EMPRESAS:
O Tropicalismo Chic é o novo estilo do momento. E a vez dos homens ousarem nas produções para o verão 2012
Bandeirantes Estruturas Metálicas, um trabalho de quase meio século. E o mais novo salão de festas da cidade, Roccaporena
// Valor 100% revertido para o Lar Escola Rafael Maurício, de Bauru
Set _ 2011
R$ 5,00
MODA & DECORAÇÃO:
Informação de A a Z
MAÇONARIA Entramos na loja mais antiga e revelamos a ligação histórica dos maçons com o nascimento do município
INDÚSTRIA Quase metade da receita de Bauru é gerada pelo setor que não tem mais áreas para crescer
FORA DO EIXO Oportunidade solidária na cultura para os jovens mostrarem seus talentos
Rodrigo Agostinho muda o visual, os presentes do governador Alckmin e um projeto social que atende aos carentes da “outra” Bauru
04 Í N D I C E
Nesta Edição 09 - SEU DIREITO Por João Piccino 10 - MODA & DECORAÇÃO Por Paula Casério 14 - PELAS RUAS Por Flávia Mondelli 15 - PERSONAZ! Thayla Tayar
10
19
37
48
16 - BELEZA Unhas pintadas 19 - ESPECIAL BAURU Maçonaria Índios em Bauru Projeto Mata-Fome Nações Norte Rodrigo Agostinho 37 - INDÚSTRIA & COMÉRCIO Domingos Mallandrino Estruturas Bandeirantes Império das Plantas Roccaporena 46 - CULINÁRIA Bravíssimo 48 - CULTURA Enxame Coletivo 50 - AZ! GENTE Por Luciana Spetic 60 - SERVIÇO Onde encontrar 61 - AMARELAZ! Classificados do AZ!
50
62 - EDUCAÇÃO Por Luiz Roberto Relvas
EXPEDIENTE
Revista AZ! | ano 02 / número 06
Diretor: Rodrigo Chiquito (rodrigo@azbauru.com.br) // Editora: Dulce Marli (dulce.marli@azbauru.com.br) // Editor de Arte: Gustavo Domingues (gustavo@azbauru.com.br) // Diretora Comercial: Luciana Spetic (luciana.spetic@azbauru.com.br) // Jornalista: Priscila Nóbrega (priscila.nobrega@azbauru.com.br) // Fotografia: Daniela Falasca Impresso na gráfica GraphPress // 5.000 exemplares // R$ 5,00 em pontos de venda - 100% do lucro revertido para o Lar Escola Rafael Maurício AZ! é uma publicação da Publici On&Off Comunicação - Rua Dr. Antônio Prudente, 3-205 - Estoril - Bauru/SP - F.: 14 38790348 www.publici.com.br
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06 E D I T O R I A L
PARA O IBGE, nas estatísticas oficiais,
os primeiros tempos e a matança indiscri-
investem nesta terra, e constroem empre-
ainda não atingimos, os apregoados 400
minada de índios em nome do progresso.
endimentos valiosos, como um luxuoso
mil habitantes. Mas também não esta-
Do passado também emerge a matéria ex-
salão de eventos, ou uma loja de paisagis-
mos muito longe disso. Com 400 mil ha-
clusiva sobre a participação da maçonaria
mo. Parabenizamos a família que unida dá
bitantes, ou não, aos 115 anos, Bauru tem
nos fatos mais importantes do município
vida às estruturas metálicas ou a quem usa
todo o jeito de cosmopolita. Sua vocação
Do presente trazemos o jovem pre-
a criatividade para criar uma pizza chama-
urbana é tão certa quando o seu solo é de
feito, convidado para ser a nossa capa. E
da Bauru e expandir o conceito original do
terra branca. Se expandir, não ter limites,
com prazer acompanhamos um exemplo
sanduíche.
também é outra característica. Mesmo
ético de um político de nova geração. Não
E como não deixar de parabenizar
que não se deseje a cidade cresce. Cresceu
deveria ser assim, mas temos que elogiar
quem se dedica a amenizar o sofrimento de
demais na última década e nos últimos 3
aqueles que fazem o que é certo fazer.
muitos, através do Projeto Mata Fome?
ou 4 anos tem se transformado mais ain-
Para o futuro, destacamos o raio X
Tudo isso, e um pouco mais, como
da. Especialmente na periferia. São novos
sobre a situação da indústria na cidade. O
moda, beleza, estão em nossas páginas. E
bairros, novos núcleos habitacionais, no-
dirigente resgata o quanto o município de-
como também temos a vocação para cres-
vas ‘’baurus” surgindo. Uma cidade va-
pende dos impostos que o setor gera e lista
cer, aqui está a estréia de 2 colunas novas
riada, múltipla, com passado, presente e
o que é necessário para que se perca de vez
- a Personaz! e a jurídica. Você vai gostar.
futuro.
a visão de que “Bauru não tem indústria”.
Assim também são nossas páginas.
Bauru tem sim, mas pode e quer ter mais.
Do passado, vem um olhar histórico sobre
Por isso, damos os parabéns aos que
Um abraço, Equipe AZ!
08 M A K I N G O F F
Nosso modelo Delícia é quando tudo o que se sonhou transcorre direitinho. A Lu Spetic se sentiu assim, digamos, em estado de graça, ao conseguir fazer esta capa. Nossa diretora comercial até contou com uma ajudinha da sorte. Claro, sorte sempre é bom. Foi em conversa informal com o cabeleireiro Gil Milagre, que ela recebeu a dica de quem é o responsável pelo visual do prefeito Rodrigo Agostinho: o Rubens. Foi o ponto de partida de um momento muito legal, uma produção especial. Mais detalhes você terá lendo a matéria a partir da página 24. Ela por si só, já é um grande making off. Mais do que a entrevista com o prefeito, o que se viu foi uma boa demonstração de como ele é, do seu jeito de ser. Vale a pena conferir. No texto há muitas surpresas, revelações interessantes e um detalhe muito importante sobre o caráter do prefeito de Bauru, Rodrigo Agostinho. Mas não contamos já. Só lendo para você saber. A propósito, o motivo da capa era transformar o visual do Rodrigo, ou ao menos, o cabelo.
Foto grande: corte sendo feito e o olhar atento da namorada. Embaixo, à esquerda: Rodrigo e o cabeleiro Rubens, posam com a diretora Luciana Spetic e a fotógrafa Dani Falasca. O click é de Carlos Hinke. Direita: Dani Falasca faz a foto da foto...e pega o momento em que Carlos Hinke dá as coordenadas à Rodrigo.
09 S E U D I R E I T O
João Piccino é advogado. Especialista em Direito Tributário pela FGV, pósgraduando em Direito Público pela PUC-MG. Professor de Direito Tributário na pósgraduação da Faculdades Integradas Rui Barbosa, e professor convidado de Prática de Processo Civil na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
Menos recursos ou mais juízes? Inauguramos uma nova coluna e pretendemos levar à população em geral uma discussão sobre direitos e deveres que, quando ofendidos, são decididos pelo Poder Judiciário. Neste mundo “legal” atuam os profissionais chamados “operadores do Direito” basicamente os Juízes, Promotores de Justiça, Delegados de Polícia e os Advogados. Nesta primeira oportunidade, gostaria de trazer à discussão uma proposta de alteração nas regras de recursos judiciais que se propõem a realizar na Constituição Federal, popularmente chamada de “PEC dos Recursos”. Atualmente, caso haja uma parte discordante com o quanto decidido num primeiro julgamento, pode apresentar um recurso pedindo que aquela decisão judicial seja reavaliada, quando então seu pedido será analisado por uma Segunda Instância. Em determinadas situações, após a decisão de Segunda Instância, havendo ainda uma parte que discorde, poderá apresentar novo recurso que será dirigido à Instância Especial. Note então que um mesmo processo pode ter até três julgamentos. Também como princípio básico do Estado Democrático de Direito a previsão do devido processo legal, que em nosso País culmina em uma decisão definitiva e irrecorrível, denominada tecnicamente como o “trânsito em julgado”. As decisões judiciais só podem ser aplicadas após se esgotados todos os recursos cabíveis, tendo então sido alcançado o trânsito em julgado daquela decisão.
Nos últimos tempos, ocorreram diversas propostas de alterações de regras processuais, sempre com a justificativa de agilizar o andamento dos processos judiciais para combater a morosidade do Poder Judiciário. A última delas, especificamente a que tratamos aqui, é uma proposta de Emenda Constitucional trazida à discussão pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Cezar Peluso, acrescentando à Constituição Federal o artigo 105 “A”. O artigo em síntese apontaria que, mesmo tendo recebido um recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça ou o Recurso Extraordinário pelo Supremo Tribunal Federal, e ainda que estivesse tal recurso pendente de julgamento, nesta Instância Especial a decisão combatida teria sua aplicabilidade definitiva imediata. Não se pode dizer que não há morosidade na definição das questões propostas à análise do Poder Judiciário, mas também não se pode afirmar que tal morosidade se dê exclusivamente pelo excesso de recursos disponibilizados, parecendo muito mais que tal se dê por insuficiência na estrutura de tal Poder Republicano, causada por um Estado que se mostra mal administrado e incapaz de cumprir com suas obrigações. Assim, me parece injustificável que, para esconder suas mazelas, o Estado penalize seus cidadãos, suprimindo direitos e entregando-lhes injustiça. Naturalmente que essa proposta traz imensa preocupação no que diz respeito
às possíveis injustiças que serão cometidas aplicando-se penas antes de julgados os processos pela Instância Especial, e por óbvio, encontra posições contrárias e à favor. O certo é que não conhecemos estudo definitivo que possam dizer quantas as decisões de Instância Especial modificaram decisões inferiores, mas certamente há diversas delas, o que por si só afastaria o cabimento da discussão colocada em tela. Em 26 de março deste ano de 2011, em notícia divulgada no site Terra, para defender a proposta da PEC dos recursos, o ex-secretário nacional de Justiça e professor de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Pedro Abramovay afirmou que “em mais de 80% dos recursos analisados pelos tribunais superiores, a decisão confirma o que a instância anterior havia determinado”. É uma ótica bastante interessante para se analisar a questão. Fiando-se em tal assertiva significa dizer que quase 20% dos recursos apresentados têm as decisões inferiores reformadas, ou seja, de cada cem processos analisados o Superior Tribunal de Justiça ou o Supremo Tribunal Federal entende que vinte deles tiveram decisões equivocadas. Nas passagens bíblicas há a origem da máxima de que é preferível mil homens culpados livres a um inocente preso. Considerando-se os números brasileiros, concluo este comentário com duas questões básicas: “seria aceitável que vinte inocentes pagassem por oitenta culpados? Se você fosse um dos vinte, o que acharia?”.
