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EMPREENDEDORISMO

EMPREENDEDORISMO

Bruna Rafaela Schewinski

} Gerente de Mercado da Rede Lojacorr

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} Graduada em Administração de Empresas pela UP e pós-graduada em Gestão Estratégica de Pessoas pela PUC-PR. Possui 13 anos de experiência no mercado de seguros.

ALÉM DE SER ACESSÍVEL, O SEGURO SE MODERNIZOU E HOJE DISPONIBILIZA UMA GAMA DE COBERTURAS E ASSISTÊNCIAS QUE TAMBÉM PODEM SER UTILIZADAS EM VIDA

Seguro de vida: UM ATO DE CUIDADO

Em cada fase da nossa vida, temos prioridades e objetivos diferentes. Independentemente de quais sejam, um seguro de vida bem contratado, com as coberturas corretas, vai se adequar perfeitamente para cada fase que estamos vivendo.

Ter um seguro de vida vai muito além do que deixar uma indenização, um amparo ou uma continuidade caso venha a faltar a quem se ama – é também um ato de cuidado consigo mesmo. Sempre digo que a cobertura básica de morte é sim uma cobertura importante do seguro, pois garante seu bem mais precioso: sua vida! Mas hoje temos a possibilidade de adquirir coberturas e assistências, disponíveis em diversos produtos no mercado, que nos oportunizam escolher como queremos nos proteger, caso algum imprevisto ocorra.

Quando penso em seguro de vida, costumo dividir em quatro grandes fases a nossa própria vida: formação, construção, responsabilidade e estabilidade.

A fase da formação é quando estamos criando a base para nosso futuro, como: cursando uma graduação, constituindo um negócio próprio, ou iniciando no primeiro emprego. É aquele momento que já começamos a entender para onde queremos ir e que muito em breve teremos novas responsabilidades, principalmente financeiras.

Na fase da construção já terminamos ou já está se consolidando o que iniciamos na fase de formação: concluímos o curso superior, ou nosso negócio já passou da etapa inicial do sufoco, ou temos um emprego mais estável, estamos pensando ou já estamos construindo uma família. É um momento de muito trabalho, e estar com a saúde em dia é crucial.

As duas próximas fases podem levar um tempo bem maior ou bem menor dependendo do que foi realizado na fase da construção.

A fase de responsabilidade é quando se tem filhos que dependem de você e que sua renda seja essencial e, em alguns casos, a única para manter sua família. Talvez seja a fase que você menos queira passar por instabilidades, pois a responsabilidade de fato é muito grande.

Já a fase da estabilidade tem tudo para ser a mais tranquila da sua vida, não que seja uma regra para todos, mas os filhos já devem estar seguindo suas vidas por suas próprias pernas, você já conseguiu adquirir alguns bens que te trouxeram mais estabilidade, como a casa própria, talvez você já esteja até aposentado. É aquela fase em que a carga de responsabilidade pode diminuir e muito.

É claro que estas quatro fases são vividas diferentemente pelas pessoas. Cada um pode passar muito mais tempo em uma fase do que o outro, alguns podem até “pular” uma ou outra, mas a grande maioria passará por todas elas, inclusive você vive alguma delas no momento. O objetivo do seguro é te acompanhar nessas fases, te dando a proteção necessária caso ocorra algo inesperado.

O seguro de vida se tornou muito acessível, hoje pode ser realidade para todos, independente da fase da vida em que esteja existe a possibilidade de contratá-lo. Claro que custo e regras de aceitação se tornam mais específicas quando se tem idade avançada e saúde comprometida. Lembre-se: seguro é prevenção! E prevenção quanto mais cedo começar, melhor!

Além de ser acessível, o seguro se modernizou e hoje disponibiliza uma gama de coberturas e assistências que também podem ser utilizadas em vida, deixando para trás a lenda de que seguro de vida não tem benefícios para o próprio segurado. Coberturas que garantem uma renda em caso de incapacidade temporária ou que gerem uma indenização caso seja diagnosticado com alguma doença grave, já estão dentre a mais solicitadas no momento da contratação.

Você já pensou em que fase está? E seu cliente/segurado? Ele já tem proteção para seu maior bem?

