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28 donaflor casa de famĂlia uncle k banana & banana theotonio restaurante rodini joalheiros design brasil portobello shop duo deca projeta iluminação caderode polo ad
Thomaz Farkas
exclusivo
lista de casamento e presentes
Não dá para viver sem! fotos: lidia muradás
rua sete de setembro, 1334 | ribeirão preto - SP | tel 16 3610 6821 | www.donaflor.com.br | donaflor@donaflor.com.br | mapa 01
cole ção outono/ inve rno 2011
Rua Sete De Setembro, 1769 Jd sumaré - Ribeirão Preto - SP 16 3911 2777 mapa 02 fotos: lidia muradás
sumário #28
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b shops | uncle k
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caderode | portfolio caderode
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b agenda | huis clos
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desenho b | by helô
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estilo b | daniella helayal - issa london
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polo ad | profissionais destaque 2010/2011
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estilo b | london fashion week - men
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turbina na b | vol 5
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banana & banana
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cultura b | tulipa ruiz
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b agenda | fashion & beauty
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respiro | Acalanto para Cão
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lado b | tropa de elite
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b agenda | travel & food
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capa | thomaz farkas
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ensaio b | Travessia
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desenho b | Brit Insurance Designs of the Year
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b shops | design brasil
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projeta iluminação
inclui mapa destacável de ribeirão preto NOSSA capa Melanie Farkas, São Paulo, final dos anos 1940 foto: Thomaz Farkas / Acervo Instituto Moreira Salles para mais conteúdo acesse: revistab.com.br siga a revista B: twitter.com/revistab
b shops
BEST BUYS 1. A linha em floater, um couro granulado, lembra o toque e a qualidade do couro clemence da linha day da Hermés. Chic e simples. verde e preta R$ 349,00 - vermelha R$ 429,00 | 2. Bolsas para Laptop e documentos em Nylon soft. Tamanho perfeito para documentos A4, carregadores, etc. R$ 299,00 | A linha de sapatos é au concour em conforto e super bem feitos. 3. ballerina vermelha R$ 159,00, 4. preto e palha R$ 149,00 - sandalha salto R$ 179,00 | 5. bolsa quadriculada em nylon soft R$ 319,00 | 6. carteira envelope vermelha elástico R$ 99,00 e R$ 109,00, quadriculada R$ 109,00 e R$ 119,00 porta chave/carta R$ 39,00
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uncle k ribeirão preto
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por isabella zanette ribeiro fotos: wagner abrahão junior
APROVADO O Design Inteligente Uncle K. Colocamos em teste os produtos da marca Carioca e o resultado foi 100% em versatilidade, funcionalidade e qualidade. Bolsas com vários compartimentos internos e alças reguláveis sintetizam a necessidade da mulher contemporânea, que precisa ter sempre tudo a seu alcance.
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b agenda
trend
Outono/ Inverno 2011 A designer Sara Kawasaki aposta no conceito sport couture criando um jogo de texturas com suas rendas, mousselines e nylons. O Jacquard xadrez em lã e malha lamê arrematam o choque dos materiais. A alfaiataria típica da grife se mistura no tema esportivo e misterioso, reforçado pela aplicação de zippers e, através das sombras e sobreposições de suas transparências. O resultado é uma mulher forte e sofisticada, marca predominante em suas coleções. Peças-chave: • Calças jodhpour • Macacão • Hot pants de lã Tons: preto, cinza e marinho Acessórios: • luvas com aplique faux fur • Sapatos com plataforma de madeira
b agenda by isabella zanetti ribeiro
Huis Clos foi criada em 1979 por Clô Orozco, Diretora Criativa da grife. O nome é inspirado numa expressão idiomática francesa e também no título de uma peça do filosofo Jean Paul Sartre, que influenciou muito a juventude dos anos 70. Atualmente, a marca possui 6 lojas próprias e mais de 40 pontos de vendas distribuídos pelo território nacional. Showroom São Paulo Rua do Bosque, 185 55 11 3093-3550 www.huisclos.com.br
belaribeiro@revistab.com.br
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house foto: oliver prout
[moda]
conteúdo exclusivo • vídeos • galerias • eventos • promoções
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colaboradores
hall da fama Alex Xavier virou jornalista por um erro de cálculo. Achou que podia mudar o mundo e quebrou a cara. Encontrou na cultura, no conhecimento e na relação com as pessoas, o sentido da profissão. Foi editor da JungleDrums em Londres, repórter da CartaCapital e do Terra Magazine, deu furo para o The Observer, escreveu para a Folha de S. Paulo e a Superinteressante. Atualmente é colunista do portal Terra, sub-editor do portal NaturaMusical e publisher do blog Turbina.tk. Bianca é editora cultural da Revista B, escreve sobre moda, cultura e arte, é curadora de conteúdo do portal B, estudou história da arte na faap, acredita que a estética humaniza e também pode ser uma ética. Leva a vida apostando em coisas delicadas, abrangentes e cheias de potência transformadora e acha que Freud e Lacan mudaram o rumo da história. Escreve em várias revistas e mantém um blog: www.flordebelalma.blogspot.com e costura vestidos aqui: www.vestidoscompoesia.com.br Heloisa Righetto é designer por formação, porém ultimamente tem se dedicado apenas a escrever sobre o assunto para as publicações brasileiras mais legais, principalmente sobre o que está movimentando o mercado em Londres e na Europa. Eventos, exposições, premiações: se é sobre design, ela está lá! Antes disso, foi designer da Tok&Stok. Formada em 2006 pela Universidade Mackenzie, em São Paulo, foi uma
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das primeiras participantes do grupo Design Possível, que usa o design como ferramenta para melhoria de vida de muitas pessoas. Isabella Zanetti Ribeiro, morou 11 anos na capital Inglesa, estudou na London College of Fashion graduando-se em Fashion Business Management. Conhecedora do high street até high end luxury, teve passagem por Paris, pela Christian Dior e Milão, pela Loro Piana. Empresa na qual trabalhou pelos últimos seis anos como gestora comercial tendo oportunidade de conhecer e desenvolver habilidades para lidar com a alta sociedade Londrina e de todos países europeus e asiáticos. Atualmente está em Ribeirão Preto, buscando trazer para um novo trabalho toda sua experiência no mercado de luxo e clientelas especiais. Jonas Oliver quem diria acabou em Londres... na verdade como estudante de moda sempre achou que Paris seria o melhor lugar do mundo para estar, mas um belo dia tudo mudou; uma proposta de trabalho em New York e próxima parada!!!! Londres. Hoje seu trabalho pode ser visto em importantes revistas como: Vogue, Elle, Style e outras; viver em Londres é mesmo a melhor aventura até agora; e o trabalho de moda foi com certeza seu maior acerto. Kairo Ochoa é entusiasta cultural por excelência. O que o move à produção cultural
sempre. A psicologia uspiana lhe organizou a complexidade do mundo e a arte, suas manifestações. Buscando a arte na vida, é também bailarino de Flamenco e professor de espanhol. Além disso, divide seu tempo juntando amigos inesperados e sonhando aproximar sua terra, o Panamá, com sua casa, o Brasil. Regina Maria a. vieira, terráquea há sessenta e cinco anos, vez por outra extraterrestre por vocação. Escritora, ilustradora e criadora do Programa Sábado Sabido de teatro de formas animadas (sabadosabido. com.br). Há vinte e dois anos desenvolve textos e ações voltados para a conscientização e sensibilização para todas as questões que afetam a vida em nosso planeta. Menos cética do que se imagina, faz da esperança ofício de viver. Robert Frank é vocalista e guitarrista da banda Pelos de Cachorro, ilustrador, animador e finalizador. Realiza e contribui com trabalhos audiovisuais há 7 anos. Mora em Belo Horizonte mas é apaixonado pelo mar. Schelay McCarter é jornalista de moda e diretora de arte, além de dar aulas de marketing em moda na escola Central Saint Martins Artscomm. Schelay escreve em um blog chamado fashiontent (schelay.blogspot.com) e contribui para a Komotif, uma empresa de e-commerce especializada em projetos de moda. (schelay.co.uk)
revista b entrevista
Daniella Helayal issa london por Schellay McCarter fotos: divulgação
Daniella Helayal, talentosa Diretora de Criação e Designer da marca Issa London, sempre apaixonada por moda, participou de seu primeiro desfile aos oito anos de idade. Daniella iniciou seus estudos em Direito no Rio de Janeiro, mas aos 20 anos, decidiu morar em Nova Yorque para trabalhar como consultora e compradora de várias empresas de moda do Brasil, excelente experiência. No entanto, com o tempo começou a sentir uma certa frustração em não encontrar nada que realmente vestisse a ideia do feminino brasileiro, foi quando decidiu criar sua própria coleção. A famosa boutique Daslu de São Paulo adorou as criações de Daniella e, passou a ser a primeira Loja a vender suas coleções. Daniella percebeu que suas criações femininas e brasileiríssimas poderiam se destacar no mercado europeu, assim, decidiu mudar-se para Londres. Com seu charme e apaixonada pela capital inglesa, Daniella ficou conhecida, tornando-se uma das mais bem conceituadas designers da Europa. Recentemente, a noiva do Príncipe William, Kate Middleton, conheceu Daniella e logo identificou em suas criações, a mágica combinação entre sensualidade e bom gosto. Encantada com a marca, Kate vestiu um deslumbrante vestido azul para anunciar seu noivado com o Príncipe. Foi nesse clima de romantismo, que a coleção outono/inverno 2011 da Issa, atraiu os olhares do mundo da moda durante a London Fashion Week que aconteceu em fevereiro. Uma coleção triunfante, inspirada na elegância de figuras como Audrey Hepburn e o Duque de Windsor. A Revista B, através de sua correspondente de moda em Londres, Schellay McCarter, acompanhou esse desfile e traz essa entrevista exclusiva com Daniella Helayal.
