da castração, para tal, é necessário fazer um cadastro com a organização. Nesse cadastro há um questionário onde é feita uma análise sócio-econômica, e se

assina um termo de responsabilidade. São vários os perfis de ONGs na cidade, e entre elas está a Naturae Vitae, criada pela bióloga Fátima Schroeder. No banner informativo que fica no escritório da entidade, uma estatística alarmante sobre a reprodução animal: considerando que um casal de animais pode ter de 2 a 8 filhotes - sendo duas crias ao ano - em 10 anos de sucessivas gerações este número chegaria até a 80 mil. Por isso, a responsabilidade do dono é imprescindível e a conscientização sobre a castração, se torna, nas palavras de Fátima, um ato de amor. De perfil jurídico e educativo, a Naturae Vitae orienta e enfoca tanto na causa animal quanto ambiental. Panfletagens, palestras em escolas, faculdades e ações pela cidade são práticas constantes. “Nosso perfil é diferente, não trabalhamos com recolhimento de animal, somente quando a necessidade é extrema - até porque o abrigo não resolve o problema do abandono” pontua. Fátima acredita que a adoção somada a guarda responsável é o caminho para a situação. UM LATIDO HISTÓRICO A CAMINHO No entanto e aos poucos, a situação começa a esboçar mudanças significativas. Em julho deste ano, a prefeitura assinou um decreto que instituiu o “Programa de controle da população canina e felina”, visando os animais da população carente. Fato inédito e mais do que esperado. O programa terá parcerias desenvolvidas pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMA) e Secretaria do Bem-Estar Social (SEBES) em conjunto com Comupda e demais secretarias (Educação e Saúde). Um edital de chamamento público para clínicas veterinárias está em andamento, porém, ainda não existe uma data definitiva para que o trabalho comece. Leandro Tessari é ambientalista e ativista dos direitos dos animais e assumiu neste ano o Comupda, orgão


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Fernanda e a lhasa apso Chantily, uma história de adoção que virou exemplo de amor e dedicação nas redes sociais. Um vídeo sobre a cachorra, que era paralítica, está sendo produzido pela dona.

deliberativo formado por 16 conselheiros da sociedade civil e do poder público. “O conselho foi criado em 2010 mas passou a funcionar em 2012 e infelizmente esse tema é uma causa relativamente nova. Faltam políticas que assegurem os direitos dos animais”. Tessari frisa que o espaço já um passo a frente para abrir as portas e se discutir o assunto numa “sociedade em que os animais são tidos como objetos e explorados de todas as formas possíveis e imagináveis”. O que se espera são mais ações e menos entraves burocráticos que emperram as políticas de proteção animal enquanto o ciclo reprodutivo aumenta desordenadamente. “Conseguimos uma conquista este ano que foi a criação do Fundo Municipal de proteção dos animais, agora falta a campanha de castração que estava prevista para o final deste ano”, diz. O fundo possibilitará, por exemplo, recursos para desenvolvimento de cartilhas e materiais pedagógicos a serem utilizados nas escolas, visando a conscientização das crianças e jovens sobre guarda responsável, maus tratos etc.

Leandro ressalta que a causa animal é financiada exclusivamente por particulares e protetores independentes, seja através de rifas ou pedidos nas redes sociais - veículo fundamental nos processos de adoção. COMPARTILHANDO AFETO E GRATIDÃO Uma das ferramentas mais ágeis e eficazes na questão moradia e carinho tem sido o facebook. Diariamente, protetores e simpatizantes compartilham status e pedidos de ajuda, que resultam em lares (temporários ou não), ração e remédios. Mas ainda falta muito para se chegar ao ideal. “O bauruense não está preparado para adotar animais, não há responsabilidade suficiente e sobra empolgação. Há ainda a questão cultural aliada ao preconceito, as pessoas querem animais de raça e filhotes, então preferem comprar a adotar”, desabafa Fátima Schroeder. Fernanda Fernandes, ativista e dona de oito cachorros adotados é um caso a parte. Ao chegar em sua residência para a entrevista, os latidos e a euforia dos “donos da casa” na


