1º SEMESTRE/2012
Eu, digital Como a nova geração interage com a tecnologia
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você aprende com o mundo
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Expediente Combinação única de bons valores com excelência. O Grupo Marista conta com milhares de pessoas que diariamente vivenciam e disseminam importantes valores humanos e cristãos, com o compromisso de promover e defender os direitos das crianças e jovens. Faz parte do jeito Marista a busca constante por excelência. Na área da educação, da escola à universidade, formamos pessoas e trazemos resultados comprovados. Em atividades nas áreas de saúde e comunicação, levamos sempre a melhor qualidade para públicos de diferentes condições e necessidades. Em todas essas áreas a ação social está presente com iniciativas alinhadas ao posicionamento institucional, mas também atuamos diretamente, por meio de uma ampla rede de solidariedade. Bons valores com excelência. Nossa missão é proporcionar essa combinação única para a construção de um mundo melhor.
Presidente das Mantenedoras: Ir. Delcio Afonso Balestrin Superior Provincial: Ir. Joaquim Sperandio Superintendente ABEC/UCE: Paulo Serino de Souza Rede de Colégios: Ir. Paulinho Vogel, André Garcia, Isabel Cristina Michelan Azevedo Comunicação e Marketing ABEC/UCE: Fabiane Campana, Patrícia Fatuch, Camila Schmid, Bruno Bonamigo, Tiago Ienkot, Fábio Egg Mais, Patrícia L. Egashira, Kelen Y. Azuma, Silvia S. Tateiva,, Alexandre L. Cardoso Comunicação e Marketing Colégios: Bruna F. Gonçalves, Caroline D. Mertens, Cristiane R. Santos, Eros A. A. Martins, Eziquiel M.
brasília • Colégio Marista de Brasília - Educação Infantil e Ensino Fundamental SGAS 609 CONJ A - Bairro Asa Sul - Brasília - DF - 70200-690 - (61) 3442-9400 Colégio Marista de Brasília - Ensino Médio - SGAS 615 CONJ C - Bairro Asa Sul Brasília - DF - 70200-750 - (61) 3445-6900 CASCAVEL • Colégio Marista de Cascavel - Rua Paraná, 2680 - Centro - Cascavel PR - 85812-011 - (45) 3036-6000 CHAPECÓ • Colégio Marista São Francisco - Rua Marechal F. Peixoto, 550L - Chapecó - SC - 89801-500 - (49) 3322-3332 CRICIÚMA • Colégio Marista de Criciúma - Rua Antonio de Lucca, 334 - Criciúma SC - 88811-503 - (48) 3437-9122 CURITIBA • Colégio Marista Paranaense - Rua Bispo Dom José, 2674 Seminário Curitiba - PR - 80440-080 - (41) 3016-2552
Ramos, Fábio S. Aparício, Guilherme F. Neto, Kely C. de Souza,
Colégio Marista Santa Maria - Rua Prof. Joaquim de M. Barreto, 98 - Curitiba - PR 82200-210 (41) 3074-2500
Luana M. D. dos Santos, Luiza B. Fleury, Mateus Vitor Tadioto,
goiânia • Colégio Marista de Goiânia - Avenida Oitenta e Cinco, n. 1440
Mayara A. Haudicho, Raquel A. Bortoloso, Renato M. Pereira,
St. Marista - Goiânia - GO - 74.160-010 - (62) 4009-5875
Samira D. Dutra, Tatiane Pereira
JARAGUÁ DO SUL • Colégio Marista São Luís - Rua Mal. Deodoro da Fonseca, 520 Centro - Jaraguá do Sul - SC - 89251-700 - (47) 3371-0313 JOAÇABA • Colégio Marista Frei Rogério - Rua Frei Rogério, 596 - Joaçaba - SC 89600-000 - (49) 3522-1144
Rua Imaculada Conceição, 1155 Prado Velho – Curitiba – PR Prédio Administrativo PUCPR – 8º andar CEP: 80215-901 Tel.: (41)3271-6500
LONDRINA • Colégio Marista de Londrina - Rua Maringá, 78 - Jardim dos Bancários - Londrina - PR - 86060-000 (43) 3374-3600 MARINGÁ • Colégio Marista de Maringá - Rua São Marcelino Champagnat, 130 Centro - Maringá - PR - 87010-430 - (44) 3220-4224 PONTA GROSSA • Colégio Marista Pio XII - Rua Rodrigues Alves, 701 - Jardim Carvalho - Ponta Grossa - PR 84015-440 - (42) 3224-0374
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RIBEIRÃO PRETO • Colégio Marista de Ribeirão Preto - Rua Bernardino de Campos, 550 - Higienopólis - Ribeirão Preto - SP - 14015-130 - Fone:(16) 3977-1400
Em Família | 9ª Edição | 1º Semestre 2012
SÃO PAULO • Colégio Marista Arquidiocesano - Rua Domingos de Moraes, 2565 Vila Mariana - São Paulo - SP - 04035-000 - (11) 5081-8444 Colégio Marista Nossa Senhora da Glória - Rua Justo Azambuja, 267 - Cambuci São Paulo - SP - 01518-000 - (11) 3207-5866
Capa: Teresa Bernadete Medina Ferreira, aluna do Colégio Marista Paranaense – Curitiba (PR) Foto: Pablo Contreras
Jornalista Responsável: Luís Fernando Carneiro / Registro Profissional MTB Nº 3712 | Diagramação: Clarice Fensterseifer e Maria Andrade | Publicidade: Ariane Rodrigues | R. Casemiro José Marques de Abreu, 706 – Ahú – Curitiba/PR – CEP: 82200-130 – Fone: (41) 3018-8805 | www.editoraruah.com.br | Quer anunciar? Entre em contato conosco pelo fone (41) 3018-8805 ou pelo site www.editoraruah.com.br Periodicidade da publicação: semestral Todos os direitos reservados. Todas as opiniões são de responsabilidade dos respectivos autores.
Primeira impressão
Um Desafio de Valor Por Ir. Paulinho Vogel
P
ermitam-me pais, alunos e professores fazerem-lhes uma constatação: o uso efetivo das tecnologias de informação e comunicação em minhas atividades profissionais e estudantis foi iniciado quando já contava com 21 anos de idade e com 25 passei a usar telefone celular. Todo o meu desenvolvimento físico, mental e espiritual já estava praticamente finalizado quando comecei a ter contato com as novas tecnologias da informação. Hoje fico impressionado, e encantado ao mesmo tempo, quando assisto à integração, quase que natural, dessas e outras novas tecnologias, no cotidiano da vida das crianças em plena fase de desenvolvimento. Outro dia meus dois sobrinhos de 3 anos de idade, falavam-se ao celular. Certamente esta constatação não é uma descoberta só minha e com certeza alguns devem estar mais preocupados e/ou impressionados. Mas a preocupação/encanto/surpresa aumenta na medida em que
nos damos conta das transformações que estão sendo operadas no comportamento de todas as pessoas, impactadas constantemente pelo, já nem tão novo, fenômeno chamado INTERNET (muitos afirmam que não vivem mais sem ele). A internet trouxe mais do que uma revolução tecnológica. A revolução comportamental, advinda da facilidade de comunicação entre as pessoas, cria uma nova percepção relacionada aos saberes, competências e habilidades e tantas outras aplicações das áreas do conhecimento humano. O que a internet proporcionou à humanidade é, sem dúvida, sem precedentes na sua história. A educação, nesse contexto, passa a ser não mais responsabilidade apenas da escola, mas uma tarefa natural da sociedade. Neste sentido, aprende-se em espaços formais, organizados pelo colégio, e em espaços informais que a internet proporciona: Orkut, Facebook, You-
Tube, MSN, em livros impressos e/ou digitais, na televisão, no cinema, no teatro. Aprende-se em todo lugar e de diversas formas, uma vez que se amplia o espaço pedagógico. Esses espaços ampliados de conhecimento possibilitam amplo acesso aos mais variados campos do conhecimento, e de todos os tipos de conhecimento. Mas, pode o aluno, em plena fase de desenvolvimento, ter a sabedoria necessária para verificar de que maneira irá utilizar o que aprender e se tal conhecimento vale à pena? Esse talvez seja o espaço de trabalho da instituição escolar quando, convicta dos valores a que se propõe, ensina e educa seus alunos oferecendo-lhes as condições necessárias para que optem pelos conhecimentos que agregarão valor às suas vidas. Uma boa leitura a todos, na certeza de que podemos nos educar cada vez mais e melhor, para a leitura crítica e atenta dos conhecimentos gerados pela humanidade.
Ir. Paulinho Vogel é Diretor Executivo da Rede Marista de Colégios
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Entrevista
A comunicação na era digital Especialista explica por que as redes sociais e a tecnologia podem ser, com cautela, bons aliados tanto para a educação como para os negócios
A
ndré Telles é pai de aluna Marista, publicitário e especialista em comunicação digital. Foi o primeiro brasileiro a publicar, em 2005, livro sobre marketing nas redes sociais, o “Orkut.com”. Em 2008, lançou o “Geração Digital” e depois “A Revolução das Mídias Sociais”. Acostumado a dar palestras em todo o Brasil sobre as novas tecnologias, nesta entrevista ele fala sobre a relação e os limites entre a era digital e a educação. André tem uma filha na terceira série do Marista e, segundo ele, ela adora jogar os aplicativos do iphone, além de praticar esportes e ser uma ótima aluna. Para ele, na era digital e entre tantos avanços e informações que recebemos diariamente, o segredo está no equilíbrio.
Por que você se interessou por se especializar na área digital? O que te chamou a atenção? Sempre fui um apaixonado por novas mídias, estratégias guerrilheiras de marketing e mídias alternativas. Quando percebi as redes sociais online como uma possibilidade de relacionamento entre consumidores e empresas, além da falta de atenção que se dava ao tema, decidi estudar o assunto e publicar meu primeiro livro sobre o tema, em 2005. Acredito que tenha cumprido a missão que me motivou, contribuindo para abrir um segmento de mercado até então pouco explorado e com poucos profissionais especializados. Hoje, temos cursos
de pós-graduação em marketing digital, um novo mercado para os profissionais de comunicação e as empresas já tem noção da importância de um trabalho profissional de Social Media Marketing nas diversas mídias sociais. Aqui no Brasil este desenvolvimento se diferencia dos outros países? Estamos entre os três países que mais acessam mídias sociais mundialmente. Dos 81,3 milhões de internautas brasileiros, 90% estão presentes em alguma mídia social. Sem dúvida, o brasileiro adora participar de mídias sociais, nossas características de interagir facilmente são transpostas para o mundo virtual.
