Saúde Mais 08

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Mai/Jun 2016

A R E V I S TA D O C E N T R O M É D I C O D E R I B E I R Ã O P R E T O R E G I O N A L D A A S S O C I A Ç Ã O PA U L I S TA D E M E D I C I N A

OVINHO FAZ BEM À SAÚDE?

pesquisa e tratamento

As verdades por trás da Doença de Alzheimer

vital RIBEIRÃO PRETO: DESAFIOS DE UM POLO CRESCENTE EM SAÚDE






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expediente

saúde+

editorial

PRESIDENTE Dr. Oswaldo Cruz Franco

Conselho editorial

(

É

sofrido acompanhar o noticiário das descobertas que a operação Lava-jato tem mostrado, de como nosso país foi espoliado e roubado pelo governo do PT que aparelhou todas as estruturas do governo, e acabou por destruir a Petrobrás, e as maiores organizações como o Banco do Brasil, o BNDES, entre outros resultando até agora num déficit das contas públicas de 170 bilhões de reais. O reajuste das contas públicas, que terá de ser feito, para que o país volte a se recuperar e reconquistar a confiança das organizações internacionais, vai impor novos sacrifícios à população, quando os mais pobres serão os mais afetados. Fala-se em novos impostos que serão necessários, mas não se ouvem propostas para que os altíssimos salários e privilégios dos políticos, magistrados e funcionários públicos com ganhos absolutamente astronômicos, possam participar do esforço do país, num momento em que toda população está sofrendo com recursos escassos e desemprego ultrapassando 11 milhões de pessoas. É revoltante saber que estão, pelo contrário, propondo aumentos consideráveis nos seus rendimentos. Realmente nosso país precisa mudar e acabar com essa situação de privilégios que tem algumas classes sociais, em detrimento de muitas outras. Precisaríamos que

se tomasse como exemplo países como a Dinamarca ou Suécia no tratamento de seus políticos. Considerando que em vista disso tudo não teremos recursos adicionais para a Saúde Pública, mas provavelmente diminuição, pois foi o que deu a entender o atual ministro da Saúde, dizendo que o país não teria condições de suportar o SUS –, embora logo a seguir tenha retirado esse parecer por imposição do atual presidente Temer –, devemos esperar a manutenção das dificuldades e deficiências atuais, tomando como exemplo as epidemias assustadoras de Dengue, Chikungunya e Zica, que atingiram cerca de 60.000 pessoas – cerca de 10% da população –, com número inaceitável de óbitos. Creio que a única esperança que podemos alimentar é que o novo governo, quando efetivado, possa remover todas os responsáveis pela Saúde Pública nomeados apenas por indicação política, e substitui-los por critérios meritocráticos, aí talvez o ganho em produtividade, o corte nos gastos desnecessários, as perdas com produtos e materiais adquiridos sem utilização, o controle adequado para diminuir os roubos, as licitações fraudulentas, os superfaturamentos, com aplicação correta dos recursos já alocados, mas não utilizados. Isso pode parecer um sonho, mas podemos sonhar juntos e tornar realidade.

)

Dr.Oswaldo Cruz Franco Presidente

Dra. Cleusa Cascaes Dias Dr. Juan Stuardo Yazlle Rocha Dra. Liyoko Okino Dra. Marta Edna Holanda Diógenes Yazlle Dr. Nelson Jacintho Dr. Oswaldo Cruz Franco Dra. Zaida Coelho Franco.

ASSES. DE COMUNICAÇÃO DO CENTRO MÉDICO Valéria Mosquiari – Com´Art Comunicações valeria@comartcomunicacoes.com.br

Editor ResPonsável Rogério Afonso da Silva

Jornalista Responsável Valéria Mosquiari

Reportagem

Nicholas Araújo - Com´Art

Projeto Gráfico e Editoração Franklin Guirra

Dep. Comercial Flávio Mammana (16) 98811-4654

José Geraldo Passos (16) 98236-3473 Rogério Almeida (16) 99392-7575 comercial@revistasaudemais.com Periodicidade: bimestral Circulação: Ribeirão Preto e Região: Altinópolis - Batatais - Barrinha Cajuru- Brodowski - Cravinhos - Dumont - Jardinópolis - Pontal - São Simão Sta. R. do Passa Quatro - Serra Azul Serrana - Sertãozinho

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R.A. da Silva Editora e eventos - ME Av. Anhanguera, 414 Sala Térrea Ribeirão Preto/SP (16) 3289.7462 MAIO/JUNHO 2016



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saúde+

índice

10. vida saudável O vinho faz bem à saude?

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entrevista Davidson Valentim Alvarenga

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pesquisa e tratamento As verdades por trás da Doença de Alzheimer

18.

arquitetura hopitalar e médica Joel Pereira

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vital Ribeirão Preto: Desafios de um polo crescente em saúde

24. S+preventiva 26. S+artigo 38. S+news 40. S+bucal 42. S+pet 44. S+clube de benefícios 46. S+informa

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saúde+

vida saudável

O que dizem os médicos, os especialistas em nutrição e as pesquisas científicas. Beber moderadamente vinho, pode trazer benefícios à saúde?

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O

vinho é constituído por elementos da uva e da fermentação alcoólica. O vinho tinto usa a casca da uva no processo de maceração e fermentação, tendo efeito benéfico maior com o seu consumo do que com o de vinho branco. O vinho é composto por: água entre 85-90% e depende da casta e do tipo de uva; alcoóis (7 a 24%) - o álcool etílico é produzido através da fermentação dos açúcares da uva (por leveduras) em álcool; ácidos - representam de 1 a 8% do total dos componentes do vinho, o tartárico, o málico e cítrico são provenientes da uva e o ácido acético, lático, butírico são provenientes da fermentação; açúcares e substâncias fenólicas – têm presentes a frutose, a glicose, taninos, antocianinas, flavonas, além de algumas vitaminas como a A, C, B1, B2, B6, biotina, niacina, inositol e ácido pantotênico e minerais como sódio, potássio, cloro, cálcio, magnésio, ferro, zinco, cromo, entre outros. “O resveratrol é um composto fenólico que está presente principalmente nas uvas e no vinho tinto. Conhecido por suas propriedades antioxidantes e antinflamatórias e pela capacidade de regular óxido nítrico síntase endotelial. Desempenha um potencial efeito protetor contra doença cardiovasculares e é envolvido no “paradoxo francês”, caraterizado pela baixa incidência de doenças cardiovasculares na população francesa, mesmo com alta ingestão de gorduras saturadas, mostrando que é possível agregar o consumo moderado da bebida com os benefícios à saúde, sendo necessário acompanhamento com as refeições e sobretudo não haver restrições médicas e de saúde ao consumo das bebidas alcoólicas. Está presente em maior quantidade no vinho tinto, tem ação protetora das paredes vasculares em relação a oxidação, inflamação, oxidação plaquetária e formação de trombos. Mesmo com grandes estudos publicados sobre seus benefícios, ainda são poucos os ensaios clínicos conduzidos em humanos. Ensaios controlados a longo prazo ainda são necessários para confirmar seu efeito em doença cardiovascular”, explica Aline J. C. Moreira Zordan, nutricionista clínica do Centro Multiprofissional da UNAERP, mestre em Ciências Médicas pela FMRP-USP e pós-graduada em

Nutrição Clínica, com Ênfase em Doenças Crônicas. Com relação às pesquisas, Aline comenta que “estudo publicado nos Anais da Medicina Interna em 2015, sobre os efeitos do consumo moderado do álcool foram avaliadas com 224 adultos seguindo uma dieta mediterrânea, onde 83, considerados controles beberam água, 68 beberam vinho branco e 73 beberam vinho tinto, estipulado a quantidade de 150ml a ser ingerida no jantar. O resultado apontou que mesmo o vinho tinto contendo até 13 vezes mais resveratrol que o vinho branco, foi menos eficiente na redução de glicemia e resistência à insulina, que podem sugerir que outros componentes podem intervir nos efeitos benéficos cardiovasculares. Além disso, quantidades elevadas podem exercer papel citotóxico, também relacionado a um efeito pró-oxidante. Para algumas pessoas, o consumo de álcool pode oferecer benefícios para a saúde, enquanto para outros o álcool pode representar riscos. Consumo moderado de álcool tem demonstrado reduzir o risco de doença cardíaca e diabetes. Mas o seu consumo exacerbado tem alto risco no desenvolvimento de cirrose e dependência alcoólica, além de doenças do coração, pressão sanguínea elevada, aumentar a chance de desenvolver câncer de mama e outros canceres, contribui para a depressão e violência. Para alguns grupos de pessoas, especialmente as mulheres grávidas, pessoas em recuperação da dependência alcoólica, doença hepática, e que tomam medicamentos que podem ter interação com a bebida alcoólica representam um grupo de risco e devem evitar o consumo. A ideia do consumo moderado do álcool no que refere proteção contra doenças cardiovasculares faz sentido biologicamente e cientificamente, pois quantidades moderadas de álcool aumentam níveis de lipoproteína de alta intensidade, o HDL, ou seja, o colesterol bom. E níveis de HDL elevado estão associados a uma maior proteção cardíaca”, analisa Aline. A nutricionista ainda ressalta que “segundo o Departamento de Nutrição da Havard, (EUA), não há nenhuma definição padrão para a bebida universalmente aceito, alguns estudos


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vida saudável

referem ao menos 1 taça por dia enquanto outros de 3 a 4 taças por dia. Nos Estados Unidos se considera 150ml de consumo de vinho e o último consenso definido pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e o Guia Dietético Americano tem como indicação de 1 a 2 taças por dia para homens e não mais que 1 taça por dia para mulheres, mas a escolha do que beber, mesmo sendo vinho ou cerveja não parece ser tão importante quanto a quantidade do que se consome, não adianta não ingerir nada durante a semana e acabar bebendo 7 cálices de vinho em um único sábado. O total equivalente pode até ser o mesmo, mas as implicações para saúde não são boas”, concluiu Aline.

