revista B #31

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dell anno projeta iluminação rodini joalheiros conceito iluminação portobello shop caderode casa vivalti

buenos aires arte e vida


Autorizada Ribeirรฃo Preto:

Della Mรณveis Rua Inรกcio Luiz Pinto, 250 | Tel: 16 3237 6264 www.dellannoribeirao.com



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sumário

nossa edição de outono

inclui mapa destacável de ribeirão preto

conteúdo exclusivo online

#31 Abril 2012

região sul da cidade

acesse: revistab.com.br

materia de capa

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Ernesto Neto O Bicho Suspenso na Paisagem 2011

buenos aires

pelos caminhos da arte latino-americana

estilo b

NOSSOS CLIENTES

a força da indústria têxtil no mercado da moda

lado b colors

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ensaio b

a fotografia de Brígida Baltar

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casa vivalti

NOSSa capa

Os melhores lançamentos das feiras de design e decoração internacionais

desenho b ambiente Vol 1 : Livros e Revistas

respiro

Sobre (a) Vida

Ernesto neto foto Nikolas Koenig


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colaboraram nesta edição bianca coutinho dias

Bianca é editora cultural da revista B e escreve para algumas pulicações nacionais sobre arte, semíotica e psicanálise. Se formou em história da arte e se especializou em cinema-documentário. Atualmente estuda a temática cinema e arte contemporânea no Instituto Tomie Othake e desenvolve projetos na área. Nessa edição escorre seu olhar-neblina para a obra de Brígida Baltar e passeia pelo Faena Art District e pelo Malba em Buenos Aires.

heloisa righetto

Designer por formação, Heloisa Righetto mora em Londres desde 2008 e trabalha como caçadora de tendências em design para o WGSN, além de colaborar com várias revistas e sites especializados no Brasil. Já cobriu eventos bacanas e importantes como a semana do design de Milão e Londres e entrevistou designers do porte dos irmãos Campana. Boa parte do seu trabalho pode ser visto no site helorighetto.com, mas para descontrair e falar besteira prefere escrever no blog miblogito.blogspot.com e no twitter - siga @helorighetto!

Jonas oliver

Jonas Oliver quem diria acabou em Londres... na verdade como estudante de moda sempre achou que Paris seria o melhor lugar do mundo para estar, mas um belo dia tudo mudou; uma proposta de trabalho em New York e próxima parada!!!! Londres. Hoje seu trabalho pode ser visto em importantes revistas como: Vogue, Elle, Style e outras; viver em Londres é mesmo a melhor aventura até agora; e o trabalho de moda foi com certeza seu maior acerto.

regina maria amorim vieira

Em fase de reconstrução e achatamento... de montanha para planície como pode convir aos seres que andam pela Terra já lá se vão sessenta e sete anos. Artista? Sempre. Esperançosa? Sempre. Quem sou? Já agora não sei... ando muito tentando ser, finalmente, Regina.


estilo b

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Gabriela Braga Rodrigues

Moda têxtil

divulgação

três eventos imperdíveis do setor

Atualmente, a Indústria Têxtil é o que há de mais efervescente no universo da moda, criatividade e novos materiais para a composição de tecidos agitam as passarelas mundiais, garantindo o sucesso das coleções. No movimento global, identificamos um olhar atento de indústrias e afins para o quesito criatividade têxtil, reconhecendo a importância de novas mentes criativas e do processo de formação dos estudantes. Essa visão pode ser traduzida em iniciativas práticas para o mundo da moda. “Geralmente, os jovens talentos não têm preconceitos, buscam sempre novas soluções, vão além do que está sendo solicitado. No ano passado, os nossos alunos realizaram um trabalho de conclusão de ano aplicando seus primeiros conhecimentos e contatos com a indústria têxtil, produzindo três tecidos a partir de um tema escolhido. O resultado foi uma série de tecidos feitos a partir de materiais como silicone, barbante, palha de seda, luva cirúrgica e sisal. Cada aluno construiu seus tecidos além de aplicálos em croquis”, explica Tais Remunhão professora de Tecnologia Têxtil da Faculdade Santa Marcelina, a mais prestigiada escola de Moda do Brasil, em São Paulo. Em 2011, as empresas italianas Consorzio Promozione Filati, Toscana Promozione, Regione Toscana, Instituto Italiano para o Comércio Exterior (ICE) e Pitti Immagine, decidiram juntar estudantes de Moda das melhores escolas ao redor do mundo em uma competição têxtil em tricô e malharia. Os estudantes selecionados nas instituições de ensino das 5 cidades: Nova York, Londres, Tókio, Beijing e São Paulo, passam uma semana de Março em Prato, cidade na região de Toscana – Itália, conhecendo os tecidos e fios da indústria nacional para em seguida escolher os materiais e usá-los na confecção de três modelos exclusivos que serão apresentados na competição Feel the Yarn (“Sinta o Fio”) durante a feira Pitti Filati, em Julho. As criações são avaliadas por aproximadamente 500 compradores da indústria têxtil italiana, além de um júri técnico internacional. dragão fashion brazil - Católica do Ceará


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moda têxtil

Pitti Immagine filati

Dragão Fashion

prêmio House e Gift de Design

Pitti Immagine Filati é o principal evento internacional da indústria de fios e tricô. Um observatório sobre as pesquisas e tendências de estilo de vida global, a Pitti Filati apresenta para estilistas, designers e compradores das principais marcas de moda, um conjunto de produções e criações em fios com qualidade e excelência internacional. pittimmagine.com

O maior evento da indústria da moda do Nordeste e um dos principais do cenário conceitual brasileiro, o Dragão Fashion Brasil atrai grandes profissionais do Brasil e do mundo, além de projetar novos talentos. Com grandes marcas do Nordeste, a força do DFB está no intercambio de experiências, concepções e cultura, sendo um encontro da moda criativa. dragaofashion.com.br

O Prêmio House & Gift de Design é destinado à criação e inovação de produtos do setor de artigos para casa, dentro dos conceitos de forma e função. As peças que obtém as melhores avaliações obtém o reconhecimento dos profissionais do setor e do mercado, criando tendências e fazendo parte da definição de estilo contemporâneo de design no Brasil. grafitefeiras.com.br

