Revista B #23

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23 helenice ricci beringela banana & banana goop realejo feito atelier rodini joalheiros projeta iluminação quartos & etc sr móveis polo ad Flor de sal andré ferreira buffet koni store pizzeria zio totó churrascaria ribeirão

inhotim | minas contemporânea



rua marechal deodoro, 1480 | Ribeir達o preto - sp | tel 16 3635 5773 / 3635 7474 - mapa 01


house

a beleza dos arranjos donaflor publicada na edição 3

revista b, 5 anos publicando qualidade

publique sua empresa na revista b: 16 3964 6762 - revistab.com.br


sumário # 23

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beringela | universo encantado

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estilo b | moi et Paris

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banana & banana | paraíso tropical

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goop | magia beleza desejo

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realejo | brasilidade

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feito atelier | La Vie En Rose

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lado b | marron gracé

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rodini joalheiros | arte expressiva

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capa | Uma Revolução Cultural Silenciosa... Brasileira

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projeta iluminação | Ilumine sua ideia de conforto

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quartos & etc | magia dos reflexos

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sr móveis | linhas leves, formas exclusívas, design descontraído

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desenho b | cadeiras - novos conceitos e materiais

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polo ad | guide

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desenho b | i’m lost in paris

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cultura b | som de naná

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cultura b | canta, canta mart’nália

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flor de sal | cozinha de Terroir

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andré ferreira buffet | sabores de manaus

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koni store | JAPA NA HORA. A QUALQUER HORA. rápido e saudável

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pizzeria zio totó | Buon Appetito!

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churrascaria ribeirão | cortes e buffet

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respiro | Conta-fios faz de conta... inclui mapa destacável de ribeirão preto siga a revista B: twitter.com/revistab NOSSA capa: Foto: Cildo Meireles - Glove Trotter | foto Francis Wiermann sumário: 32 - Helio Oiticica, Magic Square no 5 - De luxe, 1978 | foto Francis Wiermann 44 - Meltdown Chair_PP Tube#2_backlit | foto divulgação 56 - naná vasconcelos | foto Francis Wiermann

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beringela

universo encantado por: Bianca Coutinho Dias | fotos: wagner abrahão junior

A Beringela traz um conceito único e inovador para Ribeirão Preto. O espaço abriga um universo que transita entre o infantil e o adulto com leveza, graça e bom gosto. Tem decoração que encanta, área externa com espaço para ateliês, oficinas de arte e também um espaço cultural com livros da Paraler e papelaria Lu Holler - além de ser uma loja com o que há de mais bacana na moda para os pequenos, a multimarcas é um espaço de convivência para crianças, jovens antenados e mães que exigem exclusividade e criatividade. A multimarcas se renovou e mudou há um ano para o endereço na Rua Altino Arantes, 925. Para esse projeto, a arquiteta e cenógrafa Maria Angela Soares Rafael, com apoio dos arquitetos da OH! Oficina de Arquitetura, desenvolveu um espaço aconchegante. A idéia foi concentrar num único lugar as melhores etiquetas para a moda bebê, infantil, teen e adulto, além de uma diversificada coleção de brinquedos e objetos.

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divulgação tkts divulgação tkts

cliente


cliente

A Costa Amalfitana inspira a coleção de verão da VR Kids. Situada no litoral italiano, a Região é um paraíso onde o mar tem diferentes tons de azuis e se mistura aos penhascos formando paisagens incríveis. O azul turquesa do mar é a principal cor para a coleção acompanhada de um colorido bem suave com os tons pastéis e o branco. As malhas, camisetas e bermudas são produzidas em algodão, tecidos bem leves, que garantem muito conforto, assim como pede a estação.

Calvin Klein, Mariah Pimenta, Mercatore, Fábula, Mercado Infantil, Myteddy, Dolce Abbraccio, Trussardi, Baby Basics e lindos sapatinhos para pés surpresos e inquietos com a vida - BL Baby, Buba, Tip Toey Joey e Babu Uabu. Além dos objetos, bichos e brinquedos: Orienta Vida, Ad Libitum, Jaya e A de Aurélia, que enchem de fantasia e dão um toque lúdico à loja. Já as marcas John John, Giovi e Spezzato atendem ao público jovem.

A Tkts veste a rebeldia com causa e muito estilo, apostando nessa estação no universo lúdico das brincadeiras infantis, mas pintando um cenário de encontro e encantamento, circulando no universo adolescente.

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beringela

A loja traz a 284, marca assinada pela terceira geração Daslu, Bernardino, Luciana e Marcella Tranchesi e Helena Bordon. Com o conceito urbano, é dirigida ao público jovem, que busca no dia a dia atitude, personalidade e versatilidade em tudo o que faz e usa.

Para as mulheres que gostam de fugir do tédio com descontração e elegância, no setor feminino, as estampas charmosas e exclusivas da Totem e da Cantão tem seu lugar, assim como as peças cool da Graça Ottoni. Com uma forte identidade visual, a Berinjela representa conceito irreverente, inteligente e divertido, uma marca registrada impressa em suas embalagens que viraram sinônimo de algo muito especial.

RUA ALTINO ARANTES, 925 boulevard | Ribeirão Preto - SP tel 16 3625 3494 mapa 02

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estilo b

moi et Paris por: Bianca Coutinho Dias | bianca@revistab.com.br

Hemingway estava certo: Paris é uma festa! Além da civilidade e da atmosfera intelectual e boêmia, a profusão de cores e estilos refina o olhar e faz perceber o que há de mais elegante e novo no mundo. Tudo impressiona: a história, a arquitetura, os monumentos, os museus, as obras de arte, as livrarias, as galerias, os cafés, a tradição ao lado da modernidade, o bom gosto, a gastronomia, os jardins... Nas parisienses tudo é cool, sexy e sofisticadamente à vontade. Quem retrata com inteligência a nonchalance francesa é Scott Schuman, do blog The Sartorialist1, que viaja pelas grandes capitais do mundo clicando gente estilosa, num exercício que vai muito além da moda, registrando subjetividades e novos códigos de comportamento, mostrando aquilo que, por vocação, não só as passarelas, mas as ruas parisienses antecipam, revelando desejos que certamente teremos, mas que ainda nem imaginamos. Paris é o melhor laboratório para entender qual é o tom cool do momento. Lá, as verdadeiras “trend-setters” podem vestir o que quiserem: a moda em Paris é elegantemente despretenciosa. A francesa exerce cada vez mais o estilo sofisticado e sem arrogância do hi-lo - com marcas na maioria parisienses,

nas pequenas lojas próprias dos endereços mais descolados da cidade ou nos corners das grandes magasins como Galeries Lafayette, Au Bon Marché e Printemps. Originais, trendy, cheias de bossa, feitas para gente sem esnobismo e low profile, marcas como Sandro, Vanessa Bruno, Maje, Isabel Marant, Zadig e Voltaire, Paule Ka, encontram ressonância por não serem “usinas de cópia” de marcas de luxo e revolucionarem o mercado com novidades Em Paris há também conceitos de espaços completamente diferentes e únicos. Duas lojas que agregam em si o que há de mais inventivo e subversivo são a Collete2 e a Merci3, esta última um misto bacanérrimo de floricultura, sebo de livros, café, objetos de decoração, papelaria, roupas e os acessórios mais interessantes reunidos num só lugar. A criação em Paris e a elegância francesa também tem história. Vale um pulo no Museu des Arts Décoratifs4 para ver uma retrospectiva do trabalho de Madeleine Vionnet - que até hoje inspira estilistas como John Galliano, Yohji Yamamoto e Azzedine Alaïa - e sentir o vigor de tudo que anda na contramão do rude e do vulgar e entender o espírito do dresscode francês. A linda exposição é um mergulho encantado na história da moda e na Paris dos anos 20. As criações de Madeleine Vionnet libertaram o corpo da mulher, quando apertados espartilhos e corseletes eram a ordem do dia. Com modelagens mais amplas, ela redescobriu

