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1. BIOGRAFIA

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EDITORIAL

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Dr. Schuessler, o pioneiro da medicina bioquímica

Nascido em Oldemburgo, em 21 de agosto de 1821, na Alemanha, Wilhelm Schuessler dedicou boa parte de sua vida ao aprendizado de outros idiomas, como Francês, Inglês, Espanhol e Italiano.

Com o incentivo do irmão, estudou medicina nas universidades de Berlim, Paris, Gießen e Praga, e recebeu seu diploma depois de dois anos e meio, passando a atuar tanto como médico quanto homeopata por volta dos 37 anos. Até então, Schuessler ganhara a vida como funcionário do tribunal na câmara municipal de sua cidade natal.

A partir de 1858, já atuando como médico e homeopata, ele publicou inúmeros artigos sobre Homeopatia. Entretanto, embora tenha alcançado reconhecimento na área, ele não se sentia completamente satisfeito com a terapia, sobretudo, porque achava que sua aleatoriedade a tornava complicada.

Assim, Schuessler passou a procurar por um método de cura que tivesse limites rígidos e que não exigisse constante ampliação.

Em 1870, ele veio a conhecer dois nomes do universo científico que lhe serviriam de base para formular a teoria dos conhecidos Sais de Schuessler.

Com os estudos do professor Jacob Moleschott, abrangendo a área de pesquisa com células, pela primeira vez, Schuessler obteve confirmação científica de algo que ele suspeitava há muito tempo: que distúrbios no nível de microorganismos do corpo humano são desencadeados por deficiência de minerais. E com Rodulf Virchow, fundador da Patologia Celular, ele confirmou o princípio de que todas as doenças são baseadas em uma mudança na função ou condição das células do corpo.

Fundamentado em ambas as teses, o Dr. Schuessler chegou a à sua própria: a restauração da célula e, portanto, do corpo, resulta da restauração do déficit dos sais inorgânicos.

Dessa maneira, aliando seu conhecimento científico com o homeopático, o cientista criou doze sais bioquímicos que contam com medicamentos homeopáticos em sua posologia, entre eles, Calcarea Fluorica D6, Calcarea Phosphorica D6, Calcarea Sulphurica D6, Ferrum Phosphoricum D12, Kalium muriaticum D6, Kalium phosphoricum D6, Kalium sulphuricum D6, Magnesia phosphorica D6, Natrum muriaticum D6, Natrum phosphoricum D6, Natrum sulfuricum D6 e Silicea D12, utilizados em conjunto para reestabelecer a saúde física e vital, curando todas as doenças curáveis.

Para alcançar o resultado ideal, o Dr. Schuessler administrava os diferentes sais na forma molecular. Assim, os sais bioquímicos eram produzidos de acordo com o método de trituração homeopática, aumentando a capacidade de absorção de sais minerais por parte das células.

Segundo ele, “a bioquímica visa a correção da química fisiológica que se desviou da norma.”

Vale apontar que o objetivo dos sais de Schuessler não era fornecer ao corpo os minerais deficientes, mas sim estimular o corpo humano a melhorar a absorção dos minerais que faltam nos alimentos ingeridos e reorganizá-los nos tecidos.

Schuessler testou clinicamente essas teorias em seus próprios pacientes com excelentes resultados. Uma de suas primeiras tentativas, inclusive, foi o uso de fosfato de magnésio num paciente que sofria de cãibras musculares, que diminuíram poucos minutos depois da ingestão.

Em 1874, Schuessler publicou o trabalho “Uma Terapia Abreviada”, apresentando um sistema conciso de tratamento, baseado em critérios científicos.

Nele, o cientista escreveu: “Terapias que têm tais limites móveis, permitindo-lhes incorporar novos remédios a qualquer momento, seja retendo ou descartando remédios antigos, não podem fornecer a certeza que é necessária para os doentes e para que os recursos sejam considerados científicos”. Mais tarde, ele chamou seu novo método de “cura bioquímica” ou “bioquímica”.

Schuessler faleceu em 1898, aos 77 anos, devido a um acidente vascular cerebral apoplético. Contudo, até hoje, o tratamento Sais de Schuessler é amplamente utilizado e muito bem-sucedido, além da Homeopatia.

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