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“Acontece em Bauru a tal farra do bicho, devemos regulamentar o comércio de animais”, diz Leandro Tessari, ambientalista, ativista pelos direitos dos animais e presidente do Comupda

recepção. Dois de seus cachorros foram resgatados de um mesmo “criador”: a Vó e a Chantily. Uma shitsu e a outra lhasa apso. Os resgates acontecem através de denúncias de maus tratos aos protetores de animais. A Vó tem cinco anos e é parcialmente cega, por descuido do antigo dono. “Quando a levei na veterinária, fizemos exames e vimos que o útero dela também estava péssimo de tanto dar cria e logo ia ter infecção. Esse é um dos problemas da não castração, independente se é vira- lata”, esclarece a ativista da causa animal.

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Fernanda conta que a “Chan” entrou em sua vida quando uma amiga avisou sobre um resgate de uma cachorrinha paralítica. Ela nem imaginava “tamanho, cor, raça, nada”. Aos dois anos, Chantily estava sem o reflexo nas pernas tamanho o abuso praticado por seu criador, que só visava filhotes e lucro. Vista apenas como mercadoria, estava prestes a ser descartada. A cachorra também se encontrava em uma situação lastimável de higiene, com carrapatos e muitos nós. “A pessoa que compra o filhote bonito no pet shop

não vê a exploração que esse cachorro sofreu. O criador de “fundo de quintal” não leva no veterinário, não dá vacina, quando a fêmea (matriz) fica doente ele joga na rua ou faz eutanásia”, desabafa. No entanto, depois de um ano de muita fisioterapia e tratamento, ela voltou a andar gradativamente e se tornou um exemplo de adoção nas redes socias. Vídeos sobre a cachorrinha circulam e Fernanda, inclusive, está acabando de editar um sobre a recuperação da lhasa. “A Chantily entrou na minha vida num momento difícil,


Fátima Schroeder da ONG Naturae Vitae aponta os motivos para se castrar os animais, as vantagens vão desde evitar ninhadas indesejadas a tumores nas mamas das fêmeas, além de deixar o animal mais carinhoso e tranquilo

eu estava depressiva e ela me trouxe toda alegria e vontade de viver. É o meu xodó”, conta enquanto abraça a sua cachorrinha. Casos de maus tratos como este devem ser denunciados na Delegacia de Polícia munido de provas que comprovem o ocorrido (fotos, filmagens). O Art. 32 da Lei Federal de Crimes Ambientais nº 9605/98 legitima o abandono e maus tratos como crime, incluindo multas e detenção que variam de 3 meses a 1 ano. Sandra lembra que antes existia a Delegacia

de Meio Ambiente que dava apoio a causa e que agora eles se sentem desprotegidos neste quesito. Assim, alguns criadores mantêm seus animais em condições insalubres e em lugares inadequados, como em gaiolas pequenas. “Acontece em Bauru a tal farra do bicho, devemos regulamentar o comércio de animais e criar parâmetros pra que isso aconteça. Nós não podemos proibir já que não é ilegal a criação”, reforça Leandro Tessari. O que se percebe é que há muita vontade e dedicação de uma turma

“animal” na luta pelos direitos dos bichanos. Embora no início, o programa de castração está em andamento e o fundo municipal de proteção animal foi aprovado, o que já é um triunfo para uma causa que sempre esteve em segundo plano na agenda política local. Neste exato momento, milhares de cães e gatos aguardam moradia e pedem atenção pelas ruas e avenidas. É só andar por aí para perceber a situação ou dar um “like” ali para, quem sabe, arrumar companhia para o próximo ano. Fica a dica.