No próximo artigo vou falar sobre as principais coberturas do seguro de vida. Até lá!

AMMS, associação de mulheres de seguros, CHEGA A CURITIBA

Mês das mulheres marca empoderamento das profissionais do setor pelo País

Julio Filho/Seguros em Foco

A EMBAIXADORA DA AMMS NA CIDADE, FABIA CARVALHO

EVENTO EM CURITIBA

Depois de conquistar o poder do voto, do divórcio, da empregabilidade fora de casa, do respeito à opinião e da proteção contra a violência, agora a luta das mulheres está pela igualdade nas condições de trabalho. Uma luta que percorreu já alguns quilômetros de caminhada nos últimos anos e acumula adeptos para que a mulher tenha o mesmo espaço, as mesmas oportunidades profissionais e os mesmos salários que os homens, em qualquer que seja o cargo ocupado por eles e por elas. Entretanto, a luta vai ainda mais além com a necessidade de igualdade entre raças, gêneros, transgêneros e portadores de necessidades especiais.

Essa foi a pauta levantada pela AMMS – Associação das Mulheres do Mercado de Seguros, no dia 11 de março. No evento ‘Protagonismo e Diversidade - A mulher no mundo corporativo’, realizado em São Paulo e transmitido ao vivo para a ENS, no Rio de Janeiro, e para o Sincor de Curitiba, a AMMS reuniu profissionais do mercado segurador para tratar do tema e da importância de buscar melhores possibilidades profissionais para todos.

A LUTA VAI AINDA MAIS ALÉM COM A

NECESSIDADE DE IGUALDADE ENTRE RAÇAS, GÊNEROS, TRANSGÊNEROS

E PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS

Em Curitiba, esse foi o 1º encontro da associação, marcado também pela nomeação da embaixadora da AMMS na cidade, Fabia Carvalho, que contou com o apoio de Ana Carolina Mello (conselheira da organização no País), de Dilermando Garcia (diretor do Sincor-PR) e de Angelica Rocha, coordenadora do Projeto Mulheres em Ação do Sincor-PR).

A palestrante da noite foi Luana Génot, fundadora do Instituto Identidades do Brasil, que falou sobre a urgência na implantação de ações para mudança na cultura corporativa em prol da ampliação de mulheres negras em cargos de liderança. Depois de Luana, houve o depoimento profissional e pessoal de algumas mulheres que comandam grandes empresas do mercado segurador, entre elas: Glaucia Smithson, CEO da Allianz Global Corporate & Specialty South America; Cristina Domingues, diretora-presidente & CEO da Starr International Brasil Seguradora, afiliada brasileira da Starr Companies; Maria Eduarda Bomfim, CEO Latin America Re; Carolina Vieira, diretora -presidente no Grupo Markel; Marcele Lemos, presidente da Coface do Brasil; e Erika Medici - CEO da Axa no Brasil.

Os depoimentos foram seguidos de um debate sobre os impactos das lideranças femininas, provocando uma reflexão acerca da trajetória da mulher no mercado de trabalho e consequente evolução. A mediação foi feita pela vice -presidente da AMMS, Simone Vizani, e a debatedora foi a jornalista Solange Guimarães, especializada em seguros.

EMPREENDEDORAS no mercado de seguros e na Rede Lojacorr

Atuando como corretoras ou gestoras de Unidades, elas se destacam sabendo usar as características femininas mais importantes na atividade de proteção

Empreender, no Brasil, é algo desafiador, mas pode ser ainda mais para as mulheres no setor de seguros. Porém, como em todas as áreas, elas têm ganhado espaço neste mercado que por muito tempo foi predominantemente masculino. Na Lojacorr há diversos exemplos de mulheres com alta perfomance, e conversamos com algumas delas.

Janaina Luz, concessionária da Unidade Belo Horizonte, ingressou na Lojacorr e nos seguros há pouco mais de dois anos. “Foram desafios de um mundo novo em todos os sentidos. Tive que aprender como funcionam as companhias, os corretores, e sobretudo o modelo de negócios da Lojacorr, no qual fazemos a interface entre corretores e seguradores, então precisamos entender o mercado como um todo”. Segundo ela, ainda existe preconceito por ser mulher e estar no comando da gestão. “Superamos mostrando trabalho. Sempre trabalhei em gestão comercial e de pessoas, acredito que o mais importante é entender de pessoas e se relacionar todos os dias, pois sobre produtos é mais simples aprender”.

