1º SEMESTRE/2012
Eu, digital Como a nova geração interage com a tecnologia
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você aprende com o mundo
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Expediente Combinação única de bons valores com excelência. O Grupo Marista conta com milhares de pessoas que diariamente vivenciam e disseminam importantes valores humanos e cristãos, com o compromisso de promover e defender os direitos das crianças e jovens. Faz parte do jeito Marista a busca constante por excelência. Na área da educação, da escola à universidade, formamos pessoas e trazemos resultados comprovados. Em atividades nas áreas de saúde e comunicação, levamos sempre a melhor qualidade para públicos de diferentes condições e necessidades. Em todas essas áreas a ação social está presente com iniciativas alinhadas ao posicionamento institucional, mas também atuamos diretamente, por meio de uma ampla rede de solidariedade. Bons valores com excelência. Nossa missão é proporcionar essa combinação única para a construção de um mundo melhor.
Presidente das Mantenedoras: Ir. Delcio Afonso Balestrin Superior Provincial: Ir. Joaquim Sperandio Superintendente ABEC/UCE: Paulo Serino de Souza Rede de Colégios: Ir. Paulinho Vogel, André Garcia, Isabel Cristina Michelan Azevedo Comunicação e Marketing ABEC/UCE: Fabiane Campana, Patrícia Fatuch, Camila Schmid, Bruno Bonamigo, Tiago Ienkot, Fábio Egg Mais, Patrícia L. Egashira, Kelen Y. Azuma, Silvia S. Tateiva,, Alexandre L. Cardoso Comunicação e Marketing Colégios: Bruna F. Gonçalves, Caroline D. Mertens, Cristiane R. Santos, Eros A. A. Martins, Eziquiel M.
brasília • Colégio Marista de Brasília - Educação Infantil e Ensino Fundamental SGAS 609 CONJ A - Bairro Asa Sul - Brasília - DF - 70200-690 - (61) 3442-9400 Colégio Marista de Brasília - Ensino Médio - SGAS 615 CONJ C - Bairro Asa Sul Brasília - DF - 70200-750 - (61) 3445-6900 CASCAVEL • Colégio Marista de Cascavel - Rua Paraná, 2680 - Centro - Cascavel PR - 85812-011 - (45) 3036-6000 CHAPECÓ • Colégio Marista São Francisco - Rua Marechal F. Peixoto, 550L - Chapecó - SC - 89801-500 - (49) 3322-3332 CRICIÚMA • Colégio Marista de Criciúma - Rua Antonio de Lucca, 334 - Criciúma SC - 88811-503 - (48) 3437-9122 CURITIBA • Colégio Marista Paranaense - Rua Bispo Dom José, 2674 Seminário Curitiba - PR - 80440-080 - (41) 3016-2552
Ramos, Fábio S. Aparício, Guilherme F. Neto, Kely C. de Souza,
Colégio Marista Santa Maria - Rua Prof. Joaquim de M. Barreto, 98 - Curitiba - PR 82200-210 (41) 3074-2500
Luana M. D. dos Santos, Luiza B. Fleury, Mateus Vitor Tadioto,
goiânia • Colégio Marista de Goiânia - Avenida Oitenta e Cinco, n. 1440
Mayara A. Haudicho, Raquel A. Bortoloso, Renato M. Pereira,
St. Marista - Goiânia - GO - 74.160-010 - (62) 4009-5875
Samira D. Dutra, Tatiane Pereira
JARAGUÁ DO SUL • Colégio Marista São Luís - Rua Mal. Deodoro da Fonseca, 520 Centro - Jaraguá do Sul - SC - 89251-700 - (47) 3371-0313 JOAÇABA • Colégio Marista Frei Rogério - Rua Frei Rogério, 596 - Joaçaba - SC 89600-000 - (49) 3522-1144
Rua Imaculada Conceição, 1155 Prado Velho – Curitiba – PR Prédio Administrativo PUCPR – 8º andar CEP: 80215-901 Tel.: (41)3271-6500
LONDRINA • Colégio Marista de Londrina - Rua Maringá, 78 - Jardim dos Bancários - Londrina - PR - 86060-000 (43) 3374-3600 MARINGÁ • Colégio Marista de Maringá - Rua São Marcelino Champagnat, 130 Centro - Maringá - PR - 87010-430 - (44) 3220-4224 PONTA GROSSA • Colégio Marista Pio XII - Rua Rodrigues Alves, 701 - Jardim Carvalho - Ponta Grossa - PR 84015-440 - (42) 3224-0374
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RIBEIRÃO PRETO • Colégio Marista de Ribeirão Preto - Rua Bernardino de Campos, 550 - Higienopólis - Ribeirão Preto - SP - 14015-130 - Fone:(16) 3977-1400
Em Família | 9ª Edição | 1º Semestre 2012
SÃO PAULO • Colégio Marista Arquidiocesano - Rua Domingos de Moraes, 2565 Vila Mariana - São Paulo - SP - 04035-000 - (11) 5081-8444 Colégio Marista Nossa Senhora da Glória - Rua Justo Azambuja, 267 - Cambuci São Paulo - SP - 01518-000 - (11) 3207-5866
Capa: Teresa Bernadete Medina Ferreira, aluna do Colégio Marista Paranaense – Curitiba (PR) Foto: Pablo Contreras
Jornalista Responsável: Luís Fernando Carneiro / Registro Profissional MTB Nº 3712 | Diagramação: Clarice Fensterseifer e Maria Andrade | Publicidade: Ariane Rodrigues | R. Casemiro José Marques de Abreu, 706 – Ahú – Curitiba/PR – CEP: 82200-130 – Fone: (41) 3018-8805 | www.editoraruah.com.br | Quer anunciar? Entre em contato conosco pelo fone (41) 3018-8805 ou pelo site www.editoraruah.com.br Periodicidade da publicação: semestral Todos os direitos reservados. Todas as opiniões são de responsabilidade dos respectivos autores.
Primeira impressão
Um Desafio de Valor Por Ir. Paulinho Vogel
P
ermitam-me pais, alunos e professores fazerem-lhes uma constatação: o uso efetivo das tecnologias de informação e comunicação em minhas atividades profissionais e estudantis foi iniciado quando já contava com 21 anos de idade e com 25 passei a usar telefone celular. Todo o meu desenvolvimento físico, mental e espiritual já estava praticamente finalizado quando comecei a ter contato com as novas tecnologias da informação. Hoje fico impressionado, e encantado ao mesmo tempo, quando assisto à integração, quase que natural, dessas e outras novas tecnologias, no cotidiano da vida das crianças em plena fase de desenvolvimento. Outro dia meus dois sobrinhos de 3 anos de idade, falavam-se ao celular. Certamente esta constatação não é uma descoberta só minha e com certeza alguns devem estar mais preocupados e/ou impressionados. Mas a preocupação/encanto/surpresa aumenta na medida em que
nos damos conta das transformações que estão sendo operadas no comportamento de todas as pessoas, impactadas constantemente pelo, já nem tão novo, fenômeno chamado INTERNET (muitos afirmam que não vivem mais sem ele). A internet trouxe mais do que uma revolução tecnológica. A revolução comportamental, advinda da facilidade de comunicação entre as pessoas, cria uma nova percepção relacionada aos saberes, competências e habilidades e tantas outras aplicações das áreas do conhecimento humano. O que a internet proporcionou à humanidade é, sem dúvida, sem precedentes na sua história. A educação, nesse contexto, passa a ser não mais responsabilidade apenas da escola, mas uma tarefa natural da sociedade. Neste sentido, aprende-se em espaços formais, organizados pelo colégio, e em espaços informais que a internet proporciona: Orkut, Facebook, You-
Tube, MSN, em livros impressos e/ou digitais, na televisão, no cinema, no teatro. Aprende-se em todo lugar e de diversas formas, uma vez que se amplia o espaço pedagógico. Esses espaços ampliados de conhecimento possibilitam amplo acesso aos mais variados campos do conhecimento, e de todos os tipos de conhecimento. Mas, pode o aluno, em plena fase de desenvolvimento, ter a sabedoria necessária para verificar de que maneira irá utilizar o que aprender e se tal conhecimento vale à pena? Esse talvez seja o espaço de trabalho da instituição escolar quando, convicta dos valores a que se propõe, ensina e educa seus alunos oferecendo-lhes as condições necessárias para que optem pelos conhecimentos que agregarão valor às suas vidas. Uma boa leitura a todos, na certeza de que podemos nos educar cada vez mais e melhor, para a leitura crítica e atenta dos conhecimentos gerados pela humanidade.
Ir. Paulinho Vogel é Diretor Executivo da Rede Marista de Colégios
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Entrevista
A comunicação na era digital Especialista explica por que as redes sociais e a tecnologia podem ser, com cautela, bons aliados tanto para a educação como para os negócios
A
ndré Telles é pai de aluna Marista, publicitário e especialista em comunicação digital. Foi o primeiro brasileiro a publicar, em 2005, livro sobre marketing nas redes sociais, o “Orkut.com”. Em 2008, lançou o “Geração Digital” e depois “A Revolução das Mídias Sociais”. Acostumado a dar palestras em todo o Brasil sobre as novas tecnologias, nesta entrevista ele fala sobre a relação e os limites entre a era digital e a educação. André tem uma filha na terceira série do Marista e, segundo ele, ela adora jogar os aplicativos do iphone, além de praticar esportes e ser uma ótima aluna. Para ele, na era digital e entre tantos avanços e informações que recebemos diariamente, o segredo está no equilíbrio.
