REH_v.18, nº18, 2023

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Estudos

HOMEOPÁTICOS

Publicação Digital Quadrimestral Gratuita

Uma realização do Grupo Livre de Terapeutas Homeopatas do Centro-Oeste

Nesta edição...

você não vai querer perder! o combatente que virou

Ano 7

N° 18

Abril/2023

Revista de
ISSN 2965-3045
Sim!
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--Editora Executiva
Editorial

Mantenedores da Revista -

4--
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7 2 3 4 6 7 8 38 Revista de HOMEOPÁTICOS

HOMEOPATIA E NÓS

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Revista de Estudos HOMEOPÁTICOS

DIÁRIO DE BORDO – RETROSPECTIVA DO TRABALHO DO GRUPO LIVRE DE HOMEOPATAS DO CENTRO-OESTE

De dezembro a março, o Grupo Livre de Terapeutas Homeopatas do Centro-Oeste “curtiu” os bons resultados do 4º Saberth e descansou um pouco em janeiro, mas logo surgiu uma nova ideia: realizar lives mensais temáticas, atreladas a datas comemorativas mensais, e uma nova frente de trabalho se abriu.

Na estreia dessa ação, foi feita uma live sobre o Janeiro Branco, tratando de como a Homeopatia pode auxiliar no tratamento de distúrbios mentais. Em fevereiro, a segunda live tratou da abordagem homeopática

para o alcoolismo, e foi feita uma votação para escolher as datas comemorativas a trabalhar nessa linha de atuação, para os outros meses.

O Grupo tem então, sob sua responsabilidade, cinco frentes: estudos mensais, publicação da Revista de Estudos Homeopáticos, realização do Seminário Aberto de Terapeutas Homeopatas, atendimentos sociais em Homeopatia e outras PICs, lives temáticas mensais. Todos são bem-vindos para colaborar no sucesso de cada uma delas!

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Paralelamente a isso, uma reformulação do grupo de WhatsApp foi estruturada, para verificar quais membros ainda estavam adesos à proposta básica do Grupo, realizando movimentos de entrada e saída de participantes, de modo a dar mais sinergia ao trabalho do coletivo.

Uma assembleia geral foi convocada para o primeiro domingo de fevereiro, e todos os pontos de inquietação foram tratados, tomando-se decisões que foram comunicadas a todos, por meio de lista de transmissão.

Depois de várias tentativas infrutíferas de contato, foram excluídos 59 membros inativos, e outros 8 se retiraram espontaneamente, por se reconhecerem sem ligação com a proposta do grupo e/ou sem condições de atender às decisões de assembleia.

A partir dessa campanha, desenvolvida por 10 dias seguidos, pudemos aumentar a equipe de mantenedores e a remuneração das jornalistas, que, apesar de ainda estar abaixo do piso, conseguiu ser acrescida de R$ 300,00. O esforço continua, objetivando realizar a remuneração adequada, e seguimos em agradecimento constante pela dedicação e profissionalismo daquelas que materializam nosso sonho com esta publicação, única no mundo.

ANAIS DO 4º SABERTH

O 4º Saberth teve como tema Tratamento

Homeopático de Sequelas Pós-Covid, e con -

tou com a presença de 3 painelistas – Moacir Ferreira, Cynthia Sampaio e Cássia Luz -, e 5 apresentadores de caso: Bruna Salvate, Fernanda Campos, Karla Rúbia, Gilberto Santos e José de Assis.

A equipe gestora contou com a presença de José de Assis Marques, Nilvânia Carneiro, Regina Medeiros, Sheila da Costa Oliveira, Suécia Damasceno e Wellington Veras.

Para o aquecimento do ambiente digital com relação ao evento, foram realizadas 3 lives com os organizadores, os painelistas e os apresentadores de caso. Esse material digital continua disponível no canal @Saberth.br, e, com certeza, é parte do acervo do evento. Esperemos que continue sendo visto, cada vez mais!

Aliás, a visualização integral das gravações do evento vem aumentando a cada ano, passando de 35 visualizações do Saberth I, produzido em modo híbrido, a 794 visualizações do Saberth 4, totalmente online.

A partir do conteúdo trabalhado nesta quarta edição do evento, esperamos auxiliar o grande público a perceber que a Covid19 deixa rastros profundos na economia corporal, mental, emocional e social, e que as portas da Homeopatia estão abertas para tratar, de maneira amorosa e assertiva, indivíduos, famílias e coletividades que sofreram com mais esse adoecimento em larga escala que acometeu nossa casa planetária.

Acompanhe todo o conteúdo disponibilizado em nossas redes sociais e comente, auxiliando a dar mais visibilidade aos nossos perfis!

E em nosso blogue oficial: https://www.saberth.com.br/

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MOACIR FERREIRA

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CYNTIA SAMPAIO

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Abaixo você terá acesso ás apresentações, clique em seus respectivos links para apreciá-las.

CÁSSIA LUZ

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BRUNA SALVATE

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FERNANDA DE QUEIROZ

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GILBERTO SANTOS

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KARLA RÚBIA

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JOSÉ DE ASSIS

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Reprodução/ e National Cyclopaedia of American Biography, Volume III, 1893, página 477.

Constantine J. Hering nasceu em 1º de janeiro de 1800, em Oschatz, Electorate of Saxony, também conhecida como Saxônia Eleitoral, um território do Sacro Império Romano de 1356 a 1806.

Parte de uma família renomada, seu pai foi o compositor alemão Carl Gottlieb Hering, enquanto seus filhos se destacaram em diferentes áreas: Walter E. Hering foi fundador da Globe Ticket Company, a empresa de passagens mais antiga dos Estados Unidos; Hermann S. Hering lecionou e realizou pesquisas na Universidade Johns Hopkins, situada em Baltimore, Maryland, nos Estados Unidos, e veio a se tornar presidente da

igreja da Ciência Cristã, um movimento religioso fundado por Mary Baker Eddy, em 1866, na cidade de Boston, Massachusetts; e Carl Hering foi um engenheiro americano envolvido em estudos sobre baterias elétricas e fornos elétricos, chegando a fazer descobertas sobre a força eletromagnética.

Constantine J. Hering se interessou por medicina aos 17 anos de idade, e logo ingressou na Universidade de Leipzig, localizada na Alemanha. Lá, ele se tornou o aluno preferido do cirurgião Dr. Henrich Robbi, que o contratou para escrever um livro contra a Homeopatia. Naquela época, Samuel Hanhemann era considerado um pária dos partidários da medicina ortodoxa, uma vez que seu ‘Organon’ desafiava diretamente o sistema de medicina tradicional. O Dr. Robbi era um dos muitos críticos de Hanhemann e, assim como outros médicos, ridicularizava tanto a Homeopatia quanto seu fundador.

