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Estudos
Publicação Digital Quadrimestral Gratuita
Uma realização do Grupo Livre de Terapeutas Homeopatas do Centro-Oeste
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Nesta edição...
Anais do 5º Saberth
Homeopatia nos distúrbios gastrointestinais
Ano 8
N° 21
Abril/2024
Quem pode ser tratado com Veratrum album?
Editorial
Finalizando nesta edição nosso sétimo ano de existência ativa e ininterrupta, trazemos os anais do 5º Saberth, muitas notícias e conteúdos importantes, e uma interessante biografia: Albert Leprince, homeopata francês multidisciplinar que é uma grande inspiração para todos nós.
Neste número, também nos permitimos uma homenagem mais pessoal, a um de nossos colegas de estudo na turma de formação em Homeopatia pela Homeobrás: Francisco Viana, falecido por Covid 19 durante a pandemia. Como nossa matéria médica deste mês era o ‘apelido homeopático’ dele, trouxemo-lo para um ‘depoimento póstumo’, na seção “Com a palavra, os atendidos...”
Sim... Também de saudades vivem os homeopatas...
Boa leitura a todos e que venha o nosso oitavo ano editorial, sempre abençoado! A equipe editorial.
Grupo Livre de Terapeutas Homeopatas do Centro-Oeste
revistadeestudoshomeopaticos@gmail.com
Nossa Revista é mantida com contribuições voluntárias. Quer se tornar também um mantenedor e auxiliar a divulgar a Homeopatia? Envie uma mensagem para revistadeestudoshomeopaticos@gmail.com ou WhatsApp para (61) 99934-5001 e lhe enviaremos o termo de adesão. Sua colaboração garante o sucesso desta publicação!
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O Grupo “Terapeutas Homeopatas do Centro-Oeste” é uma organização informal, sem fins lucrativos, autogestionada e responsável pela publicação da Revista de Estudos Homeopáticos, periódico quadrimestral, totalmente digital e gratuito para os leitores, disponível no ISSUU (repositório internacional de revistas digitais).
O objetivo dessa Revista é divulgar ao máximo a ciência/arte da Homeopatia, para democratizar o acesso às terapias integrativas e fortalecer a rede de terapeutas homeopatas do Centro-Oeste, bem como os prestadores de serviço correlatos a esta importante área de atuação.
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Fraternalmente, nossa gratidão. Brasília, ..................... de....................................................... de 20____.
Carta do Leitor
Nilvânia Carneiro, Goiânia, GO
A Revista de Estudos Homeopáticos tem sido muito útil para o meu trabalho como Homeopata, pois ela tem ricos conteúdos que agregam aos meus conhecimentos e facilitam na hora das minhas pesquisas e de meus estudos. Obrigada!
Maria Mendes da Costa Oliveira, Sobradinho, DF
Contribuo mensalmente com muito prazer, com R$ 25,oo, pra ajudar a manter a Revista. Sei que é pouco, mas, como sou pensionista do INSS, é o que posso fazer por enquanto. Esse trabalho é muito lindo e eu me beneficio da Homeopatia todos os dias, há anos! Que todos continuem firmes nesse trabalho!
Juliane Mertch Poem, Florianópolis, SC
Daqui de Floripa, acompanho cada edição com muito carinho! Aprendo bastante com cada leitura! Como só preciso abrir, tanto no celular quanto no notebook, fica muito fácil acessar. Creio que deveriam cobrar algo... Vejo que deve ter muito serviço por trás de cada publicação. Parabéns!
EXPEDIENTE
Jornalista Responsável
Angélica Calheiros
Editora-Executiva
Sheila da Costa Oliveira
Conselho Editorial
Ramon Lobo
Sheila da Costa Oliveira
Angélica Calheiros
Projeto Gráfico e Diagramação
Karine Santos
Redatores
Angélica Calheiros
Grupo Livre de Terapeutas Homeopatas do Centro-Oeste
Revisão
Sheila da Costa Oliveira
Contato
Email: revistadeestudoshomeopaticos@gmail.com
Primeira Parte
HOMEOPATIA E NÓS
DIÁRIO DE BORDO
RETROSPECTIVA DO TRABALHO DO GRUPO LIVRE DE HOMEOPATAS DO CENTRO-OESTE
De dezembro/23 a março/24, o Grupo Livre de Terapeutas Homeopatas do Centro-Oeste concretizou o 5º Saberth, preparou e aprovou o relatório executivo do evento, enviando-o aos patrocinadores e demais membros do Grupo. Foi um dia emocionante e muito agradável, ambiente harmonioso e cheio de aprendizados preciosos. O retorno ao presencial finalmente aconteceu, e esperamos que a edição deste ano seja ainda mais exitosa, em Brasília, no primeiro domingo de dezembro.
A vigésima primeira edição da Revista foi montada, trazendo os anais desse evento, nas páginas a seguir. Esperamos que todos apreciem os resultados!
Este ano, as lives temáticas mensais foram retomadas em fevereiro. Os temas foram votados por Google Form e mais três voluntárias se juntaram à atual equipe organizadora desta frente: Bárbara Prandini, Edite Lopes e Vanessa Rescia. Para auxiliá-las na execução das novas tarefas, foram criados passo-a-passos para organização das lives e preparação dos roteiros. Dessa forma, podem ir trabalhando sem necessidade de muita orientação direta de quem já é veterano na atividade. E é sempre muito bom ver a equipe mais envolvia crescer e se desenvolver! Dá uma felicidade grande, e tudo fica mais leve para todos!
Anuários da Revista foram impressos e enviados a diversos membros do Grupo que quiseram essa versão, indo um conjunto completo de volumes para a Grécia, onde ficarão, como parte do acervo de pesquisas, na biblioteca do IACH – Academia Internacional de Homeopatia Clássica, de George Vithoulkas. Um grande avanço para nossa visibilidade!!!
A divulgação das lives passou a ser feita sistematicamente com cidadãos portugueses, muitos deles também homeopatas, por meio de nossa companheira Ana Dóris, que atualmente reside lá, para estudos.
Ao retomar os estudos mensais, em fevereiro/24, o Grupo decidiu rever o Organon, nossa bibliografia mais básica, para relembrarmos conteúdos e ressignificarmos aprendizados anteriores. A cada mês, um terapeuta do Grupo, ou uma equipe, conduzirão as reflexões, a partir de parágrafos de sua livre escolha. Com isso, com certeza, aumentará a harmonização conceitual e procedimental do Grupo, que atua intensamente em atendimentos sociais, por todo o Brasil. Sigamos juntos para mais um quadrimestre de estudos e trabalhos!
Acompanhe todo o conteúdo disponibilizado em nossas redes sociais e comente, auxiliando a dar mais visibilidade aos nossos perfis!
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E em nosso blogue oficial: https://www.saberth.com.br/
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Biografia:
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Albert Leprince é um dos homeopatas franceses dos mais completos e inovadores. Sua obra foi muito estudada no Brasil, quando o francês ainda era idioma obrigatório nas escolas. Nascido em Boucé - Orne, em 16 de julho de 1872, viveu 99 anos, falecendo em Gien –Loiret, em 31 de março de 1971.
Aprendeu a ler muito cedo e sempre se interessou por ficção científica, sobre a qual também escreveu, na obra O segredo de Budha, de 1943, e pela ciência, propriamente dita.
A escola não constituiu para ele um desafio, pois aprendia rapidamente e trazia constantemente a seus professores perguntas mais difíceis do que eles conseguiam responder. No entanto, não se mostrava arrogante, e ajudava aos colegas com dificuldade de aprendizagem com alegria e boa-vontade.
Ao se formar em medicina, em 1898, pela Universidade de Montpellier, especializou-se em Oftalmologia, tornando-se, rapidamente, muito respeitado nesse ramo. Nessa especialidade, introduziu o exame oftalmológico periódico para os estudantes, visando a manter e melhorar sua acuidade visual durante os estudos.
Rapidamente ampliou suas competências profissionais, tornando-se também farmacêutico, inclusive, de preparações homeopáticas.
Sua mente inquieta e vibrante também o fez navegar pela cromoterapia, pela medicina natural (fitoterapia, acupuntura e terapia floral), a metaloterapia, a radiestesia, e adotou a abordagem homeopática como uma de suas mais fortes ferramentas, divulgando-a por meio de inúmeros escritos, inclusive o que resenhamos na seção Vale a pena ler..., desta Revista, nas próximas páginas: L’Homéopathie, medicine atomique.
Participou igualmente de diversos grupos de estudo e trabalho em parapsicologia, física e farmácia, sempre contribuindo para os avanços técnicos e científicos das áreas que abraçava.
Publicou 65 títulos abordando esses temas, muitas vezes integrando-os com maestria, e provando, à medicina de seu tempo, que todas as ferramentas terapêuticas podem ser usadas em conjunto, harmonizadas, para promover o bem-estar dos indivíduos em tratamento. Esse, inclusive, é o pressuposto das PICS – Práticas Integrativas e Complementares em Saúde – adotado pelo Sistema Único de Saúde no Brasil. Alguns de seus títulos publicados: A acuidade visual dos escolares e o tratamento racional da miopia e suas complicações, de 1905; A vitalidade humana e a medicina do amanhã, de 1931; Das radiações cósmicas às ondas humanas, de 1948; O câncer, sua assinatura e sua cura, de 1949; Como rejuvenescer o or -
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ganismo e o sistema nervoso, também de 1949; Cores e metais que curam, de 1957; Medicina eletrônica, o elixir da longa vida, de 1962.
A radiestesia diagnóstica foi um de seus grandes instrumentos, servindo-se dela para diagnósticos diferenciais e integrando-a às prescrições homeopáticas e de minerais, tendo sido o eletromagnetismo uma de suas maiores paixões, durante toda a vida. Criou o diagnóstico pelas cores e escreveu 5 títulos sobre as possibilidades médicas da radiestesia, fazendo para ela muitos adeptos.
Serviu-se de seus conhecimentos para cuidar muito bem de si e de seus familiares, e isso lhe assegurou um histórico de poucos adoecimentos e muita jovialidade, até seu falecimento tranquilo, enquanto dormia, em 1971.
Adaptado de https://data.bnf.fr/ fr/12620542/albert_leprince/
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Vale a pena ler...
A HOMEOPATIA, MEDICINA ATÔMICA
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Esse título foi publicado pelo Dr. Albert Leprince na França, em 1952, e tinha como objetivos maiores exaltar, diante do grande público, a figura de Hanhemann, e explicar, em linguagem acessível, os princípios e as grandezas da Homeopatia, que estava sendo motivo de muitos ataques, na época, inclusive com ameaça do fechamento das farmácias homeopáticas.