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Marlon Alexies Azevedo, excelência em cirurgia plástica em Bauru

A ESTÉTICA DO SUCESSO DR. MARLON ALEXIES AZEVEDO BARBOSA COMPROVA FASE DE CONSOLIDAÇÃO DA CIRURGIA PLÁSTICA EM NOSSA REGIÃO COM A CONSTRUÇÃO DE MAIS UMA UNIDADE DA PLÁSTICA PLEXUS, NA REGIÃO DOS CONDOMÍNIOS VILLAGGIO E SPAZIO VERDE. INAUGURAÇÃO ESTÁ PREVISTA PARA BREVE, TRAZENDO UM CONCEITO DIFERENCIADO DE ATENDIMENTO AOS PACIENTES DE BAURU E REGIÃO

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Por Lauro Neto Foto Amanda Rocha

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m profissional, seja ele de qual quer campo ou ramo de atuação a qual faça parte, quando transpõe o status de opção de escolha e se torna referência local, sendo, inclusive, mencionado entre os próprios colegas da área, há que se perceber uma evidente mudança em seu nível de aceitação. Um outro patamar qualitativo quanto aos serviços que são oferecidos à comunidade. Este é o padrão construído, obtido, mantido e aprimorado pelos quais preza o membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Dr. Marlon Barbosa e toda a equipe da Clínica Plexus.


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de Bariri, Agudos e Taguaí e, até abril de 2015, as atividades em Jaú devem ser iniciadas.

Fachada da Clínica Plexus, unidade da Rua Antônio Alves. Local conta com equipe médica especializada para atender seus pacientes em todo o processo

Com atuação presente na cidade de Bauru e região desde 2008, a Clínica Plexus é resultado de uma ideia diferenciada desde a sua concepção quanto ao que se entende por atendimento integrado, multifuncional desempenhado por profissionais de diversas especialidades da área da saúde, responsáveis por priorizar a excelência e o cuidado com os pacientes. Este foi o horizonte trilhado por um grupo de jovens médicos formados pela Faculdade de Medicina de Botucatu da Unesp, uma das mais conceituadas do país. “Nosso trabalho é pautado por valores como ética, comprometimento, transparência e respeito ao paciente” ressalta o Dr. Marlon Barbosa. A história de sucesso da Clínica Plexus, que hoje realiza mais de dois mil atendimentos por mês, é reflexo direto de um árduo trabalho nas áreas da cirurgia plástica, dermatologia, endocrinologia, ortopedia, pediatria e fisioterapia aliado a conceitos que têm por objetivo priorizar o lado humano dos procedimentos médicos. “Nosso foco está voltado para a promoção de saúde e na valorização do ser humano. Assim como nossos pacientes procuram por um elevado grau de excelência no atendimento, nós procuramos corresponder às suas expectativas promovendo saúde e bem-estar de cada um deles.” afirma o Dr. Marlon. Trabalhando sempre em busca de mais qualidade nos processos oferecidos

aos pacientes cirúrgicos, que envolvem desde o pré-operatório, passando pela cirurgia até atingir as etapas posteriores do pós-operatório, a equipe do Dr. Marlon Barbosa passou a oferecer em 2010 um segmento exclusivo para o atendimento das pacientes de Cirurgia Plástica, a Plástica Plexus. A equipe da Plástica Plexus é composta pelos cirurgiões Dr. Marlon Barbosa, Dr. Ricardo Coelho, Dra. Bibiane Borges e Dr. Gustavo Bortolucci; enfermeiras, fisioterapeutas e nutricionista atuando exclusivamente na atenção aos pacientes de cirurgia plástica. Atualmente, além de Bauru, a Plástica Plexus mantém unidades de atendimento nas cidades

