Rivista Dance in Festival Nº1

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ANO I - Nº 1 - Mar/Abr 2013

Foto Sheila Guimarães

Musical Thriller Live Brasil Tour celebra os 40 anos de carreira de Michel Jackson

Wanda Garcia Uma vida dedicada à dança

JÉSSICA BARROS Em busca de um sonho

isacque lopes Nasce um astro

cia jovem balletarrj Noite de Gala

Royal Opera House Presente

Rio recebe a companhia no dia do seu aniversário de 448 anos


Até a próxima edição! Sheila Guimarães Diretora de redação

editorial

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número 1 da DANCE IN FESTIVAL está especial. Acompanhamos, e registramos nessa edição, três grandes espetáculos: a Gala Clássica de Ballet, da Cia Jovem Balletarrj, no Theatro Net Rio; a Gala Royal Opera House, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro; e Thriller For Live Brasil Tour, musical em homenagem a Michael Jackson, no Citbank Hall. Todos absolutamente divinos! Mas ainda tem mais. Na nossas últimas páginas, a retrospectiva final dos festivais de 2012. E isso é só um tira-gosto do que vem por aí.

índice Festival IV Vidança melhores momentos de 2012..............................página 4 Festival IV Com-passos melhores momentos de 2012..........................página 6 Cia.Jovem Balletarrj............................................................................página 10 Musical Thriller Live Brasil Tour �����������������������������������������������������página 12 Entrevista Isacque Lopes ���������������������������������������������������������������������página 14 Gala Royal Opera House ��������������������������������������������������������������������página 16 Na arte de dançar por Fábio Matheus �����������������������������������������������página 20 Perfil Jéssica Barros................................................................................página 26 Homenagem Wanda Garcia ����������������������������������������������������������������página 30 Saúde & Bem-estar..............................................................................página 32 Agenda dos festivais..........................................................................página 34

cartas Seja bem-vinda, REVISTA DANCE IN FESTIVAL, ao mundo da dança! E que esse veículo seja um condutor de notícias e de novos talentos da dança. Vera de Souza, por e-mail Oi, Vera! Obrigada pelos votos carinhosos! E que os anjos digam amém! Abraços! Parabéns!!! Recebi em minhas mãos a REVISTA DANCE IN FESTIVAL e confesso que fiquei presa à leitura da entre-

vista da bailarina Maria Clara Coelho. Estarei torcendo para que ela consiga realizar o seu sonho. Marta J. Bessa, por e-mail Obrigada, Marta! Que bom que você gostou da entrevista da Maria Clara Coelho. Ela é realmente muito talentosa e uma graça de pessoa. Estamos todos, aqui na redação, torcendo muito por ela também. Beijos! Querida Sheila Guimarães e equipe da revista DANCE

IN FESTIVAL, adorei as entrevistas da publicação e venho parabenizá-los e dizer boa sorte! Muitos beijos dançantes! Marcelle Abreu, por e mail Obrigada, Marcelle! Escreva sempre! Beijos dançantes para você também! Erramos! Diferentemente do que foi publicado na edição anterior, o primeiro lugar solo livre baby,do 39º Fest Dance Inverno Darcy Dutra Porto, foi da solista Ana Luiza Braz, com a coreografia Emília do Grupo de Dança Taciana e Silva. E não da Cia de Dança Claudia Seta e Luciana Guedes, como saiu. As informações erradas nos foram passadas pela organização do evento


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IV Vidanรงa

Fotos

Sheila Guimarรฃes

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ós, da Escola de Dança Vania Reis, estamos muito felizes com o sucesso do nosso Festival Nacional Vidança, que contou com a participação de mais de mil bailarinos, de 52 Escolas, Cias e Grupos de Dança. Foram quatro dias de muita animação e competição entre diversas categorias e modalidades, com algumas novidades como a Mostra não competitiva, com as batalhas de Hip Hop e de Piruetas, que repetiremos em nossa quinta edição. Vania Reis, diretora do festival Nacional Vidança .

