# C O M P O R TA M E N T O / # N E G Ó C I O S / # S O C I A L / # C O LU N A S / # E N T R E T E N I M E N T O
ÁLCOOL FATAL Universitários abusam da bebida e alerta acende após morte de jovem
#24 ABRIL 2015 DISTRIBUIÇÃO G R AT U I TA
Informação de A a Z
COMIDA SAUDÁVEL Ser vegano ou vegetariano está na moda, mas requer cuidados com a alimentação
VOO ALTO Os drones dominam os céus e já são usados até para combater a dengue
OS TONS DE
MANU Cantora e guitarrista de banda de rock, que também caminha pela música caipira e outros ritmos, ela prepara disco solo e conta histórias de suas andanças pelo mundo
TAMBÉM NESTA EDIÇÃO: VEJA COMO SE VESTIR NO OUTONO BAURUENSE · NOSSOS COLUNISTAS TRAZEM POLÊMICA E INFORMAÇÃO · OS NOVOS DESAFIOS DO BASQUETE
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#EDITORIAL
DE BAURU PARA O MUNDO
Revista Az! | ano 05 / número 24
Diretor Geral: Rodrigo Chiquito Jornalista responsável: Bruno Mestrinelli Direção de Arte: Leila Antonelli Diagramação: Leila Antonelli e Diego Dias Logística/Finanças: C&D Soluções Equipe comercial: Andréa Subitoni
H
e Amélia Silva
oje, se há alguma agremiação esportiva que leva o nome de Bauru para o Brasil inteiro, esse nome é: Pachoalotto/Bauru Basquete. Na crista da onda, melhor time da América Latina, melhor paulista, melhor da primeira fase do NBB (Novo Basquete Brasil)... São muitos os adjetivos que podem ser usados para definir essa fase espetacular do Bauru Basquete. E, agora, o time comandado pelo técnico Guerrinha vai disputar o Mundial de Clubes, contra o campeão da Europa. A Federação Internacional de Basquete ainda estuda se outros campeões continentais podem entrar nessa competição, mas o Bauru já tem essa vaga garantida. Mas, de onde vem tanto sucesso? Só do dinheiro? Claro que não. Cansamos de ver times com verbas sobrando fracassarem dentro e fora das quadras, dos campos, enfim, não irem a lugar algum. A diferença do Paschoalotto/Bauru Basquete foi ter uma organização também fora de quadra, com dirigentes que buscaram a melhor formação para o time, sim, mas também se preocuparam com a
parte de fora do jogo: atualmente, os atletas recebem acompanhamento físico individualizado. A equipe também tem staff para cuidar do dia a dia da carreira de jovens atletas, está pensando em mais categorias de base... É um exemplo para todas as agremiações esportivas bauruenses. Incluindo o glorioso Esporte Clube Noroeste que, infelizmente, está à míngua. Nesta edição da Az! também temos outros bons exemplos de Bauru para o mundo, como os artistas que saíram daqui para fora. Assim como aqueles que cuidam dos gatos, ou quem se preocupa com a alimentação mais saudável... No entanto, também temos maus exemplos, como as festas que não têm sequer alvará da prefeitura e que já chegaram a causar uma morte e outras internações na UTI de jovens que beberam demais. Nós, da Az!, queremos que Bauru dê só bons exemplos para o mundo, e vamos estar aqui, todo mês, para amplificar o que de bom acontece em nossa região. Porém, também vamos estar aqui para debater e achar boas soluções para os problemas. Afinal, eles acontecem.
Boa leitura a todos!
Conselho Editorial: Bruno Mestrinelli e Rodrigo Chiquito Fotografia: Cristiano Zanardi e Bruno Mestrinelli Jornalistas: Fernanda Villas Bôas, Bruno Mestrinelli, Amanda Rocha, Daiany Ferreira, Beatriz Albuquerque e Castro e Tatiana Santos
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IMPRESSÃO E ACABAMENTO: Grafilar TIRAGEM: 10.000 exemplares
* As colunas assinadas não representam a opinião desta revista. Ela está expressa exclusivamente no editorial
Az! é uma publicação da Publici On&Off Comunicação R. Bartolomeu de Gusmão, 10-72 - Jd. América Bauru/SP - F.: 14 3879 0348
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#ÍNDICE 30
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MANU E SEUS TONS
SUCESSO BAURUENSE
Cantora Manu conta suas histórias sobre carreira musical: teve viagem sem nenhum tostão no bolso, mas também muito aprendizado nas andanças pelo mundo afora
Az! traz bons exemplos de filhos da nossa terra que estão conquistando espaço na televisão e na área de eventos. Jornalista Juliano Dip saiu daqui para ser repórter do CQC, da Band
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DE TRÊS!
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Paschoalotto/Bauru Basquete ganha a América e já planeja passos mais ousados. Porém, falta ginásio adequado
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COM QUE ROUPA?
Dietas vegetarianas e veganas estão na moda. Veja como fazer a transição alimentar de forma correta
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Outono castiga por trazer muita variação de temperatura. Carla Costa mostra como se vestir nessa época
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ÁLCOOL QUE MATA
MIAU! Gatos ainda sofrem preconceito, mas são companheiros e dão alegria e companhia aos seus donos
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NO AR Drones estão conquistando adeptos, mas operação exige responsabilidade e muito treino
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MODERNIDADE Conheça o Ineb, que tem os melhores aparelhos e atendimento para tratamento de doenças renais da região
Beber tornou-se moda entre universitários e traz perigo. Morte de jovem em Bauru gerou alerta geral
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SABOR!
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SOCIAL Dê uma espiada nos eventos que aconteceram em Bauru e região no mês que passou
#ENTRETENIMENTO
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MOTIVOS PARA LER
AGATHA
CHRISTIE A escritora inglesa, que se dedicou por 50 anos aos romances policiais e já vendeu dois bilhões de livros em todo o mundo, não tem contraindicação: agrada a quem já adora literatura ou pretende se aventurar nesse universo Texto Fernanda Villas Bôas Imagem Banco de Dados
“A CASA TORTA” É O ROMANCE PREFERIDO
DA AUTORA INGLESA
” (1949) um de seus melhores romances Agatha Christie considerava ”A Casa Torta ides é um milionário excêntrico, que vive policias – e ela estava certa. Aristides Leon res ao lado da família, incluindo a jovem numa casa esquisita nos arredores de Lond da netos de seu primeiro casamento, além esposa 50 anos mais jovem, e os filhos e s morre por envenenamento, e então todo irmã da primeira mulher. Um dia, Leonides Scotland Yard. os parentes passam a ser investigados pela ” que os personagens de “A Casa Torta Uma vez, numa entrevista, Agatha disse a inação antes mesmo que ela concluísse pareciam estar flutuando na sua imag a, cinem no rrar as quais você poderia esba descrição deles. São pessoas comuns, com a meio maluca, o intelectual carrancudo, no parque ou no shopping center: a atriz madame superficial, o tio bobão. menina arrogante, a cientista esquisita, a não é possível falar mais a respeito sob o risco O final é absolutamente surpreendente – e uma versão para o cinema em 2014, dirigida de estragar a surpresa. “A Casa Torta” ganhou o. gonista de “A Noviça Rebelde”, está no elenc por Neil LaBute. Julie Andrews, a eterna prota
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A inglesa Agatha Christie (1890 – 1976) é a autora mais publicada de todos os tempos. Ela só perde para Shakespeare e a Bíblia. Ao longo de mais de 50 anos, lançou 66 romances, 163 contos, 19 peças de teatro, duas biografias e seis novelas e romances românticos sob o pseudônimo de Mary Westmacott. Criou dois detetives que se tornaram mundialmente famosos: Hercule Poirot e Miss Marple. Suas histórias foram adaptadas para cinema, teatro e TV.
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Ela se notabilizou por seus romances policiais, um dos gêneros mais disputados da literatura. Seus livros proporcionam um misto de prazer e surpresa. Quem tem intimidade com assuntos literários, enxerga o gênero como uma pausa, um café quente e forte no meio da tarde. Quem não tem, decifra a senha de um mundo novo.
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A vida de Agatha teve o toque de mistério que ela emprestava aos seus livros. Quando seu primeiro marido pediu o divórcio, em 1926, ela ficou desaparecida por 11 dias. Hipóteses que explicam o sumiço? Surto de amnésia, desejo de vingança e até jogada publicitária para promover seus romances. No final das contas, foi localizada num hotel onde deu entrada com nome falso.
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No total, estima-se que Agatha já tenha vendido mais de dois bilhões de livros, sendo metade em língua inglesa. Seus romances policiais foram traduzidos para 45 idiomas.
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A escritora tinha um humor refinado. E ela soube transportar essa qualidade para seus livros. Além do mais, adorava rir de si mesma. Aos 40 anos, casou-se com o arqueólogo Max Mallowan, seu segundo marido. Ele tinha 26 anos. “Max gosta muito de arqueologia, por isso, me escolheu”, costumava dizer, ironizando a diferença de idade entre eles.
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Seus livros mais famosos são os seguintes: “E Não Sobrou Nenhum”, “Cai o Pano”, “Assassinato no Expresso Oriente”, “Morte no Nilo”, “Os Elefantes não Esquecem”, “O Assassinato de Roger Akroyd”, “A Casa Torta”, “Os Crimes ABC”, “Convite para um Homicídio”, “Cinco Porquinhos”, “Os Quatro Grandes” e “A Extravagância do Morto”. Em todos, há uma particularidade intrigante: os verdadeiros assassinos estão os suspeitos mais improváveis. É uma qualidade genial de Agatha: despistar o leitor para surpreendê-lo no final.
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O livro “Cai o Pano”, inclusive, trata da morte do personagem mais emblemático do gênero policial: o detetive belga Hercule Poirot. Agatha preferiu eliminar Poirot para que ele não fosse indevidamente utilizado depois que ela morresse. Uma curiosidade: Poirot foi primeiro personagem literário a receber obituário no jornal “The New York Times” em 1975.
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Apesar de ter morrido, Poirot acabou voltando à cena. Em setembro, será lançado no Brasil “O Crime do Monograma” (editora Nova Fronteira), romance policial da escritora Sophie Hannah que retoma a cruzada do detetive belga contra o crime. É a primeira vez que os herdeiros de Agatha autorizam um escritor a recriar Poirot em romances. Sophie, claro, é fã de Agatha Christie. Mas, antes de ler “O Crime do Monograma”, é melhor conhecer a obra original, sem a qual esse romance jamais teria existido.
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“A Mansão Hollow” traz uma intrigante teoria da escritora: ela acredita que os relacionamentos amorosos são constituídos por duas polaridades - um adorador e um adorado. É possível alterar esses papéis ao longo da vida e até mesmo na mesma relação afetiva: algumas vezes, cultuando o outro, outras vezes, sendo cultuado por ele. Ela criou duas personagens para simbolizar essa dicotomia: Gerda e Henrietta.
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A exemplo de outros autores famosos, Agatha ganhou uma interpretação do seu modo de fazer literatura policial. Em “Os Diários Secretos de Agatha Christie” (editora Leya), John Curran apresenta as anotações da escritora sobre as tramas e os personagens de alguns de seus principais romances. Curran analisou as anotações nos cadernos de Agatha para tentar compreender como ela raciocinava e criava enredos tão saborosos.
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#ENTRETENIMENTO
BROTAS:
AVENTURA, GASTRONOMIA E DESCANSO Cidade a 110 quilômetros de Bauru oferece opções para todos os gostos e idades Texto e fotos Divulgação
Homem pratica arvorismo em Brotas: radical presente por lá (foto Radeu Fessel)
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istante cerca de 110 quilômetros de Bauru, Brotas é um destino interessante para quem quer viajar e não quer ir muito longe, ou quer ficar na nossa região para conhecer um pouco mais do nosso interior de São Paulo. A cidade é um cenário perfeito para quem quer praticar turismo de aventura e ecoturismo, mas também tem opções para mais sossego, como roteiro gastronômico e hotéis. Brotas ficou famosa em todo o país por conta do turismo de aventura, dos mais radicais aos mais tranquilos. Lá, podemos encontrar a maior oferta de atrativos desta natureza no Brasil: rafting, boia cross, canionismo, escalada indoor, rapel, arvorismo, circuito de tirolesas, caminhada na natureza, cachoeirismo, cicloturismo, cavalgada, quadriciclo, passeios off road, entre outros, e mais recentemente também o circuito cable, tornando-se o terceiro destino no Brasil a oferecer este tipo de atividade. No circuito cable, cabos motorizados puxam o participante que, em pé sobre a prancha, tenta se equilibrar, fazer curvas e manobras. É adrenalina pura! Mas com o detalhe de que Brotas reúne a maior oferta de atividades de turismo de aventura e ecoturismo com o selo do Inmetro. Para quem quer contemplar a natureza e tomar um banho de cachoeira ou de rio as opções são várias. Abertas à visitação, com infraestrutura para receber o turista, são 11 cachoeiras – a queda da mais alta é de 60 metros – e cada uma com um atrativo e um charme específico. Sem falar nas paisagens, que são incríveis graças ao relevo assimétrico das cuestas com encostas cobertas de mata atlântica e pedras de arenito que afloram em meio à vegetação de cerrado. O Rio Jacaré Pepira, cujas águas no trecho que corta o município tem 89% de pureza, completa o belo cenário e amplia as opções de lazer. As quedas e corredeiras, além de um espetáculo aos olhos, são perfeitas para praticar várias atividades do turismo de aventura. E no trecho que ele é represado, no Bairro Patrimônio, bem pertinho de várias cachoeiras, é o local perfeito para pesca e para vários esportes aquáticos. Com estrutura digna de conceituados destinos turísticos, o município tem atrativos para jovens, casais e famílias com crianças. Distribuídos entre a cidade e os sítios turísticos, são mais de 40 meios de hospedagem entre hotéis, pousadas, hotéis-fazenda e resort, 30 restaurantes com gastronomia para todos os paladares, da cozinha caipira à temática, e duas casas noturnas. Oito operadoras cuidam de tudo para que sua diversão esteja garantida seja na água, em terra ou na copa das árvores.
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#ENTRETENIMENTO
Rafting no Rio Jacaré Pepira é uma opção de diversão (foto Paulo Salles)
PLANETÁRIO MAIS MODERNO DA AMÉRICA LATINA Considerando o tamanho da cidade – 22 mil habitantes, de acordo com censo do IBGE de 2013-, ela vai te surpreender com as atrações na área urbana. Além de um bom número de restaurantes, de hotéis, de teatro, de cinema, casa de espetáculos, fica lá o CEU - Centro de Estudos do Universo, que abriga o mais moderno observatório e planetário da América Latina. Perfeito, uma vez que o céu da localidade costuma ser muito estrelado. Para um final de tarde, nada mais agradável do que passear pela cidade observando os casarões da avenida principal, erguidos na época áurea da atividade cafeeira no município, e visitar o Museu do Café. Claro que comprinhas não podem faltar. Os artesãos locais estendem, principalmente, bordados e artigos feitos de bambu aos olhos dos turistas. E a cidade tem um atrativo especial: um ateliê de cerâmica que, além de comercializar belas peças, possibilita, mediante agendamento, observar a queima do material com técnica japonesa chamada raku.
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Centro de Estudos do Universo: observatório
DELÍCIAS CAIPIRAS Interior que é interior não pode faltar fazenda. Em Brotas, algumas delas abrem suas porteiras aos turistas num verdadeiro “dia de lida” com a possibilidade de tirar leite da vaca, passear de charrete, comer fruta colhida no pé e conhecer a fabricação de laticínios. É claro que tudo isso dá fome. Fique tranquilo. São servidos deliciosos lanches com quitutes típicos. Sem falar que você ainda pode levar comidinhas e bebidinhas para casa. Vários produtores rurais da agricultura familiar produzem, de maneira artesanal, licores, cachaças, doces regionais e compotas variadas, além de processar um saboroso mel.
Opções não faltam até para quem bebe
SERVIÇO O acesso a Brotas é pelas melhores rodovias do país: Bandeirantes, Anhanguera,
Washington Luís e SP-225 (Eng.º Paulo Nilo Romano). Saiba mais em: www.brotas.tur.br e abrotur.com.br
Quem busca boa comida também tem opções em Brotas
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#ENTRETENIMENTO
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1. Pesca Esportiva Represa do Patrimônio (foto Carlos Zaith) 2. Rio Jacaré Pepira (foto divulgação) 3. Turismo radical: queda livre (foto divulgação) 4. Raku (foto Carlos Zaith) 5. Culinária mais que especial (foto divulgação) 6. Restaurante em Brotas (foto divulgação) 7. Hotel Casarão (foto divulgação) 8. Fonte Areia que Canta (foto Areia que Canta) 9. Coxinha famosa de Brotas (foto divulgação) 10. Turismo Rural (foto Areia que Canta) 11. Turismo Rural (foto Areia que Canta) 12. Bacia Parque Saltos (Foto Sec. de Turismo de Brotas)
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# C O LU NA
HEPATITE “C”
UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL?
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Eduardo Borgo
Advogado
oença silenciosa que atinge aproximadamente 2,5 % da população brasileira, a Hepatite “C” é a principal causa de transplante de fígado em todo o mundo. De acordo com estimativas oficiais do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde, o Brasil sofre hoje de uma endemia intermediária da doença. Na maioria dos casos, por apresentar pouco ou nenhum sintoma, a doença só é diagnosticada em fase avançada, após 20 ou 30 anos, podendo ocasionar a perda completa da função hepática ou o desenvolvimento de câncer de fígado, situação que somente pode ser remediada com o transplante do órgão, quando disponível. O Hospital Estadual de Bauru, via SUS, realiza o tratamento contra o vírus da Hepatite “C” através dos medicamentos Peginterferon ou Interferon associado à Ribavirina e Boceprevir. O paciente ingere 12 comprimidos por dia, além de uma injeção por semana, durante 48 semanas, causando-lhe graves efeitos colaterais, com pequenas chances de cura.