Em 1821, quando a campanha contra Hanhemann estava no auge, C. Baumgartner, fundador de uma editora em Leipzig, quis lançar um livro que acabasse de uma vez com o sistema homeopático. Robbi foi convidado a escrevê-lo, mas recusou por falta de tempo e recomendou seu jovem assistente Hering.

No entanto, ao ler as obras de Hahnemann e investigar as alegações clínicas da homeopatia enquanto se preparava para combatê-las, Hering se deparou com a famosa ‘nota bene para meus críticos’ no prefácio do terceiro

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volume de ‘Materia Medica Pura’, que dizia, entre outras coisas, “A doutrina apela não apenas principalmente, mas apenas ao veredicto da experiência - ‘repita os experimentos’, clama em voz alta, repita-os com cuidado e precisão e você encontrará a doutrina confirmada a cada passo’ - e faz o que nenhuma doutrina médica, nenhum sistema de física , nenhum dos chamados terapêuticos jamais fez ou poderia fazer, insiste em ser julgado pelo resultado.”

Hering aceitou o desafio, e repetiu o experimento da cinchona. O resultado foi exatamente o que Hanhemann havia escrito, e o pupilo do Dr. Robbi notou que havia verdade no tratamento homeopático. Em seguida, ele começou um estudo aprofundado da ‘Matéria Médica’ homeopática e se viu convencido de sua eficácia.

Em 1824, Hering e Hanhemann passaram a trocar correspondências e se tornaram amigos pessoais.

No inverno do mesmo ano, Hering feriu o dedo indicador direito enquanto fazia uma dissecação em um cadáver e foi diagnosticado com infecção gangrenosa, considerado um evento quase fatal na época.

Já que os remédios tradicionais não estavam surtindo efeito, Hering procurou um discípulo de Hanhemann, chamado Kummer, que lhe receitou o preparado homeopático Arsenicum album. Ao acompanhar o processo de recuperação e cura completa, a confiança dele no tratamento homeopático apenas se solidificou.

Hering também foi instrutor de matemática e ciências naturais do Instituto de Blochmann, em Dresden, na Alemanha, e, após sua graduação da Universidade de Würzburg, em 1826, recebeu uma comissão do rei da Saxônia para viajar ao Suriname em uma expedição de história natural. Hering se estabeleceu

lá por alguns anos, e então mudou-se para a Pensilvânia, um estado no nordeste dos Estados Unidos, em janeiro de 1833.

Ele foi um dos pioneiros da Homeopatia no país, chegando a fundar a primeira escola homeopática do mundo lá. Já de 1845 a 1869, ele ocupou as cadeiras dos institutos de medicina e matéria médica no Philadelphia College of Homeopathy. Ele dedicou muito do seu conhecimento ao estudo e à cura de quadros de saúde ligados a picadas de serpentes venenosas e hidrofobia, e também introduziu uma série de remédios homeopáticos à matéria médica, incluindo Lachesis, Psorinum e Glonoinum.

O médico e homeopata também escreveu livros importantes para a área em alemão e em inglês, tais como: Rise and Progress of Homeopathy (Filadélfia, 1834), Matéria Médica Condensada (1837), Sintomas Orientadores e Terapêutica Analítica, Médico Doméstico (1851), American Drug Provings (Leipsic, 1853), e dez volumes da obra Sintomas Orientadores, que, infelizmente, ele não viveu para concluir.

Além disso, Hering também introduziu a “Lei de Direção da Cura”, conhecida popularmente como Lei de Hering, que afirma que a cura ocorre do centro para os periféricos, da cabeça para as extremidades e na ordem inversa do desenvolvimento dos sintomas. Sua única obra específica sobre a terapêutica básica da Homeopatia, The Homeopathic Domestic Physician, foi publicada pela primeira vez em duas partes, em 1835 e então e 1838, e serviu a diferentes gerações de prescritores domésticos.

Hering faleceu em 23 de julho de 1880, aos 80 anos, na Filadélfia, cidade dos Estados Unidos.

Fonte: Whole Health Now

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Imagem: Divulgação.

A obra “Homeopatia no Saneamento Rural: promovendo a qualidade de vida e a sustentabilidade ambiental” é uma cartilha criada por estudantes e professores dos departamentos de fitotecnia, economia rural, educação e engenharia civil da Universidade Federal de Viçosa - UFV, localizada na cidade de Viçosa, no estado de Minas Gerais, e foi impressa pela gráfica da própria instituição.

Os temas abordados na cartilha foram tratados durante atividades de pesquisa e extensão universitária realizadas pela UFV na Escola Família Agrícola Puris, cuja sede é no município de Araponga.

A cartilha é dividida em cinco partes. Na primeira, são discutidos os conceitos de saneamento e Homeopatia. Em seguida, a importância da água. Já na terceira parte, a vida no rio e sua relação com o solo, matas e árvores é destacada. Na parte quatro, é apresentado um manual de sistemas de esgotamento, que retrata propostas de tratamento para esgoto doméstico rural. E na última parte, a prática de uso de florais e de preparados homeopáticos no saneamento com o objetivo de recuperação do equilíbrio ambiental é explicada de maneira clara e direta.

É possível encomendar a obra no site:

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NOTÍCIAS

Reprodução. Foto: Victoria Watercolor/Pixabay.

Uma matéria publicada no site o cial do jornal Estado de Minas discorre sobre a rejeição que o tratamento homeopático ainda sofre no Brasil, apesar de ser uma especialidade médica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) desde 1980, e também de sua importância no tratamento de crianças e adolescentes.

Nela, o médico Paulo Abrahão, pediatra e homeopata do Grupo Prontobaby, a rma que o tratamento homeopático de crianças e adolescentes é indicado para diferentes problemas de saúde e que, geralmente, a busca por terapias

alternativas à medicina tradicional partem da família dos pacientes:

“Em linhas gerais, ela costuma ser uma decisão dos pais, por ter um resultado satisfatório em crianças, principalmente, nas fases pré-escolares”, aponta o pediatra durante entrevista ao jornal Estado de Minas. “Os pediatras, muitas vezes, associam a Homeopatia aos tratamentos convencionais, como opção aos antialérgicos e antibióticos, nas doenças respiratórias agudas e crônicas; bem como para os distúrbios comportamentais”, acrescenta.