O que atraiu você ao Reino Unido para desenvolver seu ateliê? Em Londres, as pessoas tem mais liberdade com a moda e o vestir está mais ligado ao sentimento de cada um. É essa mistura tão eclética e incrivelmente inspiradora, que estimula sempre novas ideias. Hoje, eu não poderia imaginar a Issa em qualquer outro lugar do mundo, que não seja Londres. Como você define o conceito de seu design? No meu design, eu incorporo o estilo de vida brasileiro, mais descontraído e casual. Quero que as mulheres fiquem mais lindas e confiantes, em vestidos alegres e confortáveis. Quem é a mulher Issa? A mulher Issa não tem limite de idade ou de tamanho! Pode ser aquela que valoriza elegância e feminilidade. Eu gosto da maneira que meus vestidos podem ser utilizados em um estilo de vida livre de crises. Apenas com a mudança de acessórios, eles podem ser usados desde a manhã até a noite, do trabalho para o jantar ou festa. Issa, é tudo o que envolve glamour sem esforço e faz as mulheres se sentirem confiantes, confortáveis e tranqüilas em sua própria “pele” e vestido. “ISSA FOR ALL”, é nosso conceito. Existem outros estilistas que você admira? No passado, Cristian Dior, por permitir a volta da feminilidade, após as dificuldades da 2ª Guerra Mundial, tornando possível e aceitável a mulher ser novamente glamurosa. Chanel, por criar o sonho de liberdade na moda feminina,
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que ainda hoje é tão moderno. Karl Lagerfeld é um dos mais influentes designers e fotógrafos de nossa geração, ele é bem conhecido e respeitado dentro e fora da indústria da moda pelo seu talento de apresentar os clássicos da Chanel reinventados e renovados a cada temporada... Gênio! Fale sobre a participação de Yasmin Le Bon e Andrea Dellal na passarela desta temporada? Elas representam o apelo universal da marca?
No Brasil, onde são vendidas suas criações? Estamos vendendo em todo o Brasil. Em São Paulo, na loja NK. As pessoas também podem encomendar suas peças online pelo site www.net-a-porter.com ou www.ecloset.com. br . É natural que a primeira loja exclusiva Issa seja no Brasil – então fique de olho! Haverá também uma loja online para vender Issa, que estará no ar nos próximos meses. Algum dia, você participaria da São Paulo fashion week?
A alegria da marca Issa é a sua qualidade atemporal, isso permite que as mulheres de todas as idades, formas e tamanhos se sintam bem em roupas que as deixam lindas. Eu fiquei feliz por ter mulheres reais no meu desfile nesta temporada, ao lado de modelos novas e jovens. Yasmin e Andrea são mulheres que realmente podemos respeitar e olhar com admiração. Elas estavam fantásticas e mostraram que não há limite de idade para “balançar” a passarela com um belo vestido.
Eu escolho Londres porque a Issa é uma marca britânica, tudo começou aqui, eu realmente me sinto em casa. Eu tenho uma equipe que é um sonho e amo as pessoas com quem trabalho e isso não poderia ter acontecido em qualquer outro lugar do mundo. Então, no momento eu acho que vou continuar em Londres, mas existem planos para, eventualmente, ter previews no Brasil.
Você usa os sapatos da Charlotte Olympia (Dellal)?
Além do trabalho, o que você prefere fazer em Londres?
Eu adoro os sapatos de Charlotte! Trabalhamos juntas para a coleção Issa Primavera-Verão de 2009, foi um desfile fantástico, as roupas em perfeita harmonia com os sapatos e acessórios.
Eu sou apaixonada por comida japonesa e o Zuma em frente da Harrods poderia ser minha segunda cozinha. Também o Nobu de Berkley Street onde meu amigo Paul sempre me garante uma mesa e a vibe é sempre cool. Também vou
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dançar no Annabel’s em Berkeley Square, o clube privado mais glamuroso e exclusivo de Londres - Tenho ótimas memórias, especialmente da minha festa em 2007 “United Friends of Issa”, dancei a noite toda com meus amigos e as meninas vestidas de Issa! Londres tem belos parques e jardins, Eu amo visitar o Kew Gardens; a natureza é tão perfeita! Inspira-me muito! Muitas de minhas estampas são inspiradas nas texturas e cores de jardins em Londres. O Richmond park; de longe o parque mais bonito de Londres. Eu adoro ir para lá fazer caminhadas nos finais de semana. Na Royal Opera House, vou durante a semana para assistir opera ou ballet, Acho bom ser cultural quando você pode. Como você relaxa depois de um dia no Ateliê? Eu adoro voltar para casa caminhando após o trabalho. Minha casa fica apenas 5 minutos do Studio e nas margens do Rio Thames. Meu melhor amigo, Olivier Mourão fez um projeto de decoração arejado, colorido, artístico, eclético e muito aconchegante. Definitivamente uma casa feita para estar cheia de amigos. Depois de minhas viagens de trabalho, eu volto ao aconchego do sofá com livros de moda e arte, além da companhia de meus amados cães, Monster e Snowball. Estar em casa sempre me deixa muito feliz.
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Do que você sente mais falta do Brasil? Eu sinto falta do ambiente alegre, da atitude mais descontraída perante a vida. Eu sinto falta de passar meus fins de semana na praia, nadar no mar e estar cercada pela natureza. Eu também sinto falta de todas as cores, da luz do sol e da emoção do carnaval, mas acima de tudo, eu sinto falta da minha avó! Fale mais sobre sua linha Baby Issa – ela será vendida no Brasil? A Baby Issa apresenta crianças com vestidos bonitos para todos os dias, leves e coloridos, permitindo liberdade de movimento - essencial para os pequeninos explorarem o mundo em pulos e saltos para cada momento. Meus amigos estão sempre me pedindo para fazer versões em miniatura dos meus vestidos para seus filhos. Como brasileira, minha estação favorita do ano é o verão, então fez todo o sentido desenvolver uma linha bebê junto com a primeira coleção de verão, com base na sensibilidade que costumo trazer para a linha principal da Issa. A história das estampas é uma série de “rabiscos” de coração, bolas e listras em rosa bebê, vermelho, verde e azul marinho clássico. As cores e estampas foram escolhidas para refletir a inocência e alegria das próprias crianças.
London
arte b
Fashion Week
por: Jonas Oliver | fotos: Adrian Eric Morales e Neni almeida
Realmente, parece que o minimalismo está chegando ao fim. Ao menos foi essa a sensação que eu tive durante uma exclusiva visita nas instalações, especialmente elaboradas, para o público masculino da London Fashion Week deste ano. Talvez agora, o novo conceito para a moda masculina é não seguir tendências e apostar na ideia de reinventar looks cada vez mais descontraídos e originais, afinal, vaidade e masculinidade combinam muito bem!