DE CASA NOVA A crescente procura por cirurgias plásticas em nossa região e o empreendedorismo da equipe comandada pelo Dr. Marlon Barbosa, levaram a Plástica Plexus a expandir sua estrutura física que, ainda no primeiro trimestre de 2015, passará a oferecer aos seus clientes um espaço exclusivo em uma localização privilegiada de Bauru, a Avenida Affonso José Aiello, região dos condomínios residenciais (Villaggios I, II e III e Spazio Verde) e do Villaggio Mall Center. Suas instalações modernas e arrojadas foram desenvolvidas pelo escritório dos Arquitetos Cláudio Ricci e Luis Higa em uma área de 500m² com infraestrutura completa para realização de consultas, procedimentos estéticos e cirúrgicos de pequeno porte. Segundo o Dr. Marlon Barbosa, com o término das obras da nova clínica em Bauru e a abertura da nova unidade de atendimento em Jaú, a Plástica Plexus completa seu projeto de expansão, ampliando significativamente sua área de atuação e consolidando sua marca como referência regional em Cirurgia Plástica.

Projeção da Plástica Plexus, localizada fora do corredor comercial da cidade. Prédio fica próximo dos condomínios residenciais Villaggios I, II e III, Spazio Verde e do Villaggio Mall Center


64 NEGÓCIOS

Charles Fenske, Ricardo Viegas Berriel, Jaime Basso , Vivane Godoy, João Alberto Salvi, , Manfred Dasenbrock, Maroan Tohme e Ildo Wilde (de joelho)

COOPERATIVA DE CRÉDITO SICREDI COMEMORA ÓTIMO 2014 COM PRÊMIOS E HOMENAGENS A EMPRESA FOI AGRACIADA EM PREMIAÇÕES E RECEBEU UMA MOÇÃO DE APLAUSO NA CÂMARA MUNICIPAL DE BAURU

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Por Lauro Neto Fotos Reprodução

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cooperativa de crédito Sicredi Centro Paulista de São Paulo teve mais um ano de grande sucesso. Vencedora no Arrecadão 2014, evento em que obteve a 2ª colocação em campanha realizada pela Central Sicredi dos estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. A cooperativa também foi destaque em eventos de grande visibilidade nas cidades em que atua, podendo consolidar ainda mais sua relevância para as comunidades nas quais está presente. Com apenas 1 ano de existência, a unidade de Pederneiras foi destaque do tradicional jantar oferecido pelo Fundo Social de Solidariedade do Município, responsável pela escolha de uma única empresa que seja considerada relevante para a população da cidade como homenageada. Nas palavras do presidente Ricardo Viegas Berriel: “Foi emocionante ver o Sicredi brilhar num evento tão importante, sem dúvidas deixamos a marca dos nossos valores e nossa importância para o desenvolvimento sustentável” afirmou o responsável. No último mês de agosto, a cooperativa foi agraciada com mais um presente, outra significativa conquista. A empresa Sicredi Centro Paulista de São Paulo foi homenageada como Destaque do Ano na categoria de Serviços pela

Destaque do ano em Bauru: Ildo Wilde, Ricardo Viegas Berriel, José Osmar, Carlos Alberto Giafferi e Charles Fenske

ACIB (Associação Comercial e Industrial de Bauru). A seleção de cada um dos homenageados foi fruto de rigoroso processo de escolha. Para esta edição, especificamente, o processo de seleção que levou aos homenageados levou, aproximadamente, 9 meses. O prêmio Destaques do Ano da ACIB é tido como sendo o “Oscar Empresarial” da cidade de Bauru e sua escolha é realizada por meio de votação, nos quais todos os concorrentes à honraria são avaliados por critérios que levam em consideração itens tais como os investimentos produtivos, a valorização do quadro funcional, a projeção

Homenagem em Pederneiras: Charles Fenske, Ildo Wilde, Célio Jaco Oler, Ricardo Viegas Berriel, Leticia Pereira de Camargo e Daniel Pereira de Camargo.

do nome da cidade e a participação efetiva dos membros da comunidade. O evento de homenagem contou com a presença de cerca de mil pessoas, ganhando grande espaço e repercussão na mídia local. A Sicredi recebeu, também, uma outra homenagem de grande valia para a cooperativa. Foi solicitada uma moção de aplauso na Câmara Municipal de Bauru em respeito pelos seus 15 anos de vida e excelência na prestação de serviços junto aos seus associados, amigos, parceiros e donos do empreendimento que configura a Sicredi Centro Paulista de São Paulo.