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Entrevista
E a educação, como pode se beneficiar com a tecnologia? A aprendizagem é um ato fundamentalmente social. Nossa habilidade intrínseca para aprender em conjunto pode ser facilitada pelas tecnologias emergentes que estendem, alargam e aprofundam nosso alcance. As inovações tecnológicas permitem um novo tipo de ecossistema construído no conhecimento e com as pessoas na posição central. Os pais devem dar algum tipo de limite aos seus filhos? Quais? De que maneira? Acredito que tudo que é em exagero é prejudicial. As novas tecnologias podem ser potentes aliados na educação de crianças e adolescentes. Temos aplicativos para dispositivos mobile focados neste público, assim como temos à nossa disposição mecanismos de busca (Google) que substituíram as imensas enci-
clopédias do meu tempo de estudante. Quanto à questão de limite, cada família deve buscar informação sobre como orientar seus filhos para os riscos e benefícios que a internet e novas tecnologias podem proporcionar. Para onde estamos caminhando com a era digital? Surgirão cada vez mais inovações tecnológicas ligadas à geolocalização, realidade aumentada, vídeos e fotos. O compartilhamento destas informações será cada vez mais facilitado por meio dos dispositivos móveis, como tablets e smartphones. Quais são seus próximos projetos? Algum livro em vista? Sim, há um quarto livro para ser lançado em 2012. Atuo como consultor e professor em pós-graduações ligadas ao Marketing Digital, além de ser sócio da agência especializada em comunicação digital, a Mentes Digitais.
Cada família deve buscar informação sobre como orientar seus filhos para os riscos e benefícios que a internet e novas tecnologias podem proporcionar.
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Tudo a um toque Adolescentes e crianças nasceram com celulares, notebooks, tablets e uma infinidade de acessórios que sentem que tudo faz parte delas. Qual o limite desta interação? Por Sandra Solda
Adoro acompanhar blogs e sites sobre arquitetura. Adoro tecnologia, mas é preciso ter cuidado para que ela não atrapalhe os estudos e até mesmo o tempo que a gente tem para fazer outras coisas.
É
impossível imaginar, pelo menos para uma pessoa que tenha menos de vinte anos, uma vida sem tecnologia. Não estamos falando de televisão, rádio, eletrodomésticos, mas de computadores, celulares, notebooks, tablets e mais uma infinidade de coisas que a cada dia se multiplica e atrai pessoas de todas as idades. Os pais fazem parte do grupo dos “imigrantes digitais”, aquela geração que apesar de não nascer com esta tecnologia passou a usar e dominar tais equipamentos. Essa turma sempre terá uma certa resistência em algum ponto, algum resquício ou saudosismo de equipamentos – como o fax – que as crianças de hoje não sabem nem o que é. Afinal, elas nasceram em outro momento e utilizam a tecnologia e seus acessórios como uma extensão do seu corpo. E como fica este encontro de gerações? Como fica a situação em casa, na escola, na vida social? Para a Profª Drª Helena Sporleder Côrtes (Faculdade de Educação – PUCRS) a tecnologia como um conjunto de processos e produtos eletroeletrônicos, ágeis e acessíveis a uso, promove cada vez mais o conforto e a interação sociocultural da vida humana. “É parte integrante e indissociável do universo das crianças e adolescentes contemporâneos”, explica. Segundo ela, os chamados “nativos digitais” certamente desenvol-
veram novas formas de aprender, de pensar, de sentir e de perceber o mundo. “O maior desafio educacional dos nossos dias é, tanto em casa como na escola, formar crianças, adolescentes e jovens para que se tornem usuários críticos da tecnologia”, afirma a professora, que acredita que tudo isto está sendo criado pelo homem para seu conforto, para viver melhor e mais facilmente atingir seus objetivos; desde o instrumento mais simples, como um lápis e uma folha de papel, até o computador mais avançado. Para Helena, na essência, a tecnologia por si só não é boa ou má, isso dependo do uso que é feito dela. Educação e Tecnologia Há muita discussão hoje em dia sobre a tecnologia empregada na educação, em até onde ela auxilia, onde pode prejudicar, onde é essencial e como deve ser utilizada em sala de aula, em casa ou em atividades extracurriculares. O que todos concordam é que, por trás de toda tecnologia, deve ter uma boa equipe pedagógica. Caso contrário, ela se torna mais um meio que será inutilizado por não ser bem orientado por profissionais da educação.
Teresa Bernadete Medina Ferreira, Colégio Marista Paranaense – Curitiba (PR)
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“De acordo com estudos da neurociência, o cérebro estabelece conexões neuronais em frente à tela do computador ou videogame que se diferenciam das conexões que se dão ao escrever ou desenhar no papel. Estes dois tipos de conexão são essenciais para o desenvolvimento do indivíduo e, por isso, deve haver um equilíbrio entre os dois”, explica a supervisora educacional Viviane Marie Truda, da Província Marista do Rio Grande do Sul. Ela afirma também que, em virtude da velocidade de seu avanço, a tecnologia e o mundo digital devem ser vistos como ferramentas de apoio pedagógico e de comunicação, e não uma única condição básica para a educação. Por esta razão, os meios digitais precisam ser considerados meios importantes. É fundamental que os profissionais da educação estejam preparados para lidar com esta tecnologia e adaptar-se à nova realidade. “Se o professor não refletir regularmente sobre suas práticas, para, quando necessário, ajustá-las às necessidades e características do estudante de hoje, ou seja, à sua forma de pensar e de aprender, aumentará o fosso que separa essas gerações. É preciso saber lidar com estas diferenças e encontrar formas eficientes e interessantes de trabalhar em sala de aula”, ressalta Viviane. Por outro lado, os estudantes também precisam ser conscientes e aprender a usar com inteligência tudo
que recebem de inovação. “É um problema quando um estudante acredita que a tecnologia vai resolver todos os seus problemas. Por exemplo, quando ele , em vez de ler um livro, procura o resumo na internet e se dá por satisfeito com isso”, alerta a supervisora. Iniciação ao mundo digital Viviane explica que a criança, adolescente ou jovem, ao ficar na frente de um computador, celular, ou seja qual for o meio, deixa de fazer outras coisas, como brincar, correr, estar com os amigos, praticar esportes, o que é fundamental para a construção do indivíduo. Ela pula etapas. “Acho um problema sério uma criança de quatro ou cinco anos com um celular na mão”.
"É preciso saber lidar com estas diferenças e encontrar formas eficientes e interessantes de trabalhar os conteúdos de ensino." Por outro lado, a supervisora acredita que a tecnologia e a internet, bem utilizadas e na idade recomendada, complementam a educação e a vida e trazem informações rápidas nos ambientes cooperativos e interativos. As redes sociais aproximam as pessoas: muitos pais e filhos só trocam afetividade por
uma conversa online ou mesmo por email, coisas que não conseguem dizer pessoalmente. “A comunicação via internet deve ser só um complemento. As relações pessoais devem existir. As pessoas se comunicam com o mundo, mas não estão mais dialogando. Para tudo na vida existe um tempo e uma hora certa, e com a tecnologia também deve ser assim. O limite deve ser dado aos filhos, e os pais devem ficar atentos porque, principalmente a internet, é um espaço aberto para problemas, como o assédio moral, sexual, e outros crimes que vemos por aí”, pondera Viviane. Para Helena, as chamadas gerações X e Y, filhos diretos da renovação tecnológica que vem arrasando a forma de viver da sociedade atual, seguidamente comportam-se como dependentes desta tecnologia: não vivem mais sem o gadget da hora, passam o dia a enviar/receber mensagens de texto e a tuitar (que já virou um verbo), vivendo muito mais a vida virtual que a vida real. “Independente de uma reflexão mais aprofundada, que investigue os problemas de natureza psicológica e sociocultural que envolvem a questão, talvez o primeiro ponto a destacar seja a falta de limites que a família e a escola têm deixado de estabelecer, no que diz respeito às formas e aos momentos mais indicados para o uso destes artefatos”, enfatiza.
Para mim a internet é como um mundo à parte, onde encontro jogos e uma série de coisas que gosto. Por outro lado, é onde encontro muitas informações que preciso para estudar e conversar com meus amigos. João Francisco Montiel Soares, 11 anos, Colégio Marista Paranaense – Curitiba (PR)
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Mercado promissor É um caminho que não há volta: a cada dia teremos mais avanços, e isto é fato. Os fabricantes estão cada vez mais apressados em lançar seus produtos ou serviços, assim como os consumidores também estão ávidos por comprar – muitos passam horas e dias em filas para serem os primeiros a ter tal produto e pagam mais caro por isso. É inerente ao ser humano, não adianta querer ignorar, pois isto acontece em todos os setores, em todas as áreas e não só na tecnológica. Uma análise do comportamento de mercado é objeto de estudo de economistas e hoje, mesmo os leigos, são capazes de perceber que as novas ferramentas tecnológicas são responsáveis por um volume enorme de vendas, todos objetos de desejo de consumo dessa geração de adolescentes e crianças.
Isso é muito claro: o Brasil possui hoje mais celulares ativos que seu número de habitantes. Outra informação importante é que o poder aquisitivo das classes mais populares aumentou, que agora têm mais acesso a televisores, notebooks, tablets, mp4, demonstrando que é um mercado cada vez mais promissor.
Como o caminho é este e o avanço deve ser cada vez mais rápido, é fundamental que todos pensem que devem fazer da tecnologia uma aliada, e não ficar dependente dela. Usá-la para estreitar laços, sejam de amizade, profissionais, familiares, e nunca substituir as relações reais pelas virtuais. Não trocar um passeio, uma viagem, uma brincadeira ou conversa por uma atividade online. Tecnologia também é aprendizado, entretenimento e comunicação, mas viver a vida real com pessoas ao lado é muito melhor e mais importante.
