R$10,90
S E RNA M BIG U A R A I ROT EI RO D E P ES CA N O T I ET Ê I RI O AR ACÁ I ECOT URI SMO E M B ROTA S I IN FAN TIL I 7 PE RIGO S NA PE S C ARIA I S AÚD E: S ES TA I PA O LI
PESQUEIRO O desafio de pescar Pintados e Cacharas
ANO III - EDIÇÃO 25 – OUTUBRO –
ECOAVENTURA - E D I Ç Ã O 2 5 - O U T U B R O D E 2 0 1 1
ROTEIRO ESPECIAL Veja onde pescar no rio Tietê EXPEDIÇAO Aventura exploratória no rio Aracá
INFANTIL Como fisgar a criançada
Uma das pescarias mais técnicas do mundo
7 P E R I G O S N A P E S C A R I A I O 1 º M O L I N E T E D O B R A S I L I E C O T U R I S M O E M B R O TA S I S A Ú D E : S E S TA
editorial Editora ECOAVENTURA PABX: (11) 3334-4361 - Rua Anhaia, 1180 Bom Retiro - SP - CEP 01130-000 www.grupoea.com.br Diretoria Farid Curi, Roberto VĂŠras e Wilson Feitosa Diretor de redação Wilson Feitosa wfeitosa@grupoea.com.br Editora JanaĂna QuitĂŠrio (MTb nÂş 45041/SP) jquiterio@grupoea.com.br Editor de fotografia InĂĄcio Teixeira (MTb nÂş 13302/SP) fotografia@grupoea.com.br DEPARTAMENTO DE JORNALISMO redacao@grupoea.com.br RepĂłrter Dani Costa (MTb nÂş 01518/ES) dcosta@grupoea.com.br
O bis do pesque e solte na capa
P
ela primeira vez, na edição passada, a Revista ECOAVENTURA estampou em sua capa um peixe desatado dos braços de um pescador: o enorme TucunarÊ gentilmente solto nas åguas translúcidas do inexplorado lago do Cupido, situado na margem direita do rio Juruena. E, para suscitar de vez
sĂŁo oceânica: o Sernambiguara volta reluzente Ă s ĂĄguas do mar da FlĂłrida para dar continuidade ao “caminhoâ€? de toda sua espĂŠcie. Poupar o espĂŠcime da morte para esbanjar vida nos corpos d’ågua ĂŠ uma conduta recente no Brasil se a compararmos com o histĂłrico britânico, por exemplo — onde, hĂĄ
Redatora BĂĄrbara Blas bblas@grupoea.com.br
Tradutor David John
( "$
Arte Glauco Dias, Mila Costa e Tiago Stracci Correspondentes internacionais Fabio Barbosa e Voitek Kordecki Colaboraram nesta edição AndrÊ Correa, Eribert Marquez, Juliano Salgado, Lawrence Ikeda e Roberto VÊras Consultores Alexandre Andrade e Eribert Marquez DEPARTAMENTO COMERCIAL Publicidade Salgado Filho comercial@grupoea.com.br Marketing Pedro Reis preis@grupoea.com.br Distribuição e ediçþes avulsas atendimento@grupoea.com.br Atendimento ao leitor Priscila Santiago sac@grupoea.com.br Assinaturas assine@grupoea.com.br
! "#$%& ' mentes de coraçþes outrora insensĂveis Ă matança deliberada dos peixes. )
*+ / *duos libertados, bem como acerca das “prĂĄticas de boas maneirasâ€? para manuseĂĄ-los, + 0 1 ! & 2
* 3 4 5 glaterra, CanadĂĄ, JapĂŁo, entre outros, sĂŁo aprovadas diretrizes legais para regulamentar e monitorar a pesca, seja ela esportiva ou comercial. ' 6 * habitat, seja para seguir o rumo ! + & 7 *
6 / ( 6
/ & 8
( 9 6 ; < ;
A Revista ECOAVENTURA Ê uma publicação mensal da Editora ECOAVENTURA Ltda.. Distribuição com exclusividade para todo o Brasil: Fernando Chinaglia Comercial e Distribuidora S/A, Rua Teodoro da Silva, 907, tel. (21) 2195-3200. Os anúncios e artigos assinados são de inteira responsabilidade dos anunciantes e de seus autores, respectivamente. A Revista ECOAVENTURA estå autorizada a fazer alteraçþes nos textos recebidos, conforme julgar necessårio. Nenhum colaborador ou funcionårio tem o direito de negociar permutas em nome da editora sem prÊvia autorização da diretoria.
Assinaturas: (11) 3334-4361 Edição 25 â&#x20AC;&#x201D; outubro de 2011
INSTITUTO VERFICADOR DE CIRCULAĂ&#x2021;Ă&#x192;O
LINHA: O COMPONENTE FUNDAMENTAL Na luta com o peixe fisgado, se a vara de pesca, o molinete ou a carretilha quebrarem, ainda assim, com algum esforço, é possível tirá-lo da água. Mas, se a linha estourar, o troféu será, inevitavelmente, perdido! Neste DVD, Luis Philippe Santoro e Roberto Véras explicam as diferenças entre as linhas e como escolhê-las, além de outras dicas importantes sobre esse componente fundamental da pesca esportiva.
Volume 4
Linha
O compone nte fundam ental
Próximo volume: Acessórios s Todos os d ireitos reservado
TÉCNICAS” A cada mês, a coleção “A ARTE DE PESCAR — APRIMORE SUAS traz dicas e informações sobre o mundo da pesca. O DVD é parte integrante da Revista ECOAVENTURA só para
ASSINANTES.
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Mais informações (11) 3334 4361 assine@grupoea.com.br www.grupoea.com.br
[ índice ]
12
capa Técnica Sernambiguara — pescaria técnica e emocionante
roteiro
20
Projeto Tietê dá pesca
Saiba onde e o que pescar no rio Tietê
08 Correio técnico 10 Correspondência 46 Pesca infantil Para fisgar a criançada
56 Vitrine Promoções e lançamentos
66 Cuidados 7 perigos na hora de pescar
34
BILÍNGUE
72 Paixão nacional
Brotas-SP
Paoli de ontem e de hoje
ecoturismo
Conheça a capital brasileira do turismo de aventura
79 Folha Mulungu
80 Pesque-pague O desafio de pescar Pintados e Cacharas
88 Saúde A soneca que energiza
94 Radar 97 Bicho Opilião, um artrópode
58
aventuras exploratórias Rio Aracá
Um dos mais procurados na região do rio Negro
98 Classificados
correio técnico
Coleção Conheci a Revista ECOAVENTURA na edição 22 e fiquei impressionada não só com seu conteúdo, como o também com o DVD que a acompanhou. Tanto que e pretendo colecioná-la. Gostaria de saber como obter er os números anteriores. Mayara de Almeida, Uberlândia-MG
Mayara, m A editora vende todas as edições anteriores com DVD por apenas R$19,90, cada. Assim, ao comprar o DVD, você ganha a revista do mês. Outra opção é tor-nar-se assinante e receber, como brinde, o DVD. Peça ssua coleção completa e ganhe desconto. Conta--nos pelo telefone (11) 3334-4361 ou assine@grupoea. te-nos om.br. com.br.
Com ou sem farpa? Por que alguns pesqueiros e até mesmo
tiva, além da facilidade de liberação
pousadas passaram a exigir que as farpas
do peixe, é a segurança do pescador.
dos anzóis sejam amassadas? Fazer isso
Acidentes são muito comuns durante
não prejudica a produtividade da pescaria,
o arremesso. O que pode acontecer
sobretudo de espécies que saltam muitas
também é a isca voar em direção ao
vezes, como é o caso dos Matrinxãs?
pescador, logo após se soltar da boca do peixe, e causar ferimentos em quem
O que significa?
Andrea Vitorezzo, São Paulo-SP
estiver próximo.
Especificações como “3X”, “4X” grafa-
Anzóis com farpa foram desenvolvi-
Portanto, uma fisga amassada ou um
das nas embalagens de garateias servem
dos para serem travados na estrutura
anzol sem esse acessório torna-se um
para especificar sua resistência ou o tipo
bucal do peixe. Assim, demora-se mais
equipamento mais seguro, e não dimi-
de material do qual são feitas?
tempo para retirá-los, o que causa maior
nui a esportividade da pescaria. O de-
estresse e possibilidade de morte do ani-
safio é maior, e o pescador deve mostrar
Sérgio Pirillo, Belém-PA
mal. Outro problema para proprietários
sua astúcia e destreza ao capturar um
O “X” significa “vezes” e quer dizer que
de pesqueiros é o grande número de an-
exemplar com anzol sem fisga.
a garateia é mais resistente que a normal.
zóis e garateias prendidos nos peixes que
Vale lembrar que boné, óculos de sol,
Ou seja, “3X” significa que é três vezes
rompem as linhas dos pescadores. Isso
alicate de contenção e alicate de bico
mais resistente que as consideradas nor-
pode afetar a alimentação, causar infec-
são acessórios de segurança, funda-
mais. A numeração vai até o número 6 e
ções e distúrbios na respiração, o que
mentais na caixa de qualquer pescador.
foi a maneira que os fabricantes encon-
também pode ocasionar a morte.
traram para indicar a maior resistência do material fabricado por eles.
08 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
O fator principal da recomendação de se amassar a fisga na pesca espor-
Previna-se e torne sua pescaria mais segura e prazerosa. (Resposta do biólogo Lawrence Ikeda)
Depois de muito tempo de planejamento,
tação ao viajante, além das
FOTO: SXC/BRIAN HOSKINS
Vacinas
recomendações sobre va-
finalmente consegui alocar recursos e dispo-
cinação, também são
nibilizar tempo para realizar meu sonho de
enfatizadas
pescar na Amazônia. Irei com minha turma
medidas de pre-
para a região do rio Uatumã no mês que vem.
venção,
Minha dúvida recai sobre onde encontrar e
as que
outras
como podem evitar a
quanto tempo antes da viagem devemos
malária, que não pos-
tomar as vacinas contra dengue, febre
sui vacina.
amarela e malária.
Locais de atendimento ao viajante na cidade de
José Pereira, São Paulo-SP
São Paulo: Prezado senhor José,
NMV/IIER
A orientação a um viajante deve ser feita de quatro a seis semanas antes da viagem. Na consulta, o médico explicará so-
(Núcleo
de
Medicina do Viajante do Instituto de Infectologia Emilio Ribas). Tel.: (11) 3896-1366 Ambulatório dos Viajantes do HCFMUSP
bre os riscos de malária (nas áreas de mata),
(Hospital das Clínicas da Faculdade de Me-
dengue (nas áreas urbanas) e febre amare-
dicina da Universidade de São Paulo). Tel.:
la (nas áreas silvestres). A vacina contra a
(11) 3069-7517
febre amarela é uma das indicadas a você
Viajantes do Crie UNIFESP (Centro de Refe-
e, possivelmente, aos companheiros de seu
rência Imunobiológicos e Especiais da. Universi-
grupo, que também devem passar em orien-
dade Federal de São Paulo).Tel.: (11) 5084-5005
tação antes de viajar. Outra vacina que está disponível nos postos é a contra tétano e difteria (dupla adulto). Na consulta de orien-
Boa sorte. Tânia Chaves (médica responsável pelo NMV/IIER)
Dourada de couro Recentemente estive em Santarém-PA e, em um passeio pela orla, vi diversos barcos pesqueiros desembarcarem enormes quantidades de uma espécie de Bagre cuja silhueta lembra um Barbado, porém, além da cor diferente, são bem maiores e chamados por Dourada. Poderiam me explicar de qual espécie se trata? Dênis Roberto Arantes, por email
É a Dourada, de nome científico Brachyplathystoma flavicans. Esse esportivo peixe de couro apresenta características bem marcantes. A cabeça é prateada e o corpo claro com reflexos dourados, o que originou o nome popular. Apresenta longos lobos na nadadeira caudal e barbilhões curtos. É uma espécie que pode chegar a mais de 1,5 metro de comprimento total e 20 quilos. É um predador voraz e ataca os cardumes de peixes menores. Realiza longas migrações reprodutivas, distâncias percorridas superiores a quatro mil quilômetros, desde o estuário amazônico até a área pré-andina na Colômbia, Peru e Bolívia. Os peixes levam de dois a três anos para migrar rio acima, antes de desovar aos três anos de idade. As larvas são carregadas rio abaixo pela forte correnteza e alcançam o estuário, que é o habitat de crescimento, em duas a quatro semanas. A espécie tem importância comercial em diversas áreas da Amazônia, além de a carne ser muito apreciada pelas comunidades locais. (Resposta do biólogo Lawrence Ikeda)
eccoa eco avven ven enttu ura ura ra 0099
correspondĂŞncia
ECOAVENTU RA - E DIĂ&#x2021;Ă&#x192; O 24 - SET EM BRO D E 201 1 TUCUNARĂ&#x2030;
PESCA Arrem COM MOSCA esso eficie nte PrincipaisICAST 2011 novidades PESCA Opção DE em Cana CAIAQUE vieiras-BA ECOTURI Os mistÊ rios do SMO Petar
| CANAVIEIR A S-BA | SHOOTING
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LAGO DO CUPIDO
2011 | PIS CICULTUR A | S ONAR | CAVERNA
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ANO II - EDIĂ&#x2021;Ă&#x192;O
24 â&#x20AC;&#x201C; SETEMBRO
â&#x20AC;&#x201C; R$10,90
S DO PETAR
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O SON AR
| TOR NE
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C U LT O
R | IS CAS
ARTES
ANAIS
16/08/2011
[ remos e rumos ]
09:16:40
Pesca de caiaque em Canavieiras-BA Considerada o terceiro melhor ponto de pesca oceânica do mundo, devido, sobretudo, ao banco Royal Charlotte â&#x20AC;&#x201D; cordilheira submarina de exuberante vida marinha â&#x20AC;&#x201D;, a cidade de Canavieiras, no sul da Bahia, traz outras emocionantes e produtivas opçþes de pesca em extenso manguezal entrecortadoseu por numerosos rios TEXTO E FOTOS: ARNALDO
RAMPADO E MARCOS
24 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA,
MEDEIROS I ARTE: TIAGO
STRACCI
MEIO AMBIENTE E TURISMO
ecoave eco aveentturra 255
[ ecoturismo I petar ] Caverna Alambari de Baixo
Parque das cavernas
A Revista ECOAVENTURA realizou uma expedição pelo Petar (Parque Estadual TurĂstico do Alto Ribeira), no sul do Estado de SĂŁo Paulo, e vivenciou uma entrega sensorial inesquecĂvel nas cavernas da regiĂŁo, com momentos de escuridĂŁo absoluta, sombras reveladoras, sons guturais, alturas abismais e ĂĄgua gelada atĂŠ o pescoço em salĂľes repletos de estalactites e estalagmites I ARTE: TIAGO STRACCI POR: DANI COSTA I FOTOS: INĂ CIO TEIXEIRA
m dos maiores temores quando se entra em uma caverna ĂŠ nĂŁo enxergar
U
onde pisar e nĂŁo identificar
nada alĂŠm do barulho do rio que passa por dentro dela. Mas, depois de fazer uma expedição pelo Petar, esse medo vai embora. Para quem nĂŁo possui nenhum tipo de problema em manter-se em lugares fechados, com restrição de luz e espaço, aprende-se que nesse mundo subterrâneo tudo o que vivemos ĂŠ uma experiĂŞncia extraordinĂĄria com a natureza. E ĂŠ essa certeza que faz o temor virar audĂĄcia e o cansaço ficar esquecido. A Revista ECOAVENTURA explorou as cavernas do Petar â&#x20AC;&#x201D; localizado em um dos mais preservados complexos da Mata Atlântica do PaĂs, que abrange as
cidades de Iporanga e ApiaĂ, a mais de 300 quilĂ´metros da capital paulista. Ele + Q Paranapiacaba e possui mais de 35 mil hectares. Trata-se da maior provĂncia espeleolĂłgica do Brasil, com 300 cavernas + & W delas estĂŁo abertas Ă visitação por apresentarem as caracterĂsticas necessĂĄrias para garantir a segurança do ecoturista e a preservação de cada uma. Antes, porĂŠm, de decidir quais aventuras encarar, ĂŠ preciso conhecer os nĂveis + & 4 gem escaladas e rastejamentos, outras obrigam a entrar na ĂĄgua, que chega a alcançar o pescoço. HĂĄ tambĂŠm as trilhas pela mata antes de alcançå-las â&#x20AC;&#x201D; nem sempre fĂĄceis, seja pelos obstĂĄculos ou pela longa distância a ser percorrida. ecoaventura 37
36 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
[ tecnologia I sonar ]
AniversĂĄrio ECOAVENTURA
Sonar Caros da ECOAVENTURA,
Quero dar os parabĂŠns (ou melhor,
Muito legal a matĂŠria sobre o sonar
â&#x20AC;&#x153;seguebĂŠnsâ&#x20AC;?, pois parar, jamais!) pelo
(edição 24), esclarecedora, muito útil!
segundo aniversĂĄrio! Nesses dois
AtĂŠ entĂŁo, nĂŁo tinha visto em lugar
anos da Revista ECOAVENTURA,
algum uma explicação tão didåtica sobre
aprendi muito, os melhores points de
o assunto. Vou fazer cĂłpia das pĂĄginas e
pesca, preparação da tralha, conhe-
levar para o barco nas minhas pescarias!
OS OLHOS DO PESCADOR EMBAIXO Dâ&#x20AC;&#x2122;Ă GUA Sigla em inglĂŞs para Sound Navigation and Ranging (ou determinação da distância pelo som), com o sonar o pescador pode encontrar cardumes, localizar habitatâ&#x20AC;&#x2122;s e estruturas submersas potencialmente atraentes para determinadas espĂŠcies, alĂŠm de ser um auxĂlio na navegação. Ao aprender e interpretar a informação fornecida, o equipamento torna-se uma das peças mais importantes na pesca esportiva POR: MARCEL NISHIYAMA, JANAĂ?NA QUITĂ&#x2030;RIO E JOĂ&#x192;O CAPARROZ | FOTOS: INĂ CIO TEIXEIRA | ARTE: TIAGO STRACCI
N
ĂŁo se trata de substituir a experiĂŞncia
em imagens na tela LCD. AlĂŠm de fazer
fundo e tipos de objetos), muitos apare-
pescador
leitura visual de informaçþes subma-
lhos oferecem funçþes complementares
nas tĂŠcnicas utilizadas para
rinas, tais como a estrutura geolĂłgica
sobre temperatura dâ&#x20AC;&#x2122;ĂĄgua, velocidade da
cada pescaria, tampouco de
(profundidade da ĂĄgua, consistĂŞncia do
embarcação e distância percorrida.
do
desprezar seu conhecimento sobre o hĂĄbito e o conhecimento de cada espĂŠcie. Ao localizar um peixe por meio do sonar,
cimento dos materiais etc. Aproveito
nĂŁo hĂĄ garantias de que ele seja, de fato,
Samuel Rezende, Sorocaba-SP
+ & 3 ! por esse equipamento tem sido uma das
para dar uma sugestão: que tal lançar
principais forças de desenvolvimento da
uma sĂŠrie de DVDâ&#x20AC;&#x2122;s â&#x20AC;&#x153;A arte de nave-
a emissão de ondas mecânicas de alta fre-
pesca comercial e amadora. Seu princĂpio de funcionamento utiliza quĂŞncia por meio de um aparelho instalado nos barcos e acoplado a um receptor â&#x20AC;&#x201D; cha-
garâ&#x20AC;&#x153;, ou seja, um mini curso de arrais
Sonar II
mado transdutor, cuja årea de cobertura varia de acordo com o diâmetro de ângulo do cone feito por ele [ ]. O som
amador na mesma linha da coleção â&#x20AC;&#x153;A
Amigos, que maravilha a matĂŠria de
do dos oceanos ou em objetos (tais como peixes), retorna e ĂŠ captado pelo receptor,
arte de pescarâ&#x20AC;??
sonar, nada como especialistas para nos
que, por sua vez, registra a variação de tempo entre a emissão e a recepção do som e faz cålculos para determinar a distância e a densidade do objeto detectado.
ajudar! Valeu!