Ainda segundo o texto original, a Homeopatia é uma técnica adicional, e pediatras optam por ela para aumentar a e cácia do tratamento de um quadro de saúde sem rejeitar medicamentos usuais caso sejam necessários.

“A homeopatia atua equilibrando e corrigindo a energia vital do paciente, sendo capaz de diminuir de forma signi cativa o número de internações hospitalares”, destaca Abrahão. “O homeopata aborda o paciente como um portador de um desequilíbrio energético, sua visão vai além da doença, tenta alcançar por meio de poucos medicamentos a cura física e mental”, conclui o pediatra.

Fonte: Estado de Minas

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Reprodução. Foto: Václav Závada/Pixabay.

A fase idosa é a que mais deixa animais predispostos a desenvolver problemas de saúde. Em entrevista para a publicação Cães e Gatos, a médica-veterinária, doutora e professora da Universidade Santo Amaro (Unisa), sócia-proprietária da HD Science – Cursos de Pós-graduação em Homeopatia Veterinária, presidente da Associação Médico Veterinária Homeopática Brasileira (AMVHB) e membro da Comissão de Homeopatia do CRMV-SP, Cidéli de Paula Coelho afirma que a Homeopatia auxilia na promoção do bem-estar de cães e gatos idosos em diversas situações clínicas do adoecimento, inclusive enfermidades crônicas sem possibilidade de cura.

“A Homeopatia pode retirar os sintomas desagradáveis, atuar no alívio da dor e ajudar na questão cognitiva, como, por exemplo, a síndrome cognitiva senil canina”, explica Coelho.

Ainda de acordo com a especialista, todos os problemas de saúde de animais idosos podem ser tratados através da Homeopatia. No

caso de doenças ortopédicas, ela menciona que o tratamento homeopático pode ser usado para retirar e impedir que o quadro evolua. Quando o quadro de saúde envolve insuficiência renal, a Homeopatia pode auxiliar em qualquer etapa, mas se o tratamento iniciar precocemente, é possível retardar o avanço e, assim, contribuir para que o animal permaneça com seu tutor por mais tempo enquanto mantém sua qualidade de vida. “Tratei, certa vez, de uma gatinha com 18 anos, com insuficiência e que tomava soro, prostrada e sem se alimentar. Após o tratamento, o animal passou a se alimentar, parou a soroterapia e viveu mais quatro anos, veio a óbito com 22 anos”, aponta. “A Homeopatia não possui efeitos colaterais, isso já é uma vantagem enorme. A medicação não precisa ser metabolizada pelo fígado e excretada pelos rins e isso é uma segurança para animais idosos. [...] Não existe perigo de intoxicação medicamentosa”, conclui.

Fonte: Cães e Gatos

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Uma proposta para garantir a inclusão de tratamento homeopático e acupuntura na tabela de ações e serviços do SUS, editada pelo Ministério da Saúde, está circulando no Senado através do PL 2609/2022, do senador Marcos do Val (Podemos-ES).

A Acupuntura é uma técnica chinesa que consiste na inserção de nas agulhas em pontos especí cos do corpo, com nalidade terapêutica, principalmente no tratamento da dor. Já a homeopatia é uma especialidade de caráter holístico que foca o tratamento no paciente e não na doença.

Desde 2006 o Ministério da Saúde regulamenta a adoção de acupuntura, homeopatia e outras práticas integrativas e complementares no SUS, mas o senador destaca que a oferta dessas terapias depende da disposição do gestor municipal.

“Após os vários avanços sanitários e de gestão obtidos pelo SUS, desde sua criação, sabemos que a saúde pública ainda apresenta vários gargalos na atenção aos pacientes, já que muitos não conseguem acesso a atendimentos necessários à adequada recuperação de sua saúde, embora muitos deles não sejam sequer de alto custo ou complexidade”, aponta o senador.

De acordo com o Ministério da Saúde, as práticas integrativas e complementares estão presentes em quase 54% dos municípios brasileiros, distribuídos pelos 27 estados e Distrito Federal, e todas as capitais brasileiras.

A proposta aguarda despacho para as comissões temáticas do Senado.

Fonte: Agência Senado

Comemorado nacionalmente no dia 21 de novembro, o Dia da Homeopatia foi criado com o objetivo de reforçar a importância do tratamento homeopático como método terapêutico alternativo que se propõe a ajudar na busca por saúde integral. Segundo o Ministério da Saúde, é considerada homeopática uma medicação que empregue substâncias dos reinos animal, vegetal e mineral, sob as recomendações da Farmacopeia Homeopática Brasileira (FHB).

A Homeopatia é reconhecida e oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como parte do Programa Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). No Recife, o primeiro laboratório de produção de medicamentos homeopáticos para a rede pública foi inaugurado em 2006. Nomeado “Laboratório

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Reprodução. Foto: Karin Henseler/Pixabay.

de Homeopatia Maria Bernadete Cerqueira Antunes”, o estabelecimento é localizado na Unidade de Cuidados Integrais à Saúde (UCIS) Professor Guilherme Abath, no bairro do Hipódromo, e também é responsável por distribuir preparados homeopáticos de forma gratuita para os usuários do SUS da capital.

A Secretaria de Saúde do Recife manipula cerca de 300 medicamentos por mês através do Laboratório, atendendo aproximadamente a 200 usuários da Rede Municipal. Para ter acesso ao serviço, ofertado no UCIS Professor Guilherme

Abath, é necessário encaminhamento de prossionais de saúde via Sistema de Regulação.

“A medicação é produzida mediante prescrição feita pelo médico homeopata da unidade. Após isso, o paciente recebe orientação farmacêutica que irá guiá-lo sobre a melhor conduta a ser tomada durante o tratamento, para que haja sucesso no processo”, explica Renata Maia, farmacêutica homeopata da UCIS Guilherme Abath.

Fonte: Site o cial da prefeitura de Recife

Esporotricose é uma micose subcutânea causada pelo fungo do gênero Sporothrix, que infecta o organismo de humanos ou animais ao entrar em contato com feridas na pele. O número de casos da doença têm aumentado entre felinos de Catanduva, município brasileiro do estado de São Paulo.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, que tem realizado busca ativa por animais doentes e chegou a mapear dez regiões da cidade onde há colônias com felinos contaminados, cerca de 12 animais com suspeita da doença foram recolhidos para exames e tratamento durante em apenas duas semanas.

A esporotricose provoca lesões profundas na pele dos felinos e se espalham rapidamente, sendo transmissível entre animais e seres humanos.