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moda praia e fitness
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clube bossa
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água de coco
Lygia & Nanny
av. Independência, 2366 Ribeirão preto - sp tel 16 3620 2281 mapa 04
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beleza
ateliê
vestidos com poesia
Otto de origem Bulgária. Uma vez testado é “amor à primeira vista”. Para as novatas o Travel Kit traz a linha completa de tratamento e para as assíduas a linha de 500mls é vendida exclusivamente na Space NK.
O Ateliê de Bianca Dias é um espaço de ideias, criações e inspirações. A proposta é investir na exclusividade dos tecidos e estampas. Com modelagem perfeita a designer cria vestidos, saias e peças únicas. Sua grife “Vestidos com Poesia” aposta numa interpretação contemporânea para Kaftans em seda e jersey. Os modelos sob medida para o dia a dia são customizados e perfeitos para quem não gosta de se vestir em série. Além de peças para looks mais casuais, que é marca registrada de suas coleções, Bianca entra num mundo de fantasia e sonhos com a linha Marriage e Festas. Suas clientes recebem atenção especial em seu ateliê que funciona com horário marcado. “Na poesia e no enigma que transbordam do encontro com o feminino se criaram vestidos. Tudo começou como um desejo de traduzir narrativas impregnadas de lirismo, sensibilidade e imaginação, e prosseguiu entre tecidos, sonhos e delicadezas” Bianca Dias
evelom.com
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eve lom Quem não conhece a Marca está perdendo o melhor removedor de maquiagem do mundo. Esfolia tonifica e limpa a pele de maneira que nenhum outro produto no mercado consegue e ainda deixando uma fragrância espetacular, feita com óleos naturais de Rosa
acessórios
b agenda by isabella zanetti ribeiro
belaribeiro@revistab.com.br
perfumes
Maison Francis Kurkdjian Tiaras Os acessórios de cabelo roubam a cena e tornam-se reflexo das tendências atuais. (Penas, dança, leopardo, veludo, tule, laços, color blocking, etc.). Mais ousados que os acessórios de cabelo habituais, tiaras e prendedores viram estrelas do styling e itens fundamentais em nosso guarda-roupa. A coleção da designer Ju Padilha ultrapassa os limites da criatividade elaborando peças que compõem desde looks sofisticados até o jeans básico do dia a dia.
Pense nos perfumes mais famosos do mundo. Dezenas deles são criações de Francis. YSL, Lanvin, Kenzo, Dior e muitas outras casas de fashion, beleza e HauteCotture fazem parte do portfolio de criação do “gênio francês”. Estudou piano e dança quando criança e aos 15 anos resolveu se dedicar ao mundo dos perfumers. Com 25 anos já desenvolvia para Jean-Paul Gaultier e em 2009 lançou sua própria Masion em Paris. O Cologne Pour Le Matin está no top da nossa lista com uma combinação fresca, suave e poderosíssima.
jupadilha.blogspot.com
franciskurkdjian.com
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bolsas
fashion
Yummy mummy Novidades: Bolsas para mamães em nylon soft. Desenvolvida pensando em tudo que as mamães e seus pequenos precisam. unclek.com.br
KIDS
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G FOR KIDS
Style
G for Kids – A marca brasileira especialista em vestidos para meninas cria looks para o dia a dia, festas e daminhas de honra. Seguindo tendências europeias, para esta coleção a escolha dos temas foram o poà, floral, listras e muitas estampas. A diretora criativa da marca, apaixonada por roupas infantis, faz com que suas clientes se vistam como princesas. Adoramos o kit underwear de calcinhas com estampas de sua linha. Seu blog, em breve, apresenta seu editorial catálogo que ficou super bacana e também várias dicas e novidades do mundo da moda infantil.
Chloé já contou com nomes como Stella McCartney e Phoebe Philo. Hoje Hannah Mac Gibbon’s ocupa a cadeira chefe de Designer da grife e arrasa na coleção Verão 2011. O resultado é feminino e clean, com tons de beges dourados, brancos e vermelhos. A Revista B com muito champagne e canapês escolhe os melhores looks do preview na Flagship Store em Sloane Street. As modelos pareciam estar vestidas para um ensaio de ballet; adoramos as saias de tule com short em baixo e as ballerinas cor de rosa pele. Todas as peças são perfeitas para nosso Frio Tropical.
gforkids.blogspot.com
chloe.com
por: Jonas Oliver | fashion@revistab.com.br
Photographer Christopher Sims Fashion Editor Sara Darling Grooming Jonas Oliver using Mac Photographer’s Assistant Benjamin Penaguin Fashion Assistant Hermione Russell Model James Cooper @ Premier Trench coat by Aquascutum Green shirt - Wrangler White shorts - Jaeger Boots by Magnanni Socks by Lyle and Scott
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Shirt by Whillas and Gunn
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Shirt by Brian Clarke Waistcoat by Oliver Spencer Epaulettes by Jenny Mcllhatton Brooches by Adrian Eric Morales
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Shirt by Vintage Biba Jacket by Brian Clarke Leggings by Am Golhar Jewellery - Adrian Eric Morales
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Shirt - Percival Olive leggings - Am Golhar Bag by Jaeger Collection Boots - Pedro Garcia
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Kakhi shirt and trousers by Brian Clarke String vest by Am Golhar Brogues by Magnanni
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Polo neck by Am Golhar Black trench coat by Diesel Brooch by Adrian Eric Morales
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prata
Detalhes
fracalanza Hoje, assim como no passado, enfeitando as mesas dos grandes imperadores, príncipes, palácios, marajás, no Oriente Express e restaurantes contemporâneos, a Prata é um símbolo de elegância e luxo. Para presentear grandes comemorações e ocasiões especiais nada supera o requinte desse metal nobre. Em Londres quando o assunto é prataria não há lugar como o Silver Room e Luxury Dining da Harrods. Em Ribeirão Preto, DonaFlor com seu serviço impecável traz com exclusividade para seu portfolio a marca Fracalanza e o requinte insuperável de suas peças que são exportadas para todo mercado Europeu e agora no nosso doorstep.
Le Biscuit Um mimo para seus clientes e convidados são as bolachinhas artesanais bespoke da Le Biscuit. WE LOVE IT!!!!!