Por que você se interessou por se especializar na área digital? O que te chamou a atenção? Sempre fui um apaixonado por novas mídias, estratégias guerrilheiras de marketing e mídias alternativas. Quando percebi as redes sociais online como uma possibilidade de relacionamento entre consumidores e empresas, além da falta de atenção que se dava ao tema, decidi estudar o assunto e publicar meu primeiro livro sobre o tema, em 2005. Acredito que tenha cumprido a missão que me motivou, contribuindo para abrir um segmento de mercado até então pouco explorado e com poucos profissionais especializados. Hoje, temos cursos
de pós-graduação em marketing digital, um novo mercado para os profissionais de comunicação e as empresas já tem noção da importância de um trabalho profissional de Social Media Marketing nas diversas mídias sociais. Aqui no Brasil este desenvolvimento se diferencia dos outros países? Estamos entre os três países que mais acessam mídias sociais mundialmente. Dos 81,3 milhões de internautas brasileiros, 90% estão presentes em alguma mídia social. Sem dúvida, o brasileiro adora participar de mídias sociais, nossas características de interagir facilmente são transpostas para o mundo virtual.
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Entrevista
E a educação, como pode se beneficiar com a tecnologia? A aprendizagem é um ato fundamentalmente social. Nossa habilidade intrínseca para aprender em conjunto pode ser facilitada pelas tecnologias emergentes que estendem, alargam e aprofundam nosso alcance. As inovações tecnológicas permitem um novo tipo de ecossistema construído no conhecimento e com as pessoas na posição central. Os pais devem dar algum tipo de limite aos seus filhos? Quais? De que maneira? Acredito que tudo que é em exagero é prejudicial. As novas tecnologias podem ser potentes aliados na educação de crianças e adolescentes. Temos aplicativos para dispositivos mobile focados neste público, assim como temos à nossa disposição mecanismos de busca (Google) que substituíram as imensas enci-
clopédias do meu tempo de estudante. Quanto à questão de limite, cada família deve buscar informação sobre como orientar seus filhos para os riscos e benefícios que a internet e novas tecnologias podem proporcionar. Para onde estamos caminhando com a era digital? Surgirão cada vez mais inovações tecnológicas ligadas à geolocalização, realidade aumentada, vídeos e fotos. O compartilhamento destas informações será cada vez mais facilitado por meio dos dispositivos móveis, como tablets e smartphones. Quais são seus próximos projetos? Algum livro em vista? Sim, há um quarto livro para ser lançado em 2012. Atuo como consultor e professor em pós-graduações ligadas ao Marketing Digital, além de ser sócio da agência especializada em comunicação digital, a Mentes Digitais.
Cada família deve buscar informação sobre como orientar seus filhos para os riscos e benefícios que a internet e novas tecnologias podem proporcionar.
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Tudo a um toque Adolescentes e crianças nasceram com celulares, notebooks, tablets e uma infinidade de acessórios que sentem que tudo faz parte delas. Qual o limite desta interação? Por Sandra Solda
Adoro acompanhar blogs e sites sobre arquitetura. Adoro tecnologia, mas é preciso ter cuidado para que ela não atrapalhe os estudos e até mesmo o tempo que a gente tem para fazer outras coisas.
É
impossível imaginar, pelo menos para uma pessoa que tenha menos de vinte anos, uma vida sem tecnologia. Não estamos falando de televisão, rádio, eletrodomésticos, mas de computadores, celulares, notebooks, tablets e mais uma infinidade de coisas que a cada dia se multiplica e atrai pessoas de todas as idades. Os pais fazem parte do grupo dos “imigrantes digitais”, aquela geração que apesar de não nascer com esta tecnologia passou a usar e dominar tais equipamentos. Essa turma sempre terá uma certa resistência em algum ponto, algum resquício ou saudosismo de equipamentos – como o fax – que as crianças de hoje não sabem nem o que é. Afinal, elas nasceram em outro momento e utilizam a tecnologia e seus acessórios como uma extensão do seu corpo. E como fica este encontro de gerações? Como fica a situação em casa, na escola, na vida social? Para a Profª Drª Helena Sporleder Côrtes (Faculdade de Educação – PUCRS) a tecnologia como um conjunto de processos e produtos eletroeletrônicos, ágeis e acessíveis a uso, promove cada vez mais o conforto e a interação sociocultural da vida humana. “É parte integrante e indissociável do universo das crianças e adolescentes contemporâneos”, explica. Segundo ela, os chamados “nativos digitais” certamente desenvol-
veram novas formas de aprender, de pensar, de sentir e de perceber o mundo. “O maior desafio educacional dos nossos dias é, tanto em casa como na escola, formar crianças, adolescentes e jovens para que se tornem usuários críticos da tecnologia”, afirma a professora, que acredita que tudo isto está sendo criado pelo homem para seu conforto, para viver melhor e mais facilmente atingir seus objetivos; desde o instrumento mais simples, como um lápis e uma folha de papel, até o computador mais avançado. Para Helena, na essência, a tecnologia por si só não é boa ou má, isso dependo do uso que é feito dela. Educação e Tecnologia Há muita discussão hoje em dia sobre a tecnologia empregada na educação, em até onde ela auxilia, onde pode prejudicar, onde é essencial e como deve ser utilizada em sala de aula, em casa ou em atividades extracurriculares. O que todos concordam é que, por trás de toda tecnologia, deve ter uma boa equipe pedagógica. Caso contrário, ela se torna mais um meio que será inutilizado por não ser bem orientado por profissionais da educação.
Teresa Bernadete Medina Ferreira, Colégio Marista Paranaense – Curitiba (PR)
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“De acordo com estudos da neurociência, o cérebro estabelece conexões neuronais em frente à tela do computador ou videogame que se diferenciam das conexões que se dão ao escrever ou desenhar no papel. Estes dois tipos de conexão são essenciais para o desenvolvimento do indivíduo e, por isso, deve haver um equilíbrio entre os dois”, explica a supervisora educacional Viviane Marie Truda, da Província Marista do Rio Grande do Sul. Ela afirma também que, em virtude da velocidade de seu avanço, a tecnologia e o mundo digital devem ser vistos como ferramentas de apoio pedagógico e de comunicação, e não uma única condição básica para a educação. Por esta razão, os meios digitais precisam ser considerados meios importantes. É fundamental que os profissionais da educação estejam preparados para lidar com esta tecnologia e adaptar-se à nova realidade. “Se o professor não refletir regularmente sobre suas práticas, para, quando necessário, ajustá-las às necessidades e características do estudante de hoje, ou seja, à sua forma de pensar e de aprender, aumentará o fosso que separa essas gerações. É preciso saber lidar com estas diferenças e encontrar formas eficientes e interessantes de trabalhar em sala de aula”, ressalta Viviane. Por outro lado, os estudantes também precisam ser conscientes e aprender a usar com inteligência tudo
que recebem de inovação. “É um problema quando um estudante acredita que a tecnologia vai resolver todos os seus problemas. Por exemplo, quando ele , em vez de ler um livro, procura o resumo na internet e se dá por satisfeito com isso”, alerta a supervisora. Iniciação ao mundo digital Viviane explica que a criança, adolescente ou jovem, ao ficar na frente de um computador, celular, ou seja qual for o meio, deixa de fazer outras coisas, como brincar, correr, estar com os amigos, praticar esportes, o que é fundamental para a construção do indivíduo. Ela pula etapas. “Acho um problema sério uma criança de quatro ou cinco anos com um celular na mão”.
"É preciso saber lidar com estas diferenças e encontrar formas eficientes e interessantes de trabalhar os conteúdos de ensino." Por outro lado, a supervisora acredita que a tecnologia e a internet, bem utilizadas e na idade recomendada, complementam a educação e a vida e trazem informações rápidas nos ambientes cooperativos e interativos. As redes sociais aproximam as pessoas: muitos pais e filhos só trocam afetividade por
uma conversa online ou mesmo por email, coisas que não conseguem dizer pessoalmente. “A comunicação via internet deve ser só um complemento. As relações pessoais devem existir. As pessoas se comunicam com o mundo, mas não estão mais dialogando. Para tudo na vida existe um tempo e uma hora certa, e com a tecnologia também deve ser assim. O limite deve ser dado aos filhos, e os pais devem ficar atentos porque, principalmente a internet, é um espaço aberto para problemas, como o assédio moral, sexual, e outros crimes que vemos por aí”, pondera Viviane. Para Helena, as chamadas gerações X e Y, filhos diretos da renovação tecnológica que vem arrasando a forma de viver da sociedade atual, seguidamente comportam-se como dependentes desta tecnologia: não vivem mais sem o gadget da hora, passam o dia a enviar/receber mensagens de texto e a tuitar (que já virou um verbo), vivendo muito mais a vida virtual que a vida real. “Independente de uma reflexão mais aprofundada, que investigue os problemas de natureza psicológica e sociocultural que envolvem a questão, talvez o primeiro ponto a destacar seja a falta de limites que a família e a escola têm deixado de estabelecer, no que diz respeito às formas e aos momentos mais indicados para o uso destes artefatos”, enfatiza.
Para mim a internet é como um mundo à parte, onde encontro jogos e uma série de coisas que gosto. Por outro lado, é onde encontro muitas informações que preciso para estudar e conversar com meus amigos. João Francisco Montiel Soares, 11 anos, Colégio Marista Paranaense – Curitiba (PR)
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Mercado promissor É um caminho que não há volta: a cada dia teremos mais avanços, e isto é fato. Os fabricantes estão cada vez mais apressados em lançar seus produtos ou serviços, assim como os consumidores também estão ávidos por comprar – muitos passam horas e dias em filas para serem os primeiros a ter tal produto e pagam mais caro por isso. É inerente ao ser humano, não adianta querer ignorar, pois isto acontece em todos os setores, em todas as áreas e não só na tecnológica. Uma análise do comportamento de mercado é objeto de estudo de economistas e hoje, mesmo os leigos, são capazes de perceber que as novas ferramentas tecnológicas são responsáveis por um volume enorme de vendas, todos objetos de desejo de consumo dessa geração de adolescentes e crianças.
Isso é muito claro: o Brasil possui hoje mais celulares ativos que seu número de habitantes. Outra informação importante é que o poder aquisitivo das classes mais populares aumentou, que agora têm mais acesso a televisores, notebooks, tablets, mp4, demonstrando que é um mercado cada vez mais promissor.