10 M O D A & D E C O R A Ç Ã O Por Paula Casér io
A Revista AZ! saiu em busca da tendência da próxima temporada brasileira de moda e decoração e confirmou: o Tropicalismo Chic e os elementos da natureza garantem o novo verão!!! Inspire-se nessa pegada para se vestir ou decorar a sua casa com peças que parecem saídas da mata virgem. Extraia as melhores texturas de flores, folhas, cores, frutas e penas para aderir à tendência que é a cara do Brasil !!! A fauna e flora estão na moda!!!!
Look Tropicalista Prada
Com o vai e vem da moda, o TROPICALISMO mais uma vez aparece, só que dessa vez mais forte do que nunca para o Verão 2012.
11 Sandália com couro de Piton da Barbara Bui
Maiô Adriana Dregas
Bolsa Louis Vuitton
Vestido estampado Tibi Bolsa em couro com detalhes em pena Gibba
Abajur Etna de junco com cuba de bananeira Colar com penas de ouro Purangaw
Xícara da Coleção Limões Star Home
Óculos de sol com couro de Piton Roberto Cavalli
12 M O D A & D E C O R A Ç Ã O
A VEZ DOS HOMENS Todos nós sabemos que moda não é exclusividade de mulher e não é à toa que o mercado masculino cresce cada vez mais. Por esse motivo a Revista AZ! sai na frente mais uma vez e traz, nessa e nas próximas edições, a coluna Moda e Decoração para os homens. As grifes masculinas já lançaram a sua moda para a primavera-verão 2012, e se você tem estilo mais despojado e moderno, pode apostar num bom chinelo de couro que está super em alta. E use-o com uma camisa florida e uma boa bermuda. Esse look é ideal para quem vai passar o final de semana na praia ou no campo. Enfim, homem também pode ousar nas suas produções!!!
Camisa floral Toolstoy
Capa de cadeira de algodão Henrik Vibskov
Violão OMC
13
Camisa Pence
Mochila em couro Lipop London
Óculos de sol Ray Ban em ouro 24k
Relógio Fossil
Toalha Polo Ralph Lauren Bermuda Henrik Vibskov
Chapéu feito a mão Le Chapeau Chinelo em couro Sergio’s
14 P E L A S R U A S
Por Flávia Mondelli
Que a renda está em alta todas nós já sabemos, então não vamos deixar passar esta estação sem abusar dela para todas as ocasiões! Aqui na coluna, Bruna Helena aparece linda com este regatão de renda guipir combinado com jeans em um look moderno e casual. Adorei!
Sair do básico é sempre arriscado, mas para ser considerada fashion é preciso ousar. Kitty Quagliato está sempre arriscando e acertando. Aqui, com um cinto bem largo, blazer florido e calça saruel , que ainda continua com a mesma força para as próximas estações.
TENDÊNCIAS PARA O VERÃO 2012
O calor está chegando e para curti-lo com elegância é importante saber escolher bem as peças para não perder a classe. O alerta é tentar usar blusas mais fechadas quando as saias e shorts forem curtos demais e deixar os decotes combinarem com as calças, bermudas e saias mais longas. Aqui, as amigas Luciana Cossi (à esq.) e Ana Paula Fernandes (à dir.) escolheram minissaia e micro shorts, combinados com blusas mais comportadas.
• As saias longas entram com mais destaque, as calças skinning perdem a força e as retas e as Flare Jeans aparecem mais. • Os tecidos leves com muita seda, transparência, renda, crochês e bordados. • Nas cores, muito laranja, amarelo, azul e branco. • As estampas bem tropicais e a permanência da moda do color blocking .
15 P E R S O N A Z !
Thayla Tayar de A a Z!
Na estréia da seção Personaz! Focalizamos uma jovem empresária bauruense Thayla por Thayla? Bom, eu estudei Negócios da Moda na Anhembi Morumbi e depois Turismo na USC, hoje sou uma franqueada da Colcci (mercham!!!!! rsrsrsr). Sou apaixonada por minha loja e trabalho com amor. Tenho 27 anos e não tenho problema algum com idade. A pessoa só envelhece se parar de evoluir! Tímida e muito apegada aos meus pais, sonho em poder formar uma família, mas para mim não basta amar, tem que ter cumplicidade, amizade e muito respeito. Sou uma pessoa completamente feliz com a vida que tenho, mas isso não significa que não tenho sonhos... tenho muitos, entre eles está encontrar tempo para duas coisas: fazer um MBA e trabalhar junto com meu pai (o empresário do ramo de veículos Ohmar).
A - Amor ou Amigo? Amor, em todas suas formas, inclusive na amizade... B – Bicho 2 shih-tzus e 2 persas... meus amores! C – Cidade Florianópolis, mudaria tranquilamente para lá... D – Desejo Formar uma família... de verdade! E – Educação Vem de dentro de casa, procuro não julgar a do próximo... F – Frio Eu adoro frio, as pessoas se vestem melhor, e procuram por calor humano... G – Gente Completamente
intimista, apesar de viver no meio de pessoas! H - Homem que serve de exemplo Meu PAI sem dúvida alguma! I - Indecência Indecência para mim é o caráter de certas pessoas! Chega a ser uma OFENSA! J – Jantar AMO massas, com qualquer pessoa que me faça feliz, família, amigos, ou amor... K – Karma Oooooooo se tenho! hahahahahaha L – Lugar Sou totalmente urbana! M – Mulher Minha MÃE (Lucimar)... ÓBVIO!
N – Nudez Sou totalmente bem resolvida com relação a isso.. O – Ódio Eu não odeio nada nem ninguém, aliás, essa palavra devia ser banida do vocabulário. P - Peso Olha, como eu disse acima, eu sou muito bem resolvida, quem gostar de mim, vai gostar como sou, a Thayla aqui dentro é a mesma, estando magra ou estando gorda! Mas mesmo com essa opinião, vou todos os dias na academia. Q – Quem ? Meu PAI! Ele sempre está causando na minha vida...
R - Religião Eu acredito em Deus! S - Superstição Não tenho... T - Traição Já fui traída sim, quem nunca foi???? Fazer o que se os porcos procuram por lavagem, né? U – Unhas Eu sou VICIADA em esmaltes, faço coleção. V - Você Sou uma pessoa honesta. X – Xadrez Eu AMO xadrez, acho lindo. Z – Zero Para todas as pessoas que deixam de apoiar nossa cidade, e vão gastar o dinheiro fora.... sendo que muitas delas sobrevivem daqui.
16 B E L E Z A
Novas tendências nas cores dos esmaltes, símbolo de beleza e sedução O OUTONO/INVERNO está indo embora e as coleções de esmaltes já mostram as caras e as tendências para o próximo verão. Cores novas, vibrantes que estão aparecendo já nas mãos mais badaladas. A começar pelas atrizes de novelas, até as modelos de passarelas. São elas as primeiras a ditar a moda. Usar esmalte é quase tão obrigatório ou mais do que o batom. Por isso há também feiras mostrando as novas tendências. Recentemente dois eventos em São Paulo ditaram os rumos da moda: foi o Nails Fashion Week e o Monange Dream Tour. E quando você estiver lendo esta reportagem, provavelmente todas as novidades também estarão sendo apresenta-
das na Beauty Fair, a maior feira de beleza da América Latina, também na capital paulista. Mesmo que o ano de 2011, especialmente o início, tenha sido marcado por muitos lançamentos, recheados de cores novas e muito estilo em esmaltes, para a primavera/verão de 2012, o que vai valer é mais novidade ainda. Com muita energia e colorido para as unhas. Para quem gosta de decoração, elas estarão bem menos em evidência. Nada muito forte, nada muito ousado, apenas uma ou outra flor, um arabesco, uma pontinha em xadrez... enfim, tudo mais sóbrio, afinal os esmaltes por si só, já são extravagantes. Nada pode chamar mais atenção
do que a própria cor e os tons vibrantes voltam fortemente dentro das tendências. Veja algumas dicas para você ficar dentro da moda: • Claro que a velha e boa unha francesinha e a variação inglesinha seguem atemporais. A inglesinha nada mais é do que a francesinha colorida. Que tanto pode ser “ton sur ton”, ou seja, tom sobre tom, como o fundo laranja claro com um vermelho na ponta, por exemplo. Ou apenas a pontinha colorida..... • Vinho, vermelho, azul estarão com tudo. Aposte também nos alaranjados. E nada de tons pastel.
A unha bem feita é obrigatória, mas não é preciso combinar com a roupa. Nada disso. Assim como bolsa não combina mais com sapato • A unha bem feita é obrigatória, mas não é preciso combinar com a roupa. Nada disso. Assim como bolsa não combina mais com sapato, deve-se descombinar apenas apelando para o bom gosto e senso estético que uma boa manicure pode ajudar quem estiver em dúvida na escolha. • Nos dias de hoje a unha esmaltada é considerada um acessório. E dos acessórios mais democráticos que existe. Até mesmo os esmaltes importados estão bastante acessíveis. • Apesar da moda, em ambientes formais não se deve abusar do excesso de cores. Essa é a única restrição. • O chique é trocar de esmalte todos os dias como quem troca a sua roupa íntima. • Escolher boas marcas é garantia de que não sofrerá com alergias.
• Todos os dermatologistas são unâmimes: tirar a cutícula é prejudicial à saúde da unha. Deve-se apenas empurrar e retirar o excesso. • O formato é uma escolha pessoal. Hoje a unha quadradinha, mais curta, é a preferida. Está mais em destaque do que compridona e com formato ovalado ou redondo. Ocorre que o que vale é o bom senso. Não adianta querer ter unha quadrada se o formato natural dos dedos não serve para isso. • Saiba que apesar da gama imensa de cores, há também tendências para esmaltar. E variam com a idade de quem está esmaltando. Para as mais teens, ou pre-adolescentes a tedência é a mão múltipla. Ou seja: uma unha de cada cor. Fundo bem colorido e glitter ou metalizado por cima. E os tons quanto mais diferentes uns dos outros, melhor.
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• Para as mais jovens e adultas até os 30 anos admite-se a unha múltipla, mas todas no mesmo tom. Por exemplo: do rosa claro ou rosa forte. Ou todas em vermelho escuro e todas as inglesinhas num tom diferente umas das outras. • A partir da meia idade opte pelo estilo filha única: só uma das unhas, a do meio, ou a do dedo mínimo ganhará um brilho ou perolizado, no mesmo tom das demais, claro.
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ESPECIAL BAURU
20 E S P E C I A L B A U R U
Esquerda: Destaque do símbolo no chão; Direita: Pavilhão histórico; Na outra página: Vista geral do templo, por dentro.
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História viva de Bauru Você vai conhecer agora uma história diferente e pouco difundida sobre o nascimento de Bauru. A parceria entre a fraternidade maçônica e a criação da cidade A LIGAÇÃO ENTRE a fraternidade maçônica e Bauru, especialmente sua participação na emancipação do município é comprovada por documentos históricos e raros: meses antes de Bauru virar município já tinha seu desenvolvimento unido aos membros de uma das mais antigas lojas maçônicas do país, ainda atuante até hoje em nossa cidade.