Alguns pacientes têm que se submeter ao tratamento mais de uma vez, não sendo raros os casos de óbito. Existem outros remédios indicados para o caso que atingem a meta de cura em 98%, porém não aprovados pela Anvisa. Dentre os novos medicamentos citamos o DACLATASVIR e o SOFOSBUVIUR, ambos aprovados pela FDA – órgão regulador norte-americano. A união destes medicamentos aumenta a chance de cura; atenuam os efeitos colaterais, além de diminuir o prazo de tratamento que não ultrapassa 12 semanas. Pelo fato de ainda não ser aprovado pela Anvisa, a única alternativa para o cidadão comum conseguir esse tratamento no Brasil é através do Judiciário. Nesse sentido, conseguimos na última semana uma antecipação de tutela, pela qual obriga o Poder Público a fornecer os referidos medicamentos, após o Judiciário reconhecer que se tratava da única chance de salvar a vida de um cidadão, demonstrando que ainda há luz no fim do túnel.
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#ENTRETENIMENTO
BASQUETE JÁ PENSA NO
FUTURO
Campeão Paulista, dos Jogos Abertos, da Recopa, da Liga SulAmericana e da Liga das Américas, Paschoalotto/Bauru Basquete mira Nacional e Mundial, mas diretoria já está em alerta: ginásio atual ficou pequeno para o tamanho que o projeto tomou
Texto Bruno Mestrinelli Fotos Bruno Mestrinelli e Henrique Costa/Bauru Basquete
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eados de 2008. Após mais de um ano sem a bola quicar em Bauru, sem a redinha balançar, sem a torcida vibrar, o Bauru/Basquete retomava suas atividades. Campeão Paulista em 1999 e Brasileiro em 2002, a equipe estava de volta às quadras no acanhado ginásio da Luso. Era o suficiente para que os bauruenses voltassem a assistir aos jogos emocionantes, enterradas e outros atrativos que o esporte traz. Depois de muitas dificuldades, derrotas doídas e até ameaça de fechar
Time comemora conquista ainda no ginásio do Maracanãzinho: dono da América
as portas, a equipe cresceu, foi para o ginásio Panela de Pressão, de propriedade do Noroeste, evoluiu de forma impressionante e, hoje, é campeão de quase tudo. Conquistou nesta temporada o Campeonato Paulista, os Jogos Abertos, a Recopa, a Liga Sul-Americana e a Liga das Américas. Atualmente, é o líder do NBB (Novo Basquete Brasil) e está credenciado para disputar o Mundial de Clubes, previsto para a próxima temporada (que começa entre julho e agosto deste ano). A conquista da Liga das Américas, no dia 15 de março, no Rio de Janeiro, marca o ápice do esporte bauruense,
com a maior conquista da história da cidade. Bauru bateu o time mexicano do Pioneros por 86 a 72, no ginásio do Maracanãzinho, e chegou ao topo das Américas do Sul e Latina. A Az! esteve no Rio e acompanhou de perto esse histórico feito. Multicampeão, um time estruturado, com estrelas nacionais e que até já jogaram em nível internacional, o alerta já é dado pelo técnico Jorge Guerra, o Guerrinha, que é o responsável pelo retorno do projeto, e das principais articulações para a manutenção basquete na cidade: “Se nós continuarmos como estamos, vamos perder, a popu-
lação de Bauru vai perder os principais evento. Todos os grandes eventos que a gente participar vamos ter que ir para fora de Bauru”, lembra, referindo-se à final do NBB (caso chegue) e até ao próprio Mundial, que não podem ser em Bauru. O motivo: o ginásio Panela de Pressão não tem capacidade, nem estrutura suficientes para receber esse tipo de disputa em alto nível. “Assim como o ginásio da Luso ficou pequeno para o nosso projeto, hoje a Panela de Pressão também está”, complementa o treinador, que também já conquistou outros dois Paulistas e um Nacional com o time bauruense.
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#ENTRETENIMENTO SOLUÇÃO
O Paschoalotto/ Bauru faturou R$ 50 mil dólares pelo título no Rio de Janeiro. Esse valor, apesar de bemvindo, não paga um mês de salário do time
Vale lembrar que Bauru já tem um projeto de uma arena esportiva com capacidade para até 7,2 mil pessoas, elaborado pelo escritório Ricci e Higa, que venceu um concurso com vários escritórios de arquitetura de Bauru. Com custo estimado em R$ 20 milhões, o novo ginásio não tem nem previsão para início das obras. Isso porque a intenção do secretário de Esportes, Roger Barude, é ir até o governo federal buscar verbas. E, em crise, não dá para dizer se Brasília mandará os R$ 25 milhões que estão sendo solicitados. “Mas estamos correndo com isso para buscar essa verba o mais rápido possível, “afirmou o secretário. Ativo na busca de soluções para o basquete, uma espécie de gerente e gestor
do time, Guerrinha dá uma ideia para que um novo ginásio saia mais rapidamente do que o previsto: buscar captação dessa verba junto aos empresários de nossa cidade, para que o montante necessário seja rateado o quanto antes. “É a única solução para que tenhamos um ginásio de maneira rápida. Pegarmos um grupo de empresários, ceder o ginásio por 20, 25 anos, como Joinville (SC) fez e depois passamos para a prefeitura”, afirma, sugerindo uma espécie de Parceria Público-Privada, com a doação do projeto e do terreno municipal para a construção da arena pelo empresariado e, posteriormente, o repasse do espaço para o poder público. Há a previsão de construção da arena em um terreno da prefeitura na avenida Nações Unidas Norte, mas ainda há a dúvida se a estrutura será realmente viabilizada por lá. É que o terreno é acidentado e não se sabe, ainda, se aguentaria uma construção desse tamanho. O plano “B” da Secretaria de Esportes seria uma área na Rodovia Bauru-Ipaussu.
Assim como o ginásio da Luso ficou pequeno para o nosso projeto, hoje a Panela de Pressão também está Jorge Guerra (Guerrinha), Técnico do time
O MELHOR O ala Alex foi considerado o melhor jogador da Liga das Américas. Com 35 anos, ele tem fôlego de moleque Alex arremessa lance livre durante jogo final
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INVICTO Bauru foi campeão da Liga SulAmericana e da Liga das Américas de forma invicta. Foram, nestas duas disputas, 16 jogos, sem uma única derrota sequer
Equipe posa para foto antes de jogo na Liga das Américas
TRIPÉ Guerrinha tem ressaltado a importância de um trio de fatores que fez seu time conquistar a América: jogadores de qualidade, estrutura e um patrocinador forte. Em relação ao último quesito, há de se enaltecer o investimento do Grupo Paschoalotto, empresa genuinamente bauruense que está como principal patrocinadora do basquete local desde 2012. Ao lado de parceiros diversos, o Paschoalotto conseguiu um orçamento suficiente para trazer estrelas como o ala Alex, que já passou pela NBA (Liga Norte-Americana de Basquete) e Rafael Hettsheimeir, que tem passagens pelo basquete da Europa. Presidente da empresa, Rodrigo Paschoalotto ressalta que, por ele, o patrocínio segue por mais muito tempo. “Não depende só de mim, mas se dependesse ficaríamos até 2030”, sonha, mas depois confirmando a intenção: “Acho que vamos ficar, sim, mas ainda precisamos conversar sobre isso.” O próprio mecenas do basquete reconhece que não esperava tantas vitórias e tanta exposição de sua
Larry com a taça de campeão
É a única solução para que tenhamos um ginásio de maneira rápida. Pegarmos um grupo de empresários, ceder o ginásio por 20, 25 anos, como Joinville (SC) fez e depois passamos para a prefeitura Guerrinha MÚSICO Larry Taylor também está in-
marca, já que o atual time, reforçado com as estrelas, tem seis meses de trabalho conjunto. “Uma hora nós vamos perder. Espero que tenhamos derrota nas horas certas, antes das finais”, avalia.
vestindo na música, gravando um single de rap, seu ritmo favorito. O clipe foi gravado pela Muv Films, parceira da Az!
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#ENTRETENIMENTO
OS REFORÇOS Além de Alex e Hettsheimeir, Bauru também contratou Robert Day e Jefferson, dois outros reforços de peso para a temporada
Se nós continuarmos como estamos, vamos perder, a população de Bauru vai perder os principais eventos. Todos os grandes eventos que a gente participar vamos ter que ir para fora de Bauru
Fischer conduz a bola durante a final observado por Hetttsheimeir
RELAÇÃO COM BAURU Com média de mais de 1.200 torcedores por jogo em Bauru, o time do Paschoalotto tem estreitado cada vez mais relações com a cidade. Há projetos em andamento de integração dos jogadores para passar os valores do esporte para crianças e adolescentes. O armador norte-americano Larry Taylor, naturalizado brasileiro e há sete anos em Bauru, faz
Guerrinha Prata da casa, Gui busca a redinha do Maracanãzinho
OS ‘VETERANOS’ O ala Gui é o único que começou o projeto atual, ao lado do técnico Guerrinha. Larry chegou pouco tempo depois, já em agosto de 2008
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interessante projeto anual para levar crianças para dia de diversão em um shopping. Além disso, segundo apurou a Az!, está sendo montado um time sub-15 só com garotos da cidade. Atualmente, o Paschoalotto/Bauru tem categorias de Bauru sub16, sub-17 e sub-19. A equipe já faturou o título nacional sub-22 em 2013.
# C O LU NA
PRÓTESES DE SILICONE E O CÂNCER DE MAMA: ATUALIZAÇÕES E ESCLARECIMENTOS
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uito tem se falado a respeito da utilização de materiais constituídos a partir do silicone para o uso na medicina, notadamente na cirurgia plástica. No último dia 17, as próteses mamárias de silicone ocuparam posição de destaque no conteúdo da imprensa brasileira ao terem sido associadas a casos de linfoma anaplásico de grandes células, o que gerou inevitável desconforto aos pacientes portadores dos produtos citados e também aos profissionais a eles diretamente relacionados. É neste contexto que a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Mastologia, instituições zeladoras e responsáveis pela boa prática destas especialidades no país, publicou
nota recente onde todos transmitem informações legítimas em concordância com entidades científicas e sanitárias nacionais e internacionais que enfatizam o não alarmismo. Não é possível, no presente momento e, com base nos dados analisados, estabelecer um nexo causal claro entre os implantes mamários e o aparecimento dessa condição. Permanece, portanto, a rotina médica de acompanhamento dos pacientes através de avaliação profissional complementada por exames de imagem das mamas sempre quando necessários. As instituições afirmam ainda que publicações realizadas em outras oportunidades contradizem posições científicas e que até o momento não há nada que justifique a interrupção do uso de implantes mamários de silicone dentro das normas vigentes em todo o território nacional.
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# C O M P O R TA M E N T O
SORRI: 188 MIL
ATENDIMENTOS EM 2014 Entidade amplia atuação em Bauru e deixa vida de quem precisa de auxílio mais saudável Texto Redação Az! Fotos Cristiano Zanardi
Antônio Jorge, Rogério Rodrigues de Freitas e JOÃOBIDU descerram placa comemorativa de inauguração
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Sorri Bauru está cada vez mais forte e cada ve z m a i s d e i x a n d o forte quem precisa de auxílio para ter uma vida mais saudável. Presidida pelo empresário João Carlos de Almeida, o JOÃOBIDU, a entidade chega a 2015 com números impressionantes, além
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de ter ainda mais espaços gerados para atendimento. Segundo balanço divulgado recentemente pela Sorri, foram realizados no ano passado 188.420 atendimentos na unidade bauruense. Ao todo, foram 3.559 usuários, que passaram por vários espaços de atendimento, como a oficina ortopédica, atenção básica e outros.
“O ano de 2014 foi um ano de colheitas fartas, mas acima de tudo de muito trabalho. E melhor ainda: conseguimos semear caminhos frutíferos e lançar novas sementes que, logo, logo, irão geminar, tenho certeza disso”, exclamou Bidu falando sobre o ano passado em um material de divulgação da entidade.
NOVAS SEMENTES E Bidu não brinca em serviço. Logo no primeiro trimestre de 2015, uma das sementes já está apta para ser utilizada por quem precisa. A SorriBauru inaugurou no dia 13 de março mais um projeto que proporciona aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) atendimentos em um espaço mais confortável, seguro e acessível por meio da ampliação e adequação da área física destinada ao Ambulatório de Tecnologia Assistiva. A nova área do ambulatório possui 233m², e conta com quatro salas devidamente equipadas, mobiliários e equipamentos, para prestar em torno de 1.000(um mil) atendimentos ao mês, com projeção que sejam dispensados 300 equipamentos/mês entre órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção, tudo via SUS. Integram a equipe técnica do serviço, profissionais das áreas da medicina, fisioterapia, terapia ocupacional, enfermagem, ortesistas/protesistas, técnicos e auxiliares de produção. A Tecnologia Assistiva é um importante recurso para pessoas com deficiências e/ ou necessidades especiais, já que pode proporcionar maior independência por meio de recursos que possibilitam superar
barreiras da comunicação, locomoção, mobilidade, acessibilidade, controle do ambiente e habilidades do aprendizado. Aí se enquadram diversos equipamentos como cadeiras de rodas, de banho, andadores, coletes, muletas, órteses e próteses, entre outros. Estiveram presentes no evento representantes dos financiadores do projeto, o Ministério Público do Trabalho - Procuradoria do Trabalho de Bauru, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescentes e Loja Maçônica Piratininga nº 102. Prestigiaram também o evento o Prefeito de Bauru Rodrigo Agostinho e de Itapuí José Eduardo Amantini, a Sra Ariane Queiroz Sá, Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, representantes das Secretarias Municipais: da Saúde, do Bem Estar Social e da Cultura, da Câmara dos Vereadores, Polícia Militar (4º BPMI), 12º Grupamento de Bombeiros e Clubes de Serviço. O espaço vem atender a necessidade da Sorri-Bauru, que nestes últimos anos teve um marcante crescimento, firmando-se no cenário nacional como referência em excelência na atenção especializada à pessoa com deficiência.
O atendimento no Ambulatório de Tecnologia Assistiva da Sorri-Bauru é totalmente gratuito e para isso as pessoas podem procurar as unidades de saúde do município e solicitar o agendamento via Central de Regulação de Secretaria Municipal de Saúde de Bauru.
NÚMEROS Perfil dos usuários da Sorri
62% Homens 38% Mulheres Tipos de deficiência
2% Auditiva 5% Autismo 1% Triagem 41% Física 1% Incapacidade Auditiva Transitória
8% Intelectual 10% Múltipla 32% Sem deficiência (decreto) Fonte: Sorri
O ano de 2014 foi um ano de colheitas fartas, mas acima de tudo de muito trabalho. E melhor ainda: conseguimos semear caminhos frutíferos e lançar novas sementes que, logo, logo, irão geminar, tenho certeza disso João Carlos de Almeida (JOÃOBIDU), empresário
JOÃOBIDU em aparelho de nova ala da Sorri-Bauru
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#ESTILO
OUTONO BAURUENSE: DIAS MUTANTES VIRÃO!
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is que chegou o momento do ano mais confuso para a moda e para as pessoas que passam o dia todo fora de casa. Friozinho pela manhã, temperaturas mais altas no período da tarde e mais friozinho à noite. Nestas situações, sempre surge a pergunta que não quer calar: COM QUE ROUPA EU VOU? Para o trabalho ou lazer, a Az! nesta edição apresenta dicas de looks e tendências para passar essa estação com os itens que estão em alta na moda e com muita originalidade!
MUITAS CORES Dias mais fresquinhos pedem peças um pouco mais encorpadas. A opção é utilizar as blusas de linha com trançados bem espaçados, assim é possível se manter aquecida sem passar calor no ponto mais quente do dia. As cores são o ponto forte da estação: vermelho, laranja, vinho e pink estão em evidência! O mix de peças com estilo moderno e folk também é uma grande aposta para esse outono. Look: Dress to / Sapatos: Miscelânea
Carla Costa Produtora de moda e consultora de imagem e estilo
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ESTILO CIGANO Para ambientes mais descontraídos e mulheres estilosas, a grande novidade que se arrastará pela moda até o verão de 2016 é o estilo Gypsy. Aquele “ar” cigano que é ressaltado pelo uso de saias longas, chapéus e elementos étnicos como as botas texanas. O chapéu boho é ótimo para aliviar o sol dos dias de outono. São propícios ao uso neste período e, por serem compostos por tecido encorpado, precisam de dias mais frescos para serem sustentados. O charme fica por conta do colete de onça que ainda está no topo da lista fashion! Pele, ecológica (sintética) é claro, em pouca quantidade não aquece demais e dignifica o look! Look: Miscelânea
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#ESTILO
O ESPORTIVO GLAMOURIZOU! Nesta prévia do inverno, temos itens mudando de segmento. O moletom que até então era uma peça básica e esportiva, geralmente usado com tênis e jeans pode assumir uma nova versão: a de ESPORTE CHIC. Muito em alta na moda, essa mudança permite misturas com peças de origens diversas como saias de crochê, calças em couro e peças brilhantes. Tudo isso para manter o conforto em momentos que pedem originalidade. Look: Miscelânea
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FRANJAS, MUITAS FRANJAS, POR FAVOR! Apesar de terem sido um MEGA HIT do verão, as franjas não caíram no esquecimento e podem contribuir bastante para os looks do nosso outono bauruense. Misturar franjas de tecido encorpado com tecidos mais leves, proporciona o equilíbrio fundamental para os dias com temperaturas flexíveis. Tops de alcinha em renda bem leves ficam muito valorizados quando coordenados com coletes em couro ou saias pesadas. O toque WESTERN, tendência muito forte nesta estação, é garantido justamente pelo uso das franjas em couro ou crochê. Look: Miscelânea
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#ESTILO
ANDINO DE PODER! Para noites discretamente frias, PONCHOS em peso e muita ousadia! O poncho é um item de vestuário muito controverso para o gosto popular. Por remeter à culturas e lugares específicos, algumas pessoas resistem a vesti-lo. Mas a regra da moda atual é: O VISUAL ANDINO É TENDÊNCIA! Então... se joga! Para proporcionar um pouco mais de glamour ao poncho, usá-lo com vestidinho e botas cuissardes moderniza o look e o deixa pra lá de sexy! Look: Dress to
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▼ PUBLICIDADE
PARA AS ULTRA-URBANAS Um look bem jovem e descontraído de outono pode ser composto pela dupla básica: shorts jeans e camiseta. Mas não se trata de qualquer camiseta... Apostar em camisetas com estampas étnicas e com modelagem interessante é uma ótima pedida! Para não passar frio, a bota de cano super alto e sem salto proporciona um bom aquecimento e muito conforto. Look: Dress to
Fotografia: Luis Paulo Ribeiro Produção e Styling: Carla Costa Beleza: João Di Carvalho Modelo: Nathalia Nakano Looks: Dress to / Miscelânea
# VA R I E D A D E S
#NÚMEROS BAURU EM
Texto Bruno Mestrinelli Imagens Banco de Imagens
364.562 POPULAÇÃO DE BAURU É a estimativa atual de pessoas em Bauru, segundo informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Confira as estimativas de população de outras cidades de nossa região:
12.576
DUARTINA
2.708
457
CASAMENTOS
DIVÓRCIOS
Foi o número de casamentos que a cidade registrou , em 201 3
nos foram efetivados em Bauru, segundo os últimos dados do IBGE
FROTA DE AUTOMÓVEIS
33,9% É o crescimento ao longo de seis anos (contando apenas carros e motos). Veja a evolução no gráfico abaixo:
2011
177.662 2010
166.077 2009
154.712 28
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12.968
667.684
PIRATININGA
ÁREA TERRITORIAL
36.315
É o número de quilômetros quadrados do município, considerado pequeno ante outros, como Agudos, que tem 966,60 quilômetros quadrados
BARRA BONITA
36.339 AGUDOS
44.498
PEDERNEIRAS
2014
207.166 2012
187.934
2013
198.586
SUGESTÕES
Se tiver sugestões para Bauru em númer os, entre em contat o com a gente pelo e-m ail: contato@azbauru. com.br, ou por meio de no ssa página no facebo ok: AZBauru.