tel 16 3610 6821 | www.donaflor.com.br
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belaribeiro@revistab.com.br
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Couture Cakes Izabela Junqueira é o crème de la crème na profissão dos Cake Designers de Ribeirão Preto. Suas criações inovadoras se destacam no mercado. Izabela cria bolos couture para casamentos, aniversários e celebrações. Seus designs são totalmente bespoke, interpretando o desejo e fantasia de cada cliente com criações contemporâneas e clássicas. Seu trabalho é artesanal utilizando os mais finos ingredientes, lembrando os sabores e a tradição das quituteiras das antigas Sinhás. 16 39114493 izabelajunqueira.com.br
Luxury traveller • Weekend 5 star • Duração: 4 dias - Viajantes: 4 amigas • Cidade: Rio de Janeiro • Hotel: Copacabana Palace • Motivo: Diversão e muitas compras!!! A escolha do Hotel foi inspirada no filme “Flying down to Rio” com Fred Astaire e Ginger Rogers. Não sabemos dizer se foi o serviço impecável do staff da piscina, se o mousse de chocolate no Cipriani, se a
suíte luxuosa com vista para o mar ou se foi a massagem signature do spa do hotel que transformou os 4 dias numa viagem de sonho, glamour e muitas compras. Encontramos um Rio de Janeiro seguro, limpo e lindo. As galerias de arte e boutiques no Leblon e Ipanema estão de dar inveja em muitas capitais internacionais. Assim a Revista B elege “The Ultimate Shopping weekend”. copacabanapalace.com.br
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Praia de Copacabana, Rio de Janeiro, 1947 | Thomaz Farkas - Acervo Instituto Moreira Salles
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Delicadeza do gesto e da forma Por BIANCA COUTINHO DIAS | BIANCA@revistab.com.br
Thomaz Jorge Farkas nasce em Budapeste, Hungria, em 17 de setembro de 1924. Em 1930, imigra com seus pais para São Paulo e a partir daí constrói uma linda história na fotografia e na vida cultural do país. O dia hoje foi de emoção aqui na redação. Passar o dia com Thomaz Farkas, vasculhar sua vida, pesquisando sobre a caravana Farkas, emocionar-se com a elegância e a delicadeza de suas fotos, chorar diante de algumas imagens do Pacaembu e com o futebol retratado com a sutileza poética de um homem que sabia enxergar além. Thomaz, com sensibilidade e maestria soube transformar a paixão mundana e passageira pelo futebol numa coisa sublime. Mesmo alguém ignorante no assunto, fica comovido diante dos meninos assitindo ao jogo de fora do estádio do Pacaembu por um brecha, um intervalo. E de repente, você é conduzido para o
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universo sofisticado do futebol. O mesmo que fazia Albert Camus, o grande pensador e escritor argelino, citar a experiência de ser goleiro como uma das mais fundamentais em sua vida e o mesmo que fazia Martin Heidegger, abrir uma exceção aos domingos á tarde para assistir aos jogos do campeonato alemão trasmitidos pela televisão. Thomaz parece revelar em suas fotos, aquilo que disse Nelson Rodrigues, sabendo muito bem conjugar futebol com pensamento - os melhores jogadores, tanto na vida quanto no campo, não são aqueles que vêem somente a bola e sim os que olham ao mesmo tempo para ela e para além. Foi com esse olho estrábico, atento para os buracos no caminho e com o outro voltado para as estrelas, que no dia 25 de março de 2011, Thomaz parte para o infinito.- aquele menino curioso, que em 1932, aos oito anos de idade, ganha de seu pai a primeira câmera fotográfica e durante os dez anos seguintes realiza imagens que podem ser compreendidas, em grande medida, como experimentos visuais fotográficos intuitivos e exploratórios à maneira de Lartigue – onde família, animais domésticos, o grupo de amigos de bicicleta, fatos relevantes como o Zeppelin sobre a cidade e a construção do estádio do Pacaembu nos arredores de sua residência são todos
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Escadaria da Galeria Prestes Maia. São Paulo/SP, 1946 | Thomaz Farkas - Acervo Instituto Moreira Salles
temas para incursões fotográficas, e, em alguns casos, também cinematográficas. Um luto acontecia no exato momento onde a vida e as fotos passavam por aqui. E não deixa de ser linda e comovente a sintonia de escrever sobre uma vida tão digna e múltipla de sentidos, no momento em que ela nos deixa. Percorrer com os olhos marejados, as primeiras séries fotográficas autorais de Thomaz Farkas, associadas ao seu ingresso formal no Foto Cine Clube Bandeirante, em 1942. Adentrar seu trabalho, em conjunto com outros fotógrafos atuantes no FCCB, como Geraldo de Barros, José Yalenti, José A. Vergareche, German Lorca, a vertente formadora da fotografia moderna brasileira, foi exercício de alumbramento. Seguir a trajetória do rapaz que começa a estudar engenharia mecânica e elétrica na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, se formando em 1947. Junto com colegas de curso e amigos, como os irmãos Callia, Capote Valente e o gravurista Marcello Grassmann, passa a fazer composições fotográficas surrealistas, no estilo de Man Ray.
fias do Balé Russo e do Ballet des Champs Elysées no Rio de Janeiro e em São Paulo. As fotos das bailarinas que sustentam a efemeridade do imediato e do urgente que se estende no tempo, é como entender a passagem desse sujeito genial que em 1948, viaja aos Estados Unidos, onde estabelece contato com o fotógrafo Edward Weston, na Califórnia, e com o fotógrafo e então curador de fotografia do Museu de Arte Moderna
não deixa de ser linda e comovente a sintonia de escrever sobre uma vida tão digna e múltipla de sentidos, no momento em que ela nos deixa
Deixar o corpo se entregar ao bailado silencioso e sentir junto com as fotografias de 1945 - as comemorações pelo fim da Segunda Guerra Mundial, no centro de São Paulo, e em 1946, com a leveza das fotos de coreogra-
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Bailarina do BalĂŠ da Juventude da UNE, Rio de Janeiro, 1947 | Thomaz Farkas - Acervo Instituto Moreira Salles
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ExperiĂŞncia surrealista com colegas da Poli. SĂŁo Paulo/SP, 1947 | Thomaz Farkas - Acervo Instituto Moreira Salles
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Sombra do fotógrafo José Medeiros, Rio de Janeiro, 1946 | Thomaz Farkas - Acervo Instituto Moreira Salles
(MoMA), em Nova York, Edward Steichen. Realizando, no ano seguinte, em São Paulo, sua exposição individual Estudos fotográficos e ainda nesse mesmo ano, a pedido de Pietro Maria Bardi, juntamente com Geraldo de Barros, monta o laboratório fotográfico do MAM/SP. Um sujeito atento ao mundo e preciso em capturar aquilo que transborda dele, e que nas palavras de João Farkas, seu filho, alguém que sempre foi apaixonado pela música e por diversas manifestações culturais: “da cachaça à arquitetura modernista, do samba à cozinha rústica nordestina - um homem que transitava sem nenhum preconceito entre a mais antenada visão de mundo e as mais profundas tradições populares.” Visão de mundo que o levou, em 1957, por sugestão de um amigo arquiteto e urbanista, viajar a Brasília para acompanhar a construção do projeto de Lucio Costa e Oscar Niemeyer. A linguagem e abordagem que escolhe nas séries de Brasília, mais próximas do fotojornalismo e da fotografia documental, parecem já apontar para os trabalhos que realizaria na década de 1960 e 1970, (na direção da Fotoptica), em especial a Caravana Farkas de documentários sobre o Brasil profundo e a série em cores sobre a Amazônia e Nordeste (Notas de viagem). Os filmes da Caravana Farkas são legados belíssimos, que fazem a vida de Thomaz se ampliar para além da ditadura do momento que acena pelo fim. Filmes que desvelam as manifestações culturais com uma verdade e um sentido ético únicos.