Apresenta as bases da arte de curar, faz reflexões sobre o vitalismo e o eletromagnetismo humano e medicamentoso, além de abordar, sinteticamente, as principais matérias médicas dos medicamentos chamados ‘policrestos’ – de largo espectro de ação.
Em um dos parágrafos, defende que a Homeopatia não é nem pode se tornar hermética, mas sim uma medicina universal. Para ele, torná-la acessível a todos significava não torná-la vulgar, mas permitir que os interessados inteligentes pudessem chegar até ela e compreendê-la sem empecilhos.
Ainda não traduzido para o português, pode ser encontrado na Amazon e em sebos de publicações em saúde, e constitui um excelente apelo para nos tornarmos leitores de mais um idioma, ou, pelo menos, de organizarmos um esforço de tradução!
NOTÍCIAS
BRASIL
Governo de Belo Horizonte participa da Conferência Internacional de Homeopatia na Agricultura
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) participou de dois eventos ligados à Homeopatia durante o último mês de dezembro: a I Conferência Internacional de Agricultura Homeopatia e Ambiente e o II Simpósio de Agrohomeopatia. Ambos ocorreram de forma remota e reuniram especialistas de diferentes países para debater a implementação da homeopatia como abordagem integrativa em práticas agrícolas, tanto em áreas urbanas quanto rurais.
A agrônoma da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica - FPMZB, Marina Portugal Torres, representou a PBH numa mesa redonda com a temática “Homeopatia na paisagem e jardins” e apresentou o projeto do Jardim Homeopático Agroecológico, que prevê a criação de um jardim, na área de visitação do Jardim Botânico da região, que tem como proposta aproximar os visitantes da importância da Homeopatia.
O Jardim Botânico desenvolve pesquisas e projetos com o uso de preparados homeopáticos em plantas e no ambiente desde 2003, tratando, especialmente, casos que envolvem controle de pragas e doenças.
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Reprodução: Suziane Fonseca/Acervo Belotur. Site da PBH.
Com organização da Comissão Europeia de Homeopatia e da Associação Brasileira de Homeopatia na Agricultura e Ambiente (Abhama), a Conferência aconteceu pela plataforma Zoom e foi aberta à participação do público, que pôde se inscrever on-line e gratuitamente.
O projeto “Jardim Homeopático Agroecológico” começou a ser desenvolvido pela FPMZB no ano de 2005 com uma concepção paisagística que contaria com a representação de plantas, animais em forma de esculturas e os minerais utilizados no preparo de medicamentos homeopáticos, inserindo visitantes na agroecologia e produção orgânica com o objetivo de promover a conservação ambiental. Contudo,
a pandemia de Covid-19 estabeleceu necessidades de gastos emergenciais com saúde e segurança alimentar, portanto, a implementação do projeto foi pausada para que a prefeitura pudesse atender às necessidades imediatas da população.
Para ser apresentado na Conferência, o planejamento do “Jardim Homeopático Agroecológico” foi revisitado e atualizado, assim, sua área original de quase 1.700 m2, ganhou um anexo com cerca de 350 m2 na área de visitação do Jardim Botânico.
A nova proposta mantém a concepção original e busca seguir a tendência mundial de unir jardins artísticos e ecológicos, dando destaque à vegetação brasileira e represen -
tando culturas diversas como as de milho, feijão, café e plantas medicinais, com predominância das utilizadas no preparo de preparados homeopáticos.
A sinalização do “Jardim Homeopático Agroecológico” contará com placas da logomarca alusiva à Homeopatia e opções de QR code relacionadas a conteúdos que incentivem o tratamento homeopático.
Dessa forma, a prefeitura de Belo Horizonte espera educar a população acerca do uso da Homeopatia como ferramenta não poluente, que contempla aspectos sociais e traz impactos econômicos positivos.
Árvores recebem tratamento homeopático no Rio Grande do Sul
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Foto: Parque Witeck/Site da prefeitura de Novo Cabrais.
Segundo publicação do site do Conselho NaNo dia 10 de janeiro, um grupo liderado pelo diretor do Conselho Nacional de Autorregulamentado de Homeopatia de Novo Cabrais (RS), Marcos Zerbielli, participou de uma ação para tratar áreas reflorestadas na região. De acordo com uma publicação de Zerbielli
nas redes sociais, mais de 3 mil árvores nativas e frutíferas foram tratadas com preparados homeopáticos para cicatrizar folhas e hastes feridas por insetos, harmonizar o crescimento, estimular a nutrição e aumentar a defesa contra pragas, entre outros, e passou por locais como o Centro de Referência em Saúde Popular Comunitária, a área da Estação de Tratamento do Esgoto da cidade e o Parque Witeck. A ação contou com múltiplos parceiros, como a Administração Pública de Novo Cabrais, o Instituto Cultural São Jorge, a Secretaria do Meio Ambiente de Novo Cabrais e a Associação Brasileira de Homeopatia Popular Comunitária - ABHP.
“Mais um pequeno passo para consolidar Novo Cabrais como a capital nacional da Homeopatia e da ecologia”, comemorou Zerbielli em sua publicação.
Rede Municipal de Saúde de SP conta com tratamento homeopático em 12 equipamentos
A prefeitura da cidade de São Paulo está disponibilizando tratamento homeopático em equipamentos da rede municipal, como Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Ambulatórios de Especialidades (AEs) e hospitais.
Segundo matéria publicada no site da prefeitura, cerca de 17 médicos homeopatas foram designados para oferecer esse serviço para a população e, no ano passado, foram realizadas mais 7.638 consultas homeopáticas na rede.
Um dos homeopatas contratados pela prefeitura é Eduardo Nishimiya Takeyama, que atua na área há 20 anos e atende no Hospital e Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte da região.
Para ele, ainda de acordo com a matéria, uma das características mais marcantes do tratamento homeopático é o vínculo que se forma entre homeopata e paciente:
“O homeopata entende cada sujeito como um todo, então, ao longo da consulta, ele precisa saber como o paciente está psiquicamente, ou seja, como está seu humor, memória, pensamentos, se está tudo bem no trabalho e em suas
relações afetivas e familiares, além de todos os detalhes dos sintomas físicos, claro”.
A professora Marcia Cristina Brienza Pereira, de 51 anos, começou tratamento homeopático em 2003 e também aparece na matéria, compartilhando sua experiência como paciente do Hospital Vila Nova Cachoeirinha:
“Em relação à consulta, o que mais gosto é a extrema atenção do médico, com muitas perguntas e cuidado com cada detalhe”, relatou.
Segundo ela, os resultados são “fantásticos”, incluindo casos de doenças crônicas como rinite e enxaqueca, algumas de suas principais queixas. Para ter acesso à rede de atendimento homeopático municipal, o cidadão precisa fazer uma solicitação na UBS de sua referência. A partir daí, também é possível retirar os medicamentos homeopáticos prescritos de forma gratuita a depender do acervo disponível em cada unidade de atendimento.
Fonte: Site da prefeitura de São Paulo
MUNDO
Na Alemanha, erro de fabricação causa “overdose homeopática”
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Foto: Detlev Cosler/Pixabay.
Um alemão de 53 anos sofreu uma série de sintomas após consumir um remédio homeopático e, após investigação aprofundada, descobriu que o medicamento continha uma concentração 600 vezes maior de Atropa belladonna, planta conhecida por propriedades tóxicas.
Quando o paciente procurou atendimento e apresentou queixas que incluíam confusão, sonolência, tontura, ansiedade, fraqueza muscular e deficiência visual, nem ele nem os médicos inicialmente suspeitaram do remédio homeopático.
Tal incidente apontou para um grave erro de manipulação, levantando sérias preocupações sobre a supervisão e o controle de qualidade na produção de preparados homeopáticos.
Segundo a doutrina homeopática, a potência terapêutica de uma substância aumenta com a diluição, acompanhada de agitação vigorosa, processo conhecido como sucussão. No entanto, esse caso ilustra uma falha no cumprimento dessas orientações, que levou um paciente a consumir, involuntariamente, uma dose perigosamente alta de uma substância que, em diluições homeopáticas adequadas, não apresentaria qualquer risco.
No Brasil, é possível verificar se farmácias de manipulação são confiáveis ao verificar se possuem registro no Conselho Regional de Farmácia - CRF e farmacêutico responsável registrado.
Fonte: BNN Breaking
Explorando a Homeopatia Veterinária como auxiliar terapêutico
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Foto: Fabiana Fernandes/Pixabay.
Muitas práticas médicas, como a medicina Ayurveda e Unani, existem na Índia desde tempos imemoriais. A Homeopatia foi criada em 1807 pelo médico alemão Samuel Hahnemann e se baseia no entendimento de que o mesmo produto químico gera os sintomas que o paciente apresenta.
Os medicamentos homeopáticos são produzidos a partir de uma variedade de fontes naturais ou artificiais, incluindo bactérias, vírus, fungos e parasitas de plantas. No domínio da medicina ve-
terinária, existe uma grande variedade de modalidades de tratamento para atender às necessidades de saúde dos nossos queridos pacientes animais, e a Homeopatia ganhou popularidade como uma abordagem alternativa ou complementar aos cuidados veterinários convencionais.
Muitos especialistas veterinários da Índia empregam a Homeopatia para tratar animais com diferentes condições médicas.
Como o uso de antibióticos e outros agentes antimicrobianos na agricultura está suscitando preocupações significativas, há um interesse crescente nas terapias homeopáticas veterinárias. A resistência antimicrobiana também tornou mais difícil o tratamento de doenças como mastite, tuberculose, pneumonia e infecções por Salmonella. Como resultado, um número crescente de agricultores biológicos está a adoptar remédios homeopáticos para o seu gado.
Compreendendo a Homeopatia Veterinária
Baron Van Boenninghausen foi a primeira pessoa a praticar a Homeopatia em animais e tratou uma ampla gama de espécies. A Homeopatia opera com base no princípio de “semelhante cura semelhante” e na noção de dose mínima. Isso significa que as substâncias que produzem sintomas semelhantes aos de uma doença em indivíduos saudáveis são diluídas em concentrações ultra baixas e administradas nos pacientes para estimular os mecanismos inatos de cura do corpo. Além disso, a Homeopatia enfatiza a individualização do tratamento, levando em consideração os sintomas, o temperamento e a constituição geral únicos do paciente.