De acordo com a médica veterinária integrativa Melissa Bueno, a esporotricose pode causar uma doença sistêmica, ou seja, atingir todo o corpo do animal, ao infectar os linfonodos:

“É transmitida rapidamente para o ser humano. O tratamento é longo e implica no uso de altas doses de antifúngicos”, cita a especialista, que ressalta a importância das terapias integrativas no tratamento. “Além das medicações alopáticas, existem outras que podem ajudar, como toterapias e homeopatias. São terapias integrativas que ajudam o animal doente a se recuperar com mais agilidade, pois ajudam na imunidade e no equilíbrio sistêmico”, destaca.

Ainda segundo a pro ssional, qualquer pessoa que veja animais doentes, com feridas e soltos nas ruas, sobretudo gatos, devem acionar a Unidade de Vigilância em Zoonoses:

“Se o tutor notar que seu gato apresenta uma ferida que não sara, leve-o rapidamente ao veterinário para avaliação e realização de exames, que vão con rmar ou não a doença”, orienta Bueno, que ainda faz questão de alertar que a esporotricose não é sinônimo de maus-tratos e que o quadro tem cura. “Não precisa maltratar um gato doente que está na rua. É só acionar o Centro de Zoonoses para tratamento. O tutor também não deve abandoná-lo.”

Fonte: O Regional

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Reprodução. Foto: Daga Roszkowska/Pixabay.

As empresas norte-americanas CVS Pharmacy e Walmart estão enfrentando uma batalha judicial por conta da venda de medicamentos sem prescrição médica, incluindo produtos homeopáticos.

A Center for Inquiry, organização sem fins lucrativos que entrou com os processos, argumenta que disponibilizar produtos homeopáticos sem prescrição médica é um merchandising enganoso que apresenta os produtos homeopáticos como alternativas equivalentes aos remédios baseados na ciência.

“Os medicamentos livres devem ser seguros e eficazes para serem tratados como

tal”, disse Kelly Karpa, ex-farmacêutica e professora do departamento de educação médica da East Tennessee State University. “Os produtos homeopáticos tinham seu próprio conjunto de condições sob as quais podem ser comercializados. Eles meio que ignoraram toda essa segurança e eficácia.”

Segundo a Food and Drug AdministrationFDA, uma agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, a segurança e eficácia de produtos homeopáticos não pode ser garantida.

Fonte: USA Today

A prevalência de doenças mentais na sociedade atual também pode estar relacionada ao sistema de assistência médica. A nal, a tendência de tratamento de sintomas, que costuma ser a mais seguida, suprime a causa raiz de diferentes quadros de saúde, o que pode até contribuir para que uma doença progrida e se manifeste em patologias graves, sejam físicas ou psicológicas.

Enquanto a psicologia clínica se concentra na avaliação, diagnóstico e tratamento de transtornos de saúde mental, a Homeopatia é uma abordagem holística que usa remédios naturais para tratar problemas de saúde física e mental, como ansiedade, depressão e estresse.

Para o Dr. Riyaz Badami, médico homeopata do Good Living Medical Center, em Dubai, uma abordagem integrada de cuidados de saúde mental combinaria o melhor da psicologia clínica e da Homeopatia:

“Essa abordagem permite que os indivíduos se bene ciem da experiência de um psicólogo clínico e de um homeopata”, a rma o especialista.

Mais informações nas redes sociais do Good Living Medical Center.

Fonte: Gulf News

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Segundo uma matéria da publicação

“I Am Expat”, o ministro da saúde da Alemanha, Karl Lauterbach, afirmou que o tratamento homeopático não deve mais ser coberto pelo seguro de saúde obrigatório na Alemanha.

Durante entrevista ao podcast Stimmenfang, da revista Spiegel, Lauterbach disse: “Apesar do fato de que a Homeopatia não é significativa quando se trata de volume de gastos [de seguro de saúde], ela não tem lugar em uma apólice de seguro de saúde baseada na ciência. Por esse motivo, vamos reavaliar se a Homeopatia deve ser removida como um benefício dos cuidados de saúde estatutários”.

O sistema de seguro de saúde alemão compreende o seguro de saúde obrigatório (Gesetzliche Krankenversicherung - GKV) e o seguro de saúde privado (Private Krankenversicherung - PKV). Muitos provedores de seguro de saúde obrigatórios do país oferecem tratamentos homeopáticos.

Apesar da reputação da Alemanha de empregar soluções lógicas e eficientes a problemas, o país tem uma longa história de promoção do uso de medicamentos homeopáticos. De acordo com um estudo de 2020 conduzido pelo instituto de pesquisa social Forsa, mais da metade dos alemães usaram a homeopatia e 70% estão abertos a tentar tratamento homeopático.

A matéria também menciona que a Homeopatia foi usada pelo regime nazista para promover uma agenda nacionalista por meio da “Nova Medicina Alemã” (Neue Deutsche Heilkunde), que enfatizava que os medicamentos eram fabricados na Alemanha e aponta que Samuel Hahnemann usava métodos que incluíam sangria e purga, que foram questionados por seus contemporâneos no campo da medicina.

Fonte: Iamexpat

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Em maio de 2022, a Dra. Mariya Aijaz Ahmed estava se preparando para seus exames de pós-graduação em Homeopatia quando sua mãe médica, Dra. Farzana, que dirigia uma clínica no lotado Nagpada, no centro de Mumbai, foi infectada com Covid-19 e não resistiu.

No entanto, apesar das circunstâncias sombrias e difíceis, essa garota Nagpada não permitiu que tamanha tragédia afetasse seu desempenho acadêmico. Ela se

destacou e ganhou uma medalha de ouro nos exames MD (Homeopatia) de 2022, conduzidos pela Maharashtra University of Health Sciences (MUHS), em Nashik, cidade do estado de Maharashtra, na Índia.

Hoje em dia, Ahmed dirige a clínica de sua mãe em Nagpada. Segundo ela, mesmo que ela pudesse ter conseguido um emprego em outro lugar, ela não queria que as lembranças da mãe desaparecessem:

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Foto: Reprodução/Times of India

“Ela construiu uma reputação [...]e conquistou uma enorme boa vontade por parte de seus pacientes. Quero levar adiante seu bom trabalho e que as pessoas me conheçam como filha da minha mãe”, disse ela.

Relembrando os dias e noites traumáticos que ela e sua família passaram imediatamente após a perda de sua mãe, Ahmed disse que continuou indo à clínica de sua mãe para levar kits de EPI, executando tarefas domésticas e confortando seu pai e irmão mais novo. “Sou a filha mais velha dos meus pais. Toda a minha vida fui mimada e, até a chegada da minha mãe, ela não me deixava entrar na cozinha porque queria que eu me concentrasse nos estudos”, recorda.