Resultado

Ballet Comunitário da Beija-Flor de Nilópolis - Coreografia: Ave Maria Bailarina Revelação - MARIANA RODRIGUES (Escola Estadual de Dança Maria Olenewa) Melhor Bailarino - DAVID CHAGAS (Balletarrj) Melhor Bailarina - MARIA CLARA COELHO ( Balletarrj) Destaque Feminino - LETÍCIA RODRIGUES (Balletarrj) Bailarino Revelação - LEANDRO ALMEIDA (Balletarrj) Destaque Feminino - SABRINA SILVESTRE – IESA Destaque Masculino - IZACQUE ALEXANDRE – Grupo Corpus Infanto / amador Bailarina Destaque - TAINÁ TAVARES – CA Daniela Marcondes Coreografia destaque - VOVÓ E VOVÔ – SAPATEADO – GRUPO CORPUS Bailarina Revelação - THAMIRES MARTINS – Uniarte Melhor Bailarino de Jazz - Amirton Neto - CA Daniella Marcondes - Luciano - ED Sta. Barbara Destaque Feminino de Jazz - Tamires Oeda - CA Daniela Marcondes Coreografia Supercampeã: Balletarrj Escola de Dança - Noir et Blanc Ed. Uniarte - Entre Ilusões Grupo Dançar Castelo Branco - Nine

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Com-passos Fotos

Sheila Guimar達es

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m 2012, o festival foi realizado no Ginásio do Grajaú Country Club, cuja acolhida de sua direção nos deixaram bastante satisfeitos. E nos permitiram a sua realização com as condições que gostaríamos de proporcionar ao nosso público, o que é praxe do nosso evento. Tivemos a oportunidade de montar um palco sobre o piso do ginásio de 12 x 10 metros. Montamos uma estrutura que nos permitiu a colocação de três coxias de cada lado do palco, bem como um sistema de sonorização e iluminação de grande qualidade. Família Com - passos

Prêmios Especiais

Melhor escola/Grupo - Balletarrj Escola de Dança Escola/Grupo revelação - CAND Jovem – Centro de Artes Nós da Dança Melhor coreógrafo - Cristina Motta (In’Cena Cia de Dança) Melhor ensaiador - Ana Palmieri e Rômulo Ramos (Balletarrj Escola de Dança Melhor coreografia - Transmutação (Escola de Dança Vânia Reis) Melhor bailarina - Maria Clara Coelho (Balletarrj Escola de Dança) Melhor bailarino - Davi Chagas (Balletarrj Escola de Dança) Bailarina revelação - Jéssica Barros (Escola de Dança Vânia Reis) Bailarino revelação - Yuri Marques (Escola de Dança Spinelli) Melhor figurino - Mary Poppins (Escola de Dança Diensione Danza) 7

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Gala

Cia. Jovem Balletarrj apresentou

Gala Clássica de Ballet

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Fotos Sheila Guimarães

Cia Jovem Balletarrj promoveu, em 4 de fevereiro, no Theatro Net Rio, a Gala Clássica de Ballet. Na ocasião, Claudia Mota e Cícero Gomes, primeira bailarina e primeiro solista, respectivamente, do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, apresentaram o Grand pas-de-deux de Diana e Acteon e o conjunto do Repertório Raymunda. A Balltarj também participou do evento, com coreografias inéditas e as vencedoras nos últimos festivais de dança. Tudo sob a coordenação de Ana Palmieri e Romulo Ramos, ex-bailarinos do Municipal e diretores da companhia.