Como o caminho é este e o avanço deve ser cada vez mais rápido, é fundamental que todos pensem que devem fazer da tecnologia uma aliada, e não ficar dependente dela. Usá-la para estreitar laços, sejam de amizade, profissionais, familiares, e nunca substituir as relações reais pelas virtuais. Não trocar um passeio, uma viagem, uma brincadeira ou conversa por uma atividade online. Tecnologia também é aprendizado, entretenimento e comunicação, mas viver a vida real com pessoas ao lado é muito melhor e mais importante.
A força das redes sociais Os espaços digitais e as redes sociais, se bem utilizadas, tornam-se grandes aliados na comunicação com os jovens. Qualquer empresa, organização ou instituição precisa, basicamente, ter no mínimo um site para começar a relação. Mas só isso não basta, é apenas uma vitrine. Segundo Bruno Bonamigo, analista de Comunicação do Grupo Marista, foi criado, em 2009, um twitter para a comunicação com os estudantes. No ano seguinte foram mais além e criaram uma página no Facebook. “Apenas o site não atraía mais, era muito estático, precisávamos ter uma interação, estar mais próximos dos alunos”, diz. A entrada nas redes sociais foi um sucesso, atingiu muito mais os estudantes, que passaram a usar também como um Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). Inicialmente foram priorizados o Ensino Fundamental 2 e o Médio, que abrangem estudantes de 11 a 17 anos. “Precisamos sempre nos adaptar à nova realidade, sempre implementando tecnologias que nos aproximem do nosso público, além de ser imprescindível que agreguem conteúdo sempre aliado à área pedagógica”, explica Bruno.
“Gosto muito de ver vídeos, escutar música, usar os aplicativos do iTunes e, principalmente, usar as redes sociais, como o Facebook, o Twitter, o Skype e o Instagram. Atualmente estou me conectando muito mais pelo iPhone, mas também utilizo o meu computador e o Ipad da família. Eu conseguiria ficar sem a internet, mas seria muito difícil. Há um tempo, não conseguia passar muitas horas sem conferir as atualizações do Facebook, sem tuitar ou postar imagens no Instagram. No final do ano passado, percebi que minha diversão tinha se tornado uma obsessão e tomei uma atitude. De lá para cá, só entro na internet quando realmente tenho tempo, ou quando preciso tirar dúvidas e realizar trabalhos.” Nicole Dupont, 13 anos, Colégio Marista Pio XII – Novo Hamburgo (RS)
“Uso a internet pelo notebook, cerca de 2 a 3 horas por dia, durante a semana. Já nos finais de semana, chego a usar mais, de 4, chegando até 7 horas diárias. Não me considero ‘viciada’ e consigo passar alguns dias tranquilamente sem acesso à internet. Acesso as redes sociais (Orkut e Facebook), jogos online e sites de busca para pesquisas, como o Google e Wikipédia. Acho muito boa toda esta tecnologia pelo fato de poder fazer qualquer pesquisa sem necessariamente recorrer a livros. Aproveito também para conversar e ficar mais perto dos meus amigos e da minha família. O que eu mais gosto é conversar com amigos via Facebook e MSN, brincar e fazer pesquisas.” Isabella Decesaro, 11 anos, Colégio Marista Santa Maria – Santa Maria (RS)
“Eu uso notebook, PSP (Playstation Portable) e celular todos os dias. Ainda não tenho iPad, mas espero ganhar no ano que vem. Acho legal por poder baixar mais jogos; é um celular maior e mais moderno. Primeiro uso a internet para ver o Facebook e jogar, além das pesquisas do colégio. Não consigo ficar sem a tecnologia. Quando viajei nas férias, não fiquei um dia sem o PSP. Cheguei a ir numa lanhouse e acessar a internet pelo celular do meu pai para saber o que estava acontecendo. Por outro lado, muitas vezes meu pai reclama: vai ler um livro! Como eu também gosto muito de ler, desconecto do mundo virtual e vou ler.” Alexandre Schawantes Brião, 9 anos, Colégio Marista Rosário – Porto Alegre (RS)
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Dia a dia
Use com moderação Família conta como dosar bem a internet para os filhos e criar um ambiente de interação, segurança e confiança
U
m dos desafios que intriga pais, mães e educadores hoje em dia são os limites que devem ser dados ao uso da internet às crianças e aos adolescentes. Sabemos que não é possível simplesmente proibir, uma vez que a maioria das crianças já nasce falando essa língua. A questão é que é preciso que não façam disso um hábito que não seja saudável, ou mesmo que deixem de fazer outras atividades necessárias para uma boa formação. Por um lado, a internet traz um mundo novo, com pesquisas que são necessárias para o estudo, a comunicação com amigos via chat, a interação nas redes sociais, que pode completar e reforçar algumas amizades já existentes, ou ainda o entretenimento, com jogos que desafiam a memória, estratégia, concentração e outras habilidades positivas, além de trazerem diversão e alegria. Ao mesmo tempo, essa mesma tecnologia pode trazer inúmeros problemas se não for devidamente utilizada. Desde downloads impróprios, que estragam o computador, até sérios casos de pedofilia online, invasão de privacidade, enfim, diversos problemas que já existem na vida real são aumentados na internet devido à possibilidade do anonimato que o mundo virtual permite. Rogerson Luiz de Rossi, pai de dois adolescentes - Fábio, de 13 anos e Alexander de 9 - encontrou um
método simples de proteger a família e, ao mesmo tempo, não deixar os filhos fora desta realidade online que hoje não há volta. “O segredo é criar uma disciplina com responsabilidade. Desenvolvemos uma rotina que deve ser respeitada, o que dá segurança aos meus filhos”, conta.
Regras Em Londrina (PR), na casa de Rogerson e Iris, a mãe, há um ambiente certo para o uso da internet. É um cômodo com dois computadores, que não devem ser retirados de lá. Os filhos têm o acesso ao mundo virtual limitado e, segundo Rogerson, não criam problemas por causa disso. “Eles podem utilizar ao chegar da escola até o horário do almoço, por mais ou menos meia hora, e no fim do dia, depois de feitas as atividades escolares, por mais uma hora”, explica. Aos sábados e domingos, eles acessam a internet por mais uma hora por dia, a regra é clara. “Acreditamos que eles não precisem de mais tempo no computador. Por outro lado, estimulamos e participamos de outros tipos de entretenimento com nossos filhos, dentro e fora de casa, como jogos, conversa, leitura e atividades ao ar livre” comenta Rogerson. “A internet é uma porta aberta para a entrada na nossa casa e na nossa vida. Faço esta comparação com a porta de
casa para que eles entendam que é perigoso deixá-la aberta. Assim como no mundo real, pode acontecer de tudo. Existem inúmeras situações desagradáveis que podem existir e converso abertamente com eles sobre todos os riscos da rede”, pondera.
Exemplo Os filhos de Rogerson e Iris usam mais o computador ou a internet para pesquisas ou jogos. Fábio tem Facebook e e-mail, porém Alexander não está conectado desta maneira, já que os pais acham que ainda não é o momento. Da mesma maneira como ensinam, os pais utilizam a internet apenas para algumas pesquisas ou conversas, muito raras, para trabalho ou com amigos que já conhecem e confiam. Segundo Rogerson e Iris, o segredo da boa convivência com o mundo on-line é resultado de uma boa educação, muita conversa, bons exemplos e amor incondicional que sentem pelos filhos. “É muito importante a consciência que devemos ter da nossa responsabilidade em educar em todos os sentidos: moral, intelectual, espiritual, afetivo, etc. Estamos tentando e até hoje este modelo tem dado certo”. E a família Rossi encontrou um caminho para os limites e necessidades dos filhos que está agradando a todos da casa.
ê o exemplo a seu filho. Em qualquer D sentido da vida, em qualquer área. Ele, seguramente, irá seguir e repetir o que aprendeu e está acostumado a observar. Tenha uma relação de confiança e esteja sempre na vida de seus filhos, desde muito pequenos.
Como usar
Saiba o que ele está fazendo, participe, não tenha medo de perguntar diretamente a ele o que precisa saber.
Confira as dicas da
Converse sobre os perigos que existem no mundo virtual.
uma utilização saudável
Responda claramente sempre o que seus filhos perguntam.
família De Rossi para da internet
Oriente seus filhos a não conversarem com estranhos na internet, assim como na rua, no shopping ou em qualquer outro lugar.
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Olhar
Todos curtem Facebook tem 845 milhões de usuários no mundo, mas é preciso saber usar Por Sandra Solda
H
oje não há quem não comente, curta ou discuta assuntos via Facebook. Novos amigos são feitos e os antigos são reencontrados, compartilham-se fotos, mensagens, textos, ideias ou mesmo o que se está pensando no momento ou em qual lugar se está. É impossível ficar de fora desta grande rede. Ela está disponível em mais de 70 línguas e, apenas no Brasil, são mais de 30 milhões de usuários ativos. Todos os dias, 483 milhões de pessoas se conectam e, quase metade delas, pelo celular. A atividade mais popular na rede é o
compartilhamento de fotos, o que chega a 250 milhões por dia. Ao mesmo tempo em que é uma ferramenta para entretenimento, pode ser uma porta aberta para qualquer tipo de crime ou violência. É necessário que adultos e crianças fiquem sempre atentos ao utilizar esta rede, e que os pais tenham uma conversa aberta e sincera sobre o assunto com os filhos. Ao lado algumas orientações e dicas para os pais, sugestões de como devem se comunicar com os filhos que estão cada vez mais online e conectados ao Facebook.
Não basta ser pai, é preciso acompanhar • Pode ser difícil acompanhar a tecnologia. Não tenha medo de pedir que seu filho esclareça suas dúvidas. • Caso você ainda não use o Facebook, considere registrar-se. Assim, você poderá entender como ele funciona! • Crie um grupo do Facebook para a sua família para que você tenha um espaço privado para compartilhar fotos e manter contato. • Ensine aos seus adolescentes as noções básicas de segurança online para que eles possam manter seus perfis do Facebook (e outras contas online) privados e seguros.
Como falar com seu adolescente • Você acha que consegue conversar comigo sobre problemas na escola ou online? • Ajude-me a entender por que o Facebook é importante para você. • Você pode me ajudar a criar um perfil do Facebook? • Quem são seus amigos no Facebook? • Quero ser seu amigo no Facebook. Você concorda? O que faria você concordar?