“Ser mulher no mercado de seguros é estar muito alinhada com os produtos de comercialização, ter profundo conhecimento do que você faz, é ter a resposta extremamente coerente para todas as perguntas”, completa Marjori Soares, da MaJe Corretora de Seguros (Unidade Florianópolis). Segundo ela, o grande desafio é que a mulher é testada e questionada inúmeras vezes. “Até que depois de uma longa negociação você conquista seu cliente. Esse desafio é muito maior nas negociações de grandes riscos, primeiramente para conseguir participar dela, e muitas vezes não ganha o cliente na primeira, mas não desiste e tenta novamente até que o cliente entende que você realmen

te tem capacidade para ser a administradora da apólice”, relata.

Muitos foram os desafios encontrados por Lilian Nicolletti, corretora de seguros e concessionária da Unidade Maranhão, ao iniciar nessa carreira. “Costumo brincar que ser mulher já é difícil nesse mercado predominantemente masculino, mas se tiver características de beleza (padrão da sociedade), terá que ralar ainda mais, pois terá que provar que seu atributo principal não é a beleza”. Segundo ela, teve que estudar muito para se destacar no mercado, levando conhecimento técnico na linguagem das pessoas. “Uma comunicação que fizesse as pessoas entenderem o real sentido dos produtos de seguros para a vida deles”.

Lilian conta que em muitas indicações houve o preconceito de alguns homens e também de mulheres. “A partir do momento que você consegue mostrar o seu conhecimento e a sua missão, como consultora que está levando soluções, rapidamente esse preconceito desaparece. Após as visitas iniciavam as novas indicações, pois ali plantamos e deixamos uma semente da credibilidade profissional”, diz.

Quando a concessionária da Unidade Belém, Rosangela Duarte, iniciou no setor de seguros, encontrou como principal desafio conciliar as jornadas de trabalho com as de casa. “Sim, a mulher acaba acumulando duas jornadas de responsabilidades. Porém, sorte grande a minha que sempre tive o apoio de minha mãe, esposo e filho, recebia e recebo deles diariamente palavras de incentivo, sugestões, críticas construtivas e amor, fundamental para buscarmos a tal resiliência e o equilíbrio necessário que todo empreendedor precisa”, conta.

JANAÍNA LUZ, CONCESSIONÁRIA UNIDADE BELO HORIZONTE

LILIAN NICOLLETTI, CORRETORA E CONCESSIONÁRIA DA UNIDADE MARANHÃO

MARJORI SOARES, DA MAJE CORRETORA DE SEGUROS, INTEGRANTE DA UNIDADE FLORIANÓPOLIS

ROSANGELA DUARTE, CONCESSIONÁRIA DA UNIDADE BELÉM

SOMOS PERSISTENTES DIANTE DAS DIFICULDADES, MAIS HÁBEIS PARA LIDAR COM CONFLITOS NO AMBIENTE DE TRABALHO E A INTUIÇÃO E PERCEPÇÃO AGUÇADAS MUITAS VEZES NOS AJUDAM NA TOMADA DE DECISÃO

JANAINA LUZ

CONCESSIONÁRIA DA UNIDADE BELO HORIZONTE

“Independentemente do gênero, empreender é sempre um grande desafio, na visão de Márcia Moura, concessionária da Unidade Vale do Aço. “Isso, na minha opinião, é o que move um empreendedor”.

A corretora Ana Albuquerque, da Viver Seguros (Unidade Florianópolis), concorda: “Ser mulher e ser empresária é algo ímpar, envolve um misto de perfeccionismo e sabedoria ao lidar com problemas cotidianos dos segurados e também os mais complexos”. Para ela, mulher empreendedora ama um desafio. “Eles nos movem para o acerto diário e nada como chegar no fim do dia, tirar o salto e ter sabor de dever cumprido com excelência”.