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Musical

Homenagem ao Rei do Pop

Fotos Sheila Guimarães

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ichael Jackson não morreu. Pelo menos, não no palco do Citibank Hall, no Rio de Janeiro. É lá que, de sexta a domingo, o público pode matar a saudade do Rei do Pop com o espetáculo Thriller Live Brasil Tour. Nele, os 40 anos de carreira do astro são lembrados, através de 30 músicas, que cobrem de The Jackson 5 (grupo que Michael integrou ainda criança, junto com os irmãos) até o seu falecimento, em 2009. No palco, nove cantores e 14 bailarinos fazem o espetáculo, que foi idealizado a partir das celebrações anuais que Adrian Grand, fã e amigo de Mihael Jackson, realizava na década de 1990. Estreou em 2004, em Londres, e, desde então, já foi visto por mais de 2 milhões de pessoas em mais de 20 países da Ásia e Europa. No entanto, é a primeira vez que é encenado na América do Sul. Na atual turnê, artistas brasileiros – escolhidos em audições – se juntaram ao elenco londrino. Da “terrinha”, os atores Leilah Moreno (que na infância fez cover do homenageado) e Renato Marx e as crianças Isacque Lopes, Felipe Adetokunbo, Diego Jimenez e Pedro Henrique, que se revezam no papel de Michael, na época dos Jackson 5. Todos com a enorme responsabilidade de executar sucessos como Dangerous, Billie Jean, Thriller, Bad e I’ll Be There, entre outros. E o fazem lindamente!

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Thriller Live Brasil Tour l Citibank Hall. Av. Ayrton Senna, 3.000, Barra da Tijuca, Rio. Tel.: (21) 21567300 l Quintas, Sextas, às 21h; sábados, às 17h30 e às 21h30; domingos, às 17h e às 21h. l Até 07/04.

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Entrevista

Nasce um

astro

Com apenas 12 anos, Isacque Lopes já tem currículo de gente grande. Após inúmeros festivais e programas de TV, o bailarino vive, atualmente, Michael Jackson no teatro. E ainda quer muito mais! Por Heloiza Gomes Fotos Sheila Guimarães

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os 6 anos, Isacque Lopes começou a fazer aulas de ballet, incentivado por um professor de Educação Física. Em seguida, interessou-se por sapateado, street dance e jazz – hoje, estuda as quatro modalidades na Corpus Escola de Dança, no Valqueire, zona oeste do Rio. “Mas street é a minha preferida, embora me identifique com as outras também”, revela Isacque, que, com apenas 12 anos, já tem um vasto currículo. Participou de diversos festivais – “Não tenho noção de quantos”, diz –, foi destaque no quadro Dando Crédito, no Caldeirão do Huck (Globo), e participou de O Melhor do Brasil (Record). Nos dois programas, fez performances como Michael Jackson (1958-2009). E é no papel do rei do pop que Isacque brilha no palco no Citbank Hall, no espetáculo londrino Thriller Live Brasil Tour. Pois é. O bailarino enfrentou um seleção acirrada e ganhou a oportunidade de encarnar Michael, na infância, na época do grupo The Jackson 5. “Eu não esperava. Sou fã dele desde criança. Ele é um grande astro!” Dance

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Isacque Lopes Como você chegou ao musical Thriller?

Cheguei através de uma inscrição online, participei de audições com inúmeras crianças. E o total de inscritos, entre adultos e crianças, passavam de 2.500 pessoas. Você já conhecia o repertório de Michael Jackson?

Sim conhecia quase todo repertório, gosto muito de Buterflies e I Want You Back. Você já falava inglês?

Já tinha uma noção porque a minha mãe fala e cresci com o idioma em casa. Tive que aprender a pronúncia correta e o significado de cada palavra nas músicas, foi ótimo porque melhorou muito o pouco que eu já sabia.

Para um bailarino, não é um pouco frustrante não dançar as coreografias do Michael em cena? A propósito: você sabe dançar a coreografia do clipe de Thriller?

Sei, sim, quando saio de cena, fico morrendo de vontade de voltar para o palco. A parte que faço do Bad, a única que danço minha coreografia livre, me da vontade de ficar no palco. Como ficou a sua rotina, depois de entrar no elenco do espetáculo? Está dando para conciliar as aulas de dança com a escola?

Ainda não consegui encaixar as coisas porque acabou de começar tudo, mas vou voltar porque este ano tenho provas de coreografias e quero me formar, falta pouco. Como é o revezamento com os outros meninos?

Cantar profissionalmente era um sonho?

Somos quatro meninos, dois cariocas e dois paulistas. Cantamos em dias alternados para não atrapalhar os estudos. Quando eu canto à tarde, o outro menino do Rio canta à noite e, no dia seguinte, revezamos. Nos fins de semana, os paulistas vêm para o Rio e cantam no sábado, retornando, domingo, para São Paulo, porque também precisam estudar.