Fonte: Assessoria de imprensa Facebook Brasil
Um novo mundo Ao longo de toda esta edição da sua revista EM FAMÍLIA
utilizadas para complementar uma educação de verdade,
apresentamos discussões sobre as novas tecnologias a
fundamentada em valores éticos, morais e cristãos. Nas
serviço da Educação. Como sempre, educadores, alunos
próximas páginas você encontrará as histórias, persona-
e famílias devem compor um trio em perfeita sintonia
gens, projetos e ideias do Colégio Marista São Francisco.
para que a internet e todas as suas possibilidades sejam
Fique por dentro deste novo mundo em que seu filho vive.
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Com a palavra
Ir. Nilto Squersato – Diretor Geral
Em nome da educação C
ordialmente saúdo as famílias dos alunos Maristas que estudam no São Francisco. A identificação e carinho que possuem com o colégio impulsionam nosso zelo comum por essa instituição que está a serviço de Chapecó e região, cumprindo com sua missão de educar dentro da filosofia Marista. Esta organização educacional, que tem sua função definida, mantém seu foco na finalidade pela qual existe: educar. Por mais divergente que seja, devido às diferentes visões e concepções sobre o que é e como educar de cada família e sociedade, é a organização educacional quem deve estabelecer, a partir do conhecimento que possui, seus objetivos, métodos e valores. Diz-nos Peter Drucker que “a cultura da organização sempre transcenderá a comunidade. Se houver conflito entre a cultura de uma organização e os valores de sua comunidade, a organização deve
prevalecer, ou ela não oferecerá sua contribuição social”. Acredito que um colégio não deva existir apenas para atender necessidades da sociedade, mas ser capaz de construir protagonismo, estabelecendo questionamentos para que não seja um mero “servo social”. Estimadas famílias, o reconhecimento da educação Marista certamente existe por sua contribuição ao longo do tempo na comunidade onde se insere. Assim, confirmamos nossa confiança de que nossos alunos, seus filhos, estão frequentando um Colégio que pensa, reflete, estuda, projeta, tem visão e interage com as crianças, jovens e adolescentes. A revista Em Família leva até vocês, além de algumas atividades como: depoimento de ex-aluno, fotos do cotidiano do nosso Colégio e experiências da pastoral, também o carinho e apreço que temos pela grande família Marista.
O reconhecimento da educação Marista certamente existe por ela ter contribuído ao longo do tempo na comunidade onde se insere.
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Educa�
Educação Infantil
As delícias da descoberta Projeto de investigação coloca as crianças como protagonistas do conhecimento
A proposta marista para a educação infantil contempla cinco Dimensões, e dentre elas destacamos a Dimensão da Investigação, cujo princípio, segundo o Currículo em Movimento para a Educação Infantil é: preparar as futuras gerações – cultural, social e congnitivamente – para o diálogo e construção de uma sociedade mais democrática [...]. Um dos caminhos para tal propósito é transformar a sala de aula em uma comunidade de investigação. Para tanto, no Colégio Marista trabalhamos desde o primeiro nível do Infantil, com os Projetos de Investigação. As crianças do Infantil 2 A envolveram-se na contação da literatura “João e o pé de feijão”, da autora Ingrid Biesemeyer Bellinghausen, que despertou-lhes muitas curiosidades sobre a planta: - Tem pé de feijão tão grande? - Feijão é pequenininho. - Eu adoro comer feijão todos os dias. - Como cresce o feijão? Foi realizada uma assembléia para decidir o que seria estudado sobre essa planta. Com auxilio de familiares, foi observado o que as plantas precisavam para se desenvolver e a seguir, as crianças prepararam a terra das floreiras, adicionando adubo orgânico, minhocas e sementes de feijão. Todas as crianças queriam que as floreiras
ficassem na sala para acompanhar a experiência mais de pertinho, então, novamente em assembléia, foi decidido e organizado o local na sala onde ficariam as floreiras. As professoras conversavam sobre as necessidades das pessoas e das plantas e nos primeiros dias, era preciso lembrar que alguém deveria responsabilizar-se para auxiliar a aguar as floreiras. Após alguns dias, as crianças já falavam: “Profe, precisamos dar água para o feijão, senão ele não vai crescer!” No início, não surgiram muitas falas, mas assim que começaram a brotar as primeiras plantinhas, foi um entusiasmo só: era preciso partilhar essa alegria com os familiares e as outras crianças. Quando alguém chegava à sala, era comentado: - Veja, ta crescendo o feijão; - Ele vai ficar bem grande! - Tem que molhar um pouquinho; - É Mam, Mam; - Tem que cuidar das plantinhas! Pela janela do parque, os pés de feijão despertaram a curiosidades de crianças de outras turmas, que vinham fazer perguntas. Os pés cresceram tanto que foi necessário amparar os galhos com outros galhos secos colhidos no bosque. Quando realizamos esse procedimento, conversamos sobre o que mais poderia acontecer
com as plantas da floreira e as crianças, com muita imaginação responderam que agora sim, o gigante poderia vir e brincar com as folhas, pois elas estavam crescendo muito. Através de fotos e pesquisas na internet as crianças observaram que o feijão não só iria crescer, mas dar flores, vagens e novamente encontrariam os feijões, alimento saudável e rico em ferro e proteínas. Com olhares atentos, muitas coisas foram descobertas, como: “- A flor é branca”; “É bonito!”; “- Tem muita folhinha nova aqui”; “- Vai ficar muito grande o feijão, não cabe aqui”. Quando o feijão começou a secar, ficando somente as vagens, as crianças ficaram surpresas, pois molhavam o feijão todo dia, mas mesmo assim secou. Ao abrir as vagens para verificar o que estava acontecendo, percebiam que os feijões estavam maduros e prontos para serem consumidos. Ao término da experiência, ficou decidido que os feijões colhidos seriam utilizados para preparar uma deliciosa sopa, e que seriam convidadas as crianças das outras turmas do Infantil 2 para saborear conosco. Adoraram ir para a cozinha experimental e realizar por etapas a sopa de feijão. Constataram que o gigante da historia eram eles
que cresceram junto com o feijão em conhecimento, aprendizado, descobertas e muita pesquisa. “Para mim, professora, pensar nestes momentos ricos que aconteceram através da roda de conversa, assembléias envolvendo o diálogo, a pesquisa, e familiares na hora de comentar e compartilhar o que aprenderam em sala de aula é muito gratificante.” Destaca a professora Lislaine Bergamini. Para a coordenadora psicopedagógica da Educação Infantil, Arlete Luiza Wurzius Seibt, a cada etapa da educação infantil, a criança vive experiências de envolvimento em projetos diversos, experimentando, criando e construindo conhecimentos de forma gradual, dinâmica e espontânea. Os projetos podem partir de necessidades observadas pelo professor ou do interesse
das crianças. O principal é que seja construído em cada etapa, a gama de conhecimentos necessários ao desenvolvimento infantil. O jogo, o brincar e o diálogo também são ferramentas imprescindíveis, utilizadas para propiciar a construção de um ser único, autônomo e criativo. Professor e infantis trabalham juntos, construindo um aprendizado que estimule a capacidade de transformar informações em conhecimento. Desde que ingressa no
Infantil a criança é instigada a descobrir e compreender o mundo ao seu redor, utilizando também o lúdico e o diálogo como ferramentas na construção de sua identidade. Trabalhar com projetos de investigação constitui uma das atividades mais interativas, capaz de reunir em si ações variadas que vão ao encontro das necessidades das crianças, das suas expectativas e dos diferentes ritmos de aprendizagem capaz de envolver a todos.
Arlete Luiza Wurzius Seibt é Coordenadora Psicopedagógica e Lislaine Bergamini é Professora da Educação Infantil
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Ser melhor
Amadurecimento na fé Pastoral evidencia os valores para que os alunos possam assumir sua espiritualidade Pelo Núcleo de Pastoral
A
Pastoral na escola tem como objetivo tornar Jesus Cristo conhecido e amado mantendo vivo o espírito Marista, através da orientação, promoção, animação e acompanhamento do trabalho na comunidade educativa. É neste contexto que a evangelização leva ao aluno a experiência de um processo de amadurecimento na fé, na busca de identidade e de crescimento pessoal, onde possa vivenciar e contribuir com sua vivência sendo agente de transformação do mundo e do meio onde está inserido. MSM A Missão Solidária Marista aconteceu nos dias 22 a 29 de janeiro deste ano, com mais de 200 alunos e ex-alunos Maristas da rede de Colégios Maristas dos estados de Santa Catarina e do Paraná, com
idade entre 16 e 30 anos. Ao invés de praia, viagens e descanso, estes jovens partilharam a rotina dos moradores das cidades de Brunópolis e Distrito de Irakitan (Tangará), ambas em Santa Catarina, com o intuito de acompanharem e fazerem a experiência junto às famílias da comunidade rural. Foram realizadas diversas atividades sociais, culturais e de mão de obra onde os jovens puderam pintar, restaurar, organizar e fazer o bem para uma comunidade que nos acolheu com muito “brilho nos olhos”. Todos os jovens foram bem recebidos, com muita alegria, o que com certeza influenciou muito no desenvolvimento das atividades e serviços que foram realizados nas comunidades. Para o aluno Otávio Carborera, o MSM passou um grande ensinamen-
to: “Aprendi a me virar com o que me foi disponibilizado e a me adaptar a um outro ambiente, com o qual não estou familiarizado, além de possibilitar novas amizades”. A aluna Angêla Brustolin confirmou que o MSM foi uma experiência muito marcante que viveu dentro da Pastoral Juvenil Marista: “Por ser em outra realidade fora da escola, o Missão me fez ser independente e me acostumar da melhor maneira possível na família que me hospedou por sete dias”. Preguiça, sono, frio, calor e fome foram sensações muito presentes nas diversas realidades experienciadas, porém se tornavam insignificantes com tanto carinho com que todos jovens foram recebidos, realmente de coração aberto. Inesquecível!!!