alguém que sempre foi apaixonado pela música e por diversas manifestações culturais: da cachaça à arquitetura modernista, do samba à cozinha rústica nordestina
Um olhar depositado nas coisas mais simples, felicidades e vidas atribuladas por coisas miúdas, momentos de fulgurante simplicidade como os meninos assistindo jogo fora do estádio do Pacaembu, a mulher numa mesa de bar ou a absurda capacidade de fotografar o mínimo da civili-
Saguão da Escola Politécnica, São Paulo, 1943 | Thomaz Farkas - Acervo Instituto Moreira Salles
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Mirante do Trianon. São Paulo/SP, 1945 | Thomaz Farkas - Acervo Instituto Moreira Salles
zação, a fumaça de um trem que passa e segue cortando as linhas do espaço. Uma mirada de rastros e índices do absurdo que nos convoca cotidianamente. Um jogo de luz e sombra tão agudo que parece ilustrar os livros de Tanizaki. Em 1970, lança a revista Fotoptica, com ensaios de fotógrafos brasileiros e internacionais. Em 1979, funda, com Rosely Nakagawa, a Galeria Fotoptica, primeira galeria do país dedicada exclusivamente à fotografia. Passa a lecionar no Departamento de cinema e jornalismo da escola de cominicação e artes da escola de São Paulo (ECAUSP). É afastado de suas funções pelo regime militar em 1974 e só volta a lecionar em 1979. Em 1977, conclui o doutorado em comunicações na mesma escola. Em 1995, torna-se presidente do conselho da cinemateca brasileira. Esse olhar agudo e desconcertadamente extenso e simples ficará estendido no tempo; Thomaz Farkas fará falta, mas ficará eternizado em suas imagens de profunda afinidade com a linguagem poética. E de tudo, nos resta, aquilo que disse em profundidade, Paul Valery: “o poema é feito expressamente para renascer de suas cinzas e vir a ser indefinidamente o que acabou de ser. A poesia reconhece-se por esta propriedade: ela tende a se fazer reproduzir em sua forma, ela nos excita a reconstituí-
Calçada arborizada, Rio de Janeiro, 1947 | Thomaz Farkas - Acervo Instituto Moreira Salles
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Thomaz Farkas
Salto ornamental na piscina do estádio do Pacaembu. São Paulo/SP, 1945 | Thomaz Farkas - Acervo Instituto Moreira Salles
la identicamente.” E Thomaz Farkas assim o fez, com maestria e sensibilidade libertadora, fazendo do banal o improvável, do que passa, aquilo que permanece, e segue assim, fulgurante e majestoso no tempo. Uma bela coletânea de Thomaz, pode ser vista até 1o de maio, em cartaz, no Instituto Moreira Salles de São Paulo, com a exposição Thomaz Farkas: uma antologia pessoal - a retrospectiva da obra desse consagrado fotógrafo húngaro, naturalizado brasileiro. A mostra tem cerca de 100 imagens, parte delas inéditas. Por ocasião da exposição, o IMS lança o livro homônimo com cerca de 140 imagens e texto de João Farkas, filho do fotógrafo. Para compor livro e exposição, durante dois anos Thomaz Farkas revisitou toda a sua trajetória, com suporte de seus filhos João e Kiko Farkas, e em conjunto com os pesquisadores e curadores do IMS, que hoje preserva sua obra fotográfica. Em Thomaz Farkas: uma antologia pessoal os visitantes podem conferir imagens do fotógrafo produzidas a partir da década de 1940, época em que Farkas se associa ao Foto Cine Clube Bandeirante (FCCB), local de debate sobre a atividade fotográfica. Afinados com as vanguardas europeias e norte-americanas, os paulistas do FCCB buscavam uma estética específica para
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a foto, com novos enquadramentos e pontos de vista inusitados. “Predominam aqui as fotografias de forte viés formal e abstrato, baseadas em construções de luz em sombra, a partir da paisagem, arquitetura, objetos ou naturezas mortas, além de imagens marinhas registrando a água e a luz por ela refletida em suas constantes mutações de forma”, explica Sergio Burgi, coordenador de fotografia do IMS. A mostra apresenta também trabalhos posteriores, com uma abordagem mais humanista, quando Farkas se aproxima do fotojornalismo. Destacam-se as séries sobre o Rio de Janeiro que incorporam o retrato e a vida dos moradores de bairros populares e regiões do centro histórico da então capital federal. Na mostra também estão presentes algumas imagens coloridas datadas de 1975, mas que só foram apresentadas pela primeira vez ao público em 2005. São fotografias feitas parte durante uma expedição científica ao Amazonas - fotografias de uma sensibilidade rara, plural e absolutamente ímpar. Um brinde aos olhos e ao coração.
Thomaz Farkas: uma antologia pessoal de 28 de janeiro a 1º de maio de 2011 - Entrada franca Instituto Moreira Salles – São Paulo - ims.uol.com.br
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ensaio b
Travessia Por BIANCA COUTINHO DIAS | BIANCA@revistab.com.br | ilustração: ROBERT FRANK
Abri os olhos e estava lá-naquela região desértica, árvores baixas em terrenos arenosos, tufos de planta seca, sem capim, água, pássaros. Letra por letra do grande sertão, invadindo meus olhos assombrados com os fortíssimos elementos metafísicos, através da linguagem metafórica num manancial de símbolos a serem interpretados e desvelados. Madrugada caindo acelerada e Guimarães Rosa fazendo companhia para minha insistência nessa dimensão vertiginosa do intangível. Ele mesmo, na sua relação íntima com a palavra, em sua metafísica do grandioso do sertão, e no imponderável que abarca qualquer travessia, faz escuta ao mínimo de mim- esse mínimo cifrado, que caminha no Liso do Sussuarão. A necessidade de atravessar esse lugar misterioso insistia e através de um “intransponível” atalho, procurava alguma coisa que pudesse nomear esse desolamento geográfico. Desolamento... era assim olhar para o grandioso do sertão- sentir a luz implacável, brilhante, impiedosa, devastando minhas retinas cansadas pela obsessão angustiada do “querer-ver” . Riobaldo, era naquela madrugada, indicador angustiante da vertigem de meu afeto. E, apesar de Riobaldo ter experimentado outras travessias, embaixo de sóis mais terrificantes e doídos, essa se mostrava diversa, estranha, inusitada, ao ponto de bulir com sua coragem e lhe causar temor, dado o oculto que ainda estava por vir e que ele não sabia o que seria. Riobaldo em seu heróismo humanamente trágico, de carne-e-osso, espírito e pensamento, portanto, passível de dores e tormentos fazia escritura fina em minha fantasia de travessia do sertão: “Pois dorme, Riobaldo, tudo há de resultar bem...” escutei o som saindo do livro. E, essas palavras soaram aos ouvidos do herói rosiano com esmaecida esperança, mas tendo sido elas pronunciadas por Diadorim, a quem ele dedicava um sentimento ambivalente de amizade e paixão, mutaram em aprazível deleite. Riobaldo chegou a sonhar: “Noite essa, astúcia que tive uma sonhice: Diadorim passando por debaixo de um arco-íris”. Na dinâmica compensatória do imaginário, minha dor também entrava em ebulição e, como para quem amanhece nas entranhas de um sussuarão gigante, a imaginação de Riobaldo compensara os dissabores do dia com a matéria inconsciente do sonho, e agora, em
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vigília, uma outra espécie de sublimação imaginativa vem em seu socorro: a memória. A lembrança de um passado idílico e prenhe de prazeres o liberta, momentaneamente, das agruras de um presente demasiado opressivo. A rememoração da presença noturna da feminilidade da mulher, ao mesmo tempo maternal e erótica, redimensiona o ponto de vista riobaldiano diante do caos, renovando-lhe a humanidade. O relembramento de Riobaldo é um gesto imaginativo a que ele recorre buscando a superação do desconforto do presente, trazendo a imagem do feminino consubstanciada em duas figuras: Otacília, representando um porto seguro, o reaparecimento da presença materna aconchegadora, o seu amor de ouro e, Diadorim, presença fugidia e aventureira, uma neblina interpondo-se entre uma forte amizade e uma paixão arrebatadora, o seu amor de prata. Os olhos verdes de Diadorim apontam para um futuro carregado de incertezas e ainda a ser construído, por isso mesmo, irrecusável (olhos de onda do mar). Equilibrando-se na corda bamba do tempo, Riobaldo, o herói rosiano em luta contra o sussuarão, é instigado pelo pendor feminino a tomar alguma atitude. “Decifra-me ou devoro-te” - a interrogação atravessou também meus olhos envolvidos em Guimarães Rosa, e cheios de medo, dor e prazer. Eu estava de corpo aberto à epifania do mistério do feminino. Meus pés caminhavam pela sala, angustiados na recondução do sensível. Vi diante de mim a aparição do indivisível, pelo e no significante” - alcançando a revelação de seus inesgotáveis sentidos. Entre o torpor do intangível, todos os símbolos se estenderam além da palavra. Eu podia ser qualquer coisa por minhas veredas sertanejas: uma pedra elevada, uma árvore gigante, uma águia, uma serpente, um planeta. Mas era somente eu-líquida depois de tanto sertão...