Túnel do tempo Da porta de entrada do Templo da loja Arquitetos de Ormuzd, AZ! Bauru contempla 115 anos de história. É uma atmosfera carregada de símbolos, uma história que se confunde com a de Bauru. É como entrar num túnel do tempo e imaginar o momento em que estavam ali, homens fundamentais para o desenvolvimento da cidade. Homens cujo sobrenomes estão gravados nas ruas pelas quais os bauruenses passam todos os dias: Azarias Leite, Araújo Leite, Antônio Alves, Carlos Marques e muitos outros. O nome de vários deles está ligado à in-
dependência da cidade quando esta deixou de ser um distrito de Fortaleza. Havia, à época da fundação, uma câmara do distrito de Bauru, subordinada à sede do município que nem existe mais. Nesta Câmara, seis vereadores eram maçons e todos eles participaram decisivamente na condução política do ato de emancipação como se pode provar historicamente. O que importa, aos 115 anos dessa emancipação, é entrar nesse túnel do tempo e relembrar o feito destes senhores. Homens que idealizaram as pilastras do templo no qual AZ Bauru! adentrou. Pilastras que depois deram origem ao templo atual. Uma arquitetura rígida e bem preservada, com seus pilares muito bem amarrados com barras de ferro, para que a história não se perca com o tempo e nem o casario se transforme em ruína. Há no templo uma atmosfera especial. No chão, sobre os ladrilhos portugueses muito bem conservados (por onde pisaram todos os membros da loja, desde a sua fun-
dação) uma placa em preto e branco. Tratase de um símbolo maçônico, obrigatório em qualquer loja do mundo e com um simbolismo profundo. O local é a avenida Rodrigues Alves, bem em frente ao Liceu Noroeste, centrão, onde muita gente passa e nem repara que ali há um prédio histórico. Quis o destino, ou o Grande Arquiteto do Universo, como dizem os maçons, que fosse esta casa, o local a abrigar os homens que participaram decisivamente do destino daquele vilarejo que viria a ser Bauru. Com certeza, eles se orgulhariam e não seriam capazes de adivinhar que em tão pouco tempo, um átimo, pouco mais de 100 anos, Bauru estivesse com a pujança que tem, está hoje na casa dos 350 mil habitantes (359.429 habitantes pelo censo do IBGE - 2009). E já eram 7 mil moradores à época da fundação, número muito grande e que crescia a cada dia. Como se fosse impossível frear o progresso desta cidade. Uma cidade que tem nos dias de hoje 15 templos maçônicos.
22 E S P E C I A L B A U R U A escolha pela educação
Dentro da filosofia de que em vez de dar o peixe, deve-se ensinar a pescar, as entidades maçônicas também fizeram uma escolha pelo ensino e não apenas pela benemerência e assistência social. A história mostra. • Escola Primária “Gonçalvez Lêdo” como pioneira no ensino público na cidade. • A oficina-escola Caetano Sampieri, fundada em 30 de agosto de 1986, para oferecer cursos para a indústria calçadista de Bauru e região. • Mais recentemente a Escola Gonçalvez Lêdo, que outrora atuou na inserção dos analfabetos, transformou-se em escola de informática, através da unidade instalada no Jardim Ferraz. As aulas são oferecidas no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) que é uma importante divisão da Prefeitura Municipal de Bauru – unidades públicas cofinanciadas pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) – e destinam-se a jovens de baixa renda que tenham de 15 a 18 anos. Este importante projeto em parceria com a Prefeitura Municipal de Bauru e a UNESP – Bauru, oferta a histórica necessidade de atuar nos processos de inclusão digital.
Foi o início da marcha para o Oeste, o desabrochar de uma esperança para aquela região do Estado de São Paulo Conta a história... “Foi por volta de 1856 que Felicíssimo Antônio de Souza Pereira e Antônio Teixeira do Espírito Santo, ao se estabelecerem nesta região, iniciaram um difícil trabalho, isto é, a derrubada das matas seculares, onde ergueram paliçadas rústicas e levantaram casebres para que pudessem alojar suas famílias. O duro aço das ferramentas feria, pela primeira vez, a terra recém-conquistada, com o início de diferentes plantações. Para garantir sua propriedade, Felicíssimo Antônio de Souza Pereira se deslocou até Botucatu, numa viagem demorada e lá registrou a posse, colocando no final do documento: Bauru, 15 de abril de 1856. Era, talvez, a primeira vez que o nome de Bauru, como povoado, aparecia em um documento oficial.” Estávamos há cerca de 40 anos antes da fundação do município. Naqueles tempos difíceis o crescimento só viria a passos largos uns 30 anos depois. Leia-se que “Azarias Ferreira Leite, nascido na localidade de Lavras, Minas Gerais, no dia 8 de dezembro de 1866, aqui chegou pela primeira vez em fins do século passado, tendo retornado em outras ocasiões para, em 1888 radicar-se definitivamente em Bauru com sua mulher Vicentina, filha de outro influente pioneiro - João
Batista de Araújo Leite - que com ele para cá veio(era tio e sogro de Azarias). Novos colonos surgiram atraídos pela fecundidade dos sertões Bauruenses, para aventurar fortuna. A lavoura cresceu e, onde anteriormente eram matagais, aparecia, agora, o verdor das plantações enfileiradas. Foi o início da marcha para o Oeste, o desabrochar de uma esperança para aquela região do Estado de São Paulo”.
Urbanização secular Bauru estava subordinada, como uma modesta vila ao município de Fortaleza, próximo de Agudos, criado em 1887 e oficializado em 1889. Só que à mesma época Bauru já crescia tanto que, em 1888, a Câmara de Lençóis Paulista pelo então seu presidente Faustino Ribeiro da Silva, – oficialmente era esse legislativo que ditava as regras para a região – nomeia um arruador para o patrimônio de Bauru. Coube a Vicente Ferreira de Faria tomar as primeiras providências que diziam respeito à urbanização da vila, delineando ruas e determinando o alinhamento das casas. O trecho da estrada onde já existiam construções passou a ser chamado de rua principal. As primeiras casas se localizavam na altura dos quarteirões 4, 5, 6, 7 e 8
Nesta página: caridade secular. Filas de espera na distribuição de gêneros alimentícios. Na outra página: membros, familiares e alunos da escola. Década de 40.
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Bauru iniciava sua caminhada e a Maçonaria já se fazia presente e atuante. Tanto que a Loja Maçônica “Architectos”, foi fundada de fato em 24 de junho de 1896 da Araújo Leite. Ali foi o centro comercial dos primórdios da cidade. Oito anos depois, o então patrimônio Bauru tinha mais de 7 mil habitantes e estava pronto para ser emancipado. No mesmo ano de 1888 surgiram os primeiros sinais de religiosidade com o erguimento de uma cruz, naquela que em 1923 viria a ser a praça Rui Barbosa com a catedral do Divino Espírito Santo. E em 1895, a 30 de julho ocorrem as primeiras eleições no patrimônio. Mesmo sob protesto da sede Fortaleza, no ano seguinte, em janeiro, os 6 vereadores de Bauru tomam posse e é nomeado um intendente (equivalente ao prefeito) para a cidade. Se elegem: Manoel Jacynto Bastos, Domiciano Silva, João Antônio Gonçalves, José Alves de Lima, Joaquim Pedro da Silva e Francisco Pereira da Costa Ribeiro. O intendente é um deles: José Alves de Lima. No dia da posse, porém, outro acontecimento veio provocar reclamações dos políticos de Fortaleza, quando o edil bauruense, João Antônio Gonçalves, tirou do bolso um papel amarrotado com uma indicação histórica, ou seja, propondo a mudança da sede do município, de Fortaleza para Bauru. Conta a história oficial que “finalmente, depois de vários consideran-
dos, salientamos que aquela Vila estava em completa decadência e total abandono, ao passo que a futurosa povoação de Bauru prosperava, aumentando a sua população dia a dia”. No papel o edil, indicava que fosse elevada a povoação de Bauru, pedindo-se para este ato a aprovação do Estado e informava, ainda, que desde este dia, 7 de janeiro de 1896, se considere mudada para Bauru a sede da municipalidade, dando-se conhecimento ao Governo. Após a transferência da sede, em todos os atos praticados pela Câmara Municipal figurava a denominação Município de Bauru, embora a situação ainda não contasse com a provação do Senado Estadual. Esta só veio a 1º de agosto de 1896, depois de um trabalho constante da política e da campanha pela imprensa de São Paulo, principalmente dos jornais o Estado de S.Paulo e do Correio Paulistano.
Conta a história da maçonaria... “Hoje, a Pujante Bauru, outrora patrimônio de Fortaleza teve sua independência decretada em 1º. de agosto de 1896, pelo Governador do Estado Dr. Manoel Ferraz de Campos Salles. Foi sancionada a Lei número 428 do Congresso Estadual, na época onde o municípo do Espírito
Santo da Fortaleza passou a denominar-se também Bauru”. A cidade iniciava sua caminhada e a Maçonaria já se fazia presente e atuante. Tanto que a Loja Maçônica Architectos, foi fundada de fato em 24 de junho de 1896 e autorizada a funcionar em 01 de julho de 1896 pelo “Grande Oriente de São Paulo e, de direito, três anos após, em 24 de junho de 1899 quando foi regularizada com o título distintivo de Loja Capitular Architectos. Foram seus fundadores os maçons Ismael Marinho Falcão, Carlos Marques da Silva, Azarias Ferreira Leite, João Meira, João Antonio Gonçalves, Antonio José Alves, Custódio de Araújo Leite, João Alves, Luiz Gonzaga Falcão, Francisco Aiello,
MAÇONS DE VULTO NO PAÍS • Heróis militares: marechais Floriano Peixoto, Deodoro da Fonseca, Luís Osório e Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias. • Na política: José Bonifácio de Andrada e Silva e D. Pedro I, que teve o título de Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil.