Destaque
Papo de Campeã Destaque nas quadras, Luiza Braghini treina muito, mas não deixa de lado os estudos Por Luiza Braghini
T
enho onze anos e estudo no 7º ano do Colégio Marista São Francisco. Comecei a praticar tênis com três anos e dez meses, com o incentivo do meu pai que já jogava e, atualmente, continuo tendo muito apoio de minha família e meus amigos. O tênis tem várias categorias no juvenil, que começam aos dez anos e vão até aos dezoito, sendo considerado profissional após esta idade. Atualmente estou jogando na categoria doze anos. Treino três horas por dia de segunda a sexta-feira na academia Tênis Center, com o professor Lucio Bandeira. Em alguns finais de sema-
nas tenho campeonatos regionais e outros nacionais. “A Luiza tem grande chance de se tornar uma jogadora profissional de tênis” destaca seu treinador, Lúcio Bandeira, da academia Tênis Center. Eu me dedico muito ao tênis, mas não deixo de lado os estudos e também pratico outros esportes quando tenho tempo. A minha família me ajuda muito nos treinamentos e me apoia muito nos estudos e no esporte. Em 2011, participei de onze campeonatos e ganhei a copa Guga Kuerten simples e de duplas. Na Copa Correios, fui campeã de duplas na cidade do Rio de Janeiro/RJ e terminei o ano sendo
convocada para a seleção brasileira e em terceiro lugar no ranking nacional. Terei muitas viagens este ano, mais de dez para diversas cidades do Brasil e, se tudo der certo, para alguns países, onde pretendo voltar a jogar o campeonato Sul Americano e também jogar o mundial, que no ano passado foi no Canadá. Este ano comecei como a número um do ranking. Aprendi muito nas aulas do Marista e no tênis com meus colegas e professores e, esse ano, pretendo aprender mais ainda. Pretendo me tornar uma profissional bem sucedida, completando os estudos e fazendo uma boa faculdade.
CARREIRA PROMISSORA Com a palavra, o treinador da Luiza, Lúcio Bandeira, da academia Tenis Center.
Luiza está à esquerda, com Guga ao centro quando foi bi-campeã da Copa Guga Kuerten, etapa do campeonato brasileiro infanto-juvenil realizada em Florianópolis.
A Luiza tem grande chance de se tornar uma jogadora profissional de tênis, basta não se machucar seriamente e desenvolver suas qualidades psicológicas que são essenciais para o sucesso no tênis: coragem para arriscar, tranquilidade e confiança durante o jogo, vontade de treinar e de superar seus limites e capacidade de tomar decisões acertadas em frações de segundo. Mas, caso o caminho do tênis profissional não seja possível, tenho certeza de que ela conseguirá uma bolsa de estudos de 100% para cursar a universidade e jogar tênis universitário nos Estados Unidos.
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Caleidoscópi�
Não faltou entusiasmo e animação na Noite do Soninho 2011 que foi linda e emocionante para todas as crianças.
Formatura 5º Ano - Conclusão do Ensino Fundamental I
Novo espaço da Educação Infantil para a prática esportiva valoriza o educando e oferece segurança e conforto.
Formatura 9º Ano - Conclusão do Ensino Fundamental II
Professores em Semana Pedagógica estudam e planejam antes do início das aulas.
Formatura Terceirão - Conclusão do Ensino Médio
Totalmente restaurado, o laboratório de ciências oferece um amplo e moderno espaço para as atividades práticas escolares.
Os conteúdos fazem a diferença, mas é no dia a dia da sala de aula que os alunos consolidam seu saber para toda a vida.
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Diz aí
E a vida, como vai? Qual a importância da família, da escola, da religião na sua vida e na sua felicidade?
Bem, este ano será o ano dos encaminhamentos para a vida, pois, além de estar no último ano do Ensino Médio, há a expectativa do preparo para os vestibulares e a difícil escolha da profissão que irei exercer no meu futuro. Mas, com o apoio e esclarecimentos do Colégio, que vem trabalhando com projetos e aulas de vocação profissional, e da família, que oferece esta oportunidade de ter bons estudos, torna-se mais “fácil” a escolha de minha profissão. Assim, fico contente, pois percebo que não estou sozinha nesta caminhada e isso facilita o andamento da vida. Por isso, agradeço a meus pais por escolher um excelente Colégio para eu estudar, o qual abre muitas portas para o meu futuro profissional.
A vida é totalmente estranha, pois ela não vem com um manual de instruções para saber o que fazer dela, o que devemos aprender com ela. Nós planejamos, construímos e aprendemos que precisamos de alguém para auxiliar e ensinar como podemos seguir com ela. A escola é essencial para que possamos aprender de um jeito mais completo e conhecer coisas novas, e isto é algo que o Colégio Marista faz!... Ele nos ensina não somente em termos de conteúdo, mas também nos auxilia com nossa qualificação pessoal, nos ajudando em nossas decisões para o futuro. Porém, minha felicidade não é somente em torno da escola e da família. Tenho também os amigos para auxiliar e para me ouvir quando mais preciso. Por isso, o Colégio Marista é essencial para que possamos aprender a fazer amizades e nos preparar para sermos verdadeiros cidadãos no futuro.
Estou no Marista há vários anos e, atualmente, estou na 1ª série do Ensino Médio que requer muito estudo e dedicação, pois é a reta final dos estudos antes da faculdade. Dedico em casa, em média, uma hora ou mais de revisão de conteúdos, mesmo prestando muita atenção nas aulas que são bastante exigentes, pois os professores realmente preparam para a vida. Além da sala de aula, me comunico com meus colegas de turma através de emails e das redes sociais, especialmente o Facebook, pois, além de estudar, gosto muito de curtir uma boa música (Black Sabbath e o estilo Thrash Metal como Megadeth). Pretendo fazer a faculdade de Música seguindo o exemplo de um grande músico que é Dave Mustaine, fundador da banda Megadeth, mas para isso entendo que é preciso muito estudo, além do apoio dos pais.
Letícia Giuriatti
Luiz Henrique Curti
Vinícius Airton Bonissoni
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Educa�
Ensino Fundamental
Literacia como liberdade A capacidade de conhecer e intervir no mundo se faz necessário visualizando a possibilidade de participação e de decisão dos jovens no mundo. Por Ana Rita Coelho Russo
A
rede Marista de colégios, ao longo dos últimos anos, tem organizado congressos à distância com temáticas sugeridas pela Unesco. O primeiro congresso comemorou os 400 anos em que Galileu utilizou pela primeira vez um telescópio para olhar o céu. Em celebração, as Nações Unidas declararam em 2009 o ano internacional da Astronomia. A preocupação com as implicações sociais, econômicas, ambientais e culturais fizeram com que as Nações Unidas declarassem, em 2010, o ano internacional da Biodiversidade que fez com que a Diretoria Executiva da rede de colégios organizasse o II Congresso Virtual Interdisciplinar Marista. Em 2012, ocorrerá o III Congresso Virtual Interdisciplinar Marista, destinado aos alunos, tem como tema a Literacia. A Unesco promoveu entre os anos de 2003 a 2012, a década da Literacia das Nações Unidas, cujo tema é “Literacia como Liberdade”. Segundo a definição da Unesco, Literacia é a capacidade para identificar, compreender, interpretar, criar, comunicar-se e usar novas tecnologias de acordo com os diversos contextos. Atualmente, avançamos, além do conceito de leitura tradicional, outras literacias são consideradas, como literacia visual, literacia da
informação, da multiculturalidade e a digital, que surgiu com o aparecimento das novas tecnologias. Na atual sociedade informatizada, os jovens estão conectados com tudo e com todos e, por isso, estão cada vez melhor informados. Com as novas tecnologias, a capacidade de conhecer e intervir no mundo se faz necessária visualizando a possibilidade de participação e de decisão dos jovens no mundo. Portanto, o congresso se propõe a ampliar o conhecimento e a visão de mundo dos nossos alunos num espaço próprio de seu tempo. A evolução das ferramentas digitais é inacreditável quando comparadas com outras tecnologias. Por exemplo, você sabia que os dez empregos que mais ofereceram vagas em 2010 não existiam em 2004? Que atualmente o número de SMS enviados e recebidos é maior que a população da Terra? É importante observarmos o tempo que cada tecnologia levou para atingir uma audiência de 50 milhões de pessoas: o rádio - 38 anos, televisão - treze anos, internet -quatro anos, ipod - três anos, facebook - dois anos. O mundo está em constante mudança, mas o que isso significa? O mundo digital exige grandes habilidades que vão além do domínio de um conjunto de softwares. Isto é,
inclui uma grande variedade de habilidades complexas, tanto cognitivas, quanto motoras e emocionais desenvolvidas pelos os usuários em ambientes digitais. O congresso virtual propõe discussões acerca da Literacia atrelada a conexão, ao diálogo e liberdade, organizando leituras, debates, interações, palestras e seminários dentro desta perspectiva de produção de sentidos no mundo contemporâneo, levando-os a compreender, viver, ler, interpretar e agir para uma sociedade melhor. Os trabalhos serão avaliados pela Diretoria Executiva da rede de colégios e deverão conter a mesma estrutura de um artigo científico: título, autores, resumo, palavras-chave, introdução, desenvolvimento, conclusão e referências, porém apresentado em linguagem digital. Os alunos se apropriarão de plataformas digitais, recursos, conceitos de programação, conceitos de marketing e design para o desenvolvimento do trabalho científico. O melhor artigo de cada Colégio, escolhido pela comissão científica, receberá a certificação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná e uma premiação especial, além de ter seu texto publicado no site do congresso, este último indexado na Biblioteca Nacional.