Efeito protetor do vinho no coração No Instituto do Coração (InCor-HC/FMUSP) o Prof. Dr. Protásio Lemos da Luz coordena e orienta profissionais que estudam o efeito protetor do vinho e do suco de uva na aterosclerose. Esses investigadores observaram que, tanto vinho tinto quanto suco de uva protegem contra a formação de placas ateroscleróticas em coelhos. Em pacientes com níveis elevados de colesterol no sangue, vinho e suco de uva têm efeito vasodilatador. A aterosclerose é uma doença inflamatória, cujo primeiro estágio é a disfunção endotelial. Os principais fatores desencadeantes da disfunção endotelial são: LDL elevado, radicais livres formados pelo tabagismo, diabete melito, hipertensão arterial, alterações genéticas, homocisteína elevada e infecções por Chlamydia pneumoniae e herpes virus. As células endoteliais lesadas aumentam a permeabilidade às lipoproteínas e expressam em sua superfície moléculas de adesão, que ao atrair os monócitos, permite a adesão destes ao endotélio. Os monócitos ao penetrarem no tecido subendotelial adquirem características específicas de macrófagos, sendo capazes de fagocitar as LDL e LDL oxidadas, originando as células espumosas. Os macrófagos, transformados em células espumosas, quando ativados induzem a liberação de citocinas, tais como: interleucina-1 (IL-1), fator de necrose tumoral (TNF-a ), citocinas e fatores de crescimento derivados das plaquetas (PDGF), que podem ter impacto importante no desenvolvimento da aterosclerose, por estimular a atividade fibroproliferativa. O consumo moderado de vinho tinto está associado com redução da mortalidade e das hospitalizações por Doença Arterial Coronária (DAC). Em relação ao perfil lipídico, o álcool apresenta dois efeitos bem estabelecidos: (1) aumenta o HDL colesterol, por causa do aumento de suas sub-frações HDL2, HDL3 e das apolipoproteínas A-1 e apo A-2; (2) eleva os níveis de triglicérides, devendo ser evitado em portado-

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res de diabete melito e de hipertrigliceridemia. A ingesta moderada de álcool (uma a duas doses) promove elevação de aproximadamente 12% nos níveis de HDL colesterol, semelhante à encontrada com a prática de exercícios. No sistema de coagulação, o álcool atua inibindo a agregação plaquetária, elevando o ativador de plasminogênio e reduzindo as concentrações de fibrinogênio. A maioria dos efeitos protetores do vinho tinto na aterosclerose são atribuídos aos flavanóides, que possuem propriedades antioxidantes, vasodilatadoras e anti-agregante plaquetária. Duffy at al mostraram que o consumo moderado de flavanóides reverte à disfunção endotelial em pacientes portadores de DAC (Circulation 2001; 104:151). A proposta do efeito protetor do vinho tinto deve ser bem considerada, mas não devemos esquecer dos seus efeitos adversos: alcoolismo, distúrbios de comportamento, síndrome fetal alcoólica, acidente vascular cerebral hemorrágico, hipertensão arterial, arritmia, miocardiopatia e morte súbita. Estudos têm mostrado que o consumo de álcool superior a 20 gramas por dia é responsável pelo aumento na incidência de hipertensão arterial; sendo a hipertensão arterial é uma das patologias cardiovasculares mais frequente na população em geral e um dos fatores de risco para aterosclerose o uso do vinho neste grupo deve ser avaliado mais criteriosamente.

Modelo desenvolvido na FCF classifica vinhos de acordo com sua funcionalidade Os benefícios que o vinho pode proporcionar à saúde serviram de base para uma classificação de funcionalidade realizada em pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP. Os estudos realizados no Laboratório de Desenvolvimento de Alimentos Funcionais (Ladaf) da FCF envolveram mais de 600 vinhos produzidos no Brasil, Argentina, Uruguai e Chile, e mediram parâmetros como a capacidade antioxidante da bebida. O modelo matemático desenvolvido para fazer a classificação poderá ser usado no futuro para a criação de um “selo de qualidade” para vinhos. Os parâmetros analisados pelos pesquisadores para classificar os vinhos foram a capacidade antioxidante, teor de compostos fenólicos, cor, e a composição individual das antocianininas – que são compostos fenólicos (flavonóides) responsáveis pela cor violeta ou rubi dos vinhos tintos e também associados à sua funcionalidade. Foram avaliados 666 vinhos monovarietais produzidos com uvas Cabernet Sauvignon, Malbec, Carmenére, Tannat, Merlot e Syrah provenientes das safras 2009 e 2010.


A professora Inar Castro, que coordenou a pesquisa, afirma que o objetivo do trabalho foi classificar vinhos tintos jovens sul-americanos de acordo com a funcionalidade e avaliar se a safra influiria nessa classificação. “Funcionalidade representa a capacidade do vinho em proporcionar benefícios à saúde, medida por meio de diferentes parâmetros”, conta. “Em termos gerais, buscou-se desenvolver uma ferramenta que mostrasse ao consumidor quais seriam suas melhores opções, se ele estivesse buscando exclusivamente benefícios à saúde através do consumo diário e moderado de vinho tinto”. Os resultados mostraram que foi possível classificar os vinhos com baixa, média e alta funcionalidade, e que essa classificação não foi alterada pela safra. “Também observou-se que entre os vinhos estudados na amostragem, os que apresentaram maior funcionalidade foram os Malbec e Tannat Argentinos”, relata Inar. Segundo Inar, a princípio, os resultados da pesquisa teriam maior impacto na comercialização dos vinhos. “Vinhos com maior funcionalidade podem ser diferenciados daqueles com funcionalidade mais baixa”, afirma. “Essa qualidade nos vinhos não tem sido explorada por falta de informação”. A pesquisa desenvolveu um modelo matemático capaz de classificar os vinhos de acordo com a funcionalidade. “Essa classificação poderia ser futuramente convertida, por exemplo, num selo apresentado no rótulo do vinho, permitindo que o consumidor possa utilizar essa importante informação no momento da sua escolha”, disse a professora da FCF. Também participaram do trabalho a pós-doutoranda Laura Garcia e a professora Lucia Barroso, do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP. O trabalho foi publicado no Australian Journal of Grape and Wine Research, considerada como a publicação de maior impacto na ciência de vinhos. O projeto recebeu apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).


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saúde+

pesquisa e tratamento

As verdades por trás da Doença de

Al zhei mer D

escoberta em 1906 pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer, a doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, sem cura e que se agrava progressivamente até levar à morte. Geralmente diagnosticada em pessoas com idade superior a 65 anos, a doença causa esquecimentos de fatos do cotidiano, como fazer o almoço ou tomar banho, até perdas de memórias mais graves, como esquecer o nome de pessoas ou o caminho de volta para casa. Um levantamento realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, apontou que em 2006 existiam no mundo 26,6 milhões de pessoas com Alzheimer e que até 2050 a doença afetará um em cada 85 pessoas em escala mundial. Hoje, a doença afeta 1% da população entre 65 e 70 anos, mas o desenvolvimento aumenta exponencialmente com a idade, chegando a 60% depois dos 90 anos. De acordo com o geriatra e gerontologista da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, Dr. Paulo de Oli-

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veira Duarte, a doença tem várias causas, mas a maioria desses fatores pode estar relacionado a herança genética. “Pacientes com histórico de complexa atividade intelectual e alta escolaridade tendem a desenvolver os sintomas em estágio mais avançado, pois é necessária uma maior perda de neurônios para que os sintomas de demência comecem a aparecer. São também considerados fatores de risco a hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo e sedentarismo”.

Principais sintomas Embora a doença de Alzheimer se manifeste de forma diferente em cada pessoa, existem diversos sintomas em comum. Dr. Duarte explica que as primeiras manifestações da doença acontecem vários anos antes das manifestações clínicas propriamente ditas, que ele denomina como perdas neuronais. “Essas perdas neuronais não acontecem de maneira homogênea. Inicialmente as áreas atingidas são responsáveis pela memória e funções executivas, que envolvem planejamento e execução de funções complexas”.


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convive diariamente com “Quem o paciente identifica os sintomas com precisão, pois é nas tarefas cotidianas que as falhas se tornam perceptíveis. Familiares que apenas visitam os pacientes e não os observam executando tarefas, geralmente consideram que o diagnóstico está errado, situação que intensifica a distância, atrasa o tratamento e sobrecarrega um cuidador único. ”

Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), a doença é classificada em três estágios: Inicial, Intermediário e Avançado. Veja como identificá-los: Inicial: É o estágio que raramente é percebido e considerado por amigos, parentes e até por profissionais como “velhice”. A pessoa pode apresentar problemas na fala, perda significativa de memória, não saber a hora ou dia da semana, ficar perdida em locais familiares, ter dificuldade na tomada de decisões, ficar inativa ou desmotivada, apresentar mudanças de humor, depressão e ansiedade e reagir com raiva incomum ou de modo agressivo em certas ocasiões. Intermediário: Com o avanço da doença, as limitações ficam mais evidentes e mais graves. A doença pode causar mais perdas de memórias com eventos recentes e nomes das pessoas, não conseguir mais viver sozinha, ser incapaz de cozinhar, limpar ou fazer compras, ficar dependente de um membro familiar e do cuidador, necessitar de ajuda para higiene pessoal, a dificuldade com a fala avança, perde-se dentro e fora de casa, desenvolvimento de alucinações como ver ou ouvir coisas que não existem e desenvolver distúrbios do sono. Avançado: Nesse estágio o paciente fica em total dependência e inatividade, desenvolvendo dificuldades para comer,

ficar incapacitado para se comunicar, não reconhecer parentes, amigos e objetos familiares, ter dificuldade de entender o que acontece ao seu redor, incapaz de encontrar o seu caminho de volta para casa, ficar confinado a uma cadeira de rodas ou cama, ter dificuldade de caminhar e ter incontinência urinária e fecal.

Tratamentos Dr. Paulo Duarte esclarece que há tratamentos disponíveis para amenizar os efeitos do Alzheimer, mas que uma cura ainda não foi descoberta pela ciência mundial. “A expectativa de vida a partir do início dos sintomas é de 10 anos. Alguns mais outros menos, a depender do início precoce dos tratamentos instituídos – farmacológicos e não farmacológicos –, e das respostas individuais de cada paciente”. No final de 2015, um neurocirurgião da Paraíba realizou uma “estimulação cerebral profunda” em um paciente, que mostrou uma melhora nas funções de memória que foram comprovadas em ressonâncias realizadas no paciente um ano após a operação. Por outro lado, pesquisadores da Universidade do Pará descobriram uma substância no talo da planta camapu, típica da região amazônica, que estimula a produção de novos neurônios no hipocampo, área do cére-


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pesquisa e tratamento

bro ligada à memória. Para o geriatra, esses estudos são importantes para a descoberta da cura do Alzheimer. “A estimulação cerebral profunda está bem estabelecida para controle dos sintomas motores da doença de Parkinson, por exemplo. Infelizmente para a doença de Alzheimer ainda não existem evidências científicas consistentes. Temos estudos testando novas drogas e formas de tratamento, mas o melhor disponível e seguro ainda são os medicamentos chamados anticolinesterásicos, medicações que inibem uma enzima que degrada a acetilcolina, aumentando a disponibilidade deste importante neurotransmissor cerebral para as funções cognitivas”.