Aplicações
Os praticantes da Homeopatia Veterinária aplicam os seus princípios a um número vasto de condições de saúde em animais, incluindo doenças crônicas, problemas comportamentais, doenças de pele, problemas músculo-esqueléticos e até doenças agudas. Desde artrite e alergias até ansiedade e distúrbios digestivos, os remédios homeopáticos oferecem alívio e apoio sem os efeitos colaterais frequentemente associados aos medicamentos convencionais.
Os defensores da Homeopatia Veterinária frequentemente citam evidências anedóticas e estudos de caso para demonstrar sua eficácia. Histórias de recuperações notáveis e melhorias na saúde animal não são incomuns na comunidade homeopática.
Na Índia, vários fatores ambientais, como um clima quente e úmido, juntamente com más
práticas de criação de animais em comparação com as técnicas de ordenha por parte dos agricultores, predispõem os animais ordenhados à mastite, que é a infecção da glândula mamária, representando uma séria ameaça à segurança económica de agricultores.
A abordagem terapêutica para a mastite envolve uma combinação de antibióticos de longo prazo e selantes internos das tetas - que os antibióticos secam. O uso indiscriminado desse tipo de tratamento é cada vez mais arriscado devido ao aumento contínuo da resistência antimicrobiana que pode afetar negativamente a saúde humana.
Devido à resistência antimicrobiana, as superbactérias crescem a um ritmo alarmante, ceifando a vida de pacientes todos os anos, e prevê-se que, em 2050, vão causar mais mortes do que o cancro. Portanto, pode-se afirmar que se trata de uma bomba-relógio que precisa ser neutralizada antes de sua explosão.
Na Índia, o uso de antibióticos é proibido na agricultura orgânica e biodinâmica devido a regulamentações legislativas. Logo, o uso de medicina alternativa, como a Homeopatia, é incentivado.
Há, também, um desafio significativo para os especialistas veterinários no tratamento da glândula mamária fibrosada de vacas com medicamentos alopáticos; portanto, terapias custo-efetivas como a Homeopatia para o tratamento de mastite estão sendo praticadas em todo o mundo.
Recentemente, resultados promissores com uma combinação de remédios homeopáticos no manejo de infecções do úbere foram relatados em vacas leiteiras, apontando que a combinação de medidas de gestão da saúde do rebanho e de melhoria ambiental com o uso de Homeopatia pode ser uma estratégia bem-sucedida para reduzir o uso de antibióticos.
Medicamentos homeopáticos combinados também demonstraram resultados promissores no tratamento da gastroenterite viral canina, do anestro pós-parto em animais leiteiros e da diarreia inespecífica em bezerros, de acordo com vários estudos indianos.
Conclusão
A prática da Homeopatia Veterinária ocupa um nicho único no espectro da saúde animal. Embora as opiniões sobre a sua eficácia e legitimidade variem amplamente, continua a atrair
interesse e intriga de donos de animais de estimação, veterinários e investigadores.
Tal como acontece com qualquer abordagem terapêutica, é essencial que os donos de animais de estimação participem em discussões informadas com os seus veterinários, avaliem as evidências disponíveis e tomem decisões que se alinhem com os melhores interesses dos seus companheiros animais. No final, quer se adote a Homeopatia como abordagem principal de cuidado de animais ou não, o objetivo final permanece o mesmo: promover a saúde e o bem-estar dos nossos queridos amigos animais.
Fonte: Greater Kashmir
Parteira é multada em R$ 1,4 milhão por substituir vacina por Homeopatia nos EUA
Em comunicado emitido no dia 17 de fevereiro, o Departamento de Saúde dos EUA informou que uma investigação contra a cidadã Jeanette Breen, uma parteira, concluiu que ela forjou cerca de 12,5 mil registros de vacina no Sistema de Informação sobre Imunização de Nova Iorque desde 2019. Além disso, uma investigação policial comprovou que Breen aplicou preparados homeopáticos em 1,5 mil crianças, ao invés de imunizantes para doenças como sarampo e poliomielite.
De acordo com a NBC News, as pílulas homeopáticas eram administradas por via oral e entregues por um fornecedor de outro estado. Contudo, os comprimidos não são aprovados pelo Food and Drug Administration ou pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças como agente imunizante.
Segundo um porta-voz do Departamento de Saúde de Nova Iorque, pais e responsáveis das
crianças imunizadas com Homeopatia pagaram Breen pelo serviço.
O advogado da parteira, David Ekew, afirmou que a ré pretende cooperar totalmente com a polícia e que já pagou a multa.
Nos EUA, as crianças que receberam vacinas falsas têm entre 4 e 18 anos.
Fonte: Terra
Nota da equipe editorial: A HOMEOPATIA JAMAIS DEVE SER USADA DE MANEIRA ILEGAL, SEJA EM QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA. A EXISTÊNCIA DE EVENTOS FRAUDULENTOS LOCALIZADOS NÃO DEVE SER FATOR DE DEPRECIAÇÃO DA HOMEOPATIA COMO ARTE DE CURAR.
COM A FALA, OS ATENDIDOS
(nesta edição, excepcionalmente, os depoentes optaram por manter-se incógnitos. Isso, no entanto, não invalida seus depoimentos, checados devidamente pela equipe editorial).
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PAULA EMANUELE
GARCIA DE ARAUJO
42 anos, Fisioterapeuta, Casada Nasci e moro em Brasília, DF.
Em meados de 2022 eu busquei a Homeopatia quando percebi que minha filha não estava respondendo bem ao tratamento convencional (alopático) de rinite alérgica, sendo cogitada a possibilidade de cirurgia para retirada da adenóide.
Eu sempre acreditei que nossas dores/traumas são decorrentes de emoções mal ou não resolvidas, então, a cirurgia neste caso não seria e não foi uma possibilidade de tratamento. Apesar desta crença, eu ainda não tinha tido contato com esse fantástico “universo home -
opático” e nossa grande sorte foi termos sido acolhidas por uma terapeuta extremamente competente, que, posteriormente acabou tratando outros “traumas” mãe/filha, meu cachorro, minhas plantas...
Enfim, além de resolver nossos problemas, meu maior e principal ganho com a Homeopatia foi vivenciar essa tão fantástica conexão entre mim e minha filha, que tanto vislumbrei e que só pude ter acesso após iniciarmos esse viés de tratamento.
Se recomendo a alguém??? Sim e sempre, porque é possível encontrar a cura através da Homeopatia! E vale ressaltar que é uma alternativa acessível até na questão financeira. Obrigada por terem me dado a oportunidade de falar brevemente da minha experiência com a Homeopatia e espero que todos se permitam vivenciar os benefícios da mesma.
Deixo aqui o meu carinho à terapeuta, por ter sido e ser tão assertiva em TODAS as escolhas de tratamento. E que o mundo seja HOMEOPÁTICO!!! =) Abraço!
FRANCISCO VIANA
Esse depoimento é uma homenagem póstuma ao nosso querido colega Francisco Viana, que faleceu aos 73 anos, em 2020, durante a pandemia, pela Covid 19, e que, carinhosamente, recebeu da nossa turma de formação o apelido de Veratrum, medicamento trabalhado nesta edição da nossa Revista. Saudades, Viana!!!... A redação deste depoimento é resultado de adaptação de apresentação feita em uma das aulas do nosso curso, por ele e o outro colega com quem fazia dupla, na atividade de busca do similimum.
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FRANCISCO VIANA
Advogado e homeopata de Novo Gama – Go, entorno do DF. Terapeuta homeopata formado pela Homeobrás.
mudar de ideia depois de tomar uma decisão e explosivo quando contrariado.
Não gostei de ouvir isso, mas essa descrição correspondia muito bem a mim, na época. Ocasionalmente, eu sofria de episódios de diarreia intensa, acompanhados de dor abdominal muito forte, e que me deixavam muito abatido. Iniciei o tratamento com uma diluição baixa – 5CH –e a reação foi muito forte, desencadeando uma grande crise.
Meu colega indicou a mudança para 12CH e houve melhora imediata da crise física, mas exacerbamento da crise mental-emocional. Passado um mês, tomei uma dose única na 30CH e a crise mental-emocional foi completamente debelada. Ainda usei Veratrum na 200CH, e então, me veio uma vontade espontânea de falar de minhas dificuldades com relação a aceitar sugestões, opiniões dos outros e a fazer as coisas com calma e sem esperar aplausos. Nunca mais tive episódios diarreicos e comecei a viver uma nova fase da minha vida.
Utilizei Veratrum como similimum, por indicação de um colega de curso de homeopatia, em uma das tarefas propostas pela equipe pedagógica: um colega tratar o outro para descobrir seu similimum.
Ele usou como parâmetro para essa escolha os sintomas mentais e energéticos: pessoa muito senhora de si, amigo das homenagens e reconhecimentos sociais, com grande dificuldade para
EVITE MESMO A AUTOMEDICAÇÃO! PARA SABER COMO E QUANDO USAR CADA SUBSTÂNCIA CITADA NAS MATÉRIAS DESTA REVISTA, OU EM QUALQUER OUTRO LUGAR, PROCURE SEMPRE UM HOMEOPATA. HÁ RISCO DE EFEITOS INDESEJADOS, SE A PRESCRIÇÃO NÃO FOR FEITA ADEQUADAMENTE.
HOMEOPATIA A NOSSO FAVOR
Tratamento homeopático de H. pylori
Quem já fez endoscopia, procedimento não cirúrgico que analisa o trato digestivo, provavelmente já se deparou com o termo H. pylori ou Helicobacter pylori. Trata-se de uma bactéria que se aloja em órgãos como estômago e intestino, e que está presente em, aproximadamente, 40% da população mundial, sem provocar sintomas, doenças ou complicações na maioria das pessoas. Às vezes, entretanto, causa processos inflamatórios como gastrite e úlcera péptica e, segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS, é um agente carcinogênico, relacionado ao desenvolvimento de câncer gástrico.
De acordo com a Dra. Bianca Haj, 28 anos, formada pelo Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos - Uniceplac, a manifestação dessa bactéria no estômago ocorre, principalmente, em casos de hipocloridria, quando há diminuição do ácido produzido pelo estômago.
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Foto: Dra. Bianca Haj/Arquivo pessoal.
“Dessa forma, a barreira imunológica é afetada e o crescimento bacteriano aumenta, desencadeando inflamação local e diminuição de vitaminas e nutrientes essenciais que ocorrem no estômago, principalmente ferro, vitamina B12 e aminoácidos”, aponta a médica. “Isso afeta o equilíbrio do organismo de forma direta, piorando anemias, causando dificuldade de memória e sintomas como refluxo e dores no estômago. O aparecimento de H. pylori pode ocorrer associado a gastrite, uma inflamação do estômago que, de forma crônica, trará uma série de deficiências metabólicas e consequências também em outros órgãos, como sobrecarga hepática e alterações cerebrais”.