DIFERENCIAIS FEMININOS

Éclaro que a atuação dos homens tem pontos fortes, mas existem características femininas que ajudam no mercado de seguros. O melhor para uma empresa, ou uma rede de negócios, é a diversidade, trazendo diferentes habilidades e pontos de vista.

Uma das mais importantes é a multifuncionalidade, característica nata das mulheres. Renata Vieira, concessionária da Unidade Curitiba, ressalta que as mulheres conseguem trabalhar com diversos projetos simultaneamente, sem perder o foco e produtividade. “E também temos uma grande capacidade de empatia, o que favorece trabalhar com perfil de pessoas e empresas tão diferentes”, diz. Para Rosangela Duarte, “ajuda bastante nesse mercado que não existe rotina, onde nenhum dia é igual ao outro”. Marcia Moura concorda: “A capacidade de ser profissionais de multitarefas e a sensibilidade aguçada são o que facilitam o trabalho para as mulheres”, contando que em seu caso soma ainda pensamento positivo, superação e perseverança.

Lilian Nicolletti acredita que o perfil de cuidado e dedicação das mulheres faz com que tenham uma habilidade maior para desenvolverem o trabalho da corretagem e serem consultoras para os segurados. “Essa habilidade facilita na distribuição de produtos que realmente darão sentido à proteção do cliente e sua família. A comunicação da mulher que é empática, facilita a visão do cliente, pois conseguimos faze-lo entender o que está adquirindo e o sentido daquele produto em sua vida”.

“Somos persistentes diante das dificuldades, mais hábeis para lidar com conflitos no ambiente de trabalho e a intuição e percepção aguçadas muitas vezes nos ajudam na tomada de decisão”, defende Janaina Luz.

O interesse pela qualificação e aprender cada vez mais é maior entre as mulheres. “Temos atenção ao detalhe e sede em nos desenvolver. Percebemos cláusulas de uma apólice que poderiam passar despercebidas por muitos, e temos mais diálogo com o cliente, o que possibilita entenderemos melhor suas necessidades e soluções adequadas”, defende Marjori Soares. Ela conta que usa muito o universo feminino a seu favor. “Sou atuante em diversos projetos de empreendedorismo feminino, pois além de me oferecerem desenvolvimento são formas de network. O tema me encanta, principalmente na nossa área de seguros, onde realmente existe preconceito machista velado no poder de decisão de compra, mas cabe a nós desenvolver habilidades e competências para vencer está barreira”.

“Unir técnica, conhecimento, interesse no negócio e foco já são características bem importantes. Incluir sensibilidade ao conduzir crises é sempre uma boa opção. É preciso ‘acolher’ a demanda, acreditar e acertar”, completa Ana Albuquerque.

O NÚMERO DE MULHERES NÃO AUMENTA NA MESMA CURVA QUE A MASCULINA, HOMENS AINDA PREDOMINAM. PORÉM, AS MULHERES QUE PERSISTEM TÊM SUCESSO

ANA ALBUQUERQUE

VIVER CORRETORA DE SEGUROS, INTEGRANTE DA UNIDADE FLORIANÓPOLIS

MARCIA MOURA, CONCESSIONÁRIA DA UNIDADE VALE DO AÇO

ANA DE ALBUQUERQUE, DA VIVER CORRETORA DE SEGUROS

CRESCIMENTO DA PARTICIPAÇÃO

Apesar de serem maioria no mercado de seguros, se considerados cargos operacionais em corretoras e seguradoras, e investirem mais em qualificação, ainda são poucas as mulheres em cargos de chefia.

“Observo que nas áreas comerciais de seguradoras temos maior número de mulheres, mas como corretoras de seguros, diretoria e gerência de seguradoras o número é menor. A cada ano ganhamos mais espaço, mas ainda não somos a maioria”, diz Marjori Soares. “Em relação a mulheres de sucesso, tenho uma mão cheia de mulheres corretoras, que servem de inspiração, apresentam muito sucesso na carreira profissional, na criação de filhos e gestão do lar”, comenta.