Obstáculos da doença Uma das principais etapas do tratamento da doença é o convívio do paciente com familiares e amigos. De acordo com Dr. Duarte esse período é um grande desafio para os dois lados. “As mudanças são significativas e precisam ser compreendidas e incorporadas na rotina familiar. Lidar com perdas, garantir boas condições de saúde, reorganizar a vida cotidiana, redistribuir tarefas e ofere-

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cer tratamento adequado são situações que requerem aceitação, informação e flexibilidade”. O especialista aponta que a identificação dos sintomas varia de familiar para familiar, pois alguns parentes não acreditam no diagnóstico médico e ignoram o fato de que o ente da família possa estar com Alzheimer. “Geralmente, quem convive diariamente com o paciente identifica os sintomas com precisão, pois são nas tarefas cotidianas que as falhas se tornam perceptíveis. Familiares que apenas visitam os pacientes e não os observam executando tarefas, geralmente consideram que o diagnóstico está errado, situação que intensifica a distância, atrasa o tratamento e sobrecarrega um cuidador único”. O geriatra conclui que todo o tipo de doença, em especial o Alzheimer, deve possuir um acompanhamento médico constante, para avaliação do estágio da doença e os tratamentos adequados para uma melhor qualidade de vida. “A doença de Alzheimer é uma enfermidade, até o presente, incurável e que se agrava ao longo do tempo, mas que pode e deve ser tratada. O diagnóstico precoce é essencial para o sucesso terapêutico. Em qualquer sinal da doença, procure o médico especialista”, finaliza.


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Ações para o cuidador O geriatra Dr. Paulo Duarte aponta cinco ações que devem ser tomadas por aqueles familiares que passarão a ser o tutor do paciente com Alzheimer: 1 - Procure ajuda especializada; 2 – Invista no autocuidado com manutenção de rede social e apoio familiar; 3 - Lide com estresse buscando alternativas de divisão de tarefas e aceitação de perdas; 4 – Ofereça oportunidade de autonomia para os pacientes avaliando sua capacidade para tomada de decisão. Estimule as atividades que ele ainda consegue executar; 5 - Para aqueles que têm condições financeiras, sugerimos a contratação de um cuidador formal com experiência neste tipo de trabalho. Existem diversos cursos para a capacitação de cuidadores.

Dúvidas do cuidador Dr. Paulo Duarte também respondeu às dúvidas de Andreá S., que desde dezembro de 2014 começou a perceber que a mãe, hoje com 67 anos, tinha ausências de memórias e a esquecer fatos recentes. Em dezembro de 2015, após realização de exames o diagnóstico positivo para Alzheimer foi confirmado. Atualmente, sua mãe demonstra agressividade e não aceitar muitas coisas, mas a mesma sempre foi uma mulher ativa, com emprego fixo e há 14 anos tinha uma rotina doméstica, além de participar de grupos de oração, da terceira idade e viajava pelo menos duas vezes ao ano. Andréa questiona se uma pessoa com diabetes não

controlada, dependente de insulina e medicamentos, pode apresentar um rápido avanço na doença. “Inúmeros estudos têm demonstrado a associação entre diabetes e risco de aumento do Alzheimer, sendo que os níveis altos de glicose podem acelerar a atrofia cerebral. Recentemente, o Alzheimer tem sido considerado uma forma de diabetes tipo 3, tendo em vista as alterações moleculares semelhantes encontradas nas duas condições” , explica Duarte. Andréa também pergunta se é normal sentir muito cansaço e dor no corpo mesmo sem ter feito nenhum esforço, ao que o especialista responde. “Toda dor e cansaço devem ser avaliados, independentemente se o paciente tem demência ou não. Se a dor ou cansaço tem componente orgânico e/ ou psíquico, como ansiedade e depressão, e principalmente se a mesma queixa persiste num determinado espaço de tempo. A família deve evitar a negligência de qualquer queixa, investigando e tratando os sintomas que interferem na qualidade de vida do paciente”. Por fim, Andréa questiona se o comportamento agressivo do paciente, mesmo com as pessoas mais próximas, é algo normal, Duarte esclarece. “Não é normal, mas são esperados uma vez que fazem parte da manifestação clínica da doença. As alterações de comportamento associadas às demências são muito frequentes, dentre delas a apatia, depressão e agressividade. Cada caso deve ser avaliado para o diagnóstico correto, a identificação das causas e a implementação de medidas farmacológicas e não farmacológicas aos pacientes e cuidadores, já que interferem em muito no dia a dia da família, assim evitando o aparecimento de sintomas associados à síndrome do Esgotamento ou Stress do Cuidador” , finaliza.


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arquitetura hospitalar e médica

Fachada principal Laboratório Behring

A Arquitetura Hospitalar de Joel Pereira MAIO/JUNHO 2016


FOTOS: CASSIA BATARRA

A

o longo das últimas décadas a arquitetura hospitalar foi ganhando novos conceitos e novo foco. Questões como humanização entraram em pauta levando em consideração que, além de funcionais, os ambientes clínicos precisam ser acolhedores. Além disso, o vertiginoso progresso da medicina, faz com que os espaços sejam projetados visando flexibilidade, ou seja, devem permitir alterações de layout. Baseado nesses fatores, é que o arquiteto Joel Pereira – cujo escritório é especializado em arquitetura hospitalar e referência na cidade de Ribeirão Preto – , desenvolve há quase duas décadas projetos na área da saúde. Assim, é constante em seus trabalhos, a busca por soluções que aliam funcionalidade e tecnologia ao bem-estar e que transcendem a definição concreta da Arquitetura Hospitalar.


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arquitetura hospitalar e médica

Atendimento e espera Laboratório Bbehring

FOTOS: CASSIA BATARRA

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FOTOS: CASSIA BATARRA

Área técnica Laboratório Behring

maneira, tais projetos priorizam “Dessa humanização e proporcionam experiências sensoriais sempre positivas, focadas na eficácia do tratamento, na segurança e no bem-estar para médicos, pacientes, enfermeiros, cuidadores e visitantes”, acrescenta o arquiteto. ” “São ambientes que nascem do mais sério e profundo planejamento para acompanhar o contínuo desenvolvimento das tecnologias. Mudanças que, cada vez mais, exigem uma arquitetura e um design especializado e muito bem pensado para a construção de instalações físicas sustentáveis, econômicas, diferenciadas e únicas. Sempre comprometidas em dar as respostas arquitetônicas mais inovadoras às constantes descobertas da ciência e da medicina e atendendo às exigências das normas de saúde vigentes”, revela o arquiteto. No portfólio da equipe de arquitetos de Joel, há trabalhos que vão de interferências pontuais e retrofits a projetos completos para construção e instalação de modernos Hospitais, Consultórios, Centros de Reabilitação, Laboratórios, Clínicas de Fisioterapia, Clínicas de Diagnóstico por Imagem ou Serviços de Apoio, muito bem planejados para atender o fluxo e as necessidades de clientes, através de espaços.


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FOTOS: CASSIA BATARRA

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arquitetura hospitalar e médica

Fachada principal hosital rdo Viver

“Tento traduzir sempre a união entre Arte e Arquitetura. ”

Sobre Joel Pereira Com linguagem contemporânea e referências marcantes do modernismo, o arquiteto Joel Pereira define sua produção arquitetônica através de conceitos de funcionalidade, praticidade, plasticidade e sustentabilidade, pré-requisitos em seu trabalho. Unindo Arte e Arquitetura, Joel montou seu primeiro escritório em 1983 e desde então tem concebido inúmeros projetos, sempre agregando em seus trabalhos a arte e o design. Partindo do princípio que “arquitetura é a arte de construir”, Joel acredita que o resultado para a máxima eficiência em seus projetos é proveniente do alto nível com alto nível de detalhamento, nos quais as soluções concebidas refletem no tempo e desempenho de execução das suas obras. “Tento traduzir sempre a união entre Arte e Arquitetura. En-

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quanto uma liberta a mente em busca do impossível, a outra nos traz de volta à ciência e à realidade. Juntas, elas se traduzem em cores, traços e formas que são únicas. Acredito que toda inspiração vêm das vivências e do aprimoramento do olhar para as coisas do nosso cotidiano”, revela ele. Graduado em 1982 pela FAUS - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos, e especialista em Arquitetura Hospitalar pela Fupam - Universidade de São Paulo, desde a infância o arquiteto já demonstrava interesse nato pelas formas e cores, expressas através de seus desenhos, tanto é que aos 16 anos foi classificado para o 1º Salão de Arte Contemporânea de Ribeirão Preto. Por sua trajetória consistente e inovadora, Joel Pereira foi premiado em 2014 como Arquiteto do ano pela Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto. JOEL PEREIRA ARQUITETURA Rua Dr. Carlos Chagas Filho, 190 -Ribeirão Preto- SP (16) 3610-8836 www.joelpereiraarquitetura.com.br


FOTOS: CASSIA BATARRA

Consultรณrio Hospital rdo Viver


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saúde+

preventiva

Alergias: os cuidados nas estações frias e secas

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om a chegada de períodos mais frios e secos, principalmente no outono e inverno, no Brasil as baixas temperaturas e o ar mais seco podem desencadear uma série de doenças e alergias, sejam elas respiratórias ou dermatológicas. Problemas como pele seca, boca quebradiça e até mesmo algumas infecções podem ser sinal de que algo está errado. De acordo com o médico e coordenador do Serviço de Imunologia e Alergia Pediátrica do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, Dr. Pérsio Roxo Júnior, esse período mais frio é propenso para o desenvolvimento de alergias e aparecimento de fungos e bactérias. “Nas últimas duas décadas têm ocorrido um aumento da prevalência das doenças alérgicas. No caso das doenças respiratórias, geralmente há uma reativação durante os meses de outono e inverno que está relacionado com infecções virais e fatores climáticos”. Geralmente, segundo o especialista, é comum o aparecimento de resfriados e gripes, além das reativações de alergias comuns como asma e rinite alérgica. “As reativações de asma se caracterizam por tosse, falta de ar e chiado no peito. As reativações da rinite alérgica se caracterizam por coceira no nariz, espirros, coriza clara e obstrução nasal”, explica.

Tratamentos Após o diagnóstico do tipo de alergia ou doença, Dr. Pérsio esclarece que para cada enfermidade existe um tratamento específico e deve ser seguido regularmente pelo paciente. “Anti-histamínicos são usados para as crises de rinite. Broncodilatadores por via inalatória são preconizados para crises de asma. Hidratantes e corticóides tópicos podem ser utilizados para alergia cutânea. É importante ressaltar que estas medicações nunca devem ser utilizadas por conta própria, devendo sempre ser prescritas por médico”.

Cuidados Dr. Pérsio Roxo Júnior aponta também alguns cuidados dentro de casa, pois a circulação de ar nesses períodos mais frios é importante para evitar a aglomeração de sujeira. “Pacientes sensibilizados aos ácaros da poeira doméstica devem adquirir as capas anti-ácaros para colchão e travesseiro”.

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O coordenador de Imunologia do HC explica que muitas alergias são hereditárias e devem ser observadas ao longo da vida. “As doenças alérgicas são hereditárias e vêm aumentando nos últimos anos. São muito relacionadas a fatores genéticos, ambientais e climáticos. Portanto, é essencial que o paciente alérgico seja avaliado por um médico no sentido de se fazer o correto diagnóstico para que as medidas de prevenção e tratamento adequadas sejam implementadas com brevidade”, completa.