desenho b
Os melhores do ano no
Design Museum por: heloisa righetto | desenhob@revistab.com.br
Gráfico, produto, mobiliário, interativo, transporte, moda e arquitetura: o Designs of the Year Awards reúne o crème de la crème do mundinho do design em um mesmo lugar. Em meio a tantas premiações e concursos de design mundo afora, o Brit Insurance Designs of the Year consegue se sobressair não apenas por celebrar diversas categorias desse mercado extremamente criativo, mas também por reconhecer profissionais dos quatro cantos do globo. O resultado é um mix eclético de conceitos, estilos e processos produtivos, todos sob o mesmo teto. E esse é o aspecto mais bacana do evento: as peças ficam em exposição durante vários meses, e quem tem a oportunidade de visitar Londres e o Design Museum pode ver de perto um “resumão” do que aconteceu no mercado nos últimos 12 meses. Apesar de muitos críticos de design – a Europa está cheia deles! – terem desabafado seus poréns na mídia afora, ora criticando o layout da exposição, ora alfinetando a comissão julgadora, o evento não traz nada senão resultados positivos, já que o maior beneficiário é o público. Afinal, quantas vezes temos a oportunidade de estar cara a cara com projetos tão bacanas feitos por pessoas tão diferentes? Pois é, o mercado do design é um segmento fechado, e quando abre-se uma janela não nos resta outra opção senão sugar toda informação possível. Mas, voltando ao que interessa, selecionamos alguns projetos que merecem destaque:
Cadeira Endless | Dirk vander Kooji O holandês Dirk vander Kooji vem de uma das universidades mais prestigiadas do mundo, a Design Academy Eindhoven. E o trabalho dele faz jus a fama da escola, já que é não apenas um produto, mas um novo olhar sobre o processo industrial e a tecnologia de ponta das fábricas chinesas. Dirk resgatou um robô aposentado – que trabalhou 140 mil horas em uma linha de produção na China – e o reprogramou: que designer não gostaria de ter sua própria máquina de prototipagem rápida? Mas ainda havia a questão do material, e o designer não precisou procurar muito para achar a solução: teve a brilhante ideia de reutilizar geladeiras quebradas que iriam para o lixo. Ele transformou todo esse plástico em uma corda, e colocou o robô pra trabalhar. Ainda não entendeu o nome da cadeira, Endless (“Sem fim”)? Toda sua estrutura é feita continuamente com essa corda plástica, não há pregos, parafusos, nem cavilhas. Dick conseguiu unir conceitos de design em massa com trabalho artesanal, já que cada cadeira produzida vem de um desenho em 3D feito previamente por ele. Ou seja, o resultado vai ficando cada vez melhor, e o ciclo desenhar – fabricar – ajustar evita a inflexibilidade das linhas de produção.
Banco Solo | Domingos Tótora Pois é, o design brasileiro tem um representante – dos mais prestigiados, diga-se de passagem – nessa edição da exposição! O mineiro Domingos Tótora, conhecido pelo seu trabalho sustentável que reune material reciclado e mão-de-obra do bem (Domingos treina e emprega pessoas de sua comunidade), está entre os selecionados na categoria mobiliário. Esse é um grande passo não apenas para Domingos, que tem desenvolvido peças lindíssimas com papelão, mas também para a indústria criativa do Brasil, que aos poucos vão conquistado espaço internacional. O produto em questão é o banco Solo: a primeira vista o acabamento impecável pode enganar os olhos, já que o assento feito em papelão ganhou um visual de pedra. Mas o bacana é saber que o produto é tão ou mais resistente do que a própria pedra, e coloca a fabricação artesanal em um novo patamar.
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Brit Insurance Designs of the Year
Coleção Blueware | Studio Glithero O trabalho do estúdio Glithero pode parecer simples a primeira vista: são apenas vasos não? Não! O segredo da indicação da coleção Blueware para o Designs of the Year está no processo, no fazer do produto, e não nele próprio. As estampas de flores e folhas foram feitas com uma antiga técnica de revelação fotográfica, adaptada para os dias de hoje. Funciona assim: os espécimes naturais, que vieram diretamente das ruas de Londres, são secos e prensados. Depois, são cuidadosamente colocados sobre a superfície cerâmica dos vasos e azulejos, em uma composição delicada e fluída. Depois disso é que a mágica acontece: os objetos são expostos a químicos fotosensíveis, e o resultado é um tom de azul nas partes que não estavam cobertas pelas plantas.
Plytube | Seongyong Lee Os banquinhos Plytube, desenvolvidos por Seongyong Lee como projeto de fim de curso da Royal College of Art, são mais um exemplo de que o design vai muito além do formato. Seongyong inventou um novo material a partir de uma fórmula muito simples: adaptou o processo de produção de tubos de papelão para utilizar lâminas de madeira. Dessa forma, construiu uma estrutura super resistente e que ainda por cima tem apelo estético. A fabricação do Plytube pode ser aplicada em larga escala pela indústria moveleira, sem contar nas possibilidades de uso na arquitetura. “Basta encontrarmos um fabricante interessado e criativo o sufciente para levar esse projeto adiante”, declarou Gareth Williams, professor da Royal College of Art.
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Barclays Cicle Hire | Transport of London e Serco O sistema de bicicletas públicas de Londres – idealizado pelo atual prefeito Boris Johnson – foi lançado em julho de 2010 e rapidamente tornou-se popular entre “londoners” e turistas (mais recentemente o esquema de aluguel das bicicletas foi aberto também para quem está na cidade apenas de passagem). Apesar de sua aparente simplicidade, as bicicletas são equipadas com faróis de led, que ficam acesos durante todo percurso, inclusive quando a bicicleta não está em movimento; assento ajustável e espaço para guardar itens pessoais. Robustas e ao mesmo tempo leves, elas são apenas parte do premiado projeto, que inclui os “estacionamentos” (docking stations), as torres de sinalização e toda campanha de marketing envolvida.
Paint | Greyworld para Nokia Para comemorar o lançamento do modelo de celular N8, a Nokia pediu ao estúdio Greyworld um projeto que combinasse interação, criatividade e, é claro, tecnologia. Pois a instalação paint tem um pouco de tudo isso! O conceito por trás de toda tecnologia usada é até que simples: a tinta é substituída pelos pixels. O usuário “enche” uma lata de tinta com sua própria imagem, e ao jogar a tinta no mural, verá o desenho do seu rosto formado por diversas cores e pinceladas.
Plumen 001 | Hulger e Samuel Wilkinson Finalmente uma lâmpada compacta fluorescente bacana o suficiente para aparecer! Para alívio da turma que tem pavor daquele velho conhecido formato desse tipo de lâmpada, que invadiu a casa dos brasileiros no início da última década. O problema é que os equipamentos disponíveis na época - leiase luminárias de teto, parede, piso e mesa - foram pensados para receber lâmpadas incandescentes. Agora, com toda discussão em torno da proibição dessa lâmpada, que apesar de agradar aos olhos não agrada o meio ambiente, ficou faltando uma solução que conquistasse os consumidores e realmente nos convencesse a comprar o modelo fluorescente. E então a Plumen 001 foi lançada no mercado e promete invadir os lares nos próximos anos. Ela continua trazendo todos os benefícios que as antigas compactas fluorescentes trazem, mas seu formato realmente é o fator decisivo para seu sucesso.
Brit Insurance Designs of the Year 2011 designmuseum.org
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Uma coleção de madeiras com características sofisticadas de relevo, cores e desenho, que foram alcançadas graças a evolução da tecnologia de impressão digital. A seleção de Ecollection é rica e diversa, ampliando as opções de madeiras em porcelanato. Design e tecnologia que poupam árvores.
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Louças e metais, produtos inovadores com alta tecnologia oferecem soluções inteligentes para clientes e profissionais como a arquiteta Renata Pedreschi, que valoriza qualidade, design e conceito, em seus projetos.
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Uma simples lente vermelha atribui um toque especial.
a cor vermelha é estimulante e atraente. Em projetos luminotécnicos sua utilização é mais eficaz para destacar volumes arquitetônicos, móveis e objetos decorativos, além de proporcionar efeitos cenográficos. Cor azul, geralmente utilizada para harmonizar e equilibrar ambientes fotos: wagner abrahão junior projeto: Antônio Betarello e Fátima Brandani - 16 3941 6136
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Projeta Iluminação
Abatjour aconchego prático, indispensável para qualquer ambiente.
O detalhe da luz indireta, bem pensado, valoriza volumes e formas.
neste projeto, o objetivo foi trazer ao ambiente o conforto ideal, na medida certa, trabalhando temperaturas de cores naturalmente opostas, o resultado é um espaço estimulante e atraente.
o conjunto de beleza e harmonia da luz é ideia certa para desenvolver um espaço impecavelmente gostoso.