Ana Rita Coelho Russo é coordenadora Psicopedagógica do Colégio Marista São Francisco
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Educa�
Ensino Médio
Mundo digital Será possível voltar a viver sem a tecnologia digital? Por Renato Angelino Darui
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ocê já utilizou seu celular hoje? Quantas vezes? Provavelmente você já mandou torpedos, acessou sua conta bancária e twittou no blog de seus amigos? Atualmente é mais do que comum ouvirmos as pessoas falarem sobre câmeras digitais, computadores, internet, blogs, ipods e outros aparatos tecnológicos. Realmente os tempos mudaram e nós também mudamos. Por mais que as pessoas não queiram se envolver com tecnologia e com o mundo digitalizado, é quase que impossível ficar indiferente a tantas mudanças e inovações. A era digital está mudando os estilos de vida, os comportamentos, os relacionamentos familiares e sociais e a saúde de todos. As crianças e os adolescentes vivem em dois mundos: aquele que todos conhecemos, o mundo real, e o mundo digital ou virtual, que parece muito mais interessante e surpreendente, oferecendo aventuras, oportunidades, a busca pela autonomia, mas também perigo e riscos à saúde. O espaço cibernético, o mundo da internet e a velocidade da comunicação se tornaram um
“lugar vivo de verdade” onde todos se encontram, aprendem, jogam, brincam, brigam, trocam fotos, ganham dinheiro, começam e terminam amizades e namoros. A tecnologia se espalhou por todas as partes, as possibilidades são imensas, mas as crianças e adolescentes de hoje continuam sendo crianças e adolescentes como nós mesmos fomos um dia. A tecnologia só lhes fornece novos meios de se relacionar e conviver na sociedade. Hoje, o adolescente e o jovem considerado moderno não podem se desprender da palavra tecnologia ignorando as redes sociais e suas inúmeras relações. As novas tecnologias já ultrapassam o campo do visível e das ferramentas, são também meios e métodos de intervenção na vida de todos nós. Diante desta corrida tecnológica é imprescindível que a escola, como instrumento fomentador dos futuros cidadãos, não fique à margem das inovações tecnológicas. Com a informatização das escolas, com os laboratórios, a inclusão digital, é comum ouvir questionamentos da substituição do professor da sala de aula. Porém, as tec-
nologias de comunicação não substituem o professor, mas sim modificam algumas de suas funções. A tarefa de passar informações pode ser deixada aos bancos de dados, livros, programas em CD. O professor se torna sim um estimulador da curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a informação mais relevante. O uso da tecnologia enriquece ambientes de aprendizagem onde o aluno interage com os objetos e constrói seus conhecimentos. E porque será que é tão difícil incorporar na prática pedagógica essas ferramentas que já estão incorporadas no dia a dia de alunos e professores? Com as novas tecnologias educacionais, a única diferença é que a forma de transmitir esses conhecimentos também é mais atualizada. A beleza do momento que vivemos hoje é que muitos educadores estão decididamente caminhando ao encontro da cultura (inclusive cibernética) e dos comportamentos de seus alunos. Boa parte do corpo docente está pronta para ver na tecnologia uma aliada. Isso significa transformação e modernidade aliada a tecnologia. Renato Angelino Darui é educador
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Gente noss�
De Chapecó para o mundo O ex-aluno Marista conta suas conquistas na área da tecnologia e lembra com carinho dos bons momentos vividos no colégio
“P
repare-se para mudar o mundo.” Foi com esta mensagem que o ex-aluno marista Alisson Gusatti Azzolini foi recepcionado em seu novo emprego no Facebook. Formado em Engenharia de Computação e mestre em Inteligência Artificial, Alisson recusou uma proposta de trabalho no Google para se dedicar à maior rede social hoje existente, com 750 milhões de usuários. Fluente em português, inglês, francês e espanhol, e com noções básicas de russo, grego clássico e italiano, Alisson estudou o Ensino Fundamental e Médio em Chapecó, no Colégio Marista São Francisco. Passou no vestibular para o curso de Engenharia de Computação na Universidade de São Paulo (USP) e na Unicamp, pela qual optou. Foi eleito
um dos alunos de maior destaque no curso da Unicamp e, no meio da graduação, recebeu bolsa para estudar Engenharia Geral em Lion, na França, com duração de dois anos. Finalizado o curso, fez estágio na empresa de telefonia Motorola, em Paris, durante seis meses. Após este período, retornou para a Unicamp, onde concluiu a graduação e, posteriormente, cursou mestrado, com dissertação na área de Inteligência Artificial. Hoje, Alisson relembra com carinho os bons momentos vividos na época do colégio. “Nós éramos uma turma bem unida e, apesar de vários de nós estarmos agora em diferentes cidades, ainda mantemos contato. Guardo também com carinho o apoio dos professores e dos funcionários do colégio”.
Quando questionado sobre planos para o futuro, Alisson responde que não tem planos a longo prazo, mas que agora pretende se dedicar à sua carreira no Facebook. E deixa uma mensagem aos alunos do Colégio Marista: “dediquem esse tempo não só para aprenderem o conteúdo do vestibular, mas também àquilo que gostam realmente. Cultivem boas amizades, pois é possível sim manter bons amigos e é sempre bom reencontrá-los de vez em quando para lembrar o tempo de Colégio. Sejam orgulhosos de estar no Colégio Marista – um Colégio que sempre prezou pela integridade do indivíduo, não apenas pelo conteúdo curricular -, e sigam seus sonhos com muita força, porque não é tão difícil quanto parece”.
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Essência
Por que o Marista é o Marista? Convidamos dois irmãos maristas, Ir. João Batista Pereira e Ir. Claudiano Tiecher, para nos contar por que, apesar de mudarem as pessoas e os lugares, o espírito de família sempre faz parte de um colégio Marista
A comunidade como fonte da vida
D
esde a sua fundação, no dia 2 de janeiro de 1817, o Instituto Marista se guia pelo seu carisma, um legado deixado por São Marcelino Champagnat, nosso fundador. É esse carisma que faz com que todas as Unidades Educativas do mundo se pautem em um mesmo perfil, seguindo um mesmo fio condutor. O que chamamos de carisma marista, nada mais é do que o SER (= espírito) e o AGIR (= missão) de uma pessoa e/ou de um grupo. Todos, irmãos e leigos, que estão engajados na obra marista são convidados a viver esse carisma, ou seja, o seu jeito de ser e agir, com um mesmo espírito em vistas de uma única missão: “Formar cidadãos humanos,
éticos, justos e solidários para a transformação da sociedade por meio de processos educacionais fundamentados nos valores do Evangelho, do jeito Marista”. É dessa maneira que se consegue ter essa linha de atuação e essência únicas. Todas as congregações religiosas existentes são desafiadas a viver o seu modo próprio de evangelizar de acordo com a inspiração divina que teve seu fundador. O Instituto Marista, por meio da educação das crianças e jovens, de maneira toda especial os empobrecidos, torna-se único, usando seu carisma, de forma atualizada, em cada realidade inserida nos 5 continentes onde se fazem presentes, colocando dessa forma em prática a missão deixada por São Marcelino Champagnat. São muitos os valores que ali-
cerçam a Obra Marista e que proporcionam a vivência do carisma e nossas ações apostólicas. Destacamos o amor ao trabalho, a simplicidade, a justiça, a presença significativa, a espiritualidade e o espírito de família. O Espírito de Família sempre esteve presente na Instituição Marista desde a sua fundação. O padre Marcelino Champagnat, com este valor, vislumbrava a construção de uma relação de parceria ativa entre as pessoas. Para isso era preciso acolhê-las e compreendê-las como diferentes e complementares. Esse mesmo Espírito de Família valoriza a construção coletiva, a autonomia responsável, a flexibilidade, a ajuda mútua e o perdão. Já na época do Pe. Champagnat e nos dias atuais ousa construir comunidade, com alegria, e fazer dela fonte de vida.”
Irmão João Batista Pereira Grupo Marista
Marista, um centro de fé, cultura e vida
A
nossa essência reside em Marcelino Champagnat. Repleta dela, as pessoas, a geografia e a cultura abrem-se para um jeito peculiar de educar, que perpassa gerações e continua sempre atual nos variados contextos e situações em que se encontram as infâncias e as juventudes. Temos em Marcelino – homem que moldou uma educação inovadora para a época, mesclando a formação do cidadão e do cristão – uma personalidade forte, que suportou as adversidades do tempo e da história. Para ele, que tinha uma inteligência prática, a preocupação era formar professores que, antes de ensinarem, recuperassem a dignidade da pessoa, amando-a e preparando-a concretamente para os desafios da vida. Eis a essência do Marista: professores que amam, apaixonados pela missão de educar e evangelizar nos mais diferentes ambientes educativos. Cada estudante é único e respeitado em sua singularidade. Talvez esse seja o elemento-chave quando apontamos uma diferença regional entre os Colégios Maristas e, ao mesmo tempo, nos deparamos com uma igualdade de “espírito”. Impressionante é essa mesma energia contagiar os diver-
sos Colégios Maristas. Podemos afirmar que as pessoas são diferentes, mas o espírito é o mesmo. As atividades podem e devem manifestar a cultura local, mas o que nos envolve e nos faz ser reconhecidos é uma proposta que insiste nos valores de abnegação de si mesmo e abertura aos outros. O que faz um Colégio Marista ser único é a capacidade de se transformar em um centro de fé, cultura e vida. Acredito que a escola Marista é por excelência um movimento intenso de ensino e aprendizagem, em que o educando é o protagonista do próprio futuro. O espírito de família é o que nos diferencia. É feito de amor e perdão, entreajuda e apoio, esquecimento de si, abertura aos outros e alegria. Tudo isso impregna nossas atitudes e nosso proceder, de modo que o irradiamos onde quer que nos encontremos, seja na sala de aula ou em outros ambientes educativos. No dia a dia, construímos tal espírito por meio do amor ao trabalho. Nossas escolas são desafiadas, pelo Projeto Educativo, a serem espaço tempos de construção de relações interpessoais, de confiança recíproca, de perdão, de diálogo, de alteridade e de corresponsabilidade, estabelecendo um elo fraternal, de família, entre os integrantes da comunidade educativa.”