Teve alguma dificuldade para “encarnar” Michael Jackson?

Depois dessa experiência profissional, você acha que estará mais preparado para os festivais ou isso é indiferente?

Já cantava desde os três anos, mas nunca havia feito aulas. Assim como a dança, eu já tinha esse dom, só precisei ser ensinado a fazer o que eu gosto com técnica. A vontade de cantar profissionalmente veio quando eu dançava, mas sem cantar. Senti que faltava alguma coisa. Cantar sem dançar é estranho e dançar sem cantar, também.

Não. Ter minha mãe por perto e as aulas de canto me ajudaram. Nunca havia feito uma antes, mas já cantava sem uma preparação. Mas tinha que cantar exatamente como ele, e eu pensava que já sabia. Tive que me aperfeiçoar e queria deixar minha voz o mais parecida da dele . Como é, para você, subir ao palco num espetáculo profissional?

É saber que posso chegar aonde eu quiser. Precisa ter disciplina e respeito. Não tenho medo do palco, ouvir os aplausos me faz sentir que estou conseguindo transmitir o que o Michael transmitia ao público. A experiência com festivais o ajudou a encarar este trabalho?

Muito, se não fosse isso, não conseguiria este papel. Só acrescentou.

Sim, certamente, mas eu me preocupo com jurados julgarem com outros olhos. Como é a sua rotina de aulas e ensaios de dança?

Sou da Corpus (Escola de Dança), que é minha segunda família. Conheço cada mãe (de aluno de lá) e a minha é amiga de todas. São elas que ajudam a minha mãe a me buscar em casa , me levar para os festivais e a me trocar, quando minha mãe realmente não pode. Qual o seu maior sonho para o futuro?

Quero fazer carreira solo, cantando. E amo atuar. Então, meu sonho é fazer um papel marcante. Sei que está perto porque passei no último teste em uma emissora grande. 15

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Capa

Gala Royal Opera House

Thiago Soares e Marianela Nu単ez

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A cantora Justina Gringyte e os bailarinos Sarah Lamb e Steven McRae.

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Fotos Sheila Guimarães

temporada 2013 do Theatro Municipal do Rio de Janeiro abriu em grande gala. Literalmente. No dia 1º de março (e nos dois dias subsequentes), o espaço recebeu a companhia de ballet inglesa Royal Opera House. No palco, os bailarinos da companhia – Leanne Benjamin, Sarah Lamb, Steven McRae, Marianela Nuñez e Edward Watson, junto com os brasileiros Roberta Marquez e Thiago Soares –, três cantores líricos e a Orquestra Sinfônica do Municipal, apresentaram o espetáculo Gala Royal Opera House, que mesclou pas de deux de famosos ballets, coreografias contemporâneas, conhecidas árias de óperas e peças sinfônicas em homenagem ao bicentenário de nascimento dos compositores Giuseppe Verdi e Richard Wagner.

Thiago e Marianela

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Leanne Benjamin e Edward Watson

Roberta

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“Um espetáculo maravilhoso em todos os sentidos!”

Maria Luiza Noronha

“É deslumbrante ver um grande espetáculo com grandes estrelas e dois bailarinos brasileiros que são maravilhosos!”

Mariza Estrella

Steven e Roberta

“Lindo! Técnica, excelência e emoção!”

Carla Camuratti

“Um prazer estar de volta! Bom rever os amigos! Me faz bem estar aqui!”