Boa parte dos medicamentos convencionais usados no tratamento de infecção por H. pylori provoca múltiplos efeitos colaterais. Nesse cenário, a Homeopatia surge como uma alternativa amena, que trata o indivíduo como um todo enquanto impulsiona o organismo no processo de autocura.
Segundo a terapeuta homeopata Sheila da Costa Oliveira, 63 anos, formada pela Universidade Federal de Viçosa e pela Homeobrás, o tratamento homeopático de H. pylori por si só já pode resultar em cura completa do quadro:
“Pode-se sim, obter a cura total de H. pylori com Homeopatia, especialmente se for feito o diagnóstico precoce. Além da medicação específica para a infecção, é preciso fortalecer a pessoa como um todo, modificar alimentação, hidratação, regime de sono e estratégias de enfrentamento do estresse, seja ele de qualquer natureza”, ressalta.
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Para Gilberto Alves Gomes dos Santos, 37 anos, também terapeuta homeopata e representante da 5ª geração de raizeiros (pajelança) da etnia Kariri, os principais preparados homeopáticos associados ao tratamento de H. pylori são o Ácido sulphuricum, que age em sintomas de azia e eructações azedas que inflamam a região periodontal com desejo de bebida alcoólica; o Calcarea carbônica, indicado para cãibras estomacais que pioram com pressão, água fria e inchaço acima da boca do estômago; Argentum nitricum, quando há ponto dolorido acima da boca do estômago que se irradia para todo o abdome, além de dores incômodas de ulceração, queimação e constrição; Capsicum, se o indivíduo sente queimação na ponta da língua, flatulência e sensação de um buraco no estômago; Carbo vegetabilis se há relatos de sensação de peso no estômago, sonolência, alívio temporário com arrotos ou presença de eructações rançosas; Copaiva quando o indivíduo relata casos de fezes duras e de difícil eliminação; H.pylori, que estimula a ação do órgão nas potências CH4 a CH6; e Nux vomica, se os sintomas envolvem náuseas pela manhã ou após as refeições e gosto de azedo na boca.
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“A Homeopatia restabelece o equilíbrio de qualquer órgão, desde que criteriosamente se cumpram as etapas que os levarão a modular sua recuperação”, assinala Santos. “Uma vez cumpridas as etapas, o corpo só terá duas respostas: ou o desaparecimento dos sintomas com total restabelecimento da saúde do órgão ou a recorrência desses sintomas”.
Oliveira complementa:
“Um dos fatores que influenciam no sucesso do tratamento homeopático é o fato de cada pessoa receber seu “similimum”, ou seja, o remédio que mais corresponde à sua personalidade. Na impossibilidade de encontrá-lo imediatamente, é preciso ir agindo em camadas, por meio de medicamentos que farão o equilíbrio global da pessoa, como os drenadores, que aliviam a congestão de órgãos e sistemas, como Aloe vera, Condurango, Colocynthis, Abies nigra, Asa foetida e Equinacea, para citar somente alguns”, destaca. “Outros medicamentos de emergência importantes são as calcáreas, Thuya, Mercurius, Phosphorus e Arsenicum album, entre outras; e os nosódios e organoterápicos H. pylori e Mucosa estomacal, que combatem a bactéria com ela mesma. O Timo fortalece a imunidade, ajudando a pessoa a reagir contra a bactéria. As potências e as frequências de cada medicamento, bem como a escolha de quais deles usar, devem ser definidas por um homeopata qualificado, para que o processo seja acertado e alcance o objetivo de cura”.
A infecção por H. pylori está ligada também à falta de higiene e ocorre quando há contato com alimentos, água e fezes contaminados. Pode ser transmitida de pessoa para pessoa através de saliva ou do toque de mãos que não foram lavadas corretamente, e, também, ao compartilhar objetos de uso pessoal. Dentro da abordagem homeopática, as causas da contaminação pela bactéria também envolvem questões emocionais e psicológicas:
“Nosso corpo é como um grande condomínio, ocupado por moradores os mais diversos, que devem viver em harmonia para que a saúde se mantenha”, explica Oliveira. “Quando um determinado habitante desse condomínio se multiplica além da conta, e em locais onde não deveria estar, ou quando desaparece e deveria existir, ocorre o desequilíbrio que leva ao adoecimento. Com a Helicobacter pylori é a mesma coisa. Algo, ou uma somatória de fatores, levou ao desequilíbrio digestivo e da imunidade, fazendo com que as colônias invadam espaços a elas não destinados. Isso pode ser provocado por má alimentação ou alimentos contaminados, bebidas incorretas, desidratação, fumo, estresse, falta de sono, dificuldade em processar ou comunicar emoções, e medicações químicas de longo prazo que desequilibram a mucosa estomacal e os processos digestivos naturais, entre outros fatores”, completa.
Novamente de acordo com Santos, há orientações específicas que pessoas passando por tratamento homeopático para H. pylori devem seguir:
“Geralmente, oriento mudanças nos hábitos alimentares, a adoção de práticas de exercícios de acordo com suas capacidades, e a fazer, periodicamente, limpezas hepáticas - de preferência do protocolo indiano -, linfáticas e renais, para melhor assimilação dos preparados homeopáticos”, sugere o terapeuta homeopata. “Fazer uso da terapia do limão em jejum, aloe vera, terapia do azeite, e uso de fitoterápicos de ação anti-homotóxica também é importante. [...] Na primeira semana de tratamento homeopático já é possível desfrutar dos benefícios. Já a cura completa dependerá de cada paciente e de seus fatores externos”, conclui.
ENTREVISTA
Tratamento homeopático para distúrbios gastrointestinais
A Homeopatia atua em níveis distintos de acordo com a necessidade de cada doente, estimulando os mecanismos reguladores do próprio organismo sem risco de efeitos colaterais, para curar diversos quadros de saúde.
Os distúrbios gastrointestinais, doenças que afetam os órgãos e as estruturas do trato digestivo e intestinal, estão entre eles.
Para explicar como os medicamentos homeopáticos colaboram para a recuperação desses pacientes, entrevistamos a terapeuta homeopata com experiência em modulação intestinal Caroline Cabral Macedo, 49 anos, de Brasília-DF.
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Foto: Terapeuta homeopata Caroline Macedo/ Arquivo pessoal.
REH: Como a Homeopatia define “distúrbios gastrointestinais”?
Caroline Macedo: São acometimentos que afetam órgãos e estruturas do trato digestório, que incluem boca, esôfago, estômago, intestino grosso e delgado, reto, cólon e ânus, além de órgãos relacionados à digestão, como fígado, pâncreas e vesícula biliar. Além disso, muitos distúrbios relacionados a outros sistemas, como o sistema endócrino [ex. obesidade] e com as doenças autoimunes [ex. psoríase, podem estar relacionadas ao sistema digestório. Quando se fala em Homeopatia para tratar esses distúrbios, seguimos a mesma base: tratamos a pessoa e não a doença. Sendo assim, é necessário conhecer a enfermidade, os sintomas, saber com o que pode estar relacionado a eles, investigá-los e levar em conta a história de vida, predisposições a determinados adoecimentos e condições ambientais.
REH: Quais fatores emocionais e físicos costumam ser os causadores de tais problemas?
Caroline Macedo: Depende de cada pessoa e de cada enfermidade, e ao se falar em distúrbios gastrointestinais que envolvem todo um sistema que é relacionado a outros sistemas, os fatores emocionais são muitos e de caracterís-
ticas variadas. Porém, posso citar alguns exemplos frequentes: medo causa diarreia; insegurança causa constipação; angústia causa “bola na garganta”, quando não se consegue engolir, além de gastrite e sensação de queimação no estômago quando há dificuldade em “digerir” alguma situação... esses são sintomas psicossomáticos. Por outro lado, temos também perturbações físicas que influenciam as emoções. No corpo, existe uma interligação, por isso precisamos sempre pensar no todo, nas partes e suas correlações. No intestino, por exemplo, temos uma grande produção de serotonina que é um neurotransmissor relacionado a sentimentos de bem-estar e felicidade. Muitas pessoas que sofrem de depressão podem ter como fator ou um dos fatores desencadeantes a deficiência de serotonina. É muito importante cuidar do intestino pois ele também possui forte relação com o sistema neurológico.
REH: Quais são os tipos de distúrbios gastrointestinais?
Caroline Macedo: Como são muitos, vou citar alguns: gastrite, úlcera, diarreia, constipação, parasitoses, disbiose intestinal, doença de Crohn, colite ulcerativa e leaky gut, uma síndrome que
afeta a barreira do intestino e pode causar inflamação crônica e diversas doenças autoimunes.
REH: A Homeopatia consegue oferecer a cura completa desses distúrbios ou apenas aliviar sintomas? Quais fatores definem o resultado final do tratamento?
Caroline Macedo: Ambos os cenários podem acontecer, dependendo do grau de adoecimento da pessoa, em qual estágio da doença ela está quando chega ao consultório e o quanto está disposta a mudar seu estilo de vida, pois para ter bons resultados às vezes é necessário não continuar se expondo ao que lhe adoeceu. O fator mais importante para solucionar um problema de forma definitiva é conseguir identificar a causa.
REH: Quais preparados homeopáticos costumam ser mais indicados para tratar distúrbios gastrointestinais? Por quê? Como cada um deles age no corpo?
Caroline Macedo: Depende do caso, do estado de saúde e adoecimento da pessoa, e de mudanças em seu estilo de vida. Cada distúrbio tem suas características particulares e as causas podem ser diversas. Entretanto, posso citar alguns medicamentos que uso com frequência: o poli nosódios intestinais para ajudar
no equilíbrio do intestino e também nos casos em que a pessoa fez uso frequente de antibióticos e polienzimas, quando existe uma dificuldade de digestão de determinados alimentos e quando as fezes contêm alimentos não digeridos.
REH: Levando em conta todo o processo do tratamento homeopático de distúrbios gastrointestinais, qual fase dele a senhora considera mais importante?
Carline Macedo: A anamnese é realizada de forma detalhada, onde se investigam os motivos da consulta, os sintomas físicos, mentais, emocionais e ambientais da pessoa. Na Homeopatia, a pessoa não é um sintoma e sim a soma de todos os fatores.
REH: Quais recomendações os pacientes costumam receber enquanto passam por tratamento homeopático para distúrbios gastrointestinais?