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Os fatos históricos que entrelaçam a cidade às obras da maçonaria: • 1918 – A grande gripe espanhola, com mortandade de pessoas recorde para a época. A sede da loja é transformada em hospital para atender aos doentes. • Atuação decisiva junto aos governos estadual e federal com a implantação das ferrovias que impulsionaram o progresso da região. Em 1903, inaugurada em Agudos a estação da Companhia Paulista de Estrada de Ferro. Em 1905, chegada da estrada de Ferro Sorocabana e, no mesmo ano início da construção da Estrada de Ferro Noroeste. Estava lançada assim a semente daquele que seria o maior entroncamento ferroviário do país. • Atuação para dar um lar digno aos leprosos que vagavam pela região, surgindo então o embrião do Hospital Lauro de Souza Lima. • Vila Pacífico. Nome dado à vila em função da doação de terras por um senhor de prenome Pacífico, que doou terras para um hospital de tratamento de tuberculosos (o Manoel de Abreu)
Os membros da Maçonaria ainda fazem jus ao lema: “fazer o bem, sem olhar a quem”. Portanto, nada de vaidades pessoais José Fratogiani, Gerson França, Thomaz Vitelli, José da Cruz, Antonio Bertoni e Luiz Fiuza”. Note-se que João Antonio Gonçalves, o vereador empossado que faz o pedido para a emancipação da cidade, é o mesmo membro fundador da primeira loja maçônica do município. Não foi mera coincidência. Tanto que na obra comemorativa do centenário da loja, afirmou-se: “a semente lançada por um punhado de homens idealistas germinaria? Germinou, dizemos nós e hoje colhemos os frutos do trabalho, da perseverança e das lutas daqueles pioneiros no correr dos anos de gloriosa trajetória, em que os ideais maçônicos de Liberdade, Igualdade e Fraternidade se mesclavam e se entrelaçavam com os anseios de uma comunidade ainda jovem que arduamente lutava, para legar aos seus descendentes um futuro promissor, que ainda hoje, com alegria testemunhamos”.
Nada secreto, tudo muito discreto Fica no ar a seguinte pergunta: mas por que razão só soubemos dessa participação da Maçonaria na história de Bauru somente agora? Por que em tempos de globalização,
marketing e muita exposição a divulgação destes fatos não é corriqueira? A resposta vem fácil: os membros da Maçonaria ainda fazem jus ao lema: - “fazer o bem, sem olhar a quem”. Portanto, nada de vaidades pessoais, nem grandes divulgações, nem sequer devaneios, apenas e tão somente fazer, sempre. Daí entende-se o significado de a Maçonaria ser considerada uma sociedade secreta. Ao que seus membros respondem prontamente: não, nada é secreto, é discreto. O que é, convenhamos, bem diferente. E nessa discrição nada de falar no futuro e no que vem por aí, nas próximas ações. Nada de divulgação. Nem nesta loja, nem mesmo em outras. Mas uma convicção de que as ações serão muitas ainda. Todas pautadas numa só certeza: para o bem de Bauru, só há a certeza de que estes homens continuarão zelando pelo progresso da cidade e honrando o espírito de seus fundadores. E não poderia ser diferente. Afinal, ser maçom é seguir os princípios que transformam os homens em gente de bem. Suas únicas exigências são que o candidato possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar sempre de ir em busca da perfeição. Exatamente como foram os homens que deram origem aos nomes das ruas da cidade, pelas quais milhares de bauruenses trafegam todos os dias.
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Os índios e a fundação de Bauru Pouco, muito pouco, restou dos primeiros habitantes da nossa região
HÁ 115 ANOS, quando Bauru ganhou status de município, três grupos indígenas habitavam a região oeste paulista: os Oti, os Guarani e os Kaingang. Aquela era uma época de plena ocupação econômica, impulsionada pela produção de café e pela expansão das ferrovias. Mas o desfecho dessa história não é nem de longe pacífico. Por conta da ação repressora dos brancos, esses três grupos sofreram uma transformação profunda: os Kaingang e os Guarani tiveram seus modelos de organização social alterados; já os Oti foram praticamente extintos do Estado. Em dissertação de mestrado apresentada à USP (Universidade de São Paulo), o historiador e professor João Francisco Tidei Lima lembra que os Guarani “perambulavam penosamente, empurrados daqui para ali, seja pelas frentes de ocupação, seja pelos próprios Kaingang, com os quais também disputavam o território
de caça”. Ou seja, há um século, além dos brancos, as etnias indígenas concorriam entre si em busca da sobrevivência. Mas por que, há 115 anos, não havia possibilidade de uma integração harmoniosa entre o homem branco e o índio? Porque a prioridade da época era o estabelecimento do capitalismo. No final do século 19 e começo do século 20, submeter os povos indígenas ao sistema capitalista significava reafirmar a política expansionista desse sistema e as relações de poder que lhe são inerentes. Em sua dissertação de mestrado, o historiador Tidei Lima é categórico: “A história dos indígenas no oeste de São Paulo é a própria história do estabelecimento e consolidação do capitalismo na província”.
Noroeste do Brasil O foco dos brancos eram as terras, fossem para a produção de café, ou para
Há 115 anos era impossível, praticamente inconcebível, uma relação harmoniosa entre índios e brancos. Era a época do estabelecimento do capitalismo.
28 E S P E C I A L B A U R U Etnocentrismo pode explicar matança de índios
Matar um grupo inteiro de índios é sinônimo de genocídio nos dias de hoje, mas, na época da fundação de Bauru, essa realidade tinha outros contornos. Em artigo científico, o historiador e professor da Unesp-Bauru (Universidade Estadual Paulista) Célio Losnak cita a chamada concepção etnocêntrica para explicar o comportamento do homem branco naquela época. A mentalidade etnocêntrica consiste na impossibilidade do reconhecimento das diferenças culturais entre povos sem uma relação de hierarquia. Isso significa que os índios, segundo a visão do branco de 1905, eram considerados indivíduos inferiores e selvagens. Matá-los, portanto, não representava um dilema moral, uma vez que a condição de desigualdade era, então, notória. Com o avanço das ciências humanas e sociais, sobretudo a antropologia, essa visão de mundo deixou de vigorar.
loteamento e posterior comercialização, com vistas ao lucro. Também havia interesse na construção de ferrovias, a fim de possibilitar a comunicação entre o Estado do Mato Grosso e o resto do país. Em 1905, nove anos após virar município, Bauru foi escolhida como marco inicial da ferrovia Noreoste do Brasil, já que suas linhas teriam ligação com as da Companhia Paulista de Estradas de Ferro (fundada em 1868) e a Estrada de Ferro Sorocabana (fundada em 1872), favorecendo as atividades comerciais. Foi assim que a construção da Noroeste garantiu, gradativamente, o povoamento das áreas até então habitadas pelos Kaingang. Ao longo da linha férrea, comunidades de brancos iam surgindo, intensificando os atritos com esses índios e, gradativamente, dizimando a comunidade indígena. A matança engendrada pelos brancos contra os índios, sobretudo os Kaingang, envolvia facões, carabinas e até envenenamento da água, alimentos e utensílios domésticos nos aldeamentos. Os índios eram abatidos pelos sertanejos durante a madrugada. Depois, os corpos eram empilhados e incendiados.
Primeira reserva Essa história começou a mudar em 1911, por ocasião da primeira Vila Kaingang, instalada pelo governo na região de Promissão, a 120km de Bauru. A vila tinha duas finalidades: assegurar o funcionamento da ferrovia Noroeste sem a
presença dos índios e evitar a repercussão negativa que os massacres contra esses povos vinham gerando em parte da imprensa paulistana. A primeira visita dos Kaingang à vila ocorreu em 1912. Mas eles não se instalaram lá por muito tempo. Por conta das pressões de fazendeiros da região, interessados no potencial comercial daquelas terras, o governo acabou transferindo o grupo para duas outras reservas: Icatu (região de Penápolis) e Vanuíre (região de Tupã), onde eles permanecem até hoje, sob tutela da Funai (Fundação Nacional do Índio). Hoje, nas proximidades de Bauru, além de Icatu e Vanuíre, há uma terceira reserva, denominada Araribá, localizada na região de Avaí, onde estão concentrados os índios herdeiros dos remanescentes à fundação da cidade. Quatro etnias se encontram nessas três reservas: Kaingang, Terena, Guarani e Krenak.
Matança engendrada pelos brancos em nome do progresso com a chegada da ferrovia. Os índios eram abatidos pelos sertanejos durante a madrugada. Os corpos eram empilhados e incendiados.
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Nesta página, esquerda: mulheres e seus filhos esperam a assistência. Direita: o corte asséptico e necessário. Na outra página: membro da comunidade e a vista da região.
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O lado (quase) esquecido da cidade Projeto Mata Fome atende aos carentes da “outra” Bauru A CENA parece se desenrolar na periferia de uma cidade em guerra. Sujeira, muito lixo, barracos, entulhos, gente descalça com criança correndo ao lado de esgoto a céu aberto. Pouco para vestir. E menos ainda para comer. Mas se desenrola em local bem habitado. Já é quase centrão de Bauru, considerando que a cidade cresceu e que as vilas Falcão e Bela Vista são das mais antigas do município. O local é a comunidade da favela São Manuel, que margeia a linha do trem, tendo como boca de entrada o viaduto de ligação Falcão/Bela Vista.
Início recente O Projeto Mata Fome teve início em Julho de 2010 e nasceu através de algumas pessoas que se uniram para apoiar a Comunidade São Manoel, onde moram várias famílias carentes, necessitando de tudo, precisando de assistência em praticamente todas as áreas.
O slogan do Projeto é MATA A FOME DO CORPO, DA ALMA E DO ESPÍRITO, pois a intenção de seus idealizadores verdadeiramente é não somente matar a fome do corpo, mas também a necessidade que cada ser humano tem de se sentir confortado e amado. Acreditam que isso só se encontra através de um outro encontro: a busca da religiosidade e de Deus. Por isso, todos os meses uma equipe se desloca até a comunidade São Manoel levando os donativos arrecadados. Já foram realizadas distribuição de cestas básicas, festa do dia das crianças, festa de Natal, festa em comemoração a Páscoa – com a distribuição tradicional de chocolates para todas as crianças cadastradas no programa. Mas todas essas doações vêm acompanhadas da palavra de Deus e ministração do louvor, denominação dada à pregação evangélica, pelos membros da Igreja Plena Adoração. São eles os responsáveis pelo programa.
A intenção de seus idealizadores é não somente matar a fome do corpo, mas também a necessidade que cada ser humano tem de se sentir confortado e amado.
Agradecimento E a comunidade através de suas crianças carentes, aceita e agradece. Sabem que fazem parte de um outro lado da cidade, que muitos teimam em fazer de conta que não existe.
Em tempo: o projeto não visa fins lucrativos e conta com o apoio de pessoas e empresas empenhadas em ajudar pessoas de condições financeiras limitadas.
