6º A, B e C - O dia a dia em poucas palavras

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Prefácio

Crônica é uma narrativa curta, dedicada a um assunto ou à vida cotidiana. Ela também se utiliza da ironia e, às vezes, até do sarcasmo. Os suportes de circulação das crônicas narrativas são jornais, revistas e livros (coletâneas de crônicas, livros didáticos). Os alunos dos 6º ano A, B e C, após aprenderem sobre este gênero textual, foram estimulados a produzirem suas próprias crônicas. Com temas variados e linguagem adequada ao seu nível de escrita, eles puderam explorar a criatividade criando finais surpreendentes. Para preservar a autoria, as produções e as reescritas foram realizadas em aula e os textos foram retificados, apenas, em relação à ortografia e pontuação. Boa leitura!

Profª Soraia


Sumário 6ºA Beatriz Merlotto, Isabelli, Pedro André………………………………………………... 4 Bianca, Giovanni, Pedro Figueiredo……………………………………………….…… 5 Enrico e Pietra…………………………………………………………………………….… 6 Diego, João, Rafles……………………………………………………………...…………. 7 Bruno, Isabelly, Mariana………………………………………………..………………… 9 Beatriz Mazarin, Gabriela, Laura …………………………………………...………… 10 Beatriz Amaral, Luana, Pedro Almeida…………………………………………….… 11 6ºB Breno, Maria Eduarda Hermogenes, Vinícius…………………………………….… 12 Ana, Maria Eduarda Florido, Pedro Henrique…………………………...…………. 13 Eduardo, Isabela, Pedro Canha……………………………………………………...… 15 Felipe,

Luigi,

Tayná………………………………………………………………………..

16 Fadel, Maria Eduarda Coutinho, Guilherme ………………………………………... 17 Beatriz, Giovanna, Isabelle, Lucas…………………………………………………..… 20 6ºC Julia dos Reis, Rafaella, Rafael ………………………………………………………... 21 Letícia, Miguel, Sophia…………………………………………………………..…….... 22 Matheus, Murilo Arruda, Murillo Moya…………………………………………....… 23 Giovanna Mazzotti, Isabella, Julia Skutera, Katarina………………………...…… 24 Enzo, Felipe, Mirella, Nicole………………………………………………………….… 26 Clara, Giovanna Albertini, Julia Brittes……………………….…………………....… 27 Bernardo, Luiza, Manuela…………………………………………………………….… 28 Gabriel, Larissa, Ricardo…………………………………………………………....…… 29


O reencontro

Dois amigos moravam em uma cidadezinha no interior de São Paulo. Eles nasceram no mesmo dia, mesmo mês e ano. Era muito difícil eles ficarem sem discutir. Ana Carolina e Bernardo tinham um gênio muito forte, mas eles sempre se perdoavam Suas mães eram amigas desde pequenas. Diferente dos filhos, elas nunca brigavam. Houve só uma única vez e foi uma briga feia. A mãe dela se chamava Jose e a mãe dele, Kátia. Uma amiga delas chamou Kátia para viajar e ela não contou sobre o convite para Jose, pois sabia que ela não tinha sido convidada. Quando ela descobriu, ficou com muita raiva e falou para a Kátia que nunca mais queria vê-la e nem falar com ela. Foi para a casa e ficou pensando no que tinha feito, mas ficou com vergonha de pedir desculpa e não foi falar com a amiga. Quando tomou coragem, já era tarde demais, pois os pais de Kátia queriam se mudar há muito tempo. A única coisa que lhes impediam era a amizade entre Kátia e Jose. Como tinham deixado de ser amigas, ela se mudou para outra cidade. E por mais incrível que pareça, elas se encontraram em uma reunião de pais na escola dos filhos que, só por um acaso, eram amigos.