Thiago Soares


Na arte de dançar por Fábio Matheus

Vaganova reinventa a arte de ensinar

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m nossa edição anterior, falamos um pouco da história da grande dama da dança russa Vaganova (1879-1951). Agora, iremos abordar as bases da metodologia que ela desenvolveu e sistematizou. “Era óbvio que eu não estava pogredindo e reconhecer isso foi terrível. Foi, então, que percebi que minha insatisfação era também com o velho sistema de ensino!”, declarou, certa vez, Agripina Yakovlevna Vaganov, a respeito do que a levou a desenvolver seu famoso método. Ou seja, como não estava totalmente satisfeita com as metodologias e a maneira que a dança clássica era ensinada naquela época, e como a escola russa ainda não possuia um sistema de ensino preestabelecido, a bailarina fez disso sua meta. Vaganova reinventou a forma de ensinar balé. Uniu a elegância e requinte da escola francesa à dinâmica, ao rigor, ao virtuosismo e à força da escola italiana. E aliou esses elementos a tudo que aprendeu com seus professores e coreógrafos. A Escola Imperial Russa era considerada por todos como uma boa instituição. No entanto, apesar de todos os seus méritos, Vaganova percebeu nela tendências estranhas ao balé, tais como

o uso forçado dos braços, a pouca mabeabilidade do tronco e as pernas pouco trabalhadas em toda a sua extensão, entre outros aspectos. Sempre pronta a ouvir esclarecimentos pedagógicos dos grandes professores das escolas francesa e italiana, Agripina foi gradativamente criando um sistema de ensino forte, de fácil compreensão, possibilitando assim uma técnica precisa e limpa. Um dos princípios básicos do método Vaganova foi enfatizar o dançar com todo o corpo, promovendo a movimentação harmoniosa entre braços, pernas, cabeça e tronco. Em suas pesquisas, Agripina entendeu que o tronco é a base de todos os movimentos, e que é imprescindível que o bailarino tenha o tronco firme e forte. Por este motivo, ela prescreveu alguns exercícios para essa área, tendo como objetivo facilitar para o bailarino o equilíbrio e o controle dos seus movimentos. Toda essa prática leva os dançarinos a desenvolver uma musculatura abdominal e costas extremamente fortes, que o ajudará muito. No lugar de depender da intuição e improviso durante as aulas, Vaganova tinha rigorosamente planejada cada classe. Assim, desenvolvia lições rapidamente, formando bailarinos através

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de desafiadoras e interessantes rotinas. Além disso, criou formas para explicar as razões por trás de cada exercício, para que os estudantes pudessem não só executá-los corretamente, mas para que também descrevessem a forma precisa e explicasse corretamente o objetivo do exercícico. Muitas vezes, madame Vaganova pediu aos alunos para descreverem por escrito a razão pela qual um passo não foi realizado corretamente, ajudando-os a compreender o que estavam fazendo errado e como corrigir suas falhas. Ela também fomentou criatividade em seus alunos, pedindo-lhes para criar novas combinações de passos que tinham aprendido nas aulas. Toda a sistematização foi desenvolvida para se criar hábitos nos quais, desde os primeiros anos, o bailarino adquira uma memória muscular precisa e forte, e uma memória cognitiva focada na força de vontade de se superar e dar o melhor de si. Até a próxima edição, na qual seguiremos falando da brilhante contribuição de Vaganova, que se tornou um divisor de águas na arte de ensinar balé clássico! Até breve!

*Fábio Matheus é membro da Varna Foundation e pedagogo de ballet clássico


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Notícias

Dance in Festival Royal Opera House

Carla Camuratti, presidente do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Dalal Achacar, Maria Luiza Noronha, Mariza Estrella e Ana Botafogo, entre outros, ficaram absolutamente extasiados com a apresentação do Royal Opera House. Entre os presentes, era unânime a opinião de que a temporada do teatro carioca não poderia ter sido iniciada de forma melhor. A companhia inglesa realmente emocionou a plateia e deixou um gostinho de “quero mais”. Tatiana Leskova e Ana Botafogo

Thiago Soares, Marianela Nuñez, Carla Camurati, Roberta Marquez e Steven McRae

Mariza Estrella mata a saudade do seu ex-aluno Thiago Soares com um forte abraço Maria Luiza Noronha e Dalal Achcar

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Dance in Festival

Notícias

Cristiana Oliveira

Marcos Frota e Renata Ceribelli

Thriller Live Brasil Tour Emoção é a palavra que melhor descreve a noite de pré-estreia, no dia 21 de fevereiro, do espetáculo londrino Thriller Live Brasil Tour, no Citibank Hall, no Rio de Janeiro. O musical, que faz uma homenagem a Michael Jackson (1958-2009), levou à casa de espetáculo famosos como as atrizes Cristiana Oliveira, Larissa Maciel, os atores Marcos Frota, Luciano Szafir, apresentadora Renata Celribelli, os casais Hans Donner,Valéria Valenssa, Carlinhos de Jesus e Rachel.