A força das redes sociais Os espaços digitais e as redes sociais, se bem utilizadas, tornam-se grandes aliados na comunicação com os jovens. Qualquer empresa, organização ou instituição precisa, basicamente, ter no mínimo um site para começar a relação. Mas só isso não basta, é apenas uma vitrine. Segundo Bruno Bonamigo, analista de Comunicação do Grupo Marista, foi criado, em 2009, um twitter para a comunicação com os estudantes. No ano seguinte foram mais além e criaram uma página no Facebook. “Apenas o site não atraía mais, era muito estático, precisávamos ter uma interação, estar mais próximos dos alunos”, diz. A entrada nas redes sociais foi um sucesso, atingiu muito mais os estudantes, que passaram a usar também como um Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). Inicialmente foram priorizados o Ensino Fundamental 2 e o Médio, que abrangem estudantes de 11 a 17 anos. “Precisamos sempre nos adaptar à nova realidade, sempre implementando tecnologias que nos aproximem do nosso público, além de ser imprescindível que agreguem conteúdo sempre aliado à área pedagógica”, explica Bruno.
“Gosto muito de ver vídeos, escutar música, usar os aplicativos do iTunes e, principalmente, usar as redes sociais, como o Facebook, o Twitter, o Skype e o Instagram. Atualmente estou me conectando muito mais pelo iPhone, mas também utilizo o meu computador e o Ipad da família. Eu conseguiria ficar sem a internet, mas seria muito difícil. Há um tempo, não conseguia passar muitas horas sem conferir as atualizações do Facebook, sem tuitar ou postar imagens no Instagram. No final do ano passado, percebi que minha diversão tinha se tornado uma obsessão e tomei uma atitude. De lá para cá, só entro na internet quando realmente tenho tempo, ou quando preciso tirar dúvidas e realizar trabalhos.” Nicole Dupont, 13 anos, Colégio Marista Pio XII – Novo Hamburgo (RS)
“Uso a internet pelo notebook, cerca de 2 a 3 horas por dia, durante a semana. Já nos finais de semana, chego a usar mais, de 4, chegando até 7 horas diárias. Não me considero ‘viciada’ e consigo passar alguns dias tranquilamente sem acesso à internet. Acesso as redes sociais (Orkut e Facebook), jogos online e sites de busca para pesquisas, como o Google e Wikipédia. Acho muito boa toda esta tecnologia pelo fato de poder fazer qualquer pesquisa sem necessariamente recorrer a livros. Aproveito também para conversar e ficar mais perto dos meus amigos e da minha família. O que eu mais gosto é conversar com amigos via Facebook e MSN, brincar e fazer pesquisas.” Isabella Decesaro, 11 anos, Colégio Marista Santa Maria – Santa Maria (RS)
“Eu uso notebook, PSP (Playstation Portable) e celular todos os dias. Ainda não tenho iPad, mas espero ganhar no ano que vem. Acho legal por poder baixar mais jogos; é um celular maior e mais moderno. Primeiro uso a internet para ver o Facebook e jogar, além das pesquisas do colégio. Não consigo ficar sem a tecnologia. Quando viajei nas férias, não fiquei um dia sem o PSP. Cheguei a ir numa lanhouse e acessar a internet pelo celular do meu pai para saber o que estava acontecendo. Por outro lado, muitas vezes meu pai reclama: vai ler um livro! Como eu também gosto muito de ler, desconecto do mundo virtual e vou ler.” Alexandre Schawantes Brião, 9 anos, Colégio Marista Rosário – Porto Alegre (RS)
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Dia a dia
Use com moderação Família conta como dosar bem a internet para os filhos e criar um ambiente de interação, segurança e confiança
U
m dos desafios que intriga pais, mães e educadores hoje em dia são os limites que devem ser dados ao uso da internet às crianças e aos adolescentes. Sabemos que não é possível simplesmente proibir, uma vez que a maioria das crianças já nasce falando essa língua. A questão é que é preciso que não façam disso um hábito que não seja saudável, ou mesmo que deixem de fazer outras atividades necessárias para uma boa formação. Por um lado, a internet traz um mundo novo, com pesquisas que são necessárias para o estudo, a comunicação com amigos via chat, a interação nas redes sociais, que pode completar e reforçar algumas amizades já existentes, ou ainda o entretenimento, com jogos que desafiam a memória, estratégia, concentração e outras habilidades positivas, além de trazerem diversão e alegria. Ao mesmo tempo, essa mesma tecnologia pode trazer inúmeros problemas se não for devidamente utilizada. Desde downloads impróprios, que estragam o computador, até sérios casos de pedofilia online, invasão de privacidade, enfim, diversos problemas que já existem na vida real são aumentados na internet devido à possibilidade do anonimato que o mundo virtual permite. Rogerson Luiz de Rossi, pai de dois adolescentes - Fábio, de 13 anos e Alexander de 9 - encontrou um
método simples de proteger a família e, ao mesmo tempo, não deixar os filhos fora desta realidade online que hoje não há volta. “O segredo é criar uma disciplina com responsabilidade. Desenvolvemos uma rotina que deve ser respeitada, o que dá segurança aos meus filhos”, conta.
Regras Em Londrina (PR), na casa de Rogerson e Iris, a mãe, há um ambiente certo para o uso da internet. É um cômodo com dois computadores, que não devem ser retirados de lá. Os filhos têm o acesso ao mundo virtual limitado e, segundo Rogerson, não criam problemas por causa disso. “Eles podem utilizar ao chegar da escola até o horário do almoço, por mais ou menos meia hora, e no fim do dia, depois de feitas as atividades escolares, por mais uma hora”, explica. Aos sábados e domingos, eles acessam a internet por mais uma hora por dia, a regra é clara. “Acreditamos que eles não precisem de mais tempo no computador. Por outro lado, estimulamos e participamos de outros tipos de entretenimento com nossos filhos, dentro e fora de casa, como jogos, conversa, leitura e atividades ao ar livre” comenta Rogerson. “A internet é uma porta aberta para a entrada na nossa casa e na nossa vida. Faço esta comparação com a porta de
casa para que eles entendam que é perigoso deixá-la aberta. Assim como no mundo real, pode acontecer de tudo. Existem inúmeras situações desagradáveis que podem existir e converso abertamente com eles sobre todos os riscos da rede”, pondera.
Exemplo Os filhos de Rogerson e Iris usam mais o computador ou a internet para pesquisas ou jogos. Fábio tem Facebook e e-mail, porém Alexander não está conectado desta maneira, já que os pais acham que ainda não é o momento. Da mesma maneira como ensinam, os pais utilizam a internet apenas para algumas pesquisas ou conversas, muito raras, para trabalho ou com amigos que já conhecem e confiam. Segundo Rogerson e Iris, o segredo da boa convivência com o mundo on-line é resultado de uma boa educação, muita conversa, bons exemplos e amor incondicional que sentem pelos filhos. “É muito importante a consciência que devemos ter da nossa responsabilidade em educar em todos os sentidos: moral, intelectual, espiritual, afetivo, etc. Estamos tentando e até hoje este modelo tem dado certo”. E a família Rossi encontrou um caminho para os limites e necessidades dos filhos que está agradando a todos da casa.
ê o exemplo a seu filho. Em qualquer D sentido da vida, em qualquer área. Ele, seguramente, irá seguir e repetir o que aprendeu e está acostumado a observar. Tenha uma relação de confiança e esteja sempre na vida de seus filhos, desde muito pequenos.
Como usar
Saiba o que ele está fazendo, participe, não tenha medo de perguntar diretamente a ele o que precisa saber.
Confira as dicas da
Converse sobre os perigos que existem no mundo virtual.
uma utilização saudável
Responda claramente sempre o que seus filhos perguntam.
família De Rossi para da internet
Oriente seus filhos a não conversarem com estranhos na internet, assim como na rua, no shopping ou em qualquer outro lugar.
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Olhar
Todos curtem Facebook tem 845 milhões de usuários no mundo, mas é preciso saber usar Por Sandra Solda
H
oje não há quem não comente, curta ou discuta assuntos via Facebook. Novos amigos são feitos e os antigos são reencontrados, compartilham-se fotos, mensagens, textos, ideias ou mesmo o que se está pensando no momento ou em qual lugar se está. É impossível ficar de fora desta grande rede. Ela está disponível em mais de 70 línguas e, apenas no Brasil, são mais de 30 milhões de usuários ativos. Todos os dias, 483 milhões de pessoas se conectam e, quase metade delas, pelo celular. A atividade mais popular na rede é o
compartilhamento de fotos, o que chega a 250 milhões por dia. Ao mesmo tempo em que é uma ferramenta para entretenimento, pode ser uma porta aberta para qualquer tipo de crime ou violência. É necessário que adultos e crianças fiquem sempre atentos ao utilizar esta rede, e que os pais tenham uma conversa aberta e sincera sobre o assunto com os filhos. Ao lado algumas orientações e dicas para os pais, sugestões de como devem se comunicar com os filhos que estão cada vez mais online e conectados ao Facebook.
Não basta ser pai, é preciso acompanhar • Pode ser difícil acompanhar a tecnologia. Não tenha medo de pedir que seu filho esclareça suas dúvidas. • Caso você ainda não use o Facebook, considere registrar-se. Assim, você poderá entender como ele funciona! • Crie um grupo do Facebook para a sua família para que você tenha um espaço privado para compartilhar fotos e manter contato. • Ensine aos seus adolescentes as noções básicas de segurança online para que eles possam manter seus perfis do Facebook (e outras contas online) privados e seguros.
Como falar com seu adolescente • Você acha que consegue conversar comigo sobre problemas na escola ou online? • Ajude-me a entender por que o Facebook é importante para você. • Você pode me ajudar a criar um perfil do Facebook? • Quem são seus amigos no Facebook? • Quero ser seu amigo no Facebook. Você concorda? O que faria você concordar?
Fonte: Assessoria de imprensa Facebook Brasil
Um novo mundo Ao longo de toda esta edição da sua revista EM FAMÍLIA
utilizadas para complementar uma educação de verdade,
apresentamos discussões sobre as novas tecnologias a
fundamentada em valores éticos, morais e cristãos. Nas
serviço da Educação. Como sempre, educadores, alunos
próximas páginas você encontra as histórias, personagens,
e famílias devem compor um trio em perfeita sintonia
projetos e ideias do Colégio Marista de Criciúma. Fique por
para que a internet e todas as suas possibilidades sejam
dentro deste novo mundo em que seu filho vive.