Croquis

áfrica e Brasil Maria Julia Winter

No ano passado, 21 finalistas apresentaram seus tecidos desenvolvidos com materiais dos fornecedores da feira Pitti Filati, a vencedora foi Soojin Kang, estudante da Parsons The New School of Design - New York, apresentou em suas peças a utilização do Lurex em tricô, dando um toque de brilho e uma mistura das estações verão e inverno. No Brasil, em Fortaleza, a competição chamada ‘’Artesanias Identidades da Moda”, organizada pelo Dragão Fashion, também já está de olho nos estudantes. Cada Faculdade de Moda do país tem direito de enviar um grupo para participar e concorrer a um desfile ao lado de nomes como Lino Villaventura e Walério Araújo. Em 2011, alunos da Faculdade Católica do Ceará foram os vencedores da competição com uma coleção intitulada “Mulheres Cabaça”, que retratou a mulher guerreira e, ao mesmo tempo, delicada. Recortes e estruturas rígidas foram a base de toda a coleção.

dfb - Católica do Ceará

Folclore Brasileiro Gabriela Braga

Uniformes da área da saúde na linha do tempo Graziele Turati

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tecidos

Airborne de Hussein Chalayan

Sustentabilidade e aproveitamento de materiais descartados são práticas cada vez mais reconhecidas na indústria da moda e estão presentes no trabalho de novos talentos, que buscam seus diferenciais em soluções criativas para o desenvolvimento de tecidos inovadores. João Antonio Pereira, 24 anos de idade e Diretor do “WS Tecelaria”, foi vencedor de um prêmio no “XII Prêmio House & Gift de Design” com seu tecido inovador utilizando fita de VHS como fio em um tecido para almofadas e mantas. A fita deu um brilho intenso ao tecido, importante diferencial, além de conciliar o conceito de sustentabilidade com a utilização de um material descartado. O brilho, que é uma das mais etéreas tendências, continua em alta. Hussein Chalayan, estilista visionário mundialmente conhecido sabe misturar a dose certa de arte, moda e tecnologia. Entre seus trabalhos inovadores encontramos uma série de roupas feitas com LED em colaboração com a Swarovksi. Essas criações apresentadas em Tokyo, hoje são parte do display do Design Museum em Londres. Trabalhos inovadores surpreendem o público e se tornam matérias-primas necessárias na indústria da moda, consolidando o movimento cíclico de tendências do mercado sem deixar de fora os avanços criativos de novos profissionais que se destacam nesse universo tão disputado! b

legenda:

tema

composição Bruna Serrano

Corrida Espacial Algodão e Cetim

Bruna Serrano

Corrida Espacial Cetim e Elastano

Bruna Serrano

Corrida Espacial Algodão e elastano

Paloma Montanaro

Mob Algodão e silicone

Bruna Serrano

Corrida Espacial Lã, elastano e cetim

Maria Julia Winter

África e Brasil Algodão e Fios Metálicos

Gabriela Braga

Folclore Brasileiro Sisal e Feltro

Graziele Turati

Uniformes da área da saúde na linha do tempo Seda

Grazieli Turati

Uniformes da Saúde na Linha do Tempo Lã e seda

Grazieli Turati Pitti Filati 70

Uniformes da Saúde na Linha do Tempo Lã e seda


house poltrona matrimony by chantelle osborne

design

materias exclusivas vídeos galerias agenda promoçþes

revistab.com.br


por Jonas Oliver | fashion@revistab.com.br

fot贸grafo Oliver Prout Assistente Clare Maquiagem Jonas oliver usando Mac cabelo Steve Carr Modelo Roleen @profile.com


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sess達o






lado b

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por Jonas Oliver | fashion@revistab.com.br

fot贸grafo Darren Black estilista Sara Darling maquiagem Jonas Oliver usando Mac assistente Alfonso Bessy Modelos Elliot Stevens @ Select Ralf Javoiss @ M + P typografia billy argel Ralf veste camisa Rascals cal莽as Izzue botas Dr Martens



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buenos aires | faena

bianca coutinho dias divulgação

Pelos caminhos da arte latino-americana

Buenos Aires irradia arte e inovação. É o que confirma o lindo conjunto do FAENA ART CENTER. O local fica em Puerto Madero - região portuária recentemente revitalizada e transformada em bairro moderno, cheia de escritórios, restaurantes e lojas. Sobe-se uma pequena escadaria, cruzamse as portas da entrada de um grandioso salão - que, no começo do século XX era a sala das máquinas de um moinho – e se é surpreendido por O BICHO SUSPENSO NA PAISAGEM, obra de ERNESTO NETO especialmente montada para a inauguração do espaço: uma gigantesca rede suspensa, imensa tela feita de fios de polietileno pendurada no teto, recheada de bolas de plástico. Cordas - cinza, verde, rosa e amarelo - costuradas em crochê, formando um enorme túnel suspenso no ar. No “piso” do túnel, bolas de plástico cinza, como pedras. Do lado de fora, grandes pedras, estas de verdade, presas nas extremidades dos crochês. O visitante é convidado a adentrar no túnel e passear naquele estranho jardim e, ao andar “sobre-dentro” da obra, produzir ruídos instigantes, como uma chuva inesperada. O bicho suspenso – que teve a curadoria de Jessica Morgan, da Tate Modern Londres – é a única peça em exposição e ocupa todo o salão.


