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A importância das DOP/DOC para o vinho

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Um vinho de Denominação de Origem não é sinônimo de qualidade nem de agradabilidade por parte do consumidor, mas é garantia de uma qualidade técnica média, assegurada por monitoramentos dos processos de viticultura (campo) e de vinificação e maturação (cantina), fiscalizada por parte dos órgãos certificadores locais.

A tradução literal para DOC –Denominação de Origem Controlada, que passou a ser chamada de DOP – Denominação de Origem Protegida, a partir de 2009, por determinação da Comunidade Europeia, é a seguinte: “DENOMINAÇÃO” (ação de dar nome) a alimentos e bebidas – em especial a vinhos. Oriundos de uma “ORIGEM” (local específico), cujas condições edafoclimáticas (solo, clima, relevo, precipitação, variedade de uva etc.) são muito específicas, gerando vinhos com características muito particulares (identidade). Já o termo “CONTROLADA”

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(monitorada), indica inspeção por órgãos certificadores locais tanto no campo quanto na cantina, a fim de que o vinho expresse sua identidade local. Um vinho DOC tem como propósito maior conferir ao consumidor a certeza da originalidade do produto, de territorialidade, através de práticas vitivinícolas (campo e cantina) que asseguram a sua identidade como expressão do seu terroir.

As exigências impostas por parte dos órgãos certificadores nas etapas de viticultura, vinificação e maturação evitam que produtores mercenários (movidos apenas por interesses comerciais) surfem sobre a onda de uma DOC de projeção mercadológica internacional, sem garantir um mínimo de expressão territorial em seus vinhos.

No entanto, ao contrário do que muita gente pensa, uma DOC não assegura a qualidade hedônica da bebida, mesmo porque o sentido de “qualidade” é algo muito subjetivo quando nos referimos ao vinho, uma bebida absorvida pelos sentidos humanos com suas inúmeras variáveis fisiológicas, psicológicas, hábitos e experiências.

Não confunda, portanto, gosto com qualidade técnica. Gosto, na melhor das hipóteses, guarda relação com qualidade hedônica, com agradabilidade. E como disse em um de seus livros o grande Sérgio de Paula Santos (em memória) “gosto não se discute, se aprimora”.

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