O som viaja a uma velocidade de 1.450 metros por segundo â&#x20AC;&#x201D; quatro vezes mais rĂĄpido do que o transmitido pelo
Jorge Luiz, Belo Horizonte-MG
Roberto Vargas, SĂŁo JosĂŠ do Rio Preto-SP
ar â&#x20AC;&#x201D;, e os ecos do sinal sĂŁo traduzidos
ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
10 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
As ondas provenientes do transdutor transmitem um sinal em forma de cone, cujo diâmetro inďŹ&#x201A;uencia o modo pelo qual muitos detalhes serĂŁo vistos. Para encontrar o diâmetro de cobertura de um transdutor em qualquer profundidade basta dividi-la por 7 (cone estreito) ou por 3 (cone largo). Quanto menor a frequĂŞncia, por exemplo, 50 KHz, maior serĂĄ o cone, porĂŠm menor serĂĄ o detalhe da varredura
[ capa I sernambiguara ]
Uma das pescarias mais emocionantes e técnicas do mundo Em pescarias extremamente técniicass, uma equação coom muitas variantes tem quue ser balanceaada. Nesta matéria, veja quaiis fatores são inddisppenssáveeis para alcançar um resultado quase matemático naa busca pellos Sernnambiguaras POR R: ROBERTO VÉ VÉR RAS | FOTOS: DAG G E ROBERTO VÉRAS | FICHA TÉC CNICA ICA: LAW AWRENCE IKE KED DA | ART RTE RTE T : TIAG I GO STRA TRACC TR CCI
12 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
ecoaventura 13
[ capa I sernambiguara ]
O
Sernambiguara (Trachinotus falcatus) ou
vem a escolha do guia, que, por sua vez,
regiĂŁo e conhecer os hĂĄbitos dos espĂŠci-
Permit â&#x20AC;&#x201D; como essa espĂŠcie ĂŠ conhecida
indicarĂĄ qual a tĂŠcnica a ser empregada,
mes. Por isso, faz diferença deixar sob sua
nos Estados Unidos â&#x20AC;&#x201D; estĂĄ distribuĂdo
bem como qual o melhor material e iscas.
responsabilidade a escolha das datas, os
por todo o Atlântico Ocidental, do centro
3 +
melhores horĂĄrios â&#x20AC;&#x201D; em função das fases
da costa leste norte-americana ao Sul do
conhecimentos por estar diariamente na
da lua â&#x20AC;&#x201D; e as marĂŠs.
Brasil, mas ĂŠ na regiĂŁo da FlĂłrida que as tĂŠcnicas para sua pesca sĂŁo mais desenvolvidas. Para se ter uma ideia, os guias especializados em sua captura contabilizam milhĂľes de dĂłlares anuais, uma vez que esse peixe estĂĄ presente em quase todos os meses do ano. Entretanto, ĂŠ no VerĂŁo que as chances de sucesso alcançam seus maiores Ăndices. Se no Brasil e em outros lugares o Sernambiguara habita, basicamente, praias,
A pouca profundidade e a transparĂŞncia da ĂĄgua dĂŁo chance ao pescador de ver os peixes. Isso permite acompanhar os principais lances, desde o momento no qual a pequena isca toca a ĂĄgua e a sua manobra para abocanhĂĄ-la, atĂŠ o inĂcio da primeira e furiosa carreira
estuĂĄrios e costĂľes rochosos, na FlĂłrida ele estĂĄ presente nos â&#x20AC;&#x201D; locais de pouquĂssima profundidade, com fundos arenosos e de cascalhos cobertos de algas, onde caçam basicamente pequenos crustĂĄceos como caranguejos, siris e camarĂľes. Antes de aventurar-se nessa incursĂŁo, o pescador precisa informar-se sobre o melhor lugar e sobre a ĂŠpoca do ano mais propĂcia. Em posse dessas informaçþes,
Arremessar com precisĂŁo o pequeno siri sem qualquer tipo de chumbada ĂŠ um dos maiores desaďŹ os dessa tĂŠcnica
14 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
Como o mar parecia um vidro de tĂŁo liso, vimos um cardume nadando com as nadadeiras na superfĂcie, ou seja, â&#x20AC;&#x153;taillingâ&#x20AC;?. Uma vez localizado, nĂŁo devemos jamais tirar os olhos do nosso alvo enquanto o guia se aproxima
Como o espécime só se entregará após estar exausto — e terá que ser medido e tagueado — é vital que seja bem oxigenado antes da soltura, caso contrário, terá grandes chances de não resistir ao esforço, ou mesmo de ser devorado por Tubarões
ecoav ec aven e tu tura ra a 155
[ capa I sernambiguara ] A TĂ&#x2030;CNICA Esse tipo de pescaria requer uma embarcação apropriada â&#x20AC;&#x201D; pouco conhecida por nĂłs â&#x20AC;&#x201D; intitulada Flat boats. Com comprimento que varia entre 18 e 20 pĂŠs, elas sĂŁo bem largas, com 2,5 metros de boca, e
Durante um dia de pesca sĂŁo avistados entre 5 e 6 Sernambiguaras, o que torna possĂvel arremessar as iscas para 3 ou 4, e o Ăndice de capturas raramente supera a dois espĂŠcimes
possuem duas plataformas de pesca, uma na proa e outra na popa. Normalmente, sĂŁo impulsionadas por grandes motores de popa capazes de lhes dar agilidade e velocidade para cobrir longos trechos. NĂŁo fosse a existĂŞncia de uma plataforma por cima do
TĂŁo logo avista os peixes, o guia aponta o â&#x20AC;&#x153;poleâ&#x20AC;? em direção Molorepe a eles e grita nonseque a distância e um horĂĄrio. No caso, 10 horas vellor minis essi dolorion pernat eaquat que milit rae modictemqu
motor de popa, onde o guia passa a maior parte do tempo observando a movimentação dos cardumes, alĂŠm de um casco com â&#x20AC;&#x153;Vâ&#x20AC;? mais profundo, os Flat boats lembrariam bastante os Bass boats â&#x20AC;&#x201D; estes, sim, bem mais conhecidos dos brasileiros. Depois de escolhida a regiĂŁo, o guia levanta o motor de popa, sobe nessa plataforma e começa a empurrar a embarcação com um enorme â&#x20AC;&#x153;varejĂŁoâ&#x20AC;? com cerca de
+ vidro. Trata-se do â&#x20AC;&#x153;poleâ&#x20AC;?, que, na versĂŁo brasileira, ĂŠ conhecidow pelos ribeirinhos como â&#x20AC;&#x153;zingaâ&#x20AC;?. Essa ĂŠ a melhor forma de
+ Sernambiguaras sem espantĂĄ-los. Isso porque sĂŁo tĂŁo ariscos que nenhum ruĂdo â&#x20AC;&#x201D; por menor que seja â&#x20AC;&#x201D; pode ser feito durante a aproximação.
O Permit Ê tão grande que quase não cabe dentro do puçå
eccoav aven en entu ntuura ra l PESCA PESC CA EESPORTI ORTIIV VA VA, A A, MEI MEIO M EOA AM AMB MB M BIEN IE IIENT EN ENT NT TE E TURISMO 16 e 16
A satisfação e a sensação de dever cumprido do guia fazem com que a alegria seja igual a do exausto pescador
A ferrada é instantânea, tanto quanto é o início da corrida do grande peixe. De imediato, ele toma mais de 150m de linha de uma só vez, e em uma velocidade impressionante!
Quando avista os peixes, imediata-
para a direção indicada. Depois, bas-
mente aponta seu bastão em direção
ta continuar seguindo atentamente às
Mas, atenção: os arremessos só
a eles e, conforme combinação pré-
orientações durante a aproximação.
deverão ser efetuados após dado o
via, diz um horário, que significará
Como o guia está em uma posição
sinal. Nesse momento, é preciso fazer
a posição e a distância a que estão
mais elevada, sua visão privilegiada
um arremesso preciso e próximo à ca-
do barco. É nesse momento que o
permite que ele seja capaz de narrar
beça do peixe para que todo trabalho
pescador deverá se posicionar na pla-
a direção na qual os Sernambiguaras
não seja em vão, já que, dificilmente,
taforma de proa e apontar seu caniço
seguem e de estimar quantos metros
haverá uma segunda chance.
faltam, o tamanho do cardume etc.
ecoaventura 17
[ capa I sernambiguara ] A BATALHA
biguara a nĂŁo ser fugir na horizontal,
obstĂĄculo que possa cortar a linha.
o que faz sua primeira corrida parecer
Ao tĂŠrmino da primeira corrida, o guia
Como ĂŠ um membro da famĂlia dos
+ 6
jĂĄ terĂĄ baixado o motor para dar inĂcio
carangĂdeos, a voracidade, o vigor, a
para linhas de 12 libras, ou seja, com
à perseguição. Como o material Ê des-
rapidez e a resistĂŞncia sĂŁo caracterĂsti-
pouco mais de trĂŞs libras de pressĂŁo, o
proporcional em relação ao tamanho do
cas presentes tambĂŠm nessa esportiva
peixe leva mais de 100 metros de linhas.
oponente [veja box], a luta irĂĄ se estender
espÊcie. Em função da pouca profundi-
Nesse momento, o caniço deve ser le-
por muitos minutos, com vĂĄrias tomadas
dade, nĂŁo resta alternativa ao Sernam-
vantado ao mĂĄximo para evitar algum
de linha atĂŠ ser embarcado.
â&#x20AC;&#x153;Nunca imaginei que conseguisse capturar um Sernambiguara, em função da sua força e combatividade, ainda mais com a fragilidade do material empregado. Jamais pensei que veria um peixe daquele tamanho e que brigaria tĂŁo intensamente com ele e por tanto tempo. Essa foi a captura mais emocionante de toda a minha vidaâ&#x20AC;?
Equipamentos t 7BSBT FOUSF w F QĂ?T QBSB MJOIBT EF B MJCSBT NPOUBEBT DPN NPMJOFUFT EF UBNBOIP RVF DPNQPSUFN QFMP NFOPT NFUSPT EF MJOIB EF NVMUJmMBNFOUP EF MJCSBT EF SFTJTUĂ?ODJB
18 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
t Shockleader EF nVPSDBSCPOP DVSUP EF QPVDP NBJT EF NFUSP EF DPNQSJNFOUP F BO[PM EF QBUB MPOHB UBNBOIP PV
t %VSBOUF P WFSĂ?P VTBN TF QSFGF SFODJBMNFOUF DPNP JTDBT QFRVFOPT TJSJT VN QPVDP NBJPSFT EP RVF VNB NPFEB EF 3FBM %FMFT TĂ?P SFUJSB EBT BT QJOĂ&#x17D;BT F TĂ?P JTDBEPT WJWPT $PNP OĂ?P QFTBN NBJT EP RVF EPJT PV USĂ?T HSBNBT F OĂ?P UĂ?N BFSP EJOĂ&#x2030;NJDB BMHVNB TĂ&#x2DC; NFTNP VN NBUFSJBM DPN FTTBT DBSBDUFSĂ&#x201C;TUJDBT Ă? DBQB[ EF BSSFNFTTBS FTTBT JTDBT DPN BMHVNB QSFDJTĂ?P B QFMP NFOPT PV NFUSPT EF EJTUĂ&#x2030;ODJB
Como a vara é frágil e a linha muito fina, é preciso recolhê-la com paciência. Por isso, é comum levar mais de 40 minutos para colocar o peixe próximo ao barco
FICHA TÉCNICA
CURIOSIDADES
Nomes populares: Sernambiquara ou Sernambiguara (BR) | Permit (USA) Família: Carangidae Nome científico: Trachinotus falcatus (Linnaeus, 1758) Gênero que engloba as espécies dos Pampos: Pampo-galhudo, Pampo-amarelo e Pampo-verdadeiro. O Sernambiguara recebeu o nome de Trachinotus falcatus, pois falcatus é um adjetivo provindo do latim que significa “armado de foices” — característica da morfologia de suas nadadeiras dorsal e caudal. Tamanho, crescimento e idade: estudos revelam que os Sernambiguaras atingem por volta de 122 centímetros, peso de 36 Kg e idade aproximada de 23 anos. É importante conhecer esses números para que possamos controlar o tamanho dos exemplares capturados. Nos Estados Unidos, em especial no Estado da Flórida, existem leis que protegem algumas espécies. Para o Permit, o tamanho mínimo permitido para captura sem soltura é de 28 centímetros (11 polegadas) e comprimento máximo de 50,8cm (20 polegadas). O número máximo de exemplares por pessoa é de seis indivíduos, e apenas um deles pode exceder em 20cm o tamanho máximo permitido (o troféu)
- O recorde mundial na categoria All-Tackle (IGFA) pertence ao Brasil com um Sernambiguara de 27,21Kg, capturado pelo pescador Renato Fiedler, na Ilha do Mel-PR - Trata-se de um dos peixes mais esportivos das regiões costeiras e que pode ser pescado durante todo o ano. É ávido de energia com longas e rápidas tomadas de linha quando fisgado - Pouco explorado no Brasil, principalmente por pescadores que utilizam iscas artificiais e o flyfishing - É uma excelente espécie para ser criada em fazendas marinhas, devido ao seu potencial de crescimento e engorda. Sua carne é saborosa e com grande aceitação para consumo
SERVIÇO Guia: Capitão Joe Gonzalez São 3 tipos diferentes de diárias: 4, 6 e 8 horas. Inclui todo o material necessário, inclusive de Flyfishing, iscas e gelo. Lanches e bebidas ficam por conta dos pescadores. Tel.: +1 305.798.0841 - www.captainjoegonzalez.com captjoegonzalez@comcast.net
[ projeto tietĂŞ dĂĄ pesca ]
Seguimos a linha do TietĂŞ no mapa e encontramos um rio piscoso, de ĂĄguas limpas, em vĂĄrias cidades, longe da
esgoto que possui em pelo menos 250 quilĂ´metros de curso na capital e municĂpios vizinhos
FOTO: INĂ CIO TEIXEIRA
POR: DANI COSTA I ARTE: GLAUCO DIAS
coaven entuura ra l PPESC ESCA ES ESPOR ORTI T VA, TI VA A MEIO OA AMB AM IENT IEN ENT NT TE E T TURI UR URI U RISMO MO O 200 ec
Rio TietĂŞ na cidade de Uru
eeccoav ave entu en tura ra 2211
[ projeto tietĂŞ dĂĄ pesca ]
P
escar no TietĂŞ limpo, para e
! ( !
quem vive ao lado do canal q
5 & < ( ky
+ ( ^
*
na cidade paulistana, ĂŠ uma n
( -
experiĂŞncia reveladora. Primeiro, por-
( & 7
que traz a sensação incômoda de
começa na Mata Atlântica e, após
impotĂŞncia diante da realidade do
1 -
-
( {
tropolitana. E, com essa consciĂŞncia,
& | }
sentimos vontade de pedir desculpas
onde os remanescentes florestais
ao rio. Depois, quando os primeiros
sĂŁo evidentes, em muitas cidades,
^
*
principalmente as do MĂŠdio TietĂŞ,
sentir a alma desse valente, lança-
-
&
*
8 /
* -
em busca de pontos *veis nĂŁo se tratava de uma missĂŁo mi-
luição, consequen-
Atualmente, na capital, o rio TietĂŞ nĂŁo ĂŠ, sequer, navegĂĄvel
tes de efluentes de ~
O COMEĂ&#x2021;O
domĂŠstico despe^ -
Em março deste ano, conferimos a
renteza. Exemplos
< | *
sĂŁo as cidades de
Q 1
CabreĂşva,
78
6 +
*
&
quilĂ´metros de SĂŁo Paulo, e Salto, a
/
Tratava-se, sim, de um plano muito
105 quilĂ´metros da metrĂłpole.
para pescar. O panorama se repete tam-
rabolante para des ^ tada ideia de que ĂŠ -
a
maior que isso. A ECOAVENTURA foi
Atualmente, na capital, o curso
*
-
& A Cetesb
< 8 W & Â&#x201A;
mente, nĂŁo mantĂŞm sua imaculada
(Companhia de Tecnologia de Sanea-
Â&#x201A; ' < -
-
mento Ambiental)
/
pias, Tabaranas e Mussuns. Esse encontro
& 3 !
com a triste definição de que o rio,
com a outra face desse curso foi publicado
pescadores que têm relação de ver-
dentro da cidade de SĂŁo Paulo, nĂŁo
na edição de abril da ECOAVENTURA.
^
/ *
)
^ &
/
*
& Â&#x20AC; "#$%
/
&
sentido oposto ao que, normalmen-
da
nadadores
3 | { ! <
6
deixaram de treinar no TietĂŞ. Em
| -
mar â&#x20AC;&#x201D; apesar de estar a apenas 20
"#Â % &
& ) 1 (
quilĂ´metros dele â&#x20AC;&#x201D;, mas para o inte-
Com a evolução urbana, foi estreitado
{ ( -
rior do Estado, atĂŠ, depois de 1.136
ao ponto de tornar-se um canal.
sa pela capital, 160 quilômetros de distância
9 8
Assim, de belo, frondoso, situado
& W
* &
na divisa com Mato Grosso do Sul.
8 *
' ' (
Sua nascente ĂŠ na cidade de Sale-
{ ( yÂ&#x192;% 9 Q 8 -
sĂłpolis, a 1.120 metros de altitude,
9
lo, tambĂŠm possui movimento de pes-
e ĂŠ impedido pelas escarpas da Ser-
cadores, mas sĂŁo poucos os esportivos
ra do Mar de alcançar o litoral. Por
( &
&
O TietĂŞ atravessa SĂŁo Paulo em
22 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
extrema
poluição,
MATO GROSSO DO SUL
RIO PARANÁ
MINAS GERAIS
PEREIRA BARRETO AURIFLAMA
ITAPURA
ARAÇATUBA Sub-bacia
Baixo Tietê
URU Sub-bacia
Batalha
Sub-bacia
Piracicaba / Jundiaí BARRA BONITA IGARAÇU DO TIETÊ Sub-bacia
Jacaré
ANHEMBI CONCHAS TIETÊ SALTO Sub-bacia
PARANÁ
ITU
CABREÚVA
Médio Tietê
GUARULHOS
SÃO PAULO
SALESÓPOLIS MOGI DAS CRUZES BIRITIBA-MIRIM
Sub-bacia
Alto Tietê
PONTOS PISCOSOS NO TIETÊ Biritiba Mirim 84km de SP Peixes: Lambari, Acará, Bagre-africano, Tilápia, Tabarana e Mussum Locais bons de pesca: Barragem de Ponte Nova, bairro Casa Grande e bairro Rio Acima
Uru 400km de SP Peixes: Tucunaré, Apaiari, Corvina, Pacu, Tilápia, Traíra, Piauçu Local bom de pesca: “Lagoa do rio Tietê” com saída do rio Sucuri, que é afluente
Igaraçu do Tietê 294km de SP Peixes: Dourado, Traíra, Tilápia, Lambari, Mandiúva, Pacu, Cará, Corvina, Tuvira Local bom de pesca: A partir da ponte de divisa da cidade com Barra Bonita em direção ao centro do Estado de São Paulo
Araçatuba 524km de SP Peixes: Tucunaré, Pacu, Porquinho, Piau, Tilápia, Corvina Local bom de pesca: onde deságua o Córrego Azul
Auriflama 600km de SP Peixes: Tucunaré, Corvina, Pacu, Piranha, Traíra, Tilápia, Porquinho, Piau Locais bons de pesca: em vários braços como o Bombril, Limão, Capivara, Bolsa de Valores, Braço da Fazenda, Lambari, Sem Terra e Pilar Pereira Barreto 635km de SP Peixes: Tucunaré, Traíra, Pacu, Pintado, Piracanjuba, Curimbatá e Lambari Locais bom de pesca: Chiqueirinho e Jacaré
ecoaventura 23
[ projeto tietĂŞ dĂĄ pesca ] PEREIRA BARRETO ' 3{7'Â&#x2C6;3W 4Â&#x2030;' de pesca pelo rio TietĂŞ na cidade de Pereira Barreto, a 636 quilĂ´metros da capital,
< /& Â&#x201A; ( & Â&#x160; ! 7
Â&#x192;%
( y$
& 3 8 Barreto, a vez ĂŠ dos TucunarĂŠs, principal /
FOTOS: INĂ CIO TEIXEIRA
^
No TietĂŞ de Pereira Barreto, hĂĄ um TucunarĂŠ que os pescadores da regiĂŁo chamam de â&#x20AC;&#x153;blackâ&#x20AC;?. Seria uma nova espĂŠcie?