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paris

o corpo feminino dando conforto e movimento, através da forma e do corte das roupas. Suas criações eram verdadeiras obras de arte, com um estudo preciso e rigoroso de corte e uma poética muito singular de drapeados e enviesados. Em suas mãos, tecidos como crepe de chine, gabardine e cetim de seda - pouco comuns nas décadas de 20 e 30 - se transformaram em exuberantes vestidos, que capturaram a marca do feminino em mulheres imortais como Audrey Hepburn e Marlene Dietrich. Ainda no terreno das transgressões mais originais da moda, a exposição de Guy Bourdin no Au Bon Marché – desenhista corajoso e inovador, um dos mais importantes fotógrafos de todos os tempos. Parisiense de nascimento, como assistente de Man Ray deu asas aos seus delírios criativos. Depois, fotografou sem medo a alma e as transparências de quem passava por suas lentes, partindo do universo de artistas plásticos como o próprio Man Ray, Magritte ou Balthus, para sustentar um estilo sólido, único e inimitável, transmitindo como ninguém um clima boudoir chic de alta voltagem. Bourdin circulou num universo irreal. Numa narrativa intoxicada também de decadência e provocação, capturou com apurado senso estético e sensibilidade o lado mais pulsante da existência, trazendo à baila um plano invisível, onde questões como a violência e a sexualidade encontraram lugar em imagens tortuosas e de sombras duras, numa narra-

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tiva tocante e forte. Cortante e com humor ácido, ironizou o mundo estéril da moda com fotografias misteriosas, labirínticas, afeitas ao inconsciente, que deslizavam entre a teatralidade do imaginário e a dureza do real da existência, seja ela qual for. Implacável, consegue nos levar ao abismo de nós mesmos, fisgados que ficamos pela fresta da imagem de um universo descontrolado e alucinante. Depois de Guy Bourdin um homem à frente de seu tempo e politicamente incorreto a fotografia de moda se encaminhou para um terreno asséptico e naturalista com Bruce Weber e seus modelos arianos. Outro olhar para outro erotismo: limpo, sem vida e sem as brilhantes e geniais travessuras bourdinianas. Alguém pode achar que os parisienses não são donos de algo que possamos chamar de uma simpatia esfuziante – afinal, são franceses. Pessoalmente, entre a educação civilizada e o excesso de intimidade, fico com aquela. O savoirfaire é uma primorosa marca francesa que se pode ver em tudo que fazem. Coisa rara em tempos de massificação, para quem acredita que estilo é, também, uma forma de expressão máxima de caráter, uma maneira competente de transformar o comum da existência numa obra criativa. Paris é uma festa linda, elegante e surpreendente!

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http://thesartorialist.blogspot.com www.colette.fr www.merci-merci.com www.lesartsdecoratifs.fr


banana & banana

paraĂ­so tropical

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banana & banana

por: Bianca Coutinho Dias | fotos: wagner abrahão junior (loja)

Com uma atmosfera praiana e leve, Banana & Banana encanta e desperta sensações de frescor e entrega. O espaço nos conduz imediatamente aos dias de férias com gente bonita, sol e brisa suave. Inspira pequenas aventuras, com imagens capazes de atualizar a atitude - mais até que o estilo - de quem lá entra e se deixa mergulhar.

cortesia: bintang

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O beira-mar ganha sentido novo e classe com os sensacionais biquínis, maiôs e acessórios da Lenny, que nessa estação constrói e desconstrói o feminino, atravessando nuvens e paisagens ensolaradas através de novas cores, texturas e experiências com enviesados e amarrações, dando espaço para o frescor do verão se tornar transbordamento de feminilidade.


banana & banana รกgua de coco

รกgua de coco

รกgua de coco

Lygia e Nanny

รกgua de coco

Lygia e Nanny

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banana & banana

Com uma cartela de cores poética que transita do azul safira ao coral, a marca Água de Coco viaja para lugares exóticos trazendo para as modelagens diferenciadas - que são a marca de seus biquínis - os sabores e tramas frescos e vivos que saltam direto do outro lado do mundo para nossas praias e passeios. Lygia e Nanny se caracteriza pelo mix de estilo, conforto e qualidade com design contemporâneo e arrojado e sempre com feeling aguçado para as tendências e para as novidades. Uma marca que pensa na diversidade da mulher brasileira com modelagens únicas para os mais variados corpos e idades. Além dessas marcas a loja trabalha também com Rygy, Salinas, Salsa, Blue Man e Fruto do Mar. Ainda em sintonia com o espaço a linha fitness, traz novidades esportivas com pegada cool e estilosa, com as marcas Body for Sure, Nica Filó, Doox, Speedo. No setor masculino, as marcas, Soul, Foxton refletem o estilo despojado e decidido do homem que leva sempre em conta o conforto e o bem estar. A Binttang busca encontrar a simplicidade da vida na beleza da natureza no mar, no vento, na montanha, lugares que alimentam a alma e resgatam o valor das coisas simples e dos grandes encontros. Já a marca infantil Parakeet confere cara descolada e moderninha aos pequenos.

av. Indepenência, 2366 Ribeirão preto - sp tel 16 3620 2281 mapa 03

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Lenny


fotos: wagner abrahão junior

A Goop busca inspiração nas fantasias de um mundo imaginário para traduzir beleza em conforto, qualidade e arte, desejos reais das mulheres. Cada sapato nasce como uma personagem de contos e fábulas, cores e formas criam modelos com presença marcante. Narnia, Ofélia, Emília, Amélie, Lenda, Doroth, Gota, Folha, Greta, Hera e Anja, fazem parte desse universo de puro encantamento.

Sem compromissos com regras e tendências, a Goop se envolve com a história e a exclusividade das peças. Sapatos assim, se tornam únicos e especiais. Goop, expressão que sintetiza todas as palavras de bem, um movimento para transmitir pensamentos e ações de felicidade e beleza.

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goop

Rua Sete de Setembro, 1546 Ribeir達o preto - sp tel 16 3610 2977 mapa 04

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realejo

BRASILIDADE por: Bianca Coutinho Dias | fotos: wagner abrahão junior

Thiago Morgan

Realejo traz para Ribeirão Preto o charme e a bossa carioca para homens e mulheres. Com um espaço leve, alegre, onde tudo se harmoniza com marcas cheias de savoir-faire e ginga como Reserva, Redley, Invert e British Colony, além das camisetas super trendy da The Candy Shop Flavour e roupas femininas bacanérrimas no melhor estilo despojado com elegância como Farm, Àgatha e Ixia. O espaço de acessórios é cheio de peças exclusivas e selecionadas com apuro. Além da marca própria de carteiras, vende também a linha de jóias Prata da Mata, e os óculos da Evoke.

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realejo

Por Kairo Ochoa

O vestir é um ato que envolve informação, bom gosto e ideias. No mundo das informações rápidas e descartáveis, o fútil sempre surge onde não há conteúdo. O consumo isolado de bens materiais não é suficiente para criar uma imagem que reflita uma identidade coerente com os novos tempos. Por isso, é tão necessária a criação de espaços que promovam o encontro das diversas influências que determinam o vestir das pessoas. Em Ribeirão Preto, essa experiência já é possível na Realejo, loja que reúne moda, música, teatro, artes plásticas e outras manifestações culturais. Para os proprietários Rodrigo e Marcelo Borges, trata-se de oferecer além de roupas e acessórios, uma experiência agradável no contato com o trabalho dos mais diversos artistas de Ribeirão Preto e Brasil, unir pessoas interessantes, criar um espaço de encontros, tornando a visita à loja algo mais do que um dia de compras. E para intensificar esse encontro com a arte, a loja criou o Realejo Cultural, evento que acontecerá com apresentações culturais e artísticas, criando dessa forma, um espaço para a discussão de ideias e lazer, para as pessoas interessadas em moda, cultura e suas vertentes.

Moda & Cultura

Rua Eliseu Guilherme, 564 Ribeirão preto - sp tel 16 3632 8844 www.realejo.art.br mapa 05

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Rodrigo Borges, Pedrinho Brown e Dimi Zunquê Evandro Navarro E Rodrigo Borges

1ª edição do Realejo Cultural Dimi Zunquê Gabriela Aguiar Maira Forni

2ª edição do Realejo Cultural Ale Balbo e Tati Gratin

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exposição “Brasil em Cores”, do fotógrafo Tiago Morgan.

Evandro Navarro O convidado da segunda edição do Realejo Cultural Evandro Navarro apresentou um repertório variado de MPB, além de músicas do novo CD “Noutras Bocas II”, uma produção independente, que reúne cantores que já gravaram obras de Navarro ao longo de suas carreiras. Com 23 anos de carreira, o músico tem em seu repertório autoral mais de 300 composições. Este novo CD conta com 22 faixas reunindo intérpretes e bandas de diferentes gerações. A apresentação no Realejo Cultural contou também com a participação de Carla Portinari que interpreta uma das músicas de Evandro Navarro.