Pedro André,Beatriz Merlotto,Isabelli

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O relógio Anos atrás, havia uma bailarina muito famosa, que tinha um relógio muito importante para ela: um relógio de parede de boa aparência e que decorava a sala de dança. Ele foi um presente de sua avó que adoeceu. Ela ficava olhando e lembrando de sua querida avó e se sentia triste, mas sabia que se ela estivesse viva, não gostaria que chorassem sua ausência. Os anos foram passando e inventaram relógios mais modernos, mas a bailarina preferia o que sua avó havia lhe dado. Ela se casou e teve uma filhinha e sempre contou sobre o relógio para ela. A filha foi crescendo e a bailarina e seu marido envelhecendo, até que eles adoeceram. A sua filha não desistiu do relógio, mas ele foi parando de funcionar, até que quebrou. A filha mandou consertá-lo, mas falaram que se fosse consertado, ela teria que ser levado ao museu. Ela concordou. O relógio foi para o museu e logo um colecionador o comprou. O homem percebeu que tinha uma assinatura meio desgastada e, então, reconheceu a assinatura de sua avó querida. Ele era irmão da bailarina! O relógio não saiu das mãos da família e a filha da bailarina conheceu seu tio.

Bianca, Giovanni, Pedro Figueiredo

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Um ato de honestidade

Um dia antes do aniversário de meu filho, fui para a 25 de março comprar o presente dele. Ao chegar na loja, peguei o presente e fui pagar no caixa. Peguei minha carteira e vi que o dinheiro não estava lá. Eu estava desesperada quando, de repente, vi um mendigo pegando um dinheiro do chão. Perguntei: — Esse dinheiro é seu? — Não, achei no chão. Por quê? Você sabe de quem é? — Sim, é meu. Então, no momento em que o mendigo estava devolvendo o dinheiro, os policiais chegaram e prenderam-no. Eu fui atrás deles e disse: — Ele não fez nada! Os policiais decidiram soltá-lo e eu deixei o dinheiro com ele pelo seu ato de honestidade

Enrico e Pietra

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Os irmãos Em uma casa, moravam dois irmãos, Daniel e Daniela. Todas as sextas-feiras, depois da aula, eles iam ao parque juntos. Um dia, Daniel deixou de ir ao parque com sua irmã para ir ao restaurante com seus amigos. No dia seguinte, Daniela começou a reclamar: — Como você deixou de ir ao parque se era nossa tradição? — Mas foi só uma vez que eu fui ao restaurante com meus amigos. — Então, quer dizer que você me trocou por seus amigos? —Daniela bateu a porta muito nervosa. — Não foi isso, não! — Ainda tentou o irmão. Nos cinco dias seguintes, eles não se falaram. Em uma sexta-feira, Daniel foi ao parque,como de costume, e Daniela... foi ao restaurante com suas amigas.

Diego,João, Rafles

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Um dia empolgante Em um dia não tão feliz, Fernando e Letícia foram juntos para a escola, como em todos os outros. Assim que chegaram lá, Fernando foi pegar seu material no armário, quando a menina mais bonita da sua sala esbarrou em seu braço e disse: — Me desculpa! Ele, com tanta vergonha, disse meio gago: — Na-não fo-o-o-i na-na-na-da! E saiu correndo de vergonha, tropeçou em seu próprio pé e bateu a cabeça no armário. Fernando entrou correndo na aula de Ciências e sentou-se ao lado de Letícia que estava à sua espera. No meio da aula, a diretora anunciou no microfone que o melhor aluno do 9º ano iria ganhar uma bolsa de estudos para fazer o Ensino Médio em uma das melhores escolas de São Paulo. Letícia ficou “super” empolgada com a novidade e queria muito ser a escolhida. Bateu o sinal e, na hora do lanche, a diretora disse que Letícia tinha ganhado a bolsa. Ela ficou muito feliz, mas Fernando ficou triste, pois nunca mais veria sua melhor amiga. A diretora disse a Letícia que ela teria que mudar de escola ainda naquela tarde. Depois que Letícia fez a transferência, Fernando teve que ficar sozinho. Ele sentiu uma dor nas costelas, teve a impressão que alguém estava chutando-o e escutou um barulho bem alto.

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Ele acordou de um grande sonho, quer dizer, de um grande pesadelo. Letícia disse a ele que a menina mais bonita de sua sala esbarrou em seu braço e ele acabou desmaiando de tanta emoção e vergonha.