& 3 & W so ponto de parada foi em um dos braços,
+ &
}
{( ( & ' 0 -
No ponto próximo a uma plantação de
concluiu tratar-se de um TucunarĂŠ-ama-
+
abacaxi, ancoramos e esperamos mais
relo (Cichla ocellaris) que passou por pro-
0
& 4 *
* &
que estamos acostumados a ver na capi-
Fatores ambientais, como a colora-
& Q 9
& 7 1
! Â&#x2018;
Â&#x2039; & Â&#x152;' (
* (
iluminação etc., atuam nas respostas fe-
Â&#x192; kÂ?% & | Â&#x2026;
â&#x20AC;&#x153;blackÂ&#x2026;
*
& 3
revelou Oscar.
( & 3
*
&
maciça do TucunarÊ-preto Ê que o suces-
3 ( + !
) 1 Â&#x201A; Â&#x2020; 5Â&#x2021;
so desse peixe nos reservatĂłrios do Alto
paca e trĂŞs azuis. Estes Ăşltimos ba-
/ Â&#x2039; &
Em agosto, os TucunarĂŠs pipocam em volta do barco. O guia de pesca Oscar Tiossi exibe um azul da espĂŠcie
ecoaavven entu turra a l PESC PESC CA ES ESPO ORTI ORT RTI RT TV TI VA VA, A A,, ME MEIO M EIO IO O AMB AM MB BIIE IENT IEN ENT E NTE E T NT TURI TU TUR U URI UR RISMO R SMO 24 ec 24
Â&#x152;' ^ & 3 } sucessivas, ocorreram cruzamentos de TucunarĂŠs de coloração preta, que fez com ~ *
}
( ^ Â&#x2026; Â&#x201A; Â&#x2020; &
Dia promissor 7 *
O fotĂłgrafo InĂĄcio Teixeira ďŹ sgou TucunarĂŠs-amarelos
Â&#x152; ( Â&#x2026;
FOTO: DANI COSTA
! & ' + "Â
' { 8 &
* & 7
nos brindaram, todos devidamente soltos,
Na represa de TrĂŞs IrmĂŁos, foram o
diminuição da frequência e da quantida-
*
{ 8 ( { &
( &
} & Â&#x152;7
Â&#x152;' +
-
A Cesp (Companhia EnergĂŠtica de
cada de forma artesanal, e nosso estudo
SĂŁo Paulo) explica que faz a soltura de
Â&#x2026; +
mostrou que o principal entrave dessa ati-
^ +
vidade era a diminuição do estoque de pei-
1 4 Â&#x2018; 3 -
( &
& '
( Q ! ) Â&#x201C; Â&#x20AC; Â&#x201D; !
( (
/ Â&#x201C; 5 Â&#x201D; ' 5 ( Q -
Os peixamentos
Â&#x201C; ^ 4 Â&#x2018; /
W y%%Â&#x2019; y%%Â&#x192; -
o Pintado, o Dourado e o JaĂş. No entanto,
IrmĂŁos); Pereira Barreto (a montante da
sadores do Instituto de Pesca de SĂŁo
1
+ -
4 Â&#x2018; / 5 1 -
Paulo realizaram um estudo nessa re-
!
Â&#x2026; Â&#x201A;*
Â&#x2013; 1
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Q ( Â&#x2014; Â&#x201D;
Â&#x201C;W ' ( / 5
ca do Instituto de Pesca de SĂŁo Paulo.
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5 Â&#x201D; ^ !
dos motivos da queda do nĂşmero de pei-
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a produção pesqueira. O resultado re-
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Â&#x2018; ' Â&#x20AC;
velou que as espĂŠcies mais captura-
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propriedade da Cesp, mantĂŠm um estoque
W ' (
como o aumento da poluição urbana, in-
de reprodutores formados por meio de um
A repĂłrter Dani Costa faz a soltura de um TucunarĂŠ-amarelo
FOTO: INĂ CIO TEIXEIRA
~ 1 *
^
produzidos os alevinos utilizados nos pei & ) "##" nos passou a ser realizada exclusivamente com as espĂŠcies autĂłctones (naturais da Â&#x201D; { 8 8 8 Â&#x201A; { 8 ^ Â&#x20AC; ~ 8 ) Â&#x20AC; & Q Cesp informou Ă Revista 3{7'Â&#x2C6;3W 4Â&#x2030;' * "#Â $ y%"" Â&#x2019;% (} de alevinos no reservatĂłrio da Usina de Â&#x20AC; / 8 &
ecoaventura 25
[ projeto tietĂŞ dĂĄ pesca ]
O leitor Douglas Prado gosta das Corvinas do TietĂŞ de AuriďŹ&#x201A;ama
AURIFLAMA E ARAĂ&#x2021;ATUBA Essas duas cidades â&#x20AC;&#x201D; pertencentes ao Baixo TietĂŞ â&#x20AC;&#x201D;, tambĂŠm sĂŁo famosas * & 7 ) Â&#x201A; 8 * ' ma, a 600 quilĂ´metros de SĂŁo Paulo. Ele / ( foi pela primeira vez, duvidava do pon
& 8 ( ^
FOTO: GUIA DE PESCA OSĂ&#x2030;IAS
SĂŁo Carlos, a 236 quilĂ´metros da capital,
Â&#x2019;Â&#x192;% 9 ! Marcelo Moreno, pescador habitual no TietĂŞ de Araçatuba, festeja todas as espĂŠcies, como o Piau-trĂŞs-pintas
tância muito pequena se comparada ao ( 6 Â&#x152;2 !
( pescarias sempre sĂŁo boas, e em todas, ( + Â&#x2026;& 7
6 8 ( 8 ( Corvina, Piau. Sua experiĂŞncia indica al
& ' * & Â&#x2026; ) &
Marcelo com uma TilĂĄpia
ecoav ave en ntu turra a l PES PESC P ES ESC S A ES SC ESPOR ORT ORTI O RTI R TTIIV VA, A,, M A MEI MEIO ME EIO E IO O AM AMB MB M BIENT IE EN E NTE E TUR TURI TU TURI UR URISMO SM MO O 2266 ec
FOTO: MARIA AP. S. MORENO
( 8 { -
FOTO: MARCELO SPEGIORIN MORENO
o Capivara. â&#x20AC;&#x153;Tem tambĂŠm um local que
FOTO: MARIA AP. S. MORENO
< Â&#x201A;
Registro de Marcelo da bela natureza do Tietê de Araçatuba
Rio TietĂŞ no municĂpio de Araçatuba
FOTOS: INĂ CIO TEIXEIRA
A natureza do rio que encontramos ĂŠ viva: aves bailam em suas margens, como o gaviĂŁo ...
... e o socĂł
Â&#x20AC; | Q |
{1 -
& Q
' $yÂ&#x192; 9
'! & 7 / 9
Tietê que passa por Araçatuba Ê farto
de São Paulo, desde a infância. Mas, a
de qualidade de vidaâ&#x20AC;?, contou.
& 3 8 -
pesca sĂł se intensificou em sua vida a
O peixe a que mais se dedica ĂŠ o Tu-
( 8 { &
* ( Â&#x2039; do TietĂŞ. O rio ĂŠ considerado limpo na DAEA (Departamento de Ă gua e Esgoto de Araçatuba), a primeira nĂŁo ribei ( 3 Q 8
FOTO: MARIA AP. S. MORENO
partir do ano de 2006, depois que sua Marcelo com TucunarĂŠ-amarelo
0 "$ 9 & ' / utilizada no abastecimento da população e no processo industrial. A paixão pelo rio fez com que Mar * y%"%
blog Â&#x2020;Â&#x2020;Â&#x2020;& & , onde posta fotos das pescarias e textos sobre as
& Â&#x152;{ eeccoa avve en nttu ura a 27 27
[ projeto tietĂŞ dĂĄ pesca ] Edson Gomes ĂŠ de Itu, mas nĂŁo arrisca pescar no TietĂŞ de sua cidade, e sim no de Uru
FOTOS: INĂ CIO TEIXEIRA
URU
(
^ -
^ &
des. Antes, porÊm, de alcançar o destino
Nossa expedição parou em Uru, cida-
8 ( Â&#x2039; ( Â&#x152;
( ( -
(
/Â&#x2026; (
! (
"&y$% (
piscoso, ĂŠ preciso partir do rio Sucuri, um
era usar essa isca.
Â&#x192;%% 9 & ' / + / < (
^
* & 8 (
3 Â&#x2013; ! & 3 5 "%y 9 Q 8 + ^ 1 em pesqueiro, devido Ă intensa poluição & 4 (
( 1 4 & ' *
lidade de praticar seu esporte no rio TietĂŞ,
* ferir e voltou mais e mais vezes. 7 W W ! ( & 3 / "Â&#x192;$ 9
ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
Colhida de camarĂľes para usĂĄ-los como isca
Ninho da ave jaçanã em aguapÊ no braço Sucuri do Tietê
Norberto Nazato tambĂŠm se apegou a Uru, onde pesca TucunarĂŠs. Ele ĂŠ da cidade de TietĂŞ, onde o rio ĂŠ poluĂdo
CamarĂŁo para isca FOTOS: INĂ CIO TEIXEIRA
3
ĂŠ preciso pesquisar onde fazer a pesca-
Â&#x20AC; 3 {( Â&#x201C; ( Â&#x2122;
ria, por causa da poluiçãoâ&#x20AC;?, revelou.
3 Â&#x201D; ( y%
nĂŁo ĂŠ boa, sente-se satisfeito. â&#x20AC;&#x153;Ă&#x2030; uma
Nessa parte da expedição, vê-se que
anos, explicou qual sua maior preocupação
volta ao meu passado, quando bastava a
4 } -
6 +
-
vontade de pescar para ir a um rio ou cĂłr-
da um rio volumoso, limpo, piscoso, apesar
/
Q 8 & '
+
&
Q ! & Â&#x152;7 Governo faz pouco caso disso, porque, te
( &
Zezinho ĂŠ guia de pesca no TietĂŞ de Uru
7 * ( de tanques de peixes para controlar isso. E, ( + ! 8 * Ambiental, pois sĂł existe um Ăşnico barco Â&#x201A; ! ( Â&#x2026; & 7 Â&#x2122; 3 3 Â&#x20AC; Q ! Â&#x201C; ( Â&#x2122; ! ( Â&#x201D; + } ! ( & ' ( + & 3 -
ecoaventura 29
[ projeto tietĂŞ dĂĄ pesca ]
No rio de Igaraçu do Tietê, o deleite Ê pegar os Dourados FOTO: DENILSON LIZIERO
IGARAĂ&#x2021;U DO TIETĂ&#x160;
Liziero e seu guia Reginaldo percorrem o TietĂŞ quase todos os dias
' + yÂ&#x192;# 9 Q Paulo e faz parte da sub-bacia MĂŠdio TietĂŞ. 3 ! ( * < < & ' / 5 ĂŠ incipiente, estimulada por um policial ambiental apaixonado pelo rio, o Denil Â&#x201A; ! & 3 tar o esporte em parceria com a prefei * ^ * / & Q ^ * ! em pesca. Para que esse novo turismo ! +
& 3 aprendem, ainda de maneira lenta, a importância do pesque e solte para a perpetuação da fauna do obstinado rio Tietê.
30 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
FOTO: INĂ CIO TEIXEIRA
/
Ponte que liga Igaraçu do Tietê a Barra Bonita FOTOS: INà CIO TEIXEIRA
7 5 /
-
^ ! ( Â&#x2019;% ~
+ & 5
1 <
! Â&#x2019;% (}
Bonita. Outras espĂŠcies sĂŁo introduzidas,
alevinos. Nossa expedição encerrou-se
& 7 )
8 { 8
nessa cidade, mas a vontade de pescar
^ & W
) 8 ^ & 3
/ & 3
(
+ / &
peixamento ocorre na transição entre a
bonitas lembranças renovou a esperan-
' Â&#x201A; ! 4 -
!
Â&#x2014; Q Â&#x2030; Â&#x2014; -
& Q Â&#x2019;% -
-
do Nasto foi em um dia de muito vento
dos para a soltura dos alevinos.
tropolitana de SĂŁo Paulo. TietĂŞ, estamos
^ -
Q AES TietĂŞ, o ma-
/;
^ ; W ( ( Â&#x201A; !
& 3 pelos esportistas e pĂ´de, assim, compro / & 7 ) + &
Repovoamento 7 ) 5 do Tietê, atualmente, deve-se ao repovoamento de espÊcies nativas pela AES Tietê, Igaraçu do Tietê se estrutura às margens do rio
eco ec oav a en entu t ra 31 31
[ projeto tietê dá pesca ]
Rio Tietê na capital São Paulo: um canal fétido, sem oxigênio diluído na água suficiente para a existência de um ecossistema FOTO: ALEXANDRE TOKITAKA
O RESGATE DO GUERREIRO O Tietê passa por tratamento de recuperação, cuja meta é ter suas águas da capital possíveis de se navegar, ou seja, que, minimamente, um ser humano consiga suportar seu cheiro. A previsão é que isso ocorra no ano de 2015, entretanto, especialistas calculam só ser viável em 2018. O Projeto Tietê — como foi batizado — surgiu na década de 1990 depois de um grandioso movimento popular de defesa do rio, que fez com que o Governo de São Paulo criasse o maior programa de recuperação ambiental desenvolvido no País, e entregou a responsabilidade de executá-lo à Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Paralelamente, outra medida foi tomada para recuperar o rio. Está previsto que 75 quilômetros entre a nascente e a capital sejam convertidos, até 2019, no maior parque linear do mundo, chamado “Várzeas do Tietê”. Com 107km² de área, terá 33 núcleos de esporte e lazer, e atenderá a população das cidades do Alto Tietê. Nas várzeas, serão formadas piscinas naturais que amortecerão as cheias.
car a cargo da iniciativa de poucos biólogos, que sozinhos, ou com suas instituições de apoio, tentam identificar as características do Tietê e, diante de seus resultados, somam poucas vozes na luta pela recuperação desse rio”, alerta Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas. O relatório de resultados pode ser conferido no site www.rededasaguas.org.br, no link “Observando o Tietê”.
A Fundação SOS Mata Atlântica possui um programa que analisa a qualidade das águas de rios em todo o Brasil, o Rede das Águas. A análise é feita frequentemente durante o ano, em 394 pontos de coleta de água nas Bacia do Alto e Médio Tietê, e seus resultados refletem a condição ambiental de todos os afluentes desse rio. Em geral, a água do Tietê analisada é avaliada em “péssima”, “ruim” e “aceitável”. O exame é feito com kits de monitoramento e leva em conta aspectos físico-químicos, biológicos e de percepção dos corpos d’água. Entre eles estão odor, quantidade de lixo e peixes no local, temperatura, demanda de oxigênio etc. “Controlar sua qualidade é uma maneira de alertar o poder público. Para a SOS Mata Atlântica, existe pouca pesquisa quanto a isso. Esse é o momento de o Estado investir em estudos voltados à produção de pescados com foco na saúde pública. Isso não pode fi-
32 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
FOTO: SXC 123DAN321
Análise das águas
PARA NÃO VACILAR O pescador esportivo e policial ambiental Denilson Liziero disponibiliza em seu site www.equipelizieropesca.com.br informações sobre a legislação de pesca em vigor e a tabela de tamanho mínimo de captura de peixes na Bacia Hidrográfica do Rio Paraná — que compreende o rio Paraná, seus formadores, afluentes, lagos, lagoas marginais, reservatórios e demais coleções de água. Assim, o Tietê também faz parte. A dica é, antes de se programar para pescar, seja no Tietê, ou em qualquer outro rio paulista, conferir quais peixes estão ameaçados de extinção, estabelecidos no Decreto nº 56.031, de 20 de julho de 2010. E nunca esquecer que o pesque e solte não é só filosofia, e sim uma prática para evitar que mais espécies de peixes corram o risco de desaparecer do ecossistema. A publicação “Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo – vertebrados”, também conhecida como “Livro Vermelho”, da SMA (Secretaria do Meio Ambiente) e a Fundação Parque Zoológico, relaciona as espécies ameaçadas de extinção no Estado, entre elas as de peixes. Os “livros vermelhos” são conhecidos mundialmente e considerados mecanismos de combate ao tráfico e ao comércio ilegal de espécies. Nele, o Jaú (Zungaro jahu), o Surubim-letra (Steindachneridion
scriptum), o Pintado (Pseudoplatystoma corruscans) e o Pacu (Piaractus mesopotamicus) são apontados como os que mais sofrem com a fragmentação de suas populações. Isso seria consequência da série de sucessivas barragens hidrelétricas construídas nos principais rios da bacia Alto Paraná, com a derrubada da mata e poluição por esgotos domésticos.
SERVIÇO Pereira Barreto Hotel Dinâmica das Águas — hospedagem e guia de pesca Tel.: (18) 3704-2445 / (18) 3704-2230 www.jundpesca.com.br Uru Pousada Sucuri — guia de pesca Tel.: (14) 3582-1140 Igaraçu do Tietê Equipe Liziero — guia de pesca Tel.: (14) 9709-2959 / (14) 9709-1503 (11) 9903-2741 www.equipelizieropesca.com.br
[ ecoturismo I ecotourism I brotas-sp]
ecooav aven enttu urra a l PES PESC ESCA EESPORTI ES ORT VA, V MEIO O AM AMB M IENT ENT NTE E TU TURI RISM SMO MO O 34 ec 34
Rapel na cachoeira Roseira Rappel at Roseira Falls
Nature in the town of Brotas is synonymous with adrenaline!