Renata Vieira garante que os desafios são muitos, mesmo que o mercado de seguros tenha evoluído neste ponto. “Atualmente, há grandes empresas dirigidas por mulheres, não apenas no Brasil, mas no mundo, a AXA Seguros é um bom exemplo disto. As últimas premiações locais dirigidas a corretores de seguros também exemplificam esta realidade, a cada ano vemos corretoras de composição societária 100% feminina se destacando progressivamente”, diz. “Mas ainda há muito preconceito em relação à força de trabalho feminina, mesmo que o nível de escolaridade feminina seja maior de uma forma geral ainda nos deparamos com importantes diferenças salariais e contratuais, não apenas nos cargos de direção. Portanto, ainda temos um grande paradigma social a superarmos. “O número de mulheres não aumenta na mesma curva que a masculina, homens ainda predominam. Porém, as mulheres que persistem têm sucesso”, avalia Ana Albuquerque.

No Nordeste, tem crescido nos últimos anos a participação de mulheres no mercado, na percepção de Lilian Nicolletti. “Mulheres se destacam em produtos de benefícios pela característica mais consultiva e empática com os clientes. Vejo também mais mulheres presentes em palestras e cursos de reciclagem, o que contribui para que as profissionais se destaquem em nos

so mercado. Eu sou suspeita, minha equipe é 100% de mulheres, por acreditar que elas são mais ‘jeitosas’ com os segurados”.

Na Região Norte, especificamente em Belém, segundo Rosangela Duarte, há um cenário bem equilibrado nas corretoras atualmente. “Temos na Unidade vários cases de sucesso de corretoras de seguros empreendedoras, o que me deixa muito orgulhosa”. Mas ela pondera que não foi nada fácil conquistar esse espaço num mercado historicamente masculino. “Foi realmente dando as mãos, ‘uma puxando a outra’, incentivando a capacitação, orientando a deixar de lado as questões culturais, principalmente de se sentir limitada em relação à atuação masculina, abdicando muitas vezes da maternidade, fazendo cair por terra que mulher é sexo frágil”. Em sua visão, hoje as mulheres têm recebido apoio dos homens para se desenvolverem. “Aprendemos muito com eles e eles com todas nós. Essa troca gera aprendizado, uma sinergia muito boa, gerando resultados positivos para todos”.

RENATA VIEIRA, CONCESSIONÁRIA DA UNIDADE CURITIBA

Mossoró: região é referência em RISCOS DE PETRÓLEO

Depositphotos.com/Calin Tatu

Desde o ano passado, ampliam as oportunidades em poços terrestres

Pouco difundido no mercado segurador, os seguros de Riscos de Petróleo estão enquadrados pela maioria dos seguradores e resseguradores na categoria de Grandes Riscos e Energy/ Builder Risks (riscos do construtor). A contratação desse tipo de seguro se destina a garantir cobertura para os riscos securitários em empresas que atuam na exploração e prospecção de petróleo e gás natural, tanto em terra (on shore), por meio de sondas terrestres, que envolvem um conglomerado de equipamentos, como no mar (off shore), através de plataformas modernas e de navios sondas, em que o Brasil é detentor de uma das melhores e mais avançadas tecnologias do mundo, principalmente no pré-sal.

De acordo com Stênio Max Fernandes de Freitas, gestor da Unidade Rio Grande do Norte da Rede Lojacorr, localizada em Mossoró, que atende todo o estado potiguar, as explorações de reservas em mar ainda são muito restritas a brokers de resseguros e a corretoras especializadas, pois são poucas empresas que exploram esse nicho, além da própria Petrobrás. Entretanto, há novidades na exploração em terra. Desde a descoberta do pré-sal, a estatal praticamente terceirizou a exploração dos poços terrestres.

Em 2017, o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento – fez um estudo minucioso atestando a viabilidade bem como sinalizando que a iniciativa privada, com custos mais baixos e mais eficiência, poderia não só manter, como ampliar e estimular a produção dos campos maduros (aqueles que, após atingirem o pico de produção, estão em um estado de produção em declínio e se aproximando do fim de suas vidas produtivas).