capa

O trabalho de Ernesto Neto faz, do corpo, suporte e extensão do mundo que o descentraliza, questão principal da arte contemporânea. Leva, assim, a repensar o lugar e a dimensão do próprio gesto do artista, com todos os signos em rotação, como uma construção poética de Octavio Paz. Nessa nova relação com o corpo e com a linguagem, o sujeito instaura novas demandas. O mal-estar contemporâneo, oriundo do descentramento desse sujeito, aponta para inúmeras direções e manifestações simbólicas, que abandonam uma vertente de representação estática e se encaminham para um “corpo-vertigem”, deslocado e em constante mudança. E é justamente este o corpo que caminha pelo bicho suspenso na paisagem e, no seu caminhar, modifica e dá vida à obra, muda e radicaliza formas e formatos, interferindo diretamente na instalação. A produção de sentidos novos, recriação de mundos a partir da interferência do espectador com seu corpo, sempre esteve presente na obra de Ernesto Neto. Jacques Lacan refere-se ao gesto como o passar de uma página, algo capaz de mudar o sujeito. O encontro com o corpo deambulante, na estrutura imensa de uma trilha de crochê suspensa no ar, oferece possibilidades de ressignificação do real e de encontro com o outro. Na arte, afinal, o sujeito se perfila como nada além de um efêmero efeito, surgindo num circuito que necessita do outro e só com ele se completa. Entre as tramas de Ernesto Neto, encontramos esse sujeito que caminha, não mais diante de um olho fixo e estável numa organização perspectiva, e nem no espelhamento com o mundo, mas delineado num espaço de perda, lugar que representa a ausência em que estamos situados, que nos leva a dois ensinamentos de Freud: primeiro, o de que é ao próprio núcleo da constituição subjetiva – o Édipo, ficção que efetiva a perda, a dor, a castração – que se refere tal efeito; segundo, o de que se trata, quando somos tocados por uma obra, de uma verdadeira captura – ergreifung.

O trabalho de Ernesto Neto faz, do corpo, suporte e extensão do mundo que o descentraliza, questão principal da arte contemporânea

Ernesto Neto O Bicho Suspenso na Paisagem 2011

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buenos aires | faena

A obra seria, então, uma espécie de armadilha para o sujeito, uma captura deste que estaria, com sua dor e beleza, escondido de si mesmo. Captura do outro no eu, comemorando seu nascimento, sempre doloroso e traumático, mas efetivo. Quem apenas olha, não captura e nem é capturado. Deve-se entrar dentro dela, caminhar, ato que soa subversivo, que se torna um eterno mover-se num lugar incerto e móvel, paradigma a mostrar que não há ponto seguro de apreensão do inconsciente, que não é seu próprio centro, mas remete ao campo do Outro. Na tentativa de encontrar um ponto em que se possa apoiar com firmeza, nos perdemos de nós mesmos, o corpo se torce e contorce, entra em fluxo com as teias de crochê e, desbussolado, caminha entre a floresta e a cidade.


capa

O MALBA – MUSEU DE ARTE LATINOAMERICANA DE BUENOS AIRES - é jovem, de arquitetura limpa. Com obras bastante impactantes e acervo diversificado, possui trabalhos de grandes artistas como os mexicanos Frida Kahlo e Diego Rivera, os uruguaios Joaquín Torres-García e Rafael Barradas, os argentinos Antonio Berni e Guillermo Kuitca e o brasileiro Candido Portinari. Dentre muitas obras preciosas, merece menção o trabalho de GUILHERMO KUITCA, em que memória e perda se entrelaçam. Suas primeiras realizações demonstram influências recebidas do meio teatral – mapas, teatros, peças – além da literatura e da música popular. Kuitca explora a linha de fuga entre os espaços público e privado, e revela sua memória pessoal e interesse pela arquitetura e topografia. Seus mapeamentos nascem de sua própria história, sob efeitos dos traumas do Holocausto, o que pode ser visto em Kristallnacht, grande pintura vertical de 1992. Melancolia, tristeza, perda, desejo, medo, são sentimentos que o artista embute de forma particular nos espaços que retrata. Outro artista com muito a dizer é RAFAEL BARRADAS (1890/1929). O pintor uruguaio revela em suas telas a alma humana de figuras que exalam humanidade, em suas existências puras e simples. O homem que espera, talvez sem nem saber o que. Um olhar revelando alguma amargura. O esperar sem expectativa. Uma velha sensação sempre presente. Não há, aparentemente, maiores questionamentos. A vida está ali, tal e qual é vivida. Não há ideia nova. Não há algo diferente. E, estranhamente, tudo é novo e diferente a cada vez. Em outra seara, esta mais política e questionadora, encontramos um grupo da arte político-social da América Latina: um argentino, um brasileiro e um mexicano – ANTONIO BERNI, CÂNDIDO PORTINARI e DIEGO RIVERA. Em seus legados, retratos de tempos tristes e obscuros da história latinoamericana – golpes militares, tortura, crises políticas e sócio-econômicas, desigualdades.

Tarsila do Amaral Abaporu 1928

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Rafael Barradas Quiosco de canaletas 1918


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Numa vertente de síntese de elementos de uma América que, provavelmente, só a arte moderna pode realizar, encontramos WIFREDO LAM, artista que articula de maneira única e inconfundível a força libertária do surrealismo. Numa energia tão forte quanto a de Picasso, sua particular mística e mítica dos trópicos conduz a uma perturbadora e profunda visão de nós mesmos. Em sua obra há a agressividade selvagem que irrompe e destrói qualquer lugar comum. Wifredo lidou com imagens surreais com coragem impressionante. Injustamente eclipsado pelos europeus, nenhum artista moderno latino-americano absorveu a potência do surrealismo como ele. Dentre as grandes obras do Malba destaca-se a escultura o Impossível, da brasileira MARIA MARTINS: uma figura feminina entrelaçada a uma masculina, em confronto perpétuo. Cabeças, no dizer do teórico da arte Francis Naumann, carregando vazios, dos quais se projeta uma série concêntrica

Antônio Berni Manifestación 1934 Guillermo Kuitca Siete Últimas canciones 1986 Jorge de la Vega Puzzle 1968-1970


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Maria Martins O Impossível 1940