A cidade do interior paulista se especializou e m receber turistas loucos por emoção nas mais variadas atividades — todas inseridas em ambiente verde. Sua fama de capital brasileira do turismo de aventura se comprova quando percebemos que 24 horas, em muitos dias, ainda é pouco para viver tudo o que a região oferece This town in the interior of the state of São Paulo has specialized itself in receiving tourists avid for adventure in the most diverse activities, all of which in the context of a “green” environment. Its fame as Brazil’s capital of tourist adventure holds true when, over the course of many days, 24 hours are not enough time to fully enjoy all that the region has to offer
POR/BY: DANI COSTA I FOTOS/PHOTOS: INÁCIO TEIXEIRA I TRADUÇÃO/TRANSLATION: DAVID JOHN | ARTE/DESIGN: TIAGO STRACCI
eco ec oavven entura 355
[ ecoturismo I ecotourism I brotas-sp]
E
ncarar Brotas, cidade a 242 quilĂ´metros da capital SĂŁo Paulo, no centro do Estado, exige, a princĂpio, fĂ´lego. As opçþes
de aventura sĂŁo muitas. Junto a isso, hĂĄ tambĂŠm o sossego de passeios imersos em campos e matas, aliados Ă vida gostosa de fazenda. O municĂpio nĂŁo perdeu a chance de explorar bem o seu potencial turĂstico e conseguiu realizar o feito de se adequar Ă s necessidades e anseios de seus visitantes com organização, diversidade de lazer e grande hospitalidade. Um evento curioso, belo e instigante sempre atraiu viajantes a Brotas, que esperavam ver e ouvir a â&#x20AC;&#x153;areia que cantaâ&#x20AC;?. Trata-se de olhos dâ&#x20AC;&#x2122;ĂĄgua cercados por remanescentes de mata ciliar em uma piscina natural cristalina e borbulhante. Seu fundo
+ ! friccionada, â&#x20AC;&#x153;cantaâ&#x20AC;?. Esse som ĂŠ como o de uma cuĂca. O lugar permanece na rota dos turistas e representa o primĂłrdio da concepção do turismo ecolĂłgico em Brotas. W "##% * logia e a aventura em um mix de atividades cheias de adrenalina com o boia-cross. Em "##Â&#x192; / dade, dedicada a operar passeios por trilhas a cachoeiras. A atividade, atĂŠ hoje muito famosa nesse complexo turĂstico, consiste em descer corredeiras em grandes boias.
S
tamina is a key requisite when taking on a trip
Of special note is a beautiful and puzzling
Cuica. The locale is on the tourist route and repre-
to Brotas, 242 kilometers away from the state
phenomenon that has always attracted visitors
sents the primordial concept of tourism in Brotas.
capital SĂŁo Paulo. There are many adventure
to Brotas in quest of hearing the â&#x20AC;&#x153;singing sandsâ&#x20AC;?.
In the 90â&#x20AC;&#x2122;s, the municipality blended ecol-
options coupled to laid back hiking through
These are pools surrounded by the remnants of
ogy with adventure through a mix of adren-
+ & ( -
peripheral forest in natural crystal clear pools of
+ ( (
&
nicipality of Brotas has been quick to explore its
bubbling water. Their bottoms are made up of
( + Â&#x2020; "##Â&#x192;
tourism potential and has adapted to the needs
Â&#x2DC; + Â&#x2020;( !
devoting itself to trail and falls hiking. To date
of its visitors through organization, leisure diver-
crystals, which when rubbed together sing out very
this is a notable activity involving whitewater
sity and great hospitality.
much like the Brazilian musical instrument the
&
36 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
O ecoturismo de Brotas iniciou-se com as visitas de turistas à nascente “Areia que canta”. Quando os grãos dessa areia entram em atrito, fazem o som de uma cuíca Ecotourism in Brotas began with tourists visiting the “Singing Sands” spring. When the grains of this sand are rubbed together, they emit a sound like the musical instrument Cuica
ecoaventura 37
[ ecoturismo I ecotourism I brotas-sp]
O rafting ĂŠ realizado no rio JacarĂŠ Pepira, um dos mais lĂmpidos de SĂŁo Paulo Rafting is carried out on the JacarĂŠ Pepira river, one of the clearest water rivers in SĂŁo Paulo
5 "##k Â&#x2020;
Nature tourism was assured through the
option and became a traditional pastime in-
creation of the Non-Governmental Organization
Currently, ecotourism accounts for 25%
somuch that the Bozo dâ&#x20AC;&#x2122;Ă gua team, that was
Rio Vivo Movement, which defends the non-
( < Â&#x2DC;& 7 "$%%%
formed in 2003, has emerged victorious in all
installation of polluting industries in the mu-
arrive in town on a busy holiday such as Easter
the competitions it has taken part in in over four
nicipality. With ecological conservation issues
and Carnival whether as lodgers or for a day.
( + Â&#x2DC; Â&#x2020;
at the heart of Brota visitors populace, invest-
( < ( y"%% -
time world champion in that sport.
ments were channeled to visitor as a sustain-
commodations.
38 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
able mean of conservation and development.
3 "##k rafting surgiu como mais uma opção e virou tradição. Tanto que a equipe Bozo dâ&#x20AC;&#x2122;Ă gua, formada em 2003, ganhou todas as competiçþes nas quais participou nos Ăşltimos cinco anos em quatro continentes, e ĂŠ bicampeĂŁ mundial desse esporte. O turismo de natureza sĂł deu certo na cidade porque, ao mesmo tempo em que principiava, foi criada a ONG
Brotas possui mais de 30 meios de hospedagem, 9 operadoras de turismo de aventura e inĂşmeros sĂtios turĂsticos e atrativos. Entre eles, um moderno observatĂłrio e planetĂĄrio, o CEU (Centro de Estudos do Universo), aberto Ă visitação Brotas has over 30 lodging establishments and 9 tour operators covering adventure, tourist spots and other attractions. Among them, an observatory and planetarium, the CEU (Center for Studies of the Universe), which is open to visitors
Movimento Rio Vivo, que defende a nĂŁo instalação de indĂşstrias poluidoras no municĂpio. Com ideias de preservação ecolĂłgica no coração dos brotenses, o investimento no receptivo a visitantes se mostrava a maneira sustentĂĄvel ideal de preservar e desenvolver. Atualmente, o ecoturismo corresponde y$Â&#x; < & { "$ mil turistas chegam Ă cidade em um feriado movimentado como a PĂĄscoa e Carnaval, + ( passam sĂł um dia. Para receber tanta gente, <
y&"%% &
eccoaven ntu tura ra
[ ecoturismo I ecotourism I brotas-sp] PARA TODO MUNDO Quando a reportagem da Revista
Brotas, os moradores torcem para que o
que a famĂlia inteira possa usufruir as ale-
turista tenha a chance de conhecer tudo
grias das atividades.
pelo qual eles tanto zelam.
O boia-cross e o rafting sĂŁo realizados
ECOAVENTURA se viu diante dos roteiros
O ecoturismo por si sĂł jĂĄ ĂŠ um passeio
em trechos diferentes do rio JacarĂŠ Pepira,
+ 6
/
Â&#x2039; /
jogar-se em um dia de ação, entregue Ă
idoso, do atleta ao sedentĂĄrio. Em Brotas,
de 89% de pureza em suas ĂĄguas, quedas e
pulsação forte, aos gritos de euforia? Ou,
a ideia ĂŠ nĂŁo excluir ninguĂŠm de nenhuma
& 7 ! +
conhecer as matas, rios, cachoeiras, em
escolha turĂstica. Assim, crianças peque-
do Parque dos Saltos, onde jĂĄ funcionou uma
trilhas a pĂŠ ou a cavalo? Optamos pelos
nas conseguem espaço na diversão com
hidrelĂŠtrica. Essas duas atividades possuem
/
os pais, e atĂŠ cĂŁes podem curtir uma aven-
derivaçþes emocionantes, como o duck duplo,
tudo ao mesmo tempo, como para pres-
& ' /
o KR rafting e o hidrospeed. Todos consistem
tigiar essa cidade tĂŁo acolhedora. Em
operadora e negociar o roteiro de maneira
em subir em um apoio e deixar a ĂĄgua levar!
foot or horseback.
enjoyed by all from babies in arms, the aged,
A tirolesa na ĂĄgua ĂŠ uma das emoçþes do AventurAh! Zip-line over water is one of AventurAhâ&#x20AC;&#x2122;s fun activities
Available to all
We opted for both as a mean of familiarizing
athletes and non athletes. In Brotas, the idea
When the ECOAVENTURA field reporting
ourselves with all that the hospitable town of
is to include all in a selection of tourist activity.
team reviewed all available itineraries, it faced
Brotas has to offer. In Brotas, locals support the
In this manner, young children can enjoy some
a quandary of whether to throw itself into the
idea that the tourist should get the chance to
leisure time with their parents and even family
( Â&#x2DC; + Â&#x2020; ( (
know everything they cherish.
dogs can have some fun.The tip is to talk to the
of getting to know the forests, rivers and falls, on
40 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
Ecotourism is, by itself, a pastime to be
tour operator and arrange for an itinerary that
O arvorismo pode ser em postes interligados em cima da ĂĄgua, ou entre copas de ĂĄrvores Tree climbing can be carried out between interconnecting posts over the water or along the tree tops
A cavalgada da fazenda Recanto das Cachoeiras passa por cĂłrregos, trilhas no meio do cerrado paulista e atravessa o rio JacarĂŠ Pepira Horseback riding on the Recanto das Cachoeiras farm covers stream crossings in the middle of the SĂŁo Paulo bush and crosses the JacarĂŠ Pepira river
As emoçþes das alturas estĂŁo no } envolvido por copas de ĂĄrvores ou nĂŁo. A tirolesa pode ser seca ou molhada, esta Ăşltima realizada em um lago. A maior tirolesa de Brotas ĂŠ a Canopy Tour, com " Â&#x2019; 9 & ' ĂŠ a pedida, ainda mais atraente quando feito nas cachoeiras de Santa EulĂĄlia e Roseira. Se a intenção for fazer uma escalada, a opção ĂŠ encarar a parede + "y vias de nĂveis variados.
is suitable to the enjoyment of the whole family.
activities have exciting offshoots such as the
last one done over a river. The biggest zip-line in
Float cross and rafting are carried out on sev-
Double duck, KR rafting and hydrospeed, all of
< ( { Â&#x2DC; Â&#x2020; ( "&Â&#x2019; Â&#x2021; &
eral stretches of the JacarĂŠ Pepira river, which is
which consist in starting off a headwater and
To the more fearless, abseilieng in waterfalls
( / Â&#x2020; ( Â?#Â&#x; Â&#x2020;
Â&#x2020; ( &
(rappel) is the choice which is even more attrac-
purity in its falls and rapids. The course is part of
Height adventure is in tree climbing (tree-top
tive when carried out in the Santa EulĂĄlia and
the Parque dos Saltos complex, which formerly
adventures) with different versions involving
Â&#x2030; & ' + "y
operated as a hydroelectric plant. These two
treetops or not. Zip-lining can be dry or wet, the
( ( + Â&#x2020; &
ecoaventura 41
[ ecoturismo I ecotourism I brotas-sp] A natureza tambĂŠm acolhe os pratican-
Fazenda Recanto das Cachoeiras hĂĄ um
tes do mountain bike, que podem escolher
percurso especial apelidado de â&#x20AC;&#x153;buraco
entre os roteiros båsicos e os avançados, em
do jipeâ&#x20AC;?, com direito a passagem por den-
trilhas de terra, vales e cachoeiras. A aventu-
tro do rio JacarĂŠ Pepira.
ra inclui bicicleta Scott e guia especializado.
Muitas atividades estĂŁo inseridas em
Outra maneira de explorar a regiĂŁo
(
sobre rodas ĂŠ o passeio de quadriciclo
caiaque no lago e o aquaball. Este Ăşltimo,
atĂŠ a cachoeira Cristal. Os participan-
apesar de parecer que ĂŠ somente para
tes fazem uma breve caminhada de
crianças, tambÊm diverte os adultos.
aproximadamente dez minutos e atra-
Uma grande bolha de ar Ê lançada na
vessam dois rios a pĂŠ. Ă&#x2030; obrigatĂłrio ter
( 6
habilitação categoria â&#x20AC;&#x153;Aâ&#x20AC;? ou â&#x20AC;&#x153;Bâ&#x20AC;? devida-
dentro dela! O equilĂbrio ĂŠ a chave para
mente regularizada.
se manter estĂĄvel na bolha, mas poucos
Mais emocionante, mas igualmente
; 7 +
inserido na mata de cerrado brotense, o
dinâmica slack line, uma corda tensiona-
off road de jipe ĂŠ imperdĂvel. No vale da
da entre duas âncoras.
No aquaball, o aventureiro tenta se manter em pĂŠ dentro da bolha In the aquaball activity, the participant tries to stay upright in the bubble
O off road de jipe pode ser agendado mesmo que o turista nĂŁo tenha o automĂłvel Jeep off road can be scheduled even if the tourist doesnâ&#x20AC;&#x2122;t have automobile
Nature also greets mountain bike enthusiasts with a choice of basic or advanced itineraries on dirt tracks, valleys and along river courses. The adventure involves Scott bikes and a specialized guide.
minutes and cross two rivers on foot. Category A < + Â&#x2DC;&
of crossing the JacarĂŠ Pepira river. Many activities are incorporated in one
More exciting but just as much within the
same place such as archery, kayaking on the
context of the Brotas forests is the must-do
lake and aquaball. The latter, although seem-
Another way of exploring the region on
Jeep offroad trail. In the valley that shelters
ingly a childrenâ&#x20AC;&#x2122;s sport, is also fun for adults. A
wheels is by quadrabike to the Crystal falls.
the Recanto das Cachoeiras farm lies a special
+ ( Â&#x2020;
8 Â&#x2021; ( ( Â&#x2021; "%
course nicknamed the Jeep Hole with an option
with a person inside it! Balance is the key to
42 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
Das atividades que exigem estratĂŠgia e mira, hĂĄ o paintball, com disputas de grupos no campo Paintball demands aim and strategy with intergroup competitions in the field
Farra mesmo ĂŠ no campo de paintball,
direito a 50 bolinhas. A recarga pode ser
das cachoeiras mais bonitas de Brotas,
montado em ĂĄrea verde de 20 X 50
efetuada a qualquer momento da partida.
algumas inexploradas.
metros. Os participantes sĂŁo equipados
As possibilidades de trilhas sĂŁo
A cavalgada ĂŠ oferecida nas fazendas
com mĂĄscaras, marcadores, coletes
muitas nessa regiĂŁo de geologia e mata
turĂsticas e, uma das mais intensas, ĂŠ a da
e munição, devem cruzar o espaço do
irresistĂveis, as mais famosas sĂŁo a de
trilha Pedra Branca. O emocionante dela ĂŠ
adversĂĄrio e conquistar sua bandeira.
Santa EulĂĄlia, a da Pedra Branca e a de
quando, na travessia do rio JacarĂŠ Pepira, a
O jogo tem duração de 30 minutos e då
Furna JacarĂŠ. Em todas, hĂĄ o encontro
ågua alcança a barriga do cavalo!
keeping upright, but few are able to manage it!
( & ( Â&#x2019;%
the most beautiful falls in Brotas are to be
Another challenge is to cross the dynamic slack-
each participant is entitled to 50 shots. Reloading
found, some of which as yet unexplored.
line that is a rope tied to two anchors.
can take place at any point throughout the game.
Horseback riding is available on tourist
Real fun is the paintball range, which is set up
Trail options are many throughout the region
farms and the most absorbing is to be found
in 20 x 50 meter area. Participants are equipped
+ Â&#x2020; ( ^ -
on the Pedra Branca trail with water reach-
with masks, markers, vests and ammunition and
tractions, the most famous being Santa EulĂĄlia,
ing the horseâ&#x20AC;&#x2122;s midriff on the JacarĂŠ Pepira
must cross into the opposing teamâ&#x20AC;&#x2122;s space and
Pedra Branca and Furna JacarĂŠ. In all of them,
river crossing!
ecoaventura 43
[ ecoturismo I ecotourism I brotas-sp] O arco e flecha ĂŠ uma atividade para todas as idades Archery is an activity covering all age groups
Na Fazenda Hotel Areia que Canta, a trilha
+ & Â&#x20AC; (
esse sĂtio turĂstico termina nas corredeiras
( 9 -
Ă nascente dessa rara areia, o turista pode
do rio TamanduĂĄ em um lajeado de pedra
9 & '
entrar na ĂĄgua, devidamente equipado com
que forma pequenas quedas e â&#x20AC;&#x153;baciasâ&#x20AC;?,
"Â&#x192;%
ideal para uma hidromassagem natural.
paulista jĂĄ catalogadas. Por essa caracte-
fundo e, assim, preservar o lugar.
Em toda a regiĂŁo de Brotas, o ecoturista
rĂstica, ĂŠ ponto de encontro dos amantes do
' * -
encontra lugares para pescar, principal-
birdwatching. A estrutura ajuda muito, com
ro Guarani, a segunda maior reserva subter-
( ! /
placas explicativas sobre os pĂĄssaros nos
rânea de ågua doce do mundo. O passeio a
tanques de pesqueiros.
On the Areia que Canta (Singing Sands) Farm,
headspring with this rare sandbottom, the visitor
pools that are ideal for a natural hydromassage.
the trail to the headspring, which is 2 kilometers
(
Throughout the Brotas region, the tourist
from the farmhouse, is light and full of surprises.
bottom and, consequently, preserving the spot.
( ( "Â&#x192;% (
The headspring is an offshoot of the Gua-
catalogued. Consequently, this is a redoubt for
rani mantle, the worldâ&#x20AC;&#x2122;s second largest under-
birdwatchers. The infrastructure is a great help
ground freshwater course. The trip to this tourist
with plaques indicating the bird species and
spot ends at the TamanduĂĄ river falls on a rock
places where they usually perch. On reaching the
slab that forms small cascades and natural
44 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
+ + ( Â&#x2DC; ( usually have stocked lakes.
Wining and Dining
If the day activities have not depleted the tour-
BALADA E GASTRONOMIA
aos restaurantes da capital paulista, e ainda seduz com uma caipirinha pra lá
Se o dia não exaurir as forças, o tu-
6 &
rista ainda pode curtir a noite brotense.
O lugar possui também um empório pro-
A novidade na cidade é o Brotas Bar, o
videncial. Lá, a cerveja artesanal Brotas faz
primeiro restaurante temático da região.
sucesso. Sua produção é distribuída somen-
A decoração é um mergulho no estilo
te na cidade e arredores.
espor tivo, com visual moderno que
Junto com os outros muitos bares que
homenageia o rafting, principalmente,
disputam os turistas está o Cine São José
sem deixar de lado a natureza exuberan-
de Brotas, reformado pelo cantor sertanejo
te do cerrado. O cardápio não deve nada
) + (
&
SERVIÇOS/SERVICES
Confira o vídeo da areia que canta no link: www.youtube.com/CanalGrupoEA
HOSPEDAGEM E AVENTURAS
PARQUE AVENTURAH!
LODGING AND ADVENTURE As agências formulam pacotes de acordo com a vontade do ecoturista Operators can devise packages in accordance with tourist requisites
Rodovia Brotas/Jaú (SP 225), km 143 Tels.: (14) 3653-9146 / (14) 8153-7319 (14) 8132-7502 www.aventurahbrotas.com.br
ECOAÇÃO / ECOACTION
HOTEL-FAZENDA AREIA QUE CANTA
Possui SGS (sistema de gestão de segurança) aprovado pelo Inmetro Provides a security management system (SGS) approved by INMETRO Av. Mário Pinotti, 205, Centro Tels.: (14) 3653-9140 / (14) 9109-6466 www.ecoacao.com.br
Possui diversas atividades, além de monitores para adultos e crianças Comprises several activities with children and adult monitors Rod. Eng. Paulo Nilo Romano (SP 225), km 124,5 Tel.: (14) 3653-1382 www.areiaquecanta.com.br
ALAYA EXPEDIÇÕES
HOTEL-FAZENDA RECANTO ALVORADA ECO RESORT
Av. Mário Pinotti, 230, Centro Tel.: (14) 3653-5656 www.alaya.com.br
RECANTO DAS CACHOEIRAS Repleta de ecoaventuras e no clima de fazenda. Possui restaurante com deliciosa comida da roça Filled with ecoadventures and with a farm thematic approach. Comprises an excellent restaurant with homestyle food Estrada Brotas/Patrimônio – Serra da Roseira Tels.: (14) 3653-4227 / (14) 9163-3024 / (14) 9163-3068 www.recantodascachoeirasbrotas.com.br
ist’s strength, a night of fun is to be had at Brotas.