Assim, a indústria do petróleo nos Estados do Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Alagoas e Ceará está se reerguendo, principalmente em 2019, quando foram realizadas dezenas de concessões de campos maduros, e desde então a produção terrestre só aumenta. Antes disso, a região sofreu economicamente devido aos baixos investimentos, além do grande número de desempregados das empresas terceirizadas (mais de 15 mil empregos diretos e indiretos), que perderam muitas receitas.

É nesse nicho de empresas privadas que o mercado segurador está mirando suas prospecções. “Existem vários riscos na exploração do petróleo e

gás, não só com o risco na prospecção dos minerais, mas diversos riscos atrelados à operação, tais como os possíveis danos ambientais aos mananciais aquíferos subterrâneos e afluentes terrestres, o cuidado nos descartes dos matérias usados na exploração, o seguro de vida, assistência médica, odontológica, transportes, seguros dos equipamentos, frotas, garantias contratuais e a imensa cadeia de Responsabilidade Civil, além de todo o restante do ecossistema envolvido nesse processo”, explica, ressaltando que várias seguradoras estão voltando a atenção para esse setor e podem ser contratadas várias coberturas para esse tipo de operação.

Na cidade de Mossoró/RN está situada a matriz da EBS – Empresa Brasileira de Serviço e Perfurações Ltda., segurada da Unidade Rio Grande do Norte, com filiais em mais três estados: Sergipe, Bahia e Espírito Santo. É especializada em poços para a produção de óleo, gás, sal mineral e água subterrânea, realizando os serviços de Perfuração, Completação, Limpeza, Re-completação; Restauração, Abandono e Cimentação de Poços Profundos. Dispõe de 38 sondas, sendo 36 terrestres e duas em mar, além de uma frota de mais de 400 veículos e um Jato Executivo. Atualmente, a EBS já contabiliza em seus quadros mais de 800 funcionários diretos. “A empresa tem um plano estratégico de crescimento e mantém praticamente todas as suas operações seguradas, mantendo assim um lastro e uma gama de prevenção para garantir a tranquilidade e segurança dos seus sócios, colaboradores, fornecedores e clientes”, diz.

Esse tipo de seguro começou a ter notoriedade pública no Brasil em 2001, com o maior acidente no setor já registrado no País, que culminou no naufrágio da plataforma P-36, de propriedade da Petrobrás, localizada na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. “A perda foi total da plataforma, no valor de 350 milhões de dólares e 11 vidas foram ceifadas naquele sinistro. Estima-se que a estatal recebeu algo em torno de US$ 500 milhões em indenizações. Isso marcou também na história do setor segurador e petrolífero, elevando em mais de 450% o custo da renovação dos seguros da estatal para o ano seguinte, gerando um prêmio de US$ 48,8 milhões. Esse seguro foi renovado por um consórcio de seguradoras em 2002, liderado pela Bradesco Seguros (líder com 40% do total, Itaú Seguros (30%), Unibanco Seguros (12%), Tokio Marine (8%), AGF (8% e Generali (2%)”, conta.

O gestor explica que, por exigência das leis brasileiras, há uma determinação que o seguro seja contratado através de seguradoras nacionais. “Mas, naquele caso, elas assumiram um risco em torno de 1% do total, sendo que 99,02% foi assumido por empresas de resseguros internacionais. O mesmo consórcio foi vencedor da apólice sinistrada em 2001 e recebeu US$ 7,5 milhões para segurar os bens da estatal”, acrescenta.

A INDÚSTRIA DO PETRÓLEO NOS ESTADOS DO RIO GRANDE DO NORTE, SERGIPE, BAHIA, ESPÍRITO SANTO, ALAGOAS E CEARÁ ESTÁ SE REERGUENDO, PRINCIPALMENTE EM 2019, QUANDO FORAM REALIZADAS DEZENAS DE CONCESSÕES DE CAMPOS MADUROS, E DESDE ENTÃO A PRODUÇÃO TERRESTRE SÓ AUMENTA

STÊNIO MAX FERNANDES DE FREITAS, GESTOR DA UNIDADE RIO GRANDE DO NORTE DA REDE LOJACORR, NA SEDE DA EBS EM MOSSORÓ

BASE AÉREA DA EBS

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