Numa nota publicada na revista Time, a escultura é descrita como duas tempestades de neve antropomórficas, admitindo que a artista propusera uma interpretação menos literal: o mundo é complicado e triste e é quase impossível fazer com que as pessoas se entendam

de tentáculos. O conflito eterno e a impossibilidade retratada na obra, talvez sejam mostras da realidade de Maria Martins que, à época, travou um relacionamento com Marcel Duchamp. Maria Martins executou versões distintas da obra, todas de forma única, ou seja, não são cópias obtidas de um mesmo molde. Na técnica usada pela artista, tanto o gesso original como o revestimento de cera se perdem no processo de criação. A obra exposta no Malba é de gesso e impressiona pela agonia presente no corpo retorcido e pela beleza convulsiva da circulação da energia erótica. Numa nota publicada na revista Time, a escultura é descrita como duas tempestades de neve antropomórficas, admitindo que a artista propusera uma interpretação menos literal: o mundo é complicado e triste e é quase impossível fazer com que as pessoas se entendam. O trabalho expõe a falta lacaniana relacionada ao desejo. Os volumes são tratados com energia libidinal, moldados com a plasticidade da libido e corpos vibráteis. O desejo enreda e encaixa, prende, tem capilaridades e meandros, atua por teias e tramas, projeta rizomas. As duas cabeças ocas e sem feições que se envolvem, ora se atraindo, ora se repelindo, não deixam de aludir ao relacionamento que Maria travava com Duchamp. É um poema escultórico em que o ato de violência reside na conquista de novas formas e movimentos. Há ali a “inquietante estranheza” de Freud. Articulações enigmáticas que desconcertam o olhar, embate entre sintaxe e sentido. A violência do desejo, a inquietude provocada pelo outro, a impossibilidade da fusão amorosa, a solidão de cada um, o descompasso do tempo – tempo do desejo que se apresenta de um lugar inesperado pelos dois, o do real. Passear pela arte é andar por terrenos insondáveis, que escancaram o monstruoso e a paisagem defeituosa da existência. Diante do real que nos assola ou do assombro que nos toma, lembramos de Rilke: a arte é aquilo que nos permite contemplar o terrível, sem ser por ele destruído. b


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buenos aires | infográfico

Caminito

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A rua de Buenos Aires que é um museu ao ar livre. Tema de vários tangos, ela mostra um pouco da cultura portenha em suas casas e cafés, sem falar nos moradores da região que carregam o espírito de ‘La Boca’ até hoje. Esse nome não é por acaso, já que o famoso estádio La Bombonera fica bem próximo de Caminito.

Mine Hotel

Hotel butique em Palermo na Rua Gorriti, esse conceito de um hotel-design e com atendimento particularizado se estende por Buenos Aires. Transformar a hospedagem em uma experiência de arquitetura e design, essa é a proposta do Mine Hotel, que busca propiciar as melhores condições para o cliente se sentir em um espaço único e exclusivo, assim como a sua própria casa. Gorriti, 4770, Palermo Soho +54 (11) 4832-1100 minehotel.com 2

Restaurante Lola

Aproveite o passeio pelos Monumentos Históricos Nacionais do Cemitério da Recoleta e depois almoce no restaurante charmoso da praça em frente. Há mais de 25 anos o Lola abre suas portas para artistas, executivos e conhecedores e apreciadores da arte gastronômica, fazendo com que o restaurante seja o ponto de encontro da sociedade de Buenos Aires. Enquanto se aprecia as obras exclusivas do artista Hermenegildo Sabat, o Chef Gonzalo Vidal apresenta seus pratos com a maestria de quem já passou pelos melhores restaurantes e escolas gastronômicas do mundo. Roberto M. Ortiz, 1805, Ortiz +54 (11) 4804-5959 lolarestaurant.com 3

Sorveteria Freddo

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Av. nueve de Julio

Papelaria Palermo

Para os aficcionados em papelaria, existe a tradicional Papelera Palermo - há sempre uma coleção nova de papéis e caderninhos e um jardim maravilhoso com uma casa de encadernação no fundo. A Papelaria Palermo é uma homenagem ao papel: através de seus trabalhos artesanais, produz diversos produtos com qualidade, inovação, criatividade e design. Com artigos exclusivos para todos os públicos, a Coleção da Papelaria Palermo é uma viagem pela Argentina através do papel, restaurando e resgatando peças únicas do passado para embelezar o nosso presente. Não se trata de nostalgia, é a evocativa da arte com papel. Honduras, 4912 +54 (11) 4833-3081 papelerapalermo.com 5

Praça Serrano

Em Palermo ainda não deixe de dar uma passada pela feira da praça serrano: há artesanato local, prata, couro e um clima portenho legítimo. Ponto de encontro dos novos estilistas e criadores de Buenos Aires, a praça e sua região se tornaram uma mistura de Vila Madalena com Jardins, mas sem os problemas e preços da capital paulistana. Na feira ou nas lojas envolta é possível encontrar também ótimos restaurantes, lojas e baladas. O segredo é andar muito por tudo, para se perder e se achar no bairro “cool” da capital argentina. 6

Café Tortoni

Para terminar bem o programa, não deixe de tomar um sorvete Freddo ao lado - o sorvete especial argentino.

É um tesouro local e um dos cafés mais antigos do mundo. Lá você se sente batendo um papo com Borges ou com Bioy Casares.

A tradicional sorveteria argentina Freddo é uma excelente forma de se aprofundar na cultura argentina. O “helado de dulce de leche” brinda um serviço de excelência durante seus 43 anos de história.

O café mais antigo e tradicional da Argentina já viu passar por suas paredes emadeiradas e suas mesas de carvalho e mármore verde os mais famosos escritores, artistas e personalidades argentinas. Entre um café e outro, aprecie as obras de arte espalhadas pelo salão ao som do característico tango argentino.

Quintana, 591 freddo.com.ar

Av. de Mayo, 825 +54 (11) 43424328 cafetortoni.com.ar

Uma das avenidas mais amplas do mundo passa por monumentos e prédios de arquitetura 11 única, como o Teatro Colón , com suas galerias subterrâneas abaixo da avenida. Visite também 12 a livraria El Ateneu com a beleza do antigo teatro, abriga grandes obras dos mestres Sábato, Borges, Arlt e Cortázar.