Rodovia SP 197, km 13 (estrada BrotasTorrinha) Tel.: (14) 3653-9910 www.recantoalvorada.com.br
BROTAS BAR Aberto dia e noite Opened during the day and at night Avenida Mário Pinotti, 267 Tel.: (14) 3653-9930 www.brotasbar.com.br
different and seductive offering.
The star attraction is the Brotas Bar, which is the
The spot also provides a supply of the Brotas
+ ( ( & ) -
homemade beer, which is a success. Its produc-
tion is based on a modern sporty style that covers
tion is limited to the town and outskirts.
mainly rafting without leaving the lush vegetation
Together with many other bars is the
of the region aside. The menu leaves little to be
Cine São José de Brotas, which has been
desired in comparison to the best restaurants
revamped by the country singer Daniel, the
of the state capital and a banana caipirinha is a
region’s most famous artist.
[ pescaria infantil ]
Como fisgar
a
crianรงada
46 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
A pesca atrai os pequenos não apenas por ser uma brincadeira divertida, mas também por inseri-los em ambiente de natureza, estimular a responsabilidade, o espírito de equipe, a paciência, a perseverança e a consciência ecológica. Então, para fisgar os filhos, ofereça um dia de pescaria e deixe-os descobrir as maravilhas desse esporte-lazer! POR: DANI COSTA I FOTOS: INÁCIO TEIXEIRA I ARTE: MILA COSTA
ecoaventura
[ pescaria infantil ]
p
& '+ -
cepção e perseverança. AtÊ crianças mais
Para comemorar o Dia das Crianças, a
ciso planejar em quais ĂĄguas jogar as iscas,
levadas, que nunca param quietas, podem
ECOAVENTURA foi a um pesqueiro com os
+
se mostrar pacientes depois que aprendem
pequenos. Alguns, praticantes hĂĄ anos da
como consequĂŞncia, que tralhas serĂŁo leva-
a pescar e tomam gosto pelo esporte-lazer.
pesca esportiva, manusearam carretilhas
das. Cada etapa necessita ser pensada para
Criança que pesca tambÊm aprende
e molinetes, focaram-se em analisar a
garantir a realização do prazer da pesca.
cedo a importância de estar na natureza e,
+
Por isso, quando se Ê criança, acompanhar
mais do que isso, de conservĂĄ-la. O pesque e
lugares onde batiam mais peixes e foram
adultos na pescaria estimula o senso de res-
solte nĂŁo ĂŠ brincadeira, apesar de divertido.
ågeis na utilização de anzol e iscas arti-
ponsabilidade e organização, com a tomada
Ă&#x2030; pura consciĂŞncia ecolĂłgica â&#x20AC;&#x201D; soltamos os
+ & 7 (
de decisĂľes e o espĂrito de equipe.
peixes para garantir que, no futuro, tenha-
viagem â&#x20AC;&#x201D; utilizaram varas de bambu e
mos mais pescarias.
ração como isca.
Pegar peixes exige concentração, per-
Os irmĂŁos VinĂcius e Gabriel ďŹ sgaram um CatďŹ sh!
ecoaventura aventura l PESCA ES ESP PORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO 48 eco
Os irmĂŁos Gabriel, 11, e VinĂcius Silva Cameran, 7, desde o seis anos acompanham o pai, Emerson Cameran, 36, nas pescarias. â&#x20AC;&#x153;Naturalmente se envolveram com o meu lazer, e pediam, cada vez mais, para pescar comigo. Isso nos fez ficar mais envolvidos, pois nos tornou ~ 6 + peixesâ&#x20AC;?, revelou o pai. Os dois meninos jĂĄ possuem habilidade na pesca e foram { + ( nosso dia de pescaria. HĂĄ dois meses, Gabriel Fernandes Miguel, 10, foi estimulado pela mĂŁe, ClĂĄudia Fernandes, 44, a começar no esporte. Ela foi uma empolgada pescadora de praia em sua infância â&#x20AC;&#x201D; ainda guarda, inclusive, sua primeira vara â&#x20AC;&#x201D;, e, agora,
Gabriel Cameran e Fernando Jacomossi exibem seus trofĂŠus
+ &
ecoaventura 49
[ pescaria infantil ] â&#x20AC;&#x153;Ele teve interesse, e eu aproveitei para ! Â&#x2DC;& Tudo nesse universo inspira positividade + ( 6 ( ! mos um para o outro, o apreço que ele desenvolve pela natureza, o cuidado com sua tralha...â&#x20AC;?, explicou ClĂĄudia. JĂĄ Gabriel, constantemente empolgado e atento, declarou: â&#x20AC;&#x153;Gosto quando o peixe bate na isca e eu tenho que trabalhar para puxĂĄ-loâ&#x20AC;?. 7 * + ta da mesma vontade de pescar, e um exemplo disso ĂŠ o da famĂlia de Arlindo Assis de Miranda, 40, e sua esposa, Lucilene Nascimento Dantas de Miranda, 31. Eles adoram a pescaria, princi + ( | Â&#x201A; ! "% Nicolas Dantas de Miranda, 8, fazem questĂŁo de acompanhĂĄ-los. â&#x20AC;&#x153;Meu menino assiste comigo aos programas de pesca na televisĂŁo e sempre demonstra muito interesse. A menina ĂŠ mais ansiosa, pesca afoita, quer peixe logo. Isso tudo ĂŠ tĂŁo bom!â&#x20AC;?, riu o orgulhoso pai.
Paola pescou uma TilĂĄpia, Bruna foi conferir
coaavven enntu tura tur tu ra l PESC PE PES P ES EESC ESCA SC S CA ES SPORTI ORT OR O RT R RTI TIV TIIV VA, VA A A, MEIO MEIO ME EIO AM A AMB AMBIEN MB M IEN IENT NT TE E TURISMO URISMO M MO 50 ec 50
Leonardo se divertiu muito!
Os irmĂŁos Maria Luiza e Nicolas sempre acompanham os pais nas pescarias
Nicolas, tĂmido, diz que seu gosto pela pesca ĂŠ, acima de tudo, porque gosta muito dos animais. â&#x20AC;&#x153;Os peixes sĂŁo muito interes Â&#x2026; ^ + & Os pescadores de pouca prĂĄtica que +! ! da pela ECOAVENTURA se ocuparam em tentar fazer do dia uma lembrança com muitos peixes! As espertas Bruna Costa e Paola Teixeira, ambas de 8 anos, nĂŁo desanimaram diante das iscas devoradas pelos peixinhos que, depois de se alimentar, fugiam. â&#x20AC;&#x153;O jeito ĂŠ colocar a ração e esperar. Se eles comerem, a gente repĂľeâ&#x20AC;?, falou Bruna Ă amiga. â&#x20AC;&#x153;Tudo bem, temos o dia todoâ&#x20AC;?, respondeu Paola. Com paciĂŞncia, Paola conquistou duas TilĂĄpias, que prontamente dividiu a graça da Paola dividiu o clique de seu peixe com Pedro
vitĂłria com os amigos, sem fazer disso um mĂŠrito exibicionista. â&#x20AC;&#x153;Olha gente, um peixe para fazer foto com a turma!â&#x20AC;?, gritou.
ecoaventura t 51
[ pescaria infantil ] Fernando Jacomossi faz a soltura do peixe
JĂĄ Pedro Costa, 5, e Leonardo Ribeiro Vieira, 12, desenvolveram o sistema â&#x20AC;&#x153;pesque e brinqueâ&#x20AC;?, que intercalava as paradas para pescar com brincadeiras. Os dois aproveitaram bastante a estrutura do pesqueiro. A maioria das crianças, acostumadas ou nĂŁo com a pescaria, tem uma preocupação comum: tocar no peixe. Os pequenos nĂŁo sĂŁo lĂĄ muito chegados a pegar nas escamas, e alguns revelam ter nojo ou medo dos dentes pontudos. â&#x20AC;&#x153;NĂŁo quero tocar, acho muito melequentoâ&#x20AC;?, jĂĄ avisou Gabriel Fernandes. No entanto, todas as crianças que curtiram esse dia com a ECOAVENTURA sabidamente 1 + 6 Â&#x152; mos soltar, vamos soltar!â&#x20AC;?. Porque o bom de tudo era ver o peixinho voltar para a ĂĄgua.
SERVIĂ&#x2021;O A ECOAVENTURA pescou com as crianças na Estância Pesqueira Campos Estrada do EnxadĂŁo, 800, Juquitiba- SP (altura do km 34 da BR 116, RĂŠgis Bittencourt) Tels.: (11) 4683-9110 e 9620-1581 www.estanciapesqueiracampos.com.br
e oav aven ven e tuura l PESC ESC CA ESP ESPORT ORTIVA, ORTI VA, ME M MEIO AM MBIENTE E TURI RISMO SMO 522 ec
A I A I R R A A C C azônica S S E E P P am
Do outro lado do Brasil, na comunidade ribeirinha de Barra de São Manoel, na selva amazônica, a quatro mil quilômetros de São Paulo — onde será inaugurado o hotel flutuante Ecolodge da Barra, a ECOAVENTURA pescou com crianças da região. No rio Tapajós, os pequenos fizeram a festa. Eles pescaram Tucunarés! Valeu fotos para eternizar o momento!
A briga com um dos exemplares foi intensa
Até o menorzinho participou!
A criançada realizou a soltura do jeito certinho
ecoaventura 53
[ pescaria infantil ]
A é UMA óTI C S E P M A A E U S A C R Q IANçA RA A P R R S E O Z P A L E E B D A Nossos amigos da ECOAVENTURA MIRIM, Yuri, O S çã Bruna e sua família, vão contar para a gente! OP
?
TEXTO: DANI COSTA | ILUSTRAÇÃO: MILA COSTA
Porque aproxima as crianças da natureza e as retira de ambientes estressantes
isso desenvolve a consciência de preservação ambiental
Esse é um valor indispensável
O pesque e solte é uma das primeiras lições que as crianças aprendem na pescaria
Soltar os peixes demonstra respeito pelo o mundo em que vivemos!
Sem contar que pescar é um ensinamento constante sobre a fauna e a flora!
Gosto de pescar porque aprendo a dominar habilidades! Os desafios me tornam uma pescadora melhor a cada dia!
O legal também é que é uma atividade na qual todas as crianças podem ter sucesso
E ainda estimula a resolução de problemas e a tomada de decisões
54 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
A pesca aproxima pais e filhos de uma forma carinhosa, cheia de companheirismo
O importante é os adultos ajudarem a resolver problemas, como desfazer cabeleiras, substituir anzóis perdidos e refazer nós. Assim, as crianças saberão o que fazer futuramente
O meu pai me ensina muito, principalmente que devo ter paciência e nunca deixar de tentar
A diversão é garantida quando temos mais crianças na pescaria!
Pescar é bom porque fazemos muitos amigos!
Equipamentos simples e em boas condições evitarão frustrações
Uma boa opção é utilizar o spincast, um tipo de carretilha leve e de fácil manuseio que não gera cabeleiras e é ótimo para iniciantes
se a criança for agitada para ficar à espera do peixe em um único lugar, procure outros pontos!
FIM
vitrine Óculos polarizado Aluminium Saint Plus
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Marca: Saint Plus – Your Performance Modelos: 110 / 120 / 165 Características: leve e resistente / armação de alumínio / lentes polarizadas na cor verde e com proteção contra os raios U.V. / acompanha estojo cores grafite ou fumê Público: somente lojistas Onde comprar: nas melhores lojas
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LANÇAMENTO EasyCooler
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Carabina de pressão Nitro-X
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Marca: CBC Modelo: Nitro-X Oxidada, disponíveis nos calibres 4,5 (1.300 pés/segundo) e 5,5mm (1.000 pés/segundo), nas versões oxidada e cromada Características: aliam alta tecnologia, desempenho e beleza / gatilho de dois estágios com regulagem e força – trigger pull / arrojada coronha Thumbhole proporciona ergonomia de tiro perfeita, pois mão, dedo e gatilho ficam alinhados / soleira elastômero com tecnologia Tube traz uma solução que permite o deslocamento de ar em função dos vãos em forma tubular em seu interior, o que garante maior absorção de recuo Onde comprar: www.cbc.com.br
56 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
LANÇAMENTO
Organizador de varas Jogá
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Marca: Jogá Fishing Accessories Modelo: único Características: acessório prático, leve e eficiente/ capacidade de organizar até seis varas / evita o contato de uma vara com a outra durante o transporte / após organizado, pode ser guardado dentro de tubos porta-varas Jogá / peso aproximado 20 gramas / tamanho único / cor verde
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Estoque: 2 mil peças Público: somente lojistas Onde comprar: Tel.: (16) 3383-2121 / www.jogapesca.com.br
Pacote de pescaria no rio Tietê Navio MAS (Igaraçu do Tietê e Barra Bonita–SP)
R$ 1.000 Incluso no pacote: 4 pernoites e navegação pelo rio Hospedagem: porto de Barra Bonita-SP, com quatro quartos grandes compartilhados pelo grupo e três banheiros. Os quartos possuem revestimento térmico. É preciso levar roupa de cama e banho. Uma televisão na sala. O navio acomoda até 14 pessoas (fora a tripulação) Refeições: café da manhã, almoço e jantar inclusos Navegação: cerca de 15km pelas águas do rio Tietê Não incluso no pacote: bebidas, iscas e gelo (para o transporte de pescado) Outros pacotes: o navio atende hóspedes que queiram apenas utilizá-lo para hospedagem, com o pernoite e a alimentação garantidos. Assim, o navio fica parado no porto. Esse esquema atende aqueles que queiram sair para pescar em embarcações pequenas, que podem ser alugadas com a equipe do navio caso o hóspede não tenha levado a sua própria. Onde comprar: Denilson Liziero. Tel.: (14) 9709-2959
FOTO: INÁCIO TEIXEIRA
para grupos de até 14 pessoas (o preço é dividido entre o grupo) mais diária individual de R$90
LANÇAMENTO
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ecoaventura 57
[ aventuras exploratórias ]
Nascabeceiras do rio AracȘ Em certas situações, aspectos que parecem irrelevantes são vitais para o desfecho favorável de uma pescaria. Nesta matéria, vamos mostrar um dos que menos são levados em consideração no momento em que se programa uma nova aventura TEXTO E FOTOS: ERIBERT MARQUEZ I ARTE: TIAGO STRACCI
oav a entura l PESC PESCA A ESP ESPORTIVA VA A, MEIO M MEI AM AMBIENT IENTE E E TURISMO 58 eco
ecoaventura 59
[ aventuras exploratórias ]
Acima, um dos Tucunarés-açus sob a influência de um repiquete
L
evar em consideração referências de
da temporada de chuvas que veio ante-
do Negro situados em uma região que
experiências anteriores, como, por
cipadamente. Como resultado, nosso
se pode chamar de “Meca” para a pes-
exemplo, o tipo de iscas, comporta-
grupo, que havia escolhido o mesmo
ca dos grandes Tucunarés-açus.
mento dos peixes e outros aspetos que
lugar e data semelhante em função
O rio Aracá é um dos mais procurados
foram favoráveis, pode se tornar motivo
do retrospecto anterior, teve que con-
pelos pescadores que frequentam a re-
de grande frustração, sobretudo, quan-
tar com certa dose de sorte para não
& Q
+
do se decide repetir a mesma situação.
voltar decepcionado, afinal, ao chegar
próximo à cidade de Barcelos — ponto de
Em fevereiro passado, em contradição
à região, deparou-se com o famoso
partida de todos os barcos que operam na
ao que havia ocorrido no mesmo mês
repiquete — fenômeno que fez as águas
região — e, principalmente, porque suas
do ano anterior, a temporada de busca
subirem repentinamente e, como con-
águas, apesar de límpidas, também são
ao Tucunaré, no alto rio Negro, chegou
sequência, reduziu as opções de pesca
escuras, o que livra seus visitantes dos
ao fim muito antes do esperado — culpa
nos rios Aracá e Demeni, dois afluentes
indesejáveis insetos.
60 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
O sucesso dessa aventura se deve à persistência dos pescadores, assim como ao tipo de embarcação escolhida — um barco confortável, porém, de pequeno porte e calado Com as águas invadindo a mata, a pescaria se torna mais difícil
ecoaventura 61
[ aventuras exploratĂłrias ] JĂĄ o Demeni, apesar de bem menos procurado, tem caracterĂsticas opostas, ou seja, suas ĂĄguas sĂŁo claras e ele ĂŠ infestado de mosquitos. Como o foco de todos era os grandes açus, em reuniĂŁo, o grupo resolveu que as melhores possibilidades estariam no rio com menos barcos: o Demeni. Entretanto, um fato mudou nosso destino. Assim que nos reunimos com o dono do barco-hotel para traçar o plano de navegação, ele nos convenceu a mudar de rumo. Argumentou que a maioria dos barcos em operação na regiĂŁo â&#x20AC;&#x201D; por conta do grande calado â&#x20AC;&#x201D; concentra-se no baixo AracĂĄ, mas sua embarcação, projetada para navegar em situaçþes crĂticas de falta de ĂĄgua, teria condiçþes de subir para as cabeceiras. O Ăşnico inconveniente seria o tempo de navegação â&#x20AC;&#x201D; cerca de dois dias para se afastar da concentração de barcos e chegar aos pontos mais promissores. E, ainda, terĂamos que nos submeter a uma imprevisĂvel viagem de exploração. As novas perspectivas apresentadas ao grupo foram convincentes e, mesmo com o risco de nĂŁo termos nossas expectativas atendidas, nos preparamos psicologicamente e zarpamos. Assim que adentramos o AracĂĄ, percebemos que seu leito, apesar do repiquete, estava bem seco e, para piorar, as marcas da ĂĄgua na vegetação deixavam claro que baixava ainda mais. No trajeto, enfrentamos vĂĄrias rasuras, algumas tĂŁo crĂticas que foi preciso manobras como dar marcha a rĂŠ para romper os imensos bancos de areia. E vimos que, Ă medida que o + e isolado. A cada boca de lago que deixĂĄvamos para traz cresciam as expectati + de pescar. ApĂłs 26 horas de navegação, veio a notĂcia que todos esperavam: chegou a hora de arremessar as iscas!
62 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
Trabalhar com insistĂŞncia as grandes iscas de hĂŠlice foi fator decisivo nessa aventura
O grande Tucunaré-açu, conquistado com muita determinação, é motivo de satisfação para o pescador
eeccco oa avven entu ttu ura 63 63
[ aventuras exploratĂłrias ] A HORA DA VERDADE
cas, conseguimos resultados positivos. Em
Equipamentos
geral, foram boas pescarias no começo da No primeiro dia, a baixa produtividade
( +
colocou em xeque se havĂamos feito a melhor
de superfĂcie de hĂŠlices e zaras e, no resto
escolha, mas, apesar da aparente frustração,
do dia, as maiores açþes aconteciam com as
serviu para calibrarmos os equipamentos e
twitch baits e com os modelos de meia-ĂĄgua.
testarmos algumas iscas e arremessos.