# C O LU NA
DEMOCRACIA SEM PARTICIPAÇÃO POPULAR!
N
ossa república é razoavelmente jovem com 125 anos se comparada a sistemas políticos de outras nações ao redor do planeta. Se começarmos a falar de nossa democracia, com tantos percalços, golpes e interrupções, podemos dizer que ela ainda engatinha e dá seus primeiros passos no cenário mundial. Segundo o mestre jurista Dallari a melhor definição de Estado é: “A ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em determinado território”. Formam o Estado os seguintes elementos essenciais: A Soberania; O Povo; O Território e A Finalidade política (Que deve ser o bem comum). O Brasil é um Estado Federal com o seu poder político descentralizado entre unidades autônomas denominadas Estados que compõe a sua federação. No Brasil, a União, por determinação da Constituição Federal, é indissolúvel. Isso afasta qualquer possibilidade jurídica de independência ou separação dos estados-membros (não existe direito de secessão ou separação). A nossa forma de governo é a república presidencialista e o seu regime de governo é a democracia. E é sobre ela que vou escrever neste texto. A democracia vive da participação política, e, por isso mesmo, a Constituição Federal lista inúmeras ferramentas de participação política que são consideradas direitos fundamentais de todas as pessoas, e que, em geral, estão acompanhadas de garantias jurídicas, para que possam ser utilizadas sem que haja qualquer repressão injusta ou intimidação aos seus usuários. Ocorre que 99% delas não são praticadas pelo povo, o governo por sua parte não incentiva essa participação, deixando de lado inclusive suas abordagens no sistema educacional que poderia ser um dos elos motrizes da conscientização da população quanto as suas formas
Silvio Maximino Vice-presidente da Batra, Bauru Transparente
constitucionais de participação na democracia. A explicação infelizmente não consta dos manuais, nem dos livros, e, está na péssima qualidade e no DNA dos nossos políticos que ao alcançarem o poder, fazem a opção de não levar ao povo a informação, pois sem ela, o povo fica como no livro de Saramago “Ensaio sobre a Cegueira”, totalmente perdidos e sem rumo. Criou-se no Brasil um circulo vicioso, onde o povo exerce com frequência apenas um dos direitos preconizados como de participação política que é o voto a cada dois anos. Os dois anos entre as eleições são de cegueira, omissão e completo distanciamento em relação à vida política das suas cidades, Estados e Governo Federal. Essa forma de agir ao longo dos últimos 40 anos, facilitou a vida dos partidos políticos, dos governantes e toda escória que os acompanha (Lobistas, Corruptores, Doleiros, etc.). Na medida em que não fiscalizamos nossos representantes como podemos imaginar que eles nos deem o respeito que merecemos? Se com todos os recursos disponíveis de tecnologia e de acompanhamento da mídia, a sociedade civil não consegue impedir ou ao menos reduzir a incidência dos golpes e falcatruas, somente o efetivo envolvimento com o engajamento da população pode estancar essa epidemia chamada corrupção no país. Temos uma Nação, um Estado soberano, um regime político definido, porém, falta o principal, o essencial na vida de qualquer povo, o exercício pleno da cidadania pelo nosso povo, de quaisquer classes sociais, raça, credo ou região. Sem ela nos tornamos os mesmos indiozinhos que receberam os portugueses 515 anos atrás, desnudos, sem conhecimento e sem direção. Onde os portugueses são hoje os nossos políticos ávidos por nosso ouro...
Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder. Abraham Lincoln
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# P E R S O NA Z
A cantora Manu Saggioro é uma artista multifacetada: além de cantora e guitarrista de banda de rock, ela também experimenta música caipira, folk, MPB e até metal ópera. Dona de uma alma cigana, conta que está “grávida” do seu primeiro CD solo, enquanto sonha com um planeta mais saudável e uma sociedade mais feliz
Texto Fernanda Villas Bôas Fotos Cristiano Zanardi e Arquivo Pessoal
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ENLAÇADORA
DE MUNDOS
E
la faz salada de rock com moda de viola. E MPB com metal ópera. É graduada em música, mas, quando está muito inspirada, escreve textos ou tira fotos em vez de compor. Fronteira não é uma palavra fácil para a enlaçadora de mundos Manu Saggioro. Aos 32 anos, a cantora, guitarrista e violonista que nasceu em Jaú, mas construiu sua carreira em Bauru, prefere flanar por estilos, lugares, pessoas. É assim que vai recolhendo ritmos, momentos e emoções para alicerçar essências e transformar sua vocação em arte. É claro que o destino ajudou: filha de um médico e de uma psicóloga, Manu sempre foi estimulada a desafiar as convenções. Seu próprio endereço sustenta essa contramão: o Espaço Gaia, onde mora com a mãe, o padrasto, a avó e um primo, é uma chácara de sete mil metros quadrados, localizada no bairro Colina Verde, que mistura casa, estúdio musical, consultório de psicologia e sala de yoga, o segundo ofício exercido pela mãe. A chácara tem figuras de mandalas nas paredes e bandeja de chá permanente para os visitantes. O cachorro corre livre, as plantas se multiplicam e os instrumentos musicais emprestam para o cenário uma atmosfera de sonho. “Tudo isso que me cerca desde a minha infância é como uma base para eu ir para o mundo”, costuma dizer, com voz afinada, sorriso doce e olhos intensos. E ela já foi para o mundo muitas vezes. Aos 19 anos, conheceu 11 Estados brasileiros com uma mochila nas costas e R$ 600 no bolso da calça jeans. Foi e voltou de carona. Cinco anos depois, com 24, passou três meses tocando violão nas ruas da Europa. Ao lado da irmã mais nova, visitou nove países, fez amigos, escapou da polícia, escreveu canções. Manu armazena todas essas experiências num repertório gigante e é com ele que pincela sua trajetória musical. Para tanto, participa de vários projetos, transitando por diferentes gêneros. O mais longevo desses projetos é o Inlakesh, banda de rock formada por ela e mais três meninas, e já na estrada há 11 anos. Manu é a guitarrista e uma espécie de mentora oficial: foi ela quem batizou o grupo com essa saudação maia, que significa algo como “Eu sou um outro você”. Manu, de fato, é muitas Manus: uma menina hippie, uma tropicalista criativa, uma musa folk, uma sertaneja delicada, uma
roqueira sexy. Mas ela não se contenta com esses rótulos, uma vez que não há mesmo fronteiras para quem quer abraçar o mundo. Confira na entrevista: Revisa Az! – Você toca e canta rock, folk, música caipira, MPB. Quantas Manus existem dentro da Manu? Manu Saggioro – Quando eu comecei a tocar, escolhi a coisa com que estava mais encantada na época que era o movimento do rock dos anos 60 e 70. Foi uma descoberta adolescente. Conforme os anos foram passando, fui ampliando e ampliando, e hoje, pensando na música, existem muitas Manus mesmo. Sou capaz de ver uma coisa preciosa em inúmeros movimentos e estilos de música. Por isso, é possível eu tocar música caipira, de raiz, regional, rock´n´roll, metal ópera, MPB... Porque encontro em mim esses elementos. Quando não vejo em mim, não tem por onde.
PERFIL Nome – Manuela Pereira Saggioro Idade – 32 anos. É taurina do dia 4 de maio Natural de – Jaú, mas construiu sua carreira musical em Bauru, onde mora. Vive com a mãe, o padrasto, a avó e um primo no Espaço Gaia, uma chácara no bairro Colina Verde, onde ela mantém seu estúdio e, eventualmente, dá aulas de música. Atividade profissional – Cantora, violonista e guitarrista, faz shows em Bauru e na região. Participa dos grupos musicais Inlakesh (rock), Cantada a Três (folk e MPB) e Sunshine (rock nacional e tropicalismo). Mantém uma dupla de rock acústico com a vocalista do Inlakesh, Daísa Munhoz, e também é parceira musical do multi-instrumentista Norba Motta, com quem toca folk e MPB, e com o violeiro Levi Ramiro, com quem desenvolve um projeto de música caipira. Já participou de um CD de metal ópera e vem recolhendo elementos para produzir um trabalho solo, ainda sem data definida de lançamento.
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# P E R S O NA Z Az! – Existe alguma modalidade musical em que você não se encaixa? Manu – Sim, existem facetas da música que não conversam comigo. Eu não vejo de onde tirar elementos para fazer, porque vai contra tudo o que eu acredito. Não vejo espírito criativo, nem emoção sincera, não vejo nada! Eu não gosto de chamar o funk carioca, por exemplo, de música. Não é música para mim! Mas, se todo mundo acha que é e discute como se fosse, tudo bem, eu posso até citar. E também o sertanejo universitário, o arrocha. Eu, que gosto de viola, que gosto de música regional, no sertanejo universitário e no arrocha, não vejo música. Não tem como! Az! – Você é guitarrista de uma banda feminina de rock, tem alma cigana, ama viajar, toca em bares da região e volta sozinha para Bauru, dirigindo, às 4 horas da manhã, e ainda acredita em ideais libertários. Como se vira numa sociedade machista? Manu – Desde que a Inlakesh nasceu, em 2004, essa é uma pergunta frequente: como fica a atitude da mulher? Porque a gente carrega caixa, monta palco, viaja, dirige sem motorista, sem nenhum homem para fazer os serviços mais pesados (risos). Mas a verdade é que, diretamente, nunca senti muito isso. Talvez porque nos anos em que estou trabalhando já exista uma abertura maior, talvez esses tabus já tenham sido vencidos não que ainda não existam. Às vezes, ouço um comentário mais machista sobre a Inlakesh: “Por ser uma banda de mulher, até que é boa!”. Às vezes, alguns caras se espantam: “Você vai dirigir sozinha até sua casa?”. Mas nunca me senti confrontada, assediada ou invadida. Me senti sempre superprotegida. Percebi que podia dar todos os meus passos. Az! – Você escolheu a arte, a música, e é uma mulher bonita. A beleza ajuda ou atrapalha na sua carreira? Manu – Eu acho que a beleza é um convite, uma abertura. Mas não só a beleza. A beleza não é uma coi-
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sa estática, é um conjunto de coisas. Beleza é você saber se comunicar. Isso abre muitas portas, sempre abriu portas. Mas eu também não tenho muita beleza. Se eu fosse muito bonita, talvez eu sofresse, porque as pessoas muito bonitas sofrem. No meu caso, não. Nem me acho tão bonita. Hoje, eu estou maquiada, produzida. Agora há pouco, eu estava na lida doméstica, ninguém iria falar que sou bonita... (risos). Az! – Você mora numa casa que é uma chácara, tem uma mãe psicóloga que dá aulas de yoga, vive perto da natureza, escolheu a música como profissão e parece ser uma mulher livre e independente desde a adolescência. Sua casa é seu oásis? Como você se sente fora daqui quando precisa conviver numa sociedade ainda totalitária e intolerante? Manu – O fato de eu morar numa chácara, de ter escolhido a música, estar rodeada de yoga, de psicoterapia e de um movimento artístico forte e reflexivo, e de estar ainda
num lugar cercado pela natureza é o que me dá base, coloca meus pés no chão e ainda me alimenta de energia. Tudo isso que me cerca desde a minha infância é como uma base para eu ir para o mundo, para estar no mundo. Por exemplo, eu sempre vi Manhattan como o extremo da correria, do cinza, do concreto, mesmo com o Central Park lá no meio. Quando fui para lá, achei que fosse viver um choque muito grande. Vivi lá poucos meses e não senti nenhum problema, porque, na verdade, esse meu oásis, que é a minha casa, também me deu ferramentas para eu atuar onde precisar. Eu escolheria morar numa cidade grande a longo prazo? Não. Eu quero sempre um lugar cercado pela natureza. Az! – Inlakesh é uma saudação maia que significa “Eu sou um outro você”. Você acredita que tenha sido maia na sua última encarnação? Manu – Essa saudação significa isso mesmo, “Eu sou um outro você”, ou seja, o que eu proporciono a você
O violão é parceiro de todas as horas para Manu
Para mim, a composição é um desafio e um aprendizado. Tem gente que nasce compondo. Eu me sinto muito inspirada, mas nem sempre para fazer uma música. Às vezes, eu faço um texto, às vezes, uma foto
Existem facetas da música que não conversam comigo. Eu não vejo de onde tirar elementos para fazer, porque vai contra tudo o que eu acredito. Não vejo espírito criativo, nem emoção sincera, não vejo nada! Eu não gosto de chamar o funk carioca, por exemplo, de música Manu posa para foto em fase com dreadlocks no cabelo
volta para mim, é um espelho. Olha, eu acredito na reencarnação, mas não faço ideia do que já fui, da que vida eu tive... Às vezes, sinto coisas muito familiares. E penso: será que é genético? Será que foram coisas que ficaram gravadas na minha infância ou antes disso? Inlakesh foi uma ideia minha. Eu estava estudando bastante o sincronário maia, a história dos maias. Civilizações antigas acabam me encantando. Ainda leio bastante sobre os maias, mas não há uma relação maior com eles do que com outros povos. Também tenho uma ligação com a China, com a Índia e com os Andes da América do Sul. Já aprendi músicas dos índios andinos. É um encantamento. Az! – Sua mãe é psicóloga e já trabalhou com abordagens pouco convencionais. Como você “sobreviveu” tendo uma mãe psicóloga? Ela já te analisou? Manu – (risos). Como sobreviver a uma mãe psicóloga? Ter uma mãe psicóloga significa não ter permissão para não refletir. Na infância, se eu dissesse assim: “Mãe, ela me xingou, brigou comigo!”, nunca ouvi assim: “Filhinha, vem cá, você está certa!”.
Sempre senti muito um acolhimento, mas ela me perguntava assim: “Vamos pensar nisso que aconteceu: será que a menina estava realmente errada?”. Muita reflexão! Muitas vezes, eu não queria saber de reflexão, só queria um colo, um abraço. Sempre fui muito estimulada, direcionada para a reflexão. Quando fui ficando pré-adolescente, mais rebelde, havia muito um tipo de conversa assim: “O que você vai escolher fazer? Vai experimentar isso, aquilo? Com quem você vai estar? Vai voltar para seu espaço, seus limites? ”. Sempre houve um cuidado com a reflexão. Mas eu acho que você ser instigado a pensar no que você vai fazer, como responder e a não se vitimizar é importante. Nesse sentido, me deu mais força. Az! – Em 2001, aos 19 anos, você fez um mochilão pelo Brasil para conhecer outros ritmos musicais (ela passou pelos seguintes Estados: Goiás, Piauí, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia e Minas Gerais). O que aconteceu nessa viagem que você nunca contou para ninguém? Manu – Eu trabalhei um pouco como garçonete num bar aqui em
Bauru, peguei R$ 600,00, coloquei na mochila e fui embora. Voltei depois de quatro meses, pegando carona em beira de estrada e posto de gasolina. Muita coisa aconteceu nessa viagem. O mais incrível que aconteceu? Não dá para falar o que foi, só para sentir e saber. Os aprendizados mais fortes não podem ser narrados. Eu estava viajando com um amigo. Mas a gente falava que era noivo, porque pegávamos muita carona com caminhoneiros e tal. Uma vez, combinamos de nos separar: ele falou para eu descer o mapa, e ele ficaria mais um pouco. Não brigamos. Então, fui tentar uma carona meio perigosa: eu estava no meio da Bahia e queria voltar para Salvador, estava a 500km de Salvador.