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O presente veio em junho. Agora quem vai ganhar é a região A promessa é do “irmão” Geraldo Alckmin, ao inaugurar o nosso “rodoanel”
33 Outro presentinho já dado Em sua visita ao Hospital Estadual (HE) outro presente à cidade: o equipamento de ressonância magnética, com investimento de R$ 4 milhões no prédio de 350 metros quadrados, construído especialmente para abrigar equipamentos de alta complexidade. Cerca de 2 milhões de habitantes, de Bauru e região, terão acesso ao equipamento. Esse tipo de exame é de alto custo. “É um exame muito importante, especialmente para músculos esqueléticos, cabeça, coluna. É de última geração. Isso vai melhorar a qualidade da saúde e a humanização”, disse o governador. Só para lembrar: no dia do aniversário da cidade, a polêmica iluminação já estava pronta. TUDO BEM. Muita gente criticou: como pode essa “avenida” ser inaugurada sem iluminação? Pode e foi. E é mais do que uma simples avenida. Foi um grande presente antecipado para o aniversário da cidade. Fazia mais de dez anos que o Estado não realizava uma obra desse porte na cidade. A história é antiga. Antes mesmo de acabar o mandato passado, o deputado Pedro Tobias (PSDB) levou ao governador o projeto de Adelmo Bertissi, funcionário da Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan). Houve interesse imediato. Chamado de “irmão” pelo governador, Tobias sentiu-se à vontade e incluiu o pedido no cronograma de investimentos do Estado. Era segredo, no começo pouca gente sabia, depois com a obra em andamento trouxe grandes esperanças para os moradores da região. Concretizadas. O perfil e até a valorização dos imóveis da zona norte já está mudando.
R$ 70 milhões e muito oba-oba Na inauguração, ao lado deputado e “irmão” Pedro Tobias e do prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB), o governador chega em grande estilo, dirigindo um jipe. Seguido por uma carreata, ao sair do carro aberto é cercado por moradores que queriam tirar foto ao seu lado ou apenas segurar sua mão. No palanque, homenagem da banda marcial do Liceu Noroeste.
A placa de inauguração descoberta e os aplausos se misturavam com o barulho dos fogos de artifícios. Cerca de R$ 70 milhões investidos nessa grande estrutura e, segundo o governador, estava pronta a maior obra viária do interior paulista.
Promessas de presentes para a região Sua contribuição para Bauru não vai ficar só na obra da avenida Nações Norte. Alckmin diz que incluiu no programa do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), a duplicação da SP-321, no trecho de 20 quilômetros, que liga Bauru à Iacanga. Várias reclamações são feitas diariamente. Por ser pista simples, ocorrem muitos acidentes com vítimas fatais e as reivindicações dos moradores não se concentram somente em Bauru, mas também nas cidades vizinhas como Arealva e Iacanga. A duplicação será feita em partes, a primeira será duplicar a rodovia de Bauru até a entrada do aeroporto. Outra duplicação será na rodovia João Baptista Cabral Rennó (SP-225) que liga Bauru a Ipaussú. Mais promessas: a recuperação da rodovia Osni Mateus (SP-261), no trecho entre Lençóis Paulista e Pederneiras, a rodovia Lourenço Lozano (SP-293), no trecho entre Duartina e Cabrália Paulista, e a recuperação da rodovia (SP-315), entre Duartina, Lucianópolis e Ubirajara.
A lenda árabe do Alckmin Em seu discurso durante a inauguração da avenida Nações Norte, o governador contou uma lenda árabe que justifica o motivo de fazer coisas boas para as pessoas. Logo que terminou foi aplaudido pelo público presente. “Um homem ia se apresentar a um Juiz e precisando de um testemunho favorável, pediu a um amigo que fosse dar um testemunho em seu favor. O amigo se negou. Pediu a um segundo amigo, ele foi até a porta da casa do Juiz, mas não entrou, voltou. Pediu a um terceiro amigo que foi, entrou e deu o testemunho favorável a ele. Diz então essa lenda árabe: que esses três amigos no juízo final, o primeiro amigo são os nossos bens materiais, não servem pra nada, ficam todos aqui, o segundo amigo são os nossos amigos que vão até o túmulo, mas lá se despedem e não nos acompanham; o terceiro amigo, é aquilo que a gente fez de bom para os outros, as pessoas que a gente ajudou especialmente quem precisa mais, quem sofre quem tem mais dificuldade, precisa de uma mão amiga, essas nos acompanham sempre.”
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SÃO 21H30 DA TERÇA-FEIRA, dia 23 de agosto, quando cruzamos com o prefeito Rodrigo Agostinho no Bauru Shopping. De mãos dadas com a namorada Daniela Módolo. Um homem com uma criança no colo se aproxima e faz um comentário de espanto para a esposa: – “mas aquele não é o prefeito? Olha lá”. A reportagem do AZ! Bauru se esquiva de interromper o jovem casal. Não temos coragem de perguntar se ele já comprou a camisa da qual falaremos aqui. Por ora, deixemos o casal curtir a vida. E vamos falar do “dia em que o prefeito Rodrigo Agostinho tornou-se capa da nossa revista e, de quebra, modelo-propaganda.” A ideia partiu de Luciana Spetic, diretora comercial da AZ!, quando apostou com toda a equipe: nosso prefeito seria capa da edição 6, e sabe por qual motivo? Acompanhar a sua ida ao cabeleireiro. E não é que ela conseguiu?
E o dia termina com o corte de cabelo É tarde da noite, após um dia tumultuado, cheio de compromissos com o governador, o prefeito chega: vamos vê-lo renovar o visual. Traz consigo a namorada, Daniela Módolo, ao salão do Rubens, seu cabeleireiro de infância. Chega já de barba feita. Na cadeira na frente do espelho, começa a negociação: o quanto cortar? “Corto o cabelo a cada seis meses. Dou uma aparada. Mas deixar muito curto, não” sentencia. E claro, Rubens já sabia que era isso mesmo o que deveria fazer. Vai cortando rapidamente porque Rodrigo, apesar de solícito, não tem muita paciência, não. E nem tempo para isso, as responsabilidades e obrigações do prefeito são muitas.
A vaidade e o garoto-propaganda Simples, após o corte, aceita vestir dois looks da Ellus, para ser clicado pelo fotógrafo Carlos Hinke. Faz pose de modelo, cara de galã. É bem fotogênico. Recebe através da nossa produção um convite da empresária Kátia Mangialardo, dona da Ellus de Bauru para ser o garotopropaganda da nova campanha da loja. E não é que ele, de pronto, aceitou? Brinca: “vocês estão me usando mesmo, podem usar o meu corpinho”, e vai embora feito criança, bem humorado que é, como todo bom sagitariano. Com a roupa que havia chegado, frise-se. E diz “podem me ligar, conversamos amanhã”. Aliás, essa é uma característica também própria dele (ou seria do signo?). O prefeito pede para que a imprensa nunca deixe de perguntar nada. E não deixa nenhuma pergunta sem resposta. Não há censura. Tudo ele responde na lata, sem receio do que irão pensar.
O receio e a ética Como conhece como ninguém os meandros políticos, toma lá suas precauções e quer sempre uma testemunha das suas conversas, mesmo as amistosas. Não quer saber de segredos, nem conchavos. Quando Luciana o chamou para um canto para falar do estilo da roupa, não foi enquanto não soube qual era a pergunta e o que ela queria lhe mostrar. No caso, a roupa que iria vestir. Só depois de saber é que “baixou a guarda”. O que mais marca a noite de fotos foi ter uma noção da ética que tem. Como sabe o seu lugar e, acima de tudo, demonstra ser transparente e honesto, não aceitou nem mesmo um presente.
Explica-se: o jovem Rodrigo adorou a camisa de manga comprida xadrez verde (aliás, ele torce, além do Noroeste, pelo Palmeiras, o time que era o Verdão até pouco tempo). Todo mundo presente à sessão fotográfica viu o quanto a camisa verde lhe caiu bem. Contrastava com o tom da pele, ressaltava seus olhos. Por conta disso, Luciana a ofereceu de presente, e, imediatamente e polidamente, o prefeito agradeceu, mas não aceitou. Disse que iria à loja depois para comprar com seu próprio dinheiro. Tudo isso transcorreu da forma mais natural possível. Um exemplo para outros políticos que tratam até a coisa pública como sua, Rodrigo preferiu não misturar. Ética, sempre ética, acima de tudo. Aconteceu no exato momento em que políticos em Brasília são pegos usando jatinhos do governo para viagens particulares. É, o moço sabe a diferença: há políticos e políticos.
“Nunca tive nenhum padrinho político que tenha me colocado aonde eu cheguei. Então, acho que tem um pouco de mérito. Por outro lado, a responsabilidade é também gigante”
36 E N T R E V I S T A O prefeito do site visitadissimo Todo mundo já sabe de sua jovialidade, da idade em que foi eleito, do desafio que tem à frente de Bauru. Sabe também do quanto é convicto de suas idéias ambientalistas. Mas nem todo mundo sabe que Rodrigo criou um site de meio-ambiente, há algum tempo, e que, atualmente, é o mais acessado da área, no Brasil - www. clickarvore.com.br. E poucos, se lembram que foi ele quem implantou o uso de papel reciclado na prefeitura da cidade.
Queijo de soja e estudo Vegetariano, entre um queijo de soja e outro, Rodrigo garante sua saúde através de uma boa alimentação e assume que tem muita responsabilidade e um pouco de mérito no que faz: “estudei muito para estar onde eu estou. Eu trabalhei muito para conseguir chegar aonde eu cheguei… nunca tive nenhum padrinho político, que tenha me colocado aonde eu cheguei. Então, acho que tenho um pouco de mérito. Por outro lado, a responsabilidade é também gigante. Administrar uma prefeitura com mais de 6 mil funcionários, com um orçamento de mais de 600 milhões, é uma responsabilidade muito grande”, afirma.
Mesmo sendo prefeito, é jovem normal e badala Se não dá para esquecer a responsabilidade de governar, há os momentos em que seu lado jovial fala mais alto. Gosta de ser chamado de Rodrigo, sem formalidades. Curte tecnologia e não abre mão de se divertir. “Eu tenho Facebook, Orkut, Twitter, tudo o mais. Meu celular, a cidade inteira tem. Mas eu procuro ouvir meu coração. Se eu acho que devo sair de fim de semana, curtir com meus amigos, por que não? Só porque eu sou prefeito, vou ficar trancado dentro de casa? É claro que, por conta do cargo, eu tenho uma série de restrições. O horário livre é muito menor do que eu tinha antes. Mas não é por isso que eu vou deixar de sair com meus amigos, curtir uma festa”, desabafa. O prefeito, ops, o Rodrigo garante que ele mesmo responde a todas as mídias sociais. “É tudo pessoal, meu. Sou
eu quem abro, leio, e respondo. Às vezes, tenho dificuldade de responder, pois recebo uma quantidade gigantesca de e-mails também, no e-mail da Prefeitura”, afirma. Mas o que está respondido, foi por ele. Bom, saber.
Espaço complicado na agenda Bom também é esclarecer que não é fácil conseguir um espaço na agenda dele para a entrevista. Entre mil e uma conversas com a assessoria, consegue-se “tirar dele” algumas coisas sobre o novo momento de Bauru – uma cidade que, reconhecidamente está mudando de cara. E cresce até num ritmo mais rápido do que muitos gostariam.