Quando começamos a descer o rio, jå
A partir do segundo dia, no entanto, os
no rumo de volta a Barcelos, bateu aquela
grandes TucunarÊs-açus começaram a
+ -
aparecer e, com eles, colecionamos histĂł-
tassem dois dias de pesca. Alguns de nossa
rias de linhas rompidas, snaps e garateias
equipe davam como encerrada as buscas
detonadas, alĂŠm das primeiras fotos com
por peixes, e queriam curtir apenas a descida.
grandes trofĂŠus.
Mas, para a surpresa de todos, quando
Mesmo assim, nĂŁo estava fĂĄcil. O peixe
chegamos próximo à cidade, as açþes
se mostrava pouco ativo, de modo que, sĂł
voltaram a acontecer, e todos saĂram de lĂĄ
com muita insistência e alternância de is-
com seus trofĂŠus!
t 7BSBT FOUSF w F EF BĂ&#x17D;Ă?P SĂ&#x2C6;QJEB QBSB MJOIBT FOUSF F MJCSBT
t $BSSFUJMIBT EF QFSmM CBJYP DPN WFMPDJEBEF EF SFDPMIJNFOUP FOUSF
t -JOIBT EF NVMUJmMBNFOUP DPN SFTJTUĂ?ODJB FOUSF F MJCSBT F MĂ&#x201C;EFS EF nVPSDBSCPOP FOUSF NN F NN
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Um dos maiores exemplares capturados nessa aventura do rio AracĂĄ, alĂŠm da Pirarara, Ă direita, foram motivos de orgulho para os pescadores
ecoavven ec enttu ura ra l PESCCA EESSPORTI ORT TIVA, MEIO TI IO AMBIENTE E TURI TUR T UR URI R SMO S O
As condições adversas não impediram que dublês com peixes de grande porte fossem conquistados
ONDE FICA O rio Aracá está situado na margem esquerda do rio Negro, sentido Manaus, a cerca de seis horas de navegação a partir de Barcelos
Rio Aracá Barcelos
Manaus
[ cuidados ]
JUNTO Ă&#x20AC; EMPOLGAĂ&#x2021;Ă&#x192;O DE UMA PESCARIA, ALĂ&#x2030;M DE INFORMAĂ&#x2021;Ă&#x2022;ES DE COMO AGIR EM SITUAĂ&#x2021;Ă&#x2022;ES DE RISCO, ALGUNS CUIDADOS DEVEM SER LEVADOS NA MALA PARA NĂ&#x192;O ATRAPALHAREM GRANDES FISGADAS. SAIBA COMO SE PREVENIR E O QUE FAZER CASO ALGUM DESSES IMPREVISTOS OCORRA NO GRANDE DIA DA REDAĂ&#x2021;Ă&#x192;O | ARTE: GLAUCO DIAS
Ă&#x20AC;
s vĂŠsperas de arremessar as iscas, alĂŠm de arrumar a
antitĂŠrmico), tomar vacinas indicadas para a regiĂŁo, ter comida
tralha de pesca, sĂŁo necessĂĄrios outros cuidados antes
+ ( +
e durante a pescaria para que ela nĂŁo seja um desastre.
os remos estĂŁo no barco â&#x20AC;&#x201D; necessĂĄrios caso o motor pare de
HĂĄ maneiras muito simples de evitar horas de ir-
funcionar â&#x20AC;&#x201D;, entre outras.
ritação atÊ graves acidentes. Algumas são bastante óbvias e jå
Entretanto, eventualmente, o pescador pode se deparar com
fazem parte do check list da maioria dos pescadores: consultar
situaçþes inesperadas, em especial, devido a fenômenos da na-
a previsĂŁo do tempo na vĂŠspera (quando hĂĄ mais probabilidade
tureza, nas quais deverĂĄ tomar uma decisĂŁo rĂĄpida e de menor
de acerto), levar uma boa lanterna, repelente, kit de primeiros so-
risco Ă vida. A seguir, veja o que ĂŠ possĂvel prevenir e o que se
corros e remĂŠdios bĂĄsicos (antialĂŠrgico, anestĂŠsico, analgĂŠsico,
deve fazer em condiçþes adversas.
66 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
aventura 67
[ cuidados ] 1. PARA NĂ&#x192;O SE PERDER
Hoje hĂĄ diversos tipos de GPS disponĂveis no mercado
Contar com o conhecimento de um guia local sempre foi uma forma de nĂŁo se perder nas pescarias. Atualmente, o auxĂlio do GPS (Sistema de Posicionamento Global) possibilita se localizar em qualquer lugar do globo e, atĂŠ mesmo, marcar locais de interesse para posterior retorno. Ele proporciona alta precisĂŁo, mas ĂŠ preciso inserir dados de referĂŞncia corretamente, jĂĄ que realiza suas funçþes por meio de medição e cĂĄlculo. Outro equipamento de navegação que pode ser Ăştil em caso de falta de bateria, falha ou queda do GPS na ĂĄgua ĂŠ a bĂşssola, que hĂĄ sĂŠculos orienta AlĂŠm disso, ĂŠ importante avisar, antes da partida, que direção se pretende seguir e a previsĂŁo de retorno, pois isso facilitarĂĄ um eventual resgate.
2. PARA NĂ&#x192;O FISGAR O COLEGA Â&#x2030; + + 6 estĂĄ atrĂĄs deve prestar constante atenção ao lançamento do
FOTO: INĂ CIO TEIXEIRA
condutores, mas, assim como o GPS, ĂŠ essencial saber utilizĂĄ-la.
^ + tração de garateias e anzóis.
parceiro da frente. Se possĂvel, o ideal ĂŠ manter o barco paralelo
Com relação às farpas, amasså-las não evita acidentes, mas
ao ponto de pesca, o que evita os famosos arremessos cruza-
ajuda muito na retirada do anzol e garateia caso atinjam um
dos. O cuidado deve ser redobrado ao esticar a linha para de-
pescador, alĂŠm de facilitar a soltura dos peixes. Um alicate de
sembaraçar uma isca enroscada, pois, ao soltar-se, ela poderå
corte ĂŠ muito Ăştil nesse tipo de acidente. O ideal ĂŠ cortar a parte
voltar para o barco e atingir alguĂŠm.
de trĂĄs do anzol e retirĂĄ-lo puxando pela ponta, para que a farpa
Vestir roupas que cubram todo o corpo e usar Ăłculos sĂŁo re-
nĂŁo abra mais o ferimento.
FOTO: INĂ CIO TEIXEIRA
Acidentes com anzĂłis e garateias sĂŁo mais comuns do que se imagina
68 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
3. PROTEGER Ă&#x2030; O MELHOR REMĂ&#x2030;DIO ' + Â&#x2039; ~ em quantidade adequada, mas, por perĂodos prolongados, como em uma pescaria, pode trazer prejuĂzos que vĂŁo desde desconfortĂĄveis queimaduras, envelhecimento precoce atĂŠ câncer de pele. A radiação ultravioleta ĂŠ a responsĂĄvel por esses problemas, e a melhor forma de cuidar da pele ĂŠ a proteção, que vale nĂŁo sĂł para os de pele clara, pois qualquer pessoa pode desenvolver um câncer. 7 + na ĂĄgua atinge a pele. Vale lembrar que, para ter o efeito desejado, deve ser aplicado 30 minutos antes da exposição e, como a proteção nĂŁo dura o dia inteiro, ĂŠ
FOTO: INĂ CIO TEIXEIRA
pois, mesmo com roupas e acessĂłrios
O uso do ďŹ ltro solar deve ser incorporado Ă rotina das pessoas e ĂŠ ainda mais importante quando for se expor ao sol. Nesse caso, devem ser utilizados, tambĂŠm, outros acessĂłrios para proteção
necessĂĄrio reaplicĂĄ-lo a cada duas horas. ChapĂŠu com aba lateral, bonĂŠ, camiseta,
sempre os peçonhentos conseguem ino-
serviço de saúde mais próximo, onde serå
buff e Ăłculos com lentes que protejam
cular o veneno na vĂtima.
aplicado o soro antipeçonhento adequado,
dos raios ultravioletas tambĂŠm devem
Para se prevenir, ĂŠ recomendado nĂŁo
oferecido gratuitamente aos acidentados.
estar na mala do pescador. AlĂŠm disso, ĂŠ
+ /
Os sintomas variam de acordo com a
recomendado abrigar-se na sombra sem-
algum animal antes de calçar os sapatos,
espĂŠcie
pre que possĂvel.
nĂŁo colocar as mĂŁos em buracos, prestar
vĂ´mitos, diarreia, formigamento, visĂŁo
atenção ao sentar-se no chão e utilizar um
turva, sonolĂŞncia etc.). Segundo as
graveto ou pedaço de pau para cutucar
instruçþes do Instituto Butantan, em São
buracos, folhas secas, vĂŁos de pedras e
Paulo, a conduta correta de primeiros
troncos ocos onde se pretenda pisar.
socorros ĂŠ lavar o local da picada apenas
4. O FIM DA PICADA Na natureza, o pescador nĂŁo estĂĄ
(dor,
inchaço,
sangramento,
imune à picada de animais peçonhentos
Em caso de acidente, devem ser
com ĂĄgua ou com ĂĄgua e sabĂŁo, elevar
â&#x20AC;&#x201D; assim chamados por produzirem pe-
realizados os primeiros socorros e, em
o local afetado e hidratar a vĂtima com
çonha (veneno), utilizada para paralisar
seguida, levar a vĂtima imediatamente ao
goles de ĂĄgua. Procedimentos fruto de
suas presas ou quando se sentem ameaçados. Trata-se de cobras (jararacas, surucucu, cascavel, coral-verdadeira), escorpiþes, aranhas (aranha-marrom, arcaca e viúva-negra) e lagartas (formas larvais de mariposas). Mas nem todas as espÊcies desses animais têm veneno e,
+ nhentas. Vale lembrar, tambĂŠm, que nem
FOTO: INĂ CIO TEIXEIRA
madeira, aranha-da-banana, aranha-ma-
Ă&#x2030; preciso atenção com relação aos animais peçonhentos, pois muitos nĂŁo ďŹ cam visĂveis devido Ă sua coloração que se assemelha a do chĂŁo
ecoa ec avven ven entu tura ra 6699
[ cuidados ] crendices, como cortar, furar ou espremer o local da picada e fazer torniquete não são recomendados. O Instituto Butantan oferece, inclusive, assistência mÊdica por dia pelos telefones (11) 3726-7962 e (11) 3726-7222 (ramais 2002 e 2000). Outro tipo de picada muito comum Ê a de insetos, em especial, a de abelhas e vespas. De forma geral, a prevenção Ê a mesma de outros animais venenosos: atenção e manter
FOTO: SXC/ELISABETTA GRONDONA
gratuita e orientação telefônica 24 horas
Gritar na iminĂŞncia de ser atacado por abelhas sĂł piora a situação, pois elas sĂŁo atraĂdas por ruĂdos
distância. Entretanto, o pescador pode facilmente bater a mão ou a linha em
Os primeiros socorros consistem em re-
prudĂŞncia ĂŠ mais importante que a expe-
uma ĂĄrvore que abrigue um enxame
tirar o ferrĂŁo, o que deve ser feito por ras-
riĂŞncia e, muitas vezes, ĂŠ preferĂvel aguar-
ou, simplesmente, ser atacado.
pagem com uma lâmina e não com uma
dar uma melhor condição a arriscar. Con-
Juntas, as abelhas podem causar
pinça, pois isso poderå espremer a glându-
+
um grande estrago e atĂŠ matar. A pica-
la ligada ao ferrĂŁo e inocular no paciente o
atento a mudanças no tempo durante a
da ĂŠ dolorida e, para pessoas alĂŠrgicas,
veneno ainda existente. Para os alĂŠrgicos,
pescaria sĂŁo formas de evitar problemas.
muito perigosa, pois causa o chamado
um antialĂŠrgico pode servir como palea-
PorĂŠm, se nĂŁo restar alternativa e for
( + Â&#x201C; -
tivo, mas a vĂtima deve ser levada a uma
necessĂĄrio encarar as ondas, a primeira
Â&#x201D;& Q + -
unidade de saĂşde o mais rĂĄpido possĂvel.
providĂŞncia ĂŠ que todos coloquem os cole-
teger o rosto e os olhos com um pano
Na picada de vespas, tambĂŠm conheci-
-
ou com a prĂłpria camiseta, sem gritar
das como marimbondos, os sintomas sĂŁo
dade na ĂĄgua caso o barco vire. Outra indi-
ou tentar afugentĂĄ-las. As consequĂŞn-
parecidos, embora nĂŁo deixem o ferrĂŁo.
cação Ê prender todos os objetos pesados
cias da picada podem ser dor, inchaço, coceira, edema (acúmulo anormal de
dentro do barco, como caixa tĂŠrmica, caixa
5. VENTO
lĂquido) e, para os alĂŠrgicos, obstrução das vias respiratĂłrias, parada cardĂaca
FOTO: INĂ CIO TEIXEIRA
etc. e atĂŠ a morte.
70 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
de pesca, tanque de combustĂvel etc. para evitar que eles se movimentem e possam
AlÊm de atrapalhar a pescaria, o vento pode causar acidentes. Nessa situação, a
desequilibrar o barco, alĂŠm de orientar os pescadores a nĂŁo se levantarem.
Ventos fortes podem comprometer não só a pescaria, mas tambÊm a segurança do pescador
6. CORREDEIRAS Se não forem dribladas por um condutor experiente, as corredeiras podem ser traiçoeiras
Muitas vezes, os pescadores precisam atravessar corredeiras para chegar aos melhores pontos de pesca. Entretanto, pilotar nessas condiçþes ĂŠ tarefa para quem tem experiĂŞncia, pois qualquer distração ou indecisĂŁo pode ocasionar um acidente. Por isso, contratar um guia local ĂŠ uma boa escolha, jĂĄ que ele poderĂĄ indicar o melhor percurso. Ă&#x2030; importante que o barco tenha um manutenção esteja em dia, e os procedimentos para evitar que o barco vire sĂŁo os mesmos de quando hĂĄ ondas.
7. TOCOS
FOTO: INĂ CIO TEIXEIRA
motor com uma boa potĂŞncia, que a
A presença de tocos Ê uma armadilha ao
ção imediata, o que obriga o barco a ser
a ideia for alugar o barco, deve-se obser-
pescador, principalmente os submersos, e
rebocado. Prevenir esse tipo de situação
var o seu estado, conversar com o guia
podem facilmente desequilibrar ou virar o
com uma rigorosa manutenção nos equi-
para conferir se a manutenção foi feita e
+ &
pamentos Ê a melhor solução. Se o motor
+ ção antes da partida.
Ă&#x2030; importante levar ferramentas bĂĄsi-
+
cas (chave de vela, vela reserva, alicate,
estado da bateria. Saber um pouco sobre
Durante a pescaria, ĂŠ importante dei-
chave de fenda etc.) para pequenos repa-
o funcionamento e a mecânica dos moto-
xar a trava do motor livre para que ele le-
ros. PorĂŠm, alguns defeitos nĂŁo tĂŞm solu-
res de popa tambĂŠm ĂŠ recomendĂĄvel. Se
vante se encontrar algum obstĂĄculo.
FOTO: INĂ CIO TEIXEIRA
Ă&#x2030; preciso cuidado tanto com os tocos visĂveis quanto os submersos
eco ec oaven avven ntu tura ra 71
[ paixão nacional ]
Além de ter sido a primeira, foi a marca nacional de molinetes mais vendida do Brasil até os anos 1990 e a única da época que ainda está de portas abertas. Desenvolveu o molinete que fez parte da tralha da maioria dos pescadores experientes e é quase uma lenda entre os mais novos. Conheça uma tradição que atravessa gerações da família Paoli e de pescadores brasileiros POR: BÁRBARA BLAS | FOTOS: INÁCIO TEIXEIRA | ARTE: GLAUCO DIAS
72 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
ada peça ĂŠ uma histĂłriaâ&#x20AC;?, revela Dirceu Agostini sobre os 56 anos da primeira fĂĄbrica de molinetes do Brasil: a Paoli, Paoli & Cia Ltda. Como funcionĂĄrio mais antigo, seu Dirceu guarda um pouco dessa histĂłria, assim como tantos outros que jĂĄ tiveram uma ocupação na fĂĄbrica. As lembranças sĂŁo recordadas tambĂŠm pelos pescadores brasileiros, pois os que nĂŁo tiveram um desses, ao menos jĂĄ ouviram falar. 3 +
Â&#x152; torâ&#x20AC;? â&#x20AC;&#x201D; que aguenta fazer tudo â&#x20AC;&#x201D;, especialmente os pescadores de praia. E hĂĄ, tambĂŠm, os que adquiriram um Paoli hĂĄ 30 anos ou mais e que, ao reencontrĂĄ-lo apĂłs longo tempo sem uso, sĂŁo surpreendidos por ele ainda estar intacto. TĂŁo curioso quanto isso ĂŠ o fato de que, atĂŠ hoje, sĂŁo fabricados os mesmos modelos desde 1962, quando foi lançado o primeiro, o Super Paoli.
Super Paoli do ano de lançamento com todas as peças originais
eco ec oavventu entu en ura ra 733
[ paixĂŁo nacional ]
Vista panorâmica do pavimento superior da Paoli
Quem nos conduz pelo pĂĄtio da fĂĄbri-
pre residiu e que abrigou a fĂĄbrica em
No inĂcio, no ano de 1951, o empre-
ca instalada na rua Ricardi Cavatton, no
outros trĂŞs endereços â&#x20AC;&#x201D; nas ruas George
endimento era modesto. Rodolpho fabri-
bairro da Lapa, em SĂŁo Paulo, ĂŠ OctĂĄvio
Smith, Ponta PorĂŁ e Clemente Ă lvares â&#x20AC;&#x201D;,
cava colchetes de roupa, carburadores
Paoli Filho, neto do fundador Rodolpho
mas a distância, muitas vezes tortuosa,
de lampiĂŁo e agulhas de saco na gara-
Paoli. PorĂŠm, antes de ter sua linha de
entre o sonho e a realidade. E Rodolpho,
gem de sua casa. Entretanto, ele era
montagem de molinetes no prĂŠdio atual,
ferramenteiro-chefe da Estrada de Ferro
um visionĂĄrio que vislumbrava um novo
um longo caminho foi percorrido pelo pa-
de JundiaĂ, estava disposto a percorrer
projeto. Em 1955, fundou a Paoli, Paoli
triarca. NĂŁo o espacial, jĂĄ que nunca dei-
esse caminho ao abandonar o posto para
& Cia Ltda com a razĂŁo social que existe
xou a Lapa, bairro no qual a famĂlia sem-
se dedicar a um negĂłcio prĂłprio.
atÊ hoje. Ele continuou a fabricação dos mesmos produtos e acrescentou outros,
Dirceu Agostine trabalhou com as trĂŞs geraçþes da famĂlia Paoli. Aos 76, ĂŠ o funcionĂĄrio mais antigo. JĂĄ exerceu diversas funçþes, atĂŠ chefe geral, e hoje trabalha no torno automĂĄtico
como os giradores, e chegou a fazer anzol da mesma tecnologia utilizada na agulha de saco. Ao observar que a venda de carburadores de lampiĂŁo nĂŁo teria futuro, o empreendedor e pescador apaixonado decidiu mudar de rumo mais uma vez. Assim, sete anos apĂłs a abertura da fĂĄbrica, chegou ao mercado o primeiro molinete brasileiro. De forma artesanal, Rodolpho desenvolveu o Super Paoli baseado no molinete francĂŞs Â&#x201A; & Â&#x152;W 1 importados, que eram inacessĂveis, mas
744 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
a qualidade equivalia ao Paoli, pelo qual se pagava um quinto do preçoâ&#x20AC;?, conta Reinaldo Jarussi, que começou a pescar com Paoli na infância e vende esse molinete desde a dĂŠcada de 1970. Mais tarde, com o sucesso do primeiro modelo (que possui quatro tipos: Super, Super Luxo, Super Rio e Super Rio Luxo), vieram o Malcolm (Malcolm e Malcolm Rio), o 2000 e por Ăşltimo ^ "#Â?% + ( OctĂĄvio Paoli â&#x20AC;&#x201D;, o Imperador (Imperador e Imperador Luxo). Rodolfo Paoli Neto estĂĄ hĂĄ 5 meses na fĂĄbrica da famĂlia
PAIXĂ&#x192;O NACIONAL 4 + manutenção fĂĄcil e barata. Esse ĂŠ o conceito que consagrou a Paoli e que a transformou em detentora de 90% do mercado. Mesmo com o crescimento da marca, Rodolpho fazia questĂŁo de acompanhar o dia a dia da fĂĄbrica. Sua realização estava na mecânica, no desenvolvimento dos OctĂĄvio mostra o retrato do avĂ´ Rodolpho, fundador da Paoli, que ďŹ ca pendurado no escritĂłrio
+ ( 7 que tambĂŠm tinha grande paixĂŁo pela pesca, passou a cuidar do administrativo. JĂĄ o neto OctĂĄvio Filho, embora nĂŁo tenha herdado o gosto pela pesca, começou a trabalhar na fĂĄbrica da famĂlia em 1988. AtĂŠ essa ĂŠpoca, havia cinco fabricantes de molinete no Brasil: Paoli, Tramontina, Mariner, Tokyo e Stanley& Â&#x152;7 mais prĂłximo a nĂłs era a Mariner e ela fabricava 10% da nossa produçãoâ&#x20AC;?, relata. AlĂŠm da durabilidade incomparĂĄvel, ele ganhou tambĂŠm outro apelido, alĂŠm Â&#x152; Â&#x2026; Â&#x152;Â&#x2C6; Â&#x2021; Â&#x2020; Â&#x2026; dade de manutenção. Ă&#x2030; cobrada apenas a peça trocada, o que custa, no mĂĄximo, y% & 7 6 Â&#x152;' Paoli dĂĄ garantia eterna contra defeito de fabricação sem custoâ&#x20AC;?.