Bruno, Isabelly, Mariana

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O restaurante Em uma noite chuvosa de sábado, eu e meus amigos nos reunimos para jantar em um restaurante muito famoso e caro. Nós estávamos com muita fome, então chamamos o garçom: — Boa noite, o que vocês vão querer? — O prato mais caro que vocês tiverem e uma água com gás e limão. Ficamos esperando até que… Ele veio com um prato tão estranho, que não sabíamos dizer o que era! Era uma galinha toda depenada com um molho grudento por cima, que dava até vontade de vomitar! Então, com muito nojo, fui provar e percebi que era alérgica àquele molho grudento. Corri para o banheiro e me olhei no espelho: estava toda vermelha e inchada. Quando voltei, meus amigos estavam todos rindo de mim. Fui olhar a conta e para minha surpresa estava dando mais do que eu tinha de dinheiro! Com certeza, esse foi o pior dia da minha vida!

Beatriz Mazarin,Gabriela,Laura

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Noite monstruosa

Em uma quarta-feira tediosa, fui ao cinema assistir a um filme de ação. Quando eu cheguei à fila da pipoca, esperei por muito tempo. Ao chegar a minha vez, fui muito mal atendida e desisti de comprar a pipoca. Entrei na sessão e estava passando trailers de terror, mas só um me chamou a atenção que era sobre monstros. Fiquei com muito medo! Depois que acabou o filme, fui para casa. Já que estava muito cansada, deitei no sofá para começar a assistir à tevê. Comecei a ouvir barulhos estranhos e altos. Procurei pela casa inteira, mas não achei coisa alguma. Peguei minha lanterna e saí de casa para procurar o barulho, isso me lembrou do trailer. A rua estava um breu, virei a esquina para procurar, mas dei de cara com um “monstro”. Corri para minha casa, pensei melhor no que vi e achei estranho um “monstro” andar na rua.

Voltei lá, com mais calma, e

percebi que era uma festa à fantasia do meu vizinho da casa de trás. Beatriz Amaral,Luana, Pedro Almeida

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Por que essa escolha? Marcos vivia em seu apartamento com sua esposa e duas filhas. Era um médico bem sucedido. Fim de tarde na escola, estávamos guardando os materiais para ir para a saída, foi um dia cansativo. Depois de terminar de guardar tudo, eu e alguns amigos fomos olhar coisas pela janela, queríamos saber o que se passava lá fora. Vimos uns carros da polícia e o carro de bombeiros com a sirene piscando. Nós ficamos nos perguntando: “Será que aqui perto, tem algo pegando fogo?” A professora disse que a saída seria em outro lugar e que uma das ruas estava interditada. Fomos até a saída e descobrimos o que aconteceu. Já no outro dia, a diretora foi de sala em sala explicando o que havia acontecido. Falou que um homem havia se jogado do prédio ao lado. Disse também que ele era um médico! Não sabemos por que ele se jogou e nem o estado de sua família. Mas esperamos que, apesar desta escolha, ele seja bem cuidado lá em cima. Breno,Maria Eduarda Hermogenes,Vinícius

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A mudança Já estava quase começando o jogo, quando o telefone toca: triiimtriim…Era meu filho Renato dizendo, alegremente, que eu iria ser um avô! Ele pediu para eu ir visitar o meu neto na maternidade. E eu, claro, concordei. No dia seguinte, acordei bem cedinho para o táxi me pegar. Eu estava tão ansioso que estava até imaginando o rostinho do meu neto. O táxi chega. Entro rapidamente, pois não queria me atrasar. Estava voltando para a cidade onde eu havia nascido. Conhecia-a como a palma da minha mão! Chegando mais perto do destino, eu percebo que algo estava errado. Logo, reconheci o barzinho do meu amigo Joca. Bom, se é que eu posso chamar de “barzinho”, porque virou um enorme restaurante moderno e lotado. O nome era chamativo e grande. Andando mais um pouco, vejo um grupo de jovens entre 10 a 15 anos, todos ao celular. Nem conversavam entre si! Achei um absurdo! Na minha época, as crianças brincavam de bola de gude, pião, pega-pega, dominó, futebol de rua, descalças empinavam pipa no céu. É triste ver isso! Um pouco depois, passa um “folgado” cruzando no farol vermelho com o volume no último, tocando um estilo de música diferente, cheio de palavras inadequadas. “Absurdo”! Essas pessoas de hoje em dia estão perdidas! Quase chegando na maternidade, o motorista fala que vamos nos atrasar por culpa do trânsito. Em seguida, escuto uma série de buzinas e xingamentos das pessoas nos carros. Penso imediatamente na minha época, quando as pessoas não andavam muito de carro e se respeitavam.