Quem participou do primeiro Realejo Cultural, teve a oportunidade de conhecer o trabalho do premiado músico, cantor e compositor paulista Dimi Zumquê. Com passagens, sempre elogiadas, pelos bares da noite paulista e carioca, já fez abertura de shows de Luís Melodia, Beto Guedes, Leny Andrade e Roupa Nova. Tamanco Malandro, novo projeto do Dimi, cuja formação congrega grandes músicos de Ribeirão Preto como Pedrinho Brown (percussão e voz); Caio Mello (cavaco e cuíca); Erick Ferreira (percussão e voz) e Orlando Ferreira (percussão e voz). Pretende resgatar sambas do passado, estamos falando do samba popular ou samba jóia da década de ’70.

DJ Rogério Brito

Juliana anastácio

cultural

Marina e João Batista Portinari Lyvia Mendes

Rodrigo Borges, Carla Portinari E Evandro Navarro

Luana Cardoso e Talita Cação

Nayara Garcia E Rachel Magnusson

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house

a sofisticação dos looks maison antonietta publicada na edição 10

revista b, 5 anos publicando qualidade

publique sua empresa na revista b: 16 3964 6762 - revistab.com.br


La Vie En Rose A coleção de verão da Feito Atelier, criada pela estilista Nanda Rocha, traz vestidos ultra-românticos, mas com um quê de subversão e irreverência. Tem laços, cores de macarrons, mas também tem estampas alegres e ousadas - tudo na medida exata e num clima parisiense, que vai desde a decoração do ateliê até o capricho descontraído e fino de cada vestido. São vestidos elegantes, mas que encorajam a descoberta das formas femininas de maneira discreta e sutil através de um rigoroso trabalho de moulage e acabamento que Nanda Rocha imprime em cada peça. Há desde longos esvoaçantes e cheios de “nonchalance”, até os novos curtos de festa - item mais cool da temporada, que veste a mulher que é tão segura de si que não teme mostrar-se feminina e delicada.

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feito atelier

Rua Altino Arantes, 753 esquina com Marcondes Salgado Ribeir達o preto - sp tel 16 3235 6016 www.feitoatelier.com.br mapa 06

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lado b

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lado b

Marron glacĂŠ por: Jonas Oliver | fashion@revistab.com.br

Photographer: piczo Stylist: Komuko Yashiro Make Up Artist: Jonas Oliver using mac Hair Stylist: Teiji Utsumi Models: Alex Marshall @FM Models, Santa Borel @FM Models

Top by Charlie le Mindu, Belt worn as necklace and bracelet from Fanny and the cave Knit dress by Ioannis Dimitrousis

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lado b

Jacket by Simon Ekrelius, Trousers by Gemma Slack, Ring from Fanny and the cave

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Leotard by Bryce d’Anice Aime, Top by Avsh Alom Gur, Shorts by Antoni&Alison, Ring from Fanny and the cave

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lado b

Top by Ada Zanditon , Shoulder piece and Leather shorts by Gemma Slack

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lado b

Coat by Ada Zanditon, Chain from Fanny and the cave

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PULSEIRAS fotos: wagner abrah達o junior

arte expressiva

ribeir達o shopping av. cel. fernando ferreira leite, 1540 loja 161 - tel 16 3911 3970 www.rodinijoalheiros.com.br rodinijoalheiros@netsite.com.br mapa 07


capa

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instituto inhotim

Mas, em algumas ocasiões há uma convergência no tempo-espaço provocada pelo desejo de ambas, e assim, inevitavelmente surge o encontro.

Uma Revolução Cultural Silenciosa... Brasileira

O fruto? Inhotim. Ou Instituto Inhotim, um destino que conseguiu viabilizar o sonho de estar em um ambiente natural, totalmente permeado pela arte contemporânea. Uma espécie de mundo encantado - encantado pela força transformadora da arte, não pela ilusão - onde a natureza que sempre se mostrou transparente, dialoga com a essência do ser humano, seu lado mais belo. É como se olhar no espelho. O princípio oriental da inseparabilidade do ser e seu meio ambiente (Esho-funi) explica este fenômeno. Beleza gera beleza, paz gera paz. Um conjunto de galerias (15 prontas e uma em construção) espalhadas por uma área de 45 hectares de jardins de coleções botânicas, ligados por 5 lagos ornamentais. O jardim trabalhado pelo próprio Burle Marx, irradia seus princípios estéticos para todos os outros do parque protegido por um cinturão verde de 600 hectares de Reserva Natural. Faremos um passeio pelos seus nove novos destinos, assim chamados por serem permanentes e inaugurados em outubro - conforme a expressão do poeta Waly Salomão, “experimentar o experimental” sem o medo do que está por vir, afinal “a memória é uma ilha de edição” que nos levará pelas obras de artistas como Chris Burden, Doug Aitken, Edgard de Souza, Janet Cardiff & George Bures Miller, Jorge Macchi, Matthew Barney, Rivane Neuenschwander, Valeska Soares e Yayoi Kusama.

Instituto Inhotim Por

No “Bean Drop Inhotim 2008” de Chris Burdem, temos a sensação de ter perdido um acontecimento recente de fúria e beleza. 71 vigas, recolhidas nas redondezas e encravadas no solo pela queda delas do topo de um guindaste de 45 metros de altura numa moldura de concreto agora sólido, remetem ao movimento dos fios de pintura que se desprendiam dos pincéis do Jackson Pollock, grande influência do artista, num gestual do expressionismo abstrato.

Kairo Ochoa | kairo@revistab.com.br | fotos: Francis Wiermann

Para o artista não existem limites. Na sua livre imaginação, obras imponentes, grandiosas e singelas são criadas o tempo todo. Por outro lado, há pessoas que sonham em deixar um legado para humanidade, mas não tem a boa sorte de encontrar outras com a mesma perspectiva.

ao lado True Rouge 1997 - Tunga

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Impressionado pela obra, do alto da colina o espectador percorre com o olhar a paisagem. Nesse momento avista uma cúpula de vidro e se pergunta o que é aquilo? Após atravessar o parque se encontra com “Sonic Pavilion 2009” de Doug Aitken, sem ao menos suspeitar que está prestes a ouvir o que a terra tem a dizer nesse momento.


capa

O ouvinte e não mais o espectador, escuta o som da terra através de 6 microfones geológicos instalados num percurso vertical de 200 metros em direção ao centro da terra e amplificados por falantes. Só há uma condição para este diálogo: fazer silêncio. Uma situação site-specific, ou seja, obras criadas de acordo com o ambiente e com um espaço determinado fazendo com que elementos esculturais dialoguem com o meio circundante. No meio da floresta de eucaliptos, uma parada, e nos deparamos com “De Lama Lâmina 2004-2009” de Matthew Barney. Domos Geodésicos de ferro e vidro que abriga uma batalha entre Ogum, orixá do ferro, da guerra e da tecnologia, representado por um enorme trator usado para o desmatamento; e Ossanha, orixá das florestas, das plantas e das forças da natureza, representado por uma árvore de poliuretano branca. Um flagrante do horror congelado em meio a um cenário de destruição da natureza. As reações experimentadas se assemelham a obra de “Edgar de Souza Esculturas Sem Título”, uma instalação a partir do agrupamento inédito de três de suas mais importantes esculturas em bronze. Baseadas no próprio corpo do artista em poses instigantes, cujos rostos estão ausentes, evocam a história da arte e sua perplexidade. Na contramão está “Narcissus Garden Inhotim 2009” de Yayoi Kusama, 500 esferas de aço inoxidável flutuam nos espelhos d’água da cobertura do Centro Educativo Burle Marx, proporcionando uma infinita possibilidade de reflexos fragmentados, convexos e distorcidos do eu, que vão se decompondo conforme o vento exerce sua influência sobre elas. Angústia para os vaidosos. Passando pela lagoa azul, assim chamada pelo corante natural de algas que lhe dá essa cor, chegamos a “Folly 2005-2009” de Valeska Soares. Uma estrutura de madeira e vidro cuja forma remete às Follies clássicas de jardim. Dentro deste octógono, um clima temperado que contrasta com o calor externo, mas que relaxa e convida a dançar com ou sem par, e ao mesmo tempo permite a certeza de que todos os que amam nos olham. Don’t ever go... Avançando um pouco pela trilha, “O Assassinato dos Corvos 2008” de Janet Cardiff e George Bures Miller. Uma viagem sensorial sonora inspirada na gravura O Sono da Razão Produz Monstros (1799) do Goya. O efeito que emana dos 98 alto-falantes posicionados como uma orquestra, transportam a uma verdadeira reconstituição de sonhos apocalípticos narrados pela própria Janet, uma espécie de seção psicanalítica apoiada em alta tecnologia de áudio, onde o analista é o público. Dias de elaboração! acima Bean Drop Inhotim 2008 - Chris Burdem (FOto EDUARDO ECKENFELS) Sonic Pavilion 2009 - Doug Aitken (FOTO PEDRO MOTTA) página ao lado De Lama Lâmina 2004-2009 - Matthew Barney (foto Pedro Motta)