Homenagem na Câmara: José Osmar, Ricardo Viegas Berriel e Paulo Eduardo de Souza


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GIRO AZ!

37ª FEIRA DA BONDADE DA APAE

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omo esta edição da AZ! está mostrando, Bauru é uma cidade solidária. Seja com eventos, seja com arrecadações de diversos gêneros de necessidade de quem precisa, a população é toda coração. Confira alguns eventos que agitaram a cidade (muitos solidários). Na foto de abertura do Giro AZ!, Plocky e Tatiane Negri Pereira, na edição deste ano da Feira da Bondade da Apae.

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67 Fotos Amanda Rocha e Lauro Neto Colaboração Thaís Rocha Ferreira (facebook.com/glassphotoeart)

Turma de voluntários e funcionários da APAE

Andressa Oliveira, Giovanni e Fábio Mastelari

Adilson José de Barros e Carlos Motti

Carolina Matsuzaki, Gabriela Ferrarezi, Juliana Casto e Tatiana Pleti

Gugui, Marcos, Zé, Marcos, Kobayashi e Julio Abe

Milton José dos Santos, Elian Carlos, Carlos Bosco, Toninho Donizeti, Ronaldo Carmo e Luis Bosco

Rodrigo e André Bien


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GIRO AZ!

AIESEC - INSPIRE DAYS

Ana Laura Motta

Júlia Rezende e Maria Luísa

Rafaela Caleffi Pereira

Arthur Ferreira e Marina Coutinho

VIAGEM LITERÁRIA EM PEDERNEIRAS COM MARCIA TIBURI

Diego Vergilio e Marcia Tiburi

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Daniela Martelini, Sandra Rozante e Adrielly Pires



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GIRO AZ!

PROJETO FAÇA UMA CRIANÇA FELIZ

Thais, Larissa, Regiane, Simone, Edineia, Beth, Adriana, Ana Claudia, Cherry e Silvana

Regiane, Luciene, Beth, Larissa, Ana Claudia e Silvana

Silvia Pallota e Maristela Prado

Amanda Maffei Silvestre

SEDE CAMPOI & CAMPOI REPRESENTAÇÕES

José Bernardes Corrêa Neto e José Geraldo Corrêa

João Campoi e Alexandre Campoi

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Toninho Donizeti, Milton Dota Jr., Carlos Elian e Edisson Mesquita

Fernanda Campoi, Camila Derêncio e Maria Paula Pegoraro


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Veja mais em facebook.com/azbauru

LANÇAMENTOS LITERÁRIOS: SAMIRA BOROVIK

Seu Brandão, Cemíramis Belone, Elizabeth Dolo, Luzia Brandão e Nilceia Vieira

Larissa Zulian e Marco Giaferri

Michel Brandão, Raquel Russo Brandão e Neimar Neme

BRUNO EDUARDO PINHEIRO

Bruno Eduardo Pinheiro

Jozane Correa, Wilian Tubone, Lourdes Pivetta, Adriana Lini, Fernanda Balieiro, Clarissa Costa E Souza, Luiz Souza e Fernanda Barnabé

ARAN CARRIEL E JOSÉ CARLOS MENDES BRANDÃO

Josmar Paixão e Cinthia Mitani

Bianca dos Santos, David Calleja, Aran Carriel, Jeferson Tarzia, Samuel Garcia, Camila Picelli e Célio Roberto


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GIRO AZ!