Inlakesh, banda de rock ‘n’ roll bauruense só de mulheres
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# P E R S O NA Z Tentei a carona à noite, sozinha, e não foi tão legal. Não aconteceu nada de fato, mas eu tive que conversar demais com o caminhoneiro para explicar que eu não era uma menina da vida, da estrada, que não iria transar com ele. Ele falou que estava acostumado a viajar de madrugada e que de manhãzinha eu estaria em Salvador. Uma hora depois, já na estrada, ele parou, disse que iria tomar um banho no posto e falou para eu ir tomar um banho também. Eu disse: “Hã?”. No fim, resolvi tomar um banho num banheiro cheio de prostitutas. Depois, ele começou a contar sobre a família dele e foi entrando com o caminhão no mato. Disse que estava cansado e falou: “Vem pra cá”. Eu falei que iria ficar lendo um livro, liguei a minha lanterna e comecei a ler. Ele não foi muito agressivo, só que ele ficou tentando me convencer... Foi uma noite difícil. Ele me deu um abraço, e eu
não queria abraçar. Fiz uma oração assim: “Mãe, aonde quer que você esteja, não sinta o medo que eu estou sentindo agora. Porque sei que, às vezes, você sente o que eu sinto”. No fim, ele desistiu, eu acabei dormindo, o dia amanheceu e ele voltou a ser um cara normal. Final feliz. Az! – Em 2006, você voltou a viajar, dessa vez tocando, pela Europa. Como foi essa experiência? (ela conheceu os seguintes países: Espanha, Itália, Áustria, República Tcheca, Alemanha, Holanda, Inglaterra, Bélgica e França). Manu – A viagem de 2001 foi mais de aventura. Em 2006, a ideia era viajar para ver como era a vida de um músico de rua na Europa. O problema é que, em 2006, já não se podia tocar na rua sem uma carteira de músico da União Europeia. Então, muitas vezes, o policial vinha, pedia
para eu ir embora, ameaçava tirar meu instrumento. Foi um pouco difícil, mas deu certo. Em vários lugares, consegui tocar. Nessa viagem, conheci um escritor belga que me viu tocando em Barcelona. Ele pagou um jantar para mim e para minha irmã (Luana, 29 anos, irmã mais nova de Manu, é modelo, artista plástica e vive em São Paulo), falou que promovia um festival numa cidade histórica da Espanha chamada Albarracín. Ficamos amigos, fomos para Praga na casa dele nessa mesma viagem. Dois anos depois, ele me ligou aqui no Brasil e me chamou para tocar no festival de jazz em Albarracín. Foi divino, superdiferente. A cidade é medieval, toda murada, fica na montanha, passa um rio de água cristalina, com árvores frutíferas na margem. Fui tocar no meio de uma galera extremamente profissional. Az! – Quais os artistas que, acima de influenciar você, conseguiram atravessar seu coração, te arrebataram completamente? Manu – Tive momentos de arrebatamento e de muito encantamento. É difícil falar isso. Vou citar três fases da música. O primeiro, aos 16 anos,
Manu tem vários estilos, e cita desde Bob Dylan até a cantora mineira Ceumar
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O que eu queria para mim? Morar em tal lugar, ter tantos discos, ter tal carro? Não sei, nunca pensei nesse sentido. Mas eu quero cada vez mais compreensão e tolerância comigo e com os outros, e cada vez mais alegria nas pequenas coisas. O viver é a grande obra
foi o movimento hippie e as composições folk sobre as questões da guerra do Vietnã. Eu pensava no seguinte: como milhares de jovens foram a um festival? (o de Woodstock, no Estado de Nova York, em 1969). Tudo isso me impressionou bastante: Janis Joplin, Jimi Hendrix, Joan Baez. E também Bob Dylan. Depois de uns anos, me encantei pelo trabalho da Björk (cantora islandesa). Não toco coisas dela, mas devorei os cinco primeiros discos dela. Não têm nada a ver com o meu trabalho, mas eu absorvi. Nos últimos anos, me encantei por uma linguagem mais simples. Tem uma cantora mineira, que também é uma pessoa maravilhosa e que eu tive a oportunidade de conhecer: a Ceumar. O que me encantou nela foi que eu cheguei ao teatro de São Manuel, que é pequeninho e a coisa mais linda, e ela estava cantando no meio das pessoas. Era um violão e ela. Eu já assisti shows de Pink Floyd, coisas tão gigantescas, e de repente vi uma moça com um violão, uma coisa tão singela... Como ela pode mobilizar tantas emoções? Az! – Você tem um ritual para compor? Manu – Para mim, a composição é um desafio e um aprendizado. Tem gente que nasce compondo. Eu me sinto muito inspirada, mas nem sempre para fazer uma música. Às vezes, eu faço um texto, às vezes, uma foto. Mas, para aquilo se transformar numa canção, eu tenho que parar, sentar e juntar o que vou recolhendo. Às vezes, pego um violão, faço um acorde, nem sei que acorde é, e sai uma música. Tudo é possível. Eu não tenho ritual para compor. Às vezes, passo uma semana toda pensando nisso, acordo e durmo pensando nisso. E, às vezes, passo um mês tirando música, de um jeito mais mecânico, mais para estudar. Az! – Qual seu principal desejo, sua ambição? O que você espera que aconteça com você ou com o planeta? Manu – Isso para mim se confunde. Porque eu penso muito no planeta, na sociedade. Às vezes, ando por aí para
Infância feliz
Aprendendo com os pais desde cedo
observar o convívio das pessoas, o lixo, o som, o que é devolvido e o que é absorvido. O que eu queria para mim? Morar em tal lugar, ter tantos discos, ter tal carro? Não sei, nunca pensei nesse sentido. Mas eu quero cada vez mais compreensão e tolerância comigo e com os outros, e cada vez mais alegria nas pequenas coisas. O viver é a grande obra. Meu desejo realmente seria uma harmonização individual, familiar, e ver coisas mais bonitas no planeta. Az! – Parece que você não saiu realmente da sua fase hippie. Incomoda estar atrelada a esse ideário? Você acha o movimento datado, superado? Manu – O termo hippie parece mal interpretado, desgastado, então, não uso muito essa palavra para me explicar. Mas acaba sendo um pouco... Eu não diria hippie. Mas essa coisa de estar conectada à natureza, de se preocupar com as relações humanas e ter como ambição ver as coisas mais harmonizadas, talvez isso nunca mude, talvez minha alma nunca vá mudar. Na juven-
Ainda men ina, em Jaú
Com a irmã Luana e a mãe
tude, vem com outra expressão. Hoje, com 32 anos, minha alma hippie parece mais tolhida, mais contida, mas lá no fundo o princípio é o mesmo. Espero que sempre tenha uma menina hippie dentro de mim. Az! – Quando vai sair o seu CD e como ele vai ser? Manu – Para um músico, não tem como escapar do projeto de um CD solo, que vai levar meu nome, meu violão, minha voz, minhas ideias, as coisas que quero colocar. Chamo meu parceiro Norba Motta, que também é produtor e um músico maravilhoso, e a gente conversa sobre o que teria nesse CD. A gente tem ensaiado músicas para ele. Acho que é tarde, mas é cedo para falar... (risos). Ainda não tenho uma ideia exata do que eu quero com o meu nome. Meu disco solo continua num forno. Poderia ter muita ansiedade em relação a isso, mas não tenho. Logo menos ou logo mais, sei que estarei pronta para ele.
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# C O M P O R TA M E N T O
QUE DIVERSÃO É ESSA? Roleta russa na relação jovens e álcool preocupa e causa mortes não só em Bauru, mas em outros locais do país Texto: Beatriz Albuquerque e Castro Fotos: Cristiano Zanardi, divulgação, banco de imagens e reprodução
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caso do estudante de engenharia da Unesp, Humberto Moura Fonseca, de 23 anos que faleceu após a ingestão de 25 doses de vodca durante uma competição de resistência à bebida em uma festa, no final do mês de fevereiro, chocou a cidade e o país. Situações como essa, entretanto, não são tão raras quanto parece. De acordo com dados do levantados no portal Datasus – órgão que administra as informações do sistema de saúde nacional -, divulgados no Estadão, a cada 36 horas, um jovem brasileiro morre de intoxicação aguda por álcool ou de outra complicação decorrente do consumo exagerado de bebida alcoólica. Em 2012, último dado disponível no portal, foram registradas 242 mortes na faixa etária dos 20 aos 29 anos causadas por “transtornos por causa do uso de álcool”, conforme definido na Classificação Internacional de Doenças (CID). De acordo com Valéria Gimenes, psicóloga do Caps ad de Bauru, entre os problemas do álcool está o fato de ser uma droga lícita, socialmente aceita, presente em celebrações, eventos familiares e propagandas. Isso faz com que os jovens se acostumem com a bebida, se relacionando com ela, mesmo que indiretamente, desde cedo. “Devido a essa presença aparentemente natural do álcool na vida, as pessoal julgam que não há nenhum problema em beber”, avalia.
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A psicóloga explica que é comum as pessoas se gabarem de que têm um limite muito grande para as bebidas sem saber que, na verdade, a tolerância é um problema, pois exige a ingestão de uma quantidade cada vez maior para ficar “alto” e é essa elevada quantidade que faz mal. “O jovem quer provar para todo mundo e até para ele mesmo que é capaz e aumenta cada vez mais a quantidade e qualidade, no senti-
do de misturar bebidas e inventar novas maneiras de beber - como as competições. Já que as consequências muitas vezes não são imediatas, fica difícil tentar inibir esse consumo”, afirma Gimenes. O consumo exagerado de álcool, também conhecido lá fora como binge drinking - overdose de álcool – pode trazer sérias consequências para a saúde, como o desenvolvimento de problemas no estômago, fígado, pele, pâncreas
EM BAURU No caso do estudante Humberto Moura Fonseca, a festa “Open bar” intitulada “Inter Reps”, não tinha alvará, contava com uma ambulância equipada apenas com uma maca e uma técnica de enfermagem. As pessoas que passavam mal no local eram tratados com chá de boldo. Dois estudantes responsáveis pela organização do evento foram presos em flagrante por homicídio simples com dolo eventual pois teriam assumido o risco de causar situações graves e que poderiam culminar em morte. A prisão durou algumas horas. E eles, agora, respondem ao processo em liberdade. Além do grande volume de álcool ingerido, Humberto sofria de problemas de coração criando condições favoráveis ao infarto do miocárdio. Um levantamento realizado entre os anos de 2008 e 2013 na própria Unesp de Bauru, onde Humberto estudava, apontou que o consumo periódico de álcool é realidade para a grande maioria dos universitários da cidade, sendo que ao menos 10% deles apresenta o risco de dependência. Sandra Leal Calais, doutora em psicologia e supervisora do Centro de Psicologia Aplicada (CPA) da Unesp de Bauru, detalha que o índice era alto entre os alunos dos primeiros anos, prevalecendo entre o sexo masculino dos cursos de engenharia.
O consumo exagerado de álcool, conhecido lá fora como binge drinking – overdose de álcool – pode trazer sérias consequências para a saúde, como o desenvolvimento de problemas no estômago, fígado, pele, pâncreas e nervos.
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# C O M P O R TA M E N T O Dados do 1º Levantamento sobre o Uso de Álcool, Tabaco e outras Drogas entre os Universitário, divulgado em 2010 pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, mostram que um em cada quatro alunos bebe de forma nociva. A rotina universitária inclui festas e eventos, frequentemente com a temática alcoólica como principal. Além disso, há a euforia de, em muitos casos, estar longe dos cuidados e vigilância dos pais e o desejo de testar essa liberdade. De acordo informações apuradas pela Revista Az!, pais de alunos da Unesp têm entrado em contato com os coordenadores de curso da faculdade para solicitar que cuidem de seus filhos, vigiando para que não bebam de mais.
UM NOVO ADULTO De acordo com Ivan Martins, formado em Ciências Sociais, professor de Sociologia e Coordenador Pedagógico, na adolescência, esses jovens percebem uma nova forma de olhar sua realidade e começam a mudar seu pensamento e sua atitudes. Com isso, a bebida se insere como uma forma de mostrar para a sociedade que, a partir desse momento, ele já tem consciência e pode fazer suas escolhas por si só. Assim, a bebida aparece como algo que tenta mudar um paradigma, porém não representa uma transformação social (ou a realidade de algum grupo social), somente uma atitude de negação das regras impostas. “O uso do álcool reforça a ideia de integração ao grupo dos adultos, como se ao ingerir bebidas alcoólicas, o jovem adolescente passasse, mesmo que virtualmente, para o universo adulto de seus parentes”, defende Natália Sganzella de Araujo, antropóloga e professora de Sociologia. É comum encarar o abuso do álcool como algo normal da faixa etária. Contudo, o uso exagerado do álcool na adolescência pode se acentuar no período da juventude, durante a vida acadêmica, e levar a perdas de consciências pelo alto consumo de bebida. Jovens adultos tendem a aceitar sugestões de desafios de seus amigos para
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se autoafirmar dentro de seu circulo social. “De maneira geral, ele acredita que vencer estes desafios o coloca em evidência entre seus companheiros o tornando referência para os demais”, afirma o psicólogo Gabriel Benjamim. “Porém, ao associarmos este ímpeto de conquista ao consumo de álcool, geralmente podemos observar que os efeitos colaterais causados pelo excesso da ingestão alcoólica muitas vezes são negligenciados em favor da obtenção de seu status, o que pode ocasionar desde situações vexatórias e humilhantes até a própria morte como recentemente acontecido na cidade de Bauru”, aponta. O álcool aparece em propagandas com um apelo à diversão e ao bem-estar, como um veículo de sociabilidade. Também é instrumento para a perda de inibição de alguns dentro do grupo, que procuram o álcool como forma de romper sua timidez e tomada de atitude, dessa forma podem culpar a droga e se colocar em situação de vítima: “Portanto, o imaginário que se construiu por traz do uso de bebidas alcoólicas é bem menor do que a explicitação das consequências que ele pode trazer”, acredita Natália.
A Polícia Civil ainda está na fase do inquérito, investigando 14 pessoas, entre organizadores e outros envolvidos. O exame de sangue de Humberto Moura deu 4.6 gramas de álcool por litro de sangue, mais de sete vezes o permitido para dirigir
Psicólogo Gabriel Benjamim: quem bebe acaba virando referência
É POSSÍVEL MUDAR ISSO? A antropóloga acredita que o uso de bebidas poderia ser revertido com fiscalização do governo, conscientização da população e controle das propagandas. “Entretanto, para isso há um custo, teríamos que mexer com o interesse do capital de grandes indústrias de bebidas, muitas delas multinacionais, que geram renda e riqueza para nosso país, o que faz com que não haja um interesse explicito dos governos”, destaca. Atualmente, no discurso da midiático, a bebida alcoólica é apresentada como elemento da vida de quem é bonito, antenado com a moda, enturmado e bem sucedido financeiramente. “O essas pessoas estão buscando que precisam estar tão fora delas mesmas? Pois é isso que vemos, essa busca por alguma coisa, mas essas pessoas não sabem o que estão buscando”, questiona Valéria Gimenes, do Caps ad. O ideal é que, na fase de formação da identidade adulta, os jovens possam contar com sua família e com outras instituições como escolas, igrejas, grupos de amigos para que em uma conversa franca, não criminalize e nem eleve, mas demonstre ao jovem as consequências do uso de álcool em sua formação intelectual e fisiológica. Nesta esfera de diálogo, seria possível revisar o sentido do que é prazer e do que é bem-estar.
“NÃO GOSTO DE BEBER” *Juliana (nome fictício, pois pediu para ter sua identidade preservada), Relações Públicas de 26 anos optou por se abster do consumo de álcool “Apesar de sempre ter tido contato com a bebida desde pequena, vendo meu pai e os amigos dele bebendo em festas, churrasco e reuniões, nunca tive vontade de beber. Já experimentei algumas vezes, mas não vejo muita graça. A maioria das pessoas não entende o fato de eu não gostar de beber e nem de ficar bêbada. Apesar disso, os amigos que me conhecem desde muito tempo já sabem que não gosto, então não colocam nenhum tipo de pressão. Mas o pessoal da faculdade sempre me pressionava, questionando porque eu não gostava de beber sendo que ‘todo mundo bebe’. Acredito que muitas pessoas deixaram de conversar comigo por me acharem chata ou qualquer outro tipo de julgamento. Isso é bem triste, mas nunca mudei meu jeito de ser por causa da opinião alheia, apesar de já ter sido alvo de piadas de mau gosto ou brincadeiras sem graça. Para quem me enchia muito o saco eu usava uma resposta clássica: ‘Eu estou te pedindo pra parar de beber? Não! Então não me peça para beber!’ Não concordo com a ideia de que é preciso estar bêbado para se divertir. Nunca precisei disso, tenho amigas que não bebem e sempre nos divertimos muito juntas. Acho quem faz isso ‘Maria vai com as outras’. Não evito, discrimino ou julgo pessoas que bebem. Apenas gostaria que me respeitassem e que não tivessem o estereótipo de que pessoa que não bebe é mal amada, chata ou nerd. As coisas são simples, as pessoas que as complicam”.
“COSTUMO BEBER” Pedro Valim, 21 anos costuma beber socialmente. Ele acredita que há certa necessidade entre os jovens de beber para fazer parte da turma “Acho que quando alguém chega a um lugar onde se sente estranho e precisa se enturmar, principalmente se for tímido, o álcool ajuda a desinibir e fica bem mais fácil uma interação. Mas, muitas vezes, também existe a cobrança do ambiente, porque as outras pessoas sempre perguntam ‘e você, não está bebendo nada?’ ou até com um tom de ironia ‘esse aí não bebe?’. E imagino que deve ser difícil pra quem não bebe ficar onde todos já estão alterados, e penso que isso estimula ainda mais o consumo, pelo menos de maneira moderada, para não se sentir tão deslocado. O consumo de bebidas entre os jovens pode ser um pouco mais exagerado e frequente primeiro por ser uma novidade para a maioria, e também por muitos não terem uma rotina que exija tanta responsabilidade. Depende muito da frequência com que se pode ir a festas, bares e etc. A maioria dos jovens só bebe quando está com amigos, é muito mais comum ver um adulto bebendo sozinho, em casa ou na rua, do que um jovem. O consumo exagerado acontece em todo lugar, até mesmo quando um grupo de colegas de trabalho ou familiares se encontram, está na nossa cultura beber até o bar fechar, quando acaba a bebida ou só quando chega ao limite. Imagino que poucas pessoas sabem realmente a hora de parar. A necessidade de beber para o jovem é muito mais para se sentir enturmado e conhecer outras pessoas do que por vício.”