Depois de tantos estímulos sonoros, que tal um mergulho? Criada a partir de aquarelas bidimensionais, “Piscina 2009” de Jorge Macchi é o acréscimo, a convite do Inhotim, de mais uma dimensão de um de seus trabalhos. Outro site-specific no qual o visitante pode entrar na água como numa piscina

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instituto inhotim

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capa

normal, embora mergulhar numa caderneta de endereços não seja algo comum para muitos. Sem querer e em meio a tantas galerias, uma casinha da época da fazenda de 1874 e cujo nome se deve a referência que os moradores de Brumado Velho faziam à casa do inho (senhor, na linguagem mineira) Tim. Falamos de “Continente/Nuvem 2007” de Rivane Neuenschwander, uma instalação composta por bolas de isopor suspensas num teto de polipropileno que constantemente são deslocadas pela ação de circuladores de ar internos, criando formas passageiras no céu e até mesmo mapas cujas fronteiras obedecem ao acaso.

É incrível a qualidade das pessoas que cuidam do Inhotim. Todos exalam arte, na sua postura, no comportamento e na fala.

Logo atrás do restaurante do Inhotim onde obras de arte cercam raras iguarias, encontramos a Galeria Cildo Meireles. Nela, a obra “Através” nos leva à reflexão de como o mundo está cercado de barreiras, algumas impostas por outros, outras por nós mesmos. Andar pela vida é como andar sobre cacos, sempre arriscado. O que não quer dizer que não vale a pena. Bem ao lado, um ambiente frio e de um silêncio inóspito. A obra “Glove Trotter” rapidamente põe-nos a pensar... e se estivesse na lua? Não poderíamos deixar de relatar a experiência de estar na Galeria Adriana Varejão, projetada pelo arquiteto Rodrigo Cerviño Lopez com obras interligadas. Ao chegar, o visitante pode sentar-se em “Panacea Phantastica 2003-2008”, um conjunto de azulejos pintados com 50 tipo de plantas

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alucinógenas de diversas partes do mundo. Ao entrar na galeria encontramos “Linda do Rosário 2004”, uma referência trágica a um hotel do Rio do mesmo nome. Sente-se até o cheiro de carne. Ao olhar para o teto, lá estão elas, “Carnívoras 2008”, um políptico de plantas carnívoras suspensas. Antes de chegar ao piso superior passamos por “O Colecionador”, a maior pintura da série Saunas, que propõe uma continuidade virtual do espaço. Um labirinto monocromático interior, sensual e prazeroso. Quem tem mais de 40, lembrará ao ver a obra do andar superior, “Celacanto Provoca Maremoto 2004-2008” da frase pichada nas paredes e muros do Rio na década de 70. Os significados e a origem são até hoje um mistério, mas este conjunto de painéis como azulejos gigantes dialogam o tempo todo com elementos históricos e culturais do Brasil. Entre uma galeria e outra estão espalhadas mais de 40 peças gigantescas de Hugo França, escultor portoalegrense que transforma madeira de árvores caídas ou derrubadas pelo homem, em obras de arte. São enormes pequis em forma de bancos, poltronas e cadeiras para muitos. Ao lado de uma delas está o xodó de Inhotim, o “Troca-Troca” de Jarbas Lopes. Três fuscas coloridos criados a partir da troca de suas partes. Em tempos de manutenção, quando eles passeiam pelos jardins, o Instituto pára. Perto do maior dos lagos está um marco em Inhotim, “Invenção da cor, Penetrável Magic Square #5, De Luxe, 1977” de Hélio Oiticica, que já se tornou uma referência mundial em reportagens de revistas especializadas. A obra “True Rouge 1997” do Tunga exposta na galeria permanente do mesmo nome, tem um lugar privilegiado e representa em parte a genesis do Inhotim. Inspirada no poema do Simon Lane, alude à invasão do vermelho no espaço como num ciclo vital, ultrapassando os limites entre ciência e fantasia, realidade e ficção.

página anterior Narcissus Garden Inhotim 2009 - Yayoi Kusama

É incrível a qualidade das pessoas que cuidam do Inhotim. Desde os jardineiros, monitores, administrativo entre outros. Todos exalam arte, na sua postura, no comportamento e na fala. Tudo isso faz jus a declaração de seu idealizador Bernardo Paz de que “o Brasil precisa começar a exportar inteligência” e que coincide com o pensamento de Ortega y Gasset que dizia “o prazer estético deve ser um prazer inteligente”. Dizer o que de Inhotim!

celacanto provoca maremoto - Adriana Varejão (foto Vicente de Mello) acima Troca-Troca - Jarbas Lopes

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instituto inhotim www.inhotim.org.br


Projeta Iluminação

Além de iluminar ambientes, a luz utilizada com criatividade, funcionalidade e sofisticação, estabelece uma integração aconchegante entre elementos da arquitetura e decoração. Em um projeto de iluminação diferenciado também é possível a economia para consumidores, tanto em energia como em manutenção. Para as proprietárias da Projeta Iluminação, Débora Padovani e Nancy Perucchetti, o melhor custo benefício também é uma característica da empresa, que desde a inauguração em 2008, oferece ao mercado de Ribeirão Preto e região soluções inovadoras em produtos e projetos luminotécnicos. “Os projetos são desenvolvidos por profissionais especializados em arquitetura, decoração e engenharia, desta forma, nós oferecemos soluções completas em iluminação, desde o projeto, a escolha dos melhores produtos até a instalação e finalização”, explica Débora Padovani. A parceria com vários fornecedores nacionais e internacionais, permite o desenvolvimento de propostas exclusivas que utilizam o design como identidade de cada projeto. “Com uma consultoria completa desde a abertura de pontos de energia, elaboração do projeto de iluminação com detalhamento em gesso e instalação, nós oferecemos uma execução de sucesso para cada projeto”, diz Nancy Perucchetti.

Ilumine sua ideia de

conforto

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Projeta Iluminação

LUZ Cores no ambiente A iluminação fluorescente reduz a quantidade de cor que vemos, se usada no banheiro decorado de azul ou verde, a pele fica parecendo mais pálida do que é na realidade. Portanto, as mulheres não devem aplicar maquiagem nessas condições, pois ficarão parecendo pouco naturais.

A iluminação no paisagismo Iluminar plantas de baixo para cima, principalmente as grandiosas, realça suas formas esculturais proporcionando efeitos de luz.

Gesso O gesso é um material versátil: ele auxilia nas tarefas de embutir a iluminação, esconder ferragens e disfarçar viga. Já no assunto de projetos luminotécnico o forro de gesso é um grande aliado, dando a oportunidade de criar efeitos de iluminação interessantes e com soluções práticas e criativas em living, quartos, banheiros, cozinhas, corredores.

Rua Itacolomi, 272 Ribeirão preto - sp tel 16 3237 1112 www.projetailuminacao.com.br mapa 08

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quartos & etc

fotos: CAMILA BARRIONOVO

Além da funcionalidade encantadora do espelho, o efeito decorativo incentiva a retomada de antigas aplicações desse material, que em décadas anteriores conquistaram destaque no mundo da arquitetura e decoração. A utilização de belíssimos espelhos com molduras trabalhadas em madeira, detalhes em prata, bronze e outros metais, assim como os espelhos venezianos, é uma referência de bom gosto. Novamente, como nas décadas de 20, 30 e 40, a aplicação do espelho para revestir aparadores, cômodas, mesas e outros móveis, é uma opção forte para quem busca projetar a beleza de uma ambientação com a magia dos reflexos. A possibilidade de escolher entre diferentes linhas de móveis customizáveis, um móvel revestido com espelho e cuidadosamente adequado ao seu toque pessoal, garante elegância exclusiva para sua casa, ampliando espaços, destacando a iluminação e criando efeitos visuais. Com uma produção tradicionalmente semi-artesanal, a Quartos & Etc reflete o cuidado com a qualidade, o que permite gerar produtos personalizados, numerados e únicos.

