Revista da Madeira - Ed. 146

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ANO 26 NÚMERO 146 CIRCULAÇÃO DIRIGIDA

WOOD MAGAZINE

Exportações estimulam negócios Exports increase businesses

Brasil projeta duplicar produção de madeira plantada

Floresta nova absorve 11 vezes mais carbono

Brazil design double planted wood production

New forests absorb 11 times more carbon



A

Expediente

Sumário / Summary

economia brasileira vem enfrentando uma série de adversidades. De um lado uma forte interferência política que compromete decisões em negócios e investimentos, e de outros aumentos sucessivos de tarifas, energia, combustível e recursos financeiros. Tudo isso fez o mercado interno retrair seu nível de consumo e

produção. Alguns segmentos da economia são mais suceptíveis a esta oscilação. Outros conseguem achar mecanismos de retomada. Este é o caso do setor de base florestal que tem como opção o mercado externo. Favorecido pelo câmbio elevado, opção de grande oferta de produtos e mercado potencial comprador em vários pontos do mundo, o setor tem direcionado seu foco em vendas ás exportações. A indústria, de um modo geral, apresenta um grau de desenvolvimento tecnológico que permite atingir níveis de produtividade e qualidade plenamente satisfatório aos mais exi-

gentes mercados de consumo. Cabe agora ao empresário do setor se adequar a esta nova oportunidade, buscando focar parte de sua produção ao mercado externo e assim manter um equilíbrio diante de um quadro adverso. Isso se traduz em viagens na busca de clientes novos, presença em feiras internacionais, contatos com agentes e representantes especializados e sobretudo um marketing mais direcionado. O mercado externo é um caminho contínuo e exige do empresário uma visão de longo prazo, e não imediatista. Agora é arrumar as malas e buscar novos mercados, ou achar nichos específicos para seus produtos. Clóvis Rech Editor Responsável

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Mercado / Market

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Setor Florestal / Forest Sector

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Madeira / Wood

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Bambu / Bambu

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Carbono / Carbon

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Construção / Construction

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Madeira tropical / Tropical Wood

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Eucalipto / Eucaliptus

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Resíduos / Waste

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Painel / Panel

EXPEDIENTE Editor: Clóvis Rech Capa: Conceyção Rodriguez Edição de Arte e Produção www.crdesign.com.br crdesign@crdesign.com.br

A Revista da Madeira é uma publicação da Lettech Editora e Gráfica Ltda, que também publica outras publicações. A reprodução total ou parcial de artigos ou matérias citados nesta edição é proibida, exceto em caso de autorização do editor.

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Edição 146

Editorial

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de 2030, os setores de produção de alimentos, fibras e energia competirão intensivamente por terra e recursos hídricos, e haverá um déficit de 200 milhões de hectares de terras produtivas, em 2050. A colheita de madeira (florestas naturais e plantadas) em 2050 deverá ser três vezes maior que a reportada em 2010, chegando a 13 bilhões de m³. Além disso, desenvolver 100% de energia renovável até 2050 exigirá um adicional de 250 milhões de hectares de culturas agrícolas e plantações florestais para a produção de bioenergia, o que se torna fundamental no advento das mudanças climáticas. A Presidente Executiva da IBÁ - Indústria Brasileira de Árvores, Elizabeth de Carvalhaes, destaca que o grande desafio é como produzir mais e com qualidade, com recursos limitados, conservando os ambientes naturais remanescentes. Parfa este fim é fundamental entender que aumento de produção não ocorre em detrimento do meio ambiente – desenvolvimento econômico e sustentabilidade não são conceitos antagônicos. No Brasil, o setor de base florestal já detém expressiva participação e pode contribuir muito mais. Sua importância na economia nacional vem crescendo, tendo representado 5,5% do PIB (Produto Interno Bruto) da indústria brasileira em 2014 e sido responsável pela geração de R$ 10,23 bilhões em tributos federais, estaduais e municipais. Isso tudo, sem deixar de mencionar os crescentes investimentos do setor de florestas plantadas, que registram aumento de 8% no ano. O Setor Florestal Brasileiro é marcado pela amplitude de indústrias e de produtos, sendo composto, principalmente, por três cadeias produtivas: da madeira industrial (celulose e papel e painéis de madeira reconstituída), do processamento mecânico da madeira (serrados e compensados) e da madeira para energia (lenha, cavaco e carvão vegetal). De todos os segmentos produtivos do setor florestal, os de celulose e papel têm maior expressão, contribuindo de forma relevante para o desenvolvimento do Brasil. A cadeia produtiva deste setor abrange as etapas de plantio, produção, colheita, comércio, distribuição e transporte. O segmento de madeira reconstituída é composto por uma gama variada de produtos, muito embora os mais conhecidos sejam o MDF (Medium Density Fibreboard), o aglomerado, o OSB (Oriented Strand Board) e as chapas de

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s negócios envolvendo compra e venda de produtos de madeira em todo o mundo representam algo em torno de US$ 250 bilhões por ano. A participação brasileira é de apenas 4% desse montante, apesar de várias vantagens competitivas no setor. A expectativa, entretanto, é que este panorama irá mudar a médio prazo. Com uma área de 7,74 milhões de hectares de árvores plantadas, o setor, no Brasil, é responsável por 91% de toda a madeira produzida para fins industriais no País, além de ser um dos que apresenta maior potencial de contribuição para a construção de uma economia verde. Projeções da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), indicam que o Brasil, irá duplicar a área de florestas plantadas até 2025, com projetos de investimentos superior a R$ 50 bilhões. Mundialmente, as florestas plantadas representam 290 milhões de hectares, sendo 5% na América do Sul, e destes, metade estão no Brasil. Este número revela o grande potencial brasileiro na produção florestal, para abastecimento do mercado interno e externo. Os desafios do século XXI, entretanto, são maiores e se concentram em como atender as demandas da população mundial crescente e as pressões do desenvolvimento, com os recursos limitados do planeta. Projeção indica que a população global atingirá 9,5 bilhões de habitantes em 2050, o fornecimento de alimentos deverá dobrar até 2050, e a demanda por energia deverá dobrar até 2030. Paralelamente, as mudanças climáticas deverão reduzir a produtividade agrícola em muitos países. A partir

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fibras, destinados à fábrica de móveis, à construção civil, à fabricação de outros produtos e à exportação. Já a indústria do processamento mecânico compreende as serrarias, as produtoras de lâminas para a indústria de painéis, e as produtoras de PMVA (Produtos de Maior Valor Agregado), como portas, janelas, molduras, pisos, dormentes, dentre outros. Apesar das dificuldades conjunturais da atualidade brasileira, o setor florestal tem perspectivas de crescimento sustentável para os próximos anos. No ambiente interno, a forte valorização do dólar traz consigo aumento da inflação das matérias-primas, do frete e da energia elétrica, o que gera impactos diretos nos custos de produção florestal, conforme observa Rudolf Woch, Diretor da Apoiotec Somam-se

a isso a desaceleração da economia e a retração do consumo. Nesse contexto, uma redução da construção civil leva à diminuição da demanda por madeira processada e aço, gerando impactos diretos na cadeia produtiva de florestas plantadas. No ambiente externo, porém, seg-

mentos de exportação se beneficiam da valorização cambial. O diretor da Apoiotec desta ainda que utro aspecto que tem impactado a produção nacional é a crise energética, responsável por uma elevação dos custos de produção dos produtos finais da cadeia produtiva. Por outro lado, a crise

oferece oportunidades para a produção de bioeletricidade como alternativas para o uso de carvão mineral e de combustíveis fosseis, com o surgimento de usinas termoelétricas com o uso de biomassa. Segundo a Agência Internacional de Energia Renovável – Irena, a demanda energética deve dobrar no mundo até 2050. O setor florestal brasileiro já é destaque ao redor do mundo por ter a maior produtividade. Além de o Brasil registrar o menor ciclo de colheita de eucaliptos, de apenas sete anos, cada hectare plantado com essa espécie de árvore rende, em média, 39 m³/ha/ano. Nas plantações com pínus, essa média é de 31 m³/ ha/ano. Para efeito de comparação, o Chile, outro importante produtor na América do Sul, registra uma produtividade média de 20 m³/ha/ano no caso do eucalipto e 18 m³/ha/ano em

Economia

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Economia pínus. Este alto desenvolvimento leva em conta a alta produtividade da madeira plantada por hectare no país, que se dá pelas excelentes condições edafo-climáticas e pela alta tecnologia empregada e aperfeiçoada pelas empresas do setor, com base em experiências internacionais, parcerias e pesquisa. O volume de negócios no mundo e no Brasil tem taxa de crescimento de 6% ao ano - nos últimos três anos - e projeção de igual ordem para os próximos anos, devido ao crescimento da população e à melhoria de renda dessa população que gera maior demanda e consumo de madeira , conforme destaca Wilson Andrade, Diretor Executivo da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal. Na área de celulose e papel, podemos considerar a possibilidade de instalação de uma fábrica de celulose por ano no Brasil – cada uma com investimento de R$ 8 bilhões, plantio de 100 mil hectares de madeira e uma produção de aproximadamente 1,5 milhão de tonelada/ ano. Na mesma linha de pensamento,

o diretor da área de consultoria em negócios florestais da Pöyry, Jefferson Mendes, observa que o cenário positivo pode se intensificar com o aumento na produtividade e expansão florestal. Uma das opções seria aproveitar os quase 1 milhão de hectares

subutilizados de florestas plantadas, quase 12% do total no Brasil. “A oferta é muito grande, mas nem sempre há um processo industrial vinculado. Há espaço para que esses investimentos sejam recebidos especialmente no Mato Grosso, no Rio Grande do Sul, no Paraná e em Minas Gerais”, afirma. Outra ação envolveria expandir a base florestal. Estima-se que cerca de 20 milhões de hectares sejam utilizados por pastagens improdutivas ou degradadas, o que já se apresentaria como oportunidade para a silvicultura. Para a indústria já instalada, a solução seria reduzir os custos com produção principalmente de infraestrutura portuária e logística em geral. Para o diretor da Poyry, se tivermos políticas bem objetivas nesse sentido, o setor tem tudo para crescer ainda mais, lembra também que a produção de energia em celulose se apresenta como uma oportunidade para diversificar mais o setor. Para ele, a participação da biomassa na matriz energética, menor do que 10%, ainda é pequena demais para a capacidade brasileira, e a criação de biorrefinarias pode ser a próxima fronteira da indústria florestal. RM

Brazil design double planted wood production The business involving the purchase and sale of wood products worldwide represent something around $ 250 billion per year. The Brazilian participation is only 4% of that amount, despite several competitive advantages in the industry. The expectation, however, is that this picture will change in the medium term. With an area of 7.74 million hectares of planted trees, the Brazilian sector is responsable for 91% of all wood produced for industrial purposes in the country, besides being one of the shows great potential to contribute to building a green economy. Projections of the Brazilian trees Industry (IBA), indicate that Brazil will double the area of planted forests by 2025, with greater investment projects to R$ 50 billion. Globally, planted forests ac-

count for 290 million hectares, of which 5% in South America, and of these, half are in Brazil. This number reveals the great Brazilian potential in forestry production, to supply the domestic and foreign markets. The challenges of the twenty-first century, however, are larger and focus on how to meet the demands of the growing world population and development pressures, with the limited resources of the planet. Projection indicates that the global population will reach 9.5 billion by 2050, the supply of food is expected to double by 2050, and the demand for energy is expected to double by 2030. At the same time, climate change will reduce agricultural productivity in many countries. From 2030, the food production sectors, fiber and energy compete intensively

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for land and water resources, and there will be a deficit of 200 million hectares of productive land in 2050. The wood harvest (natural and planted forests) in 2050 should be three times that reported in 2010, reaching 13 billion m3. In addition, developing 100% renewable energy by 2050 will require an additional 250 million hectares of agricultural crops and forest plantations for the production of bioenergy, which becomes fundamental in the advent of climate change. The big challenge is how to produce more and quality, with limited resources, conserving the remaining natural environments. Lastly, it is essential to understand that increased production does not occur at the expense of the environment - economic development and sustainability are not antagonistic concepts.


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produção global de todos os principais produtos de madeira está mostrando seu maior crescimento desde a crise econômica global de 2008-2009, de acordo com novos dados publicados pela FAO. Incluindo madeira em tora industrial, madeira serrada, painéis derivados de madeira e de papel e celulose, houve um crescimento na produção de 1 a 5%, no último ano. O mais rápido crescimento foi registrado na América Latina e Ásia-Pacífico e do Caribe. “As indústrias de madeira estavam entre os mais atingidos pela recente crise econômica mundial em 2008-2009. Nós estamos vendo agora o maior crescimento das indústrias da madeira globais nos últimos cinco anos, o que é importante para as economias nacionais e do bem-estar e o sustento de milhões de pessoas que dependem da floresta em todo o mundo “, observa Thais Linhares Juvenal-, chefe da FAO’s Forest Economics and Statistics Team. A FAO publica o Anuário Estatístico de Produtos Florestais em base anual. Destina-se a fornecer aos países infor-

m a ç õ e s e ferramentas para avaliar a contribuição da indústria de produtos florestais para as economias globais e nacionais e desenvolvimento sustentável, e melhorar suas políticas de gestão e florestais florestais. Produção de pellets de madeira, utilizados como combustível, estabeleceu um novo recorde, com crescimento de 16% sobre o ano anterior, para atingir 26 milhões de toneladas, impulsionada principalmente pelo aumento do consumo na Europa. Europa e América do Norte foram responsável por quase toda a produção global (60% e 33%, respectivamente). A Europa registra de longe o maior consumo (78%), seguido por os EUA (12%). O comércio de pellets do Norte da América para a Europa (principalmente o Reino Unido) aumentou 25%. A produção e consumo de pellets de madeira na Ásia mais do que duplicou face ao ano anterior. Na Coreia do Sul surgiu como o quarto maior importador de madeira de pellets, após o Reino Unido, a Dinamarca e a Itália, contribuindo para impulsionar a produção de pellets de madeira em muitos países da região, especialmente o Vietnã, China e Tailândia. Os pellets de madeira foram usados por europeus e outros países, incluindo a Coréia do Sul e Japão, para atender às suas metas de energia renovável. A demanda por pellets de madeira como fonte de energia verde tem aumentado significativamente desde 2008 e deve cres-

Wood world production shows growth The global production of all major wood products is showing its greatest growth since the global economic crisis of 2008-2009, according to new data published by FAO. Including industrial roundwood, sawnwood, wood-based panels, pulp and paper, there was an increase in the production of 1 to 5% in the last year. The fastest growth was recorded in Latin America, Asia-Pacific and the

Caribbean. FAO publishes the Statistical Yearbook of Forest Products on an annual basis. It is intended to provide countries with information and tools to evaluate the contribution of the forest products industry to the global and national economies and sustainable development, and improve their forest management and forest policies. Wood pellets

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cer à medida que mais e mais países se comprometem com ações de mitigação sobre a mudança climática. A produção e consumo de painéis derivados de madeira e madeira serrada continuam a crescer fortemente em todas as regiões também. A produção global de painéis e madeira serrada aumentou 5 % e 4%, respectivamente. Painéis derivados de madeira foi a categoria de produto que viu o crescimento mais rápido na produção, devido ao crescimento rápido e consistente na região da Ásia-Pacífico (principalmente China, que responde por 49% da produção global). No geral, a produção aumentou em 62% na região Ásia-Pacífico durante 20102014 enquanto cresceu modestamente em 9 % em outras regiões ao longo do mesmo período. A produção de papel na Europa estagnou e declinou na América do Norte, mas cresceu modestamente na África, América Latina e Ásia-Pacífico. Depois de um ligeiro declínio na produção de papel na China no ano anterior, a produção e o consumo de papel voltou a crescer lá no ano passado, levando a tendência geral de crescimento na região Ásia-Pacífico. A América do Sul emergiu gradualmente como o maior exportador mundial de celulose de madeira com novas fábricas de celulose em construção no Brasil, Chile e Uruguai. No ano passado, a região responsável por 30% das exportações globais de polpa de madeira. O Brasil ultrapassou o Canadá pela primeira vez como o quarto maior país do mundo em produção de fibras Furnish - wastepaper, outro celulose de fibra e pasta de madeira usada para a fabricação de papel - depois dos Estados Unidos, China e Japão. RM

production, used as fuel, set a new record, with 16% growth over the previous year to reach 26 million tonnes, mainly driven by increased consumption in Europe. Europe and North America were responsible for almost all global production (60% and 33%, respectively). Europe recorded by far the largest consumer (78%), followed by the USA (12%). The pellet trade of North America to Europe increased by 25%.



