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Opinião
Arthur Coelho
chef-coelho@hotmail.com
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Uma pedra no caminho!
Uma pedra no caminho. No caminho tinha uma pedra. Um vírus no caminho. No caminho tinha uma pandemia. Um governo no caminho. No caminho um desgoverno. Um negócio no caminho. No caminho portas fechadas e gente desesperançada...
Esse é o nosso cenário. Desesperança, desespero, descrédito, desgoverno e desalento. Portas fechadas, caminhos cheios de tristezas e corpos. Telejornais cheios de notícias incoerentes e conflitantes, decretos infames e desconexos. Ciência e crendices em lutas hercúleas e sem precedentes!
Negacionistas e cientistas dormem e acordam sem nenhuma perspectiva de acordos. Tiroteios com armas psicológicas alvejam os mais simples. O pensamento no futuro eleitoral vale mais que vidas. O abalo do empreendedor já desalentado por muitas dificuldades, jaz como um corpo sem nome, apenas com o registro demais um CNPJ falido e cheio de dívidas.
As panelas das famílias, cada vez mais vazias. As mentes, essas já completamente desorientadas, andam como zumbis, em torno de si, nos bancos das praças, nas ruas e nas sarjetas. A fome domina o pensamento. O olhar vago e sem brilho, fixam-se nas portas fechadas e cadeiras com os pés para cima. As despensas vazias. A caixa de “boletos a pagar” , essas cheias...
Os togados, esses incólumes, praticam suas falácias, prepotentes, exuberantes, como pavões em jardim nababescos e, sem o menor constrangimento, decepam cabeças, fuzilam famílias, fecham negócios, atropelam a vida e derrocam a economia.
Os eleitos pelo povo saciam suas desvairadas necessidades, por trás de tribunas cheias de ódio, com palavras vazias, promessas fantasmagóricas e máscaras feitas de fumaças, pois logo, logo estarão nas portas de nossas casas, pedindo, estendendo a mão, abraçando, comendo pastel e tomando cafés nos locais. Isso se existir após os decretos, as guilhotinas e as falácias ditas de cima de suas cátedras construídas com areia e cuspe!
Nossas pedras continuam lá. Quando pensamos retirá-las e construirmos pontes para nosso caminhar, atiram-nos aos fossos, cheios de crocodilos diplomados pelas urnas, arrotando suas refeições, como marajás e seus banquetes.
Deixem-nos construir pontes. Deixem-nos trabalhar. Nos vacinem. Nos alimentem, pelo menos em nossos desejos de trabalho e convivência pacífica. Não queremos circo nem pão. Queremos trabalho, dignidade, vacinas e saúde física, espiritual e mental para seguirmos desenvolvendo nosso país, nosso estado e nossa cidade.
Aos togados, aos crocodilos eleitos, aos zumbis politiqueiros e aos coiotes de plantão, desejamos que comprem uma passagem só de ida para o quinto dos infernos, pois lá serão recebidos com pompa e circunstância que cada cargo merece.
Nos permitam a paz. Nós, seres comuns, produtivos, capazes e coerentes, imploramos: NOS PERMITAM A PAZ! Cuidem-se direitinho e evitem Miojo! rande abraço.