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Com a palavra
Ingrid Roussenq Fortunato Martins
- Diretora Educacional
Estreitando relações A
filosofia marista traz, em seu conceito, uma educação voltada à integralidade, na qual o educando é formado para a vida, incentivando suas potencialidades sem deixar de respeitar suas necessidades e escolhas. Olhar o indivíduo em sua interdimensionalidade, como faz nossa escola, é valorizar as diferentes dimensões que compõem os sujeitos. Para que os resultados acadêmicos de nossos alunos continuem excelentes, como no ano de 2011, é necessário que consideremos os aspectos pessoais e sociais de nossas crianças e jovens. A proposta do olhar na perspectiva pessoal e social, não exclui a acadêmica. Continuamos no ano de 2012, olhando os indivíduos em sua subjetividade, mas intensificando suas metas estudantis. Ressaltamos, por meio das aulas, tarefas e avaliações, o lema que já não é mais de propriedade apenas do prof. Pier, mas nosso também: “Aula dada, aula estudada, hoje!”. Esse foco nos possibilitará o alcance
das metas propostas para os exames externos. Nossos educadores têm trabalhado incansavelmente na busca de resultados cada vez melhores. Assumimos a responsabilidade de formação de alunos comunicadores, pesquisadores e solidários, fundamentados na tríade: escola, família e aluno. Nossas formações continuadas, bem como as palestras oferecidas aos pais e responsáveis não se desviarão de nossa missão que é “comprometer-se com a ação eficaz na educação de crianças e jovens garantindo a preparação para a vida e a realização profissional de acordo com a proposta educativa Marista.” Nosso fundador sempre esteve à frente do seu tempo e nos deixou o legado de estarmos atentos às mudanças e novidades, as quais podemos aproveitar no ato educativo. As redes sociais são um exemplo, hoje, de como é possível intensificar a comunicação entre os sujeitos, tanto na forma síncrona como assíncrona. Cabe aos educadores desses jovens, família
e escola, utilizarem essa ferramenta para o estreitamento das relações, tornando a comunicação mais fluida e transparente. As tecnologias são excelentes formas de ensinar a pesquisa, criando uma via de mão dupla, onde adultos, jovens e crianças aprendem uns com os outros. Geração X, Y e Z aproveitando o choque de suas potencialidades para fazer o que Freire sabiamente anunciava: “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo. Os homens se educam uns aos outros, mediatizados pelo mundo.”
As tecnologias são excelentes formas de ensinar a pesquisa, criando uma via de mão dupla, aonde adultos, jovens e crianças
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Educa�
Educação Infantil
Projeto Arte Animal Projeto dos 1ºs anos promove a consciência ambiental por meio da integração entre as linguagens plásticas e a linguagem do espaço social e natural Por Tânia Fabris
H
á três anos, os alunos dos 1ºs anos do Fundamental I do Colégio Marista, em parceria com o Museu de Zoologia Morgana C. Gaidzinski da UNESC (Universidade do Extremo Sul Catarinense) participam do projeto “Arte Animal”. O projeto tem como objetivo promover a consciência ambiental por meio da integração entre as linguagens plásticas e a linguagem do espaço social e natural, criando possibilidades de concretizar as dimensões da criação, da investigação, da acolhida e relações solidárias, da consciência planetária e da religiosidade, pois elas funcionam como fios condutores, ou seja, as dimensões guiam, orientam, apontam as possibilidades e as perspectivas da prática pedagógica da Ed. Infantil e dos 1ºs anos do Ens. Fundamental I. No ano de 2009,o tema do projeto em que as crianças participaram foi “Animais Marinhos”. em 2010, “Animais da Mata Atlântica” e, em 2011, “Animais ameaçados de extinção”.
Nos três anos, o projeto iniciou com a visita das crianças ao Museu, onde aconteceram as primeiras reflexões sobre o meio ambiente e suas problemáticas no mundo atual, despertando nelas a capacidade de observar, refletir, perguntar, levantar hipóteses e investigar, o que originou o surgimento de diferentes estratégias de investigação, envolvendo as três turmas participantes. Muitas atividades, nas mais variadas linguagens, foram realizadas pelos alunos para investigar as hipóteses levantadas no projeto. Nos três anos dessa parceria, a socialização das aprendizagens dos alunos, aconteceu na Universidade, momento de conclusão do projeto, onde estavam presentes o reitor, o coordenador do curso de Biologia, a coordenadora do Museu e a comunidade Marista, representada pela direção geral, educacional, coordenação pedagógica, alunos, pais e convidados, os quais apreciaram as apresen-
tações e obras artísticas realizadas pelos alunos e, o mais importante, o apelo das crianças para a consciência planetária. O resultado do trabalho pode ser observado por meio do aumento da consciência ambiental e da adoção de novas atitudes pelas crianças, pelos professores, pelos familiares em relação ao meio ambiente. Ressaltamos que o sucesso do projeto acontece porque a imagem da criança assumida pela Ed. Infantil Marista é de que ela é capaz de produzir ideias e culturas, de desenvolver sentimentos que serão válidos por toda a vida e que aprende interagindo com seu ambiente e transformando ativamente seus relacionamentos com o mundo. Propor situações de aprendizagens significativas em que a investigação, a criatividade e a criação, tanto por parte das crianças quanto da professora, sejam entendidas como meios para otimizar a problematização da realidade, faz com
que os projetos que os envolvem, tornem-se meios de ampliar seus conhecimentos e refletirem sobre o mundo que os cercam. Em decorrência do sucesso do projeto realizado, em 2011, “Animais ameaçados de extinção”, pelas crianças do 1º anos do Colégio Marista de Criciúma, tendo como mediadoras as professoras Tânia Fábris, Irecê da Luz e Sorahia Nandi, o Museu de Zoologia Morgana C. Gaidzinski da UNESC obteve a premiação Darcy Ribeiro de Educação 2011, promovida pelo IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus), que tem como finalidade premiar as ações e práticas educativas nos museus brasileiros. A parceria Colégio Marista e Museu de Zoologia da UNESC continua em 2012, levando em conta a relevância desse trabalho no contexto escolar, social, cultural e museológico. Tânia Fábris é professora do 1º ano do Ens. Fundamental
O Museu, localizado no campus da UNESC, possui um acervo com animais taxidermizados (empalhados) e estão expostos em ambientes que reproduzem as mesmas características de seus habitats, o que fornece aos visitantes importantes informações sobre a história natural deles. Um dos acervos que chama muito a atenção das crianças é a dos “Animais da Mata Atlântica”, pois é possível ouvir sons característicos e visualizar espécies representativas, tais como a onça pintada, macacos-pregos, jacarés, tamanduás, entre outros. No acervo “Ecossistema Marinho”, destacam-se os pinguins, golfinhos, lobos-marinhos, tartarugas, e baleias. Esses animais são doados pela Polícia Ambiental e pela comunidade em geral, vítimas de caça ilegal, envenenamento por agroquímicos, atropelamentos e encalhes. No museu, esses animais são conservados por meio da técnica de taxidermia, tornando-se importantes instrumentos de educação ambiental, informando direta e indiretamente o público visitante sobre o papel da fauna nos ecosssistemas e a necessidade de sua preservação.
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Ser melhor
Saúde, um direito de todos A CF 2012 nos convida a sermos o rosto de Jesus perante às dificuldades encontradas no Sistema de Saúde Pública Por Marcio Alexandre Wecker
A
tualmente, vivemos em um contexto social, no qual, cada vez mais, busca-se e preocupa-se em ter uma estética perfeita e delineada, não em um âmbito, frequentemente, de vida saudável, mas sim de uma perfeição que, na ótica de alguns, restringe-se apenas a sua aparência física. Muitas vezes, essa visão de perfeição faz com que as pessoas se tornem, involuntariamente, prisioneiras do que a mídia impõe. Anualmente, é realizada pela Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil, a Campanha da Fraternidade que tem por seu principal objetivo despertar a solidariedade dos seus fiéis e da coletividade, frente a um problema concreto, que envolve a sociedade brasileira, para assim encontrar formas para a sua solução. Para a mesma, é escolhido um tema e um lema, os quais buscam deliberar a realidade palpável a ser transformada e por qual direção isso se dará. Ao mesmo tempo em que existem “ilusões” de soluções para uma vida saudável, existem formas concretas
e confiáveis para se obter uma boa qualidade de vida. Temos um enorme leque de informações em nosso cotidiano. Quando falamos em “bem estar” ou em ter-se uma “boa qualidade de vida”, muitas vezes não nos damos conta da amplitude desses termos. Nossos pensamentos baseiam-se apenas em consumir alimentos naturais, práticas de atividades físicas, as quais julgamos ser necessárias para validar nosso direito à saúde e, raramente, algum exercício neurológico. Ocasionalmente, não levamos em conta, que somos seres bio-psico-sociais inseridos em uma cultura na qual é necessário termos uma espiritualidade que nos conduza e nos dê um real sentido para nossa vida. Já dizia o Evangelho: “Jesus percorria toda a Galileia, ensinando nas sinagogas deles, anunciando a Boa Nova do Reino e curando toda espécie de doença e enfermidade do povo” (MT 4,23). Nesse sentido, a CF 2012 nos convida a sermos o rosto de Jesus perante às dificuldades encontradas no Sistema
de Saúde Pública. A mobilização dos educadores, colaboradores e alunos do Colégio Marista Criciúma, em relação aos problemas da saúde pública, acontecerá nos momentos em que cada educador irá abordar, de forma sistematizada e dinâmica, os fatores e conceitos de saúde pública, bem estar, boa alimentação, prevenção de doenças, entre outros. Durante o ano, serão realizadas palestras, visitas a órgãos públicos afins e a reflexão diária sobre a nossa saúde, pois esta consiste em ser um direito e, ao mesmo tempo, um dever de todos. Precisamos ter consciência de que não somente os órgãos públicos necessitam dispor de mais recursos para essa área, como também, de que cada um de nós sinta-se parte e corresponsável por melhorias, apontando assim os caminhos para a solução.Tornar-se mais conhecedor das próprias limitações e lembrar-se de que não é possível separar o corpo da alma, é o início desta caminhada. Marcio Alexandre Wecker é Agente de Pastoral
Destaque
Natação de ouro A
equipe de natação Marista surpreendeu em 2011 com 425 medalhas conquistadas em campeonatos regionais, estaduais, sul brasileiro e brasileiro, consagrando o Colégio como o melhor clube de natação de Santa Catarina. O destaque fica para Fátima, oriunda do projeto social Natação na Escola - Aprendendo com Segurança e Descobrindo Talentos para o Esporte. Sua garra chamou a atenção de Carlos, treinador da equipe. A atleta de quinze anos ganhou 31 medalhas, tornando-se exemplo de superação ao ser vice-campeã brasileira em Vitória/ES na prova de 50m livre: “Fiz essa prova depois de dez provas de outros campeonatos. Estava cansada, mas tentei. Quando terminei, nem tive coragem para olhar no placar! Foi a surpresa: fiquei em 2º lugar!”