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esquisadores produziram um mapa que mostra as regiões da América Latina onde florestas renováveis apresentariam os maiores benefícios. No entanto, acrescentaram que as florestas antigas ainda precisavam serem protegidas quando se fala em quantidade de carbono. A equipe internacional de cientistas compilou dados de quase 1.500 lotes em 45 locais em toda a região neotropical, que abrange a América do Sul e central, permitindo-lhes produzir mapa destacando o potencial de sequestro de carbono de áreas em toda a região neotropical. A fim de maximizar o acesso à luz solar, água e nutrientes, as novas árvores crescem rapidamente. Isto significa que as plantas sequestram uma quantidade muito maior de carbono da atmosfera, que utiliza como parte do processo de fotossíntese e tem a luz solar para produzir os açúcares da planta necessita para crescerem. A equipe descobriu que, em condições ideais, a vegetação nova pode sequestrar até 11 vezes mais carbono que as florestas antigas.

As florestas tropicais são os maiores sumidouros de carbono terrestre do planeta. O desmatamento é visto como um dos principais motores de emissões resultantes de atividades humanas e estima-se ser responsáveis por 20% de todas as emissões. A capacidade das florestas em todo o mundo, especialmente florestas tropicais, para absorver e absorver carbono desempenha um papel-chave nos esforços para mitigar e conter os impactos das alterações climáticas resultantes da atividade humana. A cúpula do clima da ONU de 2014 viu o estabelecimento da Declaração de Nova Iorque sobre Florestas, um acordo não vinculativo, que estabeleceu a meta de reduzir para metade a taxa de desmatamento global até 2020. A declaração também alerta para a restauração de 150 milhões de hectares de florestas degradadas até o final desta década. Embora fosse importante para deter o desmatamento, também é de destacar o papel das florestas secundárias em um contexto de mitigação das alterações climáticas. Pesquisadores confirmam que tem tentado fazer neste estudo é obter um quadro abrangente de quão rápido essa recuperação é em termos de biomassa. Se você abandona áreas que foram utilizadas para a agricultura, é rápido que as florestas cresçam naturalmente e retomem sua biomassa.

Em seu artigo, o Prof Poorter e a equipe observam: “Nós apresentamos um mapa de recuperação de biomassa da América Latina, o que ilustra a variação geográfica e climática no potencial de seqüestro de carbono durante a rebrota da floresta. “O mapa irá apoiar as políticas para minimizar a perda de florestas em áreas onde a resiliência biomassa é naturalmente baixa (como regiões de florestas sazonalmente secas) e promover a regeneração da floresta e restauração em áreas de várzea tropicais úmidas com alta resiliência biomassa.” Em um artigo para o site de Conservação, o co-autor Prof Susan Letcher de Purchase College, Universidade Estadual de Nova York, EUA, explicou: “restauração florestal ativa pode ser um processo caro, e pode não ser rentável, ou mesmo necessário em todos os casos. “Em paisagens com baixos níveis de degradação, simplesmente protegendo florestas jovens e que lhes permitam desenvolver pode ser a melhor estratégia.” O Prof Poorter observou que florestas secundárias oferecem um “enorme potencial” para o sequestro de carbono. “Em um ano, pode absorver até três toneladas de carbono por hectare. Isso é 11 vezes o valor do que uma floresta mais velha vem fazendo.” No entanto, ele acrescentou: “As florestas desempenham diferentes funções e serviços: florestas antigas são boas porque armazenam grandes quantidades de carbono. Já as florerestas jovens podem capturar mais carbono e corrigi-lo dentro do sistema.” RM

New forests absorb 11 times more carbon Researchers produced a map showing the regions of Latin America where renewable forests would present the greatest benefits. The international team of scientists has compiled data from nearly 1,500 lots in 45 locations throughout the neotropical region, covering South America and central, allowing them to produce map highlighting the areas of carbon

sequestration potential throughout the Neotropics. In order to maximize access to sunlight, water and nutrients, the new trees grow quickly. This means that plants withdraws a much greater amount of atmospheric carbon, which uses as part of the process of photosynthesis and has sunlight to produce the sugars of the plant needs to grow. The team

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found that under ideal conditions, the new vegetation can withdraws up to 11 times more carbon than older forests. Tropical forests are the largest terrestrial carbon sinks on the planet. Deforestation is seen as a major engine emissions resulting from human activities and it is estimated to account for 20% of all emissions.



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that means 8% of world consumption of wood. The planted forests in South and Southeast of Brazil have been the main facto of new industrial projects, offering great volumes of wood at low prices. More recent studies show that 7 million hectares of planted forests in Brazil, those 2 million of pine and 4 million of Eucalyptus. Most of these areas are in those regions. These forests have also been the motive of competitiveness in new industrial projects, offering great volumes of wood at low prices. But studies show that in a short time, the situation will have a drastic change . Most of these forests is on the development programs of cellulose and paper sectors, as well as siderurgic industry and, nowadays, they are the basis to industrial sector of solid wood. Thanks to the present economical stability and to the growing internal market, new industrial projects are appearing and will have a significant impact on the Forest basis and on the market. The new projects won’t have an increase in the planted area, because of lack in efficient politics to reduce the expansion. In medium and long terms, competitiveness and sustainability of Forest industry in Brazil will be drastically affected. Considering annual increase of 25 m³/ha/ year of Pine and 30 m³ /ha /year, the stocks available are 248 million m³, to cellulose and paper sector, 240 million m³, to wood and coal sectors and, 297 million m³ ,to solid wood sector. Based on these data, it’s possible to have some conclusions: a) It must be planted yearly, at least, more than 400 thousand hectares/ year, using conventional species( Eucalyptus

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n five decades, world population will increase from 6 to 9,5 billion people and the wood consumption will increase almost in the same rate. World medium consume is of 0,67 m³ / year per person and the most recent perspectives give an estimate growing of 1,2 to 3,4% per year. If those are correct, world consumption in the last year must be 5,9 billion m3; analogically, it’s possible to consider that this means an availability of 590 million hectare of planted forests, at a growing rate of 10 m³ / ha / year. Individual Brazilian consumption is 0,83 m³ / year, at a consume rate of 3% and a growing sector ranging between 6 to 8%. It’s unquestionable the potential that Brazil has to be able to answer the demand of world market, because its 7 million hectares of planted forests represents less than 1% of demanding area. Brazil consumes at present 350 million de m3/ year,

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e Pines), besides other alternative species of fast growing.; b) The huge Brazilian internal market guarantees more than 80% of projected demand matching the named values. Such values can be overcome in the case of outstanding growing of export.; c) Official offices must develop incentive mechanisms of planted Forest implantation, if not, their reserves must be in danger.; Researches As a result of its dimensions and tropical location, Brazil has competitive advantages, its capacity of producing food, invest in tourism and plant trees. Referring to the third circumstance competitive advantage, apart of technological cycles and P&D investments occurring in other countries, the productiveness obtained in Brazilian

soil are and will be superior: our forests grow and will grow faster and faster. In a global economy an industry producing more, in a shorter time and with low prices , naturally won’t have any troubles of competitiveness at an international level. But the challenges to Brazilian wood sector, with a no border market, will be having a scale. Another challenge is to preserve ecosystems and natural places in forest companies management. The number o commercial forests range from 5 to 7 million hectares, which that means 2 to 3 million hectares of natural reserves under Brazilian Forest sector owning. By other side, the biggest challenge to the sector is clarify the public opinion and to the media, about the distance between production forests and conservation ones. Society knows

exactly the meaning of “planting and harvesting”, but when culture is on game it’s eucalyptus and pinus, two words replaced by deforesting. There is a complete lack f knowledge about the necessity of planting trees to producing wood and paper, contributing, at least to decrease the pressure on consuming natural forests. Society organize itself rapidly to fight against Forest essential of production, but requires “ solid wood furniture”, watches passively fires and deforesting of Amazon Forest and Northeast cerrado, claps the cattle raising expansion to north and participates of non-sporting fishing at Pantanal, besides living and fighting to build houses where Atlantic Forest was or still remains. As a last consideration, we must reinforce that Forest production of fast growing never was at the necessity border of “intellectual investment”. RM

Perspectiva

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m produto que vem ganhando mercado em países da Europa, especialmente, é o painel “sanduiche” de madeira, produto

Industrial constituido de um núcleo isolante e tendo uma face lateral e uma outra que atua como uma espécies de tampa. No núcleo pode ser injetado poliuretano (PUR), poliestireno extrudido (XPS) poliestireno expandido (EPS), lã de rocha, etc., e ambos

os lados da placa são derivados de madeira, aglomerados, madeira compensado fenólico ou decorativa, deck de madeira, aglomerados cimento-madeira, fibra de celu-

lose, etc. Da mesma forma, o “sanduíche” é um painel para pisos interiores que consiste em duas placas de madeira ligados por um núcleo de isolamento, no formato imprensado. Uma das placas traz o revestimento interior do painel, e dá ao núcleo o isolamento térmico necessário. E a outra placa proporciona a resistência necessária ao sistema. Este produto, embora trilhando um caminho curioso, já está presente em muitos países. Em alguns países como Suíça, França, Alemanha - países nórdicos - e especialmente nos Estados Unidos, o uso do painel “sanduíche” é uma solução difundida devido as suas qualidades mecânicas e de isolamento. Estes países sempre tiveram uma cultura mais forte no conceito de isolamento e na utilização de pré-fabricados. A verdade é que na Espanha o país dois um pouco relutante em abraçar este produto, devido à predominância de concreto como uma solução de construtiva. Uma vantagem deste produto é tornar o sótão de grande parte das moradias habitável. assim, todas as aplicações nas quais ele está planejado, visando ter uma área quente, são susceptível de utilizar o painel. Na Espanha o produto começou a ser introduzido no final dos anos oitenta surgindo no mercado como uma solução construtiva, apresentando uma alternativa a outros elementos tradicionais. Isto,

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combinado com as possibilidades estéticas, onde cada vez mais se faz uso da single-família, em depósitos, em edifícios históricos, etc. Ultimamente, tendo em conta o leveza e capacidade de adaptação do sistema e, claro, as condições do mercado, deve levar em conta sua crescente utilização. Alguns exemplos podem ser encontrados em edifícios, igrejas, aeroportos, mercados, piscinas, centros comercial, habitação, etc. É um produto que pode ser aplicado em qualquer tipo de execução de obra. Além disso, pode se adaptar a qualquer tipo de trabalho. Entretanto, há uma tendência para usar este produto em obras onde a cobertura é uma grande parte devido à sua visibilidade.

O painel “sanduíche” é adequado para qualquer tipo de obras públicas ou privadas, e integra-se perfeitamente e de forma estetica, tanto ao rústico como ao mais moderno. Aplicações Seu principal campo de aplicação são unidades plurifamilar, como casas e habitações, mesmo em reformas, e edifícios industriais ou residneciais. É um produto que pode ser aplicado em qualquer tipo de trabalho, embora há uma


tendência para usar este produto em obras onde a habitação é uma parte importante pela sua visibilidade. Em um momento como o atual, em que a construção de novas moradias e edifícios está sofrendo uma retração em função da situação da economia, a reforma pode emergir como um mercado muito interessante e e que merece atenção especial. As características de leveza e capacidade de adaptação, unidos em um único produto tornam a sua aplicação de extrema praticidade. Além disso, em muitos casos, se as condições do edifício permitir, eles podem manter as estruturas originais, mantendo a estética da construção tradicional ou histórico. Este novo sistema é especial-

mente destinado a dar um novo ambiente Qualquer reforma pode ser feita de uma forma simples, rápida e econômica. Além disso, estas soluções servem como painel

decorativo, sendo fácil de instalar e com uma redução de 75% no tempo de montagem, em relação aos sistemas tradicional. Assim combina qualidade, isolamento e estética em uma ampla variedade.

O painel “sanduiche” fornece uma série de vantagens: - Uso abaixo do telhado Não há dúvida de que esta disposição é a principal, permitindo uma melhor utilização o espaço disponível no sotão. - Simplicidade, segurança, luminosidade e economia. A instalação é muito simples e, além disso, oferece segurança e economia para no tempo de montagem. Da mesma forma, presentes na construção, é versátil e seu processo facilita muito o trabalho do designer e do construtor. Devido à sua leveza, permite grande rendimento nas construções; economia e consumo energia, além de excepcional isolamento, permitindo uma economia de até 40% em comparação com outros elementos cons-

Painéis

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Painéis trutivos. - Funcionalidade Combina as funções de acabamento decorativo, excelente desempenho de isolamento ao calor e é também a base para o apoio de qualquer tipo de cobertura, como a ardósia, azulejo, alumínio. - Estética Estes produtos estão disponíveis numa variedade grande de acabamentos, de modo a se adaptar as características estéticas de cada ambiente. - Isolamento Entre as vantagens, está como uma solução para o isolamento térmico e acústico. Além disso, este produto está adaptado aos requisitos básicos do Código Técnico de construção, em situações de placas à prova d’água e compostos fenólicos. Algumas recomendações, entretanto, para obter todas as vantagens do painel devem ser observadas na sua instalação respeitando, entre outras coisas, o isolamento térmico e acústico. Mas é no caso do isolamento de som que o painel tem um desempenho especialmente significativo, proporcionando soluções totalmente eficientes. De qualquer forma, para obter todos as vantagens do painel, que mantém todas as suas propriedades intactas, deve-se ter em conta uma série de recomendações. • Respeitar a colocação de apoio O painel deve ser sempre suportada nas extremidades e no centro. Além disso, recomenda-se que os painéis assentem em três pontos de

apoio a distância mínima entre os suportes. Isso em função da espessura do painel, e levando´se em conta carga normal e sobrecargas

fornecida pela influência de fenômenos atmosféricos. • Cuidado com os pontos sin-

gulares. Destacar a importância da configuração correta, selando pontos único que podemos encontrar em sua execução, tais como cumes, limas, encontros com dutos, etc. • Impermeabilização O mais importante deste produto é a impermeabilização. Tenha em mente que, em geral, a placa deve conter ao lado de fora um bordo repelindo a umidade do meio ambiente. Da mesma forma, após fixar a estrutura deve ser selada as articulações para evitar possíveis vazamentos com água, devido a possíveis falhas pelo vento, pássaros, etc. Assim, recomenda a utilização de faixas impermeáveis auto-adesivo, de silicone, poliuretano calafetar, etc., delineando os cuidados especiais que deve ter a união dos diferentes lados a cobrir. Também é recomendável a possibilidade de usar folhas à prova d’água para cobrir totalidade o painel. Para impermeabilização é aconselhado chapas onduladas, que sob telha evita o contato direto com a água, e qualquer filtração evacua rapidamente no exterior. • Facilitar a oxigenação. Salienta-se que o placa deve ser oxigenada para prevenir a ocorrência de condensação com o crescimento de fungos, que podem favorece o apodrecimento, perdendo as propriedades e resistência térmica. RM Arquictetura e Madera Espanha

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aumentar a produtividade da sua lavoura. Se usar esse recurso para cortar vegetação, perde o benefício. Segundo o artigo, isto deu certo no Himalaia indiano, onde a população ganhou dinheiro e assistência técnica para desenvolver suas plantações. Em troca, deveria proteger uma espécie de leopardo. Os agricultores nunca expandirão suas propriedades se souberem que receberão algum tipo de penalidade .