Larissa Maciel

Valéria Valenssa e Hans Donner

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Luciano Szafir fez questão de dar os parabéns ao menino Isacque Lopes que faz o Michael Jackson pequeno.

Carlinhos de Jesus e sua esposa, Rachel


Notícias

Dance in Festival

Romulo e Ana Palmieri realizados com a noite de estreia junto com os bailarinos Claudia Mota e Cícero Gomes

Noite de Gala

A Gala Clássica de Ballet, da Cia. Jovem Balletarrj, foi um sucesso. Nomes como Alda Marques, e Wanda Garcia, Eliana Caminada, João Wlamir, Aurea Harmmerli, Beth Oliosi e Eleonora Oliosi prestigiaram e aplaudiram de pé a apresentação da companhia carioca, numa noite que ainda teve a participação de Claudia Mota e Cícero Gomes, primeira bailarina e primeiro solista do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Eliana Caminada,Claudia Mota e João Wlamir

Beth Oliosi Claudia Mota E Eleonora Oliosi

João Wlamir , Aurea Harmmerli e Romulo Ramos

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Alda Marques e Wanda Garcia

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Perfil

Em busca de um sonho

JÊssica Barros enfrenta rotina pesada de aulas e ensaios de ballet para alcançar o seu objetivo: ser bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro

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Jéssica Barros Heloiza Gomes Sheila Guimarães Agradecimento: Bangu Shopping Por

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la só tem 14 anos, mas já tem rotina de bailarina profissional. Duvida? Com a palavra Jéssica Barros: “Faço aulas às segundas, terças, quartas e sextas. E ensaio às sextas, sábados e domingos, das 15h às 21h”. Achou pouco? Pois tem mais! A menina dança ballet, hip hop e jazz. Concilia a rotina pesada com o primeiro ano do ensino médio e participa de diversos festivais. Sempre com sucesso. “Nunca saí sem troféu”, diz, com um risinho meio sem graça. Mas fazer o quê? Como se diz por aí... A verdade é para ser dita. Para Jéssica – aliás, como para a maioria dos bailarinos –, a responsabilidade chegou cedo. Aos 6 anos, ela começou a fazer ballet na escola onde estudava. O que era para ser apenas um hobby logo se tornou coisa séria. “Sempre gostei de dança. Então, achei pouco e pedi para fazer um teste para o Centro de Convivência de Padre Miguel, zona oeste do Rio. A professora Vânia Reis gostou e, uma semana depois, comecei na escola de dança dela, onde estou até hoje”, conta Jéssica. No início, ela conciliava o Marcelino com a Escola de Dança Vânia Reis, mas, três meses depois, optou por ficar só com a segunda. Passado um tempo, Jéssica começou a assistir vídeos na internet de apresentações de outros estilos de dança e se encantou com o jazz e o hip hop. Passou a fazer os dois também, junto com o ballet. “Hoje, entro em competição nas três modalidade”, conta.

