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5. A HOMEOPATIA A NOSSO FAVOR

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2. BIOGRAFIA

2. BIOGRAFIA

HOMEOPATIA A NOSSO FAVOR

Tratamento Homeopático Pré e Pós Cirurgia

Foto: Dr. Arnaldo Schizzi Cambiaghi/Reprodução

A Homeopatia é eficaz na prevenção e no controle de muitos sintomas, entre eles os de dores, inflamações, infecções e problemas emocionais, como ansiedade e medo, todos comuns em pacientes que estão prestes a passar por intervenções cirúrgicas ou se recuperando de cirurgias.

Segundo a terapeuta homeopata Sheila da Costa Oliveira, formada pela Universidade de Viçosa (UFV), a Homeopatia pode auxiliar a equilibrar os estados de medo e ansiedade com relação à intervenção cirúrgica e seus possíveis desdobramentos, elevando os níveis de saúde e purificando o sangue.

“Há preparados que auxiliam nas fases de pré e pós cirurgia, como os Sais de Schuessler, o chamado “trio do trauma”: Arnica, Hypericum e Symphitum, e o similimum do paciente, ou seja, o medicamento que mais se parece com a pessoa que será cirurgiada”, explica. “O simi-

limum equilibra todo o ser, e, por isso, serve muito bem para preparar para uma cirurgia e se recuperar dela. E se for utilizado com a frequência correta, o similimum vai sempre harmonizar a saúde como um todo, fazendo com que o risco de cirurgia seja minimizado e até eliminado, em muitos casos”.

O “trio do trauma” pode ser tomado de véspera e inserido na rotina do paciente logo após o despertar da cirurgia, por ingestão. Caso a pessoa não possa ingerir o medicamento, este pode ser aspirado e esfregado na pele, especialmente nas palmas das mãos, nas solas dos pés e no abdômen. Uma vez em contato com a pele, ele penetra o organismo e faz seu trabalho normalmente.

A Staphysagria também pode ser ingerida de véspera, preparando o organismo para receber com o mínimo de impacto o trauma cirúrgico.

Já os Sais de Schuessler devem ser ingeridos por um tempo maior, no mínimo 15 dias, para renderem o efeito de reequilíbrio sistêmico que eles são capazes de operar.

O similimum também pode ser dado de véspera ou em doses diárias, semanais, a depender do caso e de acordo com a avaliação do homeopata que acompanha o paciente.

Depois da cirurgia, o ideal é que o tratamento homeopático continue até a total recuperação, cujo tempo pode variar por conta do porte da cirurgia realizada e da sensibilidade do paciente.

Juliana Efting Hardt, 36 anos, moradora de Joinville (SC), precisou de cirurgia para retirar um câncer de mama e recorreu à Homeopatia para se preparar emocionalmente.

Foto: Juliana Efting Hardt/Arquivo pessoal.

“Tomei apenas uma medicação que deveria ser iniciada no mesmo dia da cirurgia. Comecei tomando duas vezes ao dia, e depois passou para uma vez ao dia. Tomei por 7 dias e passei muito bem, [com] pouquíssima dor ou desconforto”, conta. “Em conversa com a minha homeopata dias, mencionei que achava que até estaria melhor, pois [durante] os sete primeiros dias, enquanto tomava a medicação, fiquei tão bem que achei que a evolução seria mais rápida. Por isso, após uns 15 dias depois da cirurgia e já sem a medicação homeopática, ela pediu que eu retomasse a mesma uma vez ao dia por mais algumas semanas. Aí sim pude ter a certeza do quanto a medicação estava me ajudando. Eu não conseguia erguer o braço acima da cabeça, mas com dois dias de retomada de medicação eu já tinha todos os meus movimentos do braço normais e sem dor”, assinala Hardt, que continua fazendo uso de preparados homeopáticos para diminuir os efeitos colaterais causados pelos medicamentos pós câncer.

Já Edite Lopes de Souza, 49 anos, de Tabocas do Brejo Velho (BA) procurou tratamento homeopático para passar por uma intervenção cirúrgica de histerectomia.