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umentar a produção agrícola e conservar a floresta podem parecer tarefas inconciliáveis, mas um estudo anglo-brasileiro publicado na revista “Science” busca desfazer essa noção. O Centro de Ciência da Conservação e Sustentabilidade do Rio, baseado na PUC-Rio, e a Universidade de Cambridge listaram quatro medidas que podem garantir ganhos para os agricultores e, ainda assim, deixar a floresta em pé. Nenhuma delas é autossuficiente: os pesquisadores recomendam a adoção de ao menos duas ao mesmo tempo. O texto diz que o Brasil avançou em relação a essas recomendações, mas os cientistas criticam o recente aumento do desmatamento na Amazônia Legal, que, em 2015, avançou 16%. O desflorestamento voltou a crescer na Amazônia, e há cada vez mais pressões para que o país abra novas regiões para a mineração. Além disso, outros biomas do país, como a Caatinga e o Cerrado, ainda recebem pouca atenção. Conheça as medidas recomendadas pelos pesquisadores no artigo da “Science”: 1 – TERRA DIVIDIDA O zoneamento da terra consiste em dividir as regiões que devem ser conservadas daquelas propícias para cultivo. Afastar as áreas de maior biodiversidade e recursos hídricos de outras onde as atividades econômicas provocariam menor impacto ambiental. No Brasil temos as áreas de preservação permanente (APPs), que proíbem a exploração de regiões como o topo de morros ou a beira de rios. Mas falta maior rigor na fiscalização. 2 – SUBSÍDIOS COM EXIGÊNCIAS Esta medida estipula a adoção de uma política pública simples: o agricultor receberia subsídios do governo, e, com isso, poderia

3 – DO LABORATÓRIO PARA O CAMPO A palavra de ordem desta medida é tecnologia. É mais fácil plantar e colher se o agricultor tiver à disposição aparato tecnológico: orientações técnicas sobre solo e nutrientes, modos de gerenciar a água, instruções para múltiplos cultivos e sobre controle de pestes e doenças, entre outras facilidades. Nas Filipinas, a chegada de técnicas de irrigação ajudou os produtores de arroz a conseguir duas colheitas por ano em vez de uma só. Mais pessoas foram empregadas e, com a ajuda de novos fertilizantes, conseguiram melhorar seus cultivos sem desmatar as florestas vizinhas. Precisamos criar no Brasil um programa de assistência rural de larga escala, porque hoje o crédito agrícola permite pouco investimento em tecnologia. Nossos experimentos estão entre os melhores do mundo. É hora de levá-los do laboratório para o campo. Se expandirmos a malha ferroviária e asfaltar estradas, a produção agrícola será mais barata. 4 – CERTIFICAÇÃO E ACESSO AO MERCADO É a medida legal. Quem cultiva e é produtivo sem danificar o nosso habitat deve ser reconhecido, e há diversas possibilidades de premiação. Uma das mais atrativas seria facilitar o acesso desses agricultores ao mercado. Os participantes de um projeto no Norte do Camboja receberam assistência técnica para adquirir tecnologia simples e contratar mais mão de obra. Concordaram com um plano de trabalho no campo que não afetaria o habitat. No entanto, qualquer deslize na promessa acabaria com os benefícios cedidos a todos. As normas são universais e devem ser fiscalizadas. Esta é uma política pública imprescindível. Os agricultores que cumprem objetivos voluntários podem apresentar os seus feitos para o consumidor. Podem estampar em seus produtos certificados oficiais de que, além de não terem desmatado, contribuíram para a restauração da mata. RM

Improve agriculture without destroying forest Increase agricultural production and conserve the forest may seem irreconcilable tasks, but an Anglo-Brazilian study published in the journal “Science” search undo this notion. The Science Center for Conservation and Sustainability Rio, based on PUC-Rio, and Cambridge University listed four measures that can ensure gains for farmers and still leave the forest standing. None of them is self-sufficient: the researchers recommend the adoption of at least two at the same time. The text says that Brazil advanced in relation to these recommendations, but scientists criticize the recent increase in deforestation

in Amazon, which, in 2015, increased 16%. Deforestation returned to growth in Amazon, and there is increasing pressure for the country to open new areas for mining. In addition, other biomes such as Caatinga and Cerrado, still receive little attention. Among the measures recommended by the researchers are: 1 - DIVIDED LAND 2 - ALLOWANCES WITH DEMANDS 3 - LABORATORY FOR FIELD 4 - CERTIFICATION AND MARKET ACCESS



Revista da Madeira

are penetrating in the Amazon even more aggressively. As matter of fact, they are not only from that part of the world but, particularly, from the United States, Europe, and Japan, the major consumer markets. Entrepreneurs of the sector have been entering the Amazon, acquiring immense extensions of land, notably in the State of Amazonas: the largest and less explored Brazilian federated unit when it comes to logging. The entry of logging multinationals began in the 19 70s. The search for sustainable development includes higher investments in basic and applied scientific researches and the study of improvement in economic, social, and environmental aspects of the exploration. Moreover, from the economic point of view, it is essential that the Amazon begins to produce wooden artefacts for export and for the domestic market. This way, higher value would be added to the product in the region. Such economic evolution could also represent social development, with better conditions of life for the regional population. A sustainability-oriented exploration would make it possible to take greater advantage from timber resources, today and in the future, restricting the areas of selective tree extraction, because if the activity becomes profitable, it shall not continue to be itinerant. Consequently, it could

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rom the potential of 60 million cubic metres in logs assessed for the Amazon forest, only about 10% is in conditions of being used by the timber industry, because the Amazon forest does not present the same density in tradable timber as Southeast Asia, regardless of its wider biodiversity, which represents an extraordinary range of use in benefit for its habitants and of Brazil. With the high demand for tropical hardwood by developed countries, forests in Malaysia and Indonesia are close to exhaustion, while those in Brazil, where the Amazon forest predominate (from the Atlantic forest, only 10% remain), still shall remain for many years, even keeping the current pace of deforestation. Besides the exploration by South and Southeast Brazilian entrepreneurs, the so-called “Asian logging companies�

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Revista da Madeira tree’s use needs to be maximised. In the assessment of the average log consumption in relation to annual sawnwood production in cubic metres for all studied regions, it can be noted that waste of timber is high and generalised. Even more than double, in cubic metres of log, is used in order to obtain the final product: sawnwood or plywood. In flood plain or solid ground logging, the poor treatment given to logs is dominant, in the extraction, as well as in sawmills and plywood mills. Even with the most precious wood there are significant losses. Timber activity, from the point-of-view of use of the great heritage that is the Amazon Forest, is highly unsustainable. Labour costs represent a third of the production costs. Salaries in the Amazon region are way lower than those paid in other Brazilian producing regions. Labour is not qualified. The workers learn the craft at the mill, by working. It is common, in the most affected areas, for the businesspeople not to sign their workers’ workbooks. Entrepreneurial concern with worker qualification and better use from extracted trees is rising. Thus, excessive waste observed even in the certified companies is concentrated in few businesspeople. RM

expand its use from the biodiversity. The implantation project for forest management plans faces two major obstacles, difficult to be surpassed: firstly, the lack of researches that indicate them as the most adequate from the point-of-view of the regeneration of extracted tradable essences; secondly, its high execution costs, considering the low level of capital investments in the timber industry as a whole, coupled with the lack of interest on behalf of most loggers in adopting them, since they consider the forest eternal. Amazon forest timber is explored with small, medium, and large capital investments. The lowest class of investments covers the flood plain inhabitants, who have small incomes, but are stimulated by the support of intermediating agents: log dealers and buyers from the larger sawmills, who supply machines or even small capital. Production costs are extremely low in the small sawmills located in the flood plain estuary and along the lower and mid Pará state Amazonas river; they are low in the medium-sized sawmills in the estuary region and along the lower and mid Pará state Amazonas river, and in the Tailândia region; average costs are found in the medium-sized sawmills of the estuary region, along the lower and mid Pará state Amazonas river, which use raft, and in the Paragominas region. The highest costs are found in sawmills specialised in such species as Ipê (tabebuia), and in the plywood mills. Production costs include raw material and labour as significant factor. Thus, it is important to assess them. Data related to raw material was surveyed in all areas, in Imazon’s research. They represent from 33% to 34% of total costs. The high percentage of raw material value in production costs shows the poor use of timber extracted, which ends up falling to half or to even less in the woodworking process, because the bole is particularly used for manufacturing planks. Thus, the

A Quarter Century of Performance Smithco is the only company in the world exclusively dedicated to kiln fan propellers. Smithco’s 4-, 6,- 8-, and 12-bladed propellers are designed and manufactured exclusively for lumber drying operations like yours. Smithco advantages include: • 100% reversible flow • Pitch-adjustable blades • Hub and blades made from high-strength, heat-treated Aluminum alloy • Stainless steel assembly hardware • Any size from 760 mm to 2,130 mm (30” to 84”) • Operation up to 175 oC (350 oF) and 870 Pa (3.5 inch W.G.) static pressure • Most items in stock to minimize order turn-around time • Industry leader in reliability for 25 years • Expert customer service specific to the lumber industry

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tualmente, há grande preocupação com a preservação do meio ambiente, e são diversos os designers que procuram trabalhar de maneira consciente, visando cuidar da natureza para não comprometer o direito das futuras gerações. Esses designers encontram na matéria-prima alternativa, uma excelente oportunidade em alcançar bons produtos, aliando-se simultaneamente aos conceitos estéticos e econômicos. Dentro desta mesma premissa diversos designers vêm desenvolvendo e se aprimorando na utilização e no desenvolvimento de novos materiais e da melhor aplicação de recursos naturais em Produtos de Maior Valor Agregado (PMVA). Dentro deste conceito cresce a utilização de lâminas de bambu no desenvolvimento de PMVA voltada à produção de móveis utilizando espécies nativas do gênero Guadua. O bambu, quando processado e utilizado na forma de painel, pode substituir algumas madeiras de alta densidade que são utilizadas na pro-

dução de móveis e objetos. Para tanto, é necessário utilizar tecnologia apropriada no processamento dos bambus, colagem, com técnicas de produção específicas, máquinas e equipamentos adequados que possibilitem a produção de bambu laminado colado (BLC). Os painéis a base de bambu são de elevada importância, pois caracterizam um grande avanço

Há uma deficiência no Brasil em relação ao setor produtivo de BLC, apesar de ser um excelente recurso natural, o setor apresenta problemas de base, o que afeta o setor industrial. O que se pode afirmar, neste cenário, é que os produtos em BLC, e todos os produtos considerados ecológicos, estão em crescente valorização devido à disseminação do consumo consciente na Europa, EUA e também no Brasil, sendo assim, tendem a obter uma aceitação cada vez maior pelo público consumidor. O bambu laminado colado alia a possibilidade de agregar valor à grande quantidade deprodutos que podem ser confeccionados com este material, podendo substituir em mui-

na industrialização do bambu. Ainda não há recomendações normativas brasileiras específicas para ensaios físico mecânicos para BLC. A alternativa tem sido adaptar o documento normativo utilizado para madeira e, quando necessário, aplicar as normas existentes para caracterização de chapas de madeira.

tos casos a utilização das madeiras. Pesquisas mostram que as características físicas e mecânicas do BLC são favoráveis para utilização do mesmo em indústrias de móveis e na confecção de utensílios domésticos O uso do bambu em produtos laminados colados utilizados na in-

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dústria moveleira e no setor de construção civil, como por exemplo, pisos, painéis e vigas devem ser obtidos por meio do processamento apropriado ao material e otimizados pela coleta

do material de maneira mais adequada dentro do colmo do bambu, ou seja, em relação à altura, da retirada das ripas, pois as características anatômicas, espessura de parede e

distribuição das fibras variam significativamente e acabam influindo nas propriedades físicas e mecânicas. A adesão entre lâminas depende além do adesivo, também das características anatômicas, posição de colagem em relação a paredes externas e internas devido a variação da concentração de fibras e parênquima. No contexto industrial, da busca de padronização, normalmente divide-se o colmo em pequenas unidades e com a aplicação de adesivos e processos diversos, é possível obter produtos maiores, normalmente produzidos a partir da madeira. Estas “unidades padronizadas” podem ser grandes como sarrafos, ripas ou lâminas ou pequenas como aparas ou partículas. A partir destas podem ser gerados produtos diversificados. Processo de transformação e produção do bambu roliço em painel de BLC. Outro aspecto importante a ser considerado é a ergonomia. De acordo com o Institute of Ergonomics and

Bambu

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Bambu trabalhos, enquanto que se evitam posturas extremas. Existem princípios básicos gerais sobre os assentos, derivados de diversos estudos anatômicos, fisiológicos, clínicos da postura sentada. São esses fatores que estabelecem os principais pontos a serem considerados no projeto. As dimensões do assento devem ser adequadas às dimensões antropométricas do usuário, permitir variações de postura, ter resistência, estabilidade e durabilidade. Alguns componentes ergonômicos devem ser observados ao projetar um assento para que seja possível a redução da sobrecarga no sistema musculo esquelético e aumento da taxa de conforto, sendo eles: suportes lombares, apoios de braços, inclinação do assento e do encosto, liberdade para movimentação regulagem de altura e curvatura de assento. A pressão intradiscal pode ser reduzida ao manter os membros superiores apoiados,porém esta postura necessita de um gasto energético maior do que uma postura relaxada.Ao sentar com encosto posterior ao tronco, há uma diminuição da pressão e da atividade elétrica muscular, pois parte do peso é transferida para o apoio. A altura do encosto interfere na pressão: quando for na região lombar, proporciona a manutenção da lordose lombar,levando assim a uma diminuição da pressão e, quando for na região torácica, promove uma retificação lombar, aumentando a pressão.