Gestão que trabalha contra o tempo Rodrigo não quer falar muito. Ainda não é a hora. Quer fazer. Mas adianta algumas coisas que já foram feitas, além da obra grande – a Nações Norte (com apoio do governo estadual, é claro; ruas sendo asfaltadas em massa, hospitais sendo reformados, entre muitas outras coisas, das quais espera que a população se lembre no futuro. Talvez um futuro bem próximo. Afinal, quando o assunto é reeleição, ele logo diz que” falta mais um tempo de governo” e quem vai decidir se ele vai ser reeleito ou não é a população. O que importa agora, para ele, é dar continuidade aos seus sonhos transformadores. É tanta coisa que ainda quer fazer... tantos sonhos... o tempo de que dispomos só dá para enumerar também alguns atos mais imediatos. Equacionar o centro antigo da cidade, é um deles. O teatro, é outro. Apesar de ter uma estrutura considerável nosso teatro não oferece ainda uma condição muito apropriada para os artistas. Existem poucos lugares para a platéia e o palco é consideravelmente pequeno. Por isso, ele já estuda a possibilidade de um novo projeto de Teatro, um prédio maior para trazer grandes peças para a cidade.
Rotatória e mais asfalto Mais: tem pressa em realizar o acesso da rotatória da Polícia Federal, na aveni-
da Getúlio Vargas, até o Bauru Shopping (para isso só falta mesmo o apoio do Wal Mart). Isso são algumas das ideias, sem contar os assuntos urgentes, (e os problemas antigos) como a saúde, com mais hospitais, melhor atendimento, as escolas, asfalto para todos os cantos (que é a principal reivindicação dos moradores da cidade) e resolver questões como as de trânsito, do viaduto inacabado, e mais, muito mais. Há muito o que ser feito.
Sem medo de críticas E, para o bem ou para o mal, Bauru cresce muito e em sua gestão, muitas coisas estão acontecendo sem ao menos a sociedade ter tempo de pensar. Mas Rodrigo Agostinho tem consciência disso, e mais ainda das críticas que muitos fazem. Outro dia, disse para a repórter Priscila Nóbrega do AZ! Bauru: “político que não quer ser alvo de crítica melhor nem se candidatar”. E discorda veementemente de quem diz que tudo está parado.
ESPECIAL INDÚSTRIA & COMÉRCIO 38_ Domingos Malandrino O diretor da CIESP e a vocação industrial
40_ Estruturas Bandeirantes A empresa familiar de quase meio século
42_ Império das Plantas A valorização do meio ambiente
44_ Roccaporena Casamento e festa em um só lugar
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Bauru não tem vocação industrial. Será? Os números dizem o contrário. É o que sustenta o diretor do CIESP local
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Na outra página: vista do distrito industrial estrangulado. Nesta página: Domingos Malandrino dá os números que poderiam ser maiores.
indústria foi 2,2% maior que em igual período do ano anterior, São Paulo (0,6%) exerceu pressões positivas sobre o total da indústria. Setorialmente, as contribuições positivas mais relevantes vieram de meios de transporte (8,1%), alimentos e bebidas (2,2%), produtos de metal (6,5%), máquinas e equipamentos (5,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,2%), metalurgia básica (8,0%).
O aeroporto
O MERCADO INDUSTRIAL brasileiro fez com que o Brasil se tornasse um dos países mais atraentes do mundo, sobretudo no Estado de São Paulo, que responde por mais de 40% da produção industrial e por mais de 31% do PIB (Produto Interno Bruto). Neste contexto está Bauru, a cidade sem limites, o coração de São Paulo, capital logística e educacional do interior do estado, com um parque industrial diversificado e mão-de-obra qualificada. Sua localização é privilegiada, em termos de alternativas de transporte, oferta de energia, rede telefônica e mesmo qualidade de vida urbana. Está certo que comparada a outros municípios da região, como Lençóis e Pederneiras, fica um pouco longe de ser o maior centro industrial do interior e nos dias de hoje, nos seus 115 anos, os empresários de fora, encontram algumas dificuldades quando procuram um lugar para instalar sua empresa, ou até mesmo para ampliar seu espaço. Mas daí a dizer o que muita gente diz... Que Bauru não tem vocação industrial, ou tem vocação comercial, vai uma grande distância.
Boa localização Para Domingos Malandrino, diretor do CIESP (Centro de Indústria do Estado de São Paulo), a cidade está em um lugar bom para transportar seus produtos, porque em um raio de 100 km circunda grandes cidades do estado, mas isso não é tudo. “O mercado industrial tem período de movimentação em busca de matéria prima, depois o empresário pensa no esco-
amento do seu produto e na pulverização da sua produção o mais perto possível dos grandes centros consumidores”, diz. Segundo Malandrino, é importante ressaltar que temos indústrias fortes na área de baterias automotivas, pois 50% das baterias de reposição automotivas do país são produzidas aqui. Temos um grande parque gráfico, que abriga empresas de grande porte, reconhecidas internacionalmente, empresas da área de plásticos, água mineral, alimentos e muitas outras.
Bons números Mesmo que pouco vista pelos cidadãos, as indústrias representam aproximadamente 48% do setor econômico de Bauru, o que equivale a quase metade da economia bauruense. Só não oferecem mais porque tem pouco espaço físico. Os empresários encontram dificuldade quando querem expandir suas empresas. Segundo Malandrino, cerca de 30 empresários estão esperando área para ampliar seu empreendimento, o que está sendo quase impossível. “Se as terras fossem viabilizadas para esses empreendedores, eles estariam gerando empregos fixos e terceirizados e após a obra ajudariam na economia da cidade, além de aumentar a produção” afirma.
Emprego De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no índice acumulado nos cinco primeiros meses de 2011, o nível do pessoal ocupado na
Analisando todos os pós e contras do município, aparentemente o que dá para perceber é falta de incentivo político para melhorar a infraestrutura, ampliar e viabilizar uma obra no aeroporto para tornálo uma ZPI (Zona Potencialmente Importadora), o que traria um desenvolvimento importante para a cidade e ligaria Bauru, Arealva e Pederneiras através de uma vicinal, facilitando o transporte para as indústrias da região. “O Governo do Estado teria que doar para o município uma área 1 milhão de metros quadrados, cerca de 40 alqueires dentro de um sítio do aeroporto, passar para o governo federal autorizar a utilização da zona franca. Só Precisamos de ¼ do aeroporto para torná-lo uma zona transportadora”, explica Malandrino. Caso essa obra fosse efetivada, cerca de 50 novas indústrias seriam instaladas na cidade. O maior vetor de desenvolvimento econômico pra Bauru e região seria viabilizar o aeroporto. “Seria o BOOM de desenvolvimento. Uma indústria pode não vir pra cá porque não tem um atrativo como esse”, completa.
DISTRITO I Possui uma área de 1.577.000,00 m2, dividida em 132 áreas pequenas, médias e grandes. DISTRITO II Possui uma área de 409.217,00 m2, dividida em 64 áreas pequenas, médias e grandes. DISTRITO III Possui uma área de 2.380.760 m2, divididas em áreas pequenas, médias e grandes.
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Um trabalho de quase meio século Empresa familiar pode dar certo, sim. E a prova é Bandeirantes Estruturas Metálicas
Na outra página: tudo feito com muito capricho nos detalhes, pelos operários. Nesta página, esquerda: vista aérea da fábrica. Direita: o trabalho unido da equipe é um dos motivos do sucesso da empresa. Embaixo: Edevaldo e Elcio, unidos para vencer todos os obstáculos.
O QUE EXISTE em comum entre um Museu do Chocolate e a rede Graal de postos? Para os irmãos Gabas a resposta é fácil: o aço usado em sua estrutura. Para entender essa história você vai conhecer uma história de uma família que tem várias peculiaridades. A primeira delas é o tempo decorrido entre a fundação e os dias de hoje: 46 anos. No mercado brasileiro em que os casos de empresas que abrem e fecham em menos de 2, ou 3 anos, isso é um feito. O outro feito que desafia à lógica dos preceitos empresariais: empresa familiar não dá certo. Verdade? Não neste caso. É uma família que toca o negócio. Conheça a história completa:
Irmãos na diretoria Transformar o sonho do cliente em realidade: esse é o objetivo da tradicional empresa Bandeirantes Estruturas Metálicas, que está há 46 anos em Bauru oferecendo qualificação e dedicação em cada obra realizada. O sucesso alcançado durante esses todos estes anos é de muito trabalho e dedicação. Em um país em que a família está trabalhando cada vez mais unida, na Bandeirantes não é diferente, os irmãos Elcio e Edevaldo Gabas, trabalham unidos na diretoria, e com muito esforço conseguiram chegar onde estão hoje. Durante o serviço, buscam ficar o mais próximos possível de
seus clientes, proporcionando um bom atendimento. Com muita responsabilidade e capacidade, a empresa aceita qualquer tipo de obra, de diversos tamanhos e em qualquer lugar do Brasil para todos os tipos de clientes. “Como a gente lida com gente o tempo todo, funcionários, fregueses e fornecedores. O maior desafio é driblar as situações difíceis, devemos ser pacientes e dedicados”, afirma Elcio, empresário e engenheiro.
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nos resultados, dando apoio necessário para oferecer um serviço de qualidade. Além de sócio, Elcio é o engenheiro da empresa, acompanha as obras de perto, com sua visão profissional analisa e propicia a facilidade na linguagem do aço, dando formas certeiras na construção de seu freguês, sendo o ponto chave para a empresa. “O segredo é trabalhar com amor e seriedade”, diz Elcio.
Aço valorizado O maior valor da Bandeirantes é o produto usado nas construções: o aço, como usou na passarela de visitação mais bonita da Nestlé em Caçapava, no Museu do Chocolate. Fabricada e montada pela empresa bauruense, tornou-se uma verdadeira escultura funcional. A obra ganhou desenho inusitado e suas ondulações deram dinamismo ao conjunto. O tempo de experiência em construções de grande porte fez com que os irmãos Gabas transmitissem confiança e segurança para seus clientes, aceitando novos desafios a cada obstáculo vencido, atendendo todas as cidades do Brasil, como a rede Graal de Postos de Combustíveis. A equipe sempre procura unindo todas as características que uma obra complexa exige: solidez, plasticidade, versatilidade e leveza, permitindo multiplicidade, rapidez
O tempo de experiência em construções de grande porte fez com que os irmãos Gabas transmitissem confiança e segurança para seus clientes
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O verde bem pertinho de você O Império das Plantas conscientiza seus clientes a valorizar o meio ambiente UM CANTINHO VERDE na nossa residência é, sem dúvida, uma das coisas mais importantes na decoração, não é mesmo? Pensando nisso, o Império das Plantas faz de grandes projetos paisagísticos à venda de plantas ornamentais, execução e manutenção de área verde. Desde 2009 os sócios, Jaluza Finotti e Roger Sartori decoram as propriedades dos bauruenses, satisfazendo seus desejos com muita qualidade nos detalhes para que o resultado seja satisfatório. Mas como o sucesso é resultado de muito serviço e dedicação, os gerentes acumularam a tarefa da gestão com a colaboração no serviço de paisagismo. Tendo este o principal motivo pelo qual continuam na senda do sucesso. O Império das Plantas trabalha em busca da qualidade e requinte nos detalhes
do paisagismo garantindo um ambiente mais harmonioso e sofisticado. Agora também incluindo no mercado a opção de terem sua própria horta, disponibilizando mudas de hortaliças e temperos.