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Facebook de Humberto Moura traz frase: “melhor morrer de vodka do que de tédio”
ELE NÃO É O VILÃO Já foi comprovado cientificamente que o consumo moderado de álcool não só não faz mal à saúde, como pode trazer benefícios ao organismo. A quantidade ideal para os homens é o equivalente a duas latinhas de cerveja, dois copos de vinho ou duas doses de bebida destilada por dia. Devido às diferenças na capacidade de metabolizar o álcool, para as mulheres o limite seria a metade da quantidade indicada para os homens. Entre os benefícios estão a redução de risco de doenças
cardiovasculares,
rodegenerativas, artrite,
neuasma,
melhora do quadro de diabetes e o aumento do nível de HDL (o colesterol bom) no sangue. No caso do vinho os benefícios se ampliam. Além de, como o álcool, melhorar a função vascular, tem função antioxidante (combate o envelhecimento das células).
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REPENSE E REFLITA Se o consumo não abusivo de álcool faz bem à saúde fica claro que o problema não é o produto em si, mas sim a relação estabelecida com ele. A notícia de que um universitário aparentemente saudável morreu de tanto beber é assustadora. Raramente, a morte é vista como uma consequência do consumo de álcool. Porém, depois da morte do Humberto, você reavaliou seu comportamento frente à bebida? Já refletiu o motivo de ter os hábitos que tem? Pensou sobre o assunto, imaginando, por exemplo, se seria capaz de se divertir sem uma gota de álcool? Que homem nunca sentiu sua masculinidade vangloriada ao constatar que é “forte para beber”? Quantas histórias de porres, bebedeiras e atos irresponsáveis próprias e de amigos não são contadas como epopeias dignas de orgulho? Quais as vezes você optou pelo táxi para não dirigir embriagado? Não incentivou o amigo bêbado a tomar mais uma e, em vez disso, ofereceu água? Não tirou sarro de quem prefere não beber? Quando você bebe até quase perder a consciência está aproveitando a vida ou vivendo à parte dela? Você já considerou que o ato de beber desenfreadamente pode ser encarado como um comportamento suicida? O suicídio é o ato intencional de matar a si mesmo. Quando você não respeita seus limites, não está preservando a vida. Pelo contrário, está assumindo o risco de uma consequência fatal. Que a morte do Humberto e de tantas outras pessoas não seja em vão. O consumo exagerado de álcool é um problema grave e precisa ser discutido.
# C O LU NA
PÁTRIA VERDE E AMARELA
O
Ivan Goffi
Advogado
dia 15 de março de 2015 foi uma data histórica, uma movimentação cívica com precedentes parecidos apenas na Marcha pela Família, de 1963, e no Movimento Diretas Já, de 1984. Curiosamente, o movimento desse 15 é a soma dos ideais das duas históricas passeatas, onde os brasileiros disseram, em alto brado, “somos uma nação verde e amarela”!. Apenas os eunucos mentais com pouca irrigação cerebral ainda não perceberam o óbvio: não se trata de um movimento da oposição. Trata-se de gente que não suporta mais ver bandos empunhando bandeiras vermelhas, esfolando a ética, o civismo e a urbanidade. De gente que cansou de ver o exército vermelho do MST, em sua onda de saques e destruição rotineira sob a leniência criminosa do governo. De gente cansada de ver o retrocesso da ciência, do desenvolvimento, da educação, da segurança, enquanto o governo só responde com o habitual “liberar bilhões aqui e acolá”, dinheiro este que nunca vai além das mãos de políticos e empresários. O 15 de março trouxe outro sinal: cansamos da roubalheira da quadrilha político-partidária que aparelhou o estado com fins ilícitos. Não adianta o governo “anunciar pacotes de medidas” contra a corrupção. Em 2005, no mensalão, isso foi alardeado com pompa vestal,
e gerou o petrolão! O problema da corrupção petista é o aparato estatal montado para ocultar seu funcionamento. O PT acha que é parte da solução quando, na verdade, é ele o problema. Os dois milhões de brasileiros nas ruas perguntam: o PT vai devolver os R$ 200 milhões recebidos das empresas que pagaram propina? Como fica a segunda posse da presidente, cuja campanha foi paga com dinheiro confessadamente desviado da Petrobrás? O governo vai acabar com os 25 mil cargos comissionados e “ministérios de portas fechadas”, desaparelhando o estado? Como ficam as mentiras contadas na campanha eleitoral? Ou o pacote petista trará medidas só para “os outros”? Há muito que o governo encena suas panaceias de forma melancólica, distante da realidade, pregando a cizânia e empurrando nosso país para um abismo de atraso econômico de difícil retorno. Um governo perdulário, irresponsável, cujo expoente máximo do discurso socialista da “distribuição de riqueza aos pobres” esconde o viés maior do desastre que todas as nações comunistas ignoraram: quando se tira de um para dar a outros, deixam-se todos sem coisa alguma. Mostramos que somos uma nação verde e amarela; não queremos ser verde-oliva, desde que Lula não ameace trazer seu exército vermelho para as ruas. Essa é a receita para que o 15 de Março não se transformar num 31.
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O DIVERTIDO E MISTERIOSO
Texto Amanda Rocha Fotos Cristiano Zanardi
MUNDO DOS GATOS
Felinos ainda são alvo de preconceito e crenças populares de azar, mas conquistam lares e famílias
Gatos são dóceis, mas gostam de uma arte: se esconder é uma delas
E
les são elegantes, misteriosos e espertos. Curiosos, se encaixam em lugares inusitados e aconchegantes. A maioria adora se apossar de cantinhos quentes e, quando menos esperamos, lá estão eles em nossos cobertores e lençóis cochilando em poses preguiçosas. Gatos são únicos e expressivos. Adjetivos não faltam para essas “bolinhas de pêlo”. Só quem tem um para saber. Ou melhor, vários. Sabe aquele ditado onde come um, comem dois? Pois bem. Gil, Dinorah, Pietro, Petra e Murilo são irmãos felinos que convivem entre miados e bagunças na casa da cientista social e professora de sociologia Vanessa Santos, uma “gateira” inveterada. Mas, calma, que a trupe não acaba por aí. Também moram por lá o Cappucino, a Tapio-
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ca, a Gal, a Amora e o Puig, outra família de gatinhos. Sim, dez gatos, todos adotados e castrados, que fique bem claro. “Acho que minha paixão por gatos começou em outra vida, minha mãe diz que desde bebê me encantava mais com eles do que com cachorros. Tive meu primeiro gato com 3 anos de idade. Ele viveu 10 anos comigo, o Cafuné”, lembra Vanessa. De nomes irreverentes e de personalidades diversas, ela diz que cuidar dos bichanos é tranquilo, difícil é conciliar o choque de temperamento entre eles. “Sempre tem uma desavença e um ciúme. O Gilberto (Gil) é mais apegado comigo mas não curte socializar. O Capuccino é encrenqueiro, a Dinorah é a carente da casa, sempre em busca de um afago dos irmãos. Somos uma grande família”, diz, rindo.
Vanessa ‘amassa’ um de seus gatos: amor incondicional
Acho que minha paixão por gatos começou em outra vida, minha mãe diz que desde bebê me encantava mais com eles do que com cachorros. Tive meu primeiro gato com 3 anos de idade Vanessa Santos, cientista social, professora e “gateira”
PERIPÉCIAS FELINAS A curiosidade (quase) matou o gato. Esta expressão pode ser usada com Dinorah, a gatinha carente e arteira da Vanessa. “Ela estava andando pelo telhado da vizinhança e caiu através da chaminé pela churrasqueira de um escritório de contabilidade. Só que a parte onde se assa a carne estava fechada e ela não conseguia voltar pela chaminé. Isso foi numa sexta, o escritório só reabriu na segunda e nisso chorei o fim de semana todo. Na segunda-feira me chamam em casa com ela no colo toda cheia de carvão (ela é branca), aterrorizada e faminta”, conta a professora. Outra situação de traquinagem aconteceu com Puig: ele chegou em casa todo lambuzado de óleo de cozinha e deu um baita trabalho para tomar banho. Onde ele se enfiou, Vanessa até hoje não sabe. Mistério. Casos de aventuras acontecem e rendem muitas histórias, afinal, gatos gostam de andar pelos muros, árvores e telhados alheios. De espírito independente (mas nem tanto), os felinos precisam de carinho e atenção, além, claro, de água fresquinha no pote - quando não pulam em pias querendo tomar a água corrente. Vídeos engraçados na internet com gatos “maluquinhos” são facilmente encontrados e rendem boas risadas.
Cientista Social já sofreu com peripécias de seus animais
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Luciana e seu filho Gabriel com dois dos três gatinhos que cuidam em casa
LENDAS E PRECONCEITOS Quem nunca ouviu falar que gato preto traz azar? Superstições e crenças populares, somadas ao falso pensamento de que gatos não se apegam ao dono, que são interesseiros e os principais causadores de doenças, como a toxoplasmose (doença parasitária) colaboram para que muitos felinos não consigam lares e sejam, inclusive, alvo de maus tratos. Na Idade Média, o gato preto era queimado junto às pessoas associadas a atos de bruxaria, inclusive se acreditava que os felinos eram bruxas transformadas em animais. Os tempos mudaram, e muito, porém alguns preconceitos continuam o que colabora para cismas e desconhecimento sobre a personalidade do animal. “O gato é visto como animal maldito,
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ligado ao oculto, um bicho sem dono, sem lei. Por superstição o gato preto é ligado a essa ideia de magia negra, de bruxaria. É muito triste que em pleno século XXI ainda pensem assim, é inexplicável o ódio que algumas pessoas nutrem”, diz Vanessa, enquanto afaga seu xodó Gilberto Gil (homenagem ao compositor baiano). “Sempre quis um gato preto e o Gil é um doce, tanto que quando ele sai pela vizinhança sempre fico angustiada principalmente nas sextas-feiras 13. Eu até chego a prender o coitado”, conta em referência a data associada ao gato. A professora enfatiza que não devemos nos ater as lendas de que gatos são traiçoeiros, que se apegam a casa e não ao dono. “Sempre tive gato e
sempre fui amada por eles”, diz. Giovana Moraes, turismóloga, era uma dessas pessoas um pouco desconfiadas com os gatos, porém há um ano essa impressão mudou quando se viu, de uma hora para outra adotando o seu primeiro felino, o Shanti. “Nunca pensei em ter um, pensava que eram egoístas e que só gostavam da casa, mas tudo mudou quando tive que cuidar de um gatinho recém-nascido nas férias passada”. O gatinho cresceu e o amor da Giovana por gatos também. Fotos divertidas no Instagram da moça comprovam a afinidade e a alegria entre os dois. Tudo foi uma questão de conhecer o animal e se livrar das amarras impostas pelo preconceito.
Uma das preocupações mais recorrentes em relação aos gatos é a de que eles são vistos como os grandes responsáveis pela transmissão da toxoplasmose, doença que pode infectar várias partes do organismo humano, como músculos e coração. De acordo com dados do site da entidade ambiental PEA (Projeto Esperança Animal), apenas 1% dos gatos transmitem a doença, e para isto precisam estar doentes, na fase de eliminação de cistos (“ovos” do toxoplasma). A contaminação se dá através das fezes, ou seja, é necessário ter contato com os excrementos, por exemplo: ao limpar a caixinha de areia de um gato infectado e levar a mão a boca sem lavá-las. O mais comum é o contágio através da ingestão de carne mal passada e crua, frutas, verduras e legumes mal lavados ou transfusão de sangue. Divergências sobre a questão existem e o importante é se informar e não fazer coro na discriminação a esses animais, que são muito conhecidos pela higiene: enterram seus dejetos e se limpam várias vezes ao dia. Segundo informações da PEA, “estudos mostram que é impossível você contrair toxoplasmose beijando ou acariciando seu gatinho ou através da lambida, mordida ou possíveis arranhões.”
DE MÃE PARA FILHO - DNA FELINO Muitas vezes, a paixão pelos gatos começa na infância, ou em casos mais tardios, na idade adulta, como no caso da Giovana. Luciana Bortoloti, técnica em enfermagem, sempre teve gatos, e recorda que os filhotinhos faziam o papel da boneca e do “filho” nas brincadeiras de infância. “Colocava os gatinhos dentro da meia do meu pai e deixava a cabeça para fora enrolado como charutinho e brincava de levar ao posto de saúde para tomar vacina”. Hoje ela ensina seu amor aos bichos para seu filho Gabriel Gonçalves Dias Bortoloti, de sete anos. “Acho que a ‘genética’ pesa e os pais são espelhos para o filho. A criança aprende o que ela vive, e o Gabriel está sendo criado vendo a família a amar e respeitar os animais”, reflete. O garoto adora felinos e costuma incluir os “amigatos” em brincadeiras como a mãe fazia, seja ao passear com
eles em triciclos ou, claro, fazer a farra na cama e no sofá. Frederico, Guepardo e Milk são os três “ronronantes” da casa e foram adotados. A vinda de Milk foi um tanto inusitada: Luciana explica que o marido, Flávio Bini Bortoloti, não queria mais animais em casa, eles também tem um cachorro. Mas quando Lu viu uma foto de Milk para adoção, pediu para a Ong em questão tocar a campainha e deixá-lo em frente a sua casa numa cestinha, como um “presente”. O maridão desconfiou e em menos de 24h ela acabou contando o “combinado”. Hoje o gatinho tem lugar até na cama do casal. Luciana afirma que gatos são grandes amigos e fiéis companheiros e fala que “azar é de quem tem preconceito pois perde grandes oportunidades de carinho e até de terapia”. Para quem não sabe, os felinos são usados em tratamentos terapêuticos pois ajudam a reduzir a pressão arterial, estresse e depressão.
Superstições não são verdades, gatos pretos são lindos, não dão azar e não têm nada de ruim! Feio é o preconceito Tânia Oliveira, bióloga e protetora dos animais
Um dos belos gatos de Tânia Oliveira
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CRIME CONTRA GATOS NA UNESP BAURU A AMIGA DOS GATOS Rifas, palestras sobre a questão animal, ativismo e muita boa vontade. É assim que há cinco anos, a bióloga e protetora de animais Tânia Oliveira transforma rotinas e ajuda os gatos de rua e animais de famílias carentes, como a do aposentado Faustino, que recolhe e vende reciclados e tem vários gatos. Há mais de dois anos, ela leva semanalmente ração e carinho aos animais e através da ajuda de ONGs e amigos já conseguiu castrar quase todos os gatinhos do aposentado, além de encaminhar os filhotes para lar temporário ou adoção. “Sozinha seria muito difícil ajudar os animais carentes que auxilio, os gastos são altos entre ração e remédios. Muitos dos gastos sou eu quem paga, a luta é difícil e nunca tem fim”, reforça. Grande parte da verba que Tânia arrecada também vem das rifas que ela divulga pelo Facebook e em doações de simpatizantes da causa animal. “Venho ajudando de algumas formas, seja nas palestras contra maus tratos e sobre posse responsável, ou levando ração e ajuda veterinária aos gatinhos”. Nestas palestras, ela ressalta o preconceito e crueldade sofridos principalmente com gatos pretos. “Superstições não são verdades, gatos pretos são lindos, não dão azar e não têm nada de ruim! Feio é o preconceito”, conclui. Vanessa dá uma dica pra quem ainda não conhece o universo dos gatinhos: “Permita-se conhecer esse amor curioso, que ronrona no seu ouvido e tem um jeitinho blasé de rei/rainha, mas que é apaixonante!”. A super população de felinos abandonados pelas ruas de Bauru com certeza agradecerá atitudes de aconchego e acolhimento. Que tal se encantar com o ronronar?
Recentemente, um hediondo crime contra animais foi registrado no campus da Unesp (Universidade Estadual Paulista) em Bauru. Entre novembro e fevereiro deste ano, 10 gatos, entre adultos e filhotes, foram encontrados mortos com resquícios de crueldade: a perícia constatou espancamento a pauladas e pontapés. A direção do campus instaurou um processo administrativo (sindicância) para averiguar os fatos e boletins de ocorrência foram registrados. O caso é investigado pela Polícia Civil e ainda é desconhecida a autoria do crime. Tânia Oliveira e grupos de defensores de animais se organizaram em ato de repúdio pacífico em frente ao campus para conscientizar a comunidade sobre a questão de maus tratos e cobrar investigação e punição. “Infelizmente esses atos cruéis são vistos frequentemente em qualquer bairro de Bauru, inúmeros gatos são envenenados, espancados e as pessoas agem como se isso não fosse um crime, mas é!”, realça a bióloga. No local, vários felinos convivem diariamente com a população universitária e é comum vê-los entre brincadeiras e mesmo até dentro das salas de aula ou departamentos. No entanto, a super população na unidade reflete a ausência de políticas públicas aos animais no município, como programas de castração gratuitos, além de casos de abandono e de irresponsabilidade total dos donos.
Tânia Oliveira é protetora e lembra: gatos não dão azar
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# C O LU NA
LEI DE INCENTIVO À
CULTURA: PROAC-ICMS
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ProAC - Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo foi instituído pela Lei Estadual de nº12.268/2006 e tem como objetivo apoiar e patrocinar a renovação, o intercâmbio e a divulgação na produção artística e cultural do Estado de São Paulo. O programa permite que parte do ICMS pago pelo contribuinte seja revertido para o patrocínio de projetos culturais aprovados pela secretaria de cultura. O Programa de Ação Cultural é dividido em duas formas de apoio: 1. Editais/Concursos: apoio por meio da seleção pública de projetos, cuja premiação é proveniente de recursos orçamentários da Secretaria de Estado da Cultura; 2. Incentivo Fiscal (ICMS): apoio por meio de patrocínios de contribuintes habilitados do ICMS a projetos previamente aprovados pela Secretaria de Estado da Cultura.