Human Factors, ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamento e ambiente e particularmente, a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas que surgem desse relacionamento. A ênfase na ergonomia é garantir que os projetos complementem os pontos fortes e capacidades das pessoas eminimizem os efeitos de suas limitações, em vez de forçá-los a se adaptar. Para alcançar este objetivo, torna-se necessário entender e projetar pensando nas características da população: como idade, tamanho, força, habilidade cognitiva, experiência anterior,expectativas culturais e metas. Ao aliar design e ergonomia, deve-se obter produtos que satisfaçam além das necessidades estéticas e humanas, o conforto, a segurança e o bem-estar. Portanto, pararealização do projeto de uma cadeira, é necessário o conhecimento de vários os aspectos. Deve haver uma ligação entre o propósito da postura sentada e o design do assento. A conexão é que a posição sentada ativa é uma postura saudável e, combinada ao design do assento, que facilita o trabalho manual, encoraja as posturas dinâmicas, que são tanto posturalmente saudáveis quanto funcionais. A postura sentada funcional é definida como a posição sentada apropriada para o trabalho, que possibilita a movimentação ativa na execução dos

MATERIAIS E MÉTODO Como parte de um traba-

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lho de pesquisa confeccionou-se do protótipo de uma espreguiçadeira, utilizando-se lâminas da espécie Guadua angustifólia. O primeiro passo foi produzir os moldes para possibilitar que o BLC obtivesse as formas exatas do desenho projetado. Após a laminação do bambu foi realizada a colagem face a face com adesivo PVA e a prensagem das lâminas nos moldes produzidos com a utilização de sargento e permanece una prensa a frio (não recomendável contato deste adesivo com elevada

temperatura e umidade) por aproximadamente 24 horas. Com a obtenção de todas as seis peças de BLC foram realizados os acabamentos em cada uma delas. Após a finalização da etapa de acabamento superficial de todas as peças, iniciou-se o processo de montagem da cadeira. A junção das peças de BLC foi feita com adesivo PVA e parafusos. Neste momento também foi feito o

alinhamento dos dois lados da cadeira. Após a montagem dos dois lados da cadeira, foram acrescentadas duas travas para contraventamento e estabilização das pernas. Iniciou-se então o processo de colagem das ripas de madeira nos encaixes apropriados Finalizado o processo de montagem foi realizado o acabamento superficial final que consistiu na aplicação de duas de mãos de seladora nitrocelulósica intercalada com etapas de lixamento. O protótipo foi submetido a uma avaliação através de um formulário analisando aspectos como: estética, satisfação em relação ao uso do material alternativo (bambu), conforto e estabilidade. Os resultados obtidos foram satisfatórios em relação a todos os itens, sendo que os aspectos estética e satisfação em relação ao material utilizado alcançaram as notas máximas na avaliação. O aspecto relacionado à estabilidade foi inserido propositalmente no questionário, pois se esperava obter certa crítica e desconfiança devido ao

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fato do material utilizado apresentar naturalmente elevada flexibilidade e leveza, ou seja, causa a impressão errônea de falta de estabilidade. Frente a este questionamento, o móvel foi avaliado quanto a resistência mecânica do conjunto com a colocação de 150 kg de massa (12 tijolos de concreto) durante um período de 5 dias para se analisar se haveria qualquer deformação ou danos causado ao móvel. O mesmo não sofreu qualquer dano ou rompimento em qualquer um dos componentes de BLC.

A utilização do bambu laminado colado, como fruto de um projeto de engenharia é uma opção pouco explorada, mas que apresenta resultados positivos, pois o material permite formas curvas, soluções estéticas atrativas, além de apresentar resistência adequada. O conjunto obtido tem a vantagem ainda de ser naturalmente flexível e muito leve. É necessário ainda realizar maior número de estudos científicos sobre o material especialmente para: a otimização do processo produtivo, melhorar o aproveitamento da matéria-prima e aprimorar as técnicas de colagem de lâminas. RM Juliana Cortez Barbosa,

Professor Assistente Doutor, Universid. Estadual Paulista – UNESP

Nádia Barros Gomes Anderson Michelon Alex Costa Siqueira

graduandos em Engenharia Industrial Madeireira - Universidade Estadual Paulista - UNESP



com a fundação e as conexões metálicas. O primeiro projeto é um Edifício de Escritórios e o segundo é um Salão de eventos, destinado a atividades sociais. Estes sistemas construtivos foram pré-fabricados em unidades de beneficiamento e empregaram, na totalidade, madeira nativa proveniente de áreas de manejo florestal certificadas. Quanto ao processo produtivo, tais edificações podem ser classificadas como sistemas construtivos racionalizados, visto que as atividades em canteiro de obra são exclusivamente de encaixe e montagem dos componentes. O projeto do Edifício de Escritórios se caracteriza por um bloco térreo, com piso elevado do solo e com uma área total de 191,25 m². O programa de necessidades foi composto por duas salas de reuniões, sala multiuso, copa, sala de informática (CPD), sanitários masculino e feminino com acesso a pessoas portadoras de necessidades especiais, varanda e deck. A partir da concepção modular adotada no partido arquitetônico foi elaborado o projeto executivo estrutural. Foi definida uma concepção estrutural pilar-viga, a partir de módulos estruturais de 2x4m e 4x4m entre eixos,

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Brasil apresenta um grande potencial no uso da madeira como material de construção. Aliado a isso somasse o conhecimento técnico e científico e a qualificação dos profissionais do setor da construção civil e da cadeia produtiva da madeira. Com isso pode-se favorecer o desenvolvimento e a produção de forma sustentável de edificações em madeira, em particular de componentes estruturais pré-fabricados. Nos últimos 30 anos, o Brasil desenvolveu um sistema de

manejo florestal para a produção de madeira em florestas primárias da Amazônia, que concilia o uso e a conservação dos recursos florestais. Paralelamente, o país desenvolveu um marco regulatório adequado, aprimorado ao longo de anos por um conjunto de normas que inclui a elaboração de planos de manejo florestal sustentável, planos operacionais anuais e monitoramento do manejo florestal por meio de vistorias técnicas. As florestas do país ocupam aproximadamente 61% do território brasileiro e desempenham importantes funções sociais, econômicas e ambientais; ofertam uma variedade de bens, como produtos florestais madeireiros e não madeireiros, e prestam serviços ambientais essenciais, como a conservação dos recursos hídricos, a conservação da biodiversidade e a estabilidade climática. A área florestal total do país é de 516 milhões de hectares, sendo que a produção de madeira serrada corresponde a 42 milhões de m³. Através de um trabalho de pesquisa desenvolveu-se dois sistemas construtivos que empregam a madeira certificada em seus componentes estruturais, com destaque para os projetos de montagem das edificações em canteiro de obra. Como objetivos específicos são apresentados os detalhes construtivos dos componentes estruturais pré-fabricados, bem como as interfaces destes componentes

formados por componentes simples (barrotes) e componentes compostos (pilares, vigas duplas e treliça de cobertura) de madeira serrada maciça da espécie Cumarú Ferro (Dipteryx odorata) e chapas de madeira compensada. A interface entre os componentes pilar/viga-dupla foi executada com auxílio de conectores metálicos galvanizados a fogo, sendo empregados parafusos passantes e parafusos tipo soberbo, dependendo da situação de cada ligação. Em relação aos principais materiais de construção empregados na edificação, destacam-se os tijolos de solo-cimento como elementos de vedação vertical, as esquadrias e pisos de madeira nativa certificada e o piso cerâmico nas áreas úmidas, estes assentados sobre laje suspensa por barrotes de madeira. A Figura 1 apresenta as etapas de montagem da estrutura, cobertura e vedação em alvenaria. Pré-fabricação Os pilares compostos foram montados a partir de duas peças brutas de 6x16cm e uma peça interna de 6x12cm, formando uma seção final de 15,5x15,5cm. Este componente apresenta nas faces laterais rebaixos com 4,5cm de largura e 0,5cm de profundidade para encaixe da peça de interface pilar/vedação. Esta solução visa a resolver o apa-

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recimento de eventuais frestas entre o componente pilar e o elemento de vedação. A figura 2 apresenta o detalhe do pilar composto utilizado. As vigas duplas utilizadas foram obtidas a partir de peças aparelhadas e pré-cortadas no comprimento definido no projeto executivo com seção 5,5x23cm e 5,5x28cm. Nesta obra a usinagem lateral nas vigas duplas, para encaixe do conector metálico, foi executada em canteiro de obra com auxílio de gabaritos. Esta usinagem, se executada na unidade de pré-fabri-

cação, pode conferir maior precisão e produtividade à etapa de montagem. Os barrotes de piso, como eram peças simples, foram somente aparelhados e pré-cortadas no comprimento de

projeto na unidade de pré-fabricação, com seções 5,5x18cm e 5,5x23cm. O detalhe do projeto de produção das vigas duplas é apresentado na figura 3. A treliça composta de cobertura foi o componente pré-fabricado de maior complexidade do sistema construtivo. Produzida em unidade de pré-fabricação com auxílio de bancadas e gabaritos foi formada por quatro vigas de seção 5,5x11cm, que constituem as mesas, e por chapas de compensado, com espessura de 22mm, que formam as almas. Este conjunto resultou em uma peça de seção final de 48x15,4cm, conferindo estabilidade lateral ao componente e permitindo vencer grandes vãos. A figura 4 apresenta o projeto de produção da treliça

Sistema Construtivo

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composta. A primeira etapa de montagem dos componentes estruturais de madeira foi o posicionamento dos pilares com os conectores de fundação nos orifícios de espera das sapatas. Em seguida foram posicionados os

barrotes na face superior das vigas duplas, fixados através de conectores simples e duplos. Após o travamento do conjunto compostos por pilares, vigas duplas e barrotes, iniciou-se a montagem das treliças compostas de cobertura.

Sequência de montagem em canteiro de obra dos componentes estruturais.

A cobertura adotou uma configuração simples com disposição em uma água, facilitando as etapas de execução e montagem. Na cobertura foram empregadas peças maciças de madeira nativa e telhas cerâmicas. Sobre os caibros foi colocada manta sub-cobertura, a fim de melhorar o isolamento térmico da edificação e contribuir para uma maior estanqueidade da cobertura. O volume total de madeira utilizada na edificação, incluindo os componentes não estruturais, foi de 23,43 m³. Para uma área construída de 191,25 m² isto representa uma relação de 0,122 m³ por metro de construção. Salão de eventos O projeto Salão de Eventos tem área construída de 120,0m² e possui piso elevado do solo para preservar o terreno natural e evitar movimentações de terra. A cobertura possui águas desencontradas, o que permitiu maior ventilação e incidência de iluminação natural no salão principal. O sistema construtivo compreende: a) estrutura do piso elevado com barrotes de Cumaru Ferro (Dipteryx odorata) e assoalho em Ipê (Tavebuia spp.); b) laje de concreto apoiada sobre os barrotes nas áreas úmidas; c) pilares e vigas em Cumaru Ferro (Dipteryx odorata); d) paredes em alvenaria de tijolos furados e; e) estrutura de cobertura com tesouras, terças e caibros aparentes de Garapeira (Apuleia leiocarpa) e telhas cerâmicas. Obra concluída O processo de montagem seguiu basicamente a mesma sequência do Projeto I, contudo foram utilizados pilares maciços com dimensões de 17x17cm, vigas duplas de 6x28cm e 6x23cm, vigas simples de 6x23cm para apoio das lajes de concreto armado e tesouras na estrutura de cobertura. A sequência de montagem em canteiro de obra dos componentes estruturais foi realizada da seguinte forma: • Posicionamento e fixação dos pilares de madeira através de parafusos

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nos conectores metálicos; • Colocação no prumo e escoramento dos pilares com os conectores chumbados nos pilaretes de concreto da fundação; • Posicionamento e fixação dos conectores pilar – viga; • Posicionamento das vigas compostas do térreo e fixação com parafusos passantes e soberbos nos conectores metálicos pilar – viga;

de parafusos passantes tipo francês na cabeceira dos pilares.

O volume total de madeira utilizado na edificação, incluindo os componentes não estruturais, foi de 17,83 m³. Para uma área construída de 120,00 m² isto representa uma relação de 0,140 m³ por metro de construção.

relevantes: a importância da correta especificação da espécie de madeira a ser empregada em relação ao tipo de componente construtivo e a necessidade de um detalhamento de projeto que vise à eficiência, durabilidade e a proteção contra as intempéries dos componentes e interfaces. Pode-se também afirmar que a utilização de sistemas construtivos estruturais pré-fabricados em madei-

• Colocação do barroteamento do pavimento térreo fixados nas vigas através de conectores metálicos (conector viga – barrote); • Posicionamento das vigas compostas superiores aparafusadas nos conectores metálicos pilar – viga; • Posicionamento e fixação das treliças compostas de cobertura através

Constata-se que hoje o Brasil apresenta uma nova configuração quanto à demanda de madeira, devido às inúmeras ações ambientais, tais como projetos de certificação de áreas florestais nativas. No que se refere ao aumento da qualificação técnica em projetos de sistema construtivos em madeira, cabe destacar dois fatores

ra representa uma alternativa viável dentro da realidade da construção civil brasileira, considerando o aumento da oferta de madeira certificada no contexto nacional. Para tanto é importante frisar que o êxito da construção de sistemas construtivos com madeira nativa certificada está diretamente relacionado a um conjunto de fatores,

Etapas de montagem da estrutura

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Sistema Construtivo

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os principais são: a) apurado desenvolvimento do projeto executivo de produção e montagem dos componentes; b) controle da qualidade na etapa de produção dos componentes em unidades de pré-fabricação; c) gerenciamento e controle de qualidade das etapas de montagem em canteiro de obra; d) especificação detalhada dos conectores e componentes de ligação e fixação com vista à correta execução das interfaces dos componentes estruturas. Em âmbito mais específico, pode-se ainda considerar relevante a análise dos dados sobre porcentagem de utilização dos componentes em relação ao total de volume de madeira utilizada. Os resultados apontam para o fato de que o consumo de madeira para a confecção das tesouras (treliças) de cobertura em relação aos outros componentes apresentou-se mais expressivo no projeto II. Verifica-se que o maior consumo deve-se à tipologia empregada

na cobertura e à concepção estrutural adotado no sistema construtivo. O projeto I, implantado próximo ao solo natural, em terreno plano, possui vãos maiores entre pilares e cobertura em apenas uma água, o que permitiu uma solução estrutural para a cobertura mais simples e com componen-

tes mais esbeltos. Enquanto que no projeto II, além do terreno possuir um desnível natural acentuado, a configuração da cobertura é mais complexa, evidenciada pelas águas desencontradas que proporcionam maior incidência de iluminação natural no interior da edificação. Este fato exigiu um arranjo estrutural com maior número de peças para a confecção da treliça de cobertura o que resultou em um

consumo maior de madeira. Ainda cabe destacar outros dois fatores específicos dos sistemas construtivos analisados, que são: relativa facilidade de produção dos componentes compostos em unidades de pré-fabricação e elevada agilidade na etapa de montagem do sistema construtivo em canteiro de obra, sendo os componentes de seções e comprimentos reduzidos, resultando em peças leves. Por fim, vale frisar a necessidade de se adotar nas etapas de pré-fabricação dos componentes e montagem em canteiro de obra, mão-de-obra qualificada, para garantir maior agilidade e qualidade nos processos de produção da edificação. RM Tomás Queiroz Ferreira Barata Professor do Departamento de Design, UNESP, Campus de Bauru João Marcelo Danza Gandini Arquiteto e Urbanista, PUC Minas, Campus de Poços de Caldas

Process of prefabricated building systems with use of certificated wood The forestry situation in Brazil presents a high capacity of wood production from natural and planted forest. Nowadays, there is a trend in increasing supply of certified wood as the number of licenses grew significantly in the last decade. This can enable on a broader scale the use of wood from certified forest management areas in the design of prefabricated building systems. The objective of this work is to present two pre-fabricated building systems that employ certified wood in its

structural components, especially the production design, assembly process of the buildings at construction site and projects design guidelines. The methodology is divided into three main stages: the first is related guidelines that guided the development of projects of structural building systems, then presents a graphic to the specifications and consumption of the structural components according to production projects and finally the building sys-

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tems are analyzed with focus on the steps of mounting construction site. The study presents updated data on the supply of certified wood in the country and a survey on the relationship between consumption of wood per square meter of construction of two building systems analyzed. This work represents a contribution to the processes and techniques of design and production of prefabricated building components that employ certified wood as the main construction material.