Outros serviços
Em apenas dois anos, o Império das Plantas pôde contar em sua carteira com clientes e empresas que os prestigiam, muitas delas se mantém fiel até hoje. Para que tal procedimento aconteça, executam serviços com presteza e dedicação. Sendo este o argumento predominante.
Na busca por desenvolver seus projetos em sintonia perfeita com os anseios e desejos de seus clientes, oferecem uma linha completa de serviços que abrangem a elaboração do projeto paisagístico, suporte técnico em forma de consultorias e manutenção completa do ambiente finalizado. Além disso, a empresa disponibiliza aos seus clientes a venda de insumos para jardins, peças decorativas como fontes de peças exclusivas, plantas ornamentais e frutíferas.
Desde 2009 os sócios, Jaluza Finotti e Roger Sartori decoram as propriedades dos bauruenses, satisfazendo seus desejos com muita qualidade nos detalhes
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Roccaporena é o mais novo salão de festas de Bauru E veio para transformar o sonho das noivas em realidade
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Na outra página: Valorização, requinte e bom gosto também a serviço da igreja. Nesta página: O salão que serviu à igreja por mais de uma década.
A maior curiosidade é que o Roccaporena é o único salão de festas de Bauru e região que é localizado no mesmo terreno que uma igreja
QUEM PASSAVA pela avenida Duque de Caxias na quadra 13, avistava um salão de festas aparentemente abandonado, antigo e fora de moda. Hoje, ele está totalmente reformado com uma bela estrutura e aparência convidativa para novos eventos. Há 4 anos os sócios Léo Amantini, proprietário da W e do Buffet Márcia e Marô e Kiko Freitas, dono da Adma Flores, tinham um sonho de criar um espaço novo para locação voltado exatamente para eventos, afinal de contas, os dois vivem disso. Depois de muita procura, o Padre Aguinaldo Pereira ofereceu o aluguel do salão da Igreja Santa Rita de Cássia por 10 anos para ser feito o que precisar. Surgiu então, a oportunidade de investir em uma construção que até então estava sendo locada somente 3 vezes por ano para eventos. Como o Padre foi extremamente correto, convidou os frequentadores da igreja para reuniões junto aos empresários a fim de terem aval para a transformação do salão de festas, sendo que até então, estava dando mais prejuízo do que lucro porque o valor da locação era mais barato que os gastos. O salão continua sendo da igreja, só que foi alugado e reformado para locações para qualquer tipo de evento e religião, respeitando as datas que o Padre o utilizará para os eventos da paróquia. “O salão foi arrendado para mim e para o Kiko. Vamos pagar aluguel”, explica Léo.
A negociação foi interessante pra ambos. “A igreja vai com as benfeitorias. A locação tem valor mínimo mensal, também travada na quantidade de locação mês. Quanto mais festa, a igreja ganha mais com certeza”, confirma Léo. Para facilitar ainda mais na negociação foi oferecida à igreja a disponibilidade do salão duas datas por mês, para fazer reuniões, eventos próprios. Um espaço que eles não tinham antes dessa construção. Nas duas semanas da quermesse o salão permanecerá fechado, sem locações. A obra só trouxe benfeitorias para o local, tornando-o mais atrativo. A maior curiosidade é que o Roccaporena é o único salão de festas de Bauru e região que é localizado no mesmo terreno que uma igreja. Sendo que as entradas são independentes. Isso vai atrair o desejo de muitas noivas por aí. A Igreja Santa Rita continua no mesmo lugar, sendo que as entradas são independentes, possibilitando maior liberdade para que os eventos aconteçam sem interromper as reuniões e missas que ocorrem na igreja. Toda essa modificação criou a vontade de querer melhorar, fez com que a igreja se mobilizasse para fazer reformas internas e externas. Criar uma abertura necessária para a igreja católica, ação comercial de não ser igreja fechada. Foi indispensável a experiência dos envolvidos na obra durante a transfor-
mação. Por exemplo, o palco foi construído em um local escondido, para não ficar desproporcional quando colocarmos um DJ para tocar na festa de quinze anos. O salão suporta 430 pessoas, tendo estacionamento próprio. Todos os profissionais de Buffet e decoradores poderão alugar o local para diversos eventos. Indagado por serem concorrentes do Léo, ele afirma: “Concorrência tem que ser saudável”.
Arquitetura A obra de transformação do prédio foi realizada pela arquiteta e designer Gisele Aidar, dando espaço para toda equipe palpitar na hora de escolher os mínimos detalhes. “Depois de sete meses entre projeto e obra, estamos vendo este lindo resultado mais uma vez”, exulta Gisele. Mesmo vendo o resultado maravilhoso desta transformação, Gisele afirma que é bem mais fácil projetar e construir um novo, inclusive mais rápido e sem surpresas. “Transformar é mais delicado, do antigo salão de festas mantivemos só a estrutura, o telhado e a parte de serviço (cozinha, apoio da cozinha e o banheiro de serviço).
O NOME EM HOMENAGEM À SANTA Depois da linda transformação, Kiko, um dos responsáveis pelo salão de festas, teve a brilhante ideia de colocar o nome do novo salão de festas de Roccaporena, em homenagem a terra natal de Santa Rita de Cássia, na Itália. Um minúsculo povoado formado de casinhas e cabanas. Ideia aceita e aplaudida por todos envolvidos na obra.
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Uma pizza chamada Bauru! Bravíssimo! O sabor do sanduíche é recriado
Allison Carlos
ELE SE DEFINE como “mais empresário do que culinarista ou chef de cozinha. Mas um empresário que entra na cozinha quando precisa e dá conta do recado”. Allison Carlos, dono da Bravissimo, pizzaria localizada em ponto nobre. Apesar de ser formado em Educação Física pela UFSCAR e em Ciências Biológicas, pela UNESP – BAURU, não sossegou enquanto não deu vazão à sua outra aptidão: o empreendedorismo. Diferenciais Ele realizou um sonho acalentado nas muitas viagens que fez pelas capitais brasileiras: uma pizzaria que tivesse alguns diferenciais como massa especial (desenvolvida por um chef com 8 anos de experiência em restaurantes da Europa), servida na pedra quente, vendida por metro e degustada num ambiente muito aconchegante. Tanto que muita gente fala “ah é aquela pizzaria da piscina”. Sim, seus ambientes acolhedores e modernos são dispostos em volta da piscina.
Ao lado da pizza à moda da casa, a Bravíssimo, que tem brócolis, calabresa, bacon, catupiry, manjericão e orégano, a pizza Bauru é a mais pedida. E não é para menos, o rosbife foi adicionado à receita, para os apreciadores do legítimo Bauru. Só não foi possível usar o picles “porque nos testes soltava muita água na massa”. Mas o resultado final é perfeito. E ¼ de massa, rende 8 generosos pedaços, exatamente como no disco tradicional. A receita você vai poder reproduzir na sua casa, quando não for degustar no local. Só que terá que comprar um disco de massa pronta ou fazer a sua mesmo, para a montagem. A receita da massa, Allison não revela nem sob tortura. Diferenciais O empreendimento está dando tão certo que, em 2 anos apenas de casa, o empresário já pensa no próximo passo: estabelecer franquias. Alguém tem dúvidas de que a Pizza Bauru tradicional também vai ganhar elogios pelo mundo?
Ingredientes • 1 disco de massa de pizza de sua preferência • 300g de mussarela • 200 g de rosbife • 3 tomates • 200g de presunto • Orégano e azeitonas à vontade • Molho de tomate para regar a massa
Modo de preparo Disponha em camadas sobre o disco (após regar a massa com o molho): o presunto, o rosbife, o queijo mussarela e finalize com os tomates cortados em fatia, salpicando com orégano e as azeitonas. Asse em forno médio, por 15 minutos (depende da potência do forno) e sirva ainda quente, com o queijo derretendo.
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Totalmente fora do eixo Um jeito novo e solidรกrio de promover a cultura
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Esquerda: o grupo Embaixada de Marte inovou o figurino no Festival Grito Rock. Direita: a galera foi ao êxtase com o som do Emicida no Festival Canja. Embaixo: a arte tomou conta do evento.
ENXAME COLETIVO. Esse é o nome do grupo atualmente formado por oito artistas, músicos, comunicadores e estudantes universitários. Oito pessoas que trouxeram o conceito de fazer cultura independente se sustentando na base do trabalho colaborativo e utilizando economia solidária para realizar seus eventos. E até vivendo juntos, numa casa em coletividade. Em Bauru desde 2009, o grupo tem a intenção de movimentar cada vez mais a cultura da cidade em lugares alternativos, não seguindo nenhum padrão específico e proporcionando diversificação e oportunidade. Graças a esse novo conceito de trabalho, vários festivais já foram promovidos.
Card virtual, uma moeda própria Uma das ideias inovadoras do Enxame Coletivo é agenciar uma determinada banda, divulgar seu trabalho e ganhar um show como pagamento. Eles têm moeda própria chamada de card virtual, que é utilizada online para controlar os gastos do Coletivo. Pois como o próprio nome diz tudo é coletivo no enxame. Tudo é dividido e, muitas vezes, trocado. O card virtual é uma moeda de troca. Em seus festivais como o CANJA, Festival de Artes Integradas de Bauru, por exemplo, o Enxame Coletivo reuniu e integrou diversos tipos de manifestações artísticas como teatro, circo, música, dança e fotografia. É visto como uma overdose de cultura, realizado uma vez por ano e traz artistas na maioria
das vezes desconhecidos e com autorias próprias. Gente que talvez nem tivesse oportunidade de mostrar sua arte.
A casa coletiva Um lugar arrojado, com grafite em todas as paredes, cheiro gostoso de incenso, música em altura ambiente. É assim que você encontra a casa do Enxame Coletivo todos os dias e a intenção é deixá-la mais caracterizada com o passar do tempo. Além de moradia, a casa ainda é usada como escritório para reuniões e encontros dos integrantes do grupo. O aluguel é pago com o dinheiro que ganham com os eventos que promovem e só pode ir morar na casa quem realmente vai viver para trabalhar em função do Enxame Coletivo. Atualmente é ocupada por 5 pessoas.
Objetivo e foco A intenção do grupo é aumentar cada vez mais o número de eventos para promover cultura local e alavancar os artistas bauruenses que na maioria das vezes não têm o apoio necessário para fazer seu trabalho no município. Como Bauru é uma das maiores cidades universitárias do Brasil, o propósito é continuar trabalhando com esse público para tornar ter eventos culturais toda semana.