Fátima é a primeira mulher na categoria juvenil a conquistar uma medalha de prata para o Colégio Marista de Criciúma em evento nacional. “Ela desenvolveu seu talento e aprendeu a ser líder. Hoje inspira outras pessoas a fazer o mesmo”, relata Carlos. “Quero agradecer ao Carlos pela paciência e por acreditar em mim; a meus pais que sempre me apoiaram. Peço aos colegas que não desistam de seus sonhos! Ao colégio agradeço pelo apoio nos estudos e o projeto social. Existem crianças que não sabem o que fazer da vida. Por meio do projeto não sei mais o que fazer sem os treinos de natação”, revela a atleta. Fátima é aluna da 2ª série do Ensino Médio. Deseja fazer graduação em Arquitetura e Urbanismo. Em 2012, pretende treinar para conquistar índice para as olimpíadas.
Show no futsal D
esde 2010 no Marista, a escolinha Criciúma Futsal é oferecida no contraturno escolar das crianças de 5 a 11 anos, visando sempre a integração entre alunos e o bom relacionamento, conjugando tudo isto as regras e ensino básicos da categoria de futsal e buscando alegria e desenvolvimento coordenativo, tanto quanto educação e respeito às regras ali impostas. No núcleo do Colégio Marista, são atendidas cerca de 60 crianças e já foram alcançados
grandes resultados: 1º ligar na Copa LAC, categoria sub nove, em 2010 e 4º lugar em 2011. Na categoria sub onze, o time de futsal conquistou o 1º lugar na Copa LAC e, com esta mesma equipe, apesar de ser uma base de atletas com dez anos, ficaram em 16º no Campeonato Estadual de Futsal. Para o ano de 2012, as expectativas são grandes, tanto na escolinha como no rendimento dos atletas. Há algumas competições em vista e com certeza faremos grandes campanhas.
Gustavo Teixeira, professor e coordenador técnico Sandro H. Cardoso, coordenador geral
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Caleidoscópi�
Café com Terceirão 2011, realizado esse ano, em homenagem aos resultados no vestibulares
Iniciando 2012 com a benção do Bispo Diocesano, Dom Jacinto Flach
Finalizando o Projeto Infância, os alunos dos 5ºs anos fizeram uma emocionante apresentação dos Direitos e Deveres das Crianças
Ficou para a história, o Livro dos 50 anos da presença Marista em Criciúma
Educadores Maristas na CAMAR 2012 – (Caminhada Marista)
Para recordar, a comemoração dos 9ºs anos 2011
Formatura do Terceirão 2011, ano do Cinquentenário Marista
Uma belíssima exposição de fotos de natureza clicadas pelos alunos do 2º ano
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Diz aí
E a vida, como vai? Qual a importância da família, da escola, da religião na sua vida e na sua felicidade?
Em casa, a criança experimenta o primeiro contato social de sua vida, convivendo com seus familiares, que - ao longo de sua jornada - lhe dão carinho, orientação, exemplos e toda atenção que é preciso. O colégio prepara os jovens para a vida e é também o lugar em que conquistamos incontáveis amigos que, com a convivência diária, laços quase inquebráveis se formam, tornando-os - praticamente - “irmãos” e “irmãs” uns dos outros. A família e a escola são pontos de apoio e base para o ser humano, marcando-o permanentemente com a sua existência. A junção entre esses dois pilares vitais precisa ser cada vez maior, afinal, quanto melhor for essa parceria, consequentemente mais positivos serão os resultados na formação dos indivíduos que formam a sociedade.
Nós vivemos a vida tendo que fazer escolhas, muitas delas difíceis e que não estamos preparados para tomá-las. Mas sempre teremos nossa família para nos amparar e parabenizar. A família é o principal fator que nos auxilia em toda a vida, pois são nossos pais que nos deram, lá na juventude, o exemplo de como viver a vida e agir diante de situações adversas. Eles que nos formaram e nos deram o caráter, então, sempre que puderes, abrace e beije seus pais, agradecendo o que eles fizeram por ti. Lembre-se, também, da escola que te deu o conhecimento científico e que te ensinou a usá-lo.
A família é o núcleo mais importante de nossas vidas. Dentro dela somos aceitos independente de nossas características ou atitudes, somos respeitados e amados de um jeito único. Nunca seríamos capazes de abandonar ou esquecer nossos pais, pois sem eles você não teria existido. Você pode reclamar deles por não terem o deixado ir a algum lugar ou sair de casa, eles fizeram isto para o seu bem, porque eles querem te proteger, querem estar junto de você. Não é a toa que eles te ensinaram a amar, respeitar, ser educado, forte, corajoso e compreender seus erros para tentar de novo. Aproveite sua família, ela é o bem mais precioso que você tem.
Luiza Zanette
Yago Petry Bueno
Victor Pelegrim
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Educa�
Ensino Fundamental
Conexões perigosas Os desafios que vêm com a tecnologia não podem ser deixados de lado
C
ada vez mais poderoso em recursos, velocidade, programas e comunicação, o computador nos permite pesquisar, simular situações, testar conhecimentos, descobrir novos conceitos, lugares, ideias. Produzir novos textos, experiências. As possibilidades vão desde observar algo pronto, apoiar-se em algo iniciado ou criar algo diferente, sozinho ou com os colegas. Em rede, o computador se transforma em um grande meio de comunicação, ultrapassando a casa de mais de dois bilhões de usuários no mundo. No Marista, as tecnologias são escolhidas como forma de apoiar estratégias pedagógicas e intervir adequadamente no aprendizado dos alunos. Os espaços interativos oferecidos são grandes aliados no processo de ensino aprendizagem. Ao se conectar
à internet, nosso aluno entra em contato com uma grande quantidade de informações dispostas das mais variadas formas - blogs, infográficos, jornais, enciclopédias livres – e a mediação pedagógica torna-se fundamental para que o educando saiba lidar com os dados, o que significa utilizá-los de tal forma que possamos transformá-los em conhecimento e oportunidades de melhoria de vida. Nossos professores induzem os alunos à pesquisa e à elaboração própria, propondo desafios, estimulando a colaboração na resolução de problemas e incentivando o uso de diferentes recursos tecnológicos. Existem muitos recursos em termos de linguagem e riqueza de materiais na rede. Mas é preciso fazer uma seleção adequada. Ao verificar um site para finalidade educacional, por exem-
plo, devemos verificar o nome do mesmo, a autoria, a data da publicação, o objetivo e o conteúdo das informações que estão publicadas, para quem foi desenvolvido (público alvo), os recursos de pesquisa oferecidos e os demais serviços disponíveis. Só assim garantiremos qualidade na pesquisa e produção de conhecimento. Outros recursos disponibilizados pela rede são os sites de comunicação, que podem ser as salas de bate papo, fóruns de discussão, e-mails e as redes sociais – Facebook, Orkut e Twitter, entre outras. As redes sociais são a tendência da comunicação, e, em tempo real, milhares de informações são compartilhadas. Entre professores e alunos Maristas, esse contato virtual favorece as trocas, várias dúvidas podem ser resolvidas e os desafios são lançados.
Karin Patrícia Reis, Coordenadora Psicopedagógica Ens. Fundamental II e Médio.
Aqui pode ser o lugar onde as relações humanas, a vivência e a troca de experiências se desenvolvem naturalmente e fazem parte do dia-a-dia daqueles que nela se encontram. Porém, apesar da internet ser uma grande aliada para ampliar o conhecimento, pode também trazer problemas para sua família. A violência virtual, chamada de Cyberbullying, consiste em mensagens com imagens e comentários depreciativos que se alastram rapidamente e tornam o bullying ainda mais perverso. Essa prática realizada através das redes de comunicação e que busca humilhar e ridicularizar os alunos, pessoas desconhecidas e também professores vêm aumentando a cada dia e os meios utilizados para discriminar e difamar são as comunidades, e-mails, torpedos, blogs e fotologs e os autores são incapazes de se identificar, de assumir aquilo que fazem.
Proteja sua família Estipule horários, sempre examine o que seu filho(a) faz e com quem anda, ensine seus filhos a fazerem o uso responsável dos recursos on-line, conheça os amigos que ele faz pela internet, ensine-os a não fornecer informações pessoais e estabeleça regras. Uma ótima opção também, além de navegar um tempo com a criança, é de instalar o computador em uma área da casa onde a família circule. Essas são algumas dicas para ensinar seu filho(a) a aproveitar o que de melhor tem na internet.