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consumo energético mundial alcança valores cada vez maiores, por isso é necessário que sejam criadas formas de produção de energia que consigam suprir esta demanda gerada. Entretanto é necessário que estas fontes sejam de fácil acesso e causem o menor impacto possível. Embora grande parte do planeta esteja desprovida de florestas, a quantidade de biomassa existente na terra é da ordem de dois trilhões de toneladas; o que significa cerca de 400 toneladas per capita. Em termos energéticos, isso corresponde a mais ou menos 3.000 EJ por ano ou seja, oito vezes o consumo mundial de energia primária (da ordem de 400 EJ por ano) . Os plantios de eucalipto no Brasil estão entre os mais produtivos do mundo e apresentam um histórico de desenvolvimento de técnicas de manejo, melhoramento genético e adaptabilidade ambiental que conferem a esta espécie altos valores de crescimento. Segundo numero de entidades do setor, o Brasil possui 5,5 milhões de hectares de florestas de eucalipto. Ainda segundo estas mesmas entidades, 20 % das áreas destinadas ao plantio de eucalipto são utilizadas para a siderurgia e fins energéticos. O principal objetivo das florestas com fins energéticos é suprir uma parcela da demanda energé-

tica gerada no país. Devido à grande representatividade que este setor tem em relação às áreas plantadas, vem se buscando alternativas e métodos silviculturais que melhor se adaptem para a produção de madeira para este determinado fim. Com a inserção de formas diferenciadas de manejo é possível que seja produzido biomassa em uma menor escala de tempo e utilizando-se áreas menores. O uso de plantios adensados é possível, mas faz-se necessário entender como a floresta responde e mostra o potencial produtivo com esse manejo. Para obter o ganho potencial se faz necessário o desenvolvimento de técnicas e recomendações para que possam ser produzidas florestas energéticas de alta produtividade. A utilização de espaçamentos reduzidos foi uma técnica muito utilizada no Brasil, entre o final da década de 1970 e início da década de 80. Em 1979 a Florestal Acesita introduziu o conceito de florestas super densas, plantando até 40.000 mudas por hectare, quando o padrão era de 2.000 mudas. Na década de 1980, surgiu o neologismo “florestas energéticas”, utilizado para definir as plantações com grande número de árvores por hectare e, conseqüentemente, com ciclo curto, que tinha como finalidade a produção do maior volume de biomassa por área em menor espaço de tempo . No entanto, essas experiências não apresentaram os resultados esperados, em função do pouco conhecimento técnico, da qualidade do material genético e do baixo desenvolvimento da silvicultura na época. As plantações energéticas têm um potencial bastante promissor como fonte de biomassa para

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geração de eletricidade. Com as altas produtividades obtidas em plantações florestais (particularmente do gênero Eucalyptus) os custos de geração da eletricidade com madeira de reflorestamento podem ser minimizados, tornando o investimento mais atrativo. Através de um trabalho de pesquisa , acadêmicos e professores da Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” - UNESP, Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu quantificaram o volume e a proporção de folhas, galhos e fuste de um clone de Eucalyptus grandis com adensamento de plantio. O experimento foi realizado na Fazenda Lageado, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP, campus de Botucatu, estado de São Paulo. Foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos, com quatro repetições cada. Cada unidade experimental foi uma árvore-amostra localizada na região central de cada tratamento. Para isso foram utilizados quatros espaçamentos de plantio, composto por dois espaçamentos de linhas simples e dois espaçamentos em linhas duplas. As distâncias entre as linhas foram fixadas em 3 metros para todos os tratamentos. Entre as plantas nas linhas foram adotados os seguintes espaçamentos: 1)Espaçamento de 3,0 m x 1,0 m (linha simples);


Eucalipto 2)Espaçamento de 3,0 m x 1,0 m x 2,0 m (linha dupla); 3)Espaçamento de 3,0 m x 1,0 m x 1,0 m (linha dupla); 4)Espaçamento de 3,0 m x 0,5 m (linha simples); O experimento teve duração de 12 meses no cam-

po. Em uma área de aproximadamente um hectare foram plantadas mudas de clones Eucalyptus grandis,

clone G-21, no regime de curta rotação, para fins ener-

géticos. As dimensões de cada bloco serão de 90 m x 20 m espaçados com 10 metros entre si.

A implantação foi realizada com o preparo de solo apenas na linha de cultivo, com uma subsolagem. A adubação de plantio foi realizada apenas nas mudas através de covetas laterais, utilizando o adubo NPK, na formulação 7-37-7 com 100 gramas/planta. Após o plantio foi aplicado herbicida pós-emergente na entre linha, princípio ativo Glifosato 2kg/ha, sendo realizado juntamente a aplicação de herbicida pré-emergente seletivo para eucalipto, princípio ativo Isoxaflutol 50 gramas/ha na linha de plantio, em ambos os casos foi utilizado um volume de 200 litros de calda/ha. O controle de formigas cortadeiras foi realizado no momento de plantio com o uso de iscas formicidas, princípio ativo Sulfuramida, distribuídos de forma sistemática, utilizando 10 gramas/5 metros, nas entre linhas de plantio. Foi realizada uma adubações de cobertura, aos 90 dias após o plantio. O adubo utilizado foi o NPK, na formulação 20-0-20, com 5% de boro, na dose de 150 gramas/planta.

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Eucalipto Após controle manejo adequado a produção em m³/ha aos 12 meses de idade em função do número de plantas por hectare contatou-se: à medida que foi aumentado o número de plantas/ ha, aumentou também a produção volumétrica, mostrando que neste caso mesmo com um maior número de plantas a competição por água e nutrientes não foi limitante para a cultura. Estudando os plantios adensados observou-se a mesma tendência, em que o adensamento de plantio ocasiona uma maior produção de madeira. Entretanto faz-se necessário observar que a quantidade de mudas aumentou em, aproximadamente, 2,3 vezes e a produtividade aumentou 1,5 vezes. Nesta análise percebe-se que existe um ganho de produtividade mas o maior número de mudas não reflete numa produtividade proporcional a quantidade de insumos utilizada. Relação entre número de plantas/ha e volume. / Relation between number of plants/ha and

volume. Em outro estudo tem-se a per-

centagem da biomassa correspondente a cada componente nas

árvores, onde em todos os casos a biomassa de fuste tem a maior

Spacement influence on productivity and biomass alocation The use of forests for energy purposes and is developing recommendations for management and planting density is not well known or has no reliable recommendations. The density is aimed at increasing the production, and use a larger number of plants per hectare and a shorter rotation. The objective of this study was to quantify the volume and proportion of leaves, branches and stems of a clone of Eucalyptus grandis. As noted the

increase in plant resulted in a larger volume of wood in plantations, with the more dense population 6666 plants per hectare having a volume of 41 m³ / ha. Since the allocation of biomass occurred in the proportion of stem> branches> leaves except for the lower density planting showed that a quantity of biomass of branches smaller than the leaves. For use in power generation about 80% of the available biomass can be used.

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proporção que os demais. Cerca de 60 % da biomassa seca é de fuste e 20 % de galhos, somando-se estes dois componentes observa-se que aproximadamente 80 % da biomassa seca das árvores são possíveis de serem aproveitadas para utilização para produção de energia, . Outros pesquisadores encontraram valores entre 56% a 72% de biomassa de fuste em plantios adensados. Apenas no espaçamento menos adensado com 2857 plantas/ha a proporção de folhas foi maior que a de galhos, provavelmente pelo fato de ter uma maior área disponível de captação de radiação solar. Alocação de biomassa em função do número de plantas/ha. / Biomass alocation depending on number of plants/ha. Com isso observa-se que o aumento do número de árvores por hectare aumenta o volume da floresta aos 12 meses de idade. A alocação de biomassa é maior no fuste, cerca de 80 % da biomassa total pode se aproveitada para fins energéticos. RM

Felipe de Córdova Machado Mestrando (Agronomia – Energia na Agricultura)

Saulo Philipe Sebastião Guerra Prof. Assistente (Depto. de Gestão e Tec. Agroindustrial)

Natália Ceragioli Mestranda (Agronomia – Energia na Agricultura)

Guilherme Oguri Mestre (Agronomia–Energia na Agricultura) Marcelo Scantamburlo Denadai Mestrando (Agronomia – Energia na Agricultura) Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” - UNESP, Fac. de Ciências Agro. de Botucatu



Revista da Madeira

A

atividade industrial madeireira no Brasil é altamente geradora de resíduos de madeira. Adicionalmente, o re-processamento e a utilização da madeira no meio urbano, através da construção civil, descarte de embalagens e poda da arborização urbana, acabam gerando um volume expressivo de resíduos de madeira dos pequenos nos grandes centros urbanos do país. Tal fato é um problema na medida em que apenas uma parcela do volume de resíduos de madeira gerados tem atualmente algum aproveitamento econômico, social e/ou ambiental. A geração excessiva de resíduos de madeira associada ao seu baixo aproveitamento resultam em danos ambientais, além de perda significativa de oportunidade para a indústria, comunidades locais, governos e sociedade em geral, especialmente em regiões remotas, dependentes de fontes energéticas externas. No entanto, os resíduos de madeira gerados no processamento que não são utilizados podem deixar de ser um passivo ambiental, sendo processados como matéria-prima para diversos fins, incluindo o uso energético, gerar lucro para a iniciativa privada e reduzir problemas ambien-

tais de interesse da sociedade. Diante deste cenário, a Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental (SMCQ) e a Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF), ambas vinculadas ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), passaram a priorizar a proposição de políticas e normas, bem como a definição de estratégias relacionadas ao desenvolvimento de uma matriz energética ambientalmente adequada ao

país. Assim sendo, um estudo foi realizado visando identificar a situação atual sobre o aproveitamento de resíduos e subprodutos das indústrias de produ-

tos de origem florestal e de resíduos da atividade madeireira em diferentes regiões do Brasil e propor diretrizes, propostas de políticas e/ou linhas de ação para fomento do uso de resíduos florestais para fins energéticos.

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Neste estudo, os diferentes tipos de resíduos de madeira foram classificados conforme sua origem, como industriais ou gerados no meio urbano. Os resíduos industriais de madeira se classificam em serragem, cepilho, sólidos de madeira, cascas e outros e são gerados desde o transporte da madeira em tora à indústria, até seu manuseio e processamento, finalizando no produto acabado. Os diferentes usos de resíduos de madeira, de acordo com o segmento industrial são apresentados a seguir: a. Resíduos na Indústria Madeireira (Serraria e Compensado): Uma parte dos resíduos de madeira gerados na indústria madeireira é destinado para a produção de PMVA (produtos de maior valor agregado) como carvão, cabos, briquete, embalagem, etc. Contudo, estes usos foram identificados com maior freqüência nos levantamentos primários realizados nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país, em que também se aproveitam os resíduos de madeira para queima em caldeiras e fornos artesanais (olarias). Na região Norte, muitas vezes não há sequer o conhecimento sobre produtos como o briquete ou pélete de madeira, além de informações gerais sobre oportunidades de aproveitamento o que corrobora a problemática da utilização de resíduos que muitas vezes ainda é visto apenas como um problema e não como fonte de renda para a empresa. A maravalha, por sua vez, como resíduo de serrarias e mesmo do reprocessamento da madeira em empresas de móveis, tem sido o material normalmente utilizado na criação intensiva de frangos de corte no Brasil, como cama de aviário. No entanto, observou-se a escassez do produto no mercado


e conseqüente aumento nos preços, criando dificuldades aos produtores. b. Resíduos na Indústria de Celulose e Papel: No Brasil, a indústria de celulose e papel e os fabricantes de painéis de madeira reconstituídos utilizam como matéria prima madeira oriunda exclusivamente de florestas plantadas (principalmente de plantios de rápido crescimento de pinus e eucalipto), onde o aproveitamento de resíduos é melhor organizado. Considerando que este segmento é altamente dependente de energia no processo industrial, os resíduos de madeira são comumente utilizados como biomassa na co-geração de energia. Entre eles destacam-se a casca oriunda do descascamento das toras para processo e de resíduos de madeira na forma de cavaco “com casca” que pode ser adquirido no mercado ou gerado a partir de resíduos da colheita florestal. No sul do país, empresas produtoras de toras ao mercado e aquelas que processam madeira de maior diâmetro (serrarias, laminadoras) se beneficiam da existência de um mercado consumidor ativo de resíduos de madeira para comercializá-los a diferentes empresas, entre elas as de papel e celulose. Diversas empresas deste segmento também aproveitam o lodo industrial (que contém fragmentos e fibras de madeira) na compostagem para produção de adubo. c. Resíduos na Indústria de Painéis de Madeira: Este segmento é caracterizado principalmente como consumidor de resíduos, não tanto para fins energéticos, mas principalmente como parte da matéria prima necessária para seus produtos

manufaturados de fibra de madeira (MDP, MDF, OSB e chapas duras). Estas

empresas somam cerca de 10 no total no país, concentradas nas regiões Sul e Sudeste. Todas as empresas deste segmento consomem madeira e resíduos de madeira oriundas de florestas plan-

tadas próprias ou adquiridas de terceiros. De um modo geral observou-se no estudo a existência de mercados produtores e consumidores em processo de consolidação em torno dos resídu-

os de madeira para serem consumidos pelo setor de painéis reconstituídos.

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Assim, os preços observados dos resíduos representam de certa forma os preços de mercado; d. Resíduos na Indústria Moveleira: A indústria moveleira no Brasil se concentra principalmente em pólos ao redor de alguns municípios de destaque nas regiões Sul e Sudeste. De um modo geral observou-se nos pólos analisados a existência de mercados produtores e consumidores em processo de consolidação em torno dos resíduos de madeira oriundos de pólos moveleiros. Desta forma, os preços praticados tendem a representar preços de mercado, remunerando de forma competitiva os produtos. Além dos tipos de resíduos industriais de madeira anteriormente apresentados, os resíduos urbanos de madeira merecem uma abordagem diferenciada, já que os mesmos compõem o passivo ambiental gerado pelos resíduos em geral nos grandes centros urbanos. Entre os resíduos urbanos destacam-se: a. Resíduos da Construção Civil: No segmento da construção civil no país é comum não haver a segregação da madeira dos outros resíduos sólidos e seu destino final é via de regra o aterro sanitário. Em alguns aterros, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, há pequena reciclagem de resíduos da construção civil, mas a madeira não é recuperada nestas usinas e permanece como dejeto nos aterros. b. Resíduos de Arborização Urbana e Municipal: Os resíduos provenientes da poda de arborização urbana e remoção de árvores públicas e de residentes particulares em um município podem gerar sérios problemas urbanos quando

Resíduos

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Revista da Madeira

não são devidamente aproveitados, sendo descartados em locais impróprios como aterros sanitários e lixões clandestinos. Além dos resíduos resultantes das podas em árvores públicas (troncos, toras, galhos, tocos e raízes), os resíduos vegetais de centros urbanos incluem ainda o material orgânico resultante da manutenção de parques e jardins. Os levantamentos de campo identificaram diferentes experiências nos municípios visitados que vão desde a inexistência de aproveitamento dos resíduos até alta eficiência, o que neste caso permite gerar um faturamento para a prefeitura, redução de custos de manutenção de acúmulo de material orgânico em aterros sanitários; c. Resíduos de Embalagens de Madeira: Nesta categoria enquadram-se principalmente os paletes e caixas para transporte de alimentos, entre outros. De acordo com os levantamentos de campo, verificou-se que em grandes e médios centros urbanos ambos são reaproveitados sempre que possível. Os paletes são utilizados até que ocorra algum dano mecânico ou biológico (ação de fungos ou cupim) que impeça sua utilização. Neste caso há pequenas empresas especializadas na recuperação e revenda de paletes recuperados. As caixas e caixotarias de madeira em geral normalmente têm uso mais nobre, no transporte de produtos orgânicos e alimentícios perecíveis. Após sua utilização, podem ser reutilizadas ou com o desgaste ser reaproveitadas para transporte de produtos mais rústicos. Quando não há a possibilidade de recuperação, são três os destinos mais freqüentes: (i) processamento em cavaco para fins energéticos, (ii) confecção de peças artesanais ou uso energético sem processo intermediário de transformação, e (iii) aterro sanitário. Quando estas embalagens são destinadas ao aterro sanitário, uma co-

operativa (usina de reciclagem) pode efetuar segregação dessa madeira, destinada via de regra ao artesanato ou ao uso energético. Alternativas

Tecnológicas Os resíduos de madeira podem ter

basicamente dois destinos principais: (i) como matéria prima para produtos de maior valor agregado (PMVA) e (ii)

para fins energéticos. De um modo geral, o aproveitamento energético dos resíduos de madeira podem gerar energia térmica, elétrica ou ambas (co-geração), através

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de sua combustão direta ou incineração. A energia ainda pode ser gerada através de um processo de gaseificação e na pirólise (produção de carvão). Outro processo intermediário de aproveitamento energético é o de produção de briquete ou pélete para posterior combustão. a. Combustão Direta e Incineração: Praticamente todas as empresas e fábricas processadoras de madeira no Brasil possuem um processo fabril que depende da utilização de vapor e por isso podem se beneficiar da co-geração de energia utilizando resíduos de madeira. Geralmente este vapor é gerado a partir da queima em caldeira de resíduos de biomassa disponíveis na planta industrial, na forma de cavaco, serragem, resíduos florestais, recortes de painéis, etc. Essas indústrias podem se beneficiar com a co-geração aproveitando este vapor, passando-o por uma turbina a vapor antes de ser levado ao processo fabril. Este vapor pode ainda alimentar outra turbina que acione um gerador elétrico para a geração de energia. No lugar da turbina opta-se muitas vezes em utilizar um motor alternativo, que também tem a função de acionar um gerador de energia elétrica a um custo menor de investimento. Para viabilizar tal processamento e aproveitamento dos resíduos, os principais equipamentos envolvidos neste processo são: picador de resíduos, silo, caldeira, turbina a vapor, motor alternativo ou máquina a vapor. b. Gaseificação: A gaseificação da madeira é uma alternativa adequada de transformação energética de resíduos de madeira principalmente para localidades isoladas do meio rural, como fonte barata de geração de energia. No entanto também existe uma tendência de sua utilização urbana em localidades com disponibilidade de biomassa. O processo de gaseificação pode gerar tanto energia térmica quanto elétrica.