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Fundação Proa

Fincada ao lado do Caminito num prédio de arquitetura moderna e sofisticada, faz do contraste uma riqueza. Há sempre exposições maravilhosas. Atualmente está em cartaz uma sobre a construção dos ritos e mitos nas sociedades latinas. Ponto de referência sobre arte em Buenos Aires desde a sua abertura, a Fundação Proa traz exposições temporárias, seminários, cursos e concertos. Divulgando a arte do século XX misturada com fotografia, vídeo, design, música e projetos especiais contemporâneos. Av. Pedro de Mendoza, 1929 +54 (11) 4104-1000 proa.org 8

Sucré

Buenos Aires oferece uma verdadeira experiência gastronômica nos seus restaurantes sofisticadíssimos. O Sucré fica fora do circuito turístico e você pode encontrar o tradicional Ojo de Bife. Cozinha contemporânea internacional com toque argentino. É assim que o Sucré oferece aos seus clientes um cardápio com influências das culinárias italiana, japonesa, espanhola e peruana, todos muito bem acompanhados de grelhados e pratos tradicionais portenhos. Sucre, 676 +54 (11) 4782-9082 sucrerestaurant.com.ar 9

Casa Cruz

Com um menu de degustação e uma proposta bem contemporânea, segue os moldes da grande cozinha internacional. Um ambiente elegante e descontraído, aonde música e iluminação combinam perfeitamente com os ingredientes do Chef Germán Martitegui. O resultado é uma comida urbana argentina com estilo e reconhecimento internacional. Uriarte, 1658 +54 (11) 4833-1112 casacruz-restaurant.com


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bianca coutinho dias

A Coleta da Maresia, 2001 Brígida Baltar

Brígida Baltar

Fotografar o intangível num olhar que captura a sutileza do espaço e do inassimilável: “olhar-neblina”, “olhar-orvalho”, “olhar-maresia”. É assim que nos chega o trabalho da fotógrafa BRÍGIDA BALTAR. Jacques Lacan, psicanalista francês, disse que “o olhar é o instrumento pelo qual a luz se encarna, e pelo qual sou foto-grafado”. Na fotografia de Brígida Baltar, ou na escrita da luz, há a tentativa de pegar o que escapa, mas que incide sobre a subjetividade. Esta é uma das maneiras pelas quais, Lacan retoma a célebre passagem de Freud sobre a “sombra do objeto que cai sobre o eu”. No ato de coletar, diversas vezes, neblina, orvalho e maresia em variados recipientes de vidro (frascos, tubos, potes), registrando tudo em fotografias e filmes, Brígida talvez se engendre nesse corpo que se lança ao impalpável e ao intangível, em busca de contornar algo dessa sombra que não se captura, disso que é tentativa com bruma melancólica.

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BRÍGIDA BALTAR

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UMIDADES é o nome do projeto formado por essas coletas. Uma tentativa, talvez, de apreender, simbolicamente, efêmeros fatos naturais, com o próprio corpo de Brígida e de outras coletoras, se apresentando, também, como um efeito natural insondável. É o olhar da fotógrafa a expandir as pequenas ações de armazenamento poético de subs-tâncias encontradas em casa - pó desprendido de tijolos, cascas de tinta, gotas de chuva que caem por frestas no telhado. A casa, aqui, se aproxima simbolicamente do corpo em jogo nas coletas, a capturar o que sempre escapa ao aprisionamento material, aquilo que tratamos com desejo para responder ao terrorífico do natural, aquilo que acossa e interroga, quando em contato com a linguagem. Nesse desnível é que se situa o trabalho da artista que, diante das imagens chapadas, instala uma outra dimensão: a do oco, do incapturável, da fresta, da bruma. Seu ato traz, em potência, uma alegoria daquilo que tentamos recolher de real da vida: em suas coletas de umidade existe a zona enigmática do que reside entre o corpo e o mundo, entre o que se vê e o que quase escapa. São gestos que tornam visível o que é quase transparente a olhos acostumados apenas ao que é contíguo e sujeito ao tato. São representações suspensas no vazio. Vazio do sujeito que se desfaz no intervalo fugidio entre dois significantes. São quase como palavras suspensas no limbo da linguagem, nessa bruma evanescente da linguagem, sustentadas pelo estilo. E é nesse embate com o indizível, na luta de coletar o intangível, que uma singularidade irredutível se faz no encontro-limite com a impossibilidade de dizer e de aprisionar. Aí reside a força expressiva de sua fotografia: nos índices, nos rastros sensoriais de um momento e de um lugar temperatura, sons, cheiros.

Série: A coleta da neblina, 1996-2001 Brígida Baltar

em suas coletas de umidade existe a zona enigmática do que reside entre o corpo e o mundo, entre o que se vê e o que quase escapa


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Brígida se apropria, assim, de uma interrogação da arte contemporânea que, como dispositivo de pensamento, vem interrogar e atribuir novos significados a esse ato e aos signos, não só as que fazem parte da história da arte, mas também as que habitam o cotidiano. A arte contemporânea se situa justamente aí e vem propor o estranhamento ou o questionamento da linguagem da qual se utiliza. O trabalho de Brígida se apresenta mais no espanto com o mínimo, na sutileza do entre-lugar, oscilando entre estados de prazer, medo ou melancolia - marcas impossíveis de partilhar plenamente com alguém. São ações descarnadas e abstraídas de tempo e espaço. Mais do que somente registro de algo que é externo, vem questionar o próprio visível, alterar a percepção, propor um enigma e não mais uma visão pronta do mundo. É uma experimentação poética do mundo, que faz lembrar Manoel de Barros e seu livro sobre o nada - essa coisa nenhuma, sem utilidade, “um abridor de amanhecer”, “um alarme para o silêncio”, em que toda a significação se estanca e de onde se avança apenas pela ficção. Uma poética de escutar pedras, de ser árvore, de ler avencas, recolher neblina e orvalho e fazer do estilo um estigma que arranha ao léu, arrisca o traço, toca a imagem.

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Brígida Baltar no mundo

Brígida Baltar encerrou esse mês uma exposição na Galeria Nara Roesler com trabalhos que sugerem suspensões, quedas e vertigens explorando a teatralidade. A mostra é a terceira individual de Brígida Baltar na Galeria Nara Roesler. Nos últimos anos, a artista realizou exposições em cidades como Santa Barbara, Tokyo, Fortaleza, Florianópolis e Buenos Aires, além de participar de projetos importantes como The Peripatetic School, no Drawing Room/Londres e MIMA, Middlesbrough Institute Of Modern Art (2011) e diversas bienais como a I Biennial of the Americas, em Denver/EUA (2010), Bienal Internacional de São Paulo (2002), Bienal de Havana (1994). Suas obras podem ser encontradas em coleções públicas como MOCA Cleveland (EUA); Coleccíon Copel, CIAC (México); MAC-USP, Museu de Arte Contemporânea USP (São Paulo); Itaú Cultural (São Paulo); Fundação Joaquim Nabuco (Recife); e Coleção Gilberto Chateaubriand, Museu de Arte Moderna do Rio de janeiro.