Ahmed também precisou assumir o controle das responsabilidades da família enquanto seu pai, o jornalista Aijaz Ahmed, também vivia seu luto.

“Meu pai estava inconsolável, e meu irmão completamente arrasado. Eles precisavam de apoio”, conta.

“Fiquei com o coração partido e foi Mariya quem me deu esperança”, relembra Aijaz Ahmed. “Ela assumiu responsabilidades que eram minhas e me incentivou a retomar meu trabalho. Ela é uma garota corajosa. A solidão teria me matado, mas Mariya encheu nosso mundo com sua inteligência, humor e maturidade”, acrescentou.

Mariya foi aprovada com louvor na Guru Mishri Homeopathic Medical College and Hospital, ganhando duas medalhas de ouro.

Fonte: Times of India

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A Homeopatia anda sendo cada vez mais associada à sustentabilidade, diante da pequena quantidade de matéria prima necessária para a confecção de preparados homeopáticos, sem esgotar os recursos de onde são retirados, e do interesse de priorizar métodos de recuperação do meio ambiente que não agridam a ora e a fauna locais.

Segundo o doutor em siologia vegetal pela Universidade Federal de Viçosa - UFV e presidente do Instituto de Homeopatia Benoît Müre, Carlos Moacir Bonato, 57 anos, o tratamento homeopático pode ser bené co para solo, planta e ambiente e todos os problemas que se apresentam no agrossistema, incluindo nos animais:

vidade das culturas agrícolas”, explica Bonato. “[...] A Homeopatia [...] têm baixíssimo custo e impacto ambiental praticamente nulo, uma vez que preparados homeopáticos apresentam ação apenas informacional e não química nos organismos. A agricultura atual traz em seu bojo um alto custo ambiental, uma vez que a aplicação dos agrotóxicos - xenobióticos - pode trazer a contaminação das águas, e todos os organismos da cadeia tró ca culminando com o homem. Além das questões ambientais, há um outro grande problema na agricultura convencional que é o custo de produção que a cada ano se intensi ca mais, pelo aumento constante dos insumos agrícolas. A Homeopatia, pelo contrário, traz economia, baixo custo e autonomia aos agricultores, trazendo mais renda, além da grande vantagem de manter a saúde dos agricultores e também dos consumidores.”

O terapeuta homeopata Marcos André Zerbielli, 44 anos, de Novo Cabrais/RS, atua na área de tratamento de áreas rurais e urbanas há oito anos e, atualmente, está trabalhando no tratamento de águas com foco em descontaminação, revitalização e controle de borrachudos e pernilongos, tanto em Novo Cabrais quanto em outros municípios da Região Centro, Serra e Vale do Rio Pardo:

“Atualmente, a Homeopatia usada com critério unicista tem sido efetiva no controle de pragas e doenças de toda ordem nas plantas. Além disso, a Homeopatia no agrossistema tem melhorado o crescimento, o desenvolvimento e a produti-

“Os nossos rios, as nossas nascentes, os nossos córregos estão intoxicados e morrendo. [...] Nos campos de cultivo, o que a gente tem percebido é um solo contaminado, desvitalizado, compactado, desestruturado. A Homeopatia vem, primeiramente, para [tratar] esse desequilíbrio. Como o solo é um mecanismo vivo, a Homeopatia vem para restabelecer a vida, a vitalidade deste solo. Eu trabalho com projetos produtivos homeopatizados e eu não abro mão do primeiro passo, [que é] fazer o nosódio do próprio solo

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Foto: Carlos Moacir Bonato durante curso realizado na Universidade Estadual de Maringá/Arquivo pessoal. Os profissionais entrevistados para esta matéria apresentam pontos de vista diferentes a respeito do tema, cada um sendo responsável por sua própria abordagem.

[...] e aplicar Homeopatia no próprio solo. O segundo passo é o tratamento das sementes ou fortalecimento das mudas, então, a Homeopatia vem para contribuir, trazendo o equilíbrio para estas situações: repelir insetos, pragas, fortalecer a planta, o desenvolvimento saudável de uma planta”, relata Zerbielli.

rio um levantamento dos sintomas de toda problemática - solo, planta e ambiente -, ou seja, é necessário uma espécie de anamnese para que o preparado homeopático selecionado cubra a maior totalidade dos sintomas e possa surtir o efeito desejado. Essa visão é totalmente diferente das condutas convencionais e requer conhecimento do pro ssional ou do agricultor.”

Ainda segundo Bonato, o tratamento do agrossistema com Homeopatia utiliza-se de analogias com a matéria médica humana:

“Como a Homeopatia não é tóxica, não agride e não polui, ela vem para trazer o equilíbrio. Se temos um solo equilibrado e saudável, uma semente saudável, equilibrada, consequentemente a planta que vai se desenvolver também vai ser uma planta extremamente equilibrada e saudável, que vai ter maior resistência ao ataque de pragas e intempéries. [...] Nestes dez anos de experiência, o que eu tenho observado é que o grau de satisfação do agricultor, do camponês, da família, é muito grande. Muitas vezes, a Homeopatia nas águas é porta de entrada para tratar a família como um todo”.

Novamente de acordo com Bonato, a Homeopatia conta com mais de três mil preparados homeopáticos que podem ser aplicados no agrossistema.

“Os preparados utilizados são, basicamente, os utilizados para os animais e seres humanos”, aponta o doutor. “Entretanto, o uso do preparado homeopático, independentemente do reino, requer muito mais do que protocolo. Para se indicar um preparado homeopático é necessá-

“Por exemplo, a Arnica montana - Homeopatia e não tintura - é utilizada para diversos tipos de traumas em humanos, tanto no âmbito mental como no físico. Utilizamos então dos conhecimentos dessa matéria médica de Arnica para o tratamentos de situações que cobrem os mesmos sintomas traumáticos em plantas, como por exemplo, traumas causados por poda, transplantes, granizo, e outros sintomas que indicam Arnica montana. Dessa forma, pela lei de similitude trata-se as plantas com grande e ciência”, esclarece.