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sr móveis

fotos: wagner abrahão junior

Essas são as características de um mobiliário cuidadosamente criado para referenciar conforto, bom gosto e qualidade, de peças que ocupam funções especiais e necessárias em projetos de interiores residenciais e empresariais. Com grifes do mercado moveleiro, a SR Móveis reúne diferentes opções, desde o contemporâneo ao clássico, em um show-room que permite ao seu bom gosto criar um estilo único.

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cliente

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desenho b

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Cadeiras

novos conceitos e materiais

Como os designers estão usando essa peça tão conhecida para imprimirem suas ideias, transformando-as em verdadeiros ícones culturais por: heloisa righetto | desenhob@revistab.com.br | fotos: divulgação

É fato: todo designer precisa de uma cadeira icônica, aquela que será sua marca e que revela seu estilo, para acrescentar em seu portfolio. Até mesmo arquitetos e estilistas tem cada vez mais experimentado o seu lado “designer de produto”, e a cadeira é sempre item indispensável nessas coleções especiais. Assim como os irmãos Campana alcançaram sucesso com a cadeira Vermelha e Tom Dixon fez suas primeiras experimentações soldando metal, dando origem a cadeiras hoje tão famosas e reverenciadas, designers experientes e recém formados não cansam de propor novos modelos, que quem sabe podem vir a ser os próximos clássicos. Verdadeiros objetos do desejo, as cadeiras tornaram-se peças de coleção e acervo de museus como o Moma (Museum of Modern Art), em Nova Iorque, tendo como vizinhas telas de Jackson Pollock e Andy Warhol. As cadeiras estampam posters e páginas de livros dedicados inteiramente a elas. É tão grande

a procura por peças que são consideradas clássicos do design – como a Barcelona (1929) de Mies Van Der Rohe e a Cesca (1928) de Marcel Breuer, que elas têm versões em miniatura, que são tão cobiçadas quanto as verdadeiras. Porém, em tempos de crise e de preservação dos recursos naturais, designers estão inovando cada vez mais quando o quesito é material. Na falta de matérias primas, como madeira e aço, por que não transformar o velho em novo? Ou, melhor ainda, transformar o inusitado em contem-

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cadeiras

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porâneo? É isso que alguns profissionais estão fazendo, e os resultados são sempre uma surpresa original, agradável e divertida. Claro, sem perder a funcionalidade básica e o conforto, ideais para o sucesso da peça. Transformar é a palavra de ordem para os designers do estúdio inglês Reestore2. Eles são mestres em enxergar além da função básica de uma peça. Por exemplo, o que todos nós vemos como um simples carrinho de compras, eles veem como uma cadeira (claro!). Afinal, após cumprir sua árdua tarefa de rodar quilômetros e quilômetros nos corredores dos supermercados, seu destino seria o lixo. Mas, nas mãos do Reestore, ganha cores e revestimento em tecido, e lugar de honra na sala. Assim como a série de cadeiras Meltdown1, de Tom Price, que nos fazem ver com outros olhos a funcionalidade dos tubos de PVC. Price, ex aluno da Royal College of Art, utilizou calor e uma fôrma metálica para dar acabamento perfeito à superfície do encosto/assento das cadeiras. Para o designer, o contraste entre as texturas em uma mesma peça é o grande atrativo da coleção. Guy Arzi também optou por transformar: garimpou cadeiras usadas de cinemas e teatros e, utilizando partes de cada uma delas, criou a Rocky Cinema Chair9. Além de seu aspecto divertido (o designer escolheu cores vibrantes) e conceito

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sustentável, cada peça é exclusiva, pois a “matéria prima” nunca é a mesma. O único detalhe em idêntico em todas elas é a base de madeira, comum das antigas cadeiras de balanço. O mesmo conceito – nenhuma peça igual a outra – foi aplicado por Tejo Remy para o escritório holandês Droog Design quando produziu a Rag Chair5. Rag, que em português signifca “trapo”, nada mais é do que várias camadas de lenços, mantas e roupas velhas empilhadas. Tejo acredita que o dono da cadeira pode transformá-la ao longo dos anos, acrescentando suas próprias peças e fazendo com que a Rag Chair vire um verdadeiro baú de memórias. A Droog é mundialmente famosa por fazer com que o design seja visto como parte do dia a dia, como uma coisa simples e viável, e a Rag Chair certamente traduz esse ideal. Outros dois designers com uma visão bastante parecida – a reutilização de produtos descartados – merecem atenção. Chris Milne tem uma proposta bastante interessante. Sua cadeira, chamada Conoct7, é apenas uma base, ou seja, uma cadeira incompleta. O usuário precisa fazer as vezes de designer e procurar “substitutos” para terminá-la e transformá-la em uma peça funcional. Chris pretende que as pessoas vejam o lixo com outros olhos, e reflitam sobre o consumo excessivo, ciclo de vida e descarte dos chamados bens de consumo. Assim como ele, Karen Ryan também quer prolongar a


desenho b

9 Os japoneses do estúdio Nendo foram desafiados pelo consagrado estilista Issey Miyake a transformar um resíduo da indústria de moda – um rolo de papel plissado utilizado na fabricação do tecido também plissado - em uma peça de mobiliário. Os orientais são conhecidos pelas soluções simples e inovadoras, e a criação dos designers do Nendo não poderia ter melhor definição. O rolo de papel foi aberto em camadas, revelando uma cadeira de proporções pequenas, leve e delicada. Isso torna a Cabbage Chair8 perfeita para armazenagem e transporte, já que pode ser facilmente montada e não possui estrutura interna.

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vida dos objetos. A diferença é que Karen utiliza apenas partes de cadeiras, e sua coleção (as Custom Made Chairs6) é linda e contemporâna. Karen fugiu do desenho tradicional (afinal, quem disse que a cadeira precisa ter apenas um assento e um encosto?) e brincou com a mistura de materiais e texturas, sobrepondo pedaços de peças que também tinham o lixo como destino certo. Fica a inspiração! Chantelle Osborne, recém formada que é umas das promessas do design britânico, mal saiu da sala de aula e já tem em sua coleção uma cadeira não só inusitada, mas que busca transmitir uma mensagem: união de opostos, casamento, choque de idéias (que dá certo!). A poltrona Matrimony4 foi construída a partir de outros dois modelos; uma peça rebuscada com design antigo encontrada no lixo, e um modelo novo, com desenho moderno e traços retos. Realmente um contraste tão inesperado que prende a atenção você gostando ou não - e pode ser interpretado de diversas maneiras. Usar o design como arte, transmitir uma mensagem e fazer com que as pessoas reflitam a respeito disso, motivou o escocês Scott Jarvie a fabricar uma cadeira a partir de um produto simples, que todos nós ja usamos, mas que é praticamente esquecido: canudos, muitos! Scott organizou 10 mil canudos de forma que, unidos, resultam em uma linda cadeira. Um trabalho intenso e meticuloso, que para o designer significa uma maneira de materializar o consumismo abusivo da sociedade moderna. A peça, batizada de Clutch3, encanta os olhos dos observadores, que podem passar horas analisando microscopicamente a sua construção.

Mas e o design brasileiro, onde fica? Uma representante da nova geração de designers do Brasil – que aliás luta para que o design seja realizado sempre de forma sustentável – é Danielle Alcântara. A poltrona Fiori10, criada por ela há poucos anos e estampada no livro “10 Jovens Designers Brasileiros”, não só utiliza materiais do bem (resíduos industriais), mas também é fabricada por artesãos de ONGs da periferia de São Paulo. Mas o que chama a atenção àprimeira vista é o formato da poltrona: completamente diferenciada do modelo assento/encosto, a Fiori encanta por apresentar uma nova forma de sentar. A base de madeira sustenta cones estofados e revestidos com a técnica do amarradinho, dando um impacto visual e aguçando a curiosidade dos que não fazem idéia de como a peça dev ser utilizada. O segredo é se jogar, relaxar e curtir o conforto da poltrona!