Coleta do Orvalho, 1994-2001 Brígida Baltar

É uma experimentação poética do mundo, que faz lembrar Manoel de Barros e seu livro sobre o nada - essa coisa nenhuma, sem utilidade, “um abridor de amanhecer”, “um alarme para o silêncio”, em que toda a significação se estanca e de onde se avança apenas pela ficção.


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BRÍGIDA BALTAR

Das matérias coletadas surge uma poética única, feminina, oscilante: a maresia espessa; a neblina densa que oculta, mais que as outras, o entorno de quem nela adentra; o espaço úmido, o orvalho cobrindo o mundo com uma camada fina de água. São coletas de umidade, são diferentes temporalidades poéticas. A coleta da neblina – feita em meio à névoa cerrada – parece ocorrer em um tempo suspenso e imóvel. Recolher o orvalho, sugere – mais pelas roupas do que pelos estranhos objetos coletores utilizados – ter sido realizada em um instante por vir ainda. Coletar a maresia remete sutilmente ao passado com a luz azulada de fotografias e filme – reflexos do oceano e do céu aberto que o encobre – funcionando como um filtro nostálgico, que estabelece um vínculo com a memória na tentativa de configurar uma identidade possível. Essas marcas de desgaste, ruptura, impermanência e intangibilidade se apresentam em condições limítrofes: quando ela está em praias, se espremendo na faixa estreita que aparta mar e cidade; realizada ao amanhecer, iluminada, simultaneamente, pela luz natural ainda fraca e por luz longínqua que vem dos postes que restam acesos na orla como um sonho distante. Entre gestos firmes e delicados, Brígida segue coletando pedaços e recortes poéticos do mundo, correndo sobre a areia úmida, executando uma coreografia improvisada ou, vez por outra, entrando no mar frio. Ela e as coletoras parecem integrar a paisagem naturalmente, trazendo, do passado sereno e impreciso que evocam, a promessa impossível de um corpo desregulado ou, ainda parafraseando Lacan, elevam a língua “à dignidade do indizível”, do objeto perdido, do pulsional em seu efeito sublimatório que se sustenta sobre nada, porque imagem aqui é linguagem e o fazer poético do ato da artista instaura novas e absurdas realidades, quebra sentidos, tem potência disruptiva, confirmando o dito do pintor expressionista Paul Klee -: “A arte não reproduz o visível, ela faz visível.” b

Série: Casa de Abelha, 2002 Brígida Baltar


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desenho b

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Heloisa Righetto Divulgação

Os melhores lançamentos das feiras de design e decoração internacionais A turma do design de interiores enfrentou uma maratona de feiras na Europa nos últimos meses, como a IMM em Colônia (a segunda maior feira de mobiliário do mundo), a tradicional Maison & Objet em Paris e a Ambiente, em Frankfurt. Apesar de cada uma delas ter um perfil diferente – portanto atraindo públicos com interesses variados – todas são palco de lançamentos de tendências. E não é para menos, já que marcas bacanérrimas, como a francesa Ligne Roset e a italiana Skitsch, utilizam esses eventos como plataforma para mostrar suas mais recentes coleções, geralmente fruto da colaboração com designers renomados e também em início de carreira. Escolhemos as top 5 marcas (e suas novas coleções, claro!) entre essas três feiras, que resumem perfeitamente os conceitos em voga na decoração: conforto, design inteligente, atenção ao detalhe e bom uso da cor.

poltrona frolla


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top5 das feiras mundiais

as feiras em números

16 à 22 de Janeiro - Colônia imm-cologne.com

1.157 115.000 expositores

visitantes

20 à 24 de Janeiro - Paris maison-objet.com

3.000 85.766 expositores

visitantes

Poltrona Frolla | de Folco Orlandini e Andrea Radice para Skitsch (lançada na IMM, Colônia) Apesar de ter o conceito inspirado nas cadeiras tipo “saco”, a poltrona Frolla tem uma certa delicadeza, incomum nesse tipo de peça. O segredo não é apenas o formato mais estruturado (menos desengonçado!) mas também a tapeçaria, ou melhor, os detalhes da tapeçaria. A costura exposta faz parte do design, e a impressão é que a poltrona foi personalizada, feita a mão. Além da versão com as tiras de couro entrelaçadas, há também um modelo com pesponto em azul fluorescente e botões como acessórios puramente estéticos - influência do mudo da moda? Linha de tapetes Chevalier édition | (expostos na Maison & Objet, Paris) A francesa Chevalier édition apostou em cores vibrantes para sua linha de tapetes. Mesmo os tons pastel ganharam um toque fluorescente, fazendo com que as formas geométricas básicas que aparecem ora nas estampas ora no formato ganhassem uma cara mais moderna, atual. O desenho atípico de algumas peças, como o que imita o tramado do nó que forma o próprio tapete, também merece destaque. Os belíssimos tapetes, criados por designers como Samuel Accoceberry e Sylvain Willenz, são verdadeiras obras de arte para o chão.

tapetes Chevalier édition

10 à 14 de fevereiro - Frankfurt ambiente.messefrankfurt.com

4.543 140.000 expositores

visitantes

Coleção Blue D1653 | da Royal Delft (lançada na Ambiente, Frankfurt) Quem já visitou a Holanda sabe como as porcelanas pintadas a mão, provenientes da cidade de Delft, são um ícone do país. As peças azuis e brancas tem sido fabricadas há centenas de anos, mas poucas são as empresas que sobreviveram desde o século 17, como a Royal Delft. De enfeites de natal e linhas de mesa a bijuterias e souvenirs, são milhares de itens produzidos com o mesmo rigor e qualidade de tanto tempo atrás. O segredo para se manter no topo? Apostar na renovação aliada a tradição. A coleção Blue D1653 é resultado dessa aposta, e une o melhor dos dois mundos: a combinação clássica do azul e branco – tradição – e peças com formas modernas, para necessidades atuais – renovação. O centro de mesa redondo com o meio vazado e o trio de garrafas para armazenar alimentos são bons exemplos desse encontro de sucesso. coleção blue d1653


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Soil | (expôs na Ambiente, Frankfurt) Soil é uma marca japonesa que acaba de se lançar no mercado internacional, e não apenas levou para sua primeira participação em feiras uma linha de produtos, mas também um novo material. Feito de componentes biodegradáveis e dissecantes, o diatomaceus earth é altamente absorvente, portanto ideal para fabricação de acessórios para cozinha e banheiro, como saleiro, pimenteiro e porta sabonetes. Apesar do destaque ser a matéria-prima, o design minimalista e extremamente funcional, bem característico do Japão, é outro ponto alto nos produtos da Soil.