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Finalmente, quando já iria à maternidade o motorista para em frente. Quando estava prestes a sair, ele me interrompe dizendo para não andar por aquela rua, por causa dos assaltantes. Eu agradeço e fico decepcionado e surpreendido por tantas mudanças na minha cidade. Entro na maternidade e procuro o quarto onde meu filho e meu neto estavam. Finalmente, acho. Toco a campainha e lá estava meu filho me recebendo. No quarto, minha nora segurava meu neto. Renato disse que tinha uma surpresa: o nome do bebê iria ser em minha homenagem! —E aí José, gostou da história de quando você nasceu? Agora vamos comer alguma coisa. Ana,Maria Eduarda Florido,Pedro Henrique

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O passado não volta Na volta às aulas, entrou um garoto novo que se chamava João. No seu primeiro dia de aula, não fez muitos amigos, mas um menino o acolheu e virou o seu melhor amigo. João gostava de uma menina da sala dele, o nome dela era Larissa, que era muito popular. Ele tinha muita vergonha para falar com ela. Um dia, na escola, a professora deu uma atividade em dupla e acabou sendo sorteado junto com Larissa, mas a dupla se separou pela reclamações dela ao professor. Ele ficou muito triste por causa disso. Passaram-se os dias na escola e João disse para a turma: — Vou viajar e não vou mais estudar aqui. Na hora, Larissa ficou feliz, mas os dias foram passando e ela foi ficando mais triste por causa da falta de João. Ela foi vendo o que fez errado, mas já era tarde demais. Eduardo,Isabela, Pedro Canha

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1º de abril Maisa e Laís foram à escola no dia 1º de abril, sem saber que era o dia da mentira. Encontraram seus melhores amigos que eram Thomas e Rafael. Eles tiveram aula e depois foram para o recreio. Lá, Rafael disse para as meninas que a mãe de Laís estava no hospital passando mal. As meninas foram correndo para o local. Ao chegar lá: —Por favor, poderia me dizer onde está a paciente Giovanna da Silva? —Olha, eu chequei e não tem nenhuma pessoa com esse nome. —Obrigada. Enquanto voltavam para a escola, pensavam em se vingar dos meninos. Quando chegaram, foram falar com eles e disseram que a diretora estava chamando-os. Foram até a sala da diretora: —Pois não, diretora? Chamou a gente? —Não chamei vocês! Por quê? —Nada não, houve um engano, desculpe. Foram falar com as meninas: —Nossa, que brincadeira mais sem graça! —Só nos vingamos. Passou um tempo e estava esfriando e a Maisa tinha esquecido a sua blusa em casa. Então, pensou em ligar para o seu pai para trazê-la. Ao ligar o celular, viu que tinha confundido a data, e na verdade era dia 02 de abril. Todos riram! E os quatro amigos falaram juntos: —Vixi, foi ontem!