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Educa�
Ensino Médio
“Oi tio, me add?” É
com essa frase que a garotada me convida a fazer parte de suas redes sociais. Redes essas que são recheadas de assuntos escolares, já que boa parte dos “contatos” são colegas de escola e os temas mais comentados são relativos à rotina estudantil. Só para constar, não sou tão velho assim para ser chamado de tio, mas gosto do sentido carinhoso da palavra. Só espero que, ao ficar velho, eu não sofra muito com perdas de memória... do que eu estava falando mesmo? “No meu tempo...” Quando eu inicio uma fala com essa frase, a garotada fica louca, pois sabe que lá vem “papo de gente velha”. E quem frequenta as redes sociais já cansou das comparações de épocas. Quer dizer que para ter tido uma infância decente eu teria de ter ajudado o Goku a fazer o Genki-Dama? Ou ter jogado bola descalço na rua? Ter trollado os vizinhos tocando a campainha e fugindo? I don’t think so. We’re different, that’s all. A comparação que para mim é pertinente é a do relacionamento professor X aluno lá “no meu tempo” de estudante e agora “no meu tempo” de professor. Frequentei escola pública a vida toda e lembro que o professor era autoridade máxima, não se via aluno conversar com professor nos corredores da escola. Levantar o dedo em sala era desafio para poucos. Tal clima era ótimo para a disciplina, mas pouco colaborava para criar alunos independentes com senso crítico-construtivo. E a Internet (Goo-
gle, anyone?) veio como um divisor de águas, criando, por que não, o que chamo de “escola 2.0”. O papel do educador Marista vai além do simples “encher o quadro com matéria”. Isso era coisa do “meu tempo” de estudante. Com alunos que vivem conectados ao mundo pela Internet, não é tarefa fácil trazer alguma novidade para a sala de aula. O grande desafio do professor de hoje é guiar o aluno neste mar de conhecimento que ele agora tem à sua disposição ao clique do mouse, tirando-os da tentação do “ctrl C + ctrl V”. E antigamente, #comofas? Quem tinha Barsa era o rei do bairro. Não sabe o que é uma Barsa? Pergunte para um “tio” or simply Google it. As redes sociais colaboram com este novo papel do professor facilitador, estreitando os laços de amizade, respeito, confiança e colaborando com a intermediação de conhecimento. Responder um simples “oi” de um aluno pode parecer algo trivial, mas
entendo que é como sorrir para um conhecido que passa na rua. Ser ignorado é muito chato. Não quer dizer que o professor tenha de passar suas horas de folga atendendo alunos no Facebook, mas responder um “oi” antes de pedir licença e sair não mata ninguém. O professor conectado ainda aproveita o espaço virtual para falar das novidades de sua área, tendo em seu Facebook / Twitter uma central acessada pelos alunos para saberem de antemão os assuntos que serão abordados em classe, especialmente dicas de sites e recursos para o aprendizado independente. O professor que se posiciona como provedor de conteúdo de qualidade nas redes sociais colabora com o aprendizado de todos que o leem / follow, até aquele aluno que deu aquela cochilada na aula. E você, já me add? Follow me on Twitter, Facebook or Orkut. É só procurar pelo meu nome completo. Garanto conteúdo de qualidade com bom humor!
Kleber dos Santos Danielski – Professor de Língua Inglesa
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Gente noss�
Sempre Marista Bom saber que os valores e a responsabilidade para com a formação do aluno continuam os mesmos Por Ingrid Nagel Backes
A
adolescência costuma ser responsável pelas melhores lembranças. Nessa idade, o sentimento de amizade é muito forte, as preocupações são atenuadas e a incerteza, constante. Foi justamente nessa época da minha vida que estudei no Marista. Todas essas lembranças, para mim, são ligadas ao ambiente do colégio ou a algumas das pessoas a ele vinculadas que influenciaram no meu crescimento pessoal e intelectual. Sempre que entro no Colégio, inesquecíveis lembranças me vêm à mente de imediato. Da mesma forma que quando nos encontros entre amigos passamos a lembrar a época em que lá estudamos. Além de termos eternizado amizades construídas ou fortalecidas naquele período, aprendemos e crescemos como pessoas no ambiente Marista. Por isso, quero me referir não só ao colégio em si, mas a todas as pessoas que lá desempenhavam e desempe-
nham suas funções e que marcaram nossas vidas com ensinamentos. Jamais esqueceremos o diretor da época, Gervásio Oesckler; de Valentin Fernandes; o sempre simpático, mas não menos exigente, Cardoso, que sempre nos recebia com muito carinho; e tantos professores que se preocupavam com nossa formação. Era a nossa segunda família, a Marista, completando o trabalho de formação pessoal e de caráter que recebíamos em casa. Com base nos aprendizados que tivemos, aliados à felicidade de ter o diretor Valentin novamente no Colégio, que eu e Ricardo, também ex-aluno Marista, matriculamos em 2011 nosso filho mais velho, Ricardinho, no Infantil do Colégio. Mais uma vez, tivemos uma acolhida fantástica! O que mais me marcou foi o cuidado com a individualidade de cada criança. Percebi o tratamento humanizado e dedicado a cada um dos pequenos que são nossa riqueza maior.
Certos de que tomamos a decisão correta com relação à escola de nossos filhos, efetivamos a rematrícula, apostando também no inovador projeto bilíngue que inicia neste ano. Frequentando novamente o ambiente do Colégio, percebo que os valores e a responsabilidade para com a formação do aluno continuam os mesmos. Como todo ex-aluno, me sinto parte da história do Colégio Marista de Criciúma. Agradecida pela participação que ele teve na minha formação, ponho-me à disposição como mãe de aluno. Aposto no ensino do colégio, na competência dos dirigentes e na dedicação dos envolvidos. Agradeço aos que ainda lá estão desde minha época de estudante, como também aos que conheci por meio do convívio na Educação Infantil. Sinto-me feliz por poder compartilhar com meus filhos tantos momentos que se tornarão inesquecíveis. Ingrid Nagel Backes é advogada e ex-aluna Marista
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Essência
Por que o Marista é o Marista? Convidamos dois irmãos maristas, Ir. João Batista Pereira e Ir. Claudiano Tiecher, para nos contar por que, apesar de mudarem as pessoas e os lugares, o espírito de família sempre faz parte de um colégio Marista
A comunidade como fonte da vida
D
esde a sua fundação, no dia 2 de janeiro de 1817, o Instituto Marista se guia pelo seu carisma, um legado deixado por São Marcelino Champagnat, nosso fundador. É esse carisma que faz com que todas as Unidades Educativas do mundo se pautem em um mesmo perfil, seguindo um mesmo fio condutor. O que chamamos de carisma marista, nada mais é do que o SER (= espírito) e o AGIR (= missão) de uma pessoa e/ou de um grupo. Todos, irmãos e leigos, que estão engajados na obra marista são convidados a viver esse carisma, ou seja, o seu jeito de ser e agir, com um mesmo espírito em vistas de uma única missão: “Formar cidadãos humanos,
éticos, justos e solidários para a transformação da sociedade por meio de processos educacionais fundamentados nos valores do Evangelho, do jeito Marista”. É dessa maneira que se consegue ter essa linha de atuação e essência únicas. Todas as congregações religiosas existentes são desafiadas a viver o seu modo próprio de evangelizar de acordo com a inspiração divina que teve seu fundador. O Instituto Marista, por meio da educação das crianças e jovens, de maneira toda especial os empobrecidos, torna-se único, usando seu carisma, de forma atualizada, em cada realidade inserida nos 5 continentes onde se fazem presentes, colocando dessa forma em prática a missão deixada por São Marcelino Champagnat. São muitos os valores que ali-
cerçam a Obra Marista e que proporcionam a vivência do carisma e nossas ações apostólicas. Destacamos o amor ao trabalho, a simplicidade, a justiça, a presença significativa, a espiritualidade e o espírito de família. O Espírito de Família sempre esteve presente na Instituição Marista desde a sua fundação. O padre Marcelino Champagnat, com este valor, vislumbrava a construção de uma relação de parceria ativa entre as pessoas. Para isso era preciso acolhê-las e compreendê-las como diferentes e complementares. Esse mesmo Espírito de Família valoriza a construção coletiva, a autonomia responsável, a flexibilidade, a ajuda mútua e o perdão. Já na época do Pe. Champagnat e nos dias atuais ousa construir comunidade, com alegria, e fazer dela fonte de vida.”
Irmão João Batista Pereira Grupo Marista
Marista, um centro de fé, cultura e vida
A
nossa essência reside em Marcelino Champagnat. Repleta dela, as pessoas, a geografia e a cultura abrem-se para um jeito peculiar de educar, que perpassa gerações e continua sempre atual nos variados contextos e situações em que se encontram as infâncias e as juventudes. Temos em Marcelino – homem que moldou uma educação inovadora para a época, mesclando a formação do cidadão e do cristão – uma personalidade forte, que suportou as adversidades do tempo e da história. Para ele, que tinha uma inteligência prática, a preocupação era formar professores que, antes de ensinarem, recuperassem a dignidade da pessoa, amando-a e preparando-a concretamente para os desafios da vida. Eis a essência do Marista: professores que amam, apaixonados pela missão de educar e evangelizar nos mais diferentes ambientes educativos. Cada estudante é único e respeitado em sua singularidade. Talvez esse seja o elemento-chave quando apontamos uma diferença regional entre os Colégios Maristas e, ao mesmo tempo, nos deparamos com uma igualdade de “espírito”. Impressionante é essa mesma energia contagiar os diver-
sos Colégios Maristas. Podemos afirmar que as pessoas são diferentes, mas o espírito é o mesmo. As atividades podem e devem manifestar a cultura local, mas o que nos envolve e nos faz ser reconhecidos é uma proposta que insiste nos valores de abnegação de si mesmo e abertura aos outros. O que faz um Colégio Marista ser único é a capacidade de se transformar em um centro de fé, cultura e vida. Acredito que a escola Marista é por excelência um movimento intenso de ensino e aprendizagem, em que o educando é o protagonista do próprio futuro. O espírito de família é o que nos diferencia. É feito de amor e perdão, entreajuda e apoio, esquecimento de si, abertura aos outros e alegria. Tudo isso impregna nossas atitudes e nosso proceder, de modo que o irradiamos onde quer que nos encontremos, seja na sala de aula ou em outros ambientes educativos. No dia a dia, construímos tal espírito por meio do amor ao trabalho. Nossas escolas são desafiadas, pelo Projeto Educativo, a serem espaço tempos de construção de relações interpessoais, de confiança recíproca, de perdão, de diálogo, de alteridade e de corresponsabilidade, estabelecendo um elo fraternal, de família, entre os integrantes da comunidade educativa.”