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A Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) também enaltece alguns cuidados importantes que devemos ter e aplicar nas estações com baixa temperatura e sem chuva: Não tomar banho muito quente e prolongado. Pessoas de pele muito seca devem evitar o uso de sabonetes nas pernas e braços, usando-o somente nas áreas íntimas, espalhando a espuma do sabonete no restante da pele; Não usar buchas vegetais, esponjas, cremes ou sabonetes de banho com grânulos (com exceção das áreas de pele mais engrossada, como cotovelos, joelhos e pés); Não se secar com toalhas ásperas, esfregando-se para não remover ainda mais a camada de proteção natural. Tomar banho rápido e morno é saudável e ecologicamente correto, com sabonetes neutros e hidratantes, pois são os que menos ressecam a pele; Utilizar esfoliantes no corpo, no máximo, uma a duas vezes por mês, com grânulos finos, pois do contrário, a pele perde o revestimento natural por meio desse tipo de “agressão” e torna-se sem brilho e seca, fácil de manchar e se contaminar com vírus, bactérias e fungos; Secar-se com toalhas felpudas, principalmente nas áreas de dobras do corpo (dedos, pés, virilhas e axilas) para evitar qualquer micose oportunista; Aplicar um bom hidratante corporal com produtos à base de uréia, ácido lático, ácido hialurônico, óleos vegetais, vitaminas e anti-oxidantes.

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artigo científico

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Ceratocone é uma patologia ocular que preocupa muitos pacientes, necessitando de diagnóstico precoce para interromper a sua progressão e permitir um tratamento bem sucedido por parte do Oftalmologista. Estima-se que a doença atinja uma em cada 20 mil pessoas no Brasil. Geralmente aparece no final infância e adolescência, sendo mais raro o surgimento na idade adulta. Trata-se de uma deformação progressiva da córnea que faz com que a mesma adquira um formato cônico e irregular. Pode ser percebido em exames de rotina pelo oftalmologista, porém muitos casos são diagnosticados apenas como astismatismos irregulares ou miopias. Para o diagnóstico preciso do Ceratocone são necessários exames complementares que vão detectar as medidas corneanas e o estágio em que se encontram as deformações visuais. Os principais exames para o acompanhamento da progressão da doença são a topografia da córnea (estudo da superfície), tomografia de córnea (estudo em 3D), acuidade visual e refração (avaliação óptica ocular). Uma vez diagnosticado, o tratamento deve ser imediato. A forma mais simples são os óculos quando o estágio é inicial e o astigmatismo ainda é baixo. Quando há um avanço da doença a visão com os óculos passa a ser imprecisa com má qualidade na formação da imagem. Nesse momento pode ser indicado o uso de lentes de contato específicas para córneas irregulares. Outra modalidade de tratamento para o Ceratocone progressivo é o Crosslinking do colágeno da córnea, que é o mais moderno recurso disponível para estabilizar a evolução das deformidades corneanas. O Crosslinking tem como finalidade criar novas ligações entre as moléculas de colágeno através de uma reação fotoquímica entre a vitamina B2 (riboflavina) e a luz ultravioleta, a UVA para o enrijecimento e aumento da resistência da córnea. Pode ser realizado em sessões de 15

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ou 30 minutos, e na maioria dos casos uma única vez. Relatos literários apontam que o aumento na rigidez da corneana pode ser de até 329 %. Por se tratar de um procedimento realizado com anestesia tópica (colírio) e sem incisões, apresenta baixíssimo risco ao paciente. Outro recurso para tratar o Ceratocone é a cirurgia de implante de anéis corneanos. Esses quando implantados na córnea fazem uma redução do ápice do cone reduzindo as deformações e o astigmatismo irregular. Quando associados ao Crosslinking propiciam maior estabilidade visual a longo prazo. Por último temos ainda a cirurgia de transplante de córnea em Ceratocones muito avançados nos quais a córnea já a presenta espessura reduzida e curvaturas extremas. O transplante de córnea propicia excelentes resultados quando necessário, porém com os modernos procedimentos como o Crosslinking e a cirurgia de implante de Anéis Corneanos, a necessidade de transplantar a córnea vem reduzindo em todo o mundo. Portanto o Ceratocone apesar de causar sérias preocupações aos pacientes acometidos, pode ser estabilizado e até curado em muitos casos, graças aos avanços tecnológicos disponíveis no momento.

Dr. Paulo Paccola, é médico oftalmologista, formado pela Universidade Federal Fluminense, membro da American Academy of Ophtalmology, American Society of Cataract and Refractive Surgery, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Refrativa e Implantes Oculares, da Sociedade Brasileira de Córnea e Lentes de Contato, da Sociedade Brasileira de Glaucoma, membro do corpo clínico do Oftalmocenter Ribeirão Preto e do conselho técnico da UNIMED de Ribeirão Preto.

Novas turmas: Curitiba: 12 de março 2016. Ribeirão Preto: 09 de abril 2016


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r. Davidson Valentim Alvarenga é o entrevistado desta edição. Ele é especialista em Ginecologia Obstetrícia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (1997), atua na Fundação Maternidade Sinhá Junqueira, é médico Adjunto da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Além de ser associado do Centro Médico de Ribeirão Preto, Dr. Davidson também é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica, da American Association Of Gynecologic Laparoscopists e do European Society For Gynaecological Endoscopy. Em seu currículo Lattes os termos mais frequentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: Videolaparoscopia, Videohisteroscopia, Cardiotocografia, Complicações em laparoscopia, Gestante, Ginecologia e Obstetricia, Reprodução assistida e Reprodução Humana.

Dr. DAVIDSON Revista Saúde+ - De acordo com o Atlas do Câncer lançado em março, em São Paulo – que faz um mapeamento de dados sobre a incidência do câncer no Brasil e detalha que tipo de câncer acontece com maior frequência em várias regiões do mundo –, no Brasil , o tipo de câncer mais comum entre as mulheres é o de mama, seguido de tumores no intestino grosso e de colo de útero. O que é preciso para diminuir este índice? A prevenção é a principal ferramenta de combate ao câncer? DR. DAVIdSON VALENTIM ALVARENGA - Não tenha dúvida que a prevenção é a principal ferramenta de combate ao câncer e colabora muito na diminuição destes índices. Muda um pouco o tipo de prevenção que é feita para cada tipo de tumor citado. No câncer de mama temos uma pequena porcentagem de casos familiares onde a pesquisa genética poderia ser feita. Pesquisa dos marcadores BRACA

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1 E BRACA 2. Estes marcadores são pedidos em casos muito específicos. Temos outros fatores de risco onde podemos intervir como a obesidade, terapia de reposição hormonal e consumo de álcool. Ainda hoje a detecção precoce e o método mais importante é utilizamos principalmente a mamografia, que deve ser iniciada em condições normais após os 50 anos (INCA), embora tenhamos alguns protocolos clínicos que propõe esta investigação a partir dos 40 anos. Com história familiar esta investigação deve ser iniciada com 35 anos de idade e/ou 10 anos antes do aparecimento do tumor no familiar com parentesco de primeiro grau. A detecção precoce garante uma cura próxima dos cem por cento. No câncer de intestino também podemos fazer uma prevenção. A alimentação sadia, balanceada com muitas fibras e água deve ser feita. Fazemos de rotina a pesquisa de sangue oculto nas fezes após os 50 anos de idade. De novo aqui o diagnóstico precoce é essencial para a cura desta doença. Este diagnóstico é feito com a realização de colonoscopia seriada principalmente quando existe história familiar importante desta patologia No câncer do colo uterino a prevenção é feita evitando o contato com o vírus HPV (uso frequente do condon), identificação das lesões pré-cancerosas pela colpocitologia ou mesmo retirando a lesão pré-cancerosa inteira do colo uterino ( NIC 3 e ca in situ). Este procedimento pode ser realizado com o bisturi elétrico de alta frequência (conhecido como CAF). Sabemos também que o tabagista e o portador de HIV têm maior risco de câncer do colo uterino quando infectado pelo HPV. Um capítulo à parte na prevenção do câncer de colo uterino foi o surgimento da vacina do HPV.

Revista Saúde+ - Qual é a relação do vírus HPV (human papiloma vírus) com o desenvolvimento do câncer de colo do útero? DR. DAVIdSON VALENTIM ALVARENGA - Temos mais de 200 diferentes subtipos de HPV dos quais cerca de 40 podem ser transmitidos sexualmente. Didaticamente dividimos em dois grandes grupos: alto e baixo risco. Como representantes mais importantes dos de baixo risco temos os subtipos 6 e 11 responsáveis por 90% de todas as verrugas genitais conhecidas como condiloma acuminado. De alto risco temos principalmente os subtipos 16 e 18 que são responsáveis por mais de 70% dos tumores do colo uterino. Estar infectado com o HPV, principalmente pelos 2 subtipos citados acima, aumenta substancialmente o risco de desenvolvimento do câncer uterino, mas não significa que a paciente obrigatoriamente desenvolverá um câncer. Na verdade, a maioria das mulheres contaminadas pelo HPV não terá câncer. Tanto o carcinoma de células escamosas (cerca de 90% dos tumores) quanto o adenocarcinoma do canal endocervical (cerca de

10% dos tumores) estão relacionados com o HPV. O virus HPV é a principal causa de câncer de colo uterino.

Revista Saúde+ - Existem vacinas de prevenção? Quem deve tomar? DR. DAVIdSON VALENTIM ALVARENGA - Atualmente temos duas vacinas no mercado brasileiro. A bivalente e a quadrivalente. A quadrivalente possui os quatro subtipos: 6, 11, 16 e 18. A vacina nonavalente ja foi aprovada pelo FDA em 2014 para a prevenção de cânceres de colo de útero, vulva, vagina e câncer anal causados por HPV tipos 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58, e para a prevenção de verrugas genitais causadas por HPV tipos 6 ou 11. Não sabemos quando será aprovada no Brasil. Inicialmente a vacina quadrivalente foi indicada para ambos os sexos entre 9 e 26 anos de idade que não tiveram contato com o HPV. Hoje foi estendido a quem já teve contato com o HPV e mulheres até 45 anos de idade. Esquema com 3 doses na rede privada (0, 2 e 6 meses). Na rede pública o enfoque tem sido em crianças de 9 a 13 anos de idade que provavelmente não iniciaram a atividade sexual (duas doses) e 3 doses nas portadoras do HIV entre 9 e 26 anos de idade.

Revista Saúde+ - A citologia em meio líquido tem sido considerada importante alternativa para o ganho de sensibilidade do exame de Papanicolau. Quais os benefícios deste procedimento? Já utilizou esta técnica? DR. DAVIdSON VALENTIM ALVARENGA - A colpocitologia tradicional foi criada na década de 1940 por Papanicolau e é largamente utilizada até hoje. Método de baixo custo, mas com resultado da análise limitado a uma boa coleta de material que já vem fixada previamente em uma lâmina. A citología em meio líquido ganha em qualidade a partir do momento que é centrifugada e filtrada com retirada de artefatos inadequados e apresenta maior concentração de células que são preparadas em uma monocamada para melhor avaliação do citopatologista. Além do mais permite uma análise de outros exames complementares, entre eles a captura híbrida que permite a identificação do papilomavírus humano (HPV). Tenho feito a coleta de citologia em meio líquido nos últimos meses no meu consultório. Estou satisfeito com o resultado destes exames.