Felipe, Luigi,Tayná

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O tempo passa, a doença não

—Doutor, o que ele tem? —Ele foi diagnosticado com uma doença desconhecida. —Posso falar com ele? —Sim, ele está no quarto 472. —Ok, obrigado. Depois de falar com o doutor, procurei pelo quarto 472. Perguntei para algumas pessoas e, finalmente, achei. Quando entrei, me deparei com ele. Estava um pouco mal, mas quando me viu, encheu-se de felicidade. Então, falei: —Oi, vô. Como está? —Não muito bem— rindo levemente. Depois de uma boa conversa, Gustavo foi para casa pensando quanto tempo seu avô ficaria vivo. Na semana seguinte, Gustavo voltou ao hospital, ansioso para ver seu avô novamente, correu para a sala de espera, falou com o atendente: —Olá, como posso ajudar? —Quero ver Joseph Airon, por favor. —Ok, ele está no quarto 472. —Obrigado. Então, Gustavo seguiu para o quarto do avô.

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Quando chegou lá, ele estava pior do que Gustavo tinha pensado.Os dois tiveram uma longa conversa, então Gustavo voltou para casa, mas, no meio do caminho, Gustavo sentiu alguma presença dentro de si, dizendo para ele voltar. Gustavo voltou correndo para o hospital, mas quando chegou no quarto de seu avô, já era tarde demais.

Fadel,Maria Eduarda Coutinho,Guilherme

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Olhar de criança No dia 9 de setembro, nasceu uma criança chamada Davi. Ele está, no momento, com 6 anos e, a cada ano, sua imaginação cresce junto com ele. Hoje de manhã, por exemplo, ele imaginou que as nuvens fossem de algodão doce e falou: —Tudo o que eu queria,mãe,era experimentar um pedaço da nuvem! Ele é a criança mais criativa que eu já vi na vida. O mundo tem outra face para ele, ele acredita que os fios elétricos são o metrô das formigas. Passou o dia e fomos jantar em um restaurante japonês e, nesse pouco tempo dentro do carro, ele conseguiu imaginar que os postes eram habitados por vaga-lumes e também imaginou que a Lua era um queijo. Chegamos ao restaurante e pedimos a comida, mas Davi não quis comer nada. Perguntei: —Davi, por que você não quer comer nada? —Porque estou com dó dos peixes. Eles tiveram que morrer para satisfazer a sua fome! Olhei espantada com a resposta dele e retruquei: —Esses peixes são criados! —Mesmo assim, são peixes. Imagina se você fosse um deles. Fiquei perplexa. Ainda tentei convencê-lo, mas não teve jeito. Ele realmente estava com dó dos peixes. Pedi um pepino para ele não ficar com fome. Ele aceitou comer, ainda bem.

Depois de jantarmos, fomos para

casa. Mandei Davi tomar banho, ele foi sem reclamar. Enquanto ele tomava banho, fiquei pensando de onde teria vindo tanta imaginação. De mim é que não foi. Desde pequena sou rabugenta, mas tento melhorar isso para o bem de Davi. Ele terminou o banho, vestiu o pijama e foi dormir.

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Olhei-o adormecer devagarinho. Era diferente dos outros meninos, ainda tinha muita coisa para aprender, ainda era inocente, preferia ir para a rua ao mexer no celular. Ele era adorável, mágico, ele era o Davi. Já estava claro, fui chamar Davi para tomar café, se não iria chegar atrasado na escola. Ele logo se levantou e saiu correndo para a mesa. Ele mal acordou e já estava imaginando coisas: o Sol era cheddar, quer dizer, era a Lua quando esquentava. Eu perguntei: —Davi, de onde vem toda essa imaginação? —Da minha cabeça! —Você me entendeu, Davi! —Todos tem um olhar, mãe! E o meu olhar é de criança!

Beatriz,Giovanna,Isabelle, Lucas

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O dia que seria perfeito Hoje, ganhei uma sapatilha de presente, e vou estreiar no meu aniversário que será no restaurante japonês perto da minha casa. Comecei a me arrumar e quando fui pegar o meu vestido no armário, percebi que não estava lá e sim, na boca do meu cachorro.Tive que escolher outro. Fiquei pronta e fui ao restaurante.Quando estava no meio do caminho, começou a chover muito forte. Voltei a minha casa para pegar um guarda-chuva. Quando cheguei lá, aproveitei para me secar e saí, novamente, para o restaurante. Quando cheguei na rua, a chuva havia parado, mas mesmo assim, levei o guarda-chuva, pois poderia voltar a chover… Perto do restaurante, pisei numa poça d'água e minha sapatilha ficou encharcada. Pensei em entrar discretamente e chegar até o banheiro. E foi isso o que fiz. Mas como o meu pé estava molhado, formaram-se pegadas no chão, e todos perceberam que alguém havia entrado no banheiro. Quando eu saí, todos me perguntaram o que tinha acontecido. Eu disse que era uma longa história. Julia dos Reis,Rafaela,Rafael