Ir. Claudiano Tiecher | Diretor-Geral do Colégio Marista João Paulo II - Província Marista do Rio Grande do Sul
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Como fazer
Menos ĂŠ mais Movimento sugere que as pessoas diminuam seus ritmos de vida para que o organismo nĂŁo entre em colapso e o planeta seja um ambiente sustentĂĄvel
D
iminuir o ritmo para reconectar-se consigo mesmo, com as pessoas e com o ambiente em que se vive. Esse é o objetivo principal do movimento “Slow Life”, que surgiu na Itália, inicialmente conhecido como “Slow Food”, contra as redes de fast food e a produção insustentável de alimentos. Em seguida, vários países uniramse ao movimento e foram ampliando seus objetivos, a ideia era desacelerar não só na alimentação, mas em vários setores: indústria, educação, cultura, tecnologia e em tudo que fosse possível proporcionar ao ser humano menos estresse e ansiedade. “A ansiedade vem de um sentimento de vulnerabilidade. É uma pressão interna que deixa a pessoa acelerada sem um motivo concreto. Estar ansioso sinaliza que ela se sente sob alguma ameaça, que pode vir de dentro ou de fora, de um estado interno que não dá conta ou uma situação que oferece alguma ameaça para ela”, explica a psicóloga Aline Mamede. O ansioso pode se prejudicar no trabalho, nos estudos, na vida afetiva e social. Sua produtividade e rendimento podem cair, sua concentração
pode diminuir e pode vir a ter dificuldades de executar tarefas. “Seu comportamento pode prejudicar não só a si mesmo, como seus colegas de trabalho ou estudo, devido à sua falta de atenção e concentração e seus constantes questionamentos e apreensões”, diz Aline. É extremamente importante desacelerar, principalmente na era digital que todos são bombardeados de informação, tecnologia, trabalho, compromissos e até muito lazer. Tudo para que diminua a ansiedade em relação ao mundo, e, consequentemente, ao estresse. “Não temos como fugir, porque vivemos em um corre-corre incessante que nos traz desgaste e estresse. Trabalhar sistematicamente a ansiedade é fundamental para acalmar nosso corpo nas suas impulsividades”, ressalta a piscóloga. Exercícios físicos, relaxamento muscular, dedicação a atividades que tranquilizam, como escutar música, cuidar de plantas, trabalhos manuais, orações, podem ajudar. É importante que haja esta mudança de hábitos no estilo de vida.
É preciso desacelerar, principalmente na era digital que todos são bombardeados de informação, tecnologia, trabalho, compromissos e até muito lazer.
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Como fazer
desacelere Que tal pisar no freio e viver uma vida mais feliz? dentifique as I fontes do estresse
Defina limites
Tente descobrir os desencadeantes. Você se sente ansioso antes de uma prova? Está com a agenda cheia de compromissos? Talvez você esteja além do limite e se sente irritado e cansado. Após identificar as fontes, tente minimizá-las o máximo possível.
Não tenha medo de dizer “não” antes de assumir um grande número de compromissos, especialmente se você está equilibrando seu tempo entre faculdade, trabalho e atividades extracurriculares. É importante definir as prioridades para não se sobrecarregar. Dizer “não” pode, além de ajudá-lo a controlar o estresse, dar-lhe mais controle sobre sua vida.
Fale e compartilhe
Controle a respiração
Expor os sentimentos sem ser julgado é essencial para manter uma boa saúde mental e lidar melhor com estresse. Converse com amigos sobre como está se sentindo. Explique ao seu professor que está tendo problemas com alguma matéria, por exemplo.
eserve mais R tempo para você Antes que você chegue ao limite, procure um tempo para ficar só e fazer o que quiser, longe das preocupações e responsabilidades do mundo. Às vezes este tempo precisa ser obrigatório, ou seja, reservado para uma atividade de relaxamento ou lazer.
Respirar pode medir e alterar o seu estado psicológico, fazendo um momento estressante aumentar ou diminuir de intensidade. Preste atenção em sua respiração. Inspirar profundamente e em seguida soltar o ar lentamente é uma excelente técnica para se sentir mais relaxado.
Exercite-se diariamente Exercícios físicos aumentam a liberação de endorfina, substância produzida naturalmente no cérebro que traz sensação de tranquilidade. Estudos mostram que o exercício, juntamente com o aumento da liberação de endorfina, faz aumentar a confiança, a autoestima e reduzir as tensões. Além do mais, se você já andou por vários quilômetros, sabe como é difícil pensar em seus problemas, quando a sua mente está focada em andar.
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Rua Saldanha Marinho, 1570 - Batel Soho - 41 3024 9181
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Vida digital Preparamos uma listinha com algumas novidades que podem facilitar sua vida ou deixá-la mais divertida
Software
Áudio-livro
MANUAL DE MÃES E PAIS SEPARADOS (grátis) Educar os filhos não é tarefa fácil, principalmente quando pai e mãe não convivem juntos um com o outro. Esse livro, disponibilizado em áudio para o Windows, foi escrito com o apoio de vários especialistas no assunto – e o mais legal: especialistas brasileiros!
P.O.K. – PROTECT OUR KIDS (grátis)
Sua vida de pai será mais tranquila com esse software instalado no seu Windows. Não é para proibir os filhos de terem relacionamentos com amigos e até com namorado ou namorada, mas para proteger os pupilos diante de ameaças realmente perigosas, como pornografia, abusos e coisas do tipo. Caso, por exemplo, o P.O.K. rastreie uma frase como “Onde você quer me encontrar?”, ele bloqueia a conexão à Internet no computador em que está sendo usado.
Quiz
QUE PAÍS É ESSE? (grátis)
Será que você consegue acertar o nome de cada país recebendo apenas dicas sobre sua história, datas e dados? Junte seu filho, curta um momento ao lado dele e teste seu conhecimento. Quem será que sabe mais?
Aplicativo
BABY MONITOR & ALARM (grátis)
Mamães e papais de todo o mundo que têm smartphone com o sistema Android poderão sair à noite e deixar seus bebês em casa com a babá ou com outro responsável sem dor de cabeça. O aplicativo tem cinco funções, entre elas o “Mum’s Voice”: a mãe grava um recado para o filho e, caso o celular que está próximo à criança reconheça seu choro, o aparelho reproduz a gravação.
Aplicativo
LINA – LOVE IS NOT ABUSE (grátis)
Esse aplicativo para iPad foi criado pensando em esclarecer e educar as pessoas sobre os abusos nas relações digitais, o famoso cyberbullying. Feito especialmente para os pais, o Lina é uma ótima ajuda na hora de identificar esse tipo de problema, geralmente difícil de ser reconhecido.
Prateleira É UM LIVRO Minha primeira indicação é para os pequenos da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental. Pequenos Leitores, que tal conferir um divertido livro com o título: É UM LIVRO, da autora LANE SMITH publicado pela editora COMPANHIA DAS LETRINHAS. Dois seres muito inteligentes e curiosos, que se encontram numa divertida
aventura, em torno de um “estranho objeto”, rolando uma página após a outra, deixando-se envolver por um bate-papo que leva a uma fascinante descoberta. Que tal um dowload dessa divertida história?
A INVENÇAO DE HUGO CABRET Que tal conferir também o livro: A INVENÇÃO DE HUGO CABRET, do autor BRIAN SELZNICK, e tradutor MARCOS BAGNO, e conferir os detalhes que o filme não traz, se emocionar com o menino órfão que vive escondido na central de trem de Paris, esgueirando-se por passagens secretas, descobrir sua principal ocupação e responsabilidades, perceber o que realmente fascina seus olhares. Tudo em busca de desvendar uma comovente história
que exige de Hugo coragem para enfrentar muitos riscos, principalmente quando o severo dono da loja de brinquedos da estação e sua afilhada cruzam seu caminho. Que tal ir já para a estação e tomar esse trem agora? Quem indica: Zeneide de Lima, Biblio-
tecária – Colégio Marista São Luis
CYBERBULLYING E OUTROS RISCOS NA INTERNET DESPERTANDO A ATENÇÃO DE PAIS E PROFESSORES - 2011 Autora: ANA MARIA DE ALBUQUERQUE LIMA Editora: Wak Quem indica: Márcia Regina Savioli, Diretora Educacional – Colégio Marista
Nossa Senhora da Glória
Educomunicação: o conceito, o profissional, a aplicação. - 2011 Autor: Ismar de Oliveira Soares Editora: Paulinas Quem indica: Irmão Vanderlei Siqueira dos Santos, Diretor Geral – Colégio Marista Pio XII – Ponta Grossa
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Solidariedade
Um jeito diferente de formar educadores C
om a intenção de contribuir com o acesso à formação de qualidade para todo o território nacional, a Rede Marista de Solidariedade (RMS) lança a Formação a distância para educadores da Primeira Infância. Voltado à extensão e pós-graduação de educadores que atuam na Educação Infantil, o projeto — desenvolvido em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) — faz parte de uma série de iniciativas da RMS no Advocacy da Primeira Infância. As aulas contarão com a tecnologia e a experiência em educação a distância da PUCPR, e foram preparadas para atender a demanda daqueles que não têm graduação, com a modalidade extensão, e aqueles que têm graduação, com a modalidade pós-graduação. Um grande diferencial da formação está na sua proposta de trabalhar o currículo da educação infantil com enfoque em direitos da criança e do adolescente. O principal objetivo da RMS ao desenvolver este projeto na modali-
dade de Educação a Distância (EAD) é ampliar o acesso à formação para públicos de diferentes regiões. Por meio de parcerias, o curso tem custos reduzidos e referentes apenas à sua execução. Os conteúdos estão sendo produzidos por especialistas que são referência nacional e internacional nos temas. Cada aluno terá acesso a ferramentas como correio eletrônico, fórum, material didático-online, chats, filmes, links e videoaulas, além do acompanhamento de um tutor especializado para grupos de 50 alunos. Para a obtenção dos certificados de pós-graduação, os alunos deverão apresentar trabalhos de conclusão de curso nos seminários presenciais. A iniciativa conta com o apoio de outras organizações, como a ONG Criança Segura, e está sendo divulgada a instituições e organizações públicas e privadas. A primeira turma terá início no segundo semestre de 2012 e as vagas são destinadas a pessoas jurídicas, por meio de cotas.
O Advocacy da Primeira Infância O termo Advocacy, ainda sem tradução para o português, significa lutar por uma causa, conscientizando a sociedade, capacitando agentes transformadores, mobilizando a população e acompanhando a atuação do poder público. O advocacy na Primeira Infância é realizado a partir das práticas institucionais. A RMS reconhece a importância da primeira infância para o desenvolvimento integral das crianças ao considerar as culturas infantis nos seus diferentes contextos e a concepção de criança enquanto sujeito de direitos. Para isso, integra as diretrizes institucionais com as políticas sociais de promoção humana e cidadã.