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02 | BALAU MADEIRAS

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03 | BIDJAR TAPETES ORIENTAIS

14 | DESIGN BRASIL

25 | MOLDURARTE GALERIA

04 | BLIM BLIM FECHADURAS

15 | DONAFLOR

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16 | FIDA AUDE INTERIORES

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06 | Brasilidade Turismo

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desenho b - projeto

I`m Lost in

Paris

Fachada de samambaias é apenas uma parte desse extraordinário projeto

por: heloisa righetto | foto: divulgação

Quando pensamos em uma casa localizada na capital francesa, famosa por marcos históricos e arquitetônicos como a Torre Eiffel e o Arco do Triunfo, provavelmente as primeiras imagens que nos veem a cabeça envolvem detalhes construtivos com referências ao Art Nouveau. Tudo bem romântico e ao mesmo tempo bucólico. Mas não nesse caso. A propriedade – que abriga um laboratório particular - tem uma fachada que é, no mínimo, inusitada. I`m Lost in Paris é o nome dado a essa casa de 130 m2, coberta por 1200 samambaias, parecendo um oásis verde em meio as construções vizinhas. A poética Paris é palco dessa misteriosa obra, que assim como todos os projetos do escritório parisiense R&Sie(n), é também surpreendente e irreverente. Entre as folhagens, 300 “colméias” de vidro – todas sopradas artesanalmente – são a grande sacada do projeto, formando o que podemos chamar de uma criação de bactérias. Funciona assim: as plantas, que são uma espécie de capa protetora, são hidropônicas (ou seja, cultivadas sem solo, recebendo apenas uma solução nutritiva) e alimentadas por tubos que carregam água desde o teto (recolhida da chuva) através de

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um sistema gota a gota. As colméias contém a solução de água e rhizobia, um tipo de bactéria, que desenvolve com a luz do sol e é então “colhida” durante o verão. A rhizobia é depois adicionada em pequenas quantidades ao substrato das samambaias, dessa forma auxiliando as plantas na fixação de nitrogênio proveniente da atmosfera. Como todas as demais particularidades, vale lembrar que, por serem produzidas uma a uma, cada peça de vidro tem sua própria identidade, um detalhe que é só dela, tornando o projeto ainda mais único. Toda essa atividade pode parecer bastante complicada e de difícil manutenção, mas nada que passa pelas pranchetas dos arquitetos do R&Sie(n) será de fácil compreensão. François Roche, um dos responsáveis pelo projeto (juntamente com Stephanie Lavaux e Jean Navarro), gosta do resultado ambíguo de sua criação: “As pessoas não sabem se é uma coisa Darth Vader ou Yoda, algo delicado ou um tanto quanto sórdido, perigoso.”


cultura b


naná vasconcelos

Por Kairo Ochoa | kairo@revistab.com.br | foto: Francis Wiermann

Logo que entramos no lobby do antigo hotel Vila Real para a entrevista exclusiva para o Cultura B, encontramos no lobby o mcs Rodrigo Brandão a mil por hora. Motivo? Essa noite tocaria com o músico que nos aguardava no salão ao lado. Um senhor de olhar calmo e seguro que imediatamente perguntou: quem é você? Dadas as devidas informações nos convidou para sentar e disse o que seria a pergunta do dia: o que você sabe sobre mim? Foi um choque. Senti que perguntava pela possibilidade do encontro. Logo percebi que deveria abandonar a entrevista e partir para um diálogo ameno. Para além de descrições sobre as maravilhas deste músico e instrumentista, queremos mostrar outra leitura, a dos efeitos de sua produção e as conseqüências que ela causa. Nascido no Recife, de nome Juvenal de Holanda Vasconcelos, o Naná sabe como ninguém o poder transformador que a música tem nas pessoas. Ao longo dos mais de 50 anos de carreira percorridos no Brasil e no exterior e mais de 23 discos, desenvolveu um estilo único: a fusão entre sua almaintenção e a sensibilidade-desejo do público. O resultado, um despertar para a essência do ser humano, livre das amarras impostas a si próprio; um voltar ao movimento original em que só se sente, sem consultar valores, regras ou limites. “Meu som (sem essa intenção) faz tirar a criança que está dentro de você... as pessoas se desinibem” sentencia Naná. Nesse diálogo prazeroso, Naná nos contou sobre seus novos projetos como o “Língua Mãe”, uma ampliação do projeto “ABC Musical” em atividade desde 1994, que consistirá em oficinas com crianças de 7 a 10 anos de escolas públicas de Angola, Portugal e Brasil fazendo um intercâmbio entre todas. Sua intenção é devolver as riquezas que vieram para o Brasil, vindas de Portugal e África e que muitas vezes já não existem mais nesses lugares.

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O outro, um CD com músicas inéditas do Itamar Assunpção, dando seqüência ao CD “Vasconcelos e Assumpção - isso vai dar repercussão” de 2004. Se o primeiro já surpreendeu por ser simples e refinado em igual proporção, no segundo se espera que siga a mesma definição dada pelo próprio Naná: “o som dos dois foi modificado pelos sons dos dois”. Vem coisa boa aí!

Eu acredito que quando você aprende fazendo, você tem a possibilidade de nunca esquecer... porque seu corpo se lembra

Em cada trabalho evidencia-se a amplitude de seu talento e a curiosidade de viver novas experiências como a participação no projeto Afro-futurismo Brasil que estreou no SESC Ribeirão pela primeira vez, ao lado de uma formação que inclui o quarteto São Paulo Underground (projeto do cornetista Rob Mazurek junto aos integrantes do Hurtmold, Maurício Takara e Guilherme Granado), o poeta e produtor americano (radicado em Paris) Mike Ladd e os mcs do Mamelo Sound System, Lurdez Da Luz & Rodrigo Brandão (vocal), precedido pelos shows do Mc Angolano Cota Pitshu com o DJ Yelow P, além da espirituosa apresentação do Kiko Dinucci (violão e voz) com Thiago França (sax) e Sergio Machado (na bateria). Coerente com seu pensamento de que “a música vai do silencio ao grito”. Sempre generoso, Naná comenta que sua musicalidade vem, antes de mais nada, da sua experiência individual, e encerra a entrevista dizendo: “Eu acredito que quando você aprende fazendo, você tem a possibilidade de nunca esquecer... porque seu corpo se lembra”.


cultura b

Canta, canta

mart’nália foto Francis Wiermann

Para quem não sabe, o Martinho da Vila explica: “Mart’nália é invenção minha. É uma mistura de Martinho, eu, com Anália sua mãe que já viajou para um lugar melhor, creio”. E continua “Tinália, a Tina, a Martina, a Carvu, parece ser despojada, mas é valiosa; dá a impressão de ser uma pessoa desligada, mas está sintonizada em tudo que acontece, principalmente no mundo da música e como todos os grandes artistas, é sonhadora”. Só assim é possível entender de onde vem o gesto/prece de um grupo de músicos que se reuniu de mãos dadas num círculo atrás do palco, e entoou uma estrofe de um dos maiores sambistas e pai coruja: Canta, canta minha gente Deixa a tristeza pra lá Canta forte, canta alto Que a vida vai melhorar As dúvidas se dissiparam, o que estava por vir só poderia ser música da melhor qualidade, entrosamento, energia e alto astral. Sem mais nem menos.

na direção artística. Para alguns pode parecer um “prosseguimento” ou uma “evolução” de Menino do Rio, mas na opinião da própria cantora “é o outro lado daquela mesma moeda”. Um desfile de sucessos como Tava Por Aí, Ela é Minha Cara, Batendo a Porta, Alivio e as já clássicas, Pretinhosidade, Boto Meu Povo, Cabide, que contagiaram a todos, uma energia inexplicável. Certamente fruto do carinho e respeito que todos esses grandes músicos que acompanham a Mart’nália sentem pelo samba e por suas origens. Não podemos deixar de ressaltar a presença de Analimar Ventapane e Dandara Ventapane, mãe e filha respectivamente, no vocal e percussão. Estava tudo em família mesmo. A Dandara, odara, que dara deu show. Legítima representante das cabrochas de Vila Isabel, foi para frente do palco e ensinou a todos como é que se samba com graça e leveza. Arrisco um palpite, o segredo está na mãozinha que balança suavemente enquanto o corpo hipnotiza. Depois desse show faz todo o sentido a frase ”eu canto samba porque só assim, eu me sinto contente”. Nós e todos os presentes nos sentimos. Saravá!