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O café do sumiço Toda a cidade está falando da nova cafeteria, que será inaugurada hoje. Será a maior cafeteria de São Paulo, que irá se chamar “Le café de la ville” (o café da cidade). A cafeteria só chamou pessoas de maior importância da cidade como: prefeito, ministro, governadores e deputados. Todas as pessoas estavam lá, na hora da grande festa. O lugar era maravilhoso, lustres para todos os lados, vasos cheios de flores, um lugar “chique” demais. Era de se esperar que fosse caro. No jornal, estavam falando sobre a nova cafeteria. A matéria falava: “Chegamos com uma notícia urgente: as pessoas que estavam na cafeteria sumiram!” Todas as pessoas estavam falando dessa notícia e alguns, a apelidaram de “O café do sumiço”. Acharam todas as pessoas desaparecidas depois de um tempo e elas disseram que fugiram, pois o café era muito caro. Letícia, Miguel,Sophia

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Qual é o cadeado?

Na escola, um menino meio atrapalhado, com mochila azul marinho nas costas, mal penteado, chegou à classe e, nesse exato momento, tocou o sinal da primeira aula. Todos os seus amigos já estavam com os materiais na mesa, preparados para a aula. A professora já estava chegando na sala. O menino foi depressa para o armário pegar o material. Chegando lá, ele colocou a chave no armário e girou. Ele não abriu. Tentou repetidamente e não abriu. Rapidamente, ele olhou para seu amigo mais próximo e pediu ajuda para abrí-lo. Seu amigo foi ajudar, só que ele foi em direção a outra porta e o menino falou: —Mas meu armário é aquele! —Mas eu tenho certeza que seu armário é aqui! O menino duvidando, foi lá para provar que aquele não era seu armário. Ele tentou abrir e clique: o cadeado abriu. Eles perceberam que a classe e a professora estavam esperando terminarem a discussão. Como a aula era de redação, este assunto de “cadeado” daria uma boa história. Matheus, Murilo Arruda, Murillo Moya

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É uma festa ou o quê? Semana de aniversário, eu fico em estado de alerta. Afinal, nunca se sabe quando os amigos ou parentes vão perder o senso das boas maneiras e lhe preparar uma festa surpresa. Até porque, receber uma destas é o que mais quero há uns três anos. Semana passada, bem no dia do meu aniversário, eu estava principalmente em estado de alerta! Todas as frases saídas das bocas dos meus amigos e familiares, só alimentavam o fato de que naquele dia, eu receberia uma festa surpresa. Bom, ao menos era o que eu esperava. Naquele dia mais tarde, fui fazer aquela reuniãozinha, na casa da minha vó, coisa normal que acontece no aniversário de todos da minha família. Como isso é normal, não esperei que a “festa” fosse lá, e sim , na minha casa, quando eu voltasse. Cantamos parabéns e fui rapidamente para casa! Mais ansiosa do que nunca! No caminho, na minha cabeça só passava : “Será que estou bonita?” “Será que estou bem vestida?” “Será que deixei minha casa bagunçada?” Eu estava realmente super iludida naquele dia. Chegando lá, antes que eu abrisse a porta, escutei sussurros falando coisas do tipo: —Vamos logo, ela está chegando! —Corra, antes que ela nos veja!