Caroline Macedo: Depende do caso. Porém, quando se fala em distúrbios gastrointestinais, é muito comum a recomendação de dieta específica com nutricionista, cuidado com a alimentação e mudanças no estilo de vida. Com a facilidade dos produtos processados e ultraprocessados, os alimentos têm uma durabilidade maior mas vêm com
aditivos, corantes, acidulantes, conservantes, e realçadores de sabor, perdendo contato com fragmentos microbianos antes ingeridos em alimentos de verdade e reduzindo a imunidade inata. Por exemplo, pessoas que tratam Psoríase, que está relacionada ao trato digestório, geralmente apresentam sensibilidade ao glúten. Nesse caso, é possível detoxificar o organismo com o medicamento que contém glúten dinamizado, porém, se a pessoa continuar consumindo glúten, que é um alimento inflamatório, não será totalmente eficaz.
REH: Em quanto tempo a maioria deles começa a ver resultados positivos no tratamento? Em quanto tempo eles conseguem se curar?
Caroline Macedo: Depende do que for tratado. Por exemplo, uma diarreia seguida de cansaço, causada por um alimento consumido ao qual a pessoa apresenta intolerância é algo que pode ser curado rapidamente com Arsenicum album. Entretanto, precisamos buscar a causa. Foi uma intoxicação alimentar? A presença de parasitas? Uso de antibióticos? Alergia ou intolerância alimentar? Dependendo da resposta, pode-se usar Arsenicum para tratar o quadro agudo, porém, precisamos avaliar qual é o melhor tratamento para a causa. Além dis-
so, essa diarreia foi algo momentâneo ou acontece com frequência? Se acontece com frequência, não é normal e é necessário identificar o que a gerou.
REH: A Homeopatia consegue reverter o quadro sozinha ou há a recomendação de realizar tratamento alopático ao mesmo tempo?
Caroline Macedo: Geralmente, quando se trata de distúrbios gastrointestinais são investigadas e recomendadas: mudança no estilo de vida e de alimentação, e, dependendo do acometimento, a dieta também é individualizada. Além disso, pode ser recomendado o uso de prebióticos, probióticos, pósbióticos e enzimas digestivas. Muitas pessoas chegam ao consultório já utilizando medicamentos alopáticos e são tratados concomitantemente com Homeopatia.
Segunda Parte
HOMEOPATIA TAMBÉM É CIÊNCIA
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APRENDENDO COM
VITHOULKAS
Uma perspectiva integrada sobre a transmutação da inflamação aguda em crônica e o papel do microbioma
(Publicado originalmente em: JOURNAL of MEDICINE and LIFE)
George Vithoulkas 1, 2 *
Afiliações dos autores:
1.University of the Aegean, Siros, Grécia
2.Postgraduate Doctors’ Training Institute, Ministério de cuidados à saúde da República da Chuváchia, Tcheboksary, Federação Russa
Autor correspondente:
George Vithoulkas, International Academy of Classical Homeopathy, Alonissos, Grécia. E-mail: george@ vithoulkas.com
RESUMO
A Teoria do Continuum e a Teoria dos Níveis de Saúde foram separadamente propostas para explicar a miríade de respostas ao tratamento e para a compreensão do processo de saúde e doença em um indivíduo. À luz do apanhado de evidências sobre a intrincada relação entre o sistema imunológico humano e o microbioma, faz-se uma tentativa, neste artigo, de conectar essas duas teorias para se explicar a transmutação do sistema imunológico que responde de forma eficiente (através da resposta inflamatória aguda e da febre alta) para um envolvido em um processo inflamatório crônico de baixo grau (resultando em uma doença crônica). Já existem evidências suficientes para demonstrar o papel do microbioma em todas as doenças inflamatórias crônicas. Neste artigo, nós discutimos o mecanismo pelo qual a submissão de uma pessoa saudável ao tratamento medicamentoso contínuo para doenças inflamatórias agudas (em um determinado momento) leva à transmutação para uma doença crônica. Embora esta hipótese requeira maiores evidências experimentais, ela convoca à uma reconsideração da maneira como tratamos as doenças infecciosas agudas na população.
PALAVRAS-CHAVE: Inflamação, microbiota, antibióticos, sistema imune.
INTRODUÇÃO
No meu artigo “O continuum de uma teoria unificada das doenças” [1], a transmutação de uma doença aguda em uma doença crônica, sinalizando o “continuum” do estado patológico dentro do indivíduo, foi abordada, ainda que grosseiramente. Este artigo tenta explicar melhor o mecanismo provável dessa transmutação. O leitor deve revisar com cautela algumas das conclusões deste estudo, as quais são principalmente baseadas em minha experiência no tratamento de mais de 150.000 casos.
Em meu livro “Níveis de saúde” [2], eu faço a tentativa de classificar a saúde humana em 12 diferentes status de “níveis de saúde”, de acordo com determinados parâmetros. Este artigo busca conectar as duas ideias, os Níveis de saúde e a teoria do Continuum, à luz de inferências das pesquisas imunológicas. Uma condição primordial para essa classificação dos níveis é a resposta do organismo às doenças infecciosas agudas. A habilidade do organismo de desenvolver febre alta o suficiente para “queimar” os agentes infecciosos é um dos principais sinais de que a saúde geral de um indivíduo está boa [2,3]. Nesse ensaio teórico, 12 categorias principais de níveis de saúde são descritas; no entanto, esses diferentes níveis de saúde e suas sutis modificações individualizadas, em uma escala global, devem, na verdade, resultar em centenas de milhares (senão de milhões) de níveis. Sendo assim, o nível de saúde é, essencialmente, um atributo individual. Como afirmado no livro, a teoria dos Níveis de Saúde considera as similaridades mais rudimentares partilhadas pelos indivíduos nos diferentes grupos, sob o ponto de vista homeopático.
A nova adição à essa teoria é que esses níveis são determinados primariamente, mas não de forma exclusiva, pelo grau de simbiose harmônica ou desarmônica dos microrganismos residentes no intestino ou na pele. São as archaea, bactérias, vírus, protistas, fungos e helmintos, que são os habitantes permanentes dentro do organismo e são descritos como sendo o microbioma humano [4,5]. Seu equilíbrio e coexistência pacífica determinam o grau do estado geral de saúde [6,7]. De fato, esse estado depende do número crítico e da diversidade de diferentes colônias de microrganismos [9,10].
Potencialmente, esses microrganismos são de dois tipos: microrganismos úteis e microrganismo prejudiciais [11]. Quando as colônias de vírus ou bactérias úteis diminuem, as colônias de vírus e bactérias prejudicais tornam-se fortalecidas, e inicia-se o processo inflamatório [12]. Essa inflamação confirma que uma guerra interna foi iniciada no ambiente dos microrganismos. Ela é iniciada pelo sistema imune quando ele percebe que a homeostase está em perigo, e o objetivo é restabelecer o equilíbrio perdido.
A experiência observacional Neste tratado, eu proponho que a maioria das doenças inflamatórias crônicas se devem a microrganismos transmutados que se tornaram tóxicos para o hospedeiro. Doenças puramente monogênicas, da herança Mendeliana, e patologias não inflamatórias estão excluídas desta abordagem, uma vez que seus mecanismos diferem das doenças inflamatórias crônicas [13].
A construção do organismo humano Nos livros “A ciência da homeopatia” [14] e “Níveis de saúde” [2], eu propus a estrutura do organismo humano integral. A compreensão dessa construção torna-se importante para interpretar a importância relativa dos sistemas de órgãos no corpo. Sucintamente, há uma hierarquia na construção do ser humano – algumas faculdades, órgãos, sistemas são mais vitais para a sobrevivência do que outros. Esses componentes vitais são protegidos em maior grau do que os menos importantes, até mesmo pelo sistema de defesa. Esse arranjo implica um esforço por parte do sistema imune para manter a perturbação patológica o mais “superficial” possível. Um sistema imune eficiente, capaz de se adaptar facilmente ao estímulo causador de doenças, não sofrerá, mas sim, neutralizará efetivamente o agente, e prosseguirá. Com um crescente grau de comprometimento na eficiência, o sistema imune permite infecções graves, de forma correspondente.
A hierarquia, em termos simples, no nível físico, segue essa ordem: pele – membranas mucosas e glândulas – sistema muscular – sistema esquelético – sistema gastrointestinal – sistema renal – pulmões – fígado e sistema endócrino – coração – cérebro. Sobre essa estrutura, a profundidade da patologia apresenta uma camada de complexidade para completar o quadro. Por exemplo, embora a pele seja mais “superficial” que as membranas mucosas e glândulas, a patologia sistêmica de uma doença autoimune se manifestando na pele, por exemplo a psoríase, é uma doença “mais profunda” que uma tonsilite comum. Um câncer ósseo invasivo é “mais profundo” que uma neuropatia diabética. O motivo pelo qual esse conceito precisa ser compreendido, neste contexto, é que a teoria do continuum e a presente hipótese do microbioma falam de levar uma doença do “superficial’ para “mais fundo”. Deve-se entender que estes
termos são relativos e individualizados, e não uma ideia generalizada. Em suma, uma doença mais profunda é aquela que afeta sistemas mais vitais que uma doença existente antes naquela pessoa.