Revista Saúde+ - A Endometriose atinge 10% da população no Brasil. Muitas mulheres sentem os sintomas, mas não procuram tratamento médico. Quais as ações recomendadas para um diagnóstico eficiente? DR. DAVIdSON VALENTIM ALVARENGA - Na grande maioria das vezes o diagnóstico de endometriose é feito somente após 7 a 8 anos dos sintomas iniciais da doença. Algumas outras vezes ela passa uma vida toda sem ser notada por falta de sinais sugesti-


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necessário uma discussão mais “Éaprofundada quando se fala em sexualidade humana. Muitas famílias tratam este assunto como proibido. Muitas adolescentes aprendem de uma maneira equivocada e quando procuram um ginecologista trazem esta angustia à flor da pele ” vos. Na adolescência fica ainda mais difícil por não considerarmos algumas vezes este diagnóstico. Pode ser redundância, mas o diagnóstico é feito quando pensamos nele como diagnóstico diferencial. Em algumas situações fica um pouco mais fácil. Na infertilidade encontramos endometriose em cerca de 40% destas pacientes. Como diagnóstico principal ou associado a alguma outra patologia. Nas pacientes com dismenorreia, dor pélvica cíclica ou não e quadros de sangramento uterino anormal. Também a endometriose deve ser pensada. Nesta situação a adenomiose (endometriose interna) é a mais frequente. Cabe à cirurgia vídeo assistida o estadiamento e diagnóstico final que é confirmado por uma biópsia dirigida. Por se tratar de uma doença ainda de etiologia duvidosa, grande parte das vezes tratamos os sintomas ou apenas acompanhamos a mesma durante o menacne, até que a menopausa traga o tratamento definitivo com o hipoestrogenismo. Apenas sabemos que é uma doença estrogênio dependente na maioria das vezes.

Revista Saúde+ - Como o sr. analisa a evolução da cirurgia laparoscópica? Quais são as indicações? DR. DAVIdSON VALENTIM ALVARENGA - Um dos grandes marcos na cirurgia moderna, a cirurgia laparoscópica trouxe um grande avanço na cirurgia minimamente invasiva, no diagnóstico precoce e na recuperação pós-operatório. Grande parte das cirurgias ginecológicas podem ser realizadas por laparoscopias. Citamos como a principal indicação os procedimentos realizados na endometriose pélvica. Entre outras citamos as histerectomias, cirurgias oncológicas, as colpopexias, laqueadura tubárea, lise de aderências, prenhez ectópica e massas anexiais.

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Grandes avanços nos equipamentos onde podemos citar a robótica como o refinamento na arte de operar. Salas operatórias que respondem a ordens humanas. Sistemas de imagem onde a visualização da cavidade pélvica se torna perfeita. Instrumentais cirúrgicos que facilitam muito na técnica cirúrgica.

Revista Saúde+ - Com relação ao Zika Vírus, como a Obstetrícia vê a questão do risco de engravidar e o feto apresentar microcefalia? O que é recomendado? DR. DAVIdSON VALENTIM ALVARENGA - A relação do zika vírus com a microcefalia já foi praticamente confirmada. Ainda estamos entendendo melhor a história natural da doença para entendermos melhor a repercussão no ser humano e como proceder para a prevenção e tratamento da mesma. Exames laboratoriais ainda sendo desenvolvidos. Tanto para o diagnóstico na fase aguda ou para sabermos da possível imunização futura. As pacientes que tiveram a doença estarão protegidas em uma próxima gravidez? Ou mesmo a vacina trará esta proteção? A transmissão é feita pelo Aedes Aegypti. Mas também já foi relatada a transmissão pelo sêmen em uma atividade sexual. Mal conseguimos a vacina para a dengue e já teremos que desenvolver a vacina da zika. Esta vacina só estará pronta no ano que vem. Esperamos que até o fim do ano tenhamos estas respostas.

Revista Saúde+ - Ainda existem no século XXI, tabus que o ginecologista tenha que lidar? DR. DAVIdSON VALENTIM ALVARENGA - Muitos tabus foram quebrados e dezenas de outros ainda terão que ser resolvidos. Acredito que ainda um dos mais antigos e que ainda necessita de uma discussão mais aprofundada se trata da sexualidade humana. Muitas famílias tratam este assunto como proibido. Muitas adolescentes aprendem de uma maneira equivocada e quando procuram um ginecologista trazem esta angustia à flor da pele. Sobra uma grande missão aos ginecologistas na orientação adequada as suas jovens pacientes.

Revista Saúde+ - Por que a depilação íntima completa pode causar danos à saúde da mulher? DR. DAVIdSON VALENTIM ALVARENGA - Os pelos em geral trazem uma proteção contra possíveis infecções. Isto é bem conhecido nos pelos nasais e o mesmo acontece nos pelos pubianos e vulvares. Funciona como uma barreira natural. É recomendado que se mantenha uma quantidade adequada destes pelos e se evite a depilação completa dos mesmos. Difícil é definir o que é o mínimo necessário. Também esta infecção pode ser levada pelo sistema usado na depilação. Seja a cera quente ou mesmo instrumentos cortantes usados que podem lesar a pele e criar ambiente propicio a proliferação de bactérias ou fungos.



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Dentre os dados obtidos, destacam-se: Serviços Privados de Atendimento a pessoas com dependência química: 8 unidades Saúde Pública – Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS), Unidades de Pronto-Atendimento (UPA), entre outros: 50 unidades (Dados obtidos junto a prefeitura) Clínicas gerais e especializadas: 172 unidades Hospitais: 18 unidades Escolas médicas públicas e privadas: 4 unidades (Dados obtidos junto ao Cremesp) Hospital dia: 1 unidades com 0 leitos Hospital e maternidade mulher: 1 unidade com 85 leitos Hospitais especializados: 3 unidades com 65 leitos Hospitais gerais: 5 unidades com 517 leitos Casas de repouso: 13 unidades com 123 leitos Clínica de psiquiatria: 11 unidades Clínicas de reprodução humana: 3 unidades Clínicas de reabilitação de dependentes químicos: 2 unidades Clínicas médicas gerais (inclui as discriminadas acima): 1.247 unidades Laboratório de análises clínicas: 44 unidades Laboratórios de patologia clínica: 2 unidades Laboratórios de patologia e citologia: 5 unidades

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(Dados obtidos junto a Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo - FEHOESP).


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reportagem da Revista Saúde+, do Centro Médico de Ribeirão Preto, Distrital da Associação Paulista de Medicina, realizou um levantamento, que reuniu dados do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), da Prefeitura de Ribeirão Preto, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Fehoesp) para mostrar a dimensão da saúde na cidade atualmente. A matéria traz também a participação de diversos profissionais da área da saúde, educação, economia, tecnologia, entre outros setores, que analisaram os vários aspectos que envolvem a questão.

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Unimed, mas passando pelo Hospital da Sociedade Portuguesa de Beneficência, pelo Hospital São Francisco, em 1946, e em 1952 Faculdade de Medicina da USP”.

Educação

A professora e coordenadora adjunta do curso de medicina da Estácio/Uniseb, Dra. Carla Campos Petean, destaca que o ensino de medicina em Ribeirão Preto sempre foi exemplo de excelência, mas que se deve ter cautela com a criação de novas escolas no Brasil. “O assunto acarreta diversas reflexões em diferentes instâncias, sendo que uma delas é sobre a responsabilidade das instituições de ensino sobre a qualidade da formação médica, que reflete não somente no perfil do egresso e futuro profissional, mas também na qualidade da atenção à Saúde no Brasil”. Ela destaca a importância de escolas mais tradicionais do O economista Vicente Golfeto analisa positivamente a situação setor, como as quatro universidades de medicina de Ribeirão da saúde em Ribeirão Preto. Para ele, o setor ocupa um ‘lugar Preto, por exemplo. “Nossa responsabilidade transcende a forespecial’ na economia ribeirãopretana. “Esta importância não mação de graduação, devemos ser atuantes para que nossos é um evento, tem sido um processo. Não representa um flash, egressos tenham condições de exercerem sua profissão com é um filme, que começou de fato no final do século XIX com o responsabilidade, formação e especialização adequadas, objehospital da Santa Casa. A partir daí o processo foi deflagrado, tivando a melhoria da atenção básica”. sendo o último flash, até o presente momento, o hospital da A preocupação com ensino é também reforçada pelo coordenador do curso de medicina do Centro Universitário Barão de Mauá, Prof. Dr. Ricardo Miranda Lessa. De acordo ele, o projeto do 95 unidades Estabelecimentos de Saúde com apoio à diagnose e terapia Ministério da Educação de aumentar as es215 unidades Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial total colas médicas, e com isso aumentar o núme22 unidades Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência total ro de médicos formados, é ambicioso. “Serão criadas 11,5 mil novas vagas de graduação Estabelecimentos de Saúde com especialidades com internação total 11 unidades até 2017 e 12,4 mil novas vagas de residênEstabelecimentos de Saúde com especialidades sem internação total 127 unidades cia para formação de especialistas, segundo 24 unidades Estabelecimentos de Saúde com internação total o Ministério. Acontece que mudança no eixo 6 unidades Estabelecimentos de Saúde com terceirização total dos locais de formação, adotando-se a inte3 unidades Estabelecimentos de Saúde especializados com internação total riorização da formação, priorizando e autori152 unidades Estabelecimentos de Saúde especializados sem internação total zando a abertura de novas escolas médicas nos estados que apresentam menor propor10 unidades Estabelecimentos de Saúde geral com internação total ção de médicos por habitante é uma grande 16 unidades Estabelecimentos de Saúde geral sem internação total falácia”. 255 unidades Estabelecimentos de Saúde privado total Ele salienta que a infraestrutura de uma ci64 unidades Estabelecimentos de Saúde pública total dade e o desenvolvimento econômico são fa200 unidades Estabelecimentos de Saúde sem internação total tores determinantes para a permanência do 17 unidades Estabelecimentos de Saúde terceirizado total médico. “Nesse sentido, fica claro que o estudante será um mero visitante do município 319 unidades Estabelecimentos de Saúde total que tiver sediado a sua faculdade, ou mesmo 31 unidades Estabelecimentos de Saúde total privado/SUS a usará como porta de entrada na gradua313 unidades Estabelecimentos de Saúde único total ção médica e começa uma saga interminável 1.230 leitos Leitos para internação em Estabelecimentos de Saúde privado total para tentar uma vaga de transferência para 947 leitos Leitos para internação em Estabelecimentos de Saúde público total escolas médicas. 2.177 leitos Leitos para internação em Estabelecimentos de Saúde total De acordo com o coordenador do curso de

Economia

(Dados: IBGE - Assistência Médica Sanitária 2009/2010)