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Neste momento, eu já tinha certeza que assim que eu abrisse aquela porta realizaria um dos meus sonhos! Eu, já com as pernas trêmulas de ansiedade, resolvi abrir aquela porta! E a maior surpresa que tive naquele momento, foi que não tinha nenhuma festa, e sim três ladrõezinhos roubando minha televisão! No final acabei ficando sem festa e sem tevê! Giovanna Mazzotti, Isabela, Julia Skutera, Katarina

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O dia inesquecível Os amigos Enzo, Felipe e Nicole estavam com muita fome. Decidiram, então, ir à padaria. Dividiram dois pães na chapa e um suco de melancia. Depois de pagarem, voltaram para casa. Foi então, que Enzo percebeu que seu querido aparelho telefônico não estava em seu bolso. Ele começou a choramingar dizendo que não poderia viver sem seu celular. Decidiram voltar para procurar o "bendito" aparelho. Na padaria, procuraram em tudo que era canto, mas não o encontraram. Voltaram para a residência de Enzo chateados. Ao entrarem, viram a mãe de Enzo batendo os pés, esperando eles chegarem. —Oi, filho! —Oi, mãe. —Filho, passei na 25 de março e comprei uma capinha para seu celular. Cadê ele? —Então, mãe, eu o perdi. Depois de perceberem a situação, Felipe e Nicole saíram de fininho. — Filho, você já viu chinelo voar? —Nnnnnão… —Puf! Puf!Viu como voa?! Enzo, Felipe, Mirella, Nicole

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A cabeça da boneca

Saí da aula de natação um pouco atrasada. Então, coloquei

minha

boneca junto com o resto das coisas, muito apressada. Chegando em casa, dei as roupas para minha mãe lavar e fui almoçar. Terminei o almoço e fui procurar minha boneca em minha mochila, mas só achei uma parte dela. Perguntei para minha mãe e meu irmão se tinham visto algo, mas não sabiam de nada. Resolvi olhar novamente em minha mochila, mas não obtive sucesso. Vasculhei a casa inteira, a procura dela, porém não consegui achar. Então, parei de procurá-la e fui mexer no meu celular. Quando, de repente, minha mãe me chamou na área de serviço. Fui até lá e ela estava somente com a cabeça da minha boneca na mão e disse que havia encontrado-a dentro da minha meia. Realmente, ela havia encontrado minha boneca… Ou pelo menos, parte dela. Clara, Giovanna Albertini, Julia Brittes

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O café Fui viajar para os EUA para esquecer os problemas. Quando cheguei lá, aluguei um carro que estava com o nível de gasolina baixo. Procurei o posto mais próximo, e logo vi uma cafeteria. Fiquei com aquela vontade! No balcão (Ah! Esqueci de mencionar uma coisa: não sei falar muito bem inglês), chamei a garçonete: —Um espresso. —What? — A espresso. Acho que a cozinheira entendeu (ou não) o que eu quis falar. Então, chamou a garçonete e entregou-lhe um papel. Quando ela chegou à mesa, era um bilhete da loteria. Ela não entendeu… Não entendi nada também, mas já que estava com o bilhete,aproveitei e joguei. No final, não ganhei nem meu café e nem na loteria. Quando voltei para o Brasil, tomei meu tão desejado café.

Bernardo, Luiza, Manuela

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O pior mês de todos Eu tinha começado a trabalhar há alguns anos e estava muito ansioso. Quando cheguei lá, todos estavam muito cansados. O chefe apareceu do nada e me mostrou onde seria meu setor. Logo conheci meus amigos e eles me falaram que não aguentavam mais trabalhar naquele lugar. Percebi que eles estavam certos: era muito trabalho para não ganhar nada. Fui me informar com eles e me disseram que iriam fazer algo inacreditável… Uma greve!! Quando iríamos começar a greve, vimos vários atores entrando no prédio, o que causou estranheza em todos. Perguntamos: — O que está havendo? — Vocês não está sabendo? Estamos fazendo um filme. Ficamos chocados com a resposta do ator. Começamos a pensar: “como não conseguimos ver as câmeras nos filmando?” No dia seguinte, voltamos ao prédio e, na frente dele, estava o diretor que nos falou que tudo o que aconteceu era só uma atuação. Que bom!... Gabriel, Larissa, Ricardo

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