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Arquiteta
Lucila Jorge
Arquitetura – Interiores - Decoração 16 3011 2430 Neste projeto, uma cooperativa de crédito, busquei nos mobiliários fatores como funcionalidade e conforto, além de outras características que transmitem os conceitos de respeito, credibilidade e sobriedade. Em parceria com a Caderode, selecionamos mesas robustas com acabamento amadeirado, cadeiras e poltronas ergonômicas na cor preta. Os armários e arquivos estabelecem o equilíbrio perfeito com o tom requintado da madeira das mesas. O resultado atingiu às expectativas. Um ambiente contemporâneo e elegante, confortável e adequado ao trabalho. fotos: wagner abrahão junior
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desenho b | by helô
por: heloisa righetto | desenhob@revistab.com.br
O ano já começou a mil para o mundinho de design de interiores e mobiliário, cheio de novidades bacanas nas feiras europeias e tendências que prometem ficar ainda mais fortes ao longo de 2011. E o que se destacou até agora e deve aparecer bastante na feira de Milão? Os bichos! Pois é, a fauna apareceu como tema principalmente na Maison&Objet, um dos eventos mais prestigiados quando o assunto é acessórios decorativos. A edição de janeiro feira parisiense, que acontece duas vezes por ano, foi tomada por várias espécies, em todos os tamanhos, cores e acabamentos imagináveis! Um exemplo? Os animaizinhos de pelúcia de Duffay Bonnet, uma interpretação muito bem humorada - e super eco-friendly - dos bustos dos animais expostos pelos caçadores. Outro destaque são as peças de cerâmica da Canopee, cheias de detalhes delicados e femininos. Até mesmo a renomada Alessi, favorita entre os amantes de design moderno e inovador, deu um jeito de usar essa tendência: um mini sapo dá uma descontraída no design clean e minimalista das xícaras de café. Agora, só é preciso escolher seu bichinho favorito e levar pra dentro de casa! Mais fácil do que nunca!
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Cristina Salomão arquiteta tel 16 3623 4369
O Polo AD, Associação de Arquitetura e Decoração, há 10 anos reúne importantes empresas do segmento. A cada ano, apresenta ao mercado de Ribeirão Preto e região os profissionais destaque, grandes parceiros Polo AD. No evento realizando em abril deste ano, um jantar descontraído no Amici Ristorante, foram apresentados os 20 profissionais que se destacaram em 2010. fotos dos profissionais: duzzek
Wilnes Tórtoro, Mônica Ciconelli e Paula Cecchi WMP Arquitetura tel 16 3904 8305
Sérgio Coelho arquiteto tel 16 3623 7227
profissionais destaque Polo AD
Adriana Bononi arquiteta tel 16 3945 2149 www.villad.arq.br
AndrĂŠ Calil Alessandro da Matta
arquiteto
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tel 16 3632 2748 www.calisalles.com.br tel 16 9213 8110
Ă‚ngela Titoto designer tel 16 8117 7969
Maria Teresa Loures Oliveira Guga Roquette Loures arqte tel 16 3621 4032
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profissionais destaque Polo AD
Fátima Brandani e Antônio Betarello Brandani e Bettarello
Cláudia Novaes
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arquiteta tel 16 3621 6030
Cristiane Maluf designer
Gian Biancuzzi
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Dulce de Figueiredo Ferraz designer tel 16 3623 5530 www.casaverao.com.br
Gisela Benintendi Mazer arquiteta tel 16 3623 1017 www.bemconstruir.com.br
profissionais destaque Polo AD
Gian Biancuzzi
Joina Nonino
Renata Pedreschi Bernardes
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Luiz Geraldo Amarante Avelino da Silva arquiteto tel 11 3082 3533
Luciana Teixeira Stecchini arquiteta tel 16 3441 1450
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house yamandu costa - foto: andré paterlini
[música]
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vol.5 FIQUE DE OLHO
A voz aerada de Thurston Moore Thurston Moore, líder do Sonic Youth, resolveu que precisava de uma carreira solo em 1995, com o ótimo disco Psychic Hearts. Ele queria experimentar além dos experimentalismos do Sonic Youth. Agora, em seu quarto álbum solo, ao que parece Thurston está menos distorcido, mais meloso e tranquilo. E sua voz calma agora vem acompanhada de um confortante violão. Pelo menos é o que mostra o single “Benediction”. O disco novo, produzido por Beck e chamado Demolished Thoughts, sai no final de maio. Thurston não costuma errar a mão. Demolished Thoughts estará, portanto, em breve no Turbina. Ouça “Benediction” no blog!
por: alexandre xavier
ouça essas e muitas outras dicas no blog turbina.wordpress.com
som
Quem nunca viu um filme com o Steve Martin na sessão da tarde? Pois bem, Steve tem mais talentos do que nos fazer sorrir (ou cochilar) num sábado à tarde. Ele toca banjo. E toca bem pra burro. O comediante se juntou com o Steep Canyon Rangers, banda de bluegrass, para lançar o disco Red Bird Alert. Para quem gosta da música tradicional americana, é prato cheio. O ponto alto do álbum é a faixa em que Paul McCartney canta inteirinha.
McCartney & Steve Martin
DICA DE EXTRATERRESTRE
Ouça “Best Love” no Turbina, com Sir Paul, Steve Martin e o Steep Canyon Rangers.
Cada vez mais longe do que um dia foi o som do Los Hermanos, Marcelo Camelo está inexoravelmente mais amoroso e sorridente. Ouvindo seu novíssimo disco, Toque Dela, fica bem claro que o romance com Mallu Magalhães está fazendo muito bem ao cantor. Com belos arranjos, boas linhas melódicas na voz, letras sinceras e singelos timbres de instrumentos de percussão colorindo as canções, Toque Dela é um disco a ser apreciado. Marcelo mostra cada vez mais que soa melhor com Mallu do que com o ex-parceiro Amarante. Ouça a música Ô ô no site oficial do cantor e no Turbina.
Keith Jarrett no Brasil-sil-sil O violonista Yamandu Costa vem de outro planeta porque quando toca violão, ele e o instrumento parecem ser um único ser. Uma coisa híbrida, meio homem, meio percussão. O mesmíssimo acontece com o Keith Jarrett. Muito mais do que um pianista de jazz, este americano é um gênio que transcende todos os gêneros. Keith esteve no Brasil no comecinho de abril para um concerto no Rio e outro 61 |
em São Paulo. Ambos foram gravados. Quase quatro horas de improvisação solo no piano. Nada mais do que habilidade, inspiração e muita, mas muita categoria. Se Keith gostar do resultado, deve colocar algumas passagens dos shows aqui no próximo CD. Assim como o mais recente Paris London. Estamos na torcida. No Turbina, veja uma apresentação de Keith Jarrett em Tóquio e vá pegar seu queixo lá no chão.
álbum
Camelo à flor da pele
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cultura b
Por
Kairo Ochoa | kairo@revistab.com.br | foto: keila Marques
Nascida em Santos, mas criada em São Lourenço, MG, Tulipa Ruiz apareceu no cenário musical quando chegou a hora. Nem antes, nem depois. Das experiências musicais com os amigos do sul de minas, ou da “floresta” como diz, à megalópole da vanguarda paulistana, de “guitarra elétrica e distorções” surgiu o Pop Florestal, gênero que nas suas palavras “não passa de uma grande brincadeira com rótulos, eu posso acordar e fazer um folk, dormir e fazer um samba e acordar de novo fazendo um punk rock”. Basta ouvir “Efêmera”, CD de estréia lançado no dia 30 de maio do ano passado, para perceber esse universo rico da música brasileira onde tudo está misturado, onde tudo é agradável e se parece com algo. Se o mundo de hoje é uma enxurrada de estímulos, sua música não poderia ser diferente. Quase todas as músicas são composições dela, o que a torna uma exceção na excelente safra de novas cantoras. E como se não bastasse, também é desenhista. “Eu cheguei na música vendo capa de disco”, assim, é natural encontrar seus desenhos estampando a capa do CD e nas projeções no palco dos shows pelo Brasil. As parcerias com Luiz Chagas e Gustavo Ruiz, pai e irmão guitarristas, trouxeram para a Tulipa a decupagem perfeita para revelar o que estava latente. O Gustavo assina a produção do disco que também conta com Dudu Tsuda, Duani, Márcio Arantes, Stéphane San Juan e as participações especiais de Kassin, Céu, Thalma de Freitas, entre outros. O resultado é um disco delicioso e convidativo para experiências urbanas e rurais. Arranjos precisos que buscam a perfeição no mínimo,
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criam o ambiente para a voz sofisticada da Tulipa. São letras que falam de “coisas que passam, mas que tem uma durabilidade poética profunda”, e acrescenta: “quero ver beleza em coisas efêmeras como flores que murcham no mesmo dia, como estrelas cadentes”. Para uma sociedade de gostos descartáveis e impaciente, este disco vale o tempo “ganho”.