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medicina da Universidade de Ribeirão Preto - Unaerp, Dr. Reinaldo Bestetti, colocar o aluno para vivenciar o cotidiano de um médico ou hospital, principalmente na saúde pública, é um diferencial para preparar o universitário para o mercado de trabalho. “Participar ativamente do processo saúde/doença, ter controle sobre atendimentos, exames solicitados são possibilidades que os alunos têm devido à atuação em cenários de aprendizagem, que passam pelo atendimento nas unidades básicas de saúde, nossa região de atendimento em convênio com a Secretaria Municipal de Saúde até o acompanhamento dos pacientes no Hospital Electro Bonini”. Para o médico Infectologista e professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), Valdes Roberto Bollela que também é professor convidado da Foundation for Advancement of Medical Education and Research (FAIMER Institute) Philadelphia-USA e professor do Instituto de Educação para as Profissões da Saúde FAIMER Brasil, independente dos critérios utilizados para criar novas escolas médicas, é essencial que existam regras claras e que sejam aplicadas para avaliá-las, assim como o avaliar seus egressos. “Obviamente isto deve valer tanto para as novas escolas quanto para as escolas médicas já existentes, já que qualidade/excelência é algo que se conquista e é necessário muito esforço para mantê-la. Nada é perene e por isso a avaliação através de ciclos é fundamental pois auxilia as escolas a identificarem suas potencialidades e limitações e fazerem os ajustes necessários”. Segundo o professor Dr. Bollela, no Brasil, o MEC, através do INEP se propõe a avaliar as escolas médicas através do SINAES (Sistema Nacional de avaliação do Ensino Superior) que tem um componente de avaliação institucional, a avaliação do curso (projeto pedagógico, infraestutrutura e corpo docente) e avaliação dos estudantes (ENADE). Este sistema vale para todos os cursos do ensino superior e não apenas para as escolas médicas. “Recentemente, o Ministério da Educação através da PORTARIA MEC N° 168, de 1° de abril de 2016, instituiu a Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina (ANASEM) que será aplicada aos alunos no segundo, quarto e sexto anos dos cursos. O objetivo é realizar o monitoramento progressivo da qualidade do ensino de medicina a partir deste ano. A ANASEM busca avaliar a incorporação de conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias à prática médica pelos graduandos durante o processo formativo”, ressalta. “O grande desafio, e espero que de fato aconteça, é que tudo o que está sendo proposto seja de fato executado e com a qualidade e regularidade necessárias. Assim, será possível checar se a formação médica e os profissionais que estão sendo “entregues” à sociedade estão à altura do que ela espera e merece”, conclui o professor Bollela.

Ensino tecnológico De acordo com Dr. Francisco Mauad Neto, diretor administrativo da Faculdade de Tecnologia em Saúde (FATESA), Ribeirão Preto é uma cidade beneficiada por sua estrutura médica, que é primordial para o estabelecimento de uma sociedade igualitária. “Ribeirão Preto possui três vezes mais médicos que a média nacional (que são dois médicos para cada 1000 habitantes). Como se não bastasse possuímos quatro faculdades de medicina e milhares de pontos de saúde, como clínicas, hospitais e postos de saúde (mais do que 10 vezes a média nacional). Em um ambiente deste, a qualificação é vital para o desenvolvimento do nosso polo de saúde”.

Indústria A cidade ganhou, em março de 2014, um espaço dedicado as pesquisas nas áreas tecnológicas e de desenvolvimento medicinais. Atualmente, o Supera Parque conta com 21 empresas distribuídas nas áreas de tecnologia, indústria, biotecnia, tecnologia da informação, química e fabricação de equipamentos e materiais médicos e hospitalares. O gerente do Supera Parque, Eduardo Cicconi, conta que o objetivo do espaço é proporcionar o desenvolvimento de novas tecnologias para beneficiar várias áreas da medicina, principalmente para um polo tão importante quanto Ribeirão Preto. “O objetivo é atrair e reter empresas tecnológicas, com destaque para as atuantes em setores da saúde, biotecnologia, tecnologia da informação e bioenergia”.

Hospitais O diretor presidente do Grupo São Lucas Ribeirânia, Dr. Pedro Antônio Palocci, enfatiza que o município é um grande polo de desenvolvimento e que muitos hospitais se dedicam a esse trabalho para receber o certificado de acreditação, que reconhece formalmente um organismo independente especializado em seu setor. “No desenvolvimento dos programas de acreditação, foram incorporadas formas de medir toda a linha de cuidados assistenciais, de tal modo que o hospital, para receber o nível máximo de acreditação, tem que garantir mecanismos e sistemas que evidenciem que a garantia da segurança seja eficaz, e também que o plano terapêutico de cada paciente seja consistente com o que existe hoje de mais adequado para o tratamento de cada doença”.

Saúde Pública A diretora administrativa do Hospital Electro Bonini, Lara Bonini, aponta que saúde pública na cidade ganhou um forte aliado com a inauguração do prédio no campus da Unaerp em 2003. Para ela, o hospital é uma referência no atendimento secundário da cidade. “A missão é oferecer prevenção e pro-


MED Medicina Diagnóstica.

Saúde Suplementar Os planos de saúde e assistências privadas também têm amplo espaço na saúde de Ribeirão Preto. De acordo com o membro do Conselho de Administração da Unimed de Ribeirão Preto, Dr. Antônio Luiz Chaguri, o plano privado na cidade tem suas divergências e nem sempre é satisfatório para a população. “A discussão é ampla e passa desde o atendimento médico, a remuneração, o alto índice de faltas do paciente. O assunto para ter qualquer repercussão efetiva deverá ser discutido com todas as variáveis e com posicionamento sério de todos envolvidos”. Para isso, Dr. Chaguri reforça a discussão entre a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a sociedade, na busca de melhorias na qualidade do serviço. “A ingerência no setor tem atrapalhado muito e comprometendo o próprio beneficiário, tornando os planos cada vez mais onerosos. Reforço a necessidade de discussão envolvendo todos, inclusive a ANS, o judiciário e associação de classe para discutirem o interesse comum e lembrar que quem está pagando essa conta é o médico”, enfatiza.

Conselho Entretanto, para o conselheiro regional do Cremesp, Dr. Eduardo Luiz Bin, a saúde em Ribeirão Preto precisa de melhoras em muitos aspectos. Ele esclarece que doenças mentais e cuidados com doenças como dengue, e as mais recentes zika e chikungunya, precisam de maiores atenções. “No atendimento de doenças mentais ou na grande incidência e prevalência de doenças transmitidas por intermediários como o Aedes aegypti, a situação de Ribeirão Preto deixa muito a desejar. Quanto às atividades dos médicos, a cidade conta com quatro faculdades de medicina, e isso leva parte importante do atendimento de saúde pública seja feito por estudantes, nem sempre preparados adequadamente e nem sempre supervisionados. Quanto ao atendimento por médicos, há uma carência relevante de interessados nos concursos realizados pela Prefeitura”. Por outro lado, o conselheiro diz que as melhorias devem acontecer e contar com o apoio dos moradores, e principalmente, com políticas públicas do próprio governo. “O relevante é a continua busca por melhores condições de saúde nos diferentes níveis. Esta busca tem obrigatoriamente de contar com grande colaboração da própria população, dos políticos e da mídia. Não se pode querer cobrar eficiência apenas dos profissionais que trabalham nas unidades e hospitais. Vale também assinalar a importância de medidas de segurança que permitam que os profissionais de saúde tenham tranquilidade para exercer suas funções”.

Resultados

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moção da saúde por meio de um trabalho multiprofissional, através de ações de pesquisa, articuladas com a política pública de saúde. Dessa forma, o atendimento realizado no hospital se dá por meio de parceria com a prefeitura, desde 2006, com o objetivo de consolidar o SUS”.

Modernas instalações, entrada independente, novos equipamentos e suporte hospitalar para seu exame.

Resultados on line Ressonância Magnética de Alto Campo

(compacta, ampla abertura para claustrofóbicos e obesos)

Tomografia Computadorizada Multislice (128 cortes, imagens em segundos e menor dose de radiação)

Ultrassonografia Radiologia Digitalizada Unimed, Bradesco Cassi, Sassom, SulAmérica + 21 convênios novo número de telefone

Agendamento (16) 3514 0700 www.medmedicina.com.br Dr. César Roberto Camargo Diretor Técnico Médico CRM-SP 39997/RQE 38077

Dr. Eduardo Bin aponta um caminho alternativo para que mudanças ocorram logo, ou mesmo após as eleições em outubro, que devem mudar o cenário político em Ribeirão Preto. “Falta uma política de valorização dos profissionais de saúde, instituindo um elaborado plano municipal de cargos, carreira e salários, incentivando médicos e outros profissionais da saúde a se fidelizaram ao serviAo lado do Hospital São Lucas, entrada pela Vicente de Carvalho com Bernardino de Campos,1426 Ribeirão Preto . SP


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ço. Tal plano levaria a um incremento qualitativo e quantitativo de profissionais, evitando-se, com isso, lacunas nas escalas de plantões e diminuição no tempo de espera de consultas. Um plano bem elaborado permitirá também estimular a atualização desses profissionais o que irá desaguar em consultas mais efetivas”, conclui.

Entidade de Classe “O Centro Médico tanto ontem como hoje, sempre atuou defendendo os vários interesses dos médicos, e trabalhando em comum acordo com a APM (Associação Paulista de Medicina), nos últimos anos, também se interessando para melhorar o atendimento do SUS à população, inclusive participando de campanhas para aprovar a PEC (projeto de emenda da constituição) para aumentar o valor destinado à saúde, no orçamento da União. Em outra frente de trabalho tem atuado junto aos políticos da nossa região para obter votação favorável ao projeto de lei que pretende criar a carreira de médico de estado, quer federal, estadual ou municipal. Há participação da entidade nas negociações com os prestadores de serviços para conseguir remuneração justa e contratos honestos para os procedimentos médicos”, diz Dr. Oswaldo Cruz Franco, presidente do Centro Médico de Ribeirão Preto, Distrital da Associação Paulista de Medicina – APM. Dr. Franco ressalta ainda que localmente a entidade procura oferecer aos médicos oportunidades de atualização profissional constante, através dos vários departamentos científicos, além de participar de vários projetos culturais e possibilidade de manter a saúde através de exercícios esportivos e físicos no complexo do poliesportivo. “Também organizamos reuniões festivas nas datas importantes de comemoração do Dia do Médico, do aniversário de fundação, bem como o envolvimento em iniciativas de grupos de sócios, como o do futebol para angariar fundos, visando melhorar as condições da área do poliesportivo e área da churrasqueira”, explica Dr. Franco. Entretanto, o presidente do Centro Médico analisa que ‘face as dificuldades financeiras da crise que o país enfrenta necessitamos comprimir custos e obter novas fontes de receita para poder estabilizar a entidade, o que estamos fazendo e pretendemos continuar”, enfatiza. Com relação a estrutura da saúde do município, Dr. Franco comenta que “embora Ribeirão Preto disponha de uma rede importante, quer para a saúde pública, como privada e que de modo geral vem evoluindo, há momentos de retrocesso. Se levarmos em conta que o SUS fechou milhares de leitos nos últimos anos, que existe gerenciamento inadequado dos já escassos recursos com perdas por todos os lados, falta de aplicação de recursos já alocados, desperdício de material comprado com exagero e que acabam vencendo e tendo de ser descartados, roubos de várias naturezas, com superfaturamentos nas compras, licitações direcionadas, etc., o

cenário da saúde da cidade está bem negativo”. “Neste ano as epidemias de Dengue, Chikungunya ou Zika mostram como ainda estamos muito mal e que passada a Epidemia os cuidados são relaxados, até que próximo ano nova crise apareça. É inadmissível que tenhamos tido quase 60.000 casos na cidade, com número inaceitável de óbitos”. “Materialmente a insuficiência de vagas em UTIS (gerais ou Neonatais) tem provocado situações de gestantes serem encaminhadas a outras cidades, como Sertãozinho para darem à luz, e a demora crucial para internações em UTI, entre outros aspectos agravantes. Assim não temos condições reais de esperar por melhoras, a não ser que se o governo provisório se instalar definitivamente, possa haver uma troca de todos os cargos de planejamento e gerenciamento nomeados politicamente, por critérios de meritocracia”, conclui Dr. Franco.