Zerbielli, por sua vez, elaborou um protocolo para tratamento homeopático de águas que envolve diferentes preparados homeopáticos:

“Eu elaborei [o protocolo], a partir de uma parceria com o professor José Alberto Moreno e todo conhecimento histórico acumulado sobre as redes da Homeopatia que ele tem”, ressalta o terapeuta homeopata. “Primeiro, Nux Vomica para desintoxicar. Arsenicum album, que também vai desintoxicar e ativar a microvida daquele ser, seja da água ou dos solos. Natrum muriaticum, puri cador das águas. Carbo vegetabilis para despoluir e revitalizar. Aqui [no município de Novo Cabrais], a gente fez o nosódio do pernilongo. [...] Então, conforme a característica de cada [...] ser vivo daquele rio, daquela nascente, daquela fonte, a gente vai estabelecer um protocolo. Nós temos um trabalho de parceria com todas as escolas da rede pública municipal e esse trabalho vai ser feito pelos estudantes para aplicar Homeopatia, colocar os garrafões homeopatizados nos rios, nas nascentes, nesse traba-

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Foto: Marcos André Zerbielli durante ação no município de Vera Cruz-RS/Carolina Sehnem Almeida.

lho de descontaminar, revitalizar, fortalecer, dar vida para aquele ser vivo ali, até mesmo controle do borrachudo, do mosquito da Dengue, na água é essa nossa proposição.”

Já o tratamento de campos de cultivo segue um protocolo diferente:

“O primeiro [passo] de todos é o nosódio do solo. Eu não abro mão dessa Homeopatia.”, assinala Zerbielli. “O Pó de rocha [por exemplo] é um composto de micro e macro nutrientes que fortalece toda a estruturação do solo. Outra homeopatia que vai aí é o Carbo vegetabilis e outros muito usados são Sulphur, Silicea, Staphysagria e Cestrum euanthes, uma homeopatia que eu desenvolvi e está na fase de experimentação comunitária e de sistematização da Matéria Médica do uso. [...] Nux vomica e Arsenicum album [também podem ser usados], depende de cada campo, de cada situação, [...] de qual é a necessidade daquele ser, da anamnese daquela situação, daquele projeto de cultivo e do que vai ser tratado”, completa.

É importante ressaltar que o tratamento homeopático pode ser utilizado com outros métodos de recuperação de águas e de campos de cultivo, contudo, em alguns casos, a Homeopatia pode ser a única intervenção utilizada e garantir que os resultados esperados sejam alcançados com e cácia.

“O preparado homeopático, diferentemente de outros produtos químicos, não contamina o ambiente, e em muitos casos é a única alternativa viável, aceitável e autossustentável”, pondera Bonato. “Entretanto, deve-se considerar que a Homeopatia não se con gura em panaceia. E, antes de se pensar em Homeopatia, deve-se considerar que o bom manejo é fundamental

para o sucesso de qualquer empreendimento agrícola. Muitos querem resolver os problemas, mas esquecem de munirem-se de práticas simples que possam equacionar problemas simples como, por exemplo, manter uma boa drenagem do solo, uma vez que a umidade do solo, em excesso, traz como consequência o aumento signicativo de doenças, e assim por diante”.

Para Zerbielli, a escolha de utilizar a Homeopatia como único método de tratamento depende de caso a caso:

“Não teria necessidade de utilizarmos outras intervenções no cuidado das águas e do solo, porém, a gente tem acompanhado que a complementaridade, entre outras formas de tratamento, principalmente no que tange ao cultivo dos campos, como calda bordalesa, adubação orgânica e manejo de cobertura de solos, junto com a agricultura biodinâmica são ações estruturantes do solos que se complementam”, analisa. “A gente precisa ter um acompanhamento, uma avaliação. Cada solo, cada área tem sua história, seus registros biopatográ cos, tem a sua memória. Então, a partir daí, a gente precisa levar isso em consideração. O que eu faço bastante é o mapeamento energético da propriedade através da radiestesia. Ele, o proprietário faz um mapa da propriedade e a partir daí, através do pêndulo, conseguimos mapear quais são os pontos de emanação de energias positivas e negativas, e, quando há uma emanação de energia negativa, a gente vai no histórico daquela área para ver o que que é que aconteceu e qual Homeopatia a gente utiliza naquele espaço. [...] A gente tem vários casos de produção somente com Homeopatia, e com resultados satisfatórios. Mas quando utilizada com outras tecnologias limpas, elas também se complementam e dão o retorno que a gente precisa”, garante.

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De acordo com ambos os pro ssionais, é possível notar os resultados positivos do tratamento homeopático de águas e campos rapidamente:

“As mudanças são imediatas, variando em função da problemática”, aponta Bonato. “Por exemplo, no controle de pragas, os resultados podem ser visualizados imediatamente ou em prazos não maiores que um a dois dias. No caso de doenças, pode-se perceber os resultados, com um tempo mais dilatado, pela característica própria da doença em questão.”

Zerbielli complementa:

“A resposta da Homeopatia é muito rápida, questão de um ou dois dias. Quando a gente consegue fazer essa anamnese, quando você consegue entender o que está levando aquele ser àquele estado de harmonização, o que aquele ser precisa para voltar ao seu estado natural de fortalecimento [...], é rapidíssimo. [...] Enquanto a informação da Homeopatia estiver entrando em contato com a energia vital do animal ou da planta, a resposta já vai acontecendo. Muitas vezes, você precisa ter um certo grau de sutileza para perceber as pequenas grandes mudanças que ocorrem. [A Homeopatia] é uma ciência complexa, porém de uma simplicidade muito grande, a partir do momento que você compreende o mecanismo de ação dela. Chega a ser surpreendente o quão e caz a Homeopatia é no equilíbrio dos diferentes problemas que enfrentamos hoje, seja na contaminação da água, na contaminação dos solos, das plantas, dos animais.”

Ainda segundo Zerbielli, a Homeopatia é um instrumento potente na transição agroecológica e na harmonização do ecossistema do planeta como um todo.

“Se, por um lado, nós consumimos um alimento produzido com base tecnológica química, agroquímica, esse alimento consequentemente vai estar contaminado, e a partir do momento que a gente consome esse alimento ele vai compor a nossa energia vital porque o nosso organismo vai digerir esse alimento, e a parte dos nutrientes vai compor a nossa corrente sanguínea que é a nossa vitalidade”, ressalta. “Então, um alimento desvitalizado, contaminado, vai ter uma consequência para nós e para o nosso organismo. Por outro lado, se produzimos com base tecnológica limpa, com a homeopatia, que, além de harmonizar, também potencializa o efeito nutricional e terapêutico dos alimentos, então, nós teremos uma água equilibrada, solo saudável e equilibrado, planta saudável e equilibrada; consequentemente, aquele fruto, aquela semente, aquela hortaliça também vai estar, do ponto de vista nutricional, equilibrada, saudável e carregando, no seu DNA, na sua essência, a informação da homeopatia. Então no momento que consumirmos esse alimento, além de não deixar um rastro de destruição no planeta, também vai fortalecer a nossa energia vital, vai ter o seu efeito, além de nutricional, também terapêutico”, conclui.