De onde veio Para quem pensa que o Enxame Coletivo nasceu do nada está enganado. Foi observando o sucesso do Circuito Fora do Eixo, (conhecido como a maior rede de cultura livre do país que fica em Cuiabá), formado por produtores culturais que buscam estimular a circulação de bandas, intercâmbio de tecnologia de produção e o escoamento de produtos entre as cidades, que surgiu a afiliada Enxame Coletivo. Por sua vez, o Enxame, está fazendo muito bem a sua parte em Bauru, promovendo a cultura e participando dos debates, listas de discussões e encontros presenciais em festivais, turnês e congressos, no estado e em outras regiões nacionais.
O grupo tem a intenção de movimentar cada vez mais a cultura da cidade em lugares alternativos
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AZ! GENTE
Por Luciana Spetic
ACIB em noite iluminada Os 80 anos da Acib – Associação Comercial e Industrial de Bauru, órgão chefiado hoje pelo economista Reinaldo Cafeo foi comemorado com festa no Espaço Bauru. E de quebra, houve a premiação dos homenageados do ano
Destaque Imobiliário, Marcelo Sabino do grupo Vértico, recebeu o prêmio
Abrahim Dabus, foi destaque como personalidade do ano. E recebeu do anfitrião Reinaldo Cafeo a placa
Milton De Biasi, no centro da equipe do Sebrae-Bauru. Destaque como parceiro
Joãobidu recebe de Cássio Carvalho o prêmio para felicidade do jovem empresário que está ao fundo – João Carlos de Almeida Filho, seu filho, of course
Clóvis, do grupo Vértico e a esposa Rose, coordenadora do Colégio Fênix
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As 4 mulheres de Bidu estiveram presentes. Na foto, Dona França, a mãe e Inês, a esposa. A filha Angélica e a neta Nina também prestigiaram
Abrahim Dabus, orgulho dos netos emocionou o público contando histórias das dificuldades ao chegar em Bauru para clinicar
Divaldo e Neusa Disposti curtiram a noite de gala
Pessoal do Shopping Nações. Nome que irá para todos os empreendimentos do grupo. Demais!
Anis Buzalaf Jr. ao lado do tio, recebe de Renato Zaiden a justa homenagem
Geral do prestigiadíssimo evento. Foi o must
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Repercutindo Passagem do governador pelas terrinhas bauruenses deu o que falar. Ainda repercute o jantar (capitaneado pelo Jornal da Cidade, com respaldo da gastronomia do Dilo Guimarães) em homenagem a Geraldo Alckmin. Como diria o colunista, nata da nata presente
Juliana Tobias acompanhando o marido e deputado Pedro Tobias
Governador com os olhos atentos aos acontecimentos no jantar em sua homenagem Duas gerações da Família Disposti
Gente ilustre da imprensa, Zarcillo Barbosa e João Carlos de Almeida, o JoãoBidu
Governador Geraldo Alckmin ladeado por Pedro Tobias e Tio Gastão do Centrinho...só felicidade
Renato Zaiden quem organizou cada detalhe do jantar, no palanque recebendo o agradecimento pela iniciativa
Umas das fotos mais lindas que já vi, Tio Gastão, Roberto Rufino e Olga Bicudo
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Fashion e delicioso
O jovem empresário André Anastácio reinaugurou sua Lucy, ponto gourmet de teens e de toda família nos altos da cidade. Ponto nobre. Local requintado. Com uma culinária antenadíssima. Confira!
Ana Carolina, com sua alma nobre nos conquistou e vai conquistar vc também com as novas criações de gastronomia do LUCY Equipe a todo vapor elaborando um novo cardápio de dar água na boca
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Bauru lá fora
Projeto Futuro juntamente com a ABDA (Associação Bauruense Desportos Aquáticos) participou de 18 a 24 de junho do Festival Internacional HABAWABA, em Lignano Sabiadoro – Itália. A equipe viajou com 13 crianças (nascidas entre 2000/2001) em sua maioria carentes. Presentes no festival 80 times de diversos países e foi a primeira vez que um país da América Latina participou
Os bauruenses de futuro recebendo troféu e medalhas de participação
André Anastásio e Alexandre Zwicker com a meninada. Incentivo!!!
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Evento abençoado Emoção marcou a bênção, pelo bispo Dom Caetano, da inauguração do Roccaporena, o mais novo salão de eventos (especial para noivas, inclusive) bauruense. Projeto de Gisele Aidar, em parceria com Léo Amantini e Kiko da Adma
Parceria de sucesso arquiteta Gisele Aidar ladeada por Léo Amantini e Kiko da Adma. Sonho concretizado
Daniel da Decorplac, deixou o espaço requintado com seus produtos e serviços de qualidade
Arrasaram no look as produtoras da Play Regional, Samira Catanzaro e Debóra Lopes
A bênção do local, realizada pelo Bispo Dom Caetano Ferrari
Edson Simões e Patricia Rossi jovem casal da Central Produções
O casal Quatrina responsável pelo paisagismo da obra
A alegria contagiante de Querubina com os amigos Vilma Borges e o casal Agostinho
As irmãs Aline e Amile Pampani interagindo com o luxo do local
Célio (Polo Ar) e Angélica (Play Regional)
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O General ao lado das belas da Prefeitura Municipal e Emdurb
Familia Magnus reunida elogiou o local
Equipe de frente Gisele Aidar Arquitetura
Lilian Abreu Uehara, bra莽o direito do prefeito Agostinho era um luxo s贸
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Au-au
Fashion Dog
Belinha é da raça Poodle, considerada a segunda raça mais inteligente do mundo
Aplausos e muitos mimos para as lindas “meninas” focalizadas nesta edição. Veja detalhes das raças destas fêmeas Fofy é Maltês, um excelente cão de companhia
Keity é Schnauzer, seu caráter bonachão demonstra-se na vontade de brincar e na disposição amável que tem para com as crianças
Meiling é Poodle, possui o instinto de caça, podendo perseguir roedores, pássaros e outros animais de porte pequeno
AZ! gente pequena Catarina Vianna Andriolli completou 1 aninho no mês de agosto
Amanda Falasca completou 1 aninho com muito charme
Isabelle Nóbrega tem 1 ano e 7 meses de pura beleza e inteligência
Ele é demais. Gabriel Herrera Félix tem 1 ano e 7 meses
Esse é o Mateus. Carinha de sapeca, um anjo! Essa criança linda se chama Eduardo
Essa fofura é o Cauã F. de Moura, de 2 aninhos
Que graça! Maria Fernanda Gillioli Prestes
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BRAVÍSSIMO Rua Dr. José Maria Rodrigues Costa, 12-043 - Jd. América T.: (14) 3206 0065 BANDEIRANTES ESTRUTURAS METÁLICAS Av. José Fortunato Molina, 5-15 - Distrito Industrial I T.: (14) 3203 1021 www.bandeirantesestruturas.com.br CARLOS HINKE Rua Antônio Alves, 26-68 - Altos T.: (14) 3018 8818 http://www.carloshinke.com.br/ CAROL CALÇADOS Av. Getúlio Vargas, 4-83 - Jd. Aeroporto T.: (14) 3214 3297
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ATENÇÃO FABRICANTES E LOJISTAS: Qualquer alteração de endereço e telefone deve ser informada através do e-mail contato@azbauru.com.br, ou pelo telefone (14) 3879 0348
AMARELAZ!
Luiz Roberto Relvas é professor. de Biologia, Educador Sexual, Antropólogo, Biomédico e Palestrante. Autor dos livros: “Passagens para a Vida Adulta” e “A força que vem da Alma”.
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O que vai ser quando crescer? NÃO SOU DAQUI. A cidade sem limites só apareceu em minha vida depois dos trinta anos. Vim de São Paulo, ou seja, fiz o trajeto inverso trazido pela amizade de um italiano, professor de matemática chamado Ugo Accasto e a intervenção do professor Cacá, também de biologia, além de outros que vieram a se juntar, como o Marques, Gilberto e tantos professores que buscavam, naquela época, um mundo melhor. Engraçado como é recomeçar uma vida optando pelo menor, já que o normal seria ir para longe, optando por uma grande cidade, talvez uma capital, talvez São Paulo. Por favor bauruense amigo, não interprete mal, mas o termo menor aqui é apenas a comparação com o oceano de gente que vive de onde vim, já que tudo lá é grande. Quando tenho saudade da minha terra, corro para lá e, como diz o caboclo, são dois palitos, vou e volto. Mas o que essas cidades apresentam em comum? Bauru por exemplo é ainda muito jovem comparada com a paulicéia desvairada de Mario de Andrade que veio ao mundo em 25 de janeiro de 1554. Bauru vive seus 115 anos e, diferente da capital dos paulistas, ainda tem muito que crescer. Mas antes me permita contar um segredo. Quando criança gostava de saber mais e mais sobre as cidades, população, quem foram seus fundadores e saiba que a tarefa não era fácil. Sem o Google tudo ficava muito difícil, precisava de força de vontade e Barsa. Para quem nasceu depois e não tem a mínima noção do que seja a Barsa, era a enciclopédia que pesquisáva-
mos em casa ou em bibliotecas municipais. Continuemos. São Paulo nasceu a partir de uma escola, enquanto outras grandes capitais como Paris, Londres, Berlim, surgiram dos grandes fortes, utilizados para proteger a população dos rivais aventureiros e seguidas de muitas lutas e batalhas sangrentas. São Paulo não, veio do Pátio do Colégio, hoje o marco zero do velho centro. Sua vocação estava determinada, ser professora e ensinar, não só a vida acadêmica mas, acima de tudo, lidar com a lição da paciência, as dos monges no trânsito e a perseverança de vencer onde tantos competem. Mas vamos falar de Bauru, cidade que veio do trabalho, da construção de uma estrada de ferro, de homens e famílias que aqui se formaram buscando estreitar distâncias por trilhos, hoje feitas através da banda larga da moderna tec-
nologia. Trilhos que agora querem levar para outro lugar, coisas de políticos, os de lá e os daqui. Na verdade querem apagar um passado ainda recente da memória daqueles que aqui nasceram e chegaram. Levar os trilhos para longe seria como enterrar nossos mortos em cemitério de uma cidade que nunca fomos. Bauru que perdeu indústrias importantes para cidades vizinhas na década de 90, mas que correu atrás e tem se destacado como prestadora de serviços. Bauru que procura no agro negócio mais uma porta de entrada para se destacar. Mas para ela ainda é pouco. Quer mais. Quer ter mais gente do que tem, jurando meio milhão, quer ser médica esquecendo que a nossa referência para o mundo já está escrita na área da odontologia. Quer ter habilitação para dirigir seu próprio destino. Quer fazer jus ao título, ser a Cidade sem Limites.