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THE FRINGE
O corte de cabelo com franjas faz parte do visual de quase todas mulheres em alguma fase da vida. Reinventada, moderna, retas, bagunçadas, lisas ou enrolada. Prepare a tesoura e aposte nas queridinhas de muitas pin-ups e mulheres estilosas.
Você até pensou em mudar o corte de cabelo e apostar na franja, mas achou a ideia ousada e moderna. Os primeiros registros da existência das franjas aparecem na cultura egípcia. Hieróglifos, pinturas, decorações e estátuas retratam franjas em perucas luxuosas e de um preto brilhante no Egito Antigo, essenciais para os membros importantes da sociedade. Numa transição do tempo, entre o fim da civilização egípcia e a década de 20 d.C, as franjas raramente estavam nos looks femininos e predominavam nos cortes infantis, especialmente em crianças do sexo masculino. Numa linha do tempo, nos anos 1920 a franja ressurge na Europa. O movimento de moda e estilo de vida denominado de La Garçonne, rompia com os estereótipos e a construção de gênero. A proposta das garçonnes trazia uma nova visão da mulher, independente das peças consideradas femininas e delicadas. As garçonnes surgem com um ar andrógino e usavam frequentemente franjinhas. Num período de duas décadas, os anos 1940 revelam a franja estruturada e o surgimento das Bumper Bangs. Uma aposta das mulheres de franjas longas ou com a pretensão de mudar penteado. A ‘construção’ das Bumpers surgiu com espuma em formato cilíndrico e grampos.
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Em 1950 a definição de franjas tem rosto e identidade: Audrey Hepburn e Bettie Page. Hepburn ostentava franjas desfiadas e levemente bagunçadas. As personagens Sabrina (1954), Guerra e Paz (1956) e Cinderela em Paris (1957) usavam o corte de cabelo que acompanhou a atriz por anos. Durante os anos 1960 a estreia de Cleópatra com Elizabeth Taylor no papel da Rainha do Egito trouxe de volta a franja à cena. A Cleópatra sensual do filme inspirou coleções, editoriais e propagandas. A personagem Jill na série televisiva Charlie’s Angels, interpretada por Farah Fawcett, é o símbolo da franja na década de 1970. O corte de cabelo em degradê, com a franja mais curta que o restante dos fios e modelada para fora, formando uma espécie de parábola, traduzia o estilo de Farah. A era dos mullets na década de 1908 tem a dupla sertaneja Chitãozinho e Chororó como principais expoentes da estética da época. O corte repicado, especialmente na franja, e um volume concentrado na parte frontal da cabeça, também chamado de Pigmaleão, dominava o hair stylist da época. Na timelime da franja, o corte surge na atualidade com a famosinha ‘Cutting Bangs’. “Um corte leve, direcionando para as extremidades do rosto, formando uma moldura sutil e criando um visual delicado, mas ao mesmo tempo cheio de personalidade”, explica Vinicius Cabeleira. Um corte que é sinônimo de personalidade e ttraduz a moda além do cabelo. A franja é lifestyle, com blogueiras de franja dominando as redes sociais, com opiniões e autenticidade.
Vinicius Cabeleira
HAIR STYLIST G BEAUTÉ