Hospital das Clínicas Com relação à crescente demanda do atendimento à Saúde Pública, o Prof. Dr. Benedito Carlos Maciel, superientendente do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto analisa que o HC – FMRP/USP é referência terciária no Sistema Único de Saúde – SUS para a cidade, além de outros municípios, como Franca, Araraquara e Barretos e respectivas regiões, que concentram, aproximadamente, quatro milhões de habitantes. “Por ser referência terciária no sistema de saúde, atendendo prioritariamente, os casos de alta complexidade, o Hospital, muitas vezes, é a única alternativa para os pacientes dessas cidades. Os pacientes que vêm ao Hospital são referenciados por meio dos Departamentos Regionais de Saúde das respectivas cidades sede, que agendam as consultas nos Ambulatórios. Há demanda reprimida em algumas especialidades que estão sendo equacionadas, por meio de reuniões realizadas com a DRS de Ribeirão Preto e os municípios integrantes, no sentido de estabelecimento de protocolos clínicos para organização do fluxo de pacientes. Internamente, o Hospital, considerando a demanda reprimida de pacientes, tem priorizado a expansão de áreas que deverão entrar em funcionamento ainda neste ano, com a inauguração do HC Criança, com capacidade total de 233 leitos, que permitirá a ampliação da oferta de leitos em obstetrícia, CTI Pediátrico, CTI neonatal e Centro de Cirurgia de Epilepsia. Ainda, em 2016, está prevista a inauguração da Unidade Coronariana, devidamente ampliada, do Centro de Otorrinolaringologia e Fonoaudiologia e da Unidade de Diálise”, esclarece o Prof. Dr. Maciel. O superientendente do HC informou ainda que, “o Hospital enfrenta alguns problemas com as dificuldades de se estabelecer a contrarreferência dos pacientes, pela falta de profissionais e estrutura para atender os casos que não necessitam mais serem aqui tratados, mas que precisam de um acompanhamento


vercesi

médico, que pode ser feito no próprio município de origem do paciente. Não há falta de médicos. As vagas de reposição estão sendo autorizadas pelo Governador do Estado, de acordo com solicitação do Hospital. Quanto aos equipamentos, a situação está equacionada. O HC investe nas áreas, de acordo com a demanda reprimida e prioridades estabelecidas, anualmente e claro, com a disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros,” concluiu o Prof. Dr. Maciel. A reportagem tentou contato com o secretário da saúde de Ribeirão Preto, Stênio Miranda, para sua participação, através da assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, mas não obteve retorno.

Número de leitos de UTIs e UTIs neonatal: Hospital São Lucas - 18 leitos UTI adultos e 06 UTI neonatal Hospital São Francisco - 30 leitos de UTI Hospital das Clínicas Unidade de Emergência - 18 leitos - UTI adulto e 8 leitos UTI pediátrica Hospital das Clínicas USP – 9 leitos - UTI adulto e 17 leitos UTI neonatal Centro de Referência em Saúde da Mulher - Maternidade - 5 leitos - UCI (Unidade de Cuidados Intermediários) neonatal Hospital Beneficência Portuguesa - 12 leitos de UTI Hospital São Paulo - 10 leitos - UTI adulto e 10 leitos UTI pediátrica e neonatal Hospital da Unimed - 20 leitos de UTI Santa Casa - 23 leitos de UTI Hospital Santa Lydia - 9 UTI adultos, 9 leitos neonatal e 1 leito pediátrico Hospital Especializado de Ribeirão Preto – 04 leitos de UTI Hospital Electro Bonini - 9 leitos de UTI adulto e 75 leitos de enfermaria Maternidade Cidinha Bonini - 14 leitos obstétricos, 6 leitos de pediatria e 2 leitos complementares de UCI neonatal Hospital Ribeirânia – 07 leitos de UTI Hospital Maternidade Sinhá Junqueira - 22 leitos neonatais e 10 leitos pediátricos Hospital Viver - 2 leitos, 2 leitos adultos e 1 leito neonatal para convênios específicos e atendimentos particulares. Hospital Oftalmológico de Ribeirão Preto - 3 apartamentos de 1 a 2 leitos para o paciente e acompanhante Hospital Santa Tereza - não há leitos de UTI Hospital de Retaguarda Francisco de Assis - não há leitos de UTI Hospital do Câncer de Ribeirão Preto - não há leitos de UTI

Para ajudar a cuidar da saúde de todos, tem sempre uma Documenta por perto. Documenta Ribeirão Preto Unidade da Mulher Unidade Garibaldi Unidade Hospital São Francisco Unidade Hospital Sinhá Junqueira 16 3977 3000 Documenta Sertãozinho Unidade Hospital Netto Campello 16 3946 8308 Documenta Jaboticabal Unidade Hospital São Marcos 16 3204 8278 Seis unidades, uma só para a mulher

DOCUMENTA

Unidade Hospital São Francisco

Dr. Euclides do Carmo Passeto Diretor Técnico Médico CRM-SP 15290 / RQE 44355


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news

Tradicional Feijoada da Turma do Futebol e Centro Médico acontece dia 23 No próximo dia 23 de julho, a partir das 12h, acontece a tradicional Feijoada da Turma do Futebol e Centro Médico de Ribeirão Preto. Em sua quarta edição, o evento será realizado no salão social da entidade, localizado à Rua Thomaz Nogueira Gaia, 1.275, no Jardim Irajá. Os convites da feijoada podem ser adquiridos na secretaria do Centro Médico por R$ 50,00 por pessoa, as bebidas serão vendidas no local. Como toda organização do evento estará

com a Turma do Futebol e equipe do Centro Médico – Distrital da Associação Paulista de Medicina, no período da manhã, este ano acontece Torneio de Tênis. Os interessados em participar do Torneio devem realizar as inscrições na secretaria no valor de R$ 20,00, com direito a uma cartela de bingo para concorrer durante o evento. Serão realizadas várias rodadas de bingo, com cartelas vendidas na hora por R$ 20,00.

Centro Médico arrecada medicamentos para campanha O Centro Médico de Ribeirão Preto – Distrital da Associação Paulista de Medicina está com um ponto de coleta de medicamentos (amostras grátis) para a campanha “Uma Dose Certa”, que visa a arrecadação para completar o estoque dos medicamentos da “Farmácia da Gente” gerido pelo “Fundo Social” de nossa cidade. Esse programa contempla o fornecimento gratuito de medicamentos para a população carente, mediante prescrição médica. “Em momentos como este, de crise, precisamos nos unir para ajudar as pessoas a enfrentar as dificuldades”, comenta Dr. Oswaldo Cruz Franco, presidente do Centro Médico de Ribeirão Preto. Com a crise atual, o fornecimento dos medicamentos pelos programas dos Governos (Federal e Estadual) está cada vez mais escasso, dificultando o tratamento dos pacientes de baixa renda. Aos médicos interessados em realizarem as doações, poderão deixar na secretaria do Centro Médico (Rua Thomaz Nogueira Gaia, 1275 – Jd. Irajá) de segunda a quinta-feira das 8h às 18h e sexta-feira das 8h às 17h ou agendar para retirada direta no consultório. Contamos com o apoio e colaboração de todos. Atenciosamente, Centro Médico de Ribeirão Preto Distrital da Associação Paulista de Medicina

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Planos de saúde terão que pagar exames de Zika Desde o dia 6 de julho, os planos de saúde têm que cobrir obrigatoriamente três exames de detecção do vírus Zika para públicos específicos. Os procedimentos deverão ser disponibilizados para gestantes, bebês de mães com diagnóstico de infecção pelo vírus, bem como aos recém-nascidos com malformação congênita sugestivas de infecção pelo Zika. A escolha desses grupos levou em conta o risco de bebês nascerem com microcefalia devido à infecção da grávida pelo vírus durante a gestação. A microcefalia é uma malformação irreversível que pode comprometer o desenvolvimento da criança em diversos aspectos e vir associada, por exemplo, à surdez, a problemas de audição e no coração. A norma da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estabelece que os planos têm que oferecer o PCR, indicado para a detecção do vírus nos primeiros dias da doença; o teste sorológico IgM, que identifica anticorpos na corrente sanguínea; e o IgG, para verificar se a pessoa teve contato com o Zika em algum momento da vida. Normalmente, a ANS revê a cada dois anos o rol de procedimentos obrigatórios a serem cobertos pelos planos de saúde. A última revisão começou a valer em janeiro deste ano. Porém, no caso do exame de diagnóstico do vírus Zika, a incorporação dos testes laboratoriais ocorreu de forma extraordinária, segundo a agência reguladora, por se tratar de uma emergência em saúde pública decretada pela Organização Mundial da Saúde. Os planos de saúde tiveram 30 dias para se adequar à nova regra. (Agência Brasil - EBC)

Embalagens deverão indicar presença de substâncias alergênicas Embalagens de comidas e bebidas tem que trazer informações sobre a presença de substâncias que comumente causam alergias. Uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovada em junho do ano passado, entrou em vigor no dia 3 de julho e obriga a indústria alimentícia a informar nos rótulos a presença dos principais alimentos que levam a alergias alimentares. O prazo para que a indústria se adequasse à norma foi de um ano. A iniciativa foi aprovada após intensa mobilização de pais e mães que enfrentam dificuldades em identificar quais alimentos seus filhos podem consumir. As famílias criaram, em 2014, a campanha Põe no Rótulo, para dar

visibilidade à demanda. Segundo Cecília Cury, uma das coordenadoras do Põe no Rótulo, a norma atende à necessidade dessas famílias e foi amplamente discutida pela sociedade. “Quando o meu filho teve o diagnóstico [de alergia à soja e ao leite], o mais difícil era saber se tinha a possibilidade de o produto conter uma das substâncias às quais ele era alérgico. Uma batedeira usada para misturar outro alimento que contém alergênico, por mais que seja lavada, pode ainda ficar com vestígios das substâncias e passar para uma nova preparação que não leva diretamente o ingrediente”, explica.