Ir. Claudiano Tiecher | Diretor-Geral do Colégio Marista João Paulo II - Província Marista do Rio Grande do Sul
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Como fazer
Menos ĂŠ mais Movimento sugere que as pessoas diminuam seus ritmos de vida para que o organismo nĂŁo entre em colapso e o planeta seja um ambiente sustentĂĄvel
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iminuir o ritmo para reconectar-se consigo mesmo, com as pessoas e com o ambiente em que se vive. Esse é o objetivo principal do movimento “Slow Life”, que surgiu na Itália, inicialmente conhecido como “Slow Food”, contra as redes de fast food e a produção insustentável de alimentos. Em seguida, vários países uniramse ao movimento e foram ampliando seus objetivos, a ideia era desacelerar não só na alimentação, mas em vários setores: indústria, educação, cultura, tecnologia e em tudo que fosse possível proporcionar ao ser humano menos estresse e ansiedade. “A ansiedade vem de um sentimento de vulnerabilidade. É uma pressão interna que deixa a pessoa acelerada sem um motivo concreto. Estar ansioso sinaliza que ela se sente sob alguma ameaça, que pode vir de dentro ou de fora, de um estado interno que não dá conta ou uma situação que oferece alguma ameaça para ela”, explica a psicóloga Aline Mamede. O ansioso pode se prejudicar no trabalho, nos estudos, na vida afetiva e social. Sua produtividade e rendimento podem cair, sua concentração
pode diminuir e pode vir a ter dificuldades de executar tarefas. “Seu comportamento pode prejudicar não só a si mesmo, como seus colegas de trabalho ou estudo, devido à sua falta de atenção e concentração e seus constantes questionamentos e apreensões”, diz Aline. É extremamente importante desacelerar, principalmente na era digital que todos são bombardeados de informação, tecnologia, trabalho, compromissos e até muito lazer. Tudo para que diminua a ansiedade em relação ao mundo, e, consequentemente, ao estresse. “Não temos como fugir, porque vivemos em um corre-corre incessante que nos traz desgaste e estresse. Trabalhar sistematicamente a ansiedade é fundamental para acalmar nosso corpo nas suas impulsividades”, ressalta a piscóloga. Exercícios físicos, relaxamento muscular, dedicação a atividades que tranquilizam, como escutar música, cuidar de plantas, trabalhos manuais, orações, podem ajudar. É importante que haja esta mudança de hábitos no estilo de vida.
É preciso desacelerar, principalmente na era digital que todos são bombardeados de informação, tecnologia, trabalho, compromissos e até muito lazer.
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Como fazer
desacelere Que tal pisar no freio e viver uma vida mais feliz? dentifique as I fontes do estresse
Defina limites
Tente descobrir os desencadeantes. Você se sente ansioso antes de uma prova? Está com a agenda cheia de compromissos? Talvez você esteja além do limite e se sente irritado e cansado. Após identificar as fontes, tente minimizá-las o máximo possível.
Não tenha medo de dizer “não” antes de assumir um grande número de compromissos, especialmente se você está equilibrando seu tempo entre faculdade, trabalho e atividades extracurriculares. É importante definir as prioridades para não se sobrecarregar. Dizer “não” pode, além de ajudá-lo a controlar o estresse, dar-lhe mais controle sobre sua vida.
Fale e compartilhe
Controle a respiração
Expor os sentimentos sem ser julgado é essencial para manter uma boa saúde mental e lidar melhor com estresse. Converse com amigos sobre como está se sentindo. Explique ao seu professor que está tendo problemas com alguma matéria, por exemplo.
eserve mais R tempo para você Antes que você chegue ao limite, procure um tempo para ficar só e fazer o que quiser, longe das preocupações e responsabilidades do mundo. Às vezes este tempo precisa ser obrigatório, ou seja, reservado para uma atividade de relaxamento ou lazer.
Respirar pode medir e alterar o seu estado psicológico, fazendo um momento estressante aumentar ou diminuir de intensidade. Preste atenção em sua respiração. Inspirar profundamente e em seguida soltar o ar lentamente é uma excelente técnica para se sentir mais relaxado.
Exercite-se diariamente Exercícios físicos aumentam a liberação de endorfina, substância produzida naturalmente no cérebro que traz sensação de tranquilidade. Estudos mostram que o exercício, juntamente com o aumento da liberação de endorfina, faz aumentar a confiança, a autoestima e reduzir as tensões. Além do mais, se você já andou por vários quilômetros, sabe como é difícil pensar em seus problemas, quando a sua mente está focada em andar.
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Software
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MANUAL DE MÃES E PAIS SEPARADOS (grátis) Educar os filhos não é tarefa fácil, principalmente quando pai e mãe não convivem juntos um com o outro. Esse livro, disponibilizado em áudio para o Windows, foi escrito com o apoio de vários especialistas no assunto – e o mais legal: especialistas brasileiros!
P.O.K. – PROTECT OUR KIDS (grátis)
Sua vida de pai será mais tranquila com esse software instalado no seu Windows. Não é para proibir os filhos de terem relacionamentos com amigos e até com namorado ou namorada, mas para proteger os pupilos diante de ameaças realmente perigosas, como pornografia, abusos e coisas do tipo. Caso, por exemplo, o P.O.K. rastreie uma frase como “Onde você quer me encontrar?”, ele bloqueia a conexão à Internet no computador em que está sendo usado.
Quiz
QUE PAÍS É ESSE? (grátis)
Será que você consegue acertar o nome de cada país recebendo apenas dicas sobre sua história, datas e dados? Junte seu filho, curta um momento ao lado dele e teste seu conhecimento. Quem será que sabe mais?
Aplicativo
BABY MONITOR & ALARM (grátis)
Mamães e papais de todo o mundo que têm smartphone com o sistema Android poderão sair à noite e deixar seus bebês em casa com a babá ou com outro responsável sem dor de cabeça. O aplicativo tem cinco funções, entre elas o “Mum’s Voice”: a mãe grava um recado para o filho e, caso o celular que está próximo à criança reconheça seu choro, o aparelho reproduz a gravação.
Aplicativo
LINA – LOVE IS NOT ABUSE (grátis)
Esse aplicativo para iPad foi criado pensando em esclarecer e educar as pessoas sobre os abusos nas relações digitais, o famoso cyberbullying. Feito especialmente para os pais, o Lina é uma ótima ajuda na hora de identificar esse tipo de problema, geralmente difícil de ser reconhecido.
Prateleira É UM LIVRO Minha primeira indicação é para os pequenos da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental. Pequenos Leitores, que tal conferir um divertido livro com o título: É UM LIVRO, da autora LANE SMITH publicado pela editora COMPANHIA DAS LETRINHAS. Dois seres muito inteligentes e curiosos, que se encontram numa divertida
aventura, em torno de um “estranho objeto”, rolando uma página após a outra, deixando-se envolver por um bate-papo que leva a uma fascinante descoberta. Que tal um dowload dessa divertida história?
A INVENÇAO DE HUGO CABRET Que tal conferir também o livro: A INVENÇÃO DE HUGO CABRET, do autor BRIAN SELZNICK, e tradutor MARCOS BAGNO, e conferir os detalhes que o filme não traz, se emocionar com o menino órfão que vive escondido na central de trem de Paris, esgueirando-se por passagens secretas, descobrir sua principal ocupação e responsabilidades, perceber o que realmente fascina seus olhares. Tudo em busca de desvendar uma comovente história
que exige de Hugo coragem para enfrentar muitos riscos, principalmente quando o severo dono da loja de brinquedos da estação e sua afilhada cruzam seu caminho. Que tal ir já para a estação e tomar esse trem agora? Quem indica: Zeneide de Lima, Biblio-
tecária – Colégio Marista São Luis
CYBERBULLYING E OUTROS RISCOS NA INTERNET DESPERTANDO A ATENÇÃO DE PAIS E PROFESSORES - 2011 Autora: ANA MARIA DE ALBUQUERQUE LIMA Editora: Wak Quem indica: Márcia Regina Savioli, Diretora Educacional – Colégio Marista
Nossa Senhora da Glória
Educomunicação: o conceito, o profissional, a aplicação. - 2011 Autor: Ismar de Oliveira Soares Editora: Paulinas Quem indica: Irmão Vanderlei Siqueira dos Santos, Diretor Geral – Colégio Marista Pio XII – Ponta Grossa
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Solidariedade
Um jeito diferente de formar educadores C
om a intenção de contribuir com o acesso à formação de qualidade para todo o território nacional, a Rede Marista de Solidariedade (RMS) lança a Formação a distância para educadores da Primeira Infância. Voltado à extensão e pós-graduação de educadores que atuam na Educação Infantil, o projeto — desenvolvido em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) — faz parte de uma série de iniciativas da RMS no Advocacy da Primeira Infância. As aulas contarão com a tecnologia e a experiência em educação a distância da PUCPR, e foram preparadas para atender a demanda daqueles que não têm graduação, com a modalidade extensão, e aqueles que têm graduação, com a modalidade pós-graduação. Um grande diferencial da formação está na sua proposta de trabalhar o currículo da educação infantil com enfoque em direitos da criança e do adolescente. O principal objetivo da RMS ao desenvolver este projeto na modali-
dade de Educação a Distância (EAD) é ampliar o acesso à formação para públicos de diferentes regiões. Por meio de parcerias, o curso tem custos reduzidos e referentes apenas à sua execução. Os conteúdos estão sendo produzidos por especialistas que são referência nacional e internacional nos temas. Cada aluno terá acesso a ferramentas como correio eletrônico, fórum, material didático-online, chats, filmes, links e videoaulas, além do acompanhamento de um tutor especializado para grupos de 50 alunos. Para a obtenção dos certificados de pós-graduação, os alunos deverão apresentar trabalhos de conclusão de curso nos seminários presenciais. A iniciativa conta com o apoio de outras organizações, como a ONG Criança Segura, e está sendo divulgada a instituições e organizações públicas e privadas. A primeira turma terá início no segundo semestre de 2012 e as vagas são destinadas a pessoas jurídicas, por meio de cotas.