Foi assim que a Mart’nália entrou no palco do SESC Araraquara, acompanhada de um timaço para desfilar os sucessos de seu novo trabalho “Madrugada”. Para muitos a meia-noite é a hora de colocar a cabeça no travesseiro, mas para Mart’nália as coisas estão apenas começando. Por isso este sétimo álbum é dedicado às boas noites que passou bem acordada. Este trabalho da filha ilustre de Vila Isabel conta com Arthur Maia e Celso Fonseca na produção musical e Marcia Alvarez

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Cozinha de

Terroir

por: Tiago Caparroz | fotos: wagner abrahão junior (pratos) brian (ingredientes)

Terroir, originalmente significa uma extensão limitada de terra considerada do ponto de vista de suas aptidões agrícolas, particularmente à produção vinícola. Usa-se também a expressão produtos de terroir para designar um produto próprio de uma determinada região. Já cozinha de terroir, nada mais é que cozinha regional, mas que na França se faz muito importante e marcante, já que cada região tem suas tradições, preza ferozmente por sua cultura gastronômica e expressa os costumes de cada família. Com a modernização da produção agrícola, a invasão de produtos importados e industrializados e principalmente a mudança radical de costumes de alimentação, a França sofreu com uma breve perda desta regionalidade, que hoje passa por um renascimento com o auxilio de grandes chefs que buscam produtos regionais para povoar seus cardápios. No Brasil, pouco valor se dá aos produtos de terroir: quiabo, chuchu e maxixe, mão são expressivos no cardápio de restaurantes requintados, mas o pior mesmo é o papel das proteínas, que normalmente não tem regionalidade. De onde vem cada produto no menu de um bom restaurante na França? Essa é uma pergunta freqüente que cada cliente francês faz ao sentar-se à mesa. No Brasil, o importante e que seja importado e não da região. O salmão é um bom exemplo. Por que não consumir peixes brasileiros, que são fantásticos em sabor ao invés de consumir o salmão que no mínimo viajou milhares de quilômetros até chegar às nossas mesas? Outro bom exemplo é a carne de cordeiro, que geralmente é importada do Uruguai. Mais de 85% dessa carne que vem do Uruguai é congelada, e mesmo assim, o seu consumo é grande. Já a nossa carne nacional, cada vez melhor, não é valorizada, apesar de ser resfriada a pouco tempo antes de seu preparo. Todos nós sabemos e conseguimos detectar quando o alimento é fresco e de boa qualidade. Pois bem, precisamos começar a valorizar nossa regionalidade, buscando produtos da região, que não viajam longas distâncias, de produtores artesanais que se preocupam com a qualidade do que é produzido em suas terras, em nossas terras!

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Por André Ferreira | andreferreira@revistab.com.br | fotos: breno peck

Manaus, além de ser uma grande cidade com um povo muito simpático e acolhedor, com os ingredientes e pratos típicos da região representa uma importante fonte de inspiração para a culinária.

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Basta uma visita ao mercado para conhecer a variedade de peixes, farinhas, frutas, pimentas, ervas e outros ingredientes provavelmente desconhecidos em nossa região. Num primeiro momento, eu pensava como usar tudo isso, então comecei a conversar com as pessoas no mercado e perguntar sobre os alimentos e como eles são utilizados na culinária Manauara.

wagner abrahão junior

FEIJÃO DE CORDA COM COSTELINHA DE PORCO

É surpreendente como a produção local é valorizada, tudo é muito fresco e as técnicas são bem simples, mas o resultado é um sabor muito harmonioso e picante. Para minha surpresa, quase não vi padarias, depois percebi que a Tapioca substitui o pão. No café da manhã come-se Tapioca quentinha com manteiga, deliciosa! E se preferir pode ser com queijo coalho e coquinho. A Banana Pacova está presente não apenas em doces, mas também em grande parte dos pratos salgados, assim como as farinhas, que marcam presença na maioria das refeições. O Jambu, erva típica da região Norte do Brasil, que faz nossos lábios ficarem “formigando” e o Tucupi, caldo amarelo feito da mandioca, também são muito usados na gastronomia Manauara. Outra riqueza dessa região são as paisagens do Rio Amazonas, formado pelo encontro do grande Rio Negro, que nasce na Colômbia, com o Rio Solimões de origem peruana, com suas águas barrentas e quentes. Anualmente, o nível das águas sobe e invade a floresta, formando os Igarapés e Igarapós. Com isso podemos observar um novo espetáculo produzido pelos peixes que saem do leito principal e se banqueteiam com os frutos que caem das árvores na época das cheias.

Ingredientes

Modo de fazer

• 250 g de feijão de corda • 250 g de costelinha defumada • 200 g de quiabo • 2 folhas de louro • 1 cebola picada à brunoise • 2 dentes de alho cortados em lâminas • Ramo de tomilho • Pimenta dedo de moça • Azeite • Sal • Farinha de mandioca amarela • Manteiga de garrafa

Deixe o feijão de molho por quatro horas. Coloque a água do molho numa panela e reserve os grãos. Na água do molho coloque a costelinha defumada e deixe cozinhar um pouco, depois acrescente os grãos do feijão para cozinharem juntos até que fiquem macios. Desligue o fogo retire os ossos das costelinhas e corte em quadrados pequenos, volte para o caldo, e reserve. Refogue a cebola em azeite, coloque o alho e a pimenta, se preferir menos apimentado coloque a pimenta no final do cozimento e deixe no fogo por uns dois minutos. Deixe o quiabo refogar por uns minutos até ficar macio, mas ao dente. Aqueça o caldo com as costelinhas e o feijão, acrescente o refogado com quiabos, acerte o sal e sirva quente acompanhado de farinha e manteiga de garrafa.

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Buon Appetito! fotos: wagner abrahão junior

Na Itália, receitas tradicionais da culinária assumiram um caráter nacional, enriquecido através dos séculos pela variedade de ingredientes e pratos tipicamente regionais. Apesar das influências da gastronomia mundial na culinária italiana, a tradição continua sendo a base e a referência das receitas. Em Ribeirão Preto, a deliciosa gastronomia italiana é homenageada há quase 30 anos, pelo nome Zio Totó, uma referência tradicional na cidade, que apresenta receitas de pizzas apetitosas e surpreendentes, preparadas de forma artesanal em forno à lenha, como manda a tradição. As três casas Zio Totó trabalham com o conceito de que a cozinha italiana é um espaço sagrado e suas receitas vão além da qualidade dos ingredientes e da intensidade dos sabores, sua prática envolve prazer, respeito e admiração.

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Com carnes nobres e técnicas apuradas de preparo, a churrascaria Ribeirão cria um cardápio saboroso de espetos, saladas e pratos especiais. O Bife Ancho é uma das atrações da casa, a carne macia e suculenta desse corte argentino conquista o paladar exigente dos apreciadores da boa carne. Outra especialidade gastronômica é a salada de polvo, um prato simples e leve, mas com muito sabor.

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respiro

Conta-fios faz de conta... texto e ilustração: regina maria amorim vieira | respiro@revistab.com.br

Dou a todos conhecimento de quem sou, a começar de minha chegada pois que, liberto da bolsa quente e úmida que me guardava, mais me senti entrando que saíndo de um qualquer lugar.

Tal descoberta veio acoplada a uma nova palavra: “homenagem” e era ela a responsável pela escolha do meu nome, honras feitas a sei lá quem de cuja a importância e qualidades ilibadas não ouso duvidar.

É que tão forte claridade se derramava através daquilo em que me tragava todo que, me fazia crer estar eu atravessando uma porta e dando com meu jeito de ser num lugar que, depois, vim a saber, chamam de Mundo.

Assim, sou Nicodemos e toco a minha vidinha, mansa, devo admitir, sem grandes trambolhões ou choradeiras.

Chegava eu, e, se ao mesmo tempo partia de algum sítio, deste já não tinha lembrança, exceto por um cheiro adocicado e morno que reencontrei logo depois numa forma meio descolorida, meio macia, meio abundante, farta do néctar que eu sugava e que era a tal mãe, o que, logo percebi, parecia ser figura de importância muita. Outras formas, cheiros e ruídos gravitavam à volta do que seria eu e meus aprendizados, estava tocando e comendo o mundo, que, confesso, me pareceu áspero e indigesto na maioria das vezes. Vida, era a isso que estava submetido, desde que surgi, combinação de grãos feitos de alguma eletricidade e muita química e, talvez, um orgasmo torto da ancestral culpa.