Enfrentando os percalços Jéssica mora em Padre Miguel, 27

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Rio de Janeiro, com a mãe, Vanusia, e a avó materna, Vanilcia, que lhe dão apoio total na escolha. Mesmo a vida não sendo lá muito fácil. “Minha mãe está desempregada há muito tempo. Ela tenta, tenta, mas não consegue nada. Minha avó é do lar, mas sustenta a casa com a pensão que meu avô deixou” revela. Jéssica, que é bolsista na escola de dança. “Depois que eu já fazia aula há um ano e pouco, disse que pararia por falta de dinheiro. Aí, a professora me deu a bolsa”, relembra. As dificuldades, no entanto, não impedem Jéssica de sonhar alto. “Quero que as pessoas me reconheçam pelo que eu faço e que entendam o que é a dança. Nem sei explicar direito, mas... A dança, para mim, é um prazer”, fala a jovem, embora admita que, assim como tudo, a área tem seu lado ruim também. “São as dores e os problemas que vêm da dança. Há dois anos, por exemplo, tive uma torção no tornozelo e um deslocamento na bacia de dois centímetros. Tive que ficar três meses imóvel em casa, fazendo fisioterapia, que uma amiga conseguiu de graça com o médico Lídio Toledo”, conta. Apesar dos percalços, Jéssica não esmorece. Seu maior desejo é ser bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. “Fiz teste quando tinha 9 anos, mas o nível era para pessoas com 13, então, não pude ficar”, diz. Ciente que o sonho não é fácil para ser realizado, Jéssica já tem um plano B. “Meu sonho sempre foi a dança. Mas, se por um acaso não der, vou fazer Engenharia Química”. Tomara que não precise. 28


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Homenagem

Uma vida dedicada à dança

Wanda Garcia foi bailarina do Theatro Municipal, comandou um grupo de dança com o seu nome, ministra cursos na área até hoje e é uma das mais conhecidas e queridas juradas de festivais no Rio Por Heloiza Gomes Fotos Sheila Guimarães

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alar da vida de Wanda Garcia requer fôlego. E não é para menos. Aos 76 anos, a ex-bailarina, professora e jurada de festivais tem um currículo extenso. Durante 31 anos, foi solista do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, de onde saiu aposentada em 1984. De 1978 até a aposentadoria, foi professora da Escola de Dança Maria Olenewa. Com as alunas de lá, formou o grupo Ballet Wanda Garcia. “Eu as levava para festivais, as ensaiava e fazia as coreografias. Na época, tinha um número X de apresentações para cada companhia. Aí, às vezes, eu inscrevia o grupo com o nome de Ballet Experimental WG. Dance

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Wanda Garcia Mas eram as mesmas meninas”, revela divertida. O grupo ensaiava aos sábados e domingos, das 17 às 22 horas, e Wanda – ou tia Wandinha, como é conhecida – não ganhava nada pelo trabalho, fazia por amor. E a companhia durou até 2.000. E por que terminou? “Começou com 6 meninas. De repente, tinha 40. E, se gente não pode ter as rédeas, é melhor acabar. E sair por cima”, justifica a mestra, que se orgulha de suas pupilas. “Roberta Marques, do Royal Opera House, a Letícia Oliveira, primeira-bailarina do Ballet de Chicaco, e a Karina Dias, do Municipal, foram minhas alunas”, conta Wanda, que, na época de bailarina, ainda achava tempo para dar aulas em quatro academias em Niterói. “O corpo de dança do Teatro Municipal de Niterói tem muitos elementos que passaram pelas minhas mãos”, revela. Com tanta bagagem, era natural que Wanda virasse jurada de festivais de dança. Mas, aqui, é bom que se abra um parênteses. Antes disso, quando ainda dançava, ela já exercia a função. Só que em outra área. “Fui jurada de escola de samba, de 1968 a 2000. Julguei vários quesitos, como mestre-sala e porta-bandeira, evolução e figurino”, surpreende a repórter. A partir de 1985, passou a se dividir entre o carnaval e o ballet. Peguntada como se define como jurada de festivais de dança, a nossa homenageada solta uma risada e dispara: “A tia Wandinha é a boazinha. Dou muito dez”. É que ela leva em consideração o esforço dos participantes. “Eles pagam a inscrição, ensaiam e, aí, chegam lá e recebem 2, 3?! Mas, mesmo dando dez, escrevo na ficha o que o dançarino precisa melhorar”, ressalta Wanda, que, atualmente, ainda ministra cursos de reciclagem para professores e bailarinos, de seis em seis meses. A repórter quer saber se, mesmo com tanto esforço, vale a pena participar de festivais. “Com certeza! O bailarino se faz no palco. As academias dão as armas, mas as apresentações dão crescimento ao artista”, explica. Wanda gosta tanto de festivais que os frequenta até mesmo quando não participa de bancas. “Gosto de assistir para ver as novidades. Tudo de dança me faz bem”, fala a ex-bailarina, que, apesar da paixão pela área, também é formada em Comunicação Social, com habilitação em Relações Públicas, Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Editoração. Detalhe: atuou em todas.