O Advocacy da Primeira Infância O termo Advocacy, ainda sem tradução para o português, significa lutar por uma causa, conscientizando a sociedade, capacitando agentes transformadores, mobilizando a população e acompanhando a atuação do poder público. O advocacy na Primeira Infância é realizado a partir das práticas institucionais. A RMS reconhece a importância da primeira infância para o desenvolvimento integral das crianças ao considerar as culturas infantis nos seus diferentes contextos e a concepção de criança enquanto sujeito de direitos. Para isso, integra as diretrizes institucionais com as políticas sociais de promoção humana e cidadã.
Atuação da RMS na Primeira Infância
Contribuição técnica em documentos relevantes para a área, como o Plano Nacional Primeira Infância.
Realização da Formação a distância para educadores da primeira infância.
Grupos de estudo e sistematização das práticas, tendo como resultado duas publicações: Currículo em movimento na Educação Infantil (parceria com a Rede Marista de Colégios) e Cores em composição na Educação Infantil (práticas dos Centros Educacionais e Sociais).
A Educação Infantil na RMS é desenvolvida em nove Unidades Sociais Maristas, e promove uma educação de qualidade para 1.304 crianças atendidas anualmente nos municípios de São Paulo (SP), Santos (SP), Ponta Grossa (PR), Cascavel (PR), Curitiba (PR) e Samambaia (DF).
Representatividade em espaços como a Rede Nacional da Primeira Infância e o Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, na busca por transformações significativas e duradouras para as infâncias e juventudes.
Aprimoramento do processo de avaliação da Educação Infantil.
Desenvolvimento do Programa Itinerários Formativos, com a realização de eventos de formação com o foco no fortalecimento da rede de atendimento à primeira infância. Em 2012, quatro seminários serão realizados buscando potencializar toda a rede de atendimento à primeira infância.
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Solidariedade
Onde estão as crianças? Guia de fontes revela dados sobre as infâncias
C
om a intenção de dar visibilidade à real situação de crianças e adolescentes brasileiros, a Rede Marista de Solidariedade — por meio do Centro Marista de Defesa da Infância e contando com o apoio do Instituto HSBC Solidariedade — sistematizou ao longo de 2011 um documento que possibilita identificar onde estão as informações sobre a infância e adolescência no Brasil. A publicação FONTES SOBRE A INFÂNCIA: Diagnóstico de fontes estatísticas sobre a criança e o adolescente, lançada em abril, compila informações sobre fontes oficiais, instituições de pesquisas, núcleos e observatórios que abordam indicadores referentes à infância no Brasil, especialmente nos Estados da região Sul do país. O documento também traz elementos que contribuirão com a discussão sobre a criança e o adolescente, além de um resgate histórico da infância. Sem o monitoramento de indicadores específicos — que atualmente são pouco conhecidos, compreendidos ou, até mesmo, inexistentes — as iniciativas de incidência nas políticas
públicas voltadas para a criança e ao adolescente acabam fragilizadas. O diagnóstico realizado pelo Centro de Defesa permitirá revelar aspectos como a disponibilidade da informação, as formas que se apresentam os dados, os direitos que são violados, os programas de ação dos governos, entre outros. A ideia é proporcionar insumos importantes para a formulação/reformulação de indicadores de monitoramento. A melhoria das condições atuais das crianças, adolescentes e jovens e a transformação da sociedade brasileira dependem, em muito, de se dar visibilidade à situação em que elas se encontram. A elaboração de um sistema de indicadores sobre a infância com enfoque nos estados permite a construção de um retrato das nossas infâncias e juventudes. Este sistema pode ser usado como subsídio para argumentos e apontamentos sobre fragilidades e potencialidades; num aspecto jurídico, executivo e legislativo, sobre os direitos das infâncias e juventudes brasileiras.
Para Geliane Quemelo, Coordenadora do Centro Marista de Defesa da Infância, “a Sociedade civil tem um papel muito importante neste monitoramento e desta forma poderá contribuir cada vez mais para que o cenário de violação de direitos não se perpetue. A implementação de um sistema de monitoramento é urgente e oportuna”. O Centro Marista de Defesa da Infância compõe a Rede Marista de Solidariedade, assim como outras 23 unidades sociais que atendem cerca de 11 mil crianças e adolescentes, além de suas famílias e as comunidades onde estão inseridos. Diferente das unidades sociais, que promovem o atendimento direto ao público, a proposta do Centro de Defesa — pioneira no Paraná — está diretamente voltada à defesa dos direitos da infância e juventude. Sua finalidade é contribuir com discussões, pesquisas, publicações, acompanhamento das políticas públicas e assessoramento dos profissionais que atuam na área como forma de melhorar o cenário onde os direitos não são garantidos em sua plenitude.
DVD Direito ao Brincar A Rede Marista de Solidariedade lançou o dvd Direito ao Brincar. Com o apoio da Unicef, o dvd traz vídeos com depoimentos de educadores e educadoras e que mostram brincadeiras e atividades realizadas nas unidades sociais Maristas, além de dicas para atividades com crianças com deficiência, cuidados com o meio ambiente e a adoção de brincadeiras lúdicas e colaborativas.
O dvd faz parte da Campanha Marista pelo Direito ao Brincar. Para assistir aos vídeos das 10 iniciativas pelo Direito ao Brincar e conhecer mais sobre a campanha, acesse o site da Rede Marista de Solidariedade, www.solmarista.org.br.
Acesso e qualidade na Educação Infantil: um direito da criança.
Inscrições so para pessoas mente jurídicas, por meio de co tas.
As cotas de alunos podem ser adquiridas por instituições e organizações públicas e privadas para a formação de atores sociais com vistas ao direito das crianças pequenas à educação de qualidade.
apoio
Mais informações: infancia@marista.org.br solmarista.org.br
realização
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Inspiração
A vitória de Marcus Alegria, atividade intensa e carisma de um aluno mais que especial
M
arcus Neto, como é conhecido no Marista de Goiânia, é um menino doce, alegre e descontraído. Faz todas as atividades, pratica esportes e é popular entre os amigos, professores e funcionários. A vida sorriu para ele e ele soube retribuir, depois do revés que passou quando tinha apenas um ano. A família (Marcus, o pai e a mãe) morava nos Estados Unidos quando foi surpreendida por um incêndio na casa que provocou a morte de sua mãe, por insuficiência respiratória, e deixou graves ferimentos no pai e em Marcus, no dia 24 de dezembro de 2002. No mesmo dia, a sua avó, Maria Alzira Matos de Siqueira, foi ao encontro de todos os que estavam na UTI de um hospital (o neto, o genro e a outra filha). Marcus teve 70% de seu corpo queimado, precisou amputar o antepé e ficou quatro meses na UTI. “Trouxe meu neto para o Brasil entubado com
oxigênio e sonda gástrica. Chegando a Goiânia, ele ficou mais um mês hospitalizado e, somente em maio, foi liberado”, conta Maria Alzira. Marcus precisou aprender novamente a andar, falar e teve um amplo acompanhamento médico e psicológico. A mãe de Marcus havia comentado quase uma semana antes do acidente, que, caso morresse, queria que seu filho ficasse com a sua mãe. “Parecia que ela sabia que algo poderia acontecer”, comentou a avó. Desde que veio ao Brasil, Marcus mora com os avós, agora pais para ele, e leva uma vida completamente normal. “Ele é a razão da nossa vida, minha e do meu marido”, diz Dona Maria Alzira. Hoje com 10 anos, Marcus é um menino que, segundo a avó, tem amigos de todas as idades e em todos os lugares. Pratica judô e natação, toca bateria, adora andar de bicicle-
ta, quadriciclo, tomar banho de rio e ver filmes, principalmente da época em que era neném com sua mãe nos Estados Unidos. Marcus usava prótese, mas este mês fez uma cirurgia, e, segundo Dona Maria Alzira, não quis muito ficar se recuperando; insistiu em ir para a casa. “Ele é uma criança maravilhosa, uma pessoa que não reclama de nada na vida, atura muito bem qualquer tipo de dor”, explica. O pai de Marcus também mora no Brasil atualmente e é uma pessoa super presente na vida do filho. Mas quem tem a guarda do neto é a avó. “Eu nunca deixei ‘cair a bola’. Marcus sempre foi uma criança maravilhosa, é um menino super doce, agradável, preocupado com o bem-estar das pessoas. Ele me chama de avó, às vezes de mãe, além de chamar a madrinha dele de mãe também. Somos uma família muito feliz”, finaliza.
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Marista
Grupo Marista: muito mais que um Colégio D
epois de quase 200 anos de história em educação, é natural que o nome Marista faça você pensar numa grande rede de colégios. Mas o Grupo Marista é muito mais que isso. É uma grande família formada por mais de 14 mil colaboradores que atuam não só na educação, mas também, nas
áreas de saúde, comunicação e uma enorme rede de solidariedade. Na área da educação, da escola à universidade, formamos pessoas e trazemos resultados comprovados. Em atividades nas áreas de saúde e comunicação, levamos sempre a melhor qualidade para públicos de diferentes con-
dições e necessidades. A área de solidariedade atende diretamente crianças e jovens empobrecidos nas unidades sociais e integra a Rede Marista de Solidariedade, que também compreende iniciativas de todas as áreas de atuação na promoção e defesa dos direitos das infâncias e juventudes.
Bons valores com excelência A missão do Grupo Marista é proporcionar essa combinação única para a construção de um mundo melhor. Conheça nossa família:
EDUCAÇÃO
SOLIDARIEDADE
SAÚDE
Educação Básica | Educação Profissional | Ensino Superior | Editorial
Ampla Rede Marista de solidariedade transversal a todos os negócios do Grupo
6 hospitais, 1 plano de saúde
• 24 mil alunos nos 16 colégios •6 2 mil formandos pela PUCPR •3 mil alunos passaram pelo TECPUC •3 4 milhões de livros vendidos em 2011
• 300 mil atendidos
•2 74 mil atendidos pelos planos de saúde e pelo SUS
COMUNICAÇÃO Lumen Comunicação •6 00 mil impactados na rádio e tv Lumen
A FTD tem livros de literatura tão envolventes, que você corre o risco de ficar mil e uma noites lendo sem parar.
Além dos lançamentos, no site, você tem mais mil opções de leitura pra lá de Bagdá, do Brasil, da China, da Europa...
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