Chico Maia
Especialista em projetos e secretário municipal da Agricultura
Como funciona? No período entre janeiro e outubro, proponentes podem enviar suas propostas de projetos com orçamento justificado, contrapartidas sociais e demais aspectos a serem adequados ao formato requerido pelo ProAC. Semanalmente, acontecem reuniões da Comissão de Avaliação de Projetos (CAP), que avaliam se os projetos serão ou não aprovados. Os projetos aprovados são divulgados no Diário Oficial do Estado e, a partir desse
momento, o processo de captação de recursos pode ser iniciado, visando o aporte total e realização do projeto. Como funciona para quem pode investir em projetos culturais? A lei permite às empresas a possibilidade de abater até 3% do seu ICMS devido para incentivar os projetos aprovados pelo ProAC. As empresas que desejam patrocinar devem ter feito seu credenciamento no site da Secretaria da Fazenda (SEFAZ), no início do mês seguinte ao do pedido, após a verificação sobre os requisitos estabelecidos pela legislação, a empresa é habilitada no sistema. Assim, a empresa pode patrocinar projetos aprovados pelo ProAC, por meio do próprio sistema da Sefaz, que calcula a cada mês o valor máximo de patrocínio que poderá ser aproveitado nos programas. A empresa habilitada emite boletos bancários via sistema da Sefaz, para patrocinar projetos culturais, aprovados no ProAC, devendo pagar esses boletos até o último dia útil do mês da emissão. Após o pagamento dos boletos bancários, a empresa pode escriturar 100% do valor investido nos projetos como crédito do ICMS referente àquele mês. Ou seja, no caso de investir 3% do valor do ICMS tributado em determinado mês em um projeto aprovado no ProAC, a empresa terá que pagar apenas os 97% restantes para a Fazenda, referente ao mês em questão.
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DE GRÃO EM GRÃO:
VEGANISMO E VEGETARIANISMO NA PONTA DO GARFO
Lielsen , o Liu, faz entrega de comidas naturais de bicicleta
Estilos de alimentação estão em alta, mas é preciso equilíbrio e adaptação corretos na hora de fazer a transição e substituição do cardápio
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Texto Amanda Rocha Fotos Cristiano Zanardi e divulgação
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cardápio tem legumes, verduras, cereais, grãos, castanhas e muita fruta. Ovos, leite e derivados animais podem ou não compor o prato. Não é dieta e sim uma escolha e opção de se enxergar o alimento de forma mais saudável e livre de exploração animal - no caso dos veganos. O veganismo é um hábito e escolha alimentar no qual ativismo e a refeição estão praticamente indissociáveis. Nesta matéria iremos abordar processos que levaram algumas pessoas a optarem por este tipo de alimentação, seus reflexos no físico e equívocos que algumas pessoas cometem ao comer de forma errada alguns alimentos que compõem o paladar vegetariano e vegano. Uma tendência verde está em andamento no planeta, seja com posturas mais conscientes sobre o que consumir, reaproveitar e até se vestir e se alimentar. Vários estabelecimentos comerciais estão, aos poucos, introduzindo nos menus alimentos veganos e vegetarianos (aqui, estão liberados os derivados animais, ovo e leite). Redes online de trocas de informação sobre onde encontrar estes produtos se fortalecem e muita gente faz da cozinha de casa um negócio que rende de ovos de páscoa sem lactose a hamburgueres veganos e outros. Questões de saúde e estilo de vida também influenciam a troca da carne por legumes e vegetais, entre outros. O jornalista e músico Bruno Guerra era um carnívoro convicto e nunca se imaginava trocando de hábito alimentar. Porém, há cerca de três anos descobriu que tinha esteatose hepática (gordura no fígado) grau três - o mais
grave - e soube que uma dieta vegetariana ou vegana o poderia ajudar a tratar do problema. Somado a isto, ele havia começado a praticar meditação e a ler sobre budismo e filosofia oriental, que recomenda uma dieta vegetariana por princípios éticos. Lentamente foi tirando do cardápio a carne, comia de duas a três vezes por semana. Outro fator determinante na decisão de cortar a carne foi uma viagem ao Uruguai, o que era pra ser memorável, tornou-se um fardo alimentício. “Em setembro de 2013, viajei pra lá e fiquei uma semana. Eu comi bastante carne, principalmente vermelha e frutos do mar, porque tive dificuldades de encontrar alternativas - talvez até porque ainda não sabia muito bem onde procurar. Pude sentir de maneira bem intensa o efeito que isso teve em mim: mal estar, abdômen rígido e constipação naqueles dias. Ali decidi que quando voltasse ia cortar de vez a carne”.
O músico já havia feito experiências ao deixar de comer derivados do leite durante dez dias e notava uma melhora significativa na saúde, como a perda de peso. De 110 quilos ele foi para 95. “Eu pensei que já que eu estava mudando meus hábitos eu deveria cortar logo qualquer produto animal da minha dieta e foi uma decisão relativamente fácil de incorporar às que eu estava fazendo na minha vida”, ressalta o hoje vegano que de grau 3 da esteose hepática reduziu para grau 1 após a mudança alimentar. Estes fatores e o apoio de sua mulher, a jornalista Fernanda Vicentini, que também se decidiu pelo veganismo, foram grandes incentivadores da nova conduta na mesa, e não só. “A Fernanda até foi trabalhar como gerente de comunicação em uma empresa de cosméticos veganos (Surya Brasil), então o interesse com relação à causa animal foi crescendo cada vez mais e invadindo outras áreas da nossa vida”.
DESAFIOS E METAS ALIMENTÍCIAS: UM PASSO DE CADA VEZ A mudança na alimentação deve ser feita de forma gradativa e não é tão difícil encontrar substituições nas receitas antes carnívoras ou onívoras. É preciso empenho e ter uma meta. Para a educadora alimentar e nutricionista Bianca Giafferis Valim a questão é a mudança de paradigmas. “O desafio consiste em mudar paradigmas: a carne não é o centro da alimentação, ela é apenas uma opção e, quando ela deixa de ser uma opção, é a variedade e a combinação de alimentos vegetais que será capaz de suprir as nossas necessidades nutricionais”. Na visão dela, que há mais de 14 anos se tornou vegetariana, a pessoa que decide por esta alimentação deve ter em mente que seus costumes alimentares passarão por mudanças amplas para que todas as necessidades nutricionais sejam supridas.
A maioria dos vegetarianos desenvolve anemia ferropriva porque inclui na dieta uma quantidade grande de um alimento pobre em ferro, os laticínios, o que acaba por roubar o espaço de outro alimento que poderia ter sido escolhido dentre as boas fontes de ferro Bianca Valim com sucos naturais: alimentação saudável
Bianca Giafferis Valim, nutricionista
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# C O M P O R TA M E N T O O problema é que muitos aumentam a ingestão de carboidratos refinados, industrializados, alimentos derivados de animais (ovos e laticínios), açúcar, ou passam a comer de maneira exagerada um determinado alimento, como a soja. Esta alimentação um tanto limitada e sem fontes de ferro contribui para o desenvolvimento da anemia. “A maioria dos vegetarianos que desenvolve anemia ferropriva (por deficiência de ferro) o faz porque inclui na dieta uma quantidade grande de um alimento pobre em ferro, os laticínios, o que acaba por roubar o espaço de outro alimento que poderia ter sido escolhido dentre as boas fontes de ferro”, explica Bianca. Lentilha, grão-de-bico, soja, tofu (queijo de soja), castanhas e sementes, vegetais verde-escuros (couve, espinafre), frutas secas (ameixa, uva-passa e damasco) e o melado da cana-de-açúcar são ótimas fontes de ferro e não podem faltar nos pratos “verdes”. Combinados com vitamina C, turbinam mais a saúde: “O uso de alimentos fonte de vitamina C nas refeições pode ser suficiente para dobrar a absorção do ferro. Após o almoço e jantar é recomendado o consumo de frutas ricas em vitamina C - uma laranja aumenta 3 a 4 vezes a absorção de ferro. Temperar a salada com limão ou pingar gotas de limão no suco verde também é uma boa”, ensina a educadora alimentar. Outra dica importante é evitar alimentos refinados como o açúcar branco e a farinha pois são fontes nulas de ferro. Desta forma, procure produtos e cereais integrais que por terem mais fibras passam a sensação de saciedade. Segundo dados da nutricionista, a incidência de anemia ferropriva não é maior na população vegetariana quando comparada à população carnívora. “Em torno de 1/3 da população mundial tem carência de ferro e nos países em desenvolvimento, 40% das crianças pré-escolares tem alguma deficiência e, estima-se que 500 milhões de pessoas sejam anêmicas” , estima a nutricionista. Outra dúvida de saúde frequente é relacionada à vitamina B12: ela é encontrada somente em alimentos de origem animal, como as carnes, queijos, leite e ovos e alimentos enriquecidos. A nutricionista frisa que é necessário
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um bom planejamento na alimentação principalmente ao adequar para mulheres e gestantes pois há diferenças nas necessidades nutricionais da mulher quando ela engravida: “Ela precisará de mais cálcio, ferro, ômega 3, vitamina B12, dentre outros nutrientes. O ajuste no cardápio e hábitos alimentares acaba sendo importante para que a alimentação fique de acordo com as exigências desse período. Pode haver necessidade de suplemento para as gestantes e lactantes”, avalia. Bianca enaltece que mudar um hábito alimentar é um grande desafio pois esta relacionado a nossa infância, cultura, família e emoções e o primeiro passo é a consciência da pessoa em querer mudar e ser ajudado.
Descobri a variedade de coisas gostosas e saudáveis que eu poderia comer e que facilmente supriria a necessidade de proteínas do meu corpo Paula Maria, confeiteira
Cupcakes confeitados por Paula Maria
A VIDA É UM DOCE… SEM LACTOSE! A história gastrônomica de Paula Maria, jovem confeiteira do ramo vegano e vegetariano, começou da carência em encontrar opções alimentares, seja doce ou salgada, na cidade. Em 2012, ela resolveu criar a marca Respect Life e começou a confeccionar bolos, tortas, sorvetes, salgados a doces de épocas, como os ovos de páscoa. Tudo sem lactose, proteína e traços de leite. Você nem percebe que está saboreando algo sem ovo, leite ou manteiga. “Atualmente, aos 20 anos, sou vegana e em Bauru não vejo mais dificuldade em encontrar esses alimentos. Isso porque hoje existem lanchonetes, sorveterias, restaurantes e pessoas que trabalham com esse tipo de alimentação, o que torna tudo mais fácil”, observa.
Vegetariana desde os 14 anos, ela expõe que já passou por problemas alimentares devido a falta de conhecimento na época - ao não fazer a substituição da maneira adequada abusava de alguns alimentos que não traziam benefícios à saúde. “Depois descobri a variedade de coisas gostosas e saudáveis que eu poderia comer e que facilmente supriria a necessidade de proteínas e nutrientes do meu corpo”, relata. Apesar da dificuldade no começo, ela nunca teve anemia ferropria. “Vegano não come só alface e existem variedades nos supermercados desde carne vegetal, sorvetes, bolachas e muitas outras coisas. É claro, que essas produtos vão chegando aos poucos nas cidades do interior, mas ainda assim, já é possível notar o aumento dessas procuras”. Pelas encomendas que tem, dá pra dizer que a clientela só tende a crescer.
UMA BICICLETA E UMA IDEIA NA CABEÇA
Paula Maria faz doces veganos sem lactose
Uma conduta alimentar e pessoal que começou em uma república entre amigos e se tornou o trabalho de Lielsen Corte, o Liu, cozinheiro e vegano há três anos. Foi em Piracicaba, lembra ele, onde a ideia de entregar o “rango” com a bike se iniciou. “Eu fazia comida para amigos que iam em casa, logo depois começaram os pedidos e montamos a cooperativa “Escolha vida”. Entregávamos marmitex três vezes por semana de bike pela cidade e também informávamos sobre o veganismo”. De volta a Bauru, Liu idealizou a “Bike e Burger” e hoje é o responsável tanto pelos rangos quanto pelas entregas, ele pedala de 5 a 7 km por dia. Por entregar sozinho ele tem que limitar as regiões que atende. Pedidos são feitos através do perfil do facebook e ele é parceiro de estabelecimentos comercias, como o bar e restaurante Skinão, famoso na cidade pelo sanduíche Bauru. “Aumentou muito a demanda desde o ano passado, e infelizmente é difícil atender todos. Tenho planos e penso em abrir uma loja mais para frente porque
Bruno Guerra mudou cardápio
tem mercado pra isso”, revela. E se você pensa que é só hambúrguer de soja que a Bike e Burger entrega, se engana. Fora os sete tipos de hambúrgueres, como de grão de bico, legumes e feijão preto, tem quibe de soja, croquete de lentilha, falafel e coxinha de soja. Ao adaptar receitas e usar a criatividade dá pra comer praticamente tudo, é só não ter preguiça e por a mão na massa, verduras e legumes. Liu enxerga o veganismo não como dieta, e sim como um propósito que cada um descobre e se motiva no dia-a-dia. “Tem gente que se sensibiliza com a parte dos animais, meu caso é mais em contrapartida com as indústrias, eu procuro evitar produtos que fazem testes em animais”. E emenda que desde que deixou de comer carne e alimentos de origem animal, o alívio foi sentido tanto na consciência quanto no corpo. Além de trabalhar com um veículo sustentável e contribuir assim também com o respeito ao meio ambiente, o vegano é mais um exemplo de que ideias verdes são um caminho culinário saudável e em plena expansão.
RECEITA DE
A dica para quem se interessou por uma nova alimentação, além de ficar de olho se a dieta é correta, é ter criatividade para criar opções saudáveis, ensina Lielsen Corte, o Liu
QUEIJO DE BATATA (Bike & Burger)
Ingredientes: • 3 xíc. de batata cozida • 2 xíc. de polvinho doce • 1 xíc. de polvinho azedo • Tempero de ervas e sal • Óleo
Preparo: Misture, coloque no microondas ou frite com pouco óleo. Passe o rolo de massas para ficar “fininho”. Reserve em uma fôrma e deixe por um dia na geladeira. Depois sirva quente.
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# C O M P O R TA M E N T O
Jorge Luiz coloca seu drone para voar no Vitória Régia
VOANDO
ALTO Equipados com câmeras, os drones, robozinhos voadores, são imperceptíveis no céu e novidades nos segmentos de vídeos profissionais e monitoramento aéreo de pessoas e lugares Texto Daiany Ferreira Fotos Cristiano Zanardi
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À
primeira vista parece ser brinquedo de criança guiado por controle remoto. Mas, na verdade, o nome da engenhoca voadora que saiu da imaginação do homem e tornou-se realidade é chamada de Vant (Veículo aéreo não tripulado), ou, devido ao barulho emitido, é conhecido por Drone (Zangão, em inglês). Comparado a um avião ou helicóptero de aeromodelismo, de modo geral, esse equipamento aéreo é utilizado para registro de fotos e filmagens. Essa tecnologia já espalhada pelo mercado à fora costuma variar seu formato, preço e tamanho. O modelo de drone mais comum é dotado de estrutura simples: uma bateria, um sensor no miolo e no mínimo quatro hélices nas pontas. Usado antigamente apenas em missões militares, hoje os drones se popularizaram nas mais diversas áreas e situações. Na engenharia, por exemplo, ele é usado para avaliar construções, na segurança pública para enxergar áreas de difícil acesso, e nas mãos de um cinegrafista para capturar vários ângulos de um ambiente. Ágil e ao mesmo tempo capaz de desempenhar inúmeras tarefas, quem diria que o futuro chegaria tão rápido? Alguns testes já estão sendo feitos para que os drones possam realizar trabalhos de entregador. Imagine a cena: você compra uma pizza e, em poucas horas, ela é entregue na sua casa. Situação comum, se não fosse pelo detalhe do entregador ser um robô, afinal, quando se fala em possibilidades o céu é o limite. Um dos primeiros a utilizar drone no interior de São Paulo, desde 2013 o advogado e empresário, Carlos Alexandre de Carvalho, 30 anos, usa o equipamento porque garante segurança, rapidez e principalmente, economia. “Facilita muito na captação de imagens em locais fechados ou de difícil acesso. As imagens de um drone causam realismo pouco encontrado por um helicóptero convencional. Hoje, uso drone para fazer registros desde festa de aniversários até casamento e perícia judicial”, afirmou o advogado.
Alexandre foi um dos primeiros a utilizar o drone no interior
Aviãozinho já é usado até para combate à dengue
QUE TAL UMA ESPIADINHA? E, quanto mais populares e acessíveis esses dispositivos ficam, mais criativos tornam- se seu uso. Algumas cidades do interior de São Paulo já utilizam drones para sobrevoar áreas de risco à proliferação do mosquito da dengue. O equipamento aéreo serve para vistoriar locais de maior dificuldade de acesso: caixa d’água, calhas, lajes e terrenos abandonados. Utilizando drone há menos de um ano, o empresário Jorge Luiz Sanches Vechetti, 37 anos, descobriu a partir de um hobby, a chance de ter uma renda extra. Captando imagens
e filmes serviço antes realizado apenas por intervenção de um helicóptero, hoje, essas mesmas imagens podem ser oferecidas a um preço menor do que se locasse um outro equipamento maior. “Podemos ir onde muitos não podem chegar. Existe um amplo uso desse objeto. Conseguimos verificar obras, detectar criadouros de dengue, existe um projeto para uso no auxílio de salva-vidas, pois um drone consegue carregar boias e chegar bem antes que o corpo de bombeiros. Enfim, vale a pena o investimento”, ressaltou Jorge.
Facilita muito na captação de imagens em locais fechados ou de difícil acesso. As imagens de um drone causam realismo pouco encontrado por um helicóptero convencional. Hoje, uso drone para fazer registros desde festa de aniversários até casamento e perícia judicial Carlos Alexandre de Carvalho, Advogado e empresário
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# C O M P O R TA M E N T O NÃO É BRINQUEDO, NÃO
CURIOSIDADES Um drone pode voar por até 40 minutos.
Modelos simples de uso recreativo podem chegar entre R$ 2 mil e R$ 4,5 mil. Já os equipamentos mais elaborados para mapeamento geográfico chegam a custar R$ 200 mil.
Para cima podem chegar a 150 metros de altura numa velocidade de 60km/h. Para os lados até 400 metros de distância, numa velocidade de 80km/h.