Fonte: (Portal Brasil)

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bucal

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esultados de pesquisa realizada na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP mostram que o bruxismo do sono causa diminuição da atividade elétrica dos músculos mastiga-

tórios. O estudo revelou que a espessura dos músculos da mastigação e da força da mordida não se alteraram e também confirmou piores condições na qualidade de vida desse público que sofre com o sono ruim, aumento do número de vezes que desperta e cansaço muscular provocado pelo ranger e apertar dos dentes devido à movimentação desses músculos, durante o sono. No caso dos portadores de bruxismo do sono, a resposta diminuída desses sinais elétricos pode ser de proteção do próprio organismo para que não ocorra fadiga muscular ou também pode ser que a fadiga já esteja instalada. Mas, o pesquisador responsável pelo estudo, Marcelo Palinkas, adianta que “são apenas hipóteses”, pois não avaliaram o processo de fadiga muscular nesta pesquisa.

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bruxismo do sono é considerado, quando patológico, muito grave, pois influencia a qualidade de vida do ser humano, podendo provocar o desequilíbrio funcional dos músculos da mastigação ”

IMPACTO POSiTiVO - “O impacto do estudo foi ‘extremamente positivo’”, avaliou Palinkas, pois “demonstrou a lacuna existente na literatura médica e odontológica quanto à análise desses músculos relacionados ao tema bruxismo”. Além de oferecer informações para estudos científicos nessa área, a pesquisa mostrou a importância de atuação multiprofissional, de dentistas e médicos, para oferecer à


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população ferramentas e diagnósticos mais precisos do distúrbio do sono. Para o especialista, com diagnóstico preciso, “os prognósticos serão mais favoráveis e o tratamento mais adequado, podendo proporcionar melhor qualidade de vida aos portadores do bruxismo do sono”. Como demonstrou que os portadores de bruxismo do sono sofrem alterações funcionais dos músculos da mastigação, Palinkas defende o uso da polissonografia, que é considerado exame “padrão ouro internacional”, para que o diagnóstico seja mais preciso, pois “analisa toda a arquitetura do sono”, isso, apesar de ser um exame caro. No Brasil, continua ele, muitos cirurgiões-dentistas realizam apenas o diagnóstico do bruxismo pelo exame clínico. USO DA TECNOLOGiA PARA DiAGNÓSTiCOS MAiS PRECiSOS - Para o estudo, foram analisadas 90 pessoas de 18 a 45 anos de idade. Todas foram submetidas a polissonografia, confirmando ou descartando o bruxismo do sono. Com os dois grupos de pessoas —aquelas que apresentavam o bruxismo e as que não —, Palinkas passou todos por análises em equipamentos eletrônicos de última geração para verificar atividade elétrica e espessura muscular, força da mordida e análise da qualidade de vida de cada um. A baixa atividade elétrica foi detectada nos portadores de bruxismo do sono durante avaliação clínica, em exame eletromiográfico — com aparelho que oferece informação de quanto e como um músculo é ativado. Conta Palinkas que, por meio desse exame, consegue-se ainda “determinar como se estabelece a coordenação de diferentes músculos envolvidos no movimento corporal, sinalizando ou não alterações funcionais”. Esses resultados são parte da tese de doutorado Impacto do bruxismo do sono na musculatura do sistema estomatognático: avaliação eletromiográfica, força de mordida, função mastigatória, ultrassonográfica e qualidade de vida, que Marcelo Palinkas apresentou à FORP em fevereiro deste ano, com orientação da professora Simone Cecílio Hallak Regalo. O estudo foi feito no laboratório de eletromiografia “Prof. Dr. Mathias Vitti”, na FORP, com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Contou com a colaboração de Graziela de Luca Canto, Laíse Angélica Rodrigues, César Bataglion, Selma Siéssere, Marisa Semprini e Simone Cecilio Hallak. Foi publicado na revista Journal of Clinical Sleep Medicine, no mês de julho, com o título Comparative Capabilities of Clinical Assessment, Diagnostic Criteria, and Polysomnography in Detecting Sleep Bruxism. DiSTÚRBiO iNCONSCiENTE - O bruxismo do sono “é considerado, quando patológico, muito grave”, alerta o pesquisador, já que influencia a qualidade de vida do ser humano, podendo provocar o “desequilíbrio funcional dos músculos da mastigação”. Manifesta-se por movimentos repetitivos da boca (mandíbula), “decorrentes da atividade rítmica do músculo masseter, associado aos microdespertares durante o sono e ranger e/ou apertar dos dentes”. É observado em todas as faixas etárias, sendo mais frequente dos 15 aos 40 anos. Atinge cerca de 80% a 95% da população mundial em alguma fase da vida. Aproximadamente 30 milhões de brasileiros desenvolvem o bruxismo do sono. (Fonte: Agência USP)

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uem possui animais domésticos, mais especificamente quem tem só cães, ou só gatos, imagina que a convivência entre eles possa ser difícil por terem comportamentos distintos e serem de espécies diferentes. No entanto, é possível que essa socialização aconteça de forma correta e saudável. Segundo a veterinária Dra. Ana Elisa Freitas de Oliveira, a convivência entre eles pode ocorrer de forma harmoniosa, especialmente se os dois animais se conhecem desde pequenos. “Cães e gatos podem viver juntos, principalmente quando criados desde filhotes, desta forma”, explica. A profissional também comenta que raças de cães de porte grande podem ter convivência tranquila com gatos, que são sempre de portes menores. Todavia, os donos precisam ter certos cuidados com cada espécie. A veterinária explica que a alimentação é um fator primordial para a saúde de cachorros e felinos. “O metabolismo de ambos é diferente, os gatos, por exemplo, têm necessidades de ingerir pequenas quantidades de alimentos, várias vezes ao dia. Já os cães, podem e devem ter seus horários de alimentação definidos, controlando assim a quantidade de calorias ingeridas”.

Comportamento Sendo espécies diferentes, cada animal tem sua necessidade específica no dia a dia, seja para se alimentar, se comportar com os donos e com o ambiente em volta. Ana Elisa aponta que esse é outro fator essencial na vida de um felino ou de um cão. Cada espécie tem sua exigência e nunca devem ser tratados da mesma maneira. “Cães e gatos são animais que têm suas necessidades específicas, comportamentos diferentes e não devem nunca serem comparados um ao outro. Gatos não são cães em miniatura. Infelizmente, muitos proprietários não entendem isso, e acabam tratando-os de maneira igual. Ambos são ótimos animais de companhia, e são capazes de desenvolver um grande laço de amizade entre si e com seus proprietários”, finaliza.

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Doenças Outro cuidado importante é com as doenças de cada animal, que podem ser transmitidas entre os dois. “As verminoses e coccidioses são transmitidas de forma oro-fecais, e a raiva, através da saliva de um animal infectado para outro. Cães e gatos têm doenças virais específicas, que não são transmitidas de um para outro, nem para seres humanos. Todas elas são prevenidas com vacinas”, argumenta à veterinária. Com isso, Ana destaca que devemos tomar cuidados maiores quando unimos as duas espécies em um mesmo ambiente ou residência.

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informa

Centro Médico de Ribeirão Preto - 2015/2017 DIRETORIA Presidente - Dr. Oswaldo Cruz Franco 1º Vice-Presidente - Dr. Alexandre Firmo de Souza Cruz 2º Vice-Presidente - Dra. Cleusa Cascaes Dias

Tesouraria

REPRESENTANTES NO CONSELHO MUNICIPAL DA SAÚDE Drª. Cleusa Cascaes Dias Dr. Alexandre Firmo de Souza Cruz

Diretor Social

1º Tesoureiro - Dr. Flávio Barbosa Bernardes da Silva 2º Tesoureiro - Dr. Luiz Antonio Araújo Dias

Dr. Carlos Roberto Ferriani

Secretaria

Acupuntura Dra. Liyoko Okino Bioética e História da Medicina Dr. Isac Jorge Filho Cirurgia Plástica Dr. Carlos Roberto Ferriani Fitoterapia Dr. Fábio Carmona Ginecologia e Obstetrícia Dr. Rodrigo Coelho Franco Ginecologia Psicossomática Dr. Odilon Iannetta Mastologia Dr. Ângelo do Carmo Silva Matthes Medicina do trabalho Dr. Leandro Guimarães Nefrologia Dr. Tufik José M. Geleilete NUETO: Núcleo de Estudos do Tórax Dr. Nelson Vega Nutrologia Dr. José Eduardo Dutra Ortopedia e Traumatologia Dr. Leandro Calil de Lazari Pediatria Dra. Andréa Ap. Contine Rodrigues Psicologia e Psicoterapia Médica Dr. Carlos Eduardo Rosa Psicossomática Dr. Luis Henrique Milan Novaes Psiquiatria Dr. Marcos Hortes Nisihara Chagas Radiologia Dr. Mário Muller Lorenzatto Ultra- Sonografia Dr. Adilson Cunha Ferreira

1º Secretária - Dra. Liyoko Okino 2º Secretária - Dra. Maria Ivone Silva Marques

CONSELHO DELIBERATIVO Dr. Camilo André Mércio Xavier Dr. Carlos César Montesino Dr. Carlos Gilberto Carlotti Júnior Dr. Carlos Roberto Ferriani Dr. Celso Henrique Pagnano Paschoal Dr. Fábio Carmona Dr. Gustavo Salata Romão Dr. Isac Jorge Filho Dr. Jayme Nogueira Costa Filho Dr. José Alberto Mello de Oliveira Dr. José Álvaro Gonçalves Júnior Dr. Luiz Cláudio Fontes Mega Dra. Margarida Maria Fernandes Silva Marques Dra. Maria Terezinha Infantosi Vannucchi Dr. Marta Edna Holanda Diógenes Yazlle Dr. Nelson Jacintho Dr. Roberto Baracchin Dr. Rodrigo Coelho Franco

CONSELHO FISCAL Dr. Juan Stuardo Yazlle Rocha Dr. Márcio Antônio Del Rosso Mobíglia Dr. Odilon Iannetta Dr. Sebastião Amaral Filho

DELEGADOS JUNTO A APM Dra. Liyoko Okino Dra. Maria Ivone Silva Marques Dra. Zaida Coelho Franco

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PRESTAÇÃO DE CONTAS BALANCETE DO CENTRO MÉDICO DE RIBEIRÃO PRETO PERÍODO DE 01/04/2016 A 31/05/2016

Diretor de Esportes Dr. Luiz Cláudio Fontes Mega

DEPARTAMENTOS

Centro Médico de Ribeirào Preto Distrital da Associação Paulista de Medicina Rua Thomaz Nogueira Gaia, 1275 Jardim Irajá - CEP 14020-290 Ribeirão Preto - SP Fone/Fax: (16) 3623-0999/3623-1656 www.centromedicorp.org.br contato@centromedicorp.org.br



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