Reprodução do anúncio de 1987
ecoaventura 75
[ paixĂŁo nacional ]
Paulo Francisco de Prado, funcionĂĄrio desde 1972, realiza a montagem do Super Paoli
A coroa de bronze dĂĄ a durabilidade aos molinetes Paoli
ec ccooav aven entu tura l PE tura PESC ESC SC CA ES CA E PORTI OR RT TTIIVA IVA VA, V A, ME MEEIIO A AM MB M BIE IE ENT EN NT N TE E TUR TE TURISMO 76 e 76
A ABERTURA Ă&#x20AC; IMPORTAĂ&#x2021;Ă&#x192;O E SUAS CONSEQUĂ&#x160;NCIAS
te. NĂŁo sei se mudaria a histĂłria, mas os fabricantes brasileiros poderiam ter se atualizadoâ&#x20AC;?, pondera.
Apesar de nĂŁo ter sentido uma queda
E o que fazer com os 150 pais de famĂ-
imediata, pouco tempo apĂłs a abertura
lias que trabalhavam na linha de produ-
do mercado brasileiro à importação, no
ção diante da crise? Octåvio conta que,
inĂcio da dĂŠcada de 1990, a Paoli + Â&#x2039;
por trĂŞs ou quatro meses, cerca de 70
mercê de uma competição desleal. Com
funcionĂĄrios jogaram futebol porque nĂŁo
molinetes estrangeiros mais modernos
era vantajoso produzir mais, atĂŠ que mui-
e a preços competitivos, aliado à cultu-
tos acabaram demitidos.
ra do brasileiro de que o importado era
Â&#x152;'
sempre melhor, a Paoli entrou em pro-
para a gente que viveu de outra forma. Per-
funda crise. OctĂĄvio crĂŞ que o motivo do
to dos 90% que a gente representava na
declĂnio nĂŁo foi a abertura Ă importação
Êpoca, hoje a nossa participação Ê de 2%.
em si, mas a maneira como ela foi reali-
O que nos restou foi o nome de muito tem-
! & Â&#x152;Q
*
poâ&#x20AC;?, expĂľe o herdeiro, que hoje administra
tecnologia primeiro, para deixar a indĂşs-
! & Â&#x152;|
tria nacional se adequar, e depois vir o
tem a chance de melhorar, nĂŁo tenha dĂşvi-
produto acabado, acredito que teria pelo
da, senĂŁo nĂŁo estarĂamos aqui, jĂĄ terĂamos
menos dado uma oportunidade diferen-
fechado como as outrasâ&#x20AC;?, acrescenta.
Reinaldo Jarussi pesca com Paoli desde criança. Começou a vender o molinete em sua lotÊrica no ano 1970 e, em 1998, virou representante da marca
PERSPECTIVAS Â&#x152;' Paoli estĂĄ voltando porque os pescadores cansaram de comprar equipamento Â&#x2026; Â&#x2030; & ' + mostra que hĂĄ esperança de dias melhores para os molinetes outrora mais vendidos do Brasil. A durabilidade e manutenção barata foram os fatores que mantiveram a Paoli em funcionamento e, embora os molinetes nĂŁo sejam utilizados para a pesca de peixes grandes, tĂŞm muitos adeptos em pescarias de praia pela capacidade de linha e resistĂŞncia Ă ĂĄgua do mar. O modelo que se destaca
iniciada hĂĄ trĂŞs anos, que tem focado na
OctĂĄvio diz que, atĂŠ hoje, muitos lojistas
nesse quesito ĂŠ o Malcolm. JĂĄ para pescaria
venda. Dessa forma, a Paoli espera ganhar
+ -
embarcada de grande porte em rio, o mais
+
tes que vendem por mĂŞs, nĂŁo chegam prĂł-
indicado ĂŠ o Imperador. AtĂŠ hoje, todos os
que eles se interessem em vender o produto,
ximo ao nĂşmero de Paoli que saĂa das lojas
modelos sĂŁo produzidos e 95% do material
antes de uma propaganda para os pescado-
antigamente. Com relação aos pescadores,
ĂŠ feito na prĂłpria fĂĄbrica, mesmo as meno-
res. AlĂŠm disso, ele acredita que o caminho
com certeza não esquecerão as emoçþes
res peças, como parafusos de um milĂmetro.
seja a busca de novos parceiros, um produto
vividas com seus molinetes. Com ou sem
Quanto Ă venda, ocorre mais expressivamen-
& Â&#x152;'
saudosismo, o fato ĂŠ que a Paoli ainda estĂĄ
pretende levar esse nome, fazer a Paoli pelo
de portas abertas e nĂŁo morrerĂĄ enquanto
menos voltar a ser conhecida.â&#x20AC;?
estiver no coração dos brasileiros.
te no Rio de Janeiro e no Nordeste. PorĂŠm, hoje ĂŠ difĂcil competir com os produtos disponĂveis no mercado. Segundo OctĂĄvio, os molinetes sĂŁo vendidos o mais barato possĂvel, o que tambĂŠm sempre + 6 ! venda e preço acessĂvel para todo mundo. Entretanto, alĂŠm do custo-benefĂcio pouco atrativo, jĂĄ que nĂŁo houve investimentos recentes em tecnologia, com a venda qua-
Mais do que contar uma história, Octåvio faz a ponte entre o passado e o presente ao mostrar dois molinetes Super Paoli, um de 1962 e um atual. As diferenças são sutis: o modo de soltar o carretel e um parafuso, alÊm de os chassis e a tampa do antigo serem um pouco menores
se a preço de custo, nĂŁo hĂĄ margem para dar descontos, o que torna difĂcil a venda para distribuidores. Atualmente, a empresa possui trĂŞs sĂłcios, OctĂĄvio Filho, seu pai e uma tia, que jĂĄ estĂŁo na faixa dos 80 anos. Por isso, OctĂĄvio ĂŠ o responsĂĄvel por administrar os problemas diĂĄrios. Para ele, herdar essa tradição da Paoli ĂŠ uma grande responsabilidade e, por isso, ele tem buscado alternativas. Uma delas ĂŠ o projeto de um novo molinete, mais moderno, que começou a ser desenvolvido ( ! + ceiro. Outra ĂŠ a reestruturação da empresa,
ecoaventura 77
[ paixĂŁo nacional ] Os molinetes Paoli
Super Paoli
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*% ) mas com rolamento
) -
. /
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Paoli Malcolm
# " $ %
Malcolm Rio
Malcolm
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Paoli Imperador
# % % &'(%
*
Um rolamento
Paoli 2000
* +
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!
78 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
folhas, flores e frutos
Can e a ro de aves
A eritrina-candelabro, ou mulungu, tem o poder de atrair passarinhos ao seu redor, o que lhe deixa ainda mais bonita no meio da mata POR: DANI COSTA I FOTOS: INÁCIO TEIXEIRA I ARTE: MILA COSTA
O
vermelho intenso das flores da planta
Mesmo tão bela, é fácil de cultivar, pois
Erythrina speciosa destaca-se majestosa-
não exige cuidados extremos, apenas que
mente no verde da Mata Atlântica, de onde
suas sementes sejam plantadas em solos
é nativa. Mais ainda, quando ao seu redor
férteis e com água abundante. Outra boa
há inúmeros pássaros, principalmente os
maneira de espalhar essa árvore é adotar o
beija-flores. Por isso, é considerada uma
plantio por estacas, que possui desenvolvi-
das mais bonitas árvores brasileiras.
mento rápido das mudas.
Conhecida como mulungu-do-litoral ou
Seu florescimento ocorre no final do inver-
eritrina-candelabro — por ser aberta como
no. Portanto, em outubro, já é possível ver as
um —, tem altura que varia de três a cinco
flores renovadas que se expõem na primave-
metros. Possui tronco espinhento de madeira
ra. E cobrem a mata de vermelho.
BIOLOGIA Nome científico: Erythrina speciosa Nomes populares: mulungu, mulungu-do-litoral, eritrina, eritrina-candelabro, corticeira, eritrina-vermelha, suinã-canivete e suinã-vermelho Família: Fabaceae Distribuição geográfica: Brasil
leve e folhas grandes, que caem no inverno. Nas expedições da ECOAVENTURA em lugares de Mata Atlântica, encontramo-la à beira de rios ou próximo a praias. É que essa planta gosta de umidade.
ecoavventu ec ura 799
[ pesque-pague ]
ORT RT T VA TI VA, V A A,, M MEIO ME EIO EOA AMB BIENT IENT IEN ENT NT TE E TURI TURI TUR RIS RI SM SMO MO MO 80 ecoaventura l PESCA ESSPORTI
Pintados e Cacharas: Quando se trata de focar a pescaria nas grandes espécies de couro, é preciso dedicação e muita técnica para fisgar um grande troféu
FOTO: JULIANO SALGADO
ANDRÉ CORREA E JULIANO SALGADO | ARTE: TIAGO STRACCI
eccoav ave entu entu en tura ra 81 ra 81
[ pesque-pague ]
C
omuns na maioria dos lagos dos pesque { + ( Â&#x20AC; + & Â&#x20AC; 8 { ( ( 1
& Â&#x2018; 1 representantes dessas espĂŠcies, quando
& 7 rem normalmente quando o pescador se dedica a outros peixes, mas seu anzol acaba enroscando em um desses espĂŠcimes. No entanto, o que poucos sabem ĂŠ que, com a montagem, as iscas e a tĂŠcnica corre
*
+ ( & W ( / ^ ! (
& 7 tagem [veja fotos na pag. 86ÂĽ ! ( Â&#x2019;ÂŚ% + *
/ 3&Â&#x2C6;&'& ^ ( ! ! & 8 +
+ 1 & 8 (
colocar o equipamento na espera enquanto pesca outras espĂŠcies.
mum aos pescadores que perseguem essa / ^ distantes do meio dos lagos. 82 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
FOTO: INĂ CIO TEIXEIRA
Feita a montagem correta â&#x20AC;&#x201D; e para am (
-
Sem a técnica e a montagem corretas, é comum capturar espécies híbridas ou de pequeno porte
eeccoa avvent en e ntu turra a 8833
FOTOS: INテ,IO TEIXEIRA
[ pesque-pague ]
Jundiテ。 e pequenos Pintados sテ」o bem comuns
ecoaventura l PES PESCA A ESPORTIVA, VA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
Foram dois dias dedicados exclusivamente a essas espĂŠcies, porĂŠm, com resultados muito modestos, sobretudo quando considerado o porte dos peixes capturados A HORA â&#x20AC;&#x153;Hâ&#x20AC;? 3
cetes dos especialistas â&#x20AC;&#x201D;, tentamos sem { ( 8 & Â&#x201A; (
+ 8 + { + (
& | & 3 + *+ &
FOTO: INĂ CIO TEIXEIRA
Â&#x20AC; -
FOTO: ANDRĂ&#x2030; CORREA
Grandes Cacharas, como a da foto, exigem persistĂŞncia e tĂŠcnica apurada para serem ďŹ sgadas
eeccoav aven en nttu uura r 855 ra
[ pesque-pague ] COMO FAZER: PASSO A PASSO 1 - Acessórios usados na montagem: snap (para facilitar a troca de iscas rapidamente), canudo, agulha de tricô, cabo de aço, girador e discos de E.V.A.
4 e 5 - Tire o canudo, insira a agulha e, com sua ponta, engate no girador da montagem para colocar os E.V.A.’s dentro da salsicha.
2 - Fazer 3 tipos de montagens. Para a salsicha menor, montar 2 discos de E.V.A. Para a média, 3, e para a inteira, 5 discos.
6 - A montagem está completa. Agora, é só engatar o snap no girador da montagem e amarrar a linha da vara na outra parte do snap.
3 - Com o canudo, perfurar a salsicha para ela ficar oca e os discos de E.V.A. passarem pelo buraco feito.
1
3
2
4
6
FOTOS: INÁCIO TEIXEIRA
5
86 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
Equipamentos t 7BSBT DPN UBNBOIP FOUSF F NFUSPT EF B MJCSBT t $BSSFUJMIBT PV NPMJOFUFT RVF DPNQPSUFN FN UPSOP EF NFUSPT EF MJOIB MJCSBT
t "O[Ă&#x2DC;JT UBNBOIP FOUSF F FNQBUF EF BĂ&#x17D;P nFYĂ&#x201C;WFM DPN SFTJTUĂ?ODJB EF MJCSBT QFRVFOPT EJTDPT EF & 7 " QBSB FOWPMWFS P FNQBUF F VN HJSBEPS SFTJTUFOUF
O Pintado da foto, ďŹ sgado no lago do Silvestre Park Hotel, causou enorme satisfação ao jovem pescador
O TIRA-TEIMA
FOTOS: WILSON FEITOSA
DICAS DE PESCA - As iscas devem ser posicionadas entre as margens e o meio do lago - As açþes sĂŁo mais frequentes em dias quentes - A fisgada deve ser firme e vigorosa, entretanto, nĂŁo ĂŠ preciso mais que uma - Com o peixe fisgado, ĂŠ fundamental manter a linha esticada, pois, na maioria dos pesqueiros, ĂŠ obrigatĂłrio o uso de anzĂłis sem farpa - Como a maioria dos pesqueiros cobra valores exorbitantes pelo quilo dessas espĂŠcies, o procedimento de soltura deve ser executado o mais rĂĄpido possĂvel e o peixe, tratado com o mĂĄximo cuidado. MantĂŞ-lo na ĂĄgua enquanto prepara o equipamento fotogrĂĄfico ĂŠ a melhor forma de preservar sua integridade
ignoradas, o que, depois de certo tempo,
-
8 Â&#x2039; (
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e tĂŠcnicas apurados, nossa equipe, em
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{ * -
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tudo sua primeira corrida, pois a brutalidade
* !
emocionantes momentos desse tipo de
(
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& 7
dos suportes de pescadores distraĂdos.
ecoaventura 87
saúde
A sesta, tradicionalmente realizada na Espanha e em muitos países latino-americanos, é ao mesmo tempo ameaçada e incentivada no século 21. Ao passo que os latinos cedem ao mundo globalizado, ela é um diferencial das grandes corporações que incentivam qualidade à quantidade de horas trabalhadas. Conheça os benefícios desses sagrados minutos de sono após o almoço POR: BÁRBARA BLAS | FOTOS: INÁCIO TEIXEIRA | ARTE E ILUSTRAÇÃO: MILA COSTA
ecoavven entu tura ra l PPESC ESC SC CA ES ESPORTI ORTTIIVA, OR ORT VA VA, V A, MEIO A, MEIO ME OA AM AMB MBIENT IENT IEN NTE E T TUR TU TURI URI UR RIS RISMO SMO MO O 88 ec 88
eecco coa avve en ntu tura a 89 89
saĂşde
O
s minutos que sucedem o almoço pa-
ma grave. Ă&#x2030; uma indisposição natural do
estresse etc. JĂĄ ao longo da vida, pes-
recem interminåveis. A preguiça toma
corpo. Segundo os especialistas do sono,
quisas indicam que ela poderia diminuir
conta do corpo, e os olhos, involuntaria-
o melhor remĂŠdio â&#x20AC;&#x201D; muitas vezes mais
o risco de algumas doenças, especial-
mente, querem se render ao sono. Mas
+ -
mente as do coração.
ĂŠ preciso voltar ao trabalho. VocĂŞ levanta
-se ou tomar uma dose de cafeĂna â&#x20AC;&#x201D; tem
da cadeira para dar uma volta, lava o ros-
custo zero e demanda nĂŁo mais que 30
comprovar essa hipĂłtese foi o realizado
to e toma um cafĂŠ bem forte para tentar
minutos diĂĄrios: a sesta, chamada inter-
pela norte-americana Escola de SaĂşde
dominar a moleza. Ou, entĂŁo, o cenĂĄrio
nacionalmente de siesta. Ă&#x2030; como o dita-
PĂşblica de Harvard (Harvard School of
ĂŠ outro: aquela pescaria tĂŁo esperada.
do: â&#x20AC;&#x153;se vocĂŞ nĂŁo pode combater o inimi-
Public Health) e pela grega Escola de
' 1 + (
go, junte-se a eleâ&#x20AC;?.
Medicina da Universidade de Atenas
Um
dos
estudos
que
tentam
Trata-se do nosso cochilo depois do
(University of Athens Medical School).
parece muito mais convidativa do que
almoço. A curto prazo, ĂŠ possĂvel ter
Por seis anos, 23.681 indivĂduos que
uma nova e longa jornada. Se vocĂŞ jĂĄ
uma melhora no nĂvel de alerta, humor,
moravam na GrĂŠcia e que nĂŁo tinham
esteve ou se vĂŞ frequentemente nessas
memĂłria, raciocĂnio, concentração, ca-
histĂłrico
situaçþes, não sofre de nenhum proble-
pacidade de aprendizagem, alĂvio do
derrame ou câncer no inĂcio da pesquisa
de
doenças
do
coração,
EstĂĄgios do sono EstĂĄgio 1
EstĂĄgio 2
Transição entre o estado Ainda ĂŠ uma fase de vigĂlia e o sono. Dura intermediĂĄria ao atĂŠ 5 minutos, e a pessoa sono de fato pode ser facilmente acordada
EstĂĄgio 3 Nesta fase se inicia o sono profundo. Ocorre a diminuição da atividade cerebral e de diversos sistemas (frequĂŞncia cardĂaca, pressĂŁo arterial etc.) para descanso
EstĂĄgio 4
REM
Esta fase corresponde ao sono profundo
A fase REM, ou rapid-eye moviments (movimentos oculares rĂĄpidos), ĂŠ a mais parecida com aquela a qual se estĂĄ acordado. Ocorre uma ativação cerebral e de diversos sistemas. Ă&#x2030; nela que a maioria dos sonhos acontece
Os estågios de 1 a 4 são chamados de sono NREM (sem movimentos oculares råpidos ou non-rapid eye movements), no qual hå diminuição da atividade em todo o corpo. Estas 5 fases do sono constituem 1 ciclo que dura, em mÊdia, 90 minutos. Em 8 horas, passamos por mais ou menos 5 ciclos.