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Em 2014, comecei a estudar homeopatia e uma das aulas tratou sobre a Thuya Occidentalis.

Considerando seu uso como medicamento miasmático, avaliei as características que eu apresentava à época e iniciei o uso na 6CH.

Nos meses seguintes, utilizei essa substância, aumentando as potências.

Após seis meses, dentre outras questões trabalhadas, eu pude observar que a cicatriz que eu adquiri em decorrência do parto cesárea, com formação de quelóide, foi clareando e se tornando apenas um “risco” branco. Fiquei muito feliz com o resultado.

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Barbara Kelly Rodrigues de Souza Prandini (41), Brasília/ DF Contadora e terapeuta homeopata Barbara Prandini. Foto: Suzeli Gomes Ramos

WCP - masculino (58), Goiânia – GO

Inicialmente, busquei ajuda com um terapeuta homeopata para tratamento da psiquê que há décadas me perturbava: o mau humor crônico.

Essa condição foi agravada quando iniciei a graduação na área onde atuo, com tendência a quadro que somente após muito tempo fui compreender se tratar de crises de pânico.

Sentia os maus tratos desde rapazinho, porém, quando passei a perceber o quanto eu fazia mal para minha família, passei a sentir culpa e isto me impulsionou a procurar solução.

Entre outras alterações comportamentais que me abalavam, a que mais me perturbava era a pouca ou nenhuma tolerância a mudanças, a contrariedades.

Qualquer episódio tinha o poder de acordar minhas tendências explosivas, fato que me abalava o corpo todo e por muitos dias.

A fragilidade gastrointestinal fazia ter sucessivas ulcerações dos tecidos conjuntivais na boca; aftas que sempre chegavam com dores, dificultando a fala e a alimentação, histórico que agravava com a ingestão de medicamento alopáticos, fato que sempre me fez evitar uso deles.

Cada vez que iniciava o uso de uma fórmula homeopática, e foram várias, um turbilhão de sentimentos e sensações me abalavam.

Demorei muito a compreender que eram efeitos colaterais dos medicamentos, e sempre eram diferentes; existiu, inclusive situação que me fez pensar que estava ficando louco, porém, depois de alguns dias usando as fórmulas, todo o mal estar desaparecia sozinho. Da forma abrupta que vinha, também desaparecia.

Nesta época também busquei ajuda com psicoterapeuta e fiquei triste em ver a insistência do profissional para eu me consultar com um psiquiatra - eu sabia que prescreveriam medicamentos com potencial para piora do caso. Dizia ela: “Eu gosto da psiquiatria porque os remédios eliminam os sintomas muito rápido”.

Com o avanço do tratamento, passei a compreender que eu sofreria influência das fórmulas nas minhas percepções externas e pude buscar o autocontrole.

Interrompi o tratamento por um ano ou mais e retornei; principalmente por desenvolver dermatite e crises de ciático.

Foi uma nova fase.

Agora eu já compreendia que eu sofria com crises de pânico, e apesar de ocorrerem por frações de segundos, eram aterrorizantes. Quando penso nisso lembro de “ o grito de Van Gogh” - esse artista foi feliz em conseguir traduzir um sentimento tão complexo. Nesta nova etapa do tratamento, as reações colaterais que outrora eram psíquicas, agora passaram a ser físicas.

A cada nova fórmula reações diferentes aconteciam e sempre afetando este ou aquele órgão.

Ainda não concluí o tratamento, mas vejo uma sensível melhora.

O sentimento de perda parece não doer tanto. Raramente, muito raramente sou visitado com as crises de pânico, e quando vêm, não têm se instalado.

As crises de aftas diminuíram sensivelmente, e quando se manifestam não são tão doloridas e cicatrizam mais rápido.

Penso em posteriormente escrever um livro sobre essa estrada que escolhi seguir e registrar minha profunda gratidão aos terapeutas homeopatas que me assistiram e também, é claro, à Homeopatia.

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EVITE MESMO A AUTOMEDICAÇÃO! PARA SABER COMO E QUANDO USAR
CADA SUBSTÂNCIA CITADA NAS MATÉ -
RIAS DESTA REVISTA, OU EM QUALQUER OUTRO LUGAR, PROCURE SEMPRE UM HOMEOPATA. HÁ RISCO DE EFEITOS INDESEJADOS, SE A PRESCRIÇÃO NÃO FOR FEITA ADEQUADAMENTE.
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Adriana Braga/Arquivo pessoal.
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HOMEOPATIA TAMBÉM É CIÊNCIA

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39 Revista de HOMEOPÁTICOS Estudos

A cada edição da Revista de Estudos Homeopáticos, apresentamos um medicamento homeopático nesta seção, com o objetivo de demonstrar os efeitos e a abrangência do tratamento homeopático como método terapêutico que trata desde transtornos funcionais a doenças mais complexas.

Dessa vez, o escolhido é o Sulphur, e nós reunimos três pro ssionais para falar sobre sua origem, indicações e administração, entre outros pontos, em linguagem clara e acessível, a m de que qualquer indivíduo possa interpretar os dados compartilhados, independentemente de ser ou não homeopata.

Segundo a terapeuta homeopata Bruna Salvate, 41 anos, brasiliense e formada pela escola Caminhos Alternativos, o Sulphur também é conhecido como “Sulphur Lotum” e “Sulphur Sublimatum”, e é preparado a partir do enxofre:

Foto: Bruna Salvate/Arquivo pessoal.

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“[É um] corpo simples da família dos metalóides, encontrado em grande quantidade na natureza, próximo a certos vulcões, em estado nativo”, explica Salvate. “Combinado com metais, seja como sulfureto ou sulfato, nos compostos orgânicos, entra na constituição de materiais albuminóides, apresenta-se em forma de corpo sólido, amarelo-limão e sem odor, é insolúvel em água e álcool, e solúvel em éter, benzina, azeites e sulfureto de carbono”.

Como complemento, Francisco Marini Júnior, 53 anos, também terapeuta homeopata e morador de Minas Gerais, relata que o Sulphur é produzido a partir da trituração das chamadas “flores de enxofre”:

“Uma solução saturada de enxofre em álcool absoluto forma a tintura”, explica. “A trituração de enxofre amorfo também tem sido usada”.

Ainda de acordo com Júnior, outros nomes pelos quais o Sulphur é conhecido são “Flores Sulphuris”, “Sulphur Sublimatum Lotum” e “Sulphur Depuratum”.