FEIRA DE PROFISSÕES DA USC

Rubia Machado, Renata Cristina e Rafael Pejo

Júlia Ricardo

Amanda Rosalin, Bruna Mesquita e Taiane Alves

Matheus Falconi, Anne Caroline, Tamiris Carreira, Luize Nunes, Tamara Carvalho e Julia Coradi

Isabela Mortari Ramuno, Ana Clara Serrano, Rafael Priscila, Anne Cesar, Samanta Moreno e Jaqueline Zanetti

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João e Luiz Carlos Quinhones

Maricê Domingues

Juliana Rocha Lima

Karina Ellen, Regina Toledo, Rafael Picello, Vitor Brumatti, Eduardo Cruz e Eduardo Oliveira

Deborah Sales e Jeniffer Lopes



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GIRO AZ!

ANÚNCIO DE CRIAÇÃO DOS NOVOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA USC

Isabela Gaspar, Cissa Gatto, Salete Regiane Monteiro Afonso e Gislaine Aude

Salete Regiane Monteiro Afonso

Marcelo Zanluchi e Marcio Cardim

Sandra de Oliveira Saes, Irmã Ilda Basso e Leila Maria Vieira

INAUGURAÇÃO DA CASESTORE NO BAURU SHOPPING

Camila Neves, Giordano Guastala, Fabrício Teraoka, Mariane Ferreira, Rafael Pesuto, Gabriela Martinez, Guilherme Godoy, Inara Munhoz, Jéssica Hecht, Ronaldo Moia e Nilton Vinícius

R E V I S TA A Z ! / D E Z E M B R O 2 014

Rafael Pesuto, João Fernando Pesuto, Daniela Bett, João Pesuto, Lucélia Felippe, Luzia Felippe e Luceneide Felippe



76

GIRO AZ!

BRUNCH DE LANÇAMENTO DO STARBUCKS NO BAURU SHOPPING

Gisele Hilario e Anai Nabuco

Ilson Dutra, Américo Cardinale, Aline Ferraz e Ivan Mouta

INAUGURAÇÃO DO ESPAÇO FELICIDADE II

Fael Pinotti

André Martins, Roberto Rufino e Luciene

3º CHURRASVOLKS INTERCLUBES

Thaysa Cortes Goes

R E V I S TA A Z ! / D E Z E M B R O 2 014

Marcelo Gonçalves Diana, Ingo Goes, Fabio Pereira, Lucas Hiratuka, Eduardo Colla, Matheus Vieira, Marcelo Diana e Rogério Veira





80

GIRO AZ!

7º SOLIDARY ROCK

Guilherme Caserio, Fu Domingues e Fabrício Bortoliero Ventrice

Luciano Pavan e Sandra Santos

Antonio Alliberty de Castro, Neto Bacci e Renato Fogolin Carvalho

Izabela Suzuki e Aliene Martinello Leitão Suzuki

R E V I S TA A Z ! / D E Z E M B R O 2 014

Amanda Falasca e Ricardo Falasca



82 SERVIÇO

FALE COM NOSSOS ANUNCIANTES BAURU SHOPPING R. Henrique Savi, 15-55 Tel: (14) 3366-5000 www.baurushopping.com.br CASESTORE Bauru Shopping e Galeria Ed. Trianon Tel: (14) 3208-7010 www.casestore.com.br CNS Bauru Shopping Tel: (14) 3223-1033 www.cnsonline.com.br EXÓTICA Bauru Shopping Tel: (14) 3234-4731 R. Batista de Carvalho, 5-14 e 6-36 Tel: (14) 3232-7418 / (14) 3222-3999 Walmart Tel: (14) 3234-4740 Praça Portugal Tel: (14) 3224-3092 Boulevard Shopping Nações Tel: (14) 3222-3999

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SANTA LOLLA Bauru Shopping Tel: (14) 3212-7168 www.santalolla.com.br SICREDI R. Agenor Meira, 12-81 Tel: (14) 3312-3232 www.sicredi.com.br

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