Em sua primeira apresentação em Ribeirão Preto, lotou o Galpão de Eventos do SESC que juntou muitos seguidores de seu trabalho, amigos de longa data (o misterioso Dan, por exemplo) e uma parcela de afortunados que ouviram pela primeira vez seu som e que seguramente não conseguirão tirá-lo da cabeça. Magnífico. Não seria clichê afirmar “de Ribeirão para o mundo”, apenas coincidência, já que no dia seguinte a Tulipa embarcaria para sua primeira turnê pela Europa. O selo francês Totolo responsável pela promoção, levou a Tulipa por Roma, Lisboa, Paris e Londres. Très bien! No mundo da música, assim como em todas as artes, a esperança do surgimento de novos artistas é o que cria o rótulo de “promessas”. Elas servem para confortar o desamparo do homem contemporâneo que não consegue se concentrar em viver o presente. O som da Tulipa Ruiz não está no futuro, já chegou até você! Não percebeu?
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respiro
Acalanto para Cão texto e ilustração: regina maria amorim vieira | respiro@revistab.com.br
Vez que outra acompanha-me pela rua um cão vadio e ronceiro, deixo-me adotar olhos postos em sua canina vacuidade que me espreita. Sigo-o e ele a mim, desenhos para memorosos destinos. De tempo em tempo, cabeça torcida, vigia conferindo se venho em sua aberta trilha. Vou, então, tal constatado segue a distrair-se, ladra aos amigos tanto quanto aos inimigos, cheira desprevenidas coisas, bebe as poças quebrando águas pintadas de céu, ameaça desalagarse, perna alçada mas, desiste e segue, as quatro patas postas de inteiro no fazer-se guia aos seus e aos meus desavindos passos. Por sempre que seja pasma-me a certeza com que andam assim os cães como se de há muito soubessem por sina inabalável para onde vão. E, é deixá-los que com tal não discuto já que, eu mesma, sei de certeza que não tenho para mim ideia alguma de para onde vou e, mais estorvo, nem mesmo sei de onde me desabalei ainda agorinha. Sigo o cão ou penso que o faço, por bom senso, sem tataranhos ou titubeiros. O ladrador andadeiro mostra-se na figura de um cão preto com manchas de um cinza carregado nas tintas, é pequeno e como todos os perdidos cachorros da rua, e não dou por qual motivo, desde já confesso, tem despenhada uma orelha. É ágil e mangoso embora um tanto desequilibrado no jogar-se para os limites de muros e canteiros, coisa que bem observo posto que vou também, como um velho navio, às traseiras do cão a tombar-me toda. Entre essas e outras cumplicidades vamos ao caminho. Mas, eis que lá vem da vida o ramerrão... Ainda que sejam os mesmos sempre todos os lugares, por não darmos pela coisa, julgamonos chagados e às tantas ao virar a cabeça para dizer-me – vem, já não vou. Vê o cão cessarem meus passos a fazer ancora meu corpo
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frente ao portão que chamo de casa enquanto para o cachorro soa-lhe com certeza como o precipício que, sem ponte alguma, põe-lhe fim às esperanças de ser pertencido e ter dono e colo quente. Olha-me fundo e, generoso, dá-me uma segunda chance. Volta a olhar-me por inútil que seja, já que nada sei de gene-rosidades, nada percebo de afetos e firmemente ancorada na pretensa proteção das casas de vento feitas por nós, vejo-o resignado e digno partir como alguém cuja missão de protegerme da deriva inevitável cumpriu-se e já não lhe deve guardar culpa por ser eu ignorante e falta das ideias. Paciência e vai-se o cão. À janela, reerguidos os muros de intransigências acompanho-o, olhos meus vão de saudosa culpa. Posso vê-lo ínfimo ponto preto engolido nalguma inexistente esquina que o mundo não as tem e nunca as terá. Vai longe o cão, na prega funda de um tempo cismado de injusto, vida de cachorro. Eram uns doces olhos-oceano a pedir viagens de chegadas os daquele pequeno cão preto tardinheiro, um encontro desses que transbordam para fora da gente, em tempo que não cabe em nossos relogios pois que são curvos para curvos ponteiros, são grandes demais para o acanhado dos dias. Que hajam outros, os encontros, tomara, para quando eu for mais crescida e menos feita em humanidades. Regina Maria Amorim Vieira
editorial
Um olhar sensível sobre o cotidiano, inquietação permanente do fotógrafo que eternizou em suas obras a intimidade com o que é simples, tudo aquilo que deixamos escapar por parecer “banal”. Thomaz Farkas, dedicou à fotografia sua sensibilidade de perceber as sutilizas da vida em pequenos momentos, registrando seu caminho na história da fotografia brasileira. Durante a produção desta edição, nos despedimos do fotógrafo Thomaz Farkas. E apesar de sua morte, nossa Capa celebra sua obra, pois como disse Bianca Dias, nossa editora cultural “Não deixa de ser linda e comovente a sintonia de escrever sobre uma vida tão digna e múltipla de sentidos, no momento em ela nos deixa”. Lourenço Tarantelli
A revista B (ISSN 1809-937X) é uma publicação bimestral da Neni Design Comunicação Visual Ltda-ME Editor Lourenço Tarantelli - jornalismo@revistab.com.br Diretor de arte neni almeida - arte@revistab.com.br Projeto gráfico e editoração Neni Design | Redação Lourenço Tarantelli | editora cultural Bianca Coutinho Dias | editora de moda Isabella Zanetti Ribeiro | editor lado b jonas oliver | editora desenho b heloisa righetto | editor cultura b Kairo Ochoa | Colaboradores alexandre xavier, regina maria amorim vieira, Robert Frank e Schelay McCarter | Consultora jurídica Karine Vieira de Almeida OAB/SP 214 345 | Jornalista responsável Lourenço Tarantelli MTB:42-783 | Impressão ibep gráfica
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A - PRAÇA XV DE NOVEMBRO Marco de referência histórica e geográfica, localizada na região central da cidade. A praça foi tombada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo), junto com o Quarteirão Paulista. A - QUARTEIRÃO PAULISTA Tradicionalmente conhecido, é formado pelo conjunto arquitetônico que abrange o Theatro Pedro II, o prédio do antigo Palace Hotel e o Edifício Meira Júnior, onde funciona o Pinguin II. A - THEATRO PEDRO II Rua: Álvares Cabral, 370 Fone: 16 3632-0757 A reforma da estrutura do prédio, a modernização das instalações e o restauro das características arquitetônicas originais recuperaram o Pedro II e ampliaram suas funções, transformando-o no 3º maior teatro de ópera do país em capacidade de público. B - MARP - MUSEU DE ARTE DE RIBEIRÃO PRETO Rua Barão do Amazonas, 323 Fone: 16 3635-2421 Inaugurado em 1992, com um perfil voltado à arte contemporânea, apresentando várias exposições de representativos artistas brasileiros. B - PALÁCIO RIO BRANCO Praça Barão do Rio Branco Fone: 16 3977-9000 Inaugurado em 26 de maio de 1917, o Palácio Rio Branco abriga o Gabinete do Prefeito e a Secretaria de Governo.
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C - CATEDRAL METROPOLITANA Praça das Bandeiras Fone: 16 3625-0007 Em estilo romântico e linhas góticas, destacam-se os vitrais coloridos no seu interior, os afrescos pintados por Benedito Calixto que datam de 1917. A Catedral Metropolitana de São Sebastião de Ribeirão Preto está localizada na Praça das Bandeiras, região central da cidade. C - FEIRA DE ARTE E ARTESANATO De sexta a domingo, das 7 às 22h Praça das Bandeiras Com participação de mais de 150 artesãos de Ribeirão Preto e Região, a feira oferece uma grande variedade de produtos em cerâmica, couro, metais, vidro, adorno pessoal, louças, porcelana, fiação, tecelagem, flores desidratadas, arranjos em palha, vasos, tecidos etc. D - GALERIA DE ARTE A CÉU ABERTO Todos os domingos, das 9 às 14h Praça Sete de Setembro Aproximadamente cem artistas plásticos de Ribeirão Preto e região expõem e comercializam suas obras, promovendo o encontro da população com a arte. fonte: Prefeitura Municipal
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