Segundo o farmacêutico e terapeuta homeopata Alisson Brandão Ferreira, 46 anos, e também de Minas Gerais, o enxofre é um elemento constitucional essencial da matéria viva, tanto sob a forma de enxofre mineral quanto orgânico:

“O enxofre participa de numerosos processos enzimáticos primordiais no nível das etapas de síntese e no nível energético. Ele é indispensável para o funcionamento dos organismos”, aponta Ferreira. “Sulphur é o enxofre (S) sublimado e lavado. Sulphur sublimatum lotum se apresenta sob a forma de um pó amarelo, inodoro, insípido, praticamente insolúvel na água, ligeiramente solúvel em etanol, solúvel em dissulfeto de carbono e em óleo de oliva, sendo homeopatizado conforme Farmacopeia Homeopática Brasileira”.

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Foto: Francisco Marini Júnior/Arquivo pessoal. Foto: Alisson Brandão Ferreira/Arquivo pessoal.

O Sulphur pode ser indicado para quadros fisiológicos e emocionais, colaborando para estabilização ou cura dependendo do caso. “É um importante medicamento para doenças respiratórias crônicas acompanhadas de afeções na pele, que compõem o miasma psórico” afirma Salvate. “De forma mais resumida, doenças causadas pela psora são quase que todas as formações fortuitas, desde a verruga comum até o maior dos tumores sarcomatosos, desde malformações nas unhas até o inchaço dos ossos e o encurvamento da coluna, bem como muitos outros amolecimentos e deformidades dos ossos, tanto em idade precoce quanto mais avançada, além de desordens sanguíneas, diarreias, constipação, convulsões, úlcera, inflamações crônicas e sono ruim.

Júnior, por sua vez, ressalta que “são inúmeras as doenças para as quais o Sulphur é indicado, sempre lembrando que a indicação é individualizada”.

Já Ferreira compartilha que tem a precaução de estudar bem a situação antes de utilizar o tratamento Sulphur, por conta de dois motivos principais:

“Em Sulphur, as características gerais podem ser consideradas mais abundantes e importantes do que as mentais”, assinala. “E, principalmente, por considerar o que Kent relatou: Sulphur é um remédio tão completo, que é difícil dizer como começar a descrevê-lo. Parece ter semelhanças com todas as doenças, e o prescritor que começa lendo as patogenesias

de Sulphur precisa pensar, naturalmente, que outro remédio não faz falta, já que a imagem de todas as doenças parece estar contida nele. Mas, não cura todas as afecções do homem, e não precisa ser usado indiscriminadamente. Parece que quanto menos um prescritor sabe de Matéria Médica, com mais frequência dá Sulphur; mas também é muito frequentemente dado por bons prescritores, de modo que a linha entre a ignorância e o conhecimento dos prescritores não consegue ser traçada pela frequência com que usam Sulphur”, esclarece. “Resumindo, o enxofre diluído e dinamizado influencia favoravelmente numerosas manifestações inflamatórias subagudas ou crônicas; e ele contribui para a regulação da circulação sanguínea arterial e venosa, e favorece a desintoxicação hepática”.

De acordo com os três profissionais, o perfil geral do indivíduo que precisa do preparado homeopático Sulphur é formado por características físicas, emocionais e intelectuais.

Salvate acredita que o “paciente Sulphur” é “inteligente, ditatorial, orgulhoso e sabe - pensa - o que é melhor para ele, que não se importa com sua limpeza e que é muito agitado de forma criativa, com comportamento paradoxal e muito eloquente também, criança precoce. Crianças engenhosas e astutas em descobrir como as coisas funcionam, briguentos, irritáveis, inquietos”.

Júnior completa afirmando que, geralmente, são “Pessoas magras, arqueadas, com an -

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dar de idoso, [...] com mau cheiro e secreções sempre fétidas”, além de pele rugosa, espessa e sujeita a erupções várias.

Segundo Ferreira, outras características desse indivíduo são a ansiedade, o humor alternante, a introspecção, dificuldade de concentração e compreensão de informações, e o descuido com higiene pessoal.

“Gordos ou magros, o comportamento do tipo Sulphur com boa saúde é o de um indivíduo otimista e ativo; este se torna resmungão, irritável e preguiçoso na fase de morbidade, sobretudo se ele for magro. A desordem, a sujeira e a negligência, a tendência a filosofar são sinais caracterológicos hipertrofiados depois da descrição do ‘filósofo maltrapilho’ feita por Nash; muito aleatórios, estes critérios caracterológicos não são evidentemente patogenéticos”.

“O Sulphur, como nenhum outro medicamento, possui a maior quantidade de sintomas opostos”, pondera Ferreira. “Desejo de doces e aversão, desejo de gordura e aversão, desejo de leite e aversão, sensível ao calor e falta de calor vital, meticuloso e sujo, lentidão e rapidez, etc. Tem que seguir tudo ao pé da letra, por isso é escrupuloso na prática religiosa. Para cada paciente, permanece subentendido que a indicação de Sulphur depende da consideração da totalidade dos sinais clínicos e paraclínicos, dos antecedentes hereditários psóricos do doente e de seu passado patológico desde sua primeira infância. [...] De fato, todas essas descrições correspondem a formas clínicas de indivíduos

que, por sua constituição e seu modo de vida, terão tendências às patologias que justificam o uso de Sulphur. [...] Entendo que a utilização de Sulphur depende de como o paciente/cliente se apresenta durante o atendimento, seu histórico e da conduta terapêutica do profissional homeopata devidamente habilitado”, conclui.

Para Júnior, o conceito de cura na Homeopatia é complexo:

“Entendo que ‘curar’ é não focar nos sintomas, o sintoma é o fenômeno da ruptura do equilíbrio original da pessoa. A cura pela homeopatia é baseada na díade: paciente e sua estrutura constitucional e a escolha individualizada do medicamento. Se o Sulphur for medicamento constitucional daquele indivíduo, muito provavelmente teremos êxito”, garante. “Toda indicação homeopática é individualizada, não existindo um protocolo fixo de tratamento para tudo ou para todos. No entanto, Sulphur raramente cura sozinho. Se for continuado, então, além de duas a três semanas, as melhoras se estagnam ou até retrocedem. É necessário fazê-lo seguir por outro remédio”, aconselha o terapeuta homeopata.

É possível encontrar o Sulphur no formato de glóbulos, comprimidos, tabletes, pomada, creme, gel e xampu, dentre outras formas farmacêuticas. A manipulação deve respeitar a legislação nacional e internacional, e deve ser realizada por farmácias homeopáticas devidamente habilitadas e autorizadas.

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Revista de Estudos HOMEOPÁTICOS

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