Os mais leves chegam a pesar 1 quilo. Enquanto um modelo com armamentos chega pesar 30 quilos.
Podemos ir onde muitos não podem chegar. Existe um amplo uso desse objeto. Conseguimos verificar obras, detectar criadouros de dengue, existe um projeto para uso no auxílio de salvavidas [...] Enfim, vale a pena o investimento
Seja por hobby ou uso profissional, ainda existem alguns riscos quanto a utilização de um drone. No Jardim Botânico de Bauru, o uso do equipamento foi proibido por questões de segurança dos visitantes, sendo liberado apenas mediante solicitação prévia. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) é responsável por regulamentar quem pode usar comercialmente aviões não tripulados e remotamente controlados. Segundo a entidade, embora não exista restrição à compra de um drone por um cidadão, instituição ou empresa, a sua operação depende de uma autorização específica e concedida depois de devidas comprovações por parte do interessado, visando zelar pela segurança na aviação. Entretanto, tal certificado permite apenas operações experimentais sobre áreas não densamente povoadas, ou seja, não permite operações com fins lucrativos e nem operações em áreas urbanas. Segundo a Anac, está sendo trabalhada uma legislação que permita o uso civil dos drones, tanto para indústria como para a sociedade, o que, atualmente, só pode ser feito com autorização. O uso pessoal de um pequeno drone para lazer, em regiões afastadas ou de baixa altitude não possui restrições. Mas para quem pilota um brinquedo eletrônico como este, sabe dos riscos e a importância de se ter um regulamento eficaz e capacitado para segurança pública. Ainda de acordo com Jorge Vechetti, por parte de quem pilota um drone, exige cuidados e muita responsabilidade. “Apesar de ser catalogado como
um brinquedo no caso aeromodelo, ele tem motores e hélices que cortam bem fundo. Eu mesmo já me acidentei. Apesar de ser um aparelho muito seguro, acidentes pode acontecer, pois é uma máquina e depende de uma pessoa para funcionar”, explicou. Este ano durante os desfiles de Carnaval do Rio de Janeiro, a escola de samba Portela foi notificada pela Anac, após o pouso de quatro paraquedistas iluminados com sinalizadores no meio da Marquês de Sapucaí. O público que prestigiava o evento pode ver no céu carioca cerca de 450 pequenos drones em formato de águias sobrevoando a multidão. A escola, de acordo com a agência, chegou a consultar informações sobre a operação dos drones, mas não teria pedido a autorização para utilizá-los. De acordo com a lei, a Portela poderá responder por ações de responsabilidade civil e penal. Para o advogado Carlos Alexandre, todo equipamento requer seus cuidados. Antes de pilotar um drone é preciso garantir que o local tenha pouca frequência de pessoas e diversas rotas de fuga, ou seja, um espaço bem aberto e fora de riscos. “Imagine um drone em sua altitude, sendo sugado por uma turbina ou caindo sobre os pedestres... São situações que podem ocorrer se o equipamento não for usado com atenção. Pilotar um drone não é brincadeira”, completou o advogado, alertando sobre a importância de ser ter um plano de voo, por parte de quem pilota drones a serviços institucionalizados ou com grande aglomeração de gente, como um desfile de Carnaval.
Jorge Vechetti, Empresário Drone voa conectado a um telefone, usado como tela para visualização
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# C O LU NA
A PROFESSORA E AS ETERNAS EXPLICAÇÕES
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H.P.A. Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e professor de História
stariam os tempos atuais se tornando obscurantistas? Existem sinais mais do que evidentes nesse sentido. Relato um deles. Mariza Bianconcini Teixeira Mendes é professora aposentada da Unesp, doutorado em Araraquara e com atuação no campus de Bauru, área de Letras, sua especialidade. Discursos linguísticos e não linguísticos, além de Literatura, Arte, Comunicação e Mídia. A experiência no campo da semiótica a tornou catedrática na análise de textos da mídia impressa e televisiva. E quando faz isso, na maioria das vezes cria caso, pois bate de frente com o pré-estabelecido pela sociedade onde vivemos. Cabedal para discussão não lhe falta, mas discutir como se a informação hoje chega fracionada, distorcida e favorecendo quem a produz e a distribui? Formou gerações de estudantes dentro de uma proposta crítica, mostrando o que de fato somos e o que muitos gostariam que não fossemos. Uma pesquisadora na acepção da palavra. Foi alvo de intenso ataque quando propôs uma séria discussão sobre um olhar agnóstico em cima dos textos bíblicos. Profana foi pouco quando afirmou que os fatos ali narrados fogem da realidade e não passariam de mitos. Em sua tese de doutorado No Princípio Era o Poder (Editora Fapesp), transformado em livro em 2009, vai muito além do termo mito. Explica que, podem até terem ocorrido, mas não na exata
forma como narrados. Nem isso aplacou muita ira e polêmica. O reconhecimento do mito e da riqueza do simbolismo contido naqueles textos em nada os desmerecem. Partindo daí estaria estabelecido o bom debate. Querendo impor tudo ali contido como fato consumado não propicia um milímetro de avanço na discussão. Toda cultura possui expressões simbólicas e nelas reconhecemos a identidade cultural de cada agrupamento. A Religião e a Arte são as duas mais fortes expressões simbólicas do planeta. Até hoje, quando diante do tema, Mariza está sempre pronta para responder detalhadamente sobre seu estudo. Tempos atrás, após ler um longo, acalorado e infrutífero debate via redes sociais entre contendores, prós e contras, deu uma resposta bem reveladora, servindo para leigos e não leigos, fiéis e infiéis: “Vou explicar o principal. Jamais quis pesquisar a existência ou não de Deus, apenas analisei o ‘discurso’ que deu origem à crença, que é um discurso mítico como outros tantos; Eneida, Ilíada, Odisseia. Jamais ofendi os que creem”. As eternas explicações arroladas ao longo do tempo demonstram algo da dita incompreensão humana. Daí o motivo de muitos terem perdido o interesse em debater. A agressão tem sido a primeira reação e os distanciamentos humanos só aumentando. Sinal mais do que entristecedor dos rumos desses nossos tempos.
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# C O M P O R TA M E N T O
Fabiano Fernandes se prepara para entrar na Doblò adaptada recentemente adquirida
Radialista não tinha como se locomover
FABIANO
JÁ PODE SE LOCOMOVER Grupo de amigos se une e viabiliza carro para radialista portador de doença degenerativa Texto Redação Az! Fotos Cristiano Zanardi
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Leia a edição #23 online
http://issuu.com/revistaaz
A imagem acima mostra a capa da edição de março da Az!. E nós seguimos na luta para ajudar Fabiano. Se você quer aderir, envie um e-mail para ajudeofabiano@ azbauru.com.br
A
história do radialista e jornalista Fabiano Fernandes emocionou Bauru. A edição de março da Revista Az! o traz como personagem principal, mostrando dias de luta e de superação para ele. Portador da Ela (Esclerose Lateral Amiotrófica), doença degenerativa que vai minando os movimentos do corpo, Fabiano tinha um sonho em curto prazo: conseguir um carro adaptado que desse para ele um pouco de mobilidade e qualidade de vida. E ele já está com esse veículo. É um Fiat Doblò, adaptado, com elevador, que garante sua locomoção. Sua esposa, Ellen Regina, explica que eles tinham cerca de R$ 20 mil guardados com economias e com o dinheiro arrecadado em um jantar beneficente. O restante, financiado, está chegando por conta de um grupo solidário de 17 amigos. Eles estão contribuindo com R$ 100 por mês para que as parcelas mensais sejam pagas.
O CASO Fabiano Fernandes começou com os sintomas da Ela há cinco anos, quando começou a notar que seu pé direito não se ajeitava mais no chinelo que ele costumava usar diariamente. Depois de idas e vindas no médico, em 2011 ele teve o diagnóstico definitivo. Fabiano começou a usar bengala meses depois de receber o diagnóstico. Mas a degeneração continuou e ele perdeu a capacidade de andar, além do movimento dos braços. Hoje, está numa cadeira de rodas e está paralisado do pescoço para baixo. Consegue ainda mexer levemente os polegares e acessar, com alguma dificuldade, o computador. Aos poucos, vem se adaptando a uma câmera de vídeo, que lhe permite controlar comandos ao abrir a boca ou mexer a cabeça. Seu próximo passo será testar um equipamento importado, conectado ao computador, que vai captar o movimento dos seus olhos para permitir acesso à internet e a um teclado virtual para se comunicar.
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TÃO LONGE,
TÃO PERTO
Hérica Cristina com a filha Gabriela: dólar pesa em todas as compras praticamente
Com dólar em alta, preços de diversos produtos aumentam e influenciam a nossa vida mesmo muito longe dos Estados Unidos. Segundo especialista, com o atual quadro cambial oscilando, comprar moeda norte-americana só se for para um bom investimento Texto Daiany Ferreira Fotos Cristiano Zanardi
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dia começa cedo na casa de Hérica Cristina Alba de Souza, 34 anos. Ela conta que, após a maternidade, precisou mudar sua rotina com a chegada da nova integrante da família, a pequena Gabriela de um ano e seis meses. Na bolsa, itens de primeira necessidade: mamadeira, lanchinho e fraldas. Tudo pronto? É hora do passeio matinal com destino às compras domésticas uma vez por semana. Afinal, diante de um cenário de disputas políticas e de incertezas econômicas, a variação das taxas cambiais tem influenciado
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diretamente o dia a dia das donas de casa. Portanto, regra básica da família: economia e pesquisa de preços. Do pão francês ao preço da gasolina, os impactos econômicos são bastante perceptíveis na hora de pagar a conta. Comparado a um efeito dominó, a importação se torna mais cara com a alta do dólar, e, consequentemente, o preço final do produto acaba ficando mais caro, até mesmo, para aqueles itens de origem não importada como é o caso da farinha de trigo. “Todas as matérias primas que estiverem direta ou indiretamente atreladas ao dólar e/ou euro serão
afetadas e pesarão no nosso bolso do consumidor. Além do trigo, o plástico, componentes de automóveis, celulares, eletroeletrônicos de forma geral e produtos agrícolas, por exemplo, estão na lista de itens a serem bem avaliados antes de fechar a compra”, explica o economista Carlos Sette, apostando na alta de 25% e 30% sob o valor do dólar até o fim de 2015. Sem fazer diferença, a inflação dos alimentos muda a estratégia de economia das donas de casa. “Os primeiros itens a serem cortados da lista são os supérfluos, como por exemplo, uma plantinha ou produtos de cama,
mesa e banho. Priorizamos itens de maior necessidade para a nossa alimentação e saúde, até porque, quando vamos ao supermercado o perigo nos ronda, e fica fácil levar além do necessário. Diante da crise que estamos vivendo, é preciso ter cautela e fazer a tarefa de casa quando o assunto é poupar gastos”, comenta Hérica. Além das preocupações domésticas, a valorização da moeda norte-americana também é fortemente influenciada no ramo imobiliário. Segundo especialista, a tendência é que o valor se estabilize frente ao número de imóveis disponíveis no mercado. Com alta desde o início do ano, o dólar subiu cerca de 5% frente ao peso mexicano e ao peso chileno, 8% em relação ao rand, da África do Sul, e 13% sobre a lira, da Turquia. Na comparação com o Real, a alta chegou a 22,2% em 2015, sendo 13,76% somente no mês de março, chegando a R$ 3,30. Para o economista Carlos Sette, o mercado vem se mantendo atento às dificuldades que o governo enfrenta para implementar medidas de reequilíbrio das contas, princi-
Priorizamos itens de maior necessidade para a nossa alimentação e saúde [...] Diante da crise que estamos vivendo, é preciso ter cautela e fazer a tarefa de casa quando o assunto é poupar gastos
palmente agora com as manifestações contrárias à presidente Dilma Rousseff. “O mercado vem trabalhando com um cenário de incertezas devido ao mau desempenho dos últimos anos na política econômica. Sabe-se que a principal razão é o desequilíbrio das contas públicas, e se o governo atual não fizer nada para consertar isso, a economia vai ficar pior e as manifestações aumentarão”, ressalta Carlos. Embora as variações do câmbio estejam interligadas ao desenvolvimento da economia brasileira, afetando diretamente o comércio na compra de produtos estrangeiros e a venda de produtos nacionais, ainda segundo o economista, o clima é de atenção “A economia nesse primeiro semestre deve estar em recessão, portanto com crescimento negativo ou próximo de zero, vai ocasionar desemprego, aumento do custo de vida, subida de juros em especial para aqueles que estiverem usando limites de cheque especial e de cartão de crédito. Todo cuidado é pouco”, sugeriu.
A economia nesse primeiro semestre deve estar em recessão, portanto com crescimento negativo ou próximo de zero, vai ocasionar desemprego, aumento do custo de vida, subida de juros em especial para aqueles que estiverem usando limites de cheque especial e de cartão de crédito. Todo cuidado é pouco Carlos Sette, economista
Carlos Sette prevê alta ainda maior do dólar
Hérica Cristina Alba de Souza, dona de casa
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Tania Cosso tem loja que vende importados: jogo de cintura nas vendas
Estamos repassando aos poucos a variação cambial nos produtos, e, em certos casos, diminuímos nossa margem de lucro visando maior rotatividade Tania Maria Alba Cosso, proprietária de uma loja de produtos mportados
JOGO DE CINTURA Alguns setores da economia que trabalham com produtos e serviços atrelados ao câmbio estão apostando em estratégias para não amargar perdas. Tania Maria Alba Cosso, 50 anos, é comerciante, e há 20 anos administra duas lojas de produtos importados em Bauru, e uma em Pederneiras. Nas prateleiras: canecas, garrafinhas, semijoias, toalhas, pelúcias, relógios e as mais variadas miniaturas, enfeitam luxuosamente o ambiente das lojas. A comerciante conta que a mudança de comportamento cambial impacta em seu faturamento em torno de 10%, em relação ao índice de inflação atual. Até porque, seus clientes acabam ficando mais cautelosos na hora de comprar. “Atualmente utilizamos a mesma estratégia do nosso fornecedor. Estamos repassando aos poucos a variação cambial nos produtos, e, em certos casos, diminuímos nossa margem de lucro visando maior rotatividade”, comenta Tânia, apostando numa acomodação do câmbio em médio prazo.
CÂMBIO FLUTUANTE Antes de divulgar as taxas cambiais, o Banco Central faz uma média do dia com base nas operações realizadas no
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mercado. No Brasil, a taxa de câmbio é flutuante desde 1999, quando houve a crise de desvalorização do real. Isso significa que não há regulamentação oficial que estabeleça e fixe uma taxa, fazendo com que ela oscile de acordo com a demanda do mercado. Acumulando altas desde o início do ano, a escalada do dólar frente ao real pode até ser considerada positiva para as exportações e para a balança comercial, mas, em contrapartida, lá na outra ponta, pesa para o consumidor com o aumento de alguns produtos, da inflação e das viagens internacionais como turismo ou negócio. Ainda segundo o economista Carlos Sette, devido à temporada de alterações da moeda norte-americana, ainda é caro e complicado para quem optou por viajar e fazer compras no exterior. “Com o dólar valendo três por um, a situação fica muito cara e complicada de administrar. Digamos que essa pessoa fechou uma compra com cartão de crédito. Além de pagar um IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros ) de 6% sobre o valor da compra, ela vai pagar mais a variação cambial referente ao dia do vencimento do cartão. Nesse momento, o ideal é comprar dólares como forma de investimento”, encerra o economista.
COMO SE PROTEGER DA
CRISE ECONÔMICA? Sua viagem já está marcada para o exterior? Não é necessário desespero, mas sim controle. Faça uma reserva de pelo menos 20% do dinheiro disponível.
Empreenda em tempos de crise: é hora das agências de turismo investirem e incentivarem viagens nacionais.
No consumo doméstico calcule seu orçamento e evite despesas com produtos atrelados ao câmbio. Antes de sair de casa faça uma listinha com os itens necessários.
Economize na gasolina conferindo a manutenção do automóvel para que não haja desperdício de combustível.
# C O LU NA
DIABETES E O SEU SORRISO
a inflamações gengivais, candidíase oral (infecção por fungos), doença periodontal (perda óssea) e, em casos mais graves, até a perda dos dentes. Para esses pacientes, uma abordagem mais cuidadosa e especializada é necessária, afinal como todos sabemos, nos alimentamos pela boca, nos comunicamos pela boca e nos amamos pela boca. Por isso devemos dar uma real importância à nossa saúde bucal. Em casos como esses, os cuidados devem ainda ser mais relevantes, já que existem estudos mostrando uma íntima relação entre a doença periodontal e a diabetes.
A
Felipe Kobayashi
Especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial pela Santa Casa de Piracicaba. Professor do Instituto IES Bauru (SP) e da Funorte Franca
diabetes afeta mais de 380 milhões de pessoas no mundo e, segundo a Associação Brasileira de Endocrinologia, 12 milhões de pessoas somente no Brasil. Essa enfermidade e suas consequências são amplamente discutidas em revistas, entrevistas e jornais, mas um fato que muita gente não sabe é que essa doença também causa distúrbios em nossa boca. Quando nos alimentamos, falamos ou simplesmente escovamos os dentes, machucamos nossa mucosa oral (tecidos de revestimento da boca). Em pessoas saudáveis, esses machucados são rapidamente reparados e nenhum problema ocorre. Todavia, nos diabéticos, esses machucados podem levar
Doença periodontal e diabetes Pacientes diabéticos têm maior grau de perda óssea e nível de inflamação gengival. Essa relação se torna importante porque pacientes que possuem doença periodontal apresentam níveis glicêmicos mais difíceis de serem controlados. Em outras palavras, a diabetes complica o quadro de doença periodontal e a doença periodontal complica o quadro da diabetes. Implantes dentários e diabetes Com novos materiais e tratamento especializado, os implantes em pacientes diabéticos hoje são uma realidade. Cuidados, controles frequentes e o olhar diferenciado do cirurgião-dentista são a chave para que esses pacientes possam utilizar essa modalidade de tratamento e garantir uma boa saúde bucal e um sorriso saudável.