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O gás de biomassa gerado em gaseificadores pode ser utilizado para diversas finalidades, entre as quais citam-se a queima de resíduos em caldeiras para geração de vapor; queima em secadores para secagem de peças de cerâmicas; e queima em câmaras de combustão de motores de combustão interna (diesel e Otto) e externa (Stirling), turbinas a gás e células combustíveis. A utilização do gás de biomassa para geração de energia elétrica pode ser feita de diferentes formas. Todavia algumas alternativas podem ser mais atrativas do que outras, devido ao tratamento que esse gás precisa ter para ser utilizado bem como a fatores econômicos. c. Briquetagem e Peletização: A produção de briquete e/ ou pélete de madeira surge como uma alternativa de aproveitamento de resíduos de madeira para fins energéticos em substituição ao uso tradicional da lenha e do carvão vegetal. O Brasil atualmente apresenta produção estimada de briquetes de madeira da ordem de 160 mil t/ano. Estatísticas oficiais são inexistentes e a produção de pequenos produtores e novos fabricantes que surgiram nos últimos anos pode elevar esta estimativa. A produção de péletes de madeira no Brasil é incipiente, havendo produção isolada, mas crescente em empresas localizadas principalmente nos estados do Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e São Paulo. Existem, entretanto, projetos em curso e interesse de construção de fábrica de briquete e de pélete na região Amazônica. Uma análise crítica resumida, contemplando os prós e contras da fabri-

cação e utilização de péletes e briquetes no Brasil é apresentada na tabela C. c. Pirólise: A pirólise da madeira é também conhecida como carbonização e é o processo de produção do carvão vegetal. O maior uso de ma-

por carvão vegetal esta madeira está distribuída entre florestas plantadas e nativas. Entretanto, a produção de carvão para outras finalidades, como o uso doméstico ou produção de carvão especial (aditivado) não possui as mesmas restrições e permite a carbonização a partir de resíduos de madeira tais como: costaneiras, tocos, madeira de destopo, galhos e troncos de arborização urbana, etc. Tal alternativa pode ser aplicada em condições específicas de consumo deste produto em regiões com maior desperdício de resíduos como é o caso da região Amazônica. Aproveitamento de Resíduos

deira pirolisada/carbonizada (carvão) está concentrado no setor siderúrgico, especialmente em Minas Gerais e sul do Pará/Maranhão. Contudo, devido à tecnologia avançada empregada por este segmento, a matéria prima precisa seguir especificações de densidade, dimensões e conseqüente homogeneidade que só é possível com a utilização de madeira em tora. Para atender a demanda nacional em larga escala

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Este estudo avaliou a viabilidade através de uma análise de cenários quanto às alternativas tecnológicas disponíveis, porte do empreendimento e premissas de custos e receitas associados com o intuito de apresentar opções economicamente atrativas e viáveis para solucionar o problema de não utilização dos mesmos para fins energéticos. Os cenários escolhidos retratam situações observadas em campo e apresentam diferentes alternativas de solução para a problemática identificada. Um breve descritivo dos cenários avaliados está apresentado a seguir: a. Cenário 1 – Co-geração de Energia: O cenário 1 representa o perfil de uma serraria de médio porte de produção industrial (consumo médio de 2.200 m³ de madeira em tora/mês) localizada (em princípio) em região remota, isolada do sistema interligado de energia elétrica. Esta situação coloca a fábrica em uma condição comumente observada na região Norte do Brasil, onde a energia elétrica para uso industrial é oriunda de geradores movidos a mo-



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tor diesel. Nesta análise partiu-se do pressuposto que tal empreendimento já utiliza resíduos de madeira para abastecer uma caldeira e que, portanto, já está produzindo energia térmica para processo industrial na secagem de madeira serrada. Neste cenário previu-se a geração e conseqüente utilização de um excedente de resíduos de madeira na própria serraria que totalizaria aproximadamente 570 t/mês. O resíduo excedente gerado nesta serraria poderia assim ser utilizado na geração de energia elétrica em regime de co-geração através de um motor alternativo a vapor funcionando de forma complementar ao motor baseado em diesel; b. Cenário 2 – Termelétrica de Médio Porte: O cenário 2 foi caracterizado pela implantação de uma termelétrica composta por um conjunto de pequenos e médios geradores de resíduo atuando em forma de cooperativa ou atendendo um único consumidor de resíduos de madeira. Pode ser ainda uma termelétrica servindo a um município que gere o volume suficiente de resíduo para a produção de energia elétrica. A energia gerada pode ser revertida para consumo na cooperativa, no município ou ainda ser comercializada e disponibilizada na rede de distribuição. A demanda necessária de resíduo é de 11.900 t/mês abastecendo uma turbina de condensação que gere 7,0 MWh de energia elétrica. Considerou-se que cerca de 10% desta energia seja consumida no próprio processo, a chamada energia parasita. O restante dos cerca de 52.000 MW gerados em um ano estaria livre para comercialização. A energia gerada teria condição de abastecer uma cidade com população equivalente a 56 mil habitantes; c. Cenário 3 – Produção de Briquete para Energia: O cenário 3 considerou o consumo de resíduos de madeira, mais especificamente cavaco, para a produção de briquetes. Assumiu-se ainda como premissa o consumo de resíduos sólidos de madeira no abastecimento da fornalha. A energia térmica gerada na fornalha pode ser utilizada na secagem da matéria prima (cavaco) que normalmente tem um teor de umidade muito acima do adequado para o processo de fabricação do briquete. Definiu-se um consumo de cavaco da ordem de 740 t/mês, o que corresponderia a uma produção de 356 t/ mês de briquete para ser comercializado no mercado regional ou nacional.

Em termos de dimensionamento, para secar os resíduos que via de regra devem ser adquiridos com teor de umidade elevado (entre 40-50%), o cenário ainda previu o consumo de outras 123 t/mês de resíduo sólido de madeira para queima; d. Cenário 4 – Produção de Pélete para Energia: O cenário 4 é similar

ao anterior, exceto por ter sido considerada a fabricação de pélete para fins energéticos. O foco deste cenário foi a produção voltada ao mercado de exportação, mais especificamente para atender a crescente demanda do

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mercado europeu e norte americano por este produto, considerando que o consumo no mercado doméstico é insipiente. Neste cenário foi dimensionado o consumo de 2.000 t/mês de cavaco úmido (com 40% de umidade) para processo e ainda resíduos sólidos para geração de energia térmica ao processo de secagem (equivalente a 330 t/mês). Com este consumo, a planta industrial considerada produz mensalmente 950 toneladas de péletes. A principal diferença entre os cenários 3 e 4 é o porte de investimento, que é cerca de 15% maior para a instalação da peletizadora, contudo com uma capacidade produtiva quase quatro vezes maior que a briquetadeira. Os cenários escolhidos, além de serem aplicáveis a situações típicas encontradas na região Norte, são igualmente observados e de possível replicação em outras regiões do país. Devem ocorrer, entretanto, sempre que necessário, adequações às necessidades específicas regionais de cada gerador/consumidor de resíduos de madeira. Entre algumas limitações , entretanto constata-se que existem pesquisas comparativas sobre o poder calorífico de briquete e do pélete comparativamente a outras fontes de energia, como lenha e carvão. Estas informações, devido a limitações geográficas e tecnológicas, não estão facilmente disponíveis a muitos geradores de resíduos e para aqueles que consumem biomassa para fins energéticos. Adicionalmente, o mercado potencialmente consumidor de produtos como briquete e pélete tem pouco ou nenhum conhecimento sobre estes produtos ou sobre suas características técnicas que poderiam favorecer sua utilização em detrimento à queima de lenha, principalmente em fornos artesanais. Em linhas gerais, os principais aspectos identificados e tratados sobre a temática de aproveitamento energético de resíduos de madeira são: a. Problemática da Geração e do Aproveitamento de Resíduos b. Alternativas Eficazes de Uso de Resíduos c. Políticas Públicas sobre Resíduos d. Análise Econômico-Financeira da Utilização de Resíduos e. Diretrizes e Linhas de Ação para Políticas Públicas de Uso Energético de Resíduos de Madeira. RM

Marcelo Wiecheteck,

Ph.D, consultor , Ministério Do Meio Ambiente,



mentos científicos adequados quanto a melhor maneira de irrigar e ao uso de métodos para diminuir o consumo de água. A utilização inadequada da irrigação em viveiros florestais acarreta alta mortalidade e, muitas vezes, má formação das mudas, assim, aumentando os custos de produção e plantio. Assim, a utilização de polímeros hidroretentores, também chamados de hidrogéis ou polímeros retentores de água, surge como uma alternativa, no sentido de se obter maior eficiência no uso da água na produção de mudas em viveiros. Como a maioria das tecnologias, o uso de hidroretentores, quando mal executado pode prejudicar o desenvolvimento das plantas. Por isso, o seu uso correto depende da realização de pesquisas, pois é necessário que se determine a dose a ser utilizada, as fases do cultivo em que há resposta e a forma de aplicação em relação às variações no manejo. São fatores como estes que devem ser observados para que se maximize o retorno econômico da produção de mudas com o uso desses polímeros. Através de um estudo de professores e acadêmicos, entre eles, Marcio Carlos Navroski, Maristela Machado Araujo,Claudimar Sidnei Fior, Fernando da Silva Cunha, Álvaro Luís Pasquetti Berghetti e Mariane de Oliveira Pereira dos cursos de Engenharia Florestal de diversas Universidades do Sul do Brasil e Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais, analisou-se se a presença do hidrogel permite uma redução do consumo de água de irrigação e a influência sobre as características do substrato e o crescimento, produção e qualidade de mudas de Eucalyptus dunnii. Após vários estudos e trabalhos constatou-se que o hidrogel possibilita a melhoria das características físicas e químicas do substrato, principalmente as relacionadas à retenção de água. O uso de 3 g L-1 do hidrogel misturado ao substrato reduz o uso de irrigação para 12 mm dia-1, enquanto que sem a adição do polímero são necessários entre 16 a 20 mm dia-1 na irrigação de mudas de Eucalyptus dunnii. RM

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ara a produção de mudas de espécies florestais, destacando-se as do gênero Eucalyptus, uma irrigação adequada aliada a um substrato com boa aeração e retenção de água são condições essenciais para a formação de mudas de qualidade. Se na irrigação houver excesso de água pode haver consumo desnecessário de água favorecendo a lixiviação de nutrientes, deterioração de raízes e contribuir para aparecimento de doenças. Por outro lado, a irrigação insuficiente pode provocar a diminuição do crescimento e o desenvolvimento das plantas e até situações irreversíveis como a morte das mudas. A redução de água na planta afeta diferentes órgãos de diversas formas, onde a consequência mais comum é a redução na taxa de crescimento e menor desenvolvimento foliar. A grande quantidade de água requerida para a prática da irrigação, o decréscimo de sua disponibilidade e o alto custo da energia necessária à aplicação têm aumentado o interesse pela racionalização, de forma a minimizar as perdas desse recurso. Nos viveiros de mudas de espécies florestais, a irrigação por aspersão é o método mais utilizado, apesar de gerar grandes desperdícios, em razão de alguns fatores, tais como, o vento, a má distribuição dos microaspersores e os possíveis espaços vazios. Pesquisas relacionadas ao déficit hídrico e a quantificação da necessidade de água que as espécies necessitam ainda são escassas. Na maioria dos viveiros do Brasil a irrigação ainda é realizada sem conheci-

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Argentina O avanço da agricultura

Sete milhões de hectares de florestas desapareceram na Argentina nas últimas duas décadas, em grande parte devido às plantações de soja. A agricultura na Argentina expandiu em um ritmo acelerado nos últimos vinte anos devido aos avanços tecnológicos, o uso de culturas geneticamente modificadas, e, em particular, para o cultivo da soja. O país sul-americano é o primeiro exportador mundial de soja e o maior fornecedor de farinha e biodiesel feito a partir de seus derivados; a cultura é uma importante fonte de renda. No entanto, de acordo com o coordenador da campanha de florestas do Greenpeace na Argentina, Hernán Giardini, o avanço da produção de soja geneticamente modificada desde meados dos anos noventa até agora, e o gado são as principais causas para a perda da floresta no país. De acordo com uma classificação criada pela Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO), a Argentina está entre os dez países que mais destroem suas florestas, e a FAO calcula que a perda ascendeu a mais de 7,5 milhões de hectares desde 1990. Entre 1998 e 2006, a superfície desmatada da Argentina foi de quase 3 milhões de hectares -o equivalente a 250.000 hectares por ano ou um hectare a cada dois minutos. Quase 80% das perdas florestais ocorreu na parte nordeste do país, em Salta, Santiago Del Estero, Chaco e Formosa. A Argentina está passando por um momento importante quando se trata de florestas: há maior debate na sociedade civil sobre a conservação, e algumas ONGs estão explorando a possibilidade da produção de soja mais sustentável no país. No entanto, uma série de incêndios florestais começou no ano passado e tem ameaçado a conservação das poucas florestas nativas ainda de pé. Em apenas quatro meses de 2015, cerca de 60.000 hectares de florestas foram destruídos devido a incêndios florestais, e não há número suficiente de fundos do Estado para combater o problema de forma eficaz.

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Brunei Ciclo de carbono nas florestas de turfa de Bornéu

A pesquisadora Alison Hoyt vem estudando o ciclo do carbono de florestas de turfa tropicais de Bornéu. Estas florestas armazenam uma enorme quantidade de carbono no solo de turfa subterrâneo, que pode ser de até 60 centúmetros de profundidade. A alguns anos verm se pesquisando a hidrologia e ciclo do carbono das florestas de turfa do Sudeste Asiático. “É uma experiência intensa trabalhar em uma floresta, onde a superfície do solo está completamente inundada”, diz Hoyt. “Ele torna a vida prática difícil, mas também é incrivelmente emocionante. Houve momentos em que tivemos que usar o nosso barco como a cozinha e até mesmo comer o jantar que está na água.” As florestas tropicais de turfas estão sendo drenadas e desmatadas em um ritmo alarmante. A turfa seca queima, causando incêndios e neblina em toda a região. Observa que a turfa é um solo extremamente orgânico que se forma ao longo de milhares de anos. A característica de florestas pantanosas de turfa tropical é que o solo está completamente inundado durante a maior parte do ano. Isto significa que a decomposição de raízes, galhos e folhas é muito lenta, tão lenta que as raízes caídas, folhas e ramos se acumulam ao longo do tempo, criando uma espessa camada de solo. Nos locais de campo, tanto em Brunei e Indonésia, esta camada de solo tem se acumulado há cerca de 3.000 anos e tem mais de 50 centimetros de profundidade. Atualmente, devido à escassez de terra nas regiões costeiras e uma grande demanda por óleo de palma, muitas turfeiras estão sendo drenadas e desmatadas para satisfazer a necessidade da agricultura e óleo de palma. Quando isso ocorre, este solo rico queima, e o carbono acumulado anos é libertado para a atmosfera, principalmente como CO2. A devastação das turfeiras tropicais tem muitas implicações. Em uma escala global, a drenagem de zonas úmidas é uma importante fonte de CO2 para a atmosfera. Em uma escala local, a turfa drenada é um excelente combustível para o fogo. Os incêndios são iniciados sobretudo por pessoas que tentam limpar a terra e, em seguida, o próprio solo de turfa pega fogo fazendo-a queimar fora de controle. Uma vez que um fogo de turfa começa, ele pode queimar sobre este solo rico por meses, particularmente durante a estação seca. Isso resulta em uma névoa pesada em toda a região a cada verão e outono. Países vizinhos também são submetidas a esta qualidade do ar insalubre.

Filipinas Área florestal vem aumentando nos últimos anos

As Filipinas ficou em quinto lugar entre os 234 países com o maior ganho em área de floresta, de acordo com um relatório da Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO). O país aumentou sua área de floresta para 240.000 hectares por ano entre 2010 a 2015, E a perda anual de cobertura florestal em todo o país chegou a quase 47.000 hectares entre 2003 a 2010. Estima-se que oito milhões de hectares de terra em todo o país precisam de reflorestamento e reabilitação. Através do Programa Nacional de Greening do governo (NGP) fomentou cobertura 1,258,692 hectares entre 2011 e 2015. Na avaliação o ganho de área de floresta, contabilizam a China (1,5 milhões de hectares), Austrália (308.000 hectares), Chile (301 hectares) e os EUA (275.000 hectares). A avaliação mostrou as Filipinas à frente do sexto colocado, Gabão (200.000 hectares), República Democrática Popular do Laos (189.000 hectares), Índia (178.000 hectares), Vietnã (129.000 hectares) e França (113.000 hectares).

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EUA Queda nas exportações aumenta ociosidade na indústria

África Floresta perde espaço para plantios de palma As florestas tropicais da África estão ameaçadas pela rápida expanção nos plantios e óleo de palma, que já arrasou milhões de hectares do sudeste da Ásia, segundo o Greenpeace da França. A ONG chamada foi chamada, junto com a gigante em plantios de seringueira Europeia Socfin, que controla vastas extensões de terra tropical em mais de meia dúzia de países africanos. Outras multinacionais também forma chamadas visando adotar uma política de “desmatamento zero”. Dezenas de empresas globais - GAR, Cargill e Agropalma entre os produtores de commodities, e Nestlé, Unilever e L’Oreal entre fabricantes de produtos de consumo - fizeram promessas, embora alguns sejam mais rigorosos do que os outros. As apostas são altas: óleo de palma, soja, pasta de celulose e pecuária com gado são responsáveis por quase três quartos do desmatamento em áreas tropicais, de acordo com estudos.O desmatamento de todas as fontes é responsável por 12% dos gases de efeito estufa . Hoje, a Indonésia e a Malásia respondem por mais de 90% da produção de óleo de palma . Corte raso e queimadas para dar lugar a plantações de óleo de palma causam a poluição do ar –compromentendo a saúde da população, agravando as mudanças climática, e destruindo alguns dos mais ricos “hotspots” do planeta para a biodiversidade. A transformação de grandes extensões de floresta tropical para o cultivo de monoculturas é também uma faca de dois gumes para as populações locais, fornecendo uma fonte de emprego de baixa remuneração, mas muitas vezes deslocando povos indígenas e perturbando os meios de subsistência estabelecidas.

A expectativa do mercado de toras nos EUA não se materializou nos níveis previstos. Com a desaceleração das exportações de toras, madeira serrada e outros produtos de madeira para a China, os produtores dos EUA e do Canadá tiveram que reduzir seus negócios. A valorização da moeda em diversos países, frente ao dolar, tornou os EUA um excelente destino para produtos de madeira. Outro fator é que o o Softwood Lumber Agreement (SLA), acordo entre o Canadá e os EUA expirou no ano passado, causando incerteza para os produtores de madeira serrada americanos, preocupados com os canadenses que inundam o mercado dos EUA, já com excesso de oferta. A indústria de produtos de madeira canadense é acusada de obter subsidiada pelo governo do Canadá, implicando na oferta de madeira com valor abaixo do mercado. Para promover o comércio justo e reduzir a incerteza causada por disputas, o SLA impôs quotas e tarifas sobre as importações de madeira canadense com base nos preços da madeira serrada dos EUA. O fim deste acordo foi a preocupação dos produtores de madeira de Montana, que produzem muito e os mesmos produtos . Enquanto em 2015 os preços da madeira serrada nos EUA foram cerca de 13% inferior ao de 2014, e os preços dos painéis caíram cerca de 3%, e os preços de madeira serrada na região de Montana caíram muito pouco. Desde a Grande Recessão, a maioria das serrarias nesta região operam com 60 a 75% de sua capacidade. O anúncio feito em novembro e a potencial fusão da Weyerhaeuser e Plum Creek criou novas incertezas, com o negócio a ser concluída em 2016. Nigeria Prioridade no investimento ao setor florestal – Empresas e entidades ligadas ao setor florestal estão solictando pediram do Governo maiores investimentos no setor, tendo em vista seu enorme potencial para enfrentar os desafios ambientais, sociais e econômicas emergentes da nação. A Nigéria tem uma área total de 923.678 km quadrados e a área de floresta tem apresentado um declínio contínuo devido à sua crescente população, entre outros fatores. A maior demanda para construção, madeira e outros fins por parte da indústria de derivados de madeira levou ao desmatamento em grande escala de florestas na Nigéria. As políticas não-florestais, em particular as políticas energéticas, continuam a representar ameaças graves para o setor florestal. A cobertura florestal continua sob pressão de atividades humanas, como o desenvolvimento agrícola, onde vastas áreas de terra são desmatadas, sem considerações de conservação. Também áreas pré-urbana para habitação sem o desenvolvimento de projetos , junto ao uso para geração de lenha,através de colheita florestal descontrolada. A taxa de desmatamento na Nigéria é de 3,5% ao ano. Isso se traduz em uma perda de cerca de 350.000-400.000 hectares de floresta por ano . Tudo isso em decorrência de leis florestais obsoletas, falta de financiamento, questões de governança, educação e pesquisa, corrupção, entre outros, como fatores que militam contra a valorização da floresta da Nigéria. Com a queda dos preços do petróleo, a Nigéria deve começar a diversificar sua economia. Há grandes oportunidades também na agricultura e minerais, além das florestas.

EUROPA Tipo errado de árvores na Europa aumentaram o aquecimento global Ironicamente, o maior uso de combustíveis fósseis, especialmente carvão, abrandou a corrida de madeira na Europa. E de 1850 até os dias atuais, as florestas da Europa cresceram cerca de 386.000 quilômetros quadrados e agora cobrem 10% mais terra do que antes da revolução industrial. No entanto, a forma e o conteúdo desses novos bosques difere consideravelmente do que aconteceu antes. No passado, essas florestas eram selvagens, mas hoje cerca de 85% das árvores da Europa são geridas por seres humanos. E ao longo dos últimos 150 anos, silvicultores têm adotado uma abordagem científica para florestas - o plantio de crescimento mais rápido, com árvores de maior valor comercial, como pinheiro silvestre e abetos da Noruega. A re-florestação rápida de grandes extensões da Europa tem sido vista como uma coisa boa, devido à capacidade das árvores para absorver carbono, algo que se tornou particularmente relevante nas últimas décadas. Mas um novo estudo questiona o impacto positivo de todas estas novas árvores sobre o clima. Uma equipe de investigação reconstruiu 250 anos de história de manejo florestal na Europa, e descobriu que a forma como as florestas são controlados por seres humanos pode levar a captação de menos carbono armazenado do que teria sido no caso quando a natureza estava no comando. A retirada das árvores de uma forma organizada tende a liberar carbono que de outra forma permanecem armazenados na serapilheira, madeira morta e solo. Devido a mudança para espécies de coníferas, houve um aquecimento na Europa de quase 0,12 graus, causado sobretudo pelo fato das coníferas serem mais escuras e absorvem mais radiação solar. Os investigadores dizem que o aumento da temperatura é igual a 6% do aquecimento global atribuído à queima de combustíveis fósseis. Eles dizem que é uma quantidade significativa e acreditam que impactos semelhantes são prováveis nas regiões onde o mesmo tipo de florestação teve lugar. Os pesquisadores sugerem que o mundo deve olhar atentamente para o tipo de árvores que estão sendo plantandas e as formas em que são gerenciadas.

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Madeira pelo Mundo

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uma vantagem competitiva em relação àqueles que trabalham apenas com o melhoramento genético tradicional”, defende. As pesquisas que culminaram na escolha destes cinco genes do banco de dados Eucanext se iniciaram em 2007, a partir de um convênio de cooperação entre a Unicamp e uma empresa do setor de papel e celulose, que buscava o desenvolvimento de pesquisas que permitissem compreender as bases genéticas da formação e qualidade da madeira de eucalipto. Sobre a área desta pesquisa e transferência de material, vale salientar que o Brasil é líder mundial na produção de celulose, fazendo com que o eucalipto tenha uma grande importância econômica. Segundo

esquisadores do Laboratório de Genômica e Expressão (LGE) do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp participaram do desenvolvimento do banco de dados Eucanext, que inclui sequências de genes expressos de eucalipto em diversas condições e espécies e genomas completos já sequenciados. Deste banco de dados, cinco genes, que, isoladamente, podem contribuir para os processos de formação da madeira e resistência a estresses em espécies de eucaliptos, foram transferidos, recentemente, para uma empresa que atua no desenvolvimento e produção de mudas florestais. O professor Gonçalo Amarante Guimarães Pereira, responsável pelos estudos. comenta que a perspectiva é de que a empresa licenciada utilize estes genes para fins de melhoramento genético em eucaliptos, que já haviam sido modificados geneticamente. “A empresa poderá manipular os genes em árvores já melhoradas de eucalipto. O objetivo é criar clones com características pontuais modificadas. Essa tecnologia pode gerar

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Melhoramento genético

dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção primária florestal somou R$ 18,7 bilhões. Deste valor, a silvicultura contribuiu com 76,1% e R$ 14,1 bilhões, sendo o eucalipto a principal espécie florestal da silvicultura nacional – responsável por 98,5% do total produzido de carvão vegetal e por 68,8% da RM produção de lenha.

Madeira engenheirada A Ekomposit está investindo na construção de uma planta industrial em Lages-SC para processamento de madeira e produção de diversos produtos engenheirados. Madeira cultivada em floresta plantada é matéria-prima básica para produção do novo e versátil material construtivo, que terá aplicações tão diversificadas quanto as da construção civil, do setor automotivo de carga e de passageiros e da fabricação de móveis de qualidade, entre outros. Segundo o diretor presidente da Ekomposit do Brasil, Sergio Martini, “madeira engenheirada é o resultado da aplicação de tecnologias e processos produtivos avançados, com uma criteriosa seleção da madeira, objetivando a eliminação dos defeitos naturais indesejáveis na matéria-prima; como consequência, obtém-se o aumento geral de seu desempenho. Trata-se de alternativa viável dos pontos de vista técnico e econômico, além de ser verdadeiramente sustentável”. O produto estará em condições para ser competitivo tanto no mercado brasileiro, quanto no internacional. A madeira engenheirada deverá induzir uma importante mudança na cultura técnica nacional. No projeto está a instalação de autoclave, com capacidade para processamento anual de até 100 mil m³ de madeira cultivada em florestas plantadas. RM

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Floresta plantada em Rondônia

ciclo da madeira foi um dos principais movimentos econômico ocorrido na história de Rondônia, nas décadas de 70 e 80, com a colonização e o desmatamento da floresta Amazônica, motivado pelo governo Federal. A realidade agora é inversa: a madeira a ser extraída vem da floresta plantada, que oferece atrativos geradores de renda, como o beneficiamento, a goma-resina e o sequestro de carbono. Atualmente plantar floresta é um excelente negócio em longo prazo e garante ganhos financeiros acima da média, especialmente ao pequeno produtor, que deve iniciar esse novo modelo econômico sem que a atividade desenvolvida no sítio seja afetada. Esta afirmação ecoa dos principais plantadores de floresta nas regi-

ões de Pimenta Bueno, Vilhena, Ji-Paraná e Ouro Preto do Oeste, que buscam mais parceiros na construção de um cinturão verde nas áreas degradadas. “É uma poupança verde. Além do ganho, o produtor rural não precisa desmatar, e contribui na recuperação de área degradada. É extremamente viável”, avalia o gerente Operacional, Gefeson Melo, do grupo Eletrogoes, empresa que vem pesquisando e selecionando o melhor da espécie em laboratório próprio, desde 2008, na região de Pimenta Bueno. Estudos apontam o eucalipto com o melhor custo-benefício, tanto para o produtor quanto para a produção de energia renovável. Toda a produção do eucalipto produzido na região tem

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endereço certo para venda: a usina termelétrica movida à biomassa, que deverá ser inaugurada neste ano pelo grupo Eletrogoes. De uma forma geral, a floresta plantada gera muito mais do que a pecuária e a agricultura. Em Vilhena, o beneficiamento do eucalipto ocorre na cidade em forma de palanque para cercas, porteiras, madeiramento para construção civil, móveis, entre outras peças rústicas e decorativas As plantações de pinus no Cone Sul transformam as áreas totalmente degradadas em paisagem cinematográfica. Otimistas, os produtores avançam no negócio e já estão viabilizando a implantação na região de uma usina de beneficiamento da goma-resina, mais um lucrativo produto da espécie. RM


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Mogno com selo verde

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nobre, fornecendo um produto de florestas bem manejadas, certificadas e para garantir a diminuição da pressão predatória sobre essas áreas”, diz o engenheiro florestal Rui Ribeiro, diretor executivo da empresa. O retorno do mogno é uma vitória para quem acredita que a produção de madeira com responsabilidade pode gerar riqueza e empregos perenes na Amazônia.

produção segue cuidados sociais e ambientais. A área da Agrocortex fica nos municípios de Manoel Urbano, no Acre e Pauini e Boca do Acre, no Amazonas. O primeiro lote de toras de mogno já saiu da floresta para exportação. É uma das espécies mais valorizadas do mundo. Chega a US$ 3 mil o metro cúbico no mercado. “A Agrocortex viu uma grande oportunidade de entrar no mercado com uma madeira muito

O mogno da Agrocortex é certificado pelo selo FSC, concedido por uma auditoria independente feita pela certificadora Imaflora, a maior do Brasil. A certificação garante que a madeira é extraída segundo um plano de manejo que segue a lei e ainda incorpora vários cuidados. O plano de manejo garante que a produção não esgota a floresta. Seu princípio é simples. A madeireira divide a área em lotes. A cada ano, ela explora apenas um

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mogno, a madeira mais famosa da Amazônia está de volta ao mercado. Uma madeireira do Acre, a Agrocortex, conseguiu a primeira certificação ecológica de mogno do país. É um marco para uma espécie que ganhou fama mundial nos anos 1980 por sua beleza e por alimentar a devastação da Amazônia. Agora, o mogno passa a ser vendido de novo, com garantias de que o a

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lote. Tira desse lote só as árvores de valor comercial, que já estão grandes o bastante para o corte. Elas são poucas. Cerca de uma ou duas na área de um campo de futebol. Quem passa de avião sobre uma floresta explorada assim nem percebe que há atividade madeireira lá embaixo. A exploração econômica somente ocorre em 3% da área. E mesmo nessa área menos de 5% das árvores são exploradas. Depois a área é deixada protegida por 30 anos. Nesse período a floresta se recupera. Esse uso sustentável da floresta garante uma produção eterna e mantém o ecossistema saudável, preservando o clima, a proteção dos mananciais e diversidade de animais. Por sua cor avermelhada e as características físicas de resistência ao tempo e facilidade para a movelaria, o mogno conquistou o mundo nas décadas de 1980 e 1990. A exploração predatória do mogno no Brasil fez o Ibama proibir qualquer venda do produto no país. Em 2003, o mogno entrou para a lista de espécies proibidas na Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Silvestres da Fauna e Flora Ameaçadas de Extinção (CITES). Sua venda foi banida do comércio internacional junto com outros produtos ambientalmente danosos como chifre de rinoceronte branco. RM


Lucro da Eldorado A Eldorado Brasil encerrou 2015 consolidando sua posição de liderança no mercado global de celulose. A companhia teve lucro líquido de R$ 280,6 milhões, em comparação ao prejuízo de R$ 419 milhões no ano anterior. O forte crescimento da demanda internacional por celulose branqueada de fibra curta também beneficiou a companhia, que vendeu 1.562 mil toneladas em 2015. A base florestal da Eldorado atingiu 215 mil hectares em 2015, com alto nível de mecanização das operações, chegando ao percentual de 85%, este patamar está 27% acima da média do setor. Emprego em alta Os projetos de ampliação das fábricas de celulose da Fibria e da Eldorado Brasil na cidade de Três Lagoas geraram mais de mil empregos novos. A Eldorado tem previsão de nova linha de produção com capacidade de dois milhões de toneladas por ano,e entra em operação no fim de 2018. Já a Fibria terminou 2015 com 10% das obras de construção da segunda linha de produção concluídas. De acordo com a companhia, 1,5 mil trabalhadores foram contratados para a obra no ano passado.Para 2016, o número de contratações pode chegar a 10 mil postos de trabalho diretos. Software Mata Nativa A CIENTEC está lançando a versão 4 software Mata Nativa com uma poderosa ferramenta para coleta de dados em campo. O desenvolvimento de um layout mais moderno e interativo, acompanhado do aplicativo Mata Nativa Móvel, instalado em smartphones com sistema operacional Android e funcionamento off-line marcam o diferencial desta nova versão. Com ela, é possível realizar a coleta de dados em campo diretamente no dispositivo móvel, descartando as tradicionais fichas em papel. Transformações sociais A expansão da silvicultura para novas fronteiras tem-se constituído num fio de esperança às comunidades que vivem à margem do desenvolvimento econômico e social do país. Na visão de Nelson Barboza Leite, diretor da Daplan Serviços Florestais, a soma do econômico e do social é quase que a redenção dessas regiões marginais. E encontrar alternativas que viabilizem o uso da madeira a ser produzida é um grande desafio a silvicultores, políticos e elaboradores de políticas públicas. Inteligência geográfica Conhecer as demandas que podem melhorar os processos no setor agroflorestal é uma das premissas para gerir os negócios no campo de forma assertiva. Pensando nisso, a Cenibra implantou a plataforma ArcGIS, para mapear suas propriedades e gerenciar a colheita florestal.A iniciativa envolve todo o processo de colheita, silvicultura de precisão, meio ambiente, gestão e planejamento florestal, e geoprocessamento da empresa, e trouxe mudanças significativas no dia a dia dos gestores rurais. RM

Seringueira na geração de energia limpa

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principal árvore utilizada para a produção de biomassa é o eucalipto. Mas o especialista Albino de Sousa, gerente de operações da FL Florestal, destaca que o processo é viável também com a Hevea brasiliensis, mais conhecida como seringueira. “Começamos a utilizar a seringueira no Mato Grosso, há um ano e ela tem se mostrado bastante viável. A performance é melhor ou igual a do eucalipto, com a vantagem de se tornar mais barata no final do processo”, explica. A expectativa para o mercado de biomassa florestal é de que melhore e evolua em dois ou três anos. Apesar da crise econômica as indústrias estão buscando novas alternativas. Caldeiras movidas com óleo combustível ou gás estão fazendo a substituição por biomassa florestal. RM

Setor discute redução de aproveitamento da tora proposta pelo Ibama

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Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) propuseram, sem que houvesse uma ampla discussão do assunto, reduzir para 35%, o CRV – Coeficiente de Rendimento Volumétrico, no processo de desdobro da tora em madeira serrada para obtenção de produtos florestais que atualmente é aplicado em 45%. Diante do exporto, o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de MT (Cipem), FNBF (Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal) e demais instituições como a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), manifestaram discordância da propositura. Sendo assim, o Ministério do Meio Ambiente recebeu recentemente o deputado federal Valtenir Pereira, e o senador Jorge Viana, que defenderam o setor de base florestal Se aprovada, tal medida porá o setor florestal que é quem trabalha em conformidade com a lei na “forca”, salientando o risco de não conseguirem se manter no mercado. O senador Jorge Viana, observa que essa medida desvaloriza o segmento, uma vez que tem ser comprovado um valor superior a 65% de aproveitamento. O especialista em Política e Indústria Mário Cardoso que é responsável pela Gerência Executiva de Meio Ambiente e Sustentabilidade – GEMAS e Confederação Nacional da Indústria – CNI, justificou que o índice atualmente válido já está ultrapassado, reforçando, que em muitos casos se tem um aproveitamento da tora ainda maior chegando a até 69%. Segundo ele, é necessário manter o diálogo com o setor produtivo e encontrar o equilíbrio para não prejudicar ainda mais o segmento florestal. Tendo em vista a relevância da pauta, o governo entendeu que da forma que a matéria foi apresentada não pode ser aprovada e determinou ao Ibama e SBF que se reúnam de imediato com o setor encontrem o melhor encaminhamento para o tema. RM

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Árvores resistentes Distante duas horas de Santiago por estrada, em plena região de O’Higgins, um grupo de cientistas procura criar uma geração de “superárvores” resistentes aos efeitos da mudança climática. Se esse experimento de alcance mundial tiver êxito, as primeiras espécies resistentes poderiam ser comercializadas em 2019. As “superárvores” estariam preparadas para enfrentar eventos como secas, diminuição do regime pluviométrico e concentração em curtos períodos de tempo de ventos, geadas e tempestades, tudo isso como consequência do aquecimento global. Os estragos da mudança climática na produtividade frutícola se associam fundamentalmente com manifestações do chamado “estresse abiótico”, como as inundações, as geadas e os “solos ácidos”. Além disso, os especialistas preveem que para 2050 terá ocorrido uma drástica diminuição dos recursos hídricos, com o consequente prejuízo para a agricultura. Eucalipto clonado Em Pimenta Bueno, no Estado de Rondônia, o “EG 2009” é considerado o melhor eucalipto para gerar energia via biomassa. O estudo que originou a clonagem ideal durou oito anos no viveiro-laboratório da usina hidrelétrica Eletrogoes. Todo o processo da clonagem do eucalipto ocorre no viveiro. Neste primeiro momento, a meta é produzir 1.500 mudas por mês, no viveiro que tem capacidade de produção de seis milhões de mudas por ano. As pesquisas iniciaram em 2008. Ao todo, mais de 200 variedades da espécie de eucalipto foram estudadas e/ou desenvolvidas no viveiro. Ventos As espécies de eucalipto são conhecidas pela utilização de sua madeira em setores como o de produção de polpa celulósica, papel, energia, painéis, estruturas, movelaria, entre outros. Todavia, um dos fatores que pode influenciar na utilização da madeira de clones de eucalipto pela indústria florestal é a ação dos ventos. Ele é responsável por causar enormes danos em florestas naturais e plantadas no mundo inteiro. A ação dos ventos causa um esforço na árvore, fazendo com que se criem propriedades indesejáveis na fabricação de polpa celulósica e no uso como madeira sólida, diminuindo o valor de mercado da madeira. Segundo a empresa Cenibra, o ano de 2010 foi marcado pela maior incidência de quebras de árvores pela ação do vento, com mais de 2.500 hectares quebrados. Pellets A instalação de um terminal para o embarque de pellets de madeira no Porto do Rio Grande foi avaliada durante reunião na Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, entre o secretário Fábio Branco, o diretor-superintendente do Porto do Rio Grande, Janir Branco, e investidores liderados pela empresa Finagro. Conforme Afonso Celso Bertucci, presidente da Finagro, a demanda mundial por “pellets” está aquecida, principalmente, nos países da Europa. A empresa tem uma unidade silvoindustrial que está sendo instalada no município de Pinheiro Machado (RS), dimensionada para

produzir 600 mil toneladas de pellets por ano. Em uma área de 35 mil hectares, além de pellets para exportação, a unidade silvoindustrial irá gerar 50 mil watts de energia para abastecimento doméstico. Eucalipto -Mitos Entre os mitos sobre o eucalipto temos a verdade é que o eucalipto ajuda a combater o aquecimento global, por isso é uma espécie que pode ser cultivada sem risco para nossa atmosfera. Na verdade, ele ainda ajuda e muito na absorção das substâncias nocivas presentes no ar. Devido ao seu crescimento acelerado, ele necessita de uma grande quantidade de dióxido de carbono, e quando respira este gás, ele devolve para a natureza o oxigênio. Assim ajuda a purificar a atmosfera. Outro, o eucalipto não acaba com as reservas de água, o que acontece é que ele é capaz de se adaptar ao ambiente. Se encontrar grandes reservas de água no solo, vai absorver a água e vai crescer mais. Se houver escassez, ele crescerá menos, e ainda é capaz, também, de fazer reservas para as épocas de estiagem. Por esse motivo o eucalipto é utilizado para acabar com a umidade de alguns locais, porque os encharcos não matam suas raízes e ele vai tornar o solo mais aproveitável para outras espécies ou mesmo para construções. Mercado Livre O Mercado Livre, empresa de tecnologia líder em comércio eletrônico na América Latina, anuncia o ranking das categorias com itens mais vendidos no site em 2015. Pelo quarto ano consecutivo “Casa, Móveis e Decoração” foi a categoria que mais cresceu em vendas. O segmento, que não figurava entre as 10 categorias com mais vendas até 2011 (estava em 14° lugar), passou para a 9ª posição em 2012, para a 7ª em 2013, 5° lugar em 2014 e subiu ao pódio da terceira colocação em 2015. Entre os motivos do crescimento contínuo estão o aumento da presença de lojas oficiais de decoração no site, como Ricardo Eletro, Insinuante, Madeira Madeira, Polishop, Mania Virtual, Lojas Mel, Buettner e Mezzanine by Westwing, e a maior demanda por itens de casa via internet por parte dos consumidores. Plantio irregular A multinacional chilena de papel e celulose CMPC planta eucaliptos em 200 mil hectares na região de Guaíba (RS). Metade desse cultivo é feito em área em situação irregular, segundo o secretário-geral da companhia, Gonzalo García. A declaração do executivo veio após um encontro de 30 minutos entre empresários e a presidente Dilma Rousseff, em Santiago, no Chile, onde ela fez visita oficial a Michelle Bachelet. García quer que o governo flexibilize a lei que limita a aquisição de terras por estrangeiros, que emperra a compra de 100 mil hectares em que a CMPC já planta árvores para atender a capacidade máxima da fábrica, que processa de 2 milhões toneladas de celulose por ano. Mudas florestais Criada em 2013, a Associação Brasileira de Produtores de Mudas Florestas entra em uma nova fase. Com

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capacidade de produzir, juntos, mais de 350 milhões de mudas por ano, os associados querem fortalecer a entidade e estabelecer diferenciais estratégicos para o mercado. O novo presidente da entidade, Ricardo Vilela, da Bela Vista Florestal, enxerga longe. “Precisamos investir e acessar novos materiais genéticos para manter a qualidade das florestas plantadas num patamar de produtividade que sempre posicionou o Brasil como referência mundial”, ressaltou. Esse é apenas um dos desafios que a associação terá pela frente. “Vamos nos posicionar junto às principais entidades e lideranças do setor florestal. Entendemos que, unidos, somos mais fortes”, explicou Vilela que também está empenhado em atrair novos associados. Plantios O Tribunal de Justiça do Estado negou recurso à Aracruz Celulose (Fibria) e manteve a decisão em primeira instância de ação civil pública que proíbe novos plantios de eucalipto nos municípios de Mucurici e Ponto Belo, no extremo norte do Espírito Santo. Além da empresa, está impedida de se expandir para a região a Suzano Papel e Celulose. O relator do agravo foi o desembargador Manoel Alves Rabelo. Ele considerou a decisão devidamente fundamentada e amparada pela prova técnica apresentada aos atos, “razão pelo qual não se vislumbra, em juízo de cognição sumária, a possibilidade de reformá-la”. Madeira ilegal O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) aprovou por unanimidade resolução que aperfeiçoa regras para o transporte e a industrialização de madeira extraída legalmente na Amazônia. Entre outras medidas, será reduzido de 45% para 35% o percentual de aproveitamento de toras nas serrarias, medido pelo Coeficiente de Rendimento Volumétrico (CRV). Na prática, isso vai impedir que cerca de 30 mil caminhões de madeira de origem ilegal sejam “esquentadas” anualmente, chegando ao mercado com autorizações fraudadas. Ao mesmo tempo, espera-se equilibrar a competitividade e incentivar a inovação tecnológica no setor madeireiro que trabalha legalmente.A nova resolução também atende a várias demandas do setor empresarial em relação ao controle de transporte, armazenamento e transformação de produtos florestais, além de trazer maior segurança jurídica aos empreendedores. Anuário Geração de 98 mil empregos e mais 300 mil indiretos, área com florestas plantadas de 700 mil hectares, sendo 80% de pinus e 20% de eucalipto, maior exportador de portas, móveis e molduras de madeira no Brasil. Estes são apenas alguns dos números que fazem parte do anuário estatístico de base florestal 2016, tendo 2015 como o ano base. A Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR), sediada em Lages, vai enfatizar – nesta edição do anuário - informações de área plantada, mercado, importância das florestas plantadas, além dos destaques de Santa Catarina no setor. O diretor executivo da ACR, Mauro Murara Junior, destacou que o estado concentra 6.345 cadastros nacionais de pessoas jurídicas (CNPJs) com empresas voltadas para o setor de base florestal, notadamente no segmento madeireiro. RM




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