Foto: Ana Paula Macedo/Arquivo pessoal

“Fiquei calma, não tive medo de passar por uma cirurgia tão grande e que mutila a mulher pro resto da vida. A anestesia me preocupava muito, porém não doeu e nem deixou sequelas. Não senti dores depois da cirurgia, a cicatrização da cirurgia foi muito rápida”, aponta Souza. Antes da cirurgia, vinha à mente a preocupação de não poder gerar e nem dar à luz um filho, porém, enfrentei a cirurgia de cabeça erguida”, complementa. Ainda de acordo com Souza, os resultados alcançados com o tratamento homeopático a deixaram confiante o suficiente para voltar a recorrer a ele no futuro. “A Homeopatia trabalha nos níveis físico, mental, emocional e espiritual. Trata a pessoa como um todo”, destaca.

No caso de MLT - nome fictício, uma vez que a paciente preferiu não se identificar -, 69 anos, moradora de Brasília (DF), os procedimentos cirúrgicos necessários foram os de quadrantectomia da mama direita, por conta do diagnóstico de adenocarcinoma, e redução da mama contralateral, por motivação estética.

Os preparados homeopáticos receitados para esse caso foram a China 12CH, no método plus, 24 horas antes da cirurgia e durante sete dias depois da intervenção, por conta do histórico de sangramentos da paciente; Arnica 30CH em composto com Hypericum perforatum 30CH por 30 dias a partir do dia da cirurgia; e Silicea 6CH após 2 meses, uma vez que um ponto ficou retido na cicatriz, gerando uma inflamação, e o médico responsável optou por aguardar a expulsão natural pelo corpo.

De acordo com o próprio mastologista de MLT, ele nunca viu uma recuperação tão rápida em termos de edema e inflamação, e a paciente não sofreu sangramentos ou hematomas no período pós-operatório.

Novamente segundo a terapeuta homeopata Sheila da Costa Oliveira, o tempo para observar os primeiros efeitos dos preparados homeopáticos no organismo varia de acordo com a sensibilidade do paciente.

“Em mais de 70% dos casos há melhora na dor, redução das inflamações e infecções, aceleração da cicatrização interna e externa. Alguns pacientes sentem esses bons efeitos desde a primeira ingestão, enquanto outros precisam de dois a três dias. Nas substâncias utilizadas para preparar o paciente, especialmente com relação ao medo e à ansiedade pré-cirúrgicos, os efeitos são praticamente imediatos, desde que o medicamento e a diluição estejam escolhidos adequadamente”, esclarece.

No momento de indicar preparados homeopáticos, o homeopata leva algumas questões em conta, como: o “estado miasmático”, ou seja, o tipo de predisposição ao adoecimento que o paciente apresenta; sua personalidade; características mentais, emocionais, energéticas; e seu modo de reagir à dor e ao sofrimento.

“Caso se trate de uma emergência e não haja possibilidade de atentar para esses aspectos mais profundos, deve-se escolher medicamentos pelo seu tropismo, ou seja, pelo sistema ou órgão ao qual aquela substância está mais ligada, e utilizá-la como emergencial, até que se acessem os demais dados importantes para o tratamento homeopático”, sugere Oliveira. “O tratamento homeopático é feito em fases, e, ao longo do processo, espera-se mudanças, tanto nos medicamentos, quanto nas diluições quanto na frequência. À medida que o estado agudo vai se acalmando, essa rotina também se modifica, para acompanhar o ritmo de cura da pessoa. Por isso, não se seguem protocolos uniformes, padronizados, pois a Homeopatia busca tratar o doente, e não a doença”.

Ainda segundo a terapeuta homeopata, a Homeopatia não possui contraindicações, “desde que a avaliação do que indicar seja feita por um profissional qualificado”, e uma boa forma de concluir se o tratamento está realmente sendo eficaz é a auto-observação.

“A Homeopatia sempre busca o equilíbrio do ser”, lembra Oliveira. “Então, deve-se observar se há sinais de equilíbrio mental, emocional, físico, espiritual e energético, como humor positivo e estável, boa qualidade de sono, bom apetite e bom funcionamento dos sistemas corporais, além da redução dos níveis de dor e aumento da condição de cicatrização. Caso isso não esteja ocorrendo, é preciso fazer nova avaliação para mudar a diluição, e/o remédio e/ou a frequência”, conclui.

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