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#NEGÓCIOS
PACIENTES RENAIS CRÔNICOS JÁ TÊM EM BAURU OS MELHORES TRATAMENTOS DO MUNDO Doutores Daniel Marchi e Trycia Nunes
Pioneiro na realização de tratamentos de hemodiálise e diálise peritoneal, o Ineb trouxe a Bauru a inovação e qualidade nos tratamentos para crônicos renais, existentes apenas em renomados centros de excelência
Texto Daiany Ferreira Fotos Cristiano Zanardi e Divulgação
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e o assunto é saúde, qualquer pessoa, seja ela de níveis sociais distintos, preza por receber um atendimento diferenciado em nível qualitativo. Afinal, um centro que possa oferecer melhores tratamentos existentes no mundo, unindo qualidade de vida, segurança e respeito à saúde de seus pacientes, deve ser conhecido por todos. Foi assim o padrão construído pela equipe do Instituto de Diagnóstico, Prevenção e Tratamento de Doenças Renais de Bauru, o Ineb. Nascido de uma iniciativa arrojada e desafiadora de jovens médicos e enfermeiros na busca de um tratamento humanizado, o Ineb é resultado de um centro especializado em Brasília desde 1997, que presta serviços em nefrologia de forma eficiente, buscando minimizar os agravos à saúde e garantir acesso aos melhores tratamentos existentes na comunidade científica. “Bauru e região ganharam um serviço de medicina altamente especializado. Um time de
O Ineb possui o melhor ambiente para os tratamentos
profissionais excelentes, estrutura acolhedora, equipamentos de última geração, totalmente voltados ao bem estar de nossos pacientes”, ressalta a responsável técnica e administradora da clínica, Aniela Nascimento Pivotto. Completando um ano de atendimento em Bauru, o instituto realiza 400 sessões de hemodiálise mensais, oferecidas até mesmo a pacientes de outros Estados. Esse atendimento diferenciado, que possibilita modalidades de tratamento encontradas apenas em grandes centros na Europa e lugares de excelência como o hospital Albert Ainsten em São Paulo, traz um ambiente inovador, com jardins dentro das salas, poltronas confortáveis, televisão individual, transporte VIP, e alimentação acompanhada por nutricionistas. “Valorizamos o que existe de melhor na assistência à saúde; e as modalidades de tratamento têm revolucionado
a vida de pacientes”, comentou Aniela, explicando que os pacientes resgataram qualidade de vida com a melhora dos sintomas pós-tratamento.
FUTURO Contando com uma segunda equipe de médicos especializados, numa escala de 24 horas, o instituto também oferece atendimento aos pacientes com sintoma agudo nas unidades de terapia intensiva (UTI) dos hospitais Maria José e Beneficência Portuguesa de Bauru. Atualmente com atendimento matutino, o Ineb planeja aumentar a equipe e expandir os tratamentos para o período da tarde. Ainda segundo Aniela, para a equipe o horizonte é um só: investir no capital humano e tornase referência internacional de alta confiabilidade em medicina especializada em nefrologia.
SERVIÇOS Site: inebsaude.com.br Facebook: fb.com/inebsaude E-mail: contato@inebsaude.com.br Telefone: (14) 3012- 9600 Endereço: Rua Batista Antônio de Ângelis, 1-49, Vila Regina, Bauru/SP
Equipe especializada e atendimento humanizado são diferenciais do Ineb
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# C O M P O R TA M E N T O
TERRA
FÉRTIL
Eles conquistaram o que todo profissional procura: reconhecimento. Entretanto, manter as raízes parece estar entre as prioridades destes bauruenses que estão sob os holofotes
Texto Tatiana Santos Fotos Cristiano Zanardi e Divulgação
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onte aérea. Ensaio. Gravação. A missão de bater um papo com os “filhos ilustres” de Bauru não parecia ser tão difícil, até que os primeiros contatos começaram a ser feitos. Também, não é para menos: com projeção nacional e reconhecimento em suas áreas, os bauruenses que estão ganhando o Brasil têm agenda lotada, com compromissos de hora em hora. Reclamação? Nenhuma. Pelo contrário, a gratidão que demonstram quando falam de suas trajetórias é latente, com doses de autocrítica e simplicidade – substantivos que casam muito bem com quem não tem medo das origens no interior.
Lembro de todos os meus amigos, das bagunças. No interior todo mundo é uma grande família, as pessoas se importam mais com as outras e isso não tem preço! Dori Neto, Relações Públicas Juliano Dip é um dos repórteres do CQC da Rede Bandeirantes
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Dori com a atriz bauruense Tina Kara
siões acabei trabalhando com ótimos profissionais do mercado e essa é a melhor maneira de se começar uma carreira. Ralar muito, mas absorver tudo!”, relembra. Dori até pensou que poderia trabalhar para alguém em vez de construir o próprio negócio mas, nessas horas, a família é fundamental. Foi a família do RP, que ainda reside em terras bauruenses, que deu uma força para que o jovem recém-formado não desistisse dos objetivos.
NEM TUDO É FESTA VOANDO ALTO “Amanhã faço ‘bate-volta’ para o Rio de Janeiro e vou gravar com o Luciano Huck para o Caldeirão. Depois embarco em um navio, pois tenho um evento a bordo”. Esta é, praticamente, a rotina de Dori Neto. Nascido em Bauru, foi aqui que passou a infância e a adolescência, experiência que classifica como “um privilégio”. “Lembro de todos os meus amigos, das bagunças... No interior todo mundo é uma grande família, as pessoas se importam mais com as outras e isso não tem preço!”, comenta. Uma espiada em seu perfil nas redes sociais revela um profissional de Relações Públicas que faz jus à formação: Fernanda Paes Leme, Sabrina Sato e Carolina Magalhães estão lá, de rostinho colado, nas fotos com o RP. Mas o que isso tem a ver com trabalho? Bem, depois de morar em Nova Iorque, onde trabalhou em diferentes eventos (na cobiçadíssima Semana de Moda, por exemplo), Dori, que aos 18 anos foi estudar publicidade em São Paulo, voltou ao Brasil cheio de ideias e muita vontade de fazer e acontecer. E aconteceu. Em 2009, abriu a agência DNRP, especializada em marketing de influência, o que significa “recrutar” influenciadores-chave (entre eles muitos artistas globais) para divulgar diferentes marcas. Claro que o começo foi feito de muito suor. “Quando a gente se forma, fica meio perdido, pelo menos comigo foi assim (risos). Então resolvi fazer de tudo relacionado a minha área para ver do que não gostava, o que foi muito bom! Nestas oca-
Dori Neto já virou habitué das colunas sociais (além da agência, ele também está por trás da festa Mais, um dos eventos queridinhos da capital, em parceria com Sergio Amorim e Paola de Orleans e Bragança), e a universidade foi a porta de entrada para um mundo cheio de contatos. “Tive a sorte e a oportunidade de fazer uma boa faculdade na minha área e foi justamente nela que comecei a cultivar minha network e perceber que tinha facilidade em fazer amizade com pessoas novas. Logo no primeiro ano eu já frequentava a casa do Silvio Santos porque a Patricia Abravanel era minha colega de classe. Imagina isso para alguém que tinha acabado de se mudar de Bauru... Vi que era lá (São Paulo) a cidade onde queria construir meu futuro profissional, porque realmente é o lugar das oportunidades.” Apesar de se considerar privilegiado, Dori faz questão de comentar que a perfeição que se vê nas revistas faz parte do show, e está longe de ser realidade. Em outras palavras, ele, que está por dentro da rotina das celebridades, sabe mais do que ninguém que os dilemas da vida são iguais para todos. “E como manter os pés no chão?”, pergunto. A resposta vem sem hipocrisias: “Não vou dizer que não é legal frequentar lugares e boas festas, viajar, ser bem recebido... Mas hoje eu separo muito o Dori do trabalho e o Dori fora dele. Fora do trabalho sempre serei um cara de Bauru que adora viver na simplicidade e ver filme, sentar com amigos, falar bobagem e poder curtir coisas nada badaladas”, comenta ele.
CUSTE O QUE CUSTAR? Juliano Dip nunca buscou a fama a qualquer preço. Na verdade, o jornalista sempre se mostra muito surpreso com a repercussão de seu mais novo cargo. Agora repórter do CQC, no quadro Proteste Já, Dip se diverte ao falar sobre o poder da televisão, ou melhor, sobre as reações desencadeadas quando se está “dentro” dela. “Dia desses eu fui visitar a minha avó e depois soube que ela comentou com a minha mãe: ‘o Juliano continua o mesmo’. O que será que ela esperava?”, comenta, em referência ao estereótipo que se cria em torno daqueles que têm sua imagem rodeada pela ora amada, ora temida fama. O fato é que não são necessários muitos minutos de conversa para perceber: se a rotina de trabalho se tornou insana, pouca coisa mudou na essência deste bauruense “família”, que quando está na cidade sempre tem um compromisso inadiável: o almoço de domingo com o pai, a mãe e o irmão. Agora, se a malemolência de Juliano diante das câmeras – em seu quadro na Band, que exige sagacidade, agilidade de raciocínio e doses de humor – ganhou elogio dos críticos, não é errado dizer que o jornalista (e ator) fez a lição de casa. E sua paixão pela atuação nasceu na infância vivida em Bauru. “A minha vizinha Maria Luiza organizava umas apresentações de teatro, a gente colocava figurino, ensaiava, decorava texto. Fui percebendo que as pessoas deixavam o grupo e eu sempre continuava. Foi ali que vi que gostava muito daquilo”, recorda. Chegado o momento da escolha profissional, o conselho de mãe valeu a pena. Como quem já adivinhava o futuro, foi a “dona” Eliane quem orientou que o filho cursasse jornalismo, para ter uma formação paralela à carreira de ator. E o plano, que não foi tão planejado assim, deu certo. “Tenho essa experiência de reportagem, que me ajuda nas abordagens, mas também tenho essa coisa de ator... Então acredito que, para a seleção do CQC, tenha sido um diferencial”, afirma.
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#ENTRETENIMENTO
DESPRETENSIOSAMENTE “O Dan (Stulbach) trabalhava comigo na CBN, e quando soube que ele estaria na bancada, mandei um e-mail. Ele disse que também estava entrando no programa agora, que não sabia como seria, mas me apresentou pra uma pessoa que me ligou e me chamou pra fazer o teste. Fui seguindo com a vida, dando aulas, trabalhando na rádio, quando recebi a notícia de que tinha sido selecionado. Foi realmente uma surpresa”. “E para quem você contou primeiro?”, questiono, já sabendo da resposta. “Para os meus pais, só eles sabiam do teste e foram os primeiros a saber que eu entraria para o programa”, confirma. Apesar de não se sentir tão confortável com o título de “filho ilustre”, Juliano nem tem como negar que sua atuação profissional ganha destaque. “Tem muita gente competente que saiu de Bauru. Tenho colegas bauruenses de muitas áreas diferen-
“Parece clichê, mas tenho muito orgulho em dizer que tive uma infância muito saudável em Bauru, costumo dizer que fui privilegiado. Quanto à carreira, não tinha nenhum ator na família, então tive que enfrentar o meu pai, que acabou cedendo quando percebeu que ali estaria meu futuro”.
Edson Celulari (foto), ator
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tes, todos muito competentes, por isso essa questão de ‘filho ilustre’ é meio equivocada, e acontece talvez por que trabalho com televisão”, argumenta. Mas, de fato, a cidade rendeu boas e muitas experiências. “Bauru me deu uma formação, minha experiência em rádio e foi inclusive um colega de faculdade quem me deu a dica de procurar o estágio na Rádio Vaticano na Itália (onde trabalhou por um ano). Bauru é tudo na minha carreira”. Agora que a zona de conforto foi deixada de lado e o novo desafio já está sendo cumprido, resta saber onde Dip quer parar – mas essa resposta ele ainda não tem. “Nunca fiz planos para chegar ao CQC, aconteceu, não tive medo de arriscar. Agora tenho que curtir o momento. Sou meio camaleão, gosto de fazer muitas coisas ao mesmo tempo, então tomara que no futuro eu consiga continuar fazendo todas essas coisas que gosto fazer”. Simples assim.
“Sempre conto essa história. Certa vez, quando eu ainda era um garoto em Bauru, meus amigos diziam que eu nunca seria piloto. Mas minha mãe contrariou todos eles e disse que eu poderia ser o que quisesse, desde que estudasse muito, persistisse, trabalhasse. E deu certo”.
Marcos Pontes, astronauta.
Márcia Pereira da Silva, coordenadora da Sapab
SAPAB
AINDA NA LUTA Meta é conseguir pagar funcionários que estão sem receber; campanhas de arrecadação de fundos estão em andamento Texto Amanda Rocha Foto Cristiano Zanardi
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Sapab (Sociedade de Apoio à Pessoa com AIDS de Bauru), única entidade no atendimento a portadores de HIV do município, acaba de encerrar dois importantes serviços devido à séria crise financeira pela qual passa a instituição. O Lar Social Cori, que acolhia crianças e adolescentes soropositivos, grupos de irmãos sem o vírus e o Seid (Serviço de Proteção Social Especial para pessoas com deficiência, idosos e suas famílias e pessoas convivendo com HIV/AIDS) foram extintos. Em nossa última edição, mostramos a problemática vivenciada pela entidade e a importância do atendimento para a cidade. A Sapab ainda não conseguiu quitar os custos do ano de 2014, o prejuízo já soma R$110 mil; por estarem inadimplentes a Prefeitura de Bauru foi obrigada a cancelar os convênios que mantinham estes serviços. Segundo Márcia Pereira da Silva, coordenadora administrativa da Sapab, o atendimento continua na Casa de Apoio Adulto Núcleo de Apoio PositHIVo (NAP), espaço que acolhe no momento sete adultos soropositivos de ambos os sexos, além de atividades de prevenção a comunidade. “As crianças continuam tuteladas a entidade e qualquer coisa que aconteça
é nossa responsabilidade. Como os funcionários estão sem o pagamento pararam de ir trabalhar e o meio foi transferi-las para outra instituição de qualidade e segurança. Conseguimos manter os grupos de irmãos juntos e garantir bem-estar. Mas é claro que isso acaba afetando a todos”. Márcia diz que o fato de não terem há algum tempo nenhuma criança ou adolescente com AIDS facilitou a transferência. Em breve uma reunião com a pasta da Saúde irá discutir o atendimento caso apareçam crianças soropositivas. “Fechamos o atendimento a idosos (no Seid) porque também era uma demanda do município e não o nosso foco”, pondera. No momento, a prioridade é pagar os funcionários que estão sendo desligados. Dos 30 que constam da folha, apenas 13 continuam trabalhando. “Estamos em processo de demissão e a partir do dia 18 de abril começamos a pagar as rescisões, tentaremos acordos e convocamos a comunidade para nossas campanhas”.
CAMPANHA DOS MIL SOLIDÁRIOS A coordenadora salienta que depois das reportagens que saíram na mídia doações chegaram, mas ainda é pouco. “Conseguimos pagar contas de água e luz e também auxilio para o pagamento
do aluguel da nova sede administrativa”. A campanha Mil Solidários está em andamento e espera atingir cem pessoas com doações de 100 reais. “Se conseguirmos atingir os mil, pagamos os funcionários”. A Sapab mantém a campanha Rede Solidária com contribuições a partir de R$ 10. No final de abril, uma pastelada está programada para arrecadar fundos.
SERVIÇO Para ser voluntário da Sapab ligue para: (14) 3226-2006 ou vá direto ao novo ende reço da sede: rua Inconfidênc ia, 2-27 (em frente ao Cip s). Para fazer uma doaçã o deposite no Banco Santander, conta: 130053066, agência: 00 04.
ERRATA Diferentemente do informado na última edição da Az!, a escritora de nome fictício Renata não é soropositiva e sim seu pai.
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#TIRANDO O CHAPÉU
José Carlos Coelho com duas de suas paixões: camisa do Noroeste e a bola de futebol
JOSÉ CARLOS COELHO
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C h i n e lo
Antonio Pedroso Junior, o Chinelo, é escritor filiado a União Brasileira de Escritores – UBE. Autor de diversos livros, entre eles Subversivos Anônimos e Sargento Darcy, Lugar Tenente de Lamarca
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m um período em que o nosso Norusca está atravessando dificuldades e preparando-se para disputar pela primeira vez em sua história a série B do Campeonato Paulista, ou trocando em miúdos, a quarta divisão, os noroestinos da velha guarda, recordam com um misto de saudades e tristeza os grandes times e, sobretudo, dos craques do passado que marcaram época defendendo a camisa vermelha da outrora maquininha vermelha. Entretanto, hoje, quero resgatar a história de um dos maiores craques que vestiram a camisa do Norusca, e que aqui continua residindo. José Carlos Coelho, ou simplesmente, Zé Carlos, que veio da Portuguesa de Desportos para cá, em 1960, permanecendo como titular absoluto até 1966. Veio e ficou residindo até hoje na Vila Falcão, não muito distante do Estádio Alfredo de Castilho. Aliás, na inauguração deste estádio, no distante
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5 de julho de 1960, o Noroeste venceu o Palmeiras por 3 a 2, em jogo amistoso e o primeiro gol do então novo estádio foi de Zé Carlos. Depois, em 1966, na inauguração dos refletores do estádio, novo amistoso contra o Palmeiras e novamente Zé deixava sua marca nas redes adversarias. Zé Carlos é um jogador de futebol diferenciado, preocupado com questões sociais, culto e informado. Carnavalesco, alegre, e sempre antenado com as coisas que ocorrem no Brasil e no mundo. Em uma entrevista em 2010, Zé afirmou que gostaria de ter lido mais sobre os grandes homens que o mundo teve, declinando sua admiração por Ghandi pelo fato deste ter realizado uma revolução sem usar uma bala, sem violência e que unificou o povo indiano, é algo fantástico. Iniciamos nossa colaboração com a Az!, tentando resgatar um pouco da história desta figura humana fantástica. Ao Zé Carlos, as nossas sinceras homenagens.