A batalha
Nos primeiros anos de vida, a batalha para manter a homeostase, em face à invasão de patógenos, geralmente começa como uma doença infecciosa aguda, com febre alta (por exemplo, tonsilite, otite e enterocolite), com o campo de batalha sendo as membranas mucosas e as glândulas [10, 15, 16]. Se este tipo de inflamação superficial for suprimido por drogas fortes, que matam indiscriminadamente os microrganismos combatentes, o resultado poderá ser a recuperação (a menos que o organismo supere os efeitos colaterais do tratamento) ou uma eliminação aparente dos sintomas, mas uma verdadeira piora do microambiente [17]. Neste último caso, a inflamação prosseguirá para mais fundo e afetará sistemas (como o digestivo, respiratório e nervoso) ou órgãos específicos (como os pulmões, coração, fígado, rins e a tireoide) [18]. Se o desequilíbrio a nível dos microrganismos começa durante uma infecção, e se não for permitido ao sistema imune do hospedeiro completar a batalha, em seus termos, devido à intervenção com medicamentos, a saúde geral do indivíduo será comprometida e a batalha será transferida para um nível mais profundo, sob a forma de uma subinflamação, que nós reconhecemos como doença crônica [19, 20]. Essa batalha, sob a forma de uma subinflamação de baixo grau, continuará por anos, a menos que o organismo lentamente recupere a composição original/saudável de seu microbioma [15]. Esta hipótese implica que a forma correta de tratar essas infecções superficiais é permitindo que a infecção siga seu curso com o mínimo de “suporte”, com métodos terapêuticos suaves, e não com substâncias químicas que possam eliminar os microrganismos úteis [21]. Esta abordagem, no entanto, não se aplica a casos emergentes de estados inflamatórios graves em que, por exemplo, uma sepse é iminente. Contudo, se o organismo receber muitos medicamentos e a inflamação superficial é tratada de forma agressiva, os efeitos do tratamento serão supressivos ao invés de curativos (um tratamento supressivo é aquele em que os medicamentos impedem o processo natural de reabilitação e não permitem que o sistema de defesa execute o processo de recuperação de sua própria maneira e no seu próprio ritmo). O mecanismo de defesa, que está constantemente lutando para alcançar o ponto ideal de funcionamento, quando incapaz de lidar com a infecção de forma curativa, e simultaneamente sentido a pressão da ação das drogas, transferirá (levantando uma segunda linha de defesa) a batalha para órgãos mais profundos, de forma a evitar um colapso total do organismo [22]. Neste ponto, a inflamação deixa de ser aguda e passa a ser persistentemente de baixo grau [10, 20, 23]. Assim, a morte é evitada, mas a custo de ter o paciente vivendo com uma doença crônica. Então, essa subinflamação transferida, mais profunda (agora uma doença crônica) será muito mais difícil de tratar [24, 25]. A progressão da doença crônica continuará enquanto o mecanismo de defesa for incapaz de interromper o crescente número de microrganismos específicos que causaram o desequilíbrio. Este fato é retratado nos resultados de diferentes exames laboratoriais, durante o curso da doença crônica, que demonstram exacerbações periódicas, indicando que existe uma constante mudança na microbiota de acordo com as exacerbações e remissões [24].
Não deve ficar mal compreendido que o desenvolvimento dessas doenças crônicas é exclusivamente o resultado de supressões específicas de infecções agudas, por drogas, vacinas, ou exposição a qualquer outra substância tóxica. Podem também ser produto de um estresse crônico severo ou de um conflito psicológico que seja profundo o bastante para que o organismo não mais consiga enfrentá-lo. Todas essas condições podem criar alterações na composição do microbioma, resultando em um aumento na abundância de patógenos ou na conversão de comensais em patógenos [12]. A análise do microbioma antes e depois da vacinação seria interessante.
Com o início de tal conversão no intestino (de um microbioma comensal para um patogênico), uma batalha global começa entre as diferentes colônias de microrganismos – uma guerra de vida e morte pela sobrevivência do hospedeiro ou dos patógenos! Esta é uma batalha típica para todo paciente que sofre de doenças crônicas [26], sugerindo que todas as doenças crônicas são mantidas por diferentes patógenos. A vida de uma pessoa, daquele momento em diante, depende do resultado dessa batalha. Ou o paciente se recuperará, restabelecendo o equilíbrio, ou sua saúde ficará, por fim, cada vez mais comprometida, até seu falecimento.
A transmutação de uma doença infecciosa aguda para uma crônica também ocorre, dentre outros fenômenos, por causa da redução na abundância de microrganismos úteis, devido ao uso excessivo de antibióticos ou outros químicos que matam essas bactérias que estavam mantendo o equilíbrio na saúde [4, 12, 27-29]. Por exemplo, quando a penicilina, um produto dos fungos, foi descoberta, sua presença no sangue, especialmente quando dada em doses massivas, matava as bactérias, mas, eventualmente, o uso excessivo da penicilina levou ao aumento da frequência de doenças fúngicas e ao desenvolvimento de resistência bacteriana à droga [12, 30-33]. Em outras palavras, se o aumento das colônias de patógenos se estabelecer, elas continuarão a neutralizar as colônias benéficas que estão tentando, sob a autoridade e direção do sistema imune, restabelecer o equilíbrio perdido, isto é, a homeostase.
Portanto, é evidente que um substrato conecta os diferentes microrganismos. Este substrato é o ambiente, a natureza da constituição ou a predisposição o organismo específico. Esse substrato não é constante ou estático, mas muda segundo os resultados dessas batalhas [12, 34, 35].
Além disso, o microbioma também influencia a psicologia de uma pessoa [36]; por exemplo, a má disposição psicológica de um paciente sofrendo, ainda que de uma simples gripe, ou de uma infecção bacteriana comum, é bem conhecida [37-40]. Durante o curso da doença, todas as mudanças na sintomatologia de uma pessoa, sejam mentais, emocionais ou físicas, coincidem com as mudanças na composição da microbiota [23, 41-43].
A seguir, consideramos as doenças autoimunes. A medicina convencional define, corretamente, um grupo de doenças crônicas como doenças autoimunes, indicando (efetivamente) que o organismo ataca a si mesmo, sugerindo que o mecanismo de defesa do organismo está mal. Na realidade, através de insensatos comportamentos de vida e tratamentos, nós levamos o organismo a situações caóticas. Está bem estabelecido hoje que muitas doenças autoimunes apresentam disbiose do microbioma [15]. Por exemplo, pacientes com esclerose múltipla ou a encefalomielite autoimune experimental em camundongos expressam o respectivo receptor de células T para organismos da microbiota [44].
Contrariamente à crença anterior, é atualmente reconhecido que as doenças crônicas são de natureza subinflamatória [45], provavelmente mantidas por determinados tipos de patógenos mutantes, que eram habitantes naturais do intestino no estado de equilíbrio anterior do hospedeiro [12]. Podemos, assim, inferir que, uma vez que um determinado vírus, bactéria ou fungo prejudicial tem supremacia estabelecida, a saúde do indivíduo é gravemente comprometida, enquanto a simbiose equilibrada dentro do organismo é perdida.
A educação do sistema imune
É muito importante considerar que durante a batalha do hospedeiro com os agentes infecciosos, o sistema imunológico, cujo objetivo é a sobrevivência do hospedeiro, está, na verdade, aprendendo, simultaneamente, o que fazer em resposta ao ataque das miríades de agentes epidêmicos [46]. Se não for permitido que essa autoeducação do sistema imune jovem (durante a infância) se complete, com febres altas e outras defesas inflamatórias, um número crescente de pacientes desenvolverá doenças crônicas mais tarde, na vida [1, 15].
Também é válido lembrar que um sistema imunológico que não é bem treinado, se tornará alérgico a substâncias naturais, como o pólen das flores, plantas, animais domésticos e alimentos, que são coisas que deveriam trazer alegria à vida, e não tormento, como acontece com as crianças alérgicas [47-51]. Pacientes com alergias sofrem não apenas fisicamente, mas mental/emocionalmente também, com mal humor, ansiedade, depressão, fobias, etc., exibindo a conexão entre a flora intestinal e a psicologia do paciente [52-54]. É interessante como a ansiedade de pacientes com hipocondria frequentemente envolve sua função intestinal. É impressionante como esses próprios pacientes apontam essa conexão para o médico. Essa situação é o resultado de medicação excessiva; como resultado, temos um grande número de pessoas sofrendo com condições alérgicas na sociedade ocidental [53]. Hoje em dia, globalmente, o
número de pessoas afetadas por alergias é mais de 700 milhões, e aproximadamente 40% das crianças são afetadas [55, 56]. Estes números não contam as reações adversas às drogas e as reações anafiláticas, que são, por si só, consideráveis. O fardo é maior no mundo ocidental, com mais de 7,8% dos adultos, nos Estado Unidos, sofrendo de febre do feno, e até 40% da população exibindo anticorpos de sensibilização (isto é, o IgE) [55, 56]. No entanto, o cenário é diferente nos países que mais lentamente adotaram o uso de medicamentos. Em 2014, Kung et al. afirmou que “Alergias a alimentos têm sido tradicionalmente percebidas como sendo raras na África. Contudo, a prevalência de outras manifestações alérgicas, como a asma e a dermatite atópica, continuam a crescer nos países africanos com renda mais elevada” [57]. Interessante também que, até recentemente, as doenças neuromusculares como a esclerose múltipla, a esclerose lateral amiotrófica (ELA), e a miastenia gravis, estavam ausentes no continente africano, que não tinha acesso a antibióticos e vacinas [58].
Essa situação mostra, claramente, que nas décadas recentes, as doenças crônicas profundas que se desenvolveram nas populações ocidentais são, provavelmente, o resultado da perturbação da microbiota dessas populações, através do uso exagerado de medicamentos [59, 60]. Em contraste, o povo carente da África, que não tinha acesso aos referidos medicamentos, ficou isento dessas perturbações. Todavia, a incidência de alergias e doenças neuromusculares também aumentará na população africana [61, 62] assim que eles tiverem acesso às mesmas drogas que nós utilizamos, devido ao aumento em seus padrões de vida [63-66].
As alergias significam que os humanos não mais se enquadram para viver em um ambiente natural, e assim, o ambiente parece ser hostil à essas pessoas desafortunadas. Embora possa haver outros fatores atuando, como a poluição e a má nutrição, o fato é que a maioria da população não é afetada no mesmo grau em que os pacientes alérgicos são afetados pelo ambiente [67].
Níveis de saúde e a microbiota
O sistema imune mantém a homeostase não como um estado inerte e constante, mas como um equilíbrio dinâmico, entre estados levemente equilibrado e levemente desequilibrado [2, 68]. O nível de saúde mais elevado pertence àqueles organismos que mantém um excelente equilíbrio em seu microbioma [68]. Descendo nos níveis a partir daí, o sistema imune está cada vez mais comprometido/enfraquecido em suas defesas. Em níveis mais baixos (5 ou 6), são encontrados os sistemas imunológicos que estão constantemente travando essa batalha, uma vez que eles estão sendo constantemente atacados por patógenos que tentam instaurar suas colônias. Esta situação é percebida clinicamente como as infecções recorrentes e infecções graves [2, 69-71]. Aqui, embora mais fraco que os níveis mais elevados, o sistema imune ainda está lutando para manter a microbiota equilibrada. No entanto, descendo ainda mais, para os níveis 7, 8 e 9, ocorrem ambientes microbianos alterados [4, 9, 15]. Um estado em que os patógenos obtêm sucesso em suas tentativas resulta em uma doença inflamatória crônica. Quando o organismo entra no estado de doença crônica, ocorre uma mudança geral na homeostase, para sobreviver nas novas condições criadas [72]. Em seguida, uma guerra constante prevalece no organismo, para se manter o equilíbrio ideal sob as novas circunstâncias, e prevenir a piora da condição crônica. Este fenômeno pode ser reconhecido clinicamente pelos períodos de exacerbação e remissão, que são característicos na maioria das doenças crônicas [73-76]. Geralmente, na maioria dos casos, os constituintes benéficos da microbiota perdem a batalha pela sobrevivência à medida que a doença se agrava e, eventualmente, envolve outros órgãos e sistemas, levando à morte do paciente [77].