“A tia Wandinha é a boazinha. Dou muito dez”

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Saúde & Bem-estar

Quanta energia!

Haja disposição para encarar um palco, não é verdade? Então, que tal incluir na dieta alguns alimentos ricos em energia, essencial para dar conta da correria dos ensaios e apresentações, próprios do cotidiano de qualquer bailarino? Anote aí: banana, grãos, café, chocolate amargo e açaí não podem faltar. A banana é uma fruta rica em vitaminas, potássio, minerais e fibras. Ela ajuda a função muscular, previne a hipertensão arterial, produz energia e evita cãibras. Já os grãos (aveia, arroz, cevada, centeio etc) possuem carboidratos, vitaminas

e minerais, que dão mais disposição e dimunem o risco de doenças cardiovasculares. O café é um estimulante, que combate os radicais livres, ajuda na dilatação dos vasos e na queima de gorduras. O chocolate amargo, que tem menores índices de colesterol ruim do que o normal, eleva os níveis de serotonina (res-

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ponsável por regular o humor, o sono, os movimentos etc) e feniletilamina (estimulante cerebral natural), melhorando o ânimo e a disposição geral. E o açaí, além de ser uma rica fonte de energia, ainda tem propriedades antioxidantes e anticancerígenas. E estas são potencializadas se misturado ao mel e à granola


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Agenda AGENDA DOS FESTIVAIS 2013 Data

FESTIVAL

CIDADE – UF

CONTATO

Rio de janeiro-RJ

(21) 2501-5662

Nilópolis- RJ

(21) 3683-9720

Rio de Janeiro- RJ

(21) 2443-9645

Rio de Janeiro-RJ

(21) 2401-8087

ABRIL 6e7 13 e 14

IIFESTIVAL MOVIMENTO ART CARIOCA IV MOVIMENTO EM DANÇA FESTIVAL MAIO

18 e 19

PERFORMANCE

23,24,25,26

VIDANÇA JUNHO

8e9

FEST DANCE DE INVERNO

Rio de Janeiro – RJ

(21) 7635-0535

15 e 16

FESTIVAL DA BARRA

Rio de Janeiro – RJ

(21) 3433-0226

JULHO 04,05,06 e 07

COM-PASSOS

Rio de Janeiro – RJ

(21) 2289-1542

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DANCE IN MINAS

Belo Horizonte MG

(21) 7535-0794

Recife (PE)

21) 7535-0535

São Gonçalo -RJ

(21) 9519-0259

AGOSTO 03 e 04

DANCE IN RECIFE OUTUBRO

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FEST DANCE

Divulgue aqui seu festival - E-Mail revistadanceinfestival@gmail.com

ANO I - Nº 1 - EDIÇÃO: MARÇO/ABRIL/2013 A Revista DANCE IN FESTIVAL é uma publicação bimestral editada pela EDITORA MANUAL LTDA Diretora de Redação: Sheila Guimarães Editora: Heloiza Gomes Colaborador: Fabio Matheus Projeto Gráfico Lionel Mota Diagramação: Bianca Massacesi Fotografia: Sheila Guimarães SGPhoto Diretora Comercial: Lenny Guimarães Publicidade Horácio P. Soares

A EDITORA MANUAL não se responsabiliza pela opinião dos entrevistados, ou pelo conteúdo dos artigos assinados e anúncios publicitários, que não expressam necessariamente a opinião da editora. A reprodução total ou parcial das matérias só será permitida após prévia autorização da editora. Correspondência: AV: Rainha Elizabeth da Bélgica,540 – 202 Ipanema- Rio de janeiro –RJ CEP 22081-032 Tels: 21 2247-9368 / 21 9612-5869 / 21 9646-0720 Email: revistadanceinfestival@gmail.com Email: redacaodanceinfestival@gmail.com revistadanceinfestival

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