Coleção 2012 da Ligne Roset | (lançada simultaneamente na IMM e Maison & Objet) Um dos lançamentos mais esperados do início do ano, a coleção nova da Ligne Roset ultrapassa 100 peças, desenvolvidas por 80 designers, renomados e iniciantes. Entre acessórios decorativos e itens de mobiliário, é possível decorar a casa inteira. A poltrona Okumi, do Studio Catoir, é uma das âncoras da coleção, e alia a contemporaneidade da marca com detalhes elegantes, como o tecido estampado no “verso” da cadeira e a estrutura colorida. Segundo os designers, o estofamento “largado” que imediatamente remete a conforto, foi inspirado no kimono japonês. Conforto é também palavra-chave na cadeira para área externa Serpentine, de Éléonore Nalet. A jovem designer lançou um protótipo da cadeira ano passado, e atraiu o interesse da Ligne Roset, que assumiu a produção. As almofadas que compõem o encosto são entrelaçadas na estrutura e podem ser removidas para lavagem. Ainda na categoria assentos, a poltrona Fifty (da designer islandesa Dogg Gudmundsdottir em parceria com o estúdio

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soil

a coleção 2012 da Ligne Roset ultrapassa 100 peças desenvolvidas por 80 designers Arnved Design) tem um pé no passado - graças as proporções exageradas das “asas” laterais, que remetem ao design da década da 50 – mas as cordas entrelaçadas que fazem as vezes de assento/encosto entregam que a peça é sim uma criação contemporânea. b

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Cláudia Alvarez

ARQUITETa 16 3945 6615 | claudia.alvarez.arq@gmail.com “O foco principal deste trabalho foram as salas de reunião. A princípio tomamos como conceito a interação entre as salas e com o laboratório de estudos. Foram utilizadas divisórias com vidro e portas de correr para melhor aproveitamento da luz natural e dos ambientes”, Claudia Alvarez.

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Soluções inovadoras sobre Design de Interiores e Decoração, constantemente são traduzidas em tendências que ganham destaque nos estandes nacionais e internacionais das principais feiras do segmento. Com tantas novidades sobre mobiliário, objetos decorativos para casas e escritórios, iluminação e muito mais, o desenvolvimento de projetos deve receber cuidados especiais de profissionais sensíveis e antenados que consigam traduzir essas tendências em estilo próprio para seus clientes. Dessa forma, na Casa Vivalti, exercitamos a mistura de elementos, cores e padrões, apresentando soluções customizadas no perfil adequado de cada cliente, enriquecendo projetos de ambientações para casa e trabalho, desde pequenas melhorias pontuais até grandes transformações. É importante permitir ao cliente maior versatilidade.

QUARTO

Um quarto clássico com roupas de cama em algodão egípcio 400 fios é um convite ao conforto. Nesse ambiente, arranjo floral branco, o abatjour de madeira entalhada e o criado mudo, deixam o ambiente mais clean, o tom mais forte ficou por conta do tapete Medusa feito com elastano, exclusividade Casa Vivalti. Característica importante: esse tapete pode ser lavado na máquina para roupas. Ainda na intimidade do quarto, uma mesa para pequenas refeições completa o ambiente. Esse móvel em madeira de demolição na cor natural cria um contraste interessante e sofisticado com os móveis na cor branca. As taças vermelhas e de cristal, os guardanapos em linho na cor coral e arranjo com rosas vermelhas no vaso de prata, promovem ainda mais o romantismo.


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decoração

Jantar

Para uma sala de jantar, a mesa em madeira eucalipto na cor branca e cadeiras no estilo provençal são ótimas opções. Completando a harmonia utilize tecidos florais para os estofamentos. O aparelho de jantar, as taças de cristal e o arranjo de flores num vaso bico de jaca, reforçam o colorido, deixando o ambiente mais romântico e intimista.

Rua Cerqueira César, 1666 ribeirão preto - sp tel 16 3234 9601 mapa 07


dicas de decoração por heloisa righetto

Vol 1 : Livros e Revistas

Decorar é uma delícia, mas pode facilmente se transformar em uma frustração. Quantas vezes o provisório já virou definitivo e a caixa da mudança continuou no mesmo lugar por meses a fio? Quantas vezes você abandonou um projetinho “faça você mesmo” ou deixou a reforma da cozinha pela metade porque perdeu a empolgação? Nessa nova seção, vamos descomplicar a decoração e dar dicas fáceis, criativas e que podem transformar completamente um ambiente. Pra todo mundo perder o medo de botar a mão na massa e ser seu próprio decorador! Até mesmo uma anti-minimalismo como eu gosta de praticar o desapego decorativo de vez em quando: acho que acumular objetos por “pena” não está com nada. Mas admito que é difícil abrir mão de revistas e livros que, mesmo encostados e fechados há tantos anos, tem aquele charme e encantamento único. Todo mundo gosta de exibir suas leituras e mostrar um pouco de sua personalidade através da revista que lê. O problema é o espaço que elas ocupam! Revistas e livros são grandes, pesados e não cabem em qualquer lugar. Problema decorativo e também ecológico, já que não e nada bacana jogar tanto papel fora, por mais reciclável que seja. A solução é contornar a desvantagem do armazenamento, transformando os contras em prós. Descomplicando: a pilha de revistas é pesada, mas é resistente. Os livros já estão desatualizados, mas tem um visual bonito, tem cor. Pronto! A pilha virou móvel. São tantas funções que podemos atribuir a uma série de revistas ou livros empilhados, que é possível espalhar a coleção por toda a casa. No quarto, vira mesa de cabeceira. Na sala, mesinha lateral ou um banquinho extra. Basta amarrar a pilha, como se fosse um presente, com aquele cinto que está no fundo do armário e saiu de moda faz tempo ou uma fita de cetim bem colorida, pra dar um contraste inusitado. E a ordem, a altura, a sequência, são as menores das preocupações. Essa é a chance de bagunçar, não seguir regras, brincar com a decoração. De um jeito ou de outro, vai sim ficar a sua cara! b