A principal característica dos seis primeiros níveis de saúde, que os separa dos outros seis níveis de morbidade crônica aumentada, é a possibilidade que eles têm de produzir febre alta como resposta aos agentes infecciosos. Deve-se notar aqui que o agente infeccioso é apenas o gatilho; ele é o instrumento que ativa a predisposição existente no organismo, como é expresso na latência dos patógenos que, quando acionados e despertados, começam a atacar o hospedeiro [12, 78-80].
A teoria dos Níveis de Saúde explica que nos seis níveis mais elevados, especialmente nos níveis 1, 2, 3 e 4, o paciente responde à uma doença infecciosa aguda através do desenvolvimento de uma febre alta, combatendo
o agente infeccioso. Contudo, as infecções em paciente nos níveis 5 ou 6 são mais severas, devido às comorbidades que já existem nesses níveis. A assistência médica geralmente é requerida durante essas infecções. Do nível 7 ao 12, doenças mais profundas como as autoimunes, doenças neuromusculares, ELA, esclerose múltipla em estágio ativo, doença de Alzheimer, demência, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), osteoartrite, diabetes melitos tipo II, lúpus eritematoso sistêmico, psoríase vulgaris, artrite psoriásica, colite ulcerativa e doenças cardíacas, se instauram. Todas essas doenças têm um curso progressivo, começando nos níveis 5 ou 6, que é o estágio inicial, onde o dano não é considerável e ainda são passíveis de tratamento, progredindo na morbidade através dos níveis 7, 8 e 9, ou ainda mais, quando movem-se para mais fundo, para os estágios finais de saúde, nos níveis 10, 11 e 12. Nestes níveis, o organismo não consegue mais produzir febre alta (a febre, se for produzida, será apenas suave), devido à sua morbidade aumentada [81]. Uma febre muito alta poderá ser desenvolvida, nesses níveis, se forem infectados por patógenos altamente virulentos e, nestes casos, a febre será fatal para o paciente, uma vez que o sistema imune já está demasiado fraco para apoiar ao organismo [82-84]. Este fenômeno é percebido nas infecções hospitalares e em todos os casos crônicos que estão em estágio terminal; os pacientes desenvolvem uma febre alta, repentina, que acaba com suas vidas. A taxa de mortalidade por essas febres “finais” é muito alta [85]. Mesmo que os pacientes não morram - como pode acontecer caso os medicamentos consigam salvar suas vidas - eles ainda permaneceram em um estado como a demência ou a exaustão completa. A diferença no padrão da febre durante as infecções graves e seus desfechos, foram relatados por Bhavani et al., indicando que realmente há uma diferença na forma como a defesa da febre é gerada nos diferentes níveis [86]. Neste contexto, a diferença é que a cessação da habilidade de gerar febre alta na presença de um agente infeccioso, o que era possível no passado, indica que o sistema imunológico já está comprometido, até certo ponto, e que um processo crônico, subinflamatório ativo está em andamento [1].
O que nós observamos nesses níveis, por exemplo, na artrite reumatoide (AR), na psoríase vulgaris ou na artrite psoriásica, nos estágios iniciais das doenças crônicas, é que eles ainda mantêm a habilidade de desenvolver febre alta durante uma doença infecciosa, como as pneumonias virais ou bacterianas. Isso pode acontecer contanto que os sintomas periféricos ou as inflamações nas articulações ou na pele estejam presentes; porém, assim que estes sintomas desaparecem, através de supressões, devido à exposição à cortisona, ao metotrexato ou a outros agentes biológicos, todo o impacto da doença entra em uma outra fase. Esta fase é muito mais profunda, na qual a inflamação nas articulações desaparece, em grande parte, mas então, o sistema nervoso central é afetado por grave ansiedade, ataques de pânico, depressão, falta de energia, juntamente ao possível envolvimento de disfunções orgânicas profundas, em órgãos como o coração, fígado ou rins. Isso é ainda confirmado pelo fenômeno que acontece com a suspensão do tratamento medicamentoso em paciente com AR que fazem uso regular de drogas anti-inflamatórias e têm a remissão de todos os sintomas. Se a inflamação voltar, com força total, para as articulações, o organismo será novamente capaz de desenvolver febre alta em resposta à uma doença infecciosa aguda, ao passo que, ao mesmo tempo, todos os sintomas profundos, que existiam durante o período de supressão, como a diminuição da energia, os ataques de pânico e o envolvimento do coração, desaparecerão. Este processo tem sido historicamente denominado “mudança de síndrome” [87, 88], mas, na verdade, não é uma mudança no mesmo nível, e sim para um mais profundo.
Nossa inferência a partir dessas experiências clínicas é que, embora reconhecidamente estranho, uma vez que nosso organismo entra nesse estado inflamatório crônico mais profundo, ele parece deixar de ser afetado pelas doenças infecciosas agudas, a menos que seja infectado por um patógeno muito virulento (por exemplo, as infecções nosocomiais), caso em que a infecção levará à morte do paciente.
Se um paciente regularmente adquire uma infecção anual de algum tipo, como influenza, bronquite, otite ou cistite e, de repente, para de contraí-las por alguns anos, existe a possibilidade de que uma condição crônica tenha se iniciado. Devemos investigar o que aconteceu neste paciente que parou de ter infecções com febre alta. Isso pode indicar o início de um estado de ansiedade, depressão, hipertensão maligna, o princípio de uma doença autoimune ou de qualquer outra doença crônica grave. Esses indivíduos doentes permanecerão não afetados por um vírus que infecte o restante da família [89]. Falsamente, parece que tal indivíduo está “protegido” da infecção. Em contrapartida, esse “silêncio imunológico” indica que
o indivíduo entrou em um estado de sério comprometimento do sistema imune. O organismo está ocupado lidando com a condição subinflamatória crônica, ignorando o agente infeccioso no ambiente.
Foi observado que se uma criança tem tonsilites estafilocócicas recorrentes, e antibióticos são eficazmente prescritos todas as vezes, a infecção continua retornando, até que finalmente se manifesta nos brônquios ou nos pulmões, e a cultura nos mostrará Proteus, Klebsiella, ou ainda pior, Pseudomonas aeruginosa, que são infecções mais profundas, mais fortes e resistentes aos antibióticos, conhecidas por causarem infecções graves [90]. Isso acontece quando o número de colônias de patógenos ultrapassa um limite [10]. Curiosamente, vírus ou bactérias patogênicos começam a aumentar em abundância no intestino, e as novas infecções são graves e difíceis de curar [91]. No entanto, é aqui que uma transmutação acontece e uma doença inflamatória crônica começa a se manifestar [92]. Este é o momento em que um organismo passa do nível 6 para o nível 7, ou mais baixo, onde uma condição crônica é estabelecida. Essa progressão mostra que os antibióticos prescritos anteriormente forçaram o sistema imune a alterar o terreno da flora intestinal e transformou o organismo em um solo fértil para, por exemplo, o bacilli Proteus se desenvolver desenfreadamente. Essa situação é, agora, muito mais difícil de conter, mesmo com uma nova geração de tratamentos antimicrobianos.
O terreno
Embora o processo de mutação ou transformação de vírus e bactérias comensais em agentes infecciosos seja bem conhecido por todo médico, o que é menos conhecido é que, na maioria dos casos infecciosos, o terreno tem o papel principal, criando a predisposição e o ambiente propício para o “gatilho” infeccioso ativar o vírus ou microrganismos patogênicos latentes dentro do intestino [15, 35, 68, 80]. O mecanismo exato da manifestação de uma doença crônica é desconhecido, mas parece que o papel da composição dos microrganismos é de primordial importância [9, 15, 20, 27].
O nível eletromagnético
Sabe-se que os elementos constitutivos básicos de um ser humano são os campos de força, que constituem o nível primário da nossa existência [93, 94]. O próximo nível de blocos constitutivos fundamentais do ser humano é o microbioma, composto por trilhões de microrganismos que têm coevoluído e vivido como comensais, dentro do corpo humano, para benefício mútuo [4, 95]. Isso destaca o potencial dano a esse nível do organismo, que pode ser causado pelas substâncias tóxicas.
Se considerarmos que existe um esforço constante para manter todos os tipos de microrganismos em um estado pacífico de coexistência (em simbiose), vemos que existe uma constante batalha entre as forças da vida e as forças de destruição e morte. Esta batalha, em lugar algum, é mais óbvia do que na flora intestinal. Se o ambiente imune muda, o solo e o terreno tronam-se propícios para alguns dos vírus, bactérias ou fungos patogênicos se multiplicarem e subjugar o organismo, preparando as condições para a morte do hospedeiro [20, 27]. Em suma, como ainda não conhecemos o papel exato de cada vírus ou bactéria, só devemos interferir com muita cautela na flora intestinal. Portanto, uma forma ideal de neutralizar um patógeno durante uma infecção aguda, ou sob estresse, não é por meio de drogas que matam os patógenos diretamente, mas sim mudando o ambiente no qual eles progridem. Essa mudança pode ser manifestada somente através de modalidades terapêuticas que utilizam remédios de energia sutil, que afetam diretamente os campos de força do organismo, tais como a homeopatia. A homeopatia sustenta que informações úteis são transmitidas ao organismo doente, provavelmente no nível eletromagnético [96], através dos remédios homeopáticos potencializados, que carregam a informação necessária para o organismo se recuperar. Naturalmente, essa terapia requer um profissional altamente qualificado.
A inteligência geral do organismo, que constitui os campos de força específicos, governa as funções do organismo. Este aspecto é abordado na homeopatia com o nome genérico de força vital [97]. Esses campos de força dentro do organismo retém toda a informação necessária e direciona o funcionamento ideal do organismo humano.