Papai, ficava sobre a pequena mesa, ao canto da única sala, a de visitas. Sob ele, um lindo paninho de crochê, inconveniente e desnecessário, parecia sua gravata. Meu pai era razoavelmente grande, de um jeito que aprendi ser um quadrado, tinha pequenos botões, como dedos que, precisavam de outros dedos para que se transformassem em sua voz. Muito diferente das mulheres e outros seres que rondavam meu céu, pois que esses não precisavam de botõezinhos para nada e nem eram assim quadrados. A mãe, voz açucarada, chamava: - Nicodemos, venha falar com seu pai.

De posse das competências de viver, fui ganhando saberes. Por exemplo: que ruídos podiam ser vozes, vozes podiam ser variadas, quer dizer, homens, mulheres, crianças (essas meio por fazer como eu) e, ainda outros barulhos mais estranhos, de bichos que eram, no meu entender, as melhores e mais sábias companhias.

Levava-me pela mão até meu quadrado pai que, esperava sobre a mesinha.

Visto que meu universo fazia mais barulhos femininos, concluí que vivia entre mulheres para o bem e para o mal que tal significasse.

Até hoje, não sei como, mas, bem no meio da tela faiscante, surgia uma boca que falava, uns olhos que sorriam e umas mãos grandes e finas que se projetavam no vazio e me tocavam sem ter como.

Embalado por elas, acabei respondendo aos seus apelos, sempre que chamavam: “Nicodemos, que gracinha, Nico”! Daí para descobrir que pessoas tinham um código próprio, chamado “nome” foi um pulo e, com outro pulo, soube que Nicodemos era o meu nome, marca, razão social.

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Cuidavam-me bem, as mulheres, lambiam-me carinhos os bichos e ainda contava com o afago intermitente de papai, a quem fui apresentado algum tempo depois de me tornar um terráqueo que se preze.

Sentava-me diante dele engolido pela grande poltrona de florzinhas e, então, o quadrado pai se acendia todo, feliz de me ver ou, era a minha felicidade que o iluminava.

Era meu pai e eu o amava.



respiro

Nem sempre estava ali, meu pai. Não posso atinar que tristezas o consumiam, só sei que, às vezes, e muitas, mantinha-se, o pai, apagado e quieto lá no seu jeito quadrado de viver.

Mas não!!! Gritava minha bagunça. Este não é meu pai!... Um sentimento nauseado e fundo tomou conta de mim. Quem era aquela coisa de três cores, que se dizia meu pai?

Enchia-me de culpa, que culpa é coisa que logo aprendemos de viver, muito de comecinho ainda. Será que meu pai se zangara comigo? Será que não mais me queria como seu filho? Como me constrangia vê-lo quieto a me fazer sofrer. Ficava horas com a poltrona de florzinhas solidária, a me abraçar com modos de consolo.

Meu pai era um pai quadrado, tinha uma gravata de crochê e seus dedos eram botõezinhos. Meu pai se iluminava todo quando me via, enquanto que esse falso pai, apesar dos ruídos e abraços, estava todo apagado! Mas, não houve acordo.

Até que meu pai, de novo, se acendia, me chamava e eu, voltava a sorrir. Toda manhã, mesmo quando papai ainda dormia todo apagado, não passava eu por ele sem um aceno de mão ou um beijo jogado ao ar feito asa. Acabei por saber seu nome: Computador. Achei meio pomposo, difícil de aprender mas, era meu pai e não se discute, logo tudo se arrumaria, posto que pai é pai e pronto. Ia eu pelos meus dois aninhos quando fui repaginado, capa dura, tudo estalando de novo, vestido em gala engomada, numa manhã que me olhava azul, ao lado do Pão de Açúcar.

Há momentos em que o melhor é ceder, isso também aprendemos logo de começo, especialmente se tudo foge ao nosso entendimento como nuvens de tempestade. E, minha tormenta, choveu por dias e dias, chuva bem grossa. Olhava para aquele pai de três cores e sentia o coração apertado. Havia a saudade do outro pai, aquele que ficara sobre a mesinha sozinho e triste, a sentir a minha falta. Como se não bastasse, empurrava-me a vontade de me entender com esse pai de três cores que, era bonzinho e me olhava terno, querendo aconchego. Acabei filho dos dois por não conseguir entendimento melhor.

Enchia-me a surpresa e a curiosidade. A voz da mãe, qual conta-gotas, solene a dizer: - Nicodemos, vamos para casa ver o papai. Você vai andar num avião bem grande e... lá pousavam em meus ouvidos, qual chuva fina, aquelas bobagens que os adultos falam às crianças em meio às suas tolas euforias. O canto de meus olhos vigiavam meu pai quadrado, sobre a mesa quieto e escuro. Não podia compreender o que mamãe falava e falava.

Algum tempo depois, para maior confusão no meu pobre quengo, colocaram na sala, sobre uma mesinha, um outro pai quadrado que, imaginem, também se chamava Computador! Mas esse deve ser o pai de outro menino, não é meu pai não! E, eu sei disso, porque ele, não se acende todo quando eu tento abraçá-lo, fica quieto apagado, sem me perceber, sem me abraçar, como fazia o pai quadrado. Corre tempo, sempre corre...

Como ir para casa? Casa, eu achava, era tudo o que me cercava.

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Ver o papai? Como? Se lá estava ele, bem no canto da sala, como sempre. Não precisava ir a nenhum lugar para vê-lo.

Eu e meu pai de três cores somos, agora, unha e carne, inseparáveis, guardamos afetos e segredos, como fazem os amigos de verdade.

Pisando falso em minhas perguntas, qual tábuas soltas, lá ia eu, entre abraços de despedida, malas e lágrimas, içado pelos dedos frios de minha mãe.

Ele sabe que eu abrigo fundo um montão de perguntas sem resposta, que, às vezes, me deixam confuso, mas ele, com certeza, ficaria confuso com elas também.

Era verdade, o avião era mesmo grande e, finalmente, quando ele nos vomitou para fora de sua barriga, foi verdade também a grande confusão que despenteou minha cabeça quando, ouvi o ruído-mãe a gritar: -Nicodemos, lá vem o papai! Vá abraçá-lo!

Eu, Nicodemos, por via das dúvidas, até hoje, sempre que passo pelo Computador, quieto lá no canto da sala, aceno com a mão, jogo beijos alados e, vou dormir, cheio de dúvidas mas com meu coração de filho em paz.

Sem que pudesse piscar ou tossir, a minha frente, uma imensa forma de três cores, balouçante e quente, me alcançava em abraços e barulhos roucos, molhados beijos e afagos intermináveis a dizer: - Meu filho! Meu filhinho!

Quanto de Nicodemos e sua incrível experiência faz habitar em nós, perplexidades sem respostas? Computadores são próteses para mentes ainda não conscientes de suas plenas capacidades.


editorial

Minas Gerais, com suas montanhas e sua natureza rebelde e prenhe, sempre evoca a poesia latente que emerge do cotidiano e das coisas mais triviais. Na matéria de capa, uma Minas contemporânea se revela nas sendas do Museu Inhotim - um projeto que faz uma ode à beleza, com sua pluralidade de referências artísticas e estéticas, que nos conduz para uma experiência mais lírica da existência. Seguindo caminho nessas veredas encantatórias, viajamos até Paris e criamos a nova editoria Estilo B, que explora a cidade-luz em todas as suas nuances, movimentos e formas, inserindo a moda num circuito questionador, que aponta para aquilo que há de mais essencial e revolucionário no humano. Na editoria Desenho B, novos conceitos e materiais criando diferentes ideias e interpretações para uma peça clássica de mobiliário - cadeiras! Bianca Coutinho Dias

A revista B (ISSN 1809-937X) é uma publicação bimestral da Neni Design Comunicação Visual Ltda-ME Editor Lourenço Tarantelli - jornalismo@revistab.com.br Diretor de arte Luiz Fernando Almeida Jr (Neni) - arte@revistab.com.br Projeto gráfico e editoração Neni Design | Redação Lourenço Tarantelli | editor cultura b Kairo Ochoa | editor lado b jonas oliver | editora estilo b Bianca Coutinho Dias | Colaboradores heloisa righetto e regina maria amorim vieira | Consultora jurídica Karine Vieira de Almeida OAB/SP 214 345 | Jornalista responsável Lourenço Tarantelli MTB:42-783 | contato publicitário Fernanda d’Avila (16) 3964 6762 | (16) 9165 7064 - comercial@revistab.com.br | Impressão são francisco gráfica e editora

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