desenho b | ambiente

Heloisa Righetto neni almeida

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respiro

texto e ilustração de regina maria amorim vieira

Sobre (a) Vida Eu os vejo... Eu os vejo com sua fome sadia buscando o seio quente e farto, os pezinhos de pão de queijo, as mãozinhas de todo o desconexo gesto, asas agitadas no tempo novo. Eu os vejo chegando como chegam os filhos do mundo... sem medo, sem pressa, certezas de acolhimento, calma e colo. Passos incertos apoiados à grande mão, o banho quente, a sopinha qual galáxia de fazer vida boa, povaréu de letrinhas e estrelas cadentes espiralando fumaças risonhas no prato asseado. O sono dossel de nuvens, depois do afago e do brinquedo. Mas... eu os vejo... tudo foi só frio medo, a gente grande desparida de si mesma, o colo fundo poço... precipício... Tudo foi só dor, indignado choro, vazia a fome, entorpecido o sono sem cansaço. Eu os vejo... E, precisam morrer, acabar, desaparecer... Rebarba, lixo, refugo, escória... aterradores e cruéis. Eu ainda os vejo... Eles eram crianças, nossos filhos, aqueles que não queremos ver e, no entanto, estão pirogravados, fogo e ausência, nos corpos agressivos que sufocaram um dia para sobreviverem, pedra e pesadelo. Eu os vejo... Os vejo na massa densa e vermelha que grita e brandi armas, diástole de mais fácil desviver, defendidos, pezinhos de pão de queijo, as mãozinhas de dançar esperas, os rostinhos de bochechas pandas, os pequenos olhos para as grandes miradas... Todos os dias desfilam diante de nosso medo para matar ou morrer. São nossos filhos, foram crianças, as crianças que ninguém viu.


editorial

transformar Converter, transmutar, metamorfosear..., ações que desafiam os inquietos para uma constante transformação. Transgredir o sintoma da rotina, numa busca pelo novo que atribui sentido em nossos dias. Há sete anos, aplicamos essa efervescência da transformação em nosso conteúdo editorial, o resultado é uma identidade forte de uma mídia que estimula formadores de opinião em Ribeirão Preto e região, São Paulo e Londres. Nessa edição, nossa inquietação nos levou a um novo projeto gráfico, simples e atual, que exigiu um novo corpo, um papel mais puro e sustentável. Lourenço Tarantelli

expediente A revista B (ISSN 1809-937X) é uma publicação bimestral da Neni Design Comunicação Visual Ltda-ME

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Editor Lourenço Tarantelli - jornalismo@revistab.com.br Diretor de arte neni almeida - arte@revistab.com.br Projeto gráfico e editoração Neni Design | Redação Lourenço Tarantelli | mídia João Helmeister editora cultural Bianca Coutinho Dias | editor lado b jonas oliver editora desenho b heloisa righetto | editora respiro regina maria amorim vieira Consultora jurídica Karine Vieira de Almeida OAB/SP 214 345 Jornalista responsável Lourenço Tarantelli MTB:42-783 | Impressão ibep gráfica contato publicitário (16) 3964 6762 | (16) 9165 7064 - comercial@revistab.com.br Brasil: Rua Altino Arantes, 639 - Boulevard | CEP 14.025-030 | Ribeirão Preto | SP Londres: 12 Princes road, London tw9 3hp | www.revistab.com.br É expressamente proibida a reprodução ou cópia de parte ou do todo de textos, fotos e ilustrações publicados na revista B. Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da revista.

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A - PRAÇA XV DE NOVEMBRO Marco de referência histórica e geográfica, localizada na região central da cidade. A praça foi tombada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo), junto com o Quarteirão Paulista. A - QUARTEIRÃO PAULISTA Tradicionalmente conhecido, é formado pelo conjunto arquitetônico que abrange o Theatro Pedro II, o prédio do antigo Palace Hotel e o Edifício Meira Júnior, onde funciona o Pinguin II. A - THEATRO PEDRO II Rua: Álvares Cabral, 370 Fone: 16 3632-0757 A reforma da estrutura do prédio, a modernização das instalações e o restauro das características arquitetônicas originais recuperaram o Pedro II e ampliaram suas funções, transformando-o no 3º maior teatro de ópera do país em capacidade de público. B - MARP - MUSEU DE ARTE DE RIBEIRÃO PRETO Rua Barão do Amazonas, 323 Fone: 16 3635-2421 Inaugurado em 1992, com um perfil voltado à arte contemporânea, apresentando várias exposições de representativos artistas brasileiros.

C - CATEDRAL METROPOLITANA Praça das Bandeiras Fone: 16 3625-0007 Em estilo romântico e linhas góticas, destacam-se os vitrais coloridos no seu interior, os afrescos pintados por Benedito Calixto que datam de 1917. A Catedral Metropolitana de São Sebastião de Ribeirão Preto está localizada na Praça das Bandeiras, região central da cidade. C - FEIRA DE ARTE E ARTESANATO De sexta a domingo, das 7 às 22h Praça das Bandeiras Com participação de mais de 150 artesãos de Ribeirão Preto e Região, a feira oferece uma grande variedade de produtos em cerâmica, couro, metais, vidro, adorno pessoal, louças, porcelana, fiação, tecelagem, flores desidratadas, arranjos em palha, vasos, tecidos etc. D - GALERIA DE ARTE A CÉU ABERTO Todos os domingos, das 9 às 14h Praça Sete de Setembro Aproximadamente cem artistas plásticos de Ribeirão Preto e região expõem e comercializam suas obras, promovendo o encontro da população com a arte. fonte: Prefeitura Municipal

B - PALÁCIO RIO BRANCO Praça Barão do Rio Branco Fone: 16 3977-9000 Inaugurado em 26 de maio de 1917, o Palácio Rio Branco abriga o Gabinete do Prefeito e a Secretaria de Governo.

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