90 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
foram acompanhados. O resultado foi que, entre as pessoas que regularmente faziam a sesta â&#x20AC;&#x201D; pelo menos trĂŞs vezes por semana por 30 minutos em mĂŠdia do coração foi 37% menor do que os que nĂŁo cochilavam apĂłs o almoço. JĂĄ para os que dormiam ocasionalmente, a redução foi de 12%. A pesquisa mostrou que a sesta foi mais efetiva entre os homens que trabalhavam do que entre +
Â&#x201C; Â&#x201D; ou entre as mulheres. A mĂŠdica americana Sara Mednick, especialista em estudos sobre sesta e autora do livro Take a nap! Change your life (Tire um cochilo! Mude sua vida, 2007), sugere tambĂŠm outros benefĂcios como melhor regeneração da pele, ! Â&#x201C; ^ Â&#x201D;
A tradição da sesta NĂŁo hĂĄ certeza da origem da sesta, mas relatos histĂłricos apontam que os romanos, no primeiro sĂŠculo antes de Cristo, chamavam a pausa da tarde de meridiari, derivação de midday (meio-dia). Mais tarde, a Igreja dividiu o dia em perĂodos para atividades especĂficas, como comer, rezar e descansar, e esta Ăşltima seria realizada Ă sexta hora, correspondente ao meio-dia, seis horas apĂłs o nascer do sol. Muitos atribuem a tradição da sesta a SĂŁo Bento â&#x20AC;&#x201D; o padroeiro da Europa, que, possivelmente, viveu entre os anos 480 e 547 e que teria incorporado o descanso nas regras criadas por ele. Embora essa prĂĄtica esteja ameaçada pelo ritmo frenĂŠtico de trabalho em todo o mundo iniciado com a Revolução Industrial â&#x20AC;&#x201D; quando o costume da sesta desapareceu no norte da Europa â&#x20AC;&#x201D;, alguns paĂses do sul desse continente, como Espanha e ItĂĄlia, e muitos latino-americanos ainda mantĂŞm esse ritual. AlĂŠm disso, apĂłs estudos que comprovam seus benefĂcios, a sesta estĂĄ em ascensĂŁo em grandes corporaçþes de outras naçþes como JapĂŁo, Estados Unidos e começa a ter lugar tambĂŠm na Alemanha. AtĂŠ a NASA (National Aeronautics and Space Administration) incluiu o cochilo na sua programação diĂĄria apĂłs observar uma melhor lucidez dos astronautas. A Espanha ĂŠ o paĂs mais conhecido pela tradição da sesta. Entre as 14 e 17 horas, boa parte do comĂŠrcio, especialmente em cidades pequenas, ainda fecha as portas, e os espanhĂłis almoçam e adormecem. Revigorados, por volta das 17 horas, retornam ao trabalho atĂŠ as 20 ou 21. Em comparação com a tĂŁo conhecida american way of life (maneira de viver norte-americana), podemos dizer que a sesta ĂŠ, mesmo que nĂŁo de forma tĂŁo intensa quanto no passado, a tĂpica maneira de viver espanhola.
contribuição para a perda de peso â&#x20AC;&#x201D; jĂĄ que pessoas sonolentas procuram mais alimentos ricos em gordura e açúcar do que as descansadas, alĂŠm de o cochilo aumentar a produção de um hormĂ´nio que reduz a gordura do corpo.
POR QUE SENTIMOS SONO APĂ&#x201C;S O ALMOĂ&#x2021;O? A sonolĂŞncia ocorre pelo fato de termos dois ciclos de sono: o principal durante a noite e outro apĂłs o almoço, o que estĂĄ ligado Ă queda de temperatura corporal. 8 1 Â&#x2039; ( volta das 23 horas, a temperatura do corpo começa a cair e atinge o ponto mais ( ( ( al de despertar. Uma nova queda aconte Â&#x2039; propensĂŁo para dormir entre as 14 e 16 ( & 3 nesse processo, a sonolĂŞncia acontece independentemente do almoço.
ecoaventura 91
saĂşde
Uma sesta ao ar livre, em uma rede sob a sombra de uma ĂĄrvore, recarrega as energias para a pescaria da tarde
Essa sonolĂŞncia normalmente passa
O OUTRO LADO DO COCHILO
FISGUE ESSA IDEIA
no decorrer da tarde, porĂŠm, por todos os benefĂcios jĂĄ citados, a sesta se mostra
Um fator que pode diminuir os benefĂ-
A sesta ajuda a recuperar as ener-
uma ótima solução. Segundo a Dra. Lu-
cios da sesta ĂŠ a chamada inĂŠrcia do sono
gias após uma manhã de esforço tanto
ciana Palombini, especialista em medici-
â&#x20AC;&#x201D; aquela lentidĂŁo logo apĂłs o despertar. A
mental quanto fĂsico. â&#x20AC;&#x153;Isso porque o nĂ-
na do sono do Instituto do Sono de SĂŁo
+ -
vel de alerta ĂŠ importante para os dois
Paulo, com um cochilo rĂĄpido, de 15 ou
te dura entre 5 e 30 minutos, mas pode se
Â&#x2026; + 8 & 2
20 minutos, a pessoa jĂĄ se sente melhor:
prolongar por mais tempo. Entretanto, nĂŁo
para algumas tarefas, em especial as
â&#x20AC;&#x153;O ideal ĂŠ durar atĂŠ 30 minutos. Mais do
( & W +
que colocam outras pessoas em risco,
^ -
sesta depende de cada pessoa. Algumas
-
Â&#x2026; &
se sentem Ăłtimas apĂłs o cochilo e outras
lotos, ĂŠ imprescindĂvel que a pessoa se
não recuperam a disposição.
mantenha alerta. â&#x20AC;&#x153;Mas, sentir-se bem
4 ( Â&#x2019;% em geral, vai atĂŠ o estĂĄgio 2 do sono [veja
De modo geral, nĂŁo hĂĄ contraindica-
acordado ĂŠ uma questĂŁo de qualidade
box na pĂĄgina 92] ^ +
ção, mas se a pessoa tem algum distúr-
de vida, de bem-estar, independente-
para a pessoa descansar e voltar Ă ati-
bio do sono grave, como insĂ´nia ou ap-
mente da atividadeâ&#x20AC;?, acrescenta. Con-
vidade. Palombini ressalta que o intuito
neia (curtas interrupçþes na respiração
sequentemente, apĂłs o cochilo, o pes-
desse tempo recomendado ĂŠ que nĂŁo se
enquanto dorme), a doutora recomenda
cador terå mais disposição para muitas
chegue ao sono mais profundo.
a avaliação de um especialista.
outras horas de pescaria.
ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AMBIENTE E TURISMO
Condições ideais para a sesta
No cotidiano, a sesta pode ser mais eficiente para aumentar o estado de alerta do que bebidas à base de cafeína, como café, chá mate e coca-cola
O barulho tende a atrapalhar o sono. Se for inevitável, músicas de meditação, como as com sons da natureza, podem diminuir o barulho externo
A luz, especialmente a do sol, é um estímulo direto para o cérebro entender que está na hora de ficar acordado. Se não for possível dormir em um local escuro, um tapa olhos pode ajudar
Dormir de mau jeito pode acarretar problemas na coluna e pescoço. Por isso, é muito importante manter a coluna reta durante o sono. Hoje existem, inclusive, cadeiras de escritório reclináveis para sesta
Para um sono adequado, a sesta segue as mesmas exigências de sono da noite: silêncio, escuro e conforto
ecoaventura 93
radar
Fim de rancho de caça O Núcleo Caraguatatuba do PESM (Parque Estadual da Serra do Mar), em
vestígios de penas de aves e pelos de mamíferos.
São Paulo, em ação conjunta de fiscali-
A Fundação Florestal, ges-
zação com a Polícia Ambiental, desman-
tora do PESM, tem intensificado
telou mais um rancho de caçadores. O
suas ações de fiscalização. Atualmente,
estaleiros, armadilhas, cortes
abrigo clandestino foi descoberto no alto
a caça é uma das grandes ameaças à
de palmitos, extração ilegal de madeira,
da serra de Caraguatatuba-SP, no início
fauna nativa da Mata Atlântica. O traba-
além de construções ilegais dentro dos
de setembro. No local, foram encontrados
lho de vigilância é diário, com incursões
limites do parque.
Matança de Peixe-boi
na mata à procura de caçadores, ranchos,
Mais conservação
A discussão sobre a necessidade da cria-
de Conservação) e do GTA (Grupo de Tra-
ção da RDS (Reserva de Desenvolvimento
balho Amazônico), juntamente com a SDS
Das 300 propostas de criação de no-
Sustentável Sacará-Piranga), em Manaus,
(Secretaria Estadual de Desenvolvimento
vas unidades de conservação que, atu-
voltou à pauta no mês passado no município
Sustentável), participam do estudo, que
almente, tramitam no ICMBio (Instituto
de Silves, a 203 quilômetros dessa capital.
prioriza o manejo das atividades já desen-
Chico Mendes de Conservação da Bio-
volvidas no local, como agricultura, artesa-
diversidade), 23% estão concentradas no
nato e pesca.
bioma amazônico. Pará e Amazonas são
A falta de consciência de pescadores profissionais, que esgotam os estoques de peixes, entre eles o Peixe-boi, levou as co-
Uma das grandes preocupações dos ri-
munidades ribeirinhas de Silves a retomar o
beirinhos é com a preservação dos lagos. O
processo. Representantes de 17 comunida-
Pirarucu e o Peixe-boi são espécies amea-
des, do Ceuc (Centro Estadual de Unidades
çadas de extinção.
os estados da região que detêm a maioria dessas demandas. A intenção do ministério do Meio Ambiente é criar mais unidades de conservação no País, que são de diferentes categorias e estão em distintas etapas. A maior incidência é de Resex (reserva extrativista) e de RDS (Reserva de Desenvolvimento Sustentável), onde a pressão pela ocupação desordenada do território é mais acentuada. Já foram encaminhadas para o Ministério do Meio Ambiente e Casa Civil a proposta de criação das Resex Baixo
FOTO: SXC_DAVID SINOFKSY
Rio Branco/Jauaperi, em Roraima, Montanha Mangabal, no Pará, e Lago Cuniã, em Rondônia.
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radar
Amazônia Street View O Google e a FAS (Fundação Amazonas Sustentável) vão utilizar a ferramenta Street View na floresta Amazônica, com o registro fotográfico do rio Negro e de suas comunidades e estará disponível a partir deste mês. O Google Street View é uma funcionalidade do Google Maps que oferece aos usuários da web a oportunidade de explorar digitalmente diversas cidades e lugares por meio de fotos em 360°. Essa experiência de imersão fica disponível aos internautas gratuitamente. As imagens do rio Negro foram capturadas por barcos com um trike acoplado (um triciclo com câmeras). Esse veículo, próprio para locais que não são acessíveis por carros, também foi utilizado para mapear as comunidades da região. Moradores das comunidades ribeirinhas ajudaram na coleta das imagens depois de receberem treinamento para operar o equipamento. Virgílio Viana, superintendente geral da FAS, acredita que proporcionar ao mundo essa experiência de um tour interativo dentro da floresta Amazônica é mais do que apenas entretenimento. “Isso assume um papel de extrema importância na conscientização sobre os desafios de conservação, desenvolvimento comunitário e sustentabilida-
FOTOS: GOOGLE
de na Amazônia. Esperamos que essa iniciativa fomente outras parcerias que também possam unir a alta tecnologia com a sabedoria dos moradores da floresta”, afirma.
ecooaventura a 95
radar
Debate sobre o Tietê
Os representantes das cinco APAS (Áreas de Proteção Ambiental) situadas nas áreas de abrangência do rio reuniram-se com a Fundação Florestal (órgão vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente) no dia 21 de setembro, na cidade de Tietê, para discutir sobre o planejamento e a gestão das Unidades de Conservação (áreas públicas protegidas por lei que têm como objetivo a manutenção da diversidade biológica). As APA’s do rio Tietê são: Várzea do Rio
FOTO: INÁCIO TEIXEIRA
Tietê, Tietê, Corumbataí, Ibitinga e Cabreúva. O evento deu prosseguimento aos trabalhos realizados no primeiro seminário na USP (Universidade de São Paulo), em 2010.
Código Florestal Brasileiro Propagou-se na mídia que o novo có-
das, continuam na iminência de serem al-
Defesa das Florestas e do Desenvol-
digo tem previsão de ser aprovado no fim
teradas. O Governo, inclusive, já declarou
vimento Sustentável, que reúne 112
deste mês pelo Senado. Mas, os ambien-
que vai vetar o Código se essa norma não
organizações da sociedade civil em
talistas que acompanham os trâmites
for modificada. Por isso, acho que não é
torno da campanha "Floresta Faz a
acreditam que essa data seja inviável.
possível a aprovação no final de outubro”,
Diferença". O objetivo é mobilizar a
Atualmente, quatro comissões debatem
revelou à ECOAVENTURA Mário Manto-
população para pressionar o Senado a
emendas junto a senadores: a de Cons-
vani, geógrafo e diretor de políticas públi-
fazer mudanças no texto.
tituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Meio
cas da SOS Mata Atlântica.
Ambiente (CMA), de Ciência e Tecno-
No Rio de Janeiro, foi lançado por
logia (CCT) e de Agricultura (CRA), que
ambientalistas um comitê contra o
consultam juristas sobre o novo código.
novo Código Florestal ligado
Entidades da sociedade civil também
ao Comitê Nacional em
participam da criação de emendas através de senadores, como a Fundação SOS Mata Atlântica. “Já está terações e vai voltar para a Câmara, pois questões fundamentais, como a da anistia a agricultores que deveriam recompor áreas desmata-
MBIE IEN ENT TE E TURI TU SMO TU TUR SMO SM 96 ecoaventura l PESCA ESPORTIVA, MEIO AM
FOTO: SXC JANDERSON ARAÚJO
claro que o código sofrerá al-
é o bicho
O habitante da escuridão Biologia
O artrópode opilião vive em cavernas e é muitas vezes confundido com a aranha POR: DANI COSTA I FOTOS: INÁCIO TEIXEIRA I ARTE: GLAUCO DIAS
E
Nome científico: Serracutisoma spelaeum Nomes populares: cafofo, bodum, aranha-bodum e aranha-bode Reino: Metazoa Filo: Arthropoda Classe: Arachnida Ordem: Opiliones Família: Gonyleptidae Habitat: cavernas Tamanho: 1cm de comprimento do corpo. Com as pernas esticadas, pode atingir de 20 a 25cm de diâmetro Fonte consultada: IB (Instituto de Biociências), do curso de Biologia da USP (Universidade de São Paulo)
xcursionar por cavernas revela
Essa espécie pertence à subfamília
essa versatilidade de ambientes, esse opilião
uma natureza surpreendente. A
Goniosomatinae, na qual há os opiliões de
não é especificamente ameaçado de extin-
princípio, a bruta aparência dos
maior tamanho. A maioria desses artrópodes é
ção, mas é sensível, pois, caso as cavernas
salões de pedra e água demons-
bem menor, com pernas mais curtas.
desapareçam da região, a espécie também sumirá”, ensina Pedro Gnaspini.
tra serem inóspitos. Mas, pequenos habitan-
De acordo com Pedro Gnaspini, biólogo e
tes desenvolvem ali seu ciclo de vida. É o caso
professor de Zoologia da USP (Universidade de
Os opiliões não possuem um nome po-
dos opiliões, artrópodes que, frequentemente,
São Paulo), existe uma grande diversidade de
pular generalizado, mas há alguns exem-
são confundidos com aranhas.
opiliões, com formas, cores e hábitos bem varia-
plos, como cafofo, bodum, aranha-bodum,
Os opiliões são aracnídeos, assim como
dos. “Só no Estado de São Paulo foram registra-
aranha-bode, entre outros, que geralmente
as aranhas, os ácaros, os carrapatos e os
das mais de 230 espécies. E é bastante comum
fazem referência ao odor desagradável que
escorpiões. Entretanto, esse bicho possui
que elas tenham uma distribuição relativamen-
podem emitir. Trata-se de um mecanismo
cefalotórax (cabeça e tórax) fundidos em uma
te restrita geograficamente; ou seja, são endêmi-
de defesa química. Eles produzem uma
só estrutura, diferentemente das aranhas.
cas”, explica o especialista.
substância que é utilizada quando o animal
Vivem abrigados durante o dia nas ca-
Em relação aos organismos que vivem em
vernas — onde encontram a umidade que
cavernas, essa espécie é classificada como
buscam — e saem à noite para se alimen-
um “trogloxeno obrigatório”, ou seja, o animal
tar na mata. A espécie que a ECOAVEN-
não fica confinado, pois precisa sair de tem-
TURA registrou no Petar (Parque Turístico
pos em tempos para se alimentar no ambiente
do Alto Ribeira), em Iporanga e Apiaí, sul
externo — onde caça insetos de corpo mole
de São Paulo, tem o nome científico Ser-
e/ou pode se alimentar de bichos já mortos.
racutisoma spelaeum (spelaeum significa
“Mas, precisa retornar para se abrigar, colocar
“que vive em cavernas”).
e proteger seus ovos. Por conseguir manter
sente-se ameaçado.
ecoaventura 97
classificados
cie Anun
i ue (11)) 3334-4361
comercial@grrupoea.com.br
T
U
R
I
S
M
O
(11) 8511-4238
Panamá 2011 / 2012
Ninguém conhece o Panamá como nós. Mais de 600 clientes enviados com taxa de retorno de acima de 80% Venha pescar conosco nas últimas datas do primeiro semestre de 2012 guiadas pelo Betão. Custa muito menos do que você imagina! Venha capturar mais de 40 espécies diferentes, pescando de: Arremesso (Popping) Vertical (Jigging) Corrico (Trolling) Fundo (Bottom) Barcos para 2, 3 ou 4 pescadores 1° saída Paradise Fishing Lodge 28 de Janeiro a 3 de Fevereiro 2012 Esgotado 2° saída Pesca Panamá de 4 a 11 de fevereiro de 2012 Esgotado 3° saída Paradise Fishing Lodge 2 a 9 de março de 2012 Esgotado 4° saída Paradise Fishing Lodge 7 a 14 d abril 2012 poucas vagas
Consulte-nos sobre outras datas para as duas operações tanto em 2011 como em 2012
Madagascar 2011 / 2012
Representante exclusiva da operação Tropical Fishing, a ECOAVENTURA Turismo também preparou pacotes nas melhores semanas de 2011 e 2012. A Ilha de Madagascar é o ponto de pesca no Índico mais próximo do Brasil com mais de 30 espécies e as mesmas técnicas do Panamá, popping, jigging, trolling e bottom-fishing.
Esgotado
Esgotado Esgotado Esgotado
1° saída de 8 a 15 de outubro de 2011 2° saída 20 a 28 de novembro de 2012 3° saída 12 a 20 de dezembro de 2012 4° todas as semanas de 8 de abril a 20 de Maio de 2012