Atuação da RMS na Primeira Infância
Contribuição técnica em documentos relevantes para a área, como o Plano Nacional Primeira Infância.
Realização da Formação a distância para educadores da primeira infância.
Grupos de estudo e sistematização das práticas, tendo como resultado duas publicações: Currículo em movimento na Educação Infantil (parceria com a Rede Marista de Colégios) e Cores em composição na Educação Infantil (práticas dos Centros Educacionais e Sociais).
A Educação Infantil na RMS é desenvolvida em nove Unidades Sociais Maristas, e promove uma educação de qualidade para 1.304 crianças atendidas anualmente nos municípios de São Paulo (SP), Santos (SP), Ponta Grossa (PR), Cascavel (PR), Curitiba (PR) e Samambaia (DF).
Representatividade em espaços como a Rede Nacional da Primeira Infância e o Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, na busca por transformações significativas e duradouras para as infâncias e juventudes.
Aprimoramento do processo de avaliação da Educação Infantil.
Desenvolvimento do Programa Itinerários Formativos, com a realização de eventos de formação com o foco no fortalecimento da rede de atendimento à primeira infância. Em 2012, quatro seminários serão realizados buscando potencializar toda a rede de atendimento à primeira infância.
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Solidariedade
Onde estão as crianças? Guia de fontes revela dados sobre as infâncias
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om a intenção de dar visibilidade à real situação de crianças e adolescentes brasileiros, a Rede Marista de Solidariedade — por meio do Centro Marista de Defesa da Infância e contando com o apoio do Instituto HSBC Solidariedade — sistematizou ao longo de 2011 um documento que possibilita identificar onde estão as informações sobre a infância e adolescência no Brasil. A publicação FONTES SOBRE A INFÂNCIA: Diagnóstico de fontes estatísticas sobre a criança e o adolescente, lançada em abril, compila informações sobre fontes oficiais, instituições de pesquisas, núcleos e observatórios que abordam indicadores referentes à infância no Brasil, especialmente nos Estados da região Sul do país. O documento também traz elementos que contribuirão com a discussão sobre a criança e o adolescente, além de um resgate histórico da infância. Sem o monitoramento de indicadores específicos — que atualmente são pouco conhecidos, compreendidos ou, até mesmo, inexistentes — as iniciativas de incidência nas políticas
públicas voltadas para a criança e ao adolescente acabam fragilizadas. O diagnóstico realizado pelo Centro de Defesa permitirá revelar aspectos como a disponibilidade da informação, as formas que se apresentam os dados, os direitos que são violados, os programas de ação dos governos, entre outros. A ideia é proporcionar insumos importantes para a formulação/reformulação de indicadores de monitoramento. A melhoria das condições atuais das crianças, adolescentes e jovens e a transformação da sociedade brasileira dependem, em muito, de se dar visibilidade à situação em que elas se encontram. A elaboração de um sistema de indicadores sobre a infância com enfoque nos estados permite a construção de um retrato das nossas infâncias e juventudes. Este sistema pode ser usado como subsídio para argumentos e apontamentos sobre fragilidades e potencialidades; num aspecto jurídico, executivo e legislativo, sobre os direitos das infâncias e juventudes brasileiras.
Para Geliane Quemelo, Coordenadora do Centro Marista de Defesa da Infância, “a Sociedade civil tem um papel muito importante neste monitoramento e desta forma poderá contribuir cada vez mais para que o cenário de violação de direitos não se perpetue. A implementação de um sistema de monitoramento é urgente e oportuna”. O Centro Marista de Defesa da Infância compõe a Rede Marista de Solidariedade, assim como outras 23 unidades sociais que atendem cerca de 11 mil crianças e adolescentes, além de suas famílias e as comunidades onde estão inseridos. Diferente das unidades sociais, que promovem o atendimento direto ao público, a proposta do Centro de Defesa — pioneira no Paraná — está diretamente voltada à defesa dos direitos da infância e juventude. Sua finalidade é contribuir com discussões, pesquisas, publicações, acompanhamento das políticas públicas e assessoramento dos profissionais que atuam na área como forma de melhorar o cenário onde os direitos não são garantidos em sua plenitude.
DVD Direito ao Brincar A Rede Marista de Solidariedade lançou o dvd Direito ao Brincar. Com o apoio da Unicef, o dvd traz vídeos com depoimentos de educadores e educadoras e que mostram brincadeiras e atividades realizadas nas unidades sociais Maristas, além de dicas para atividades com crianças com deficiência, cuidados com o meio ambiente e a adoção de brincadeiras lúdicas e colaborativas.
O dvd faz parte da Campanha Marista pelo Direito ao Brincar. Para assistir aos vídeos das 10 iniciativas pelo Direito ao Brincar e conhecer mais sobre a campanha, acesse o site da Rede Marista de Solidariedade, www.solmarista.org.br.
Acesso e qualidade na Educação Infantil: um direito da criança.
Inscrições so para pessoas mente jurídicas, por meio de co tas.
As cotas de alunos podem ser adquiridas por instituições e organizações públicas e privadas para a formação de atores sociais com vistas ao direito das crianças pequenas à educação de qualidade.
apoio
Mais informações: infancia@marista.org.br solmarista.org.br
realização
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Inspiração
A vitória de Marcus Alegria, atividade intensa e carisma de um aluno mais que especial
M
arcus Neto, como é conhecido no Marista de Goiânia, é um menino doce, alegre e descontraído. Faz todas as atividades, pratica esportes e é popular entre os amigos, professores e funcionários. A vida sorriu para ele e ele soube retribuir, depois do revés que passou quando tinha apenas um ano. A família (Marcus, o pai e a mãe) morava nos Estados Unidos quando foi surpreendida por um incêndio na casa que provocou a morte de sua mãe, por insuficiência respiratória, e deixou graves ferimentos no pai e em Marcus, no dia 24 de dezembro de 2002. No mesmo dia, a sua avó, Maria Alzira Matos de Siqueira, foi ao encontro de todos os que estavam na UTI de um hospital (o neto, o genro e a outra filha). Marcus teve 70% de seu corpo queimado, precisou amputar o antepé e ficou quatro meses na UTI. “Trouxe meu neto para o Brasil entubado com
oxigênio e sonda gástrica. Chegando a Goiânia, ele ficou mais um mês hospitalizado e, somente em maio, foi liberado”, conta Maria Alzira. Marcus precisou aprender novamente a andar, falar e teve um amplo acompanhamento médico e psicológico. A mãe de Marcus havia comentado quase uma semana antes do acidente, que, caso morresse, queria que seu filho ficasse com a sua mãe. “Parecia que ela sabia que algo poderia acontecer”, comentou a avó. Desde que veio ao Brasil, Marcus mora com os avós, agora pais para ele, e leva uma vida completamente normal. “Ele é a razão da nossa vida, minha e do meu marido”, diz Dona Maria Alzira. Hoje com 10 anos, Marcus é um menino que, segundo a avó, tem amigos de todas as idades e em todos os lugares. Pratica judô e natação, toca bateria, adora andar de bicicle-
ta, quadriciclo, tomar banho de rio e ver filmes, principalmente da época em que era neném com sua mãe nos Estados Unidos. Marcus usava prótese, mas este mês fez uma cirurgia, e, segundo Dona Maria Alzira, não quis muito ficar se recuperando; insistiu em ir para a casa. “Ele é uma criança maravilhosa, uma pessoa que não reclama de nada na vida, atura muito bem qualquer tipo de dor”, explica. O pai de Marcus também mora no Brasil atualmente e é uma pessoa super presente na vida do filho. Mas quem tem a guarda do neto é a avó. “Eu nunca deixei ‘cair a bola’. Marcus sempre foi uma criança maravilhosa, é um menino super doce, agradável, preocupado com o bem-estar das pessoas. Ele me chama de avó, às vezes de mãe, além de chamar a madrinha dele de mãe também. Somos uma família muito feliz”, finaliza.
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Marista
Grupo Marista: muito mais que um Colégio D
epois de quase 200 anos de história em educação, é natural que o nome Marista faça você pensar numa grande rede de colégios. Mas o Grupo Marista é muito mais que isso. É uma grande família formada por mais de 14 mil colaboradores que atuam não só na educação, mas também, nas
áreas de saúde, comunicação e uma enorme rede de solidariedade. Na área da educação, da escola à universidade, formamos pessoas e trazemos resultados comprovados. Em atividades nas áreas de saúde e comunicação, levamos sempre a melhor qualidade para públicos de diferentes con-
dições e necessidades. A área de solidariedade atende diretamente crianças e jovens empobrecidos nas unidades sociais e integra a Rede Marista de Solidariedade, que também compreende iniciativas de todas as áreas de atuação na promoção e defesa dos direitos das infâncias e juventudes.
Bons valores com excelência A missão do Grupo Marista é proporcionar essa combinação única para a construção de um mundo melhor. Conheça nossa família:
EDUCAÇÃO
SOLIDARIEDADE
SAÚDE
Educação Básica | Educação Profissional | Ensino Superior | Editorial
Ampla Rede Marista de solidariedade transversal a todos os negócios do Grupo
6 hospitais, 1 plano de saúde
• 24 mil alunos nos 16 colégios •6 2 mil formandos pela PUCPR •3 mil alunos passaram pelo TECPUC •3 4 milhões de livros vendidos em 2011
• 300 mil atendidos
•2 74 mil atendidos pelos planos de saúde e pelo SUS
COMUNICAÇÃO Lumen Comunicação •6 00 mil impactados na rádio e tv Lumen
A FTD tem livros de literatura tão envolventes, que você corre o risco de ficar mil e uma noites lendo sem parar.
Além dos lançamentos, no site, você tem mais mil opções de leitura pra lá de Bagdá, do Brasil, da China, da Europa...
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FTD Sistema de Ensino: um passo à frente na Educação. O FTD Sistema de Ensino segue com você nesta parceria rumo a um ensino de qualidade. Por este caminho, a sua escola tem a garantia de um material didático já avaliado pelo MEC, além de um pacote de produtos e serviços testado e aprovado. Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio, com o FTD Sistema de Ensino, o destino final é o sucesso dos alunos!
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