Essa compreensão irá demonstrar a utilidade da homeopatia para a profissão médica, a qual aborda a doença no nível mais básico de sua existência—a força vital do organismo. A homeopatia lida com efeitos clínicos tangíveis e reproduzíveis [98-107]. É verdade que a objeção para sua utilização, a saber, a ausência de material demonstrável na medicina, permanece sem resposta [108]. Contudo, existem evidências suficientes para estimular pesquisas que ajudarão a explicar a ciência. Deve-se lembrar que Max Planck explicou a natureza quântica da luz, embora isso tenha abalado sua percepção clássica da física. A teoria fazia sentido prático, embora não tivesse uma base teórica na época. Os fatos foram explicados através de uma mudança de paradigma que ocorreu muito mais tarde, com o advento da física quântica [109]. De modo similar, na homeopatia, vemos o acúmulo de uma grande quantidade de evidências, mas ela está sendo apontada por sua incapacidade de explicar o mecanismo de ação nos domínios da ciência material [108]. No entanto, tem sido reconhecido, na astrofísica, que os blocos constitutivos da vida são campos de força que constituem um complexo campo eletromagnético, no qual repousa o influxo de energia para todas as criaturas vivas [93, 110, 111]. É por isso que a homeopatia é tão efetiva, porque ela vai mais fundo, além da microbiota, e afeta os campos de força do organismo, que são os principais blocos constitutivos da vida [112- 116]. Se esse meio eletromagnético do organismo for positivamente afetado através da informação contida no remédio homeopático dinamizado, o campo eletromagnético do microbioma é reequilibrado [96]. O meio reequilibrado torna-se impróprio para a sobrevivência dos patógenos, e condições saudáveis são restabelecidas. Eu proponho que experimentações nessas linhas de pensamento sejam elaboradas para se tentar explicar as consideráveis evidências clínicas para os efeitos da homeopatia.
Houve um crescente aumento, nos últimos anos, na incidência de doenças crônico- degenerativas. Segundo Zhongming et al., [121], a razão para este aumento não foi adequadamente investigada até o momento. Fez-se um esforço, neste artigo, para elucidar esse problema. Há fortes evidências de que existe correlação entre o funcionamento de um sistema imunológico saudável e a condição da microbiota intestinal [122, 123]. Um exemplo comum é a presença de inúmeras colônias de bactérias no trato gastrointestinal dos humanos. Eles parecem estar em um equilíbrio delicado, contanto que o organismo, como um todo, esteja em seu mais elevado estado de saúde.
CONCLUSÃO
Neste artigo, mostramos que há evidências de que o tratamento com antibióticos e corticosteroides tem, em certos casos, um impacto negativo na microbiota, que pode ser duradouro e contribuir para o surgimento de uma doença crônico-degenerativa. Como resultado, anomalias neste nível parecem definir o estágio da doença crônica em suas múltiplas manifestações crônicas, que é responsável, em grande parte, pelo estado de saúde e doença. Um influencia o outro, e os fatores que afetam um, causam alterações no outro. Com este contexto, parece plausível que a eficiência com que o sistema imune desenvolve uma resposta inflamatória eficiente aos patógenos, e mantém a saúde, depende muito da condição da microbiota. Se substâncias químicas danificam essa primeira linha de defesa, outros estressores que afetam a microbiota podem levar à uma inflamação crônica de baixo grau, desencadeando uma doença crônico-degenerativa para a qual o indivíduo tenha predisposição.
Um organismo saudável é capaz de desenvolver uma febre e iniciar um processo inflamatório sempre que um patógeno virulento entra no organismo. Tal inflamação deve ser tratada com grande cuidado e sensibilidade, de forma a evitar a destruição do mecanismo existente na microbiota, que permite que o organismo combata, com êxito, as doenças infecciosas agudas.
Formas alternativas de tratar doenças inflamatórias agudas, especialmente a homeopatia, podem ser investigadas e experimentadas como primeira linha de defesa no tratamento dessas doenças agudas, antes de recorrer a antibióticos e corticosteroides. Os remédios homeopáticos agem no campo de energia humano, promovendo um equilíbrio instantâneo, levando ao restabelecimento de uma microbiota saudável e, assim, devolvendo ao organismo um estado de defesa eficiente. Essas evidências disponíveis atualmente, na literatura médica, relacionam-se com a teoria dos Níveis de Saúde e com a teoria do Con-
tinuum. Esperamos que esta pequena contribuição sirva como desencadeador para investigações sobre essa questão dentro dos centros médicos de pesquisa. É evidente e compreensível que uma teoria tão vanguardista necessite de mais confirmações experimentais e pesquisas básicas para estabelecer parâmetros – por exemplo, através do perfil imunológico antes e depois da infecção aguda, que poderia prever quem é sensível e corre o risco de desenvolver uma doença aguda, caso seu processo inflamatório agudo sofra interferência ou seja suprimido por drogas químicas, esteroides ou antibióticos. Este artigo também visa estabelecer que a supressão precoce da febre nem sempre é uma medida recomendável, especialmente nas crianças, o que é bem conhecido e praticado pelos pediatras. A principal limitação da teoria mencionada acima é uma pesquisa insuficientemente robusta, confirmada por estudos randomizados, controlados e duplo- cegos para apoiar ainda mais essa hipótese – definitivamente, os dados estatísticos são a principal limitação. Isto precisa se tornar uma prioridade imediata para esses campos de pesquisa. Naturalmente, não há muitas pesquisas nessa área científica. Na minha opinião, uma vez que já existem alguns dados preliminares, ensaios clínicos devidamente elaborados, num futuro próximo, poderão confirmar a veracidade de tudo que foi exposto acima.
RECONHECIMENTOS
Conflito de interesses
Os autores declararam que não há conflito de interesses.
Agradecimentos pessoais
Estou em dívida com a Dra. Seema Mahesh e com o Dr. Dionysios Tsintzas, por suas contribuições neste artigo.
Autoria
GV concebeu a ideia, redigiu o manuscrito e obteve as referências relevantes, sendo o único garantidor deste trabalho.
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CURANDO COM …Veratrum album
O reino vegetal tem servido de fonte material para diferentes abordagens terapêuticas em múltiplas regiões com o passar dos milênios. 60.000 anos a.C, plantas medicinais já faziam parte das culturas egípcia, hindu, persa, grega e dos povos da américa pré-colombiana, que contribuíram para avanços científicos atuais na área de produtos naturais. A Homeopatia é uma terapia complementar iniciada pelo alemão Samuel Hahnemann (1755-1843), em 1796, que também inclui a matéria-prima de plantas em seus medicamentos, todos diluídos e dinamizados, e que utiliza as mesmas substâncias que provocam os sintomas para tratar vários tipos de doenças. No caso do tratamento homeopático com o medicamento Veratrum album, distintos quadros de saúde podem ser aliviados ou curados completamente, entre eles os que envolvem sintomas de febre, dores, e diarreia aguda.
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Foto: Veratrum album/Pixabay.
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“Esse preparado homeopático é de origem vegetal, sendo extraído de uma planta pertencente à família das Melanthiaceae, que é nativa da Europa e cresce em montanhas, pastagens úmidas e próximo a riachos”, assinala a terapeuta homeopata Sheila da Costa Oliveira. “Contém uma substância chamada veratrina, um poderoso alcaloide, e é extremamente venenosa. Prepara-se a tintura com a raiz colhida antes da floração. Essa tintura é muito tóxica, podendo causar morte quase imediata. Por isso, deve-se consumir apenas a diluição homeopática, que previne intoxicações”.
O preparado homeopático Veratrum album pode ser usado tanto em casos de disfunções fisiológicas quanto de problemas emocionais. Assim como todo medicamento homeopático, ele trata uma gama específica de traços de personalidade. Algumas das características mais marcantes de “indivíduos Veratrum album” são o orgulho, a ambição desenfreada e a obstinação.
A terapeuta homeopata Bruna Salvate, formada pela instituição Caminhos Alternativos, relata a experiência de tratar um adolescente com tais particularidades:
“Indiquei esse medicamento para tratar um adolescente que começou a apresentar problemas de comportamento com a família, o que culminou no uso de maconha, inclusive na escola. Ele realizou uma prova em sala de aula alterado e sua mãe percebeu quando ele chegou no carro. Já estava em tratamento pela agressividade e por momentos de explosões. Ao analisar a questão do uso das drogas, percebi que se tratava de uma forma de manipular os colegas para fazer parte do grupo e também de atingir os pais” compartilha a terapeuta. “Durante nossas sessões, ele sempre afirmava que, na escola, precisavam de um líder que no caso era ele. Quando falava de seu trabalho, ele também mencionava que apenas ele podia conduzir
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as tarefas. [...] O paciente também tinha doenças que apareciam de forma aguda e que rapidamente o deixavam prostrado, como uma gripe ou dor de garganta, sobretudo quando ele tinha alguma notícia ruim ou choque”.
Ainda segundo Salvate, o paciente tomou doses únicas de Veratrum album em diferentes dinamizações por três meses:
“Já no primeiro retorno, percebemos uma alteração do seu ego e ele não voltou mais a usar maconha. Na nova escola, manteve-se mais restrito, com poucos amigos e o convívio com a família melhorou muito. Hoje está em acompanhamento homeopático, trabalhando a escolha do curso da faculdade. Também começou a se abrir mais, mostrando sua insegurança e sentimento de abandono”, aponta.
O terapauta homeopata José de Assis, formado pela Universidade de Viçosa, também comparti-
lha sua experiência ao recomendar o preparado homeopático Veratrum album para tratar traços de personalidade e questões emocionais:
“Atendi um idoso de 60 anos de idade e uma criança especial, portadora de hidrocefalia, de 8 anos. Ambos foram tratados com Veratrum album na CH 30, a criança durante 30 dias e o idoso durante 60. O idoso se tornou mais simples, mais sociável e menos crítico. A criança se tornou realmente bem mais humilde em sua postura de superioridade”, destaca.
Analisando os aspectos fisiológicos ligados à ação do medicamento, novamente de acordo com Oliveira, pessoas que apresentam sudorese e problemas digestivos também costumam ser o público-alvo do Veratrum album:
“O indivíduo que costuma precisar desse preparado homeopático geralmente sofre de distúrbios agudos ligados aos aparelhos digestivo e nervoso,
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como vômitos e diarreias violentos seguidos de muita dor abdominal. Também há recorrência de sintomas como transpiração fria na testa, bem como o formigamento nas extremidades”, ressalta a terapeuta homeopata. “Em estado de surto, o paciente de Veratrum pode apresentar coprofagia, que é a ingestão de fezes, e a recusa em falar, alternando isso com episódios de violência física. De forma geral, esse remédio é muito apropriado aos estados de colapso físico, mental e emocional, envolvendo sintomas de frio extremo, fraqueza, choque pós-operatório com suor frio na testa, rosto pálido, e pulso rápido e fraco. O Veratrum também pode auxiliar muito em choques cirúrgicos, quando há secura excessiva de todas as mucosas”.
Assim como os demais preparados da farmácia homeopática, o Veratrum album pode ser manipulado em glóbulos, gotas, comprimidos e papelotes, a depender da indicação do